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MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS – MG

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO


GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS

CARTILHA DO
SERVIDOR

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE OS


DIREITOS E DEVERES DO SERVIDOR
HUMBERTO GUIMARÃES SOUTO
Prefeito De Montes Claros

CLÁUDIO RODRIGUES DE JESUS


Secretário De Planejamento E Gestão

SUERLENE GONÇALVES DOS SANTOS


Diretora de Gestão de Pessoas

FÁBIO TADEU CORREIA


Gerente De Recursos Humanos

RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO:

ROSEANE ANDRADE NASCIMENTO PRATES


Assistente Administrativo

COLABORADORES:

ERIC FRANCIS GONÇALVES DE MATOS


Assessor Técnico da SEPLAG

ROSEMARI RODRIGUES ARAÚJO


Administrador Público

Esta Cartilha estará disponível também no endereço


http://www.montesclaros.mg.gov.br

MONTES CLAROS – MG
2019
ÍNDICE
INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
POSSE..........................................................................................................................5
EXERCÍCIO..................................................................................................................5
ESTÁGIO PROBATÓRIO.............................................................................................6
ESTABILIDADE............................................................................................................7
ABANDONO DE CARGO.............................................................................................8
ACUMULAÇÃO DE CARGOS......................................................................................8
ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE........................................9
ADICIONAL NOTURNO...............................................................................................9
ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO: HORA EXTRA...........................10
FÉRIAS.......................................................................................................................11
PROGRESSÃO – BIÊNIO..........................................................................................12
PROMOÇÃO SALARIAL............................................................................................14
AUXÍLIO-TRANSPORTE............................................................................................15
AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO..........................17
AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO.................................18
LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE.............................................................18
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO – CAT.........................................20
LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA...........................21
LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E LICENÇA-PATERNIDADE.....................22
LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR......................................................................23
LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES................................25
LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE OU COMPANHEIRO..........................26
LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO SINDICAL OU REPRESENTAÇÃO
....................................................................................................................................27
CONCESSÕES..........................................................................................................27
DEVERES...................................................................................................................29
PROIBIÇÕES.............................................................................................................30
REMOÇÃO.................................................................................................................32
READAPTAÇÃO.........................................................................................................33
INTRODUÇÃO

A Prefeitura do Município de Montes Claros, através da


Secretaria de Planejamento e Gestão/Gerência de Recursos Humanos
coloca à disposição dos seus servidores a 1ª Edição da “Cartilha do
Servidor”, resultado de esforço da equipe da Gerência de Recursos
Humanos.

Trata-se de cartilha informativa, para uma rápida consulta,


elaborada em linguagem simples e de fácil compreensão e visa
promover a integração e o compromisso do servidor com a instituição
permitindo acesso às orientações acerca de sua vida funcional, seus
direitos e seus deveres, com a indicação da legislação básica.

O objetivo da elaboração desta cartilha é levar ao servidor o


conhecimento dos seus direitos e deveres, fazendo com que o maior
número de pessoas adote-a para reflexão e posteriormente como guia.

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POSSE

Posse é o ato que investe o cidadão no cargo público para o qual


foi nomeado.

A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da


publicação do ato de nomeação. Dependerá de prévia inspeção médica
oficial e preenchimento dos requisitos exigidos para o provimento do
cargo a ser ocupado. Dar-se-á pela assinatura do respectivo termo que
poderá ocorrer mediante procuração específica.

Fundamento Legal: Art. 25 e 26 da Lei 3175/2003.

EXERCÍCIO

Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo que


se dará no prazo de até 10 (dez) dias contados da data da posse.

Será exonerado o servidor empossado que não entrar em


exercício no prazo previsto no período descrito.

Fundamento Legal: Art. 27 da Lei 3175/2003.

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ESTÁGIO PROBATÓRIO

Ao entrar em exercício, o servidor efetivo ficará sujeito a estágio


probatório pelo período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua
aptidão e capacidade será objeto de avaliação para o desempenho do
cargo, observados os seguintes fatores:

– assiduidade e pontualidade;

– disciplina;

– capacidade de iniciativa;

– produtividade;

– responsabilidade;

– respeito e compromisso para com a instituição;

– aptidão funcional;

– relações humanas no trabalho.

Fundamento Legal: Art. 14 da Lei 3175/2003.

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ESTABILIDADE

O servidor habilitado em concurso público e empossado em


cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao
completar 3 (três) anos de efetivo exercício.

Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a


avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.

O servidor público estável só perderá o cargo:

– em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

– mediante processo administrativo no qual lhe seja assegurada


ampla defesa;

–mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,


na forma da lei, assegurada ampla defesa.

Fundamento Legal: Art. 115 e 116 da Lei 3175/2003.

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ABANDONO DE CARGO

Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor


ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos, ou 90 (noventa)
intercalados em um ano.

Fundamento Legal: Art. 153, da Lei 3175/2003.

ACUMULAÇÃO DE CARGOS

A acumulação de cargos é possível, desde que haja


compatibilidade de horários e que esteja enquadrada dentro de alguma
das possibilidades previstas na Constituição da República, quais sejam:

– a de dois cargos de professor;

– a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;


Entendem-se como cargos técnicos ou científicos somente os que
exigem nível superior ou curso técnico para o seu ingresso.

I– a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de


saúde, com profissões regulamentadas.

A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e


funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
sociedade de economia mista, suas subsidiárias e sociedades

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controladas direta ou indiretamente, da União, do Distrito Federal, dos
Estados e dos Municípios.

É proibida também a acumulação de proventos de aposentadoria


com a remuneração de cargo público, nas mesmas condições
estabelecidas anteriormente.

Fundamento Legal: Art. 133, 134, 135, 136 da Lei 3175/2003.

ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

O servidor que trabalhe habitualmente em condições insalubres,


perigosas faz jus ao respectivo adicional, calculado sobre o salário-
mínimo vigente.

Ao ingressar no cargo, o servidor deverá requerer o adicional de


insalubridade/periculosidade, por meio de formulário próprio
disponibilizado pela Coordenação de Segurança do Trabalho.

Fundamento Legal: NR-15 e NR-16 Ministério Do Trabalho –


LTCAT.

ADICIONAL NOTURNO

O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22


(vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o
valor hora normal de trabalho acrescido de 25% (vinte e cinco por
cento).

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Fundamento Legal: Art. 82 da Lei 3175/2003.

ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO:


HORA EXTRA

O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de


50% (cinquenta por cento) em relação ao valor da hora normal de
trabalho.

Somente será permitido serviço extraordinário mediante


autorização do Prefeito, através de Portaria, para atender a situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas)
horas diárias, podendo ser prorrogado por igual período, diante de
situações inadiáveis cuja inexecução possa acarretar prejuízos
irreparáveis.

Não poderá receber gratificação por serviço extraordinário:

– o ocupante de cargo em comissão ou função gratificada;

– o servidor que, por qualquer motivo, não se encontre no


exercício do cargo.

Fundamento Legal: Art. 81 da Lei 3175/2003.

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FÉRIAS

Será pago ao servidor, por ocasião das férias, adicional


correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração mensal, que será
efetuado junto a remuneração relativa ao mês imediatamente anterior
ao gozo das férias.

O servidor gozará, por ano, obrigatoriamente, 25 (vinte e cinco)


dias uteis de férias, sem prejuízo da remuneração.

Excepcionalmente, a critério da Administração, poderão as férias


ser concedida em períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior
a 10 (dez) dias uteis e os demais não poderão ser inferiores a 5 (cinco)
dias uteis.

Em casos excepcionais, comprovada necessidade do serviço, as


férias poderão ser acumuladas até o máximo de 2 (dois) períodos,
ressalvado o servidor que opere, direta e permanentemente, com raio-X
ou substância radioativa que gozará 17 (dezessete) dias consecutivos
de férias por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer
hipótese a acumulação.

As férias serão concedidas de acordo com a conveniência do


serviço, observada a escala que for organizada em dezembro de cada
ano, para o ano subsequente, não se permitindo a liberação, em um só

11
mês, de mais de 1/3 (um terço) dos servidores de cada unidade
administrativa.

Fundamento Legal: Art. 83, 85, 86 da Lei 3175/2003 e Art.1º e 2º


da Lei Complementar 75/2019.

PROGRESSÃO – BIÊNIO

Progressão é a passagem do servidor efetivo, ao grau ou padrão


de vencimento subsequente na carreira.

Cada progressão corresponderá a 3% (três por cento),


calculados sobre o menor vencimento básico da classe.

O servidor terá direito à progressão de 1 (um) grau, a cada


período de 730 (setecentos e trinta) dias de efetivo exercício das
funções do cargo, a partir da sua admissão, desde que satisfaça, ainda,
às seguintes condições:

– tenha obtido, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) dos


pontos distribuídos, na avaliação de desempenho;

– não tenha sofrido punição disciplinar durante o período;

– não tenha faltado ao serviço, sem justificativa, por mais de 5


(cinco) dias, durante o mesmo período;

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– não tenha gozado, durante o período, mais do que 90
(noventa) dias de licença para tratamento de saúde, ou por motivo de
doença em pessoa da família.

A licença ao servidor acidentado em serviço ou acometido de


doença profissional que exceder a 90 (noventa) dias do período
aquisitivo implicará na suspensão da contagem de tempo para
progressão de promoção, e terá início a partir do 1º (primeiro) dia que
exceder ao período de 90 (noventa) dias, até que ele retorne às funções
de seu cargo efetivo.

A contagem e tempo para fins de progressão será interrompida


nos casos seguintes, iniciando-se novo período após a reapresentação
do servidor:

– licença sem remuneração para tratar de interesses particulares


ou para acompanhar o cônjuge servidor público;

– licença para desempenho de mandato eletivo.

O Servidor efetivo ocupante de cargo em comissão manterá sua


contagem de tempo para fins de progressão e promoção.

Fundamento Legal: Art. 26, 27, 28 e 29 d Lei 3174/2003.

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PROMOÇÃO SALARIAL

Promoção é a passagem do servido, titular de cargo em caráter


efetivo, ao nível subsequente na carreira, mediante requerimento a ser
protocolado junto a Secretaria de Planejamento e Gestão com as cópias
dos documentos comprobatórios de sua habilitação.

Cada promoção corresponderá a 10% (dez por cento),


calculados sobre o menor vencimento básico da classe.

Para adquirir direito à promoção, deverá o servidor:

– ao nível II, contar a partir do ingresso na classe no nível I, com


no mínimo 10 (dez) anos de efetivo exercício;

– ao nível III, contar no nível II, com no mínimo 10 (dez) anos de


efetivo exercício;

– ao nível IV, contar no nível III, com no mínimo 10 (dez) anos de


efetivo exercício;

– atender aos requisitos de tempo de serviço e desempenho


funcional.

– atender os requisitos de capacitação profissional para


promoção na carreira a serem regulamentadas por Decreto.

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Para concorrer à promoção, o servidor deverá atender, ainda,
aos seguintes requisitos:

– alcançar, no mínimo, uma média de 80% (oitenta por cento) do


total de pontos distribuídos nas 3 (três) últimas avaliações de
desempenho para fins de progressão, realizadas.

– não ter sofrido punição disciplinar durante o período aquisitivo;

– não ter faltado ao serviço, sem justificativa, durante o mesmo


período, por mais de 15 (quinze) dias, consecutivos ou alternadamente;

– não ter gozado, durante o período, mais do que 90 (noventa)


dias de licença, para tratamento de saúde ou por motivo de doença em
pessoa da família.

– A contagem de tempo para fins de promoção será iniciada após


o seu ingresso na classe e será interrompida nos mesmos casos
previstos para progressão.

Fundamento Legal: Art. 30, 31, 32 e 35 da Lei 3174/2003,


Decreto 2057/2004 e Decreto 3658/2018.

AUXÍLIO-TRANSPORTE

O Auxílio-transporte constitui benefício de natureza indenizatória,


destinado ao custeio parcial das despesas efetivas realizadas pelos

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servidores municipais com o transporte coletivo municipal, no
deslocamento “residência trabalho” e vice-versa.

Fará jus ao auxílio-transporte o servidor que resida há mais de


1,5 km (hum mil e quinhentos metros) de distância de seu local de
trabalho.

O Auxílio-transporte é devido para 02 (dois) deslocamentos


diários para servidores com jornada de 06 (seis) horas diárias e poderá
ser concedido aos servidores que estejam cumprindo jornada de
trabalho de 8 (oito) horas diárias o Auxílio-transporte para os
deslocamentos em intervalos para repouso ou alimentação. limitados a
04 (quatro) deslocamentos diários.

O valor das despesas com transportes coletivos será apurado


mediante a multiplicação do valor da despesa diária pela proporção de
22 (vinte e dois) dias mensais.

O valor mensal do Auxílio-transporte corresponderá à diferença


entre o total das despesas efetivas com o deslocamento do servidor, e a
parcela equivalente a 6% (seis por cento) incidente sobre o seu
vencimento total.

Para fazer jus à concessão do Auxílio-transporte, o servidor


deverá manifestar sua opção por requerimentos padronizado que
deverá ser encaminhado preenchido, com as informações prestadas
pelo servidor, devendo conter ainda cópia da Carteira de Identidade, do
comprovante de endereço e a assinatura e carimbo do seu superior
imediato e do Secretário do órgão de lotação.

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O Auxílio-transporte:

– não tem natureza salarial ou remuneratória;

– não se incorpora à remuneração do servidor para quaisquer


efeitos;

– não é considerado para efeito de cálculo do 13º (décimo


terceiro) salário;

– não constitui base de cálculo de contribuição previdenciária ou


de assistência à saúde;

– não configura rendimento tributável do servidor.

Fundamento Legal: Art.1, 2, 4 e 8 da Lei 4778/2015 e Portaria nº 32


de 2015.

AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE CARGO EM


COMISSÃO

O servidor investido em cargo de provimento em comissão da


administração direta, fica automaticamente afastado do exercício de seu
cargo efetivo ou função pública, enquanto durar o comissionamento.

Fundamento Legal: Art. 92 da Lei 3175/2003.

17
AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO

Ao servidor público investido em mandato eletivo implicam-se as


seguintes disposições:

– tratando-se de mandato federal ou estadual, ficará afastado do


cargo;

– investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

– investido no mandato de Vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, manter-se-á em exercício


e perceberá as vantagens do seu cargo, sem prejuízo do subsídio do
cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do


cargo ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

Fundamento Legal: Art. 92, 93 da Lei 3175/2003.

LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Será concedida ao servidor licença para tratamento da própria


saúde, sem prejuízo da remuneração por motivo de doença, acidente

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em serviço ou moléstia profissional, com base em perícia médica
realizada por médico credenciado pelo Município e pelo prazo indicado
no laudo ou atestado médico.

Todo atestado médico deverá ser apresentado, à medicina do


trabalho no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.

Para afastamento do servidor, recomendado em atestado que


ultrapasse o prazo de 2 (dois) dias por mês, corridos ou intercalados,
esse deverá submeter-se a perícia médica no setor de medicina do
trabalho.

As licenças superiores a 15 (quinze) dias dependerão de exame


do servidor por médico do Instituto de Previdência ao qual estiver
vinculado.

O servidor licenciado para tratamento de saúde não poderá


dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena de ter a licença
cassada e promovida a apuração de sua responsabilidade, bem como
as penalidades previstas na forma da lei.

Fundamento Legal: Art. 100, da Lei 3175/2003 e Decreto


2176/2005.

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COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO – CAT

A emissão da CAT(Comunicação de Acidente de Trabalho) é


obrigatória em qualquer tipo de acidente de trabalho, mesmo que não
haja necessidade de afastamento do empregado.

A legislação que dispõe sobre os Planos de Benefícios da


Previdência Social, estabelece que a comunicação deve ser feita até
o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.

Na hipótese de não ser registrada a CAT junto a Medicina do


Trabalho pela Chefia imediata, o próprio trabalhador, o dependente, a
entidade sindical, o médico ou a autoridade pública, poderão efetivar a
qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social,
o que não exclui a possibilidade da aplicação da multa à empresa.

A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro de 24


(vinte quatro) horas, e, à autoridade policial competente no caso de
morte estará sujeita à aplicação de multa de 1 (um) a 10 (dez) vezes o
maior valor de referência fixado nos termos da Lei.

Deste modo é imprescindível que a Chefia Imediata do


empregado comunique a Medicina do Trabalho dentro do prazo de 24
(vinte e quatro) horas a ocorrência de qualquer acidente que possa ser
relacionado ao trabalho ou ao percurso de casa para o trabalho e vice-
versa.

20
Fundamento Legal: Lei 8.213 /91, Lei 6.205/75, Decreto Federal
3.048/99 e Instrução Normativa INSS/PRES Nº 45, DE 06 DE AGOSTO
DE 2010-DOU DE 11/08/2010 -

LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA


FAMÍLIA

O servidor poderá obter licença por motivo de doença nas


pessoas de seus ascendentes ou descendentes em linha direta, além
de irmãos, cônjuge ou companheiro (a), mediante laudo médico oficial e
comprovação da necessidade de sua assistência pessoal e
permanente.

A licença será concedida, com remuneração, aos servidores do


quadro efetivo do município nas seguintes proporções:

– Até 60 dias: remuneração integral;

– De 61 a 120 dias: 75% da remuneração;

– De 121 a 180 dias: 50% da remuneração;

– A partir de 181 dias: 25% da remuneração.

A licença remunerada para servidores efetivos não poderá


ultrapassar o prazo total de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias,
intercalados ou consecutivos e a licença concedida dentro de 60
(sessenta) dias, contados do término da anterior, será considerada
como prorrogação.

21
A licença será concedida, com remuneração, aos servidores
contratados do município observado o período de vigência do contrato
nas seguintes proporções:

– Até 30 dias: remuneração integral;

– De 31 a 60 dias: 75% da remuneração;

– De 61 a 90 dias: 50% da remuneração;

– A partir de 91 dias: 25% da remuneração.

A licença para os servidores contratados, observado o período de


vigência do contrato, não poderá ultrapassar o prazo total de 180 (cento
e oitenta) dias, intercalados ou consecutivos e a licença concedida
dentro de 30 (trinta) dias, contados ao término da anterior, será
considerada como prorrogação.

Fundamento Legal: Art. 102, da Lei 3175/2003 e Decreto nº


2571/2008.

LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E LICENÇA-


PATERNIDADE

A servidora terá direito a 180 cento e oitenta dias consecutivos


de licença à gestante, iniciados no primeiro dia do nono mês da
gravidez, salvo antecipação por prescrição médica, ou na data do
nascimento, em caso de nascimento prematuro.

22
No caso de natimorto a servidora será submetida, após 30 dias,
a exame médico, e se for considerada apta, retornará ao trabalho.

Se houver aborto, atestado por médico oficial, a servidora terá


direito a 30 dias de repouso remunerado.

Para amamentar o próprio filho até a idade de seis meses, a


servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a intervalo
de 30 (trinta) minutos por tuno.

À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1


(um) ano de idade terá direito à licença remunerada pelo período de 120
(cento e vinte).

Se criança tiver mais de 1 (um) ano e menos de 18 (dezoito)


anos de idade, a licença será de 45 (quarenta e cinco) dias.

Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à


licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

Fundamento Legal: Art. 104, 105 e 106, da Lei 3175/2003, LC


58/2017 e LC 67/2018.

LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Ao servidor que for convocado para o serviço militar e outros


encargos da segurança nacional será concedida licença com
vencimentos ou remuneração integrais.

23
A licença será concedida mediante comunicação, por escrito, do
servidor ao chefe ou diretor da repartição de lotação, acompanhada de
documento oficial que comprove a incorporação.

Dos vencimentos ou remuneração, descontar-se-á a importância


que o servidor perceber na condição de incorporado, salvo se optar pelo
soldo do serviço militar.

O servidor desincorporado, reassumirá dentro de 30 (trinta) dias


consecutivos, o exercício de seu cargo, sob pena de perda dos
vencimentos ou remuneração e, se a ausência exceder àquele prazo,
de demissão por abandono de cargo.

Ao servidor oficial da reserva das forças armadas será também


concedida licença, com vencimentos ou remuneração integrais, durante
os estágios previstos nos regulamentos militares, quando não perceber
qualquer vantagem pecuniária pela convocação.

Quando o estágio for remunerado, assegurar-se-á ao servidor o


direito de opção.

Fundamento Legal: Art. 107 e 108 da Lei 3175/2003.

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LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Ao servidor estável poderá ser concedida, a critério da


Administração, licença sem remuneração, para tratar de interesses
particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, prorrogável
por igual período.

Protocolado o requerimento devidamente instruído, o servidor


deverá aguardar em exercício, por 15 (quinze) dias consecutivos a
concessão da licença.

A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do


servidor ou no interesse do serviço.

A concessão de nova licença somente ocorrerá após decorrido


período de efetivo exercício igual ou superior ao da licença anterior.

Não se concederá licença ao servidor:

– que esteja sujeito a indenização ou devolução aos cofres


públicos;

– na condição de ocupante de cargo de provimento em


comissão, salvo se requerer exoneração;

– que esteja respondendo a processo administrativo disciplinar.

25
Fundamento Legal: Art. 109, 110, 111 e 112 da Lei 3175/2003.

LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE OU


COMPANHEIRO

Poderá ser concedida licença sem remuneração ao servidor,


para acompanhar o cônjuge ou companheiro que, servidor público, for
mandado servir, independentemente de solicitação, em outro ponto do
Estado, do território nacional ou no exterior, ou quando for cumprir
mandato eletivo.

A licença será concedida, mediante abertura de processo


devidamente instruído, e vigorará pelo prazo de até 2 (dois) anos.

Findo o prazo de 2 (dois) anos, e persistindo as razões do


afastamento, a licença poderá ser prorrogada no máximo por igual
período, e somente poderá ser renovada após cumprido igual período
de efetivo exercício.

Decorrido o prazo de prorrogação da licença, e não tendo o


servidor reassumido o exercício, poderá ser demitido por abandono de
cargo, mediante processo administrativo.

Fundamento Legal: Art. 113 da Lei 3175/2003.

26
LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO SINDICAL
OU REPRESENTAÇÃO

É assegurado ao servidor o direito à licença para o exercício de


mandato eletivo em diretoria de entidade sindical da categoria do
servidor público de âmbito municipal, sem prejuízo da remuneração de
seu cargo, na forma de regulamento.

Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos


de direção nas referidas entidades, até o máximo de 2 (dois) por
entidade.

A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser


prorrogada, no caso de reeleição.

Fundamento Legal: Art. 114 da Lei 3175/2003.

CONCESSÕES

Sem prejuízo da remuneração, o servidor poderá ausentar-se do


serviço:

– no dia do seu aniversário;

– por 1 (um) dia ao mês, em caso de doação de sangue;

27
– por 1 (um) dia, a fim de se alistar eleitor;

– por 8 (oito) dias consecutivos, em razão de seu casamento;

– por 5 (cinco) dias consecutivos, em razão de falecimento do


cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente, madrasta ou
padrasto, enteados, menor sob guarda ou tutela;

– por 3 (três) dias consecutivos, em razão de falecimento de


irmãos, avós, sogra, sogro, genro e netos.

Ao servidor estudante poderá ser concedido horário especial,


quando comprovada incompatibilidade entre horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício das atribuições do cargo,
obedecidas as seguintes condições:

– Deverá apresentar ao Setor de Pessoal atestado fornecido pelo


estabelecimento de ensino, comprovando a matrícula e declarando o
horário das aulas;

– deverá apresentar, mensalmente, atestado de frequência,


fornecido pelo estabelecimento de ensino;

– manterá em dia e em boa ordem os trabalhos que lhe forem


confiados.

Fundamento Legal: Art. 117 e 118 da Lei 3175/2003.

28
DEVERES

São deveres do servidor, além dos que lhe cabem em virtude de


seu cargo ou função e dos que decorrem, em geral, da sua condição de
agente público:

– exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

– ser leal às instituições a que servir;

– observar as normas legais e regulamentares;

– cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente


ilegais;

– atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,


ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou


esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições dos órgãos de correição e de fiscalização e


para defesa da Fazenda Pública;

29
– levar ao conhecimento da autoridade superior as
irregularidades de que tenha ciência em razão do cargo;

– zelar pela economia do material e pela conservação do


patrimônio público;

– guardar sigilo sobre assunto da Prefeitura;

– manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

– ser assíduo e pontual ao serviço;

– tratar com urbanidade as pessoas;

– representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Havendo reclamação escrita contra o servidor, este será ouvido


pela chefia imediata, podendo, inclusive, sofrer sanções disciplinares
previstas nesta Lei.

Fundamento Legal: Art. 131 da Lei 3175/2003.

PROIBIÇÕES

Ao servidor é proibido:

– ausentar-se, injustificadamente, do serviço, durante o


expediente;

30
– retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição;

– recusar fé a documento público;

– opor resistência injustificada ao andamento de documento ou


processo;

– promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da


repartição;

– cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos


previstos em lei, o desempenho de atribuições que sejam de sua
responsabilidade ou de seu subordinado;

– coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a


associação profissional ou entidade sindical, ou a partido político;

– manter sob sua chefia imediata, em cargo de confiança,


cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

– valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,


em detrimento da dignidade do cargo;

– atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartição


pública, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;

31
– receber vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;

– praticar usura sob quaisquer de suas modalidades;

– utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços


ou atividades particulares;

– cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que


ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

– exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o


exercício do cargo e com o horário de trabalho.

Parágrafo Único – O disposto no parágrafo único do artigo


anterior

Fundamento Legal: Art. 132 da Lei 3175/2003.

REMOÇÃO

Remoção é o deslocamento do servidor efetivo, de uma para


outra secretária ou de uma para outra unidade dentro da mesma
secretária, a pedido mediante abertura de processo ou de ofício,
podendo dar-se sob a forma de permuta.

A remoção do servidor de uma secretária para outra, dar-se-á por


ato do Secretário Municipal de Administração, ouvidos os titulares das
respectivas pastas

32
Ao servidor efetivo em estágio probatório e ao detentor de função
pública não se concederá remoção a pedido.

Fundamento Legal: Art. 30 da Lei 3175/2003.

READAPTAÇÃO

Readaptação é o cometimento, ao servidor, de encargo


compatível com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física
ou mental, verificada em inspeção médica oficial e específica.

A readaptação se fará a pedido mediante abertura de processo


ou de ofício e não implicará acréscimo ou perda remuneratória e nem se
caracteriza como provimento em outro cargo público.

O servidor será encaminhado para readaptação funcional


somente após 180 (cento e oitenta) dias de afastamentos para
tratamento de saúde, ocorridos dentro do período de um ano, pelo
mesmo motivo, (CID).

Fundamento Legal: Art. 35 da Lei 3175/2003 e Decreto nº


2770/2010.

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