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Características:
O direito só existe porque vivemos em sociedade. (Fenómeno social e relacional).
É um conjunto de normas/regras e organizado/sistematizado.
Estas regras não existem desligadas umas das outras. (Relação de interdependência).
Finalidades: Igualdade – Principio da igualdade: Tratar igual o que é igual, diferente o que é diferente.
Justiça: Distribuição equilibrada de direitos e deveres.
Tratar os cidadãos de forma igual. Vontade de dar a cada um o que é seu, ou seja, de dar o direito que lhe pertence.
Justiça com virtude e valor.
Distributiva: Dar a cada um o que é seu.
Igualdade: Aliada ao princípio da proporcionalidade (equilíbrio) entre os direitos e os deveres dos cidadãos.
Necessidade de Segurança: Antes de atuar tenho que saber se estou a fazer certo ou errado e as consequências
disso.
Positivo: Posto por escrito. Já existia na consciência de cada um de nós. Sistema de normas de conduta social.
Objetivo: Direito enquanto ciência jurídica, conjunto de regras gerais jurídicas e abstratas aplicáveis a todos,
enunciadas com o proteção coativa.
Subjetivo: Poder ou faculdade que pertence em concreto a um individuo. Poder de que goza a pessoa jurídica de
fazer o que o direito objetivo lhe permite. (Direito à greve, casar, votar).
Moral: Conjunto de normas de conduta que regem apenas pela consciência de Direito:
casa um sobre o que é bom ou mau. Ordenamento jurídico.
Tem impactos na vida social. Consciência social.
Consciência individual. Proteção coativa.
Não tem proteção coativa. Produto da sociedade onde se vive.
Direito Natural: Regras universais e conhecidas. Independentemente do território há Direito. Conjunto de regras que são
comuns a todas as sociedades e inerentes a todo o ser humano. Ex: Não matar por nada, direito à vida, pais devem proteger
os filhos.
Positivar declaração das regras – Pôr por escrito/ limitaram-se a ser postas por escrito.
Evolução histórica
Da normatividade social à normatividade jurídica: Pôr por escrito. Existe um movimento social que passa para
direito.
O poder político é limitado pelo Direito – Há regras jurídicas que limitam a sua atuação.
Regras jurídicas – legisladas (feitas por identidades com poder politico).
Estado:
Entidade jurídica
População
Território
Finalidades politicas desse território
Ser jurídico com características especiais
Ter direitos e deveres.
A sociedade e o Direito: Relação muito forte. O Direito é uma ciência social e reflete a cultura da sociedade;
Direito, criação do poder político: O poder político é condicionado pelo Direito;
Direito e a economia: O Direito deve ser tido em conta porque serve para regular a economia. Nas organizações
económicas do estado, das empresas…
3 – O Estado
Conceito de Estado: Sociedade politicamente organizada e fixada em determinado território privativo, com
soberania e independência.
Elementos do Estado:
População: Cidadania portuguesa – Sem população não há Estado (Lei da Nacionalidade).
Território: Solo e águas territoriais. Limites = fronteiras
Poder politico: Faculdade exercida por um povo de, por autoridade própria, instituir órgãos que dominem o
território e que atuem num sistema jurídico.
Fins do Estado:
Segurança: Traduz-se em garantir paz social através da força pública, a realização dos interesses fundamentais dos
cidadãos (vida, integridade física, etc).
Justiça: Igualdade; Proporcionalidade. Dar a cada um o que lhe pertence.
Bem-estar social: Satisfação de necessidades materiais e imateriais.
Ex: Garantir direito à saúde e ao ensino.
Funções do Estado:
Função Legislativa: Criação das leis.
Função Executiva: Execução política das leis (governo).
Função Politica: Definição e prossecução dos interesses gerais e impostos para gastar nas necessidades do Estado.
Estudo através da Assembleia de República e governo – o que é importante em casa momento na sociedade/
população.
Função Técnica: Produção de bens ou prestação de serviços destinados à satisfação de necessidades coletivas de
carácter material ou cultural.
Regional: Espanha
Território dividido em regiões autónomas (Há uma Assembleia Regional e Governal).
Estado Dependente: Quando reconhecido pela comunidade internacional (EUA). Ex: Não capacidade de fazer
guerra.
Sistemas de Governo:
República e Monarquia
Caso Português Espanha/ Inglaterra: O rei não tem quase poder nenhum
Soberania:
República Independente e de poder politico.
Povo exerce poder de voto.
República é representada pela presidência.
Não estão na CRP mas têm = dignidade jurídica - Direitos fundamentais extra-
constitucionais Ex: Direito à abolição da escravatura
As restrições só podem justificar-se para salvaguardar outro direito ou interesse constitucionalmente protegido,
ou seja, o sacrifício de um direito fundamental não pode ser arbitrário, gratuito ou desmotivado.
5 – Fontes de Direito
(Lei e Normas Coperativas – Única forma jurídica em Portugal)
Modo de formação ou revelação do Direito (sentido técnico-jurídico ou formal).
Sitio; local; origem; regras das normas.
Jurisprudência/ Doutrina: Não criam regras novas mas ajudam a compreender as regras pelo costume. Fontes
São modos de formação e revelação das normas jurídicas, ou seja, são os comportamentos humanos que, dentro
de uma comunidade social determinada, formam as instituições que estruturam e criam ou revelam as normas
jurídicas por que ela se rege.
Fontes de Direito: Internas: Criação no território português. Não são iguais em todos os países.
Externas ou Internacionais: Acordos entre estados.
Sentido Amplo (sentido material): Toda e qualquer norma que possa ser produzida por órgão estadual.
(leis/decretos-lei/regulamentos/portarias)
Costume – Norma resultante duma prática social constante (habitual e reiterada) dos indivíduos pertencentes a
uma comunidade e acompanhada da convicção de obrigatoriedade. Repete-se com uma determinada regularidade.
Para se criar é necessário mostrar que existe para se tornar escrita.
Não deve ser confundido com hábitos.
Prática social que se repete com regularidade comportamental.
As pessoas adotam e acham que é o correto e obrigatório.
Ex: Festa na vila em que o touro era morto na arena – tornar costume.
Jurisprudência – Conjunto de orientações, seguidas pelos tribunais (ou outros organismos), que constituem o
resultado da decisão e de aplicação do Direito a casos concretos reais. Ex: sentenças dos tribunais
Doutrina – Atividade de estudo teórico e cientifico de Direito (que formula juízos sobre a adequada
regulamentação das relações sociais).
Opiniões/ estudos dos tribunais aplicados no caso concreto. Ex: pareceres técnicos de professores de Direito.
Hierarquia das fontes: As leis de grau de hierarquia inferior não podem controlar as de superior. A lei mas recente
revoga a mais antiga.
Aquilo que vincula os juízes não são as leis mas sim as sentenças- São seguidas pelos próximos juízes em casos
semelhantes.
Sistema jurídico é pleno e perfeito – tem que haver sempre uma lei, mesmo que não se trate do assunto
diretamente. A consciência do juiz é indiferente.
Fontes imediatas:
Lei
Normas corporativas: São regras jurídicas feitas para organismos de natureza profissional. Ex: Na área das
farmácias o salário mínimo é 1200€ apesar de o salário mínimo português ser 450€.
Sociedades comerciais – Estatutos
As regras jurídicas de valor hierárquico inferior têm que respeitar as de superior, se não respeitam é uma:
Inconstitucionalidade (Quando violam a CRP)
Orgânica – Separação de poderes. (ORGÃO)
Formal – Não é cumprida alguma formalidade na criação da lei. (LEI OU DECRETO DE LEI)
Material – Quando o conteúdo da lei é contrário a um princípio fundamental. (ASSUNTO)
Igualdade
Processo legislativo:
Elaboração (proposta/discussão/votação/aprovação) – Fazer e propor leis compete as deputados, as grupos
parlamentares e ao Governo – Artigo 167º CRP;
Promulgação (artigo 136º e 137º da CRP) – pelo Presidente da Republica (sob pena de inexistência jurídica – Artigo
136º CRP);
Publicação (artigo 119º da CRP) Diário da República – necessidade de publicação das ordens jurídicas – para tornar
pública. Se a ignorância das leis não aproveita a ninguém, para serem aplicadas as leis terão que ser conhecidas, para
tanto terão que ser publicadas;
Entrada em vigor (artigo 5º do CC)
Diário da República – necessidade de publicação das ordens jurídicas – para tornar pública.
Vacatio Legis = tempo que decorre entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor. O tempo é necessário para o
conhecimento, estudo e adaptação dos cidadãos perante as normas.
Revogação: Consiste na cessação de vigência de uma lei em virtude da entrada em vigor de outra lei que afasta a
lei anterior.
Quando existem duas leis (com o mesmo valor hierárquico) que se sucedem no tempo. A mais recente substitui a
mais antiga- A antiga só cessa a sua existência por causa da recente.
Para que haja revogação com a lei mais recente tem que ter um valor hierárquico igual ou superior.
1. Expressa – quando uma lei declara revogada expressamente lei anterior.
2. Tácita – quando não se fez a revogação expressa mas as normas de lei nova são incompatíveis com as normas da
lei anterior.
(Implícito/ não está dito expressamente que está a revogar a lei antiga – quando duas leis são incompatíveis).
3. Sistema – quando, apesar de não se dar a revogação expressa nem tacita, se conclui que o legislador de certo
diploma teve intenção de que esse diploma passe a ser o único diploma regulador de certa matéria ou assunto.
(Ex: várias leis que regulavam leis laborais – estatuto, greve, despedimentos, … - Assunto: Relações Laborais – 1 única
lei, onde na mesma se regulam todas as leis – código do trabalho regula todas as matérias que estavam dispersas.
“Todas as leis foram revogadas”).
Norma geral: Traduzem os princípios fundamentais do sistema jurídico, constituindo o regime-regra das relações que
regulam.
Norma que contém o regime regra/geral.
Ex: Todos os cidadãos têm direito a receber reforma a partir dos 65 anos.
Norma especial: Regem um sector restritivo de casos de forma diferente do regime-regra aplicado a casos idênticos
mas que não se opõe diretamente ao regime.
Em relação à norma geral. Estabelecem um regime especial que não é oposto ao da regra geral.
Ex: Os pilotos têm direito a receber reforma a partir dos 60 anos.
Norma excecional: Regulam determinado sector restritivo de relações com características particulares, pelo que
fixam disciplina oposta à que vigora para a generalidade das relações desse tipo.
Estabelece um regime diferente – oposto a regra.
Ex: Os advogados não têm direito de receber a reforma.
Ex:
23% IVA – Geral
6% para bens de necessidade (pão, leite) – Especial
Exentes de Iva – transações sociais – Excecional
Interpretação da lei:
Interpretação literal ou gramatical – atende-se à letra da lei (este elemento de interpretação é necessário mas não
suficiente)
Ponto de Partida – Letra a Letra – o que está escrito interpretar com base no elemento literal/ gramatical.
Interpretação histórica – atende-se à história da lei, isto é, às circunstâncias sociais, económicas ou políticas em que
a lei foi elaborada (sentido que a lei tem no momento da sua aplicação);
É necessário contextualização/ História – em que circunstância foi feita.
Resultados da interpretação
Interpretação declarativa: Quando se fixa à norma como seu verdadeiro sentido um dos seus sentidos literais.
Letra – elemento literal/ gramatical
(Ponto partida Chegada)
Interpretação extensiva: Quando se conclui que a letra da lei é mais restrita do que o seu espirito: o legislador
disse menos do que queria dizer. Estica a letra da lei além do que está escrito. (Ex: Art 877º CC)
Interpretação restritiva: Quando se restringe o que está na lei apenas a algumas situações.
(Ex: É proibido estacionar em frente de uma paragem privada – aplica-se a todos menos a mim Restringe aquilo
que diz a letra da lei.)
Argumentos lógicos
O que permite o mais, permite o menos
O que proíbe o menos, proíbe o mais – Se é proibido circular a 141km também é proibido a 189km.
Argumento a contrario sensu – A compra e venda de bens MÓVEIS é celebrada mesmo que não haja escritura.
A compra de bens IMÓVEIS já só celebrado por escritura pública.
Conceito de lacuna – situação que lei não prevê. Por mais dotado que seja, o legislador não consegue regular todas
as situações que se podem desencadear nas relações sociais.
Casos Análogos – semelhantes.
(Ex: Quando começou a navegação aérea, não existiam leis que regessem. Por isso, aplicaram-se à navegação aérea
as normas de navegação marítima).
Maria Beatriz Ferreira Nogueira GRH12