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A sua carne pode ser cortada em peças maiores ou menores, mas a sua utilização não se fica apenas
pela carne muscular (de onde proveem todos os cortes conhecidos. O rabo, a língua, o estômago (tripas
ou dobrada), o coração, o fígado, rins, testículos, intestinos, mamas, sangue e ainda algumas glândulas
como a moleja (massas glandulares junto à traqueia (timo) e junto ao estômago (pâncreas), muito
apreciadas e de volta aos hábitos dos muitos apreciadores, depois de alguns anos volvidos após o alerta
da doença das vacas loucas, doença que também veio retirar dos pratos o cérebro ou miolos/mioleira.
Quando comprar preste atenção as sinais de uma carne fresca e em perfeitas condições
Consistência firme e compacta e cor vermelho vivo e brilhante
A gordura deve ser branca ou amarelo-pálida (dependendo da raça). Um amarela intenso, é sinal que o
animal era velho e, portanto, que a carne é mais dura.
Divisão/Categorias
Consoante a dureza das carnes,
São três as categorias: de 1.ª, de 2.,º e de 3.ª
1.º Categoria
Carne tenra e macia, suculenta e ricas em glicose,
Indicada para cortes como bifes, costeletas e tornedós.
Técnicas aconselhadas
Saltear, assar, grelhar e guisar
Pratos aconselhados
Bifes, salteados, costeletas e assados
2.ª Categoria
Peças de carnes menos tenras e com nervos de maior Grau de dureza e matérias gelatinosas, apesar de
suculentas
Técnicas aconselhadas
Cozer, guisar, estufar
Pratos aconselhados
Caldos, consommés, gelatinas, guisados e estufados
3.ª Categoria
Peças de carnes com muitos nervos, gelatinosas e de grau de dureza acentuado
Técnicas aconselhadas: cozer, estufar
Pratos aconselhados: cozidos, caldos e estufados
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Tipos de Corte de carne de vaca de 1.ª categoria
Carnes de 1ª
11) Lombo, vazio de cima e vazio de baixo;
12) Alcatra ou rabada;
13) Pombinho; 14) Ganso; 15) Chã de fora;
16) Chã de dentro ou pojadouro.
Carnes de 2ª
3) Acém descoberto; 4) Acém coberto;
5) Pá; 8) Costeleta coberta;
9) Costeleta descoberta;
17) Rabadilha;
20) Badana.
Carnes de 3ª
1) Cabeça ou faceira;
2) Pescoço ou cachaço;
6) Mações do peito;
7) Prego ou presilha; Pratos nacionais confecionados com carne de vaca
Bife à Marrare
10) Aba descarregada; Língua afiambrada
18) Chambões; Jardineira de mão de vaca
19) Mãos. Pratos regionais confecionados com carne de vaca
Alcatra da terceira
Vitela à mirandesa
Pratos internacionais confeccionados com carne de vaca
Bife Bourguignon, Entrecote, Tornedó Rossini, Chataeaubriand,
Rosbife, Bife Wellington, Bife Tártaro, Goulash, Stroganoff
Características
O porco pertence ao grupo do Gado Suíno, a que pertence o porco doméstico, mas também o javali. Em
Portugal pode-se falar em o Porco preto, com origem em barrancos, também conhecido por Pata negra
ou de bolota, de pele e unhas negras, focinho saliente, pescoço curto mas musculado e o Bísaro
Transmontano, característico por ser um animal de grande porte, mais alto que largo, de carne suculenta e
resistente e o porco Alentejano, uma raça de pequeno porte, que se alimenta muito frequentemente da
bolota durante a sua época de produção, cuja carne muito saborosa, fazendo dela a raça suína de maior
destaque.
A cria do porco é o leitão.
O porco é provavelmente a carne mais consumida em todo o mundo, a par das aves, ao mesmo tempo
que o seu consumo é considerado como um tabu alimentar por diversas religiões como
o judaísmo, islamismo e o adventismo. A China é o maior produtor mundial com 49,5 milhões de toneladas
anuais, seguido da União Europeia (27 países), com 22,53 milhões de toneladas e Hong Kong tem o maior
consumo “per capita”, 66,5 kg, seguida por Macau, com 54 kg.
Existe ainda um grande numero de pessoas (interior e serras) que criam os seus animais, fonte de sustento
de inverno e na produção de enchidos e de presuntos.
Tudo no porco, literalmente tudo, se aproveita no porco, incluindo o sangue, usado com mestria em
enchidos variados e pratos tipicos como a Rechina Alentejana e o Sarapatel Transmontano.
Qualidades orgalolépticas e nutricionais
È uma carne suculenta, óptima em assados, grelhados e salteados e rica em proteínas, vitaminas do grupo
B, fósforo e zinco, nutrientes que não podemos dispensar, e contém menos sódio do que a carne de vaca,
sendo um bom aliado para quem sofre de hipertensão.
A carne de porco não é forçosamente mais gorda do que as outras carnes. Depende da parte ou peça
de que se trate e do método culinário usado. A sua gordura fica concentrada na superfície da pele, sendo
fácil de isolar. No caso da vaca, ela está mais entremeada nas fibras da carne. A carne mais gorda de
todas é a do leitão.
Um estudo recente (Departamento de Agricultura dos E.U.) revela que, devido à evolução genética e das
técnicas de criação, alguns cortes de carne de porco têm níveis de gordura semelhantes aos de algumas
carnes a que, habitualmente, chamamos magras, como o frango, o que não acontecia há 15 anos atrás.
De acordo com Tabela da Composição de Alimentos do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, os
cortes de porco mais magros são o lombo (4,7 g de gordura por 100 g), que ganha ao lombo de vitela (7,6
g de gordura por 100 g); e a perna magra (7,5 g de gordura por 100 g), que fica à frente da perna de
frango, se nos esquecermos de lhe tirar a pele (13 gr de gordura por 100 gr).
Por outro lado, se avaliarmos a carne suína do ponto de vista do colesterol, verificamos que o lombo de
porco é mais saudável do que o seu congénere de vaca e vitela e, até, do que o frango sem pele (58 g
de colesterol por 100 g, face aos 61 g de colesterol do lombo de vaca, os 91 g do lombo de vitela, os 70 g
do peito de frango e os 100 g da perna de frango).
Em termos calóricos, o lombo de porco fornece 131 kcal por cada 100 g, o que não o envergonha frente
às 114 kcal do lombo de vaca, às 124 kcal da perna de borrego e às 111 kcal da perna de frango sem
pele, levando vantagem até em relação às 148 kcal do lombo de vitela.
Categorias – a carne de porco permite organizar pela sua dureza, dois tipos de carne
Carnes de 1ª qualidade e Carnes de 2ª qualidade
Tipos de Corte de carne de 1ª qualidade:
1) Perna ou Presunto;
2) Lombo. Daqui se extraem as costeletas (vão) e o entrecosto
Tipos de Corte Carne de 2ª qualidade
3) Entremeada ou Toucinho;
4) Pá;
5) Cabeça;
6) Chispes;
7) Rabo.
Enchidos fumados: linguiça, chouriço de carne ou colurau, chouriço mouro, chouriço de sangue, morcela,
paio, paiola, painho, butelo, salpicão, chourição, maranhos, morcela de arroz, entre outros,;
Enchidos cozidos
Salsichas
Enchidos frescos
Salsicha fresca, maigrese, etc…
Fiambres e embutidos
O fiambre, e outros embutidos, tal como presunto deveria ser feito exclusivamente com a carne da perna
ou da pá, mas não ó é: é confecionado num processo (salmoura – água, sal, conservantes,
intensificadores de sabores, etc,) de carnes de outras proveniências (não as melhores), que depois de
marinarem são colocados em formas, cujo formato conhecemos, e depois cozidas e rapidamente
arrefecidas. Está provado que o uso abusivo deste tipo de alimento pode ter muitos inconvenientes no que
diz respeito à saúde.
Patés
O leitão
O leitão está associado a uma especialidade que lhe confere um papel de destaque. Vamos analisar o
Leitão da Bairrada, afamado e protegido por uma Confraria – Confraria Gastronómica do Leitão da
Bairrada, com sede em sangalhos.
Os leitões devem ser de mães com raça e da região demarcada e não tem direito a provar outra iguaria
que não seja o leite materno já que, se o fizer, a carne não terá o mesmo sabor.
A mãe do leitão deverá ter uma alimentação natural como é uso na região e a sua idade deverá estar
compreendida entre um mês e mês e meio no máximo e o seu peso em vivo deverá ser de 7 a 8 kg.
O processo
O leitão deve ser morto pelo processo usual na região, como para o porco adulto, ou seja, com uma
picada funda entre as mãos, para o lado do pescoço, com uma faca de bom gume e de ponta afiada.
De seguida o leitão é “esbolado” ou “esboldrado”: numa panela de ferro de boca larga, aquece-se água.
Depois, mergulha-se o leitão que está seguro pelas patas dianteiras, até ao meio.
Tira-se rapidamente, sem perda de tempo, para que ele não arrefeça e coloca-se numa mesa
arrancando-se logo as unhas (castanholas) das duas patas que entraram na água. De seguida esfrega-se
energicamente com uma serapilheira toda essa metade que emergiu, arrancando assim todos os pêlos
juntamente com uma camada de pele fina, da superfície a que, na região, se dá o nome de “boldra”.
Esta operação tem de ser feita muito rapidamente, tanto o mergulhar na água para que o leitão não coza
como a “esboldra”, podendo contudo repetir-se a operação se não ficar bem pelado da primeira vez,
mas com muita rapidez.
Repete-se o processo de igual modo para a outra metade, pegando no leitão pelas patas traseiras e
mergulhando-o até à parte já “esboldrada”. Feito isto, com água fria lava-se bem o leitão.
Em seguida procede-se ao amanho: servindo-nos do orifício feito para o matar, alongando-se um pouco
mais e abrindo um rasgo ao meio do ventre, bem como outro circular em volta do ânus, relativamente
pequeno. O leitão é limpo de todas as miudezas, metendo para dentro a parte terminal do intestino que se
retirou. O esófago será puxado pelo orifício superior ao matar saindo também pelo ventre juntamente com
o restante. Depois de bem lavado, pendura-se pelo orifício feito pela faca ao matar e deixa-se escorrer.
Receita
Para preparar o tempero, juntam-se, num almofariz de madeira, onde se pisarão, se possível, pela ordem
que se segue
Ingredientes – Quantidades normais para um leitão de 7 a 8 kg.
Assar o leitão
A qualidade do “Leitão da Bairrada” varia com o saber e arte do assador, não deixando, também, de ser
importante o tradicional forno em “tijoloque”, característico da Bairrada, utilizado para cozer o pão de
milho (broa). Deverá ser aquecido muito bem com lenha (casca de eucalipto ou feixes de vides) até ficar
bem quente.
O rescaldo fica no interior, afastado para os lados e coberto com um pouco de cinza, que se irá
destapando, ou melhor, abrindo, à medida das necessidades. O forno Bairradino tem já orifícios na parede
oposta à porta, a pouca altura da base, onde se irá enfiar a ponta da vara (espeto) para apoio. A altura
destes orifícios é um pouco variável, depende do tamanho do forno e uso de cada um. Na boca do forno
é colocado um tijolo que servirá para apoiar a outra ponta da vara, apoio que também é um pouco
variável de assador para assador.
O leitão introduzido no forno deverá assar lentamente, durante cerca de 2 horas.
Para que a cozedura seja uniforme, deve ser girado manualmente, sendo este um dos segredos da
habilidade do assador. A vara, juntamente com o leitão, vai sendo rodada proporcionando diferentes
posições. Um dos segredos da assadura está em rodar o leitão (sem parar) durante os primeiros 30 minutos.
Durante o tempo de assadura o leitão é, por vezes, retirado (do forno, não da vara) e borrifado com bom
vinho branco da Bairrada. Estes borrifos periódicos feitos com um raminho de louro têm por finalidade
tornar a pele dura e estaladiça, não deixando que a pele enfole ou rebente. A pele é mais saborosa mas
também mais fácil de cortar e de comer se não a deixarmos queimar em demasia. Esta operação é
completada com a vinda do leitão quente ao ar frio, “constipando-o”.
Quando ao rodar a vara, o leitão não acompanhe bem os movimentos desta (o leitão já não está
agarrado à vara como no início, dançando um pouco), poderemos considerá-lo praticamente assado.
É o momento de o retirar do forno fazendo-lhe depois um pequeno orifício no ventre para lhe retirar o
molho líquido, que aí se encontra. Depois desta «sangria» ainda deverá ir ao forno cerca de 10 minutos
para o enxugar um pouco, retirando-o depois em definitivo
Outros leitões assados famosos
Leitão assado à moda de Canelas
Leitão asado à Ferreirense (Ferreira do Zêzere
Leitão de Negrais – diferente de todos os outros, por ser assado “aberto”
Características
Embora se enquadre num mesmo Grupo alimentar, o Cabrito pertence ao Gado Caprino e a ovelha
pertence ao Gado Ovino. O borrego é a expressão mais comum quando se designa este tipo de carne. A
ovelha é a fêmea, o macho o carneiro e o cordeiro é a cria de ambos. A distinção entre borrego e
cordeiro é a idade. Os cordeiros são os mais novos, ainda em período de amamentação e até aos 14
meses de idade. entre os 14 meses e os 2 anos é classificada como “cordeiro de um ano” e após dois anos,
a carne de sabor forte é classificada como “carneiro”.
De modo geral esta carne é vendida como borrego e é uma das mais apreciadas em Portugal. De norte a
Sul são várias as raças que constituem a lista de ovinos certificados. Existem várias certificações (DOP, IGP),
entre as quais, Borrego da Beira, de Montemor-o-Novo, do Baixo Alentejo, do Nordeste Alentejano, da
Serra da Estrela, Terrincho, Cordeiro Bragançano, Cordeiro de Barroso, Anho de Barroso ou Cordeiro de
leite de Barroso e a ovelha Churra Algarvia
Na Primavera o pastoreio verdejante permite um rápido crescimento dos cordeiros, tradicionalmente
utilizados na Páscoa, enquanto o Verão seco condiciona a alimentação e promove o sabor da carne.
Categorias
Tal como na carne de vaca, a carne ovina e
caprina encontra carnes de dureza diferente
que se dividem em
Carnes de 1.ª qualidade
Carnes de 2.ª qualidade
Carnes de 3.ª qualidade
Os peixes são animais vertebrados, aquáticos, quase todos com barbatanas em vez de membros,
sustentados por raios ósseos ou cartilaginosos, guelras ou brânquias com que respiram o oxigénio dissolvido
na água e, na sua maior parte, o corpo coberto de escamas.
Os peixes são um recurso muito importante, principalmente como alimento e Os peixes encontram-se em
praticamente todos os ecossistemas aquáticos, tanto em água doce como em salgada e são há muito
criados em sistema de aquacultura, quer em ´+agua doce ou salgada.
Dividem-se tradicionalmente nos seguintes grupos:
Peixes ósseos, aos quais pertencem as sardinhas, as garoupas o bacalhau, o atum e, em geral, todos os
peixes que possuem esqueleto ósseo;
Peixes cartilaginosos, à qual pertencem os tubarões e as raias;
Peixes sem maxilas que incluem a lampreia
O peixe fornece proteínas de qualidade idêntica à da carne mas de mais fácil digestão.
É rico em minerais (cálcio, ferro, flúor, fósforo, iodo) e vitaminas D).
Tal como a carne, não possui hidratos de carbono. Tem a vantagem, em relação à carne, de ter menos e
melhor gordura (insaturada) e de fornecer ómega 3 e ómega 6 (gorduras essenciais à saúde).
Peixes Magros
Os peixes magros são os de mais fácil digestão, mas menos ricos em vitaminas e também em calorias.
Bacalhau: peixe de mar de carne branca que se tem de proceder ao dessalgamento. Pode também ser
consumido fresco ou fumado.
Badejo: de carne magra, muito fina e branca. Consome-se muitas vezes como se fosse bacalhau fresco.
Carapau: peixe de mar muito frequente na alimentação portuguesa, frito ou grelhado. Quando atinge
maiores dimensões, tem o nome de chicharro e a sua carne perde a delicadeza.
Carpa: peixe de rio de carne magra que se presta em inúmeras preparações culinárias.
Corvina: peixe de mar de grandes dimensões. A sua carne é levemente rija e seca. Serve-se sobretudo
guisado ou cozido.
Dourada: embora magra, a sua carne é provida de um enorme poder nutritivo. Pertencem a esta família,
embora de qualidade inferior, o sargo, o pargo e as bogas.
Garoupa: de carne magra e branca, cozinha-se de maneira idêntica à pescada. A carne de garoupa é,
no entanto, mais rija e menos saborosa.
Goraz: de carne branca e seca, cozinha-se como o prago, o robalo e a dourada.
Linguado: de carne branca, magra, muito delicada e de fácil digestão. Permite uma enorme quantidade
de receitas e preparações gastronómicas.
Lúcio: a carne é branca e magra e de fácil digestão. Não deve ser consumido nos meses de Fevereiro a
Abril. Pode ser preparado de diversas maneiras: cozido, grelhado ou assado no forno.
Peixe-espada: de carne branca, magra e muito delicada, é muito saboroso quando fresco. Serve-se quase
sempre frito ou grelhado.
Pescada: este peixe possui um elevado nível dietético, pois a sua carne é magra, branca e de sabor muito
delicado.
Pregado: a sua carne é branca, magra e muito saborosa. É semelhante ao rodovalho.
Robalo: a sua carne é branca, magra, muito saborosa e muito consistente, aguentando bem a cozedura.
Cozido, grelhado ou assado, o seu gosto, muito acentuado, é digno das preparações mais requintadas.
Salmonete: a sua carne, de gosto muito particular, é seca, magra e muito firme. É comum que às suas
preparações seja adicionado o fígado inteiro ou desfeito no molho que o acompanhar.
Tainha: também conhecida por mugem ou fataça, é muito apreciada frita ou cozida.
Tamboril: o seu aspecto repelente, não prenuncia o seu saboroso paladar. É peixe de mar de carne
magra, muito delicada e nutritiva.
Truta: É muito frequente no nosso país, de carne magra e muito delicada, prepara-se
de várias maneiras.
Peixes Gordos
Enquanto nos peixes magros a gordura se encontra praticamente confinada ao fígado, nos peixes gordos
está dispersa por toda a carne e pele das espécies numa percentagem elevada, razão que determina
esta nomenclatura.
Anchova: a sua carne gordurosa altera-se facilmente. Pode ser cozinhado em fresco, em salmoura ou
consumido em conserva. Devido ao seu sabor muito acentuado, os filetes de anchovas são muito
utilizados como condimento.
Em qualquer ramo de negócio, o bom serviço está relacionado com requer matéria-prima de qualidade.
Na Restauração, o cuidado é duplamente importante porquanto falamos de comida, logo de saúde
pública, de qualidade alimentar.
A receção de qualquer alimento, neste caso peixes e mariscos, mas também de carnes ou produtos
lácteos, é o ponto primário de todo o processo.
Começando pela forma como o pescado e marisco é entregue (embalagem), como foi entregue
(transporte) e por último mas não menos importante, a qualidade do produto.
No caso de produtos frescos (refrigerados) devem ser entregues a uma temperatura nunca abaixo dos
5º.C, em transporte munido de frigorífico, em caixas limpas e adequadas ao produto.
Introdução
A qualidade hígio-sanitária de uma refeição depende, em grande parte, dos cuidados que se tiverem
com os alimentos durante o seu transporte, armazenamento, conservação, confeção e distribuição ao
consumidor.
As matérias-primas e ingredientes podem chegar à unidade alimentar em diferentes estados (sólido,
liquido, em pó, grão, pasta, etc.), provenientes de vários fornecedores, a estas condições, que o produto
pode apresentar, aliam-se os diferentes modos de processamento, pelo que é necessário selecionar
fornecedores qualificados e de segurança, que ofereçam garantias de que o seu produto é de confiança.
Transporte
O interior dos veículos de transporte dos fornecedores destinados a produtos perecíveis, deve ser de
material impermeável, resistente à corrosão, de fácil limpeza, lavagem e desinfeção, e não deve emitir ou
absorver odores;
O interior das paredes dos veículos deve ser liso e de fácil lavagem;
Receção
Não são aceites produtos fornecidos em caixas de madeira;
O pescado fresco deve ser fornecido sob uma camada de gelo, nas proporções de 1Kg de gelo por cada
2Kg de pescado.
No pescado fresco, a temperatura máxima permitida no interior, na sua receção, é de 2ºC e a mínima de
0ºC.
No pescado congelado, a temperatura máxima admitida no interior, no momento da receção é de -18ºC;
Não são aceites fornecimentos de produtos de pesca congelados cuja embalagem esteja danificada,
que revele características típicas de re-congelação, desidratação, oxidação, com manchas hemorrágicas
e sinais evidentes de variações de temperatura como gelo no interior da embalagem;
Só são aceites embalagens fechadas, limpas e rotuladas com as menções escritas exigidas legalmente.
Peixe congelado
Os peixes fornecidos com cabeça devem encontrar-se eviscerados e sem guelras;
Devem ser adquiridos, sempre que possível, peixes congelados em alto-mar;
Os peixes gordos (cavala, congro, enguia, salmão, salmonete, sardinha e truta) não devem ser adquiridos
congelados.
Peixe salgado
Só devem ser aceites se descabeçados e eviscerados, escamados, secos e salgados e sem humidade
visível;
Devem apresentar uma coloração branca-amarelada uniforme e sem manchas rosa-avermelhadas ou
outras, poeiras, bolores e cheiro anormal;
Devem ser fornecidos em caixas de cartão fechadas, que serão abertas para verificação e controlo à
receção;
Deve-se rejeitar o bacalhau sempre que:
Estiver mole e a desfazer-se;
Tiver excesso de humidade;
Apresentar manchas (rosa-avermelhadas, pretas ou cinzentas);
Apresentar bolores e cheiro anormal.
Mise en place
Quando a prática do amanho de Peixes e Carnes é realizado nos estabelecimentos de restauração é
obrigatório que, na Cozinha ou num outro espaço especifico, existam Zonas de preparação adequadas.
Por causa da escamagem, operação que naturalmente proporciona alguma sujidade, deve ser separada
do resto da Cozinha ou protegida com meias paredes e estar situada na Zona fria da mesma.
Equipamentos e utensílios
No contexto dos “outros utensílios”, uma tesoura de pequena tensão e outra de grande tensão, um
escamador (que deve ser usado apenas em peixes de grandes dimensões e pele rija), uma pinça ou
alicate (para as espinhas), uma faca de ostras, martelo, pinças para mariscos, tenazes.
Escamar
Em peixes de pequeno porte e carne delicada, a operação de escamar deve ser feita com as costas de
uma faca pequena, do rabo para a cabeça e nunca feita após a evisceração.
Eviscerar/destripar
Após escamar a operação que se segue é a de destripar. Faz-se iniciando o corte do orifício anal até ao
final da barriga. Retiram-se as tripas e a pele escura que reveste o abdómen. De seguida, as guelras,
colocando o peixe de costas para a tábua e dando um corte logo abaixo do queixo, puxando de seguida
as guelras, separando-as com um corte. Nos peixes chatos, o processo inicia-se com um golpe atrás das
guelras. Lavar bem com água limpa e corrente.
Descabeçar
Por norma, retirar a cabeça é uma operação simples, contudo obedecendo a uma regra simples: o corte
deve ser obliquo às barbatanas da frente:
Nos peixes pequenos, por norma a cabeça não é retirada e nalguns casos, os maiores, assados por exemplo à
Portuguesa, também não.
Filetar
Cortar os peixes em filetes, é uma opção cada vez mais
Utilizada, possibilitando a inconveniência de encontrar a
espinha central, o esqueleto do peixe, no prato.
Despinhar
Após retirar a cabeça. Retiram-se os filetes, iniciando
o corte no lombo, junto à espinha dorsal e até ao rabo.
Chegando a faca à centro da espinha, levantar a carne e com a ponta da faca, cortar junto à dorsal e
depois continuar o corte até à barriga.
As espinhas que se encontram no meio do lombo podem ser retiradas, cortando o lombo em duas partes .
No caso de peixes grandes, o corte pode ser feito utilizando uma faca apropriada e iniciando o corte junto
à espinha dorsal e até ao rabo, separando o filete de forma completa.
Depois retiram-se as restantes espinhas com a ajuda de uma pinça ou alicate.
No caso de não serem filetados, os peixes podem-se cortar em postas. Quando o peixe não é separado
da espinha e em se tratando de peixes onde só exista a espinha dorsal, pode-se chamar de “costeleta” ou
“costela” a um pedaço de peixe que tenha alguma espinha (caso do Tamboril)
Após filetados os cortes possíveis são os seguintes:
Filetes
Filete é todo e qualquer lombo de peixe separado de espinha
Bifes
Aplicado a peixes que possuam altura e firmeza (atum, cherne, corvina, garoupa)
Medalhões
De formato arredondado os medalhões têm uma altura de cerca de 2 a 3 cm. O salmão, por ser um peixe
gordo, possibilita esse corte. Cortar os filetes no tamanho indicado e enrolá-los, com o corte para baixo.
Segurar a forma com palito, ou fita de cenoura, alho francês ou outro.
Tornedós
Utilizar o mesmo processo, apenas cortando os filetes com 4 a 5 cm.
Escalopes
Corte oblíquo e fino, dos filetes. Em caso de necessidade, deve-se ou pode-se alongá-lo (colocar o
pedaço cortado dentro de um saco plástico grosso e batendo com um objeto largo e pesado)
Postas ou Tranches
São pequenos pedaços e normalmente aparados de formato retangular ou quadrangular
Supremos
Iguais aos anteriores, caracterizam-se por serem feitos com as partes mais altas e aparadas
Goujonettes
Este corte francês, caracteriza-se por se tratar de “tiras” de igual tamanho e altura, cortados obliquamente
Os peixes ósseos, com mais de 22 000 espécies à qual pertencem em geral, todos os peixes com o
esqueleto ósseo;
Os peixes cartilaginosos, com mais de 800 espécies à qual pertencem os tubarões e as raias;
Os peixes sem maxilas, com cerca de 80 espécies, onde se incluem as lampreias
A Tecnologia das matérias-primas é uma das áreas das Ciências Agrárias e pecuárias, envolvendo
conhecimentos técnicos e científicos correspondentes à industrialização de produtos, quer sejam de
origem vegetal ou animal.
Inicia-se na apanha e selecção (manual ou mecânica) dos produtos, passando pela embalagem,
transporte, guarda, venda, quer no sector de transformação primário, quer no secundário.
Em algumas destas etapas existe um valor acrescentado, que é estrategicamente definido para nichos de
mercado como por exemplo, na selecção por peso ou qualidade ou ainda pelo tipo de embalagem
usada, conferindo mais “tempo de vida útil”, melhor acondicionamento, melhor qualidade organolética,
maior segurança alimentar, melhor equilíbrio nutricional, etc..
Neste campo existe mesmo a necessidade de algumas empresas optarem por diferentes abordagens para
poderem sobreviver ou mesmo atingir patamares e negócios exclusivos, como por exemplo a entrega de
produtos já desmanchados, cortados, lavados e pesados (segundo capitações especificas do consumidor
final).
São por isso mesmo medidas diferenciadoras no processo das Tecnologias das matérias-primas, tornando-
as geradoras e valor acrescentado, visto poderem ser elas próprias geradoras de redução de custos, base
de todos os projectos comerciais.
Cabe a nós, sector da Restauração, utilizar de forma adequada as várias opções disponíveis de forma a
garantir um serviço de qualidade aliado à melhor relação preço/qualidade
Peixes de mar
Besugo Bacalhau
Sargo Carapau
Ferreira Tamboril
Ruivo
Atum
Garoupa
Salmão
Truta
Corvina Pregado
Cação Robalo
Sardinha
Faneca
Cherne
Pescada Europeia
Cavala Sarda
Uma das grandes confusões no mundo dos peixes é a relação Cavala/Sarda. São a mesma coisa? Que
diferença? Pois bem, até os pescadores menos observadores as confundem. São de facto dois peixes
diferentes, mas muito semelhantes e que pertencem à mesma espécie: A dos Atuns, bonitos, etc. A Cavala
é mais esverdeada, com um corpo um pouco mais esguio e o olho é substancialmente mais pequeno. A
Sarda é mais amarelada, mais curta proporcionalmente e com um olho maior.
Goraz Imperador
Maruca
Biqueirão
Anchova
Outras das grandes confusões, baseada numa enorme mentira mas que parece não haver retorno, é a
estabelecida entre o Biqueirão e a Anchova. O que se encontra nas latas de conserva é biqueirão, mas
chamado erradamente de Anchova. Também é comum encontrar “sardinha anchovada”. Neste caso é
sardinha extremamente salgada e com o corte do centro do filete.
A Anchova é de facto um peixe da família do biqueirão, mas de tamanho muito diferente. Chega a pesar
20 kg e medir cerca de 1,50 metros e é um predador muito ativo
Saramugo
Peixe-rei
Achigã
Picão
Barbo, de cabeça pequena
Barbo, do sul
Taínha, liça Carpa
Boga de boca arqueada
Boga do Guadiana, do Sul
Verdemã
Esgana-gato
Bordalo
Saramugo
Escala do Sul
Fataça
Caboz
Enguia, Eiró
Solho, Esturjão, Solho-rei
Sável
Saboga Enguia
Savelha
Lampreia, lampreia marinha
Boga
Migradores introduzidos
Peixe-vermelho
Chanchito
Carpa
Lúcio
Fundulo
Gambusia
Perca sol, peixe sol
Robalo
Corvina
Charroco
Linguado
Cefalópodes
Choco Lula
Pota voadora
Polvo
Bivalves
Lambujinha Ostra
Lavagante Lagosta
Janeiro
Besugo, cherne, choupa, dourada, faneca, lampreia, pargo, peixe-espada, pescada, ruivo,
salmão, salmonete, sável, solha, truta
Fevereiro
Os anteriores e anchova, pregado, linguado, rodovalho
Março e Abril
Anchova, azevia, boga, garoupa, imperador, linguado, pescada, pregado, rodovalho, robalo,
ruivo, salmão, sável
Maio
Atum, azevia, barbo, boga, cavala, charroco, corvina, garoupa, imperador, linguado, pescada,
robalo, ruivo, sarda
Junho
Atum, barbo, cavala, chicharro, carapau, corvina, garoupa, robalo, safio ou congro, sarda,
sardinha, tainha
Julho
Atum, cavala, chicharro, carapau, corvina, safio, sarda, sardinha, tainha
Agosto
Atum, cachucho, cavala, chicharro, carapau, corvina, goraz, safio, sarda, sardinha, tainha
Setembro
Cachucho, goraz, sardinha, tainha, truta
Outubro
Cachucho, goraz, sardinha, solha, truta
Novembro
Cachucho, goraz, solha, truta
Dezembro
Besugo, cherne, choupa, dourada, faneca, pargo, peixe-espada, pescada,
Manteiga
Sem data própria, a informação da Wikipédia diz que é seguramente da pré-história e a julgar como
plausivelmente certo, teve seguramente origem também nas comunidades que domesticaram os animais,
retirando deles sustento e aquecimento. Acredita-se que a palavra Manteiga provenha do sânscrito
(língua indiana que influenciou todas as línguas ocidentais – “manthaga” e introduzida pelos Celtas na
Península Ibérica.
Apesar de pobre em proteínas, é valiosa porque é rica em vitamina A e valores satisfatórios de cálcio,
fósforo e vitamina D.
Como curiosidade, para se produzir um quilo de boa e pura manteiga são necessários 20 litros de leite
integral.
È possível fazer manteiga de quase todo o leite proveniente dos mamíferos e existem outras designações
com a palavra “manteiga”, sem de facto o serem, como “manteiga de cacau”, “manteiga de
amendoim”, etc.. e ainda um género de manteiga, usado ainda regionalmente, o “coalho” ou “leitelho”
A manteiga é composta por cerca de 80% de gordura satrurada, água e restos de lactose e tem
colesterol
Todos os produtos/alimentos cuja origem seja animal, tem colesterol
Todos os produtos/alimentos de origem vegetal, não têm colesterol.
Margarina
O nome vem do grego Margaron que significa pérola (em referência à sua cor) e seu Pai foi o químico
Francês, Hippolyte Mège-Mouriés, que a inventou, batizada originalmente por “oleomargarina” , motivado
pelo pedido e recompensa oferecida pelo imperador Napoleão III, em 1860, para quem conseguisse
encontra um produto substituto da manteiga para as classes mais baixas e para o exército. A criação
original era feita de gordura de vaca e água batida.
Este processo tem sido alterado até aos nossos dias em que a Margarina se produz (ou se devia produzir)
exclusivamente de gorduras vegetais (óleos de cereais), hidrogenada (batida) com emulsionantes,
corantes e acentuadores de sabor)
A margarina, não sendo derivada de um produto animal, não tem colesterol.
Contudo, está longe de ser um produto saudável (em termos calóricos e de necessidades nutricionais),
pelo facto de se lhe ser adicionados os tis “És” que lhe conferem cor, cheiro e sabor apelativos e pelo acto
de Hidrogenar que transformam grande parte das gorduras insaturadas em Trans (pior que as saturadas)
Atualmente, existem Marcas que produzem, também Cremes de barrar, usando óleos 100% vegetais e
ricos em ómega 3 e 6, mas com a adição de inúmeros aditivos artificiais, que são compensados pela não
hidrogenação das gorduras, não havendo assim gorduras Trans.
Ovo – Definição
O ovo é um célula, protegida pela casca,. proveniente dos animais ovíparos, que depois de fecundado
dará origem a um novo ser vivo
Diagrama de um ovo
Legenda:
1/15 – casca
2 – Membrana externa
3 – Membrana interna
4/13 – Calaza
5 – Albumina exterior
6 – Albumina média ou clara
7 – Membrana vitelina
8 – Núcleo
9 – Gérmen
10 – Gema amarela
11 – Gema branca
12 – Albumina interior
14 – Câmara de Ar
Tipos de ovo
São vários os tipos de ovos utilizados na nossa alimentação: Galinha, pato, ganso, codorniz, peru, avestruz
etc. Contudo aqueles que mais são utilizados na Restauração em geral são os de galinha e os codorniz,
este ultimo na preparação de entradas e em decorações.
Composição
O ovo é um alimento muito nutritivo, graças à sua proteína, a Albumina existente na clara. A gema,
contém pouca proteína mas é rica em gordura insaturada, colesterol e biotina, um nutriente essencial
necessário para o crescimento das células e que auxilia também na digestão da clara. Uma gema fornece
entre 10 a 20% da dose diária recomendada de vitamina A, D, E e K. A clara é rica em vitaminas do
complexo B. e vários minerais como o fósforo e o selénio, este último necessário ao desenvolvimento do
músculo cardíaco. O seu pH anda à volta de 6 e a temperatura de coagulação ocorre à roda dos 65-
70ºC.
A cor da casca e da gema não interferem no valor nutritivo. Depende, no caso da casca, da raça da
galinha e, na gema, da alimentação dos animais que, quando baseada no milho ou em rações com
corantes, torna-a mais amarela.
Classificação
LARGO PROF. EGAS MONIZ · APARTADO 302 · 8601-904 LAGOS · TELEFONE: 282770990 · TELEFAX: 282770999
Email: info@aejd.pt www.aejd.pt
Estado de frescura
Gema e clara consistentes e casca intacta e límpida são sinais que revelam frescura.
Para verificar a frescura do ovo deve-o imergir em água natural. Se permanecer no fundo, é fresco. Se
permanecer no fundo mas em pé, já não é tão fresco. Se flutuar, então é velho. Os ovos velhos ganham
volume devido ao aumento da câmara-de-ar, entre a membrana interna e externa.
A casca de um ovo novo é áspera e opaca. A do velho é mais lisa e ganha brilho. Uma vez rachado, o
ovo perde parte das suas propriedades naturais.
Quando aberto, um ovo fresco quase não tem odor. A clara, límpida e translúcida, é gelatinosa, e a
gema, saliente. Se a clara estiver fluida e a gema achatada, é muito provável que o ovo esteja
envelhecido. À medida que um ovo perde frescura, a gema torna-se móvel. Sacudindo vigorosamente o
ovo, se for velho, ouve-se um ruído característico.
A cozedura
Para que os ovos não se partam na cozedura, adicione vinagre antes de a água ferver. Lave-os apenas
antes da sua utilização imediata, para não danificar a cutícula que protege da entrada de bactérias.
Cozinhe bem os alimentos com ovos: as bactérias como a Salmonella são destruídas pelo calor.
Tipos de confeção
Os ovos podem ser consumidos
Crus
A gema é a parte do ovo mais consumida (gemadas) A clara não o deve ser, por causa do perigo de
infeção por salmonela e também porque a sua absorção é muito menor do que quando consumida
cozida.
À la Coque
Termo Françês que quer dizer ovo cozinhado e servido na casca. Também conhecidos por ovos 3 minutos,
são muito consumidos no pequeno almoço.
Dependente do tamanho dos ovos, a cozedura deve ser feita entre três e três minutos e meio.
Caracterizam-se por a clara estar cozida embora não dura (como o ovo cozido) e a clara liquida, mas
quente. Serve se em tacinhas apropriadas. Corta-se uma extremidade e serve-se com colher.
Cozidos
Cozinhados com casca por 5 a 7 minutos. Cara e gema duras
Escalfados
Cozidos sem casca em água ou caldo aromatizado quente, mas não a ferver. Tempo de cozedura
aproximado de 2 minutos. A clara deve ficar bem cozida, mas a gema liquida, com a membrana branca.
Mexidos
Ovos ligeiramente batidos, opcionalmente acrescidos de leite ou natas, cozinhados em pequena porção
de gordura (salteado). Durante a cozedura (4 minutos), são constantemente mexidos. Daí o nome. A
melhor técnica é a de cozer em banho maria com a ajuda de uma vara de arames
Estrelados
Cozinhados na menor porção e gordura (saltear). Tal como na técnica escalfar. A diferença está no meio
em que a cozedura é realizada. Tal como aqueles, a clara deve ficar bem cozida, mas a gema liquida,
com a membrana branca (deitar gordura por cima). Tempo apróximado:2 minutos.
Cocotte
Ovos cozinhados em “cocotes” ou “ramequins”. Podem ser fruto de muitas variações com inúmeras
adições, quer sejam elementos com os quais se vão fundir quando cozinhados (leite temperado, natas
iogurte, molhos, etc..) ou com ingredientes colocados no topo, quer o intuito seja gratinar, acompanhar ou
simplesmente decorar (salmão, espargos, sementes, frutos secos, especiarias, ervas, etc..) Tempo de
cozedura aproximado de 11 a 13 minutos
Fritos
Ovos cozinhados em imersão de uma gordura. Clara e gema bem cozinhados. Tempo de cozedura
aproximado de 4 minutos
Omeletas
Ovos batidos e misturados com vários elementos (camarão, legumes, queijo, cebola, etc..). Utiliza-se o
método saltear para cozer e para envolver o preparado de modo a obter um forma de meia lua. Tempo
de cozedura aproximado de 4 minutos
O arroz é uma planta da família das gramíneas e existem mais de 8000 variedades em todo o mundo. A
maior parte das variedades de arroz proveem de duas espécies selvagens, uma asiática (Oryza sativa) que
apareceu inicialmente nas montanhas dos Himalaias, e outra africana (Oryza glaberrima), originária do
delta do rio Níger.
O arroz e a saúde
O arroz é a terceira maior cultura cerealífera do mundo ultrapassada pelo milho e pelo trigo. É rico
em hidratos de carbono e em nutrientes. A proteína do arroz é a melhor de entre os cereais. Apesar de se
encontrar em pequena quantidade, ela é rica em aminoácidos. É hidrossolúvel, dado à propriedade de
absorver água. E é esta capacidade que o torna um alimento de fácil cozedura e digestibilidade.
Tipos de arroz – segundo a suas capacidades nutricionais existem dois grupos principais de arrozes:
Os brancos ou polidos. É-lhes retirado a casca e sub camadas consequentes e com elas muitas das sua
propriedades nutritivas e vitamínicas.
Os integrais integram um grupo de grãos mais escuro, aos quais lhes é apenas retirado a casca, mantendo
alguns vestígios dela e de farelo Exemplos destes arrozes o selvagem do Canadá e USA e os asiáticos
vermelhos e pretos com camadas de farelo
Vaporizados ou parboiled. Não sendo uma variedade é um arroz especial, de cor amarelo dourado
devido a um processo de cozimento a vapor onde se verifica a gelatinização do amido, método ancestral
na Índia, permitindo uma maior durabilidade e aproveitamento proteico.
As leguminosas são um alimento altamente nutritivo, rico em vitaminas, hidratos de carbono de absorção
lenta, fitoquimicos, minerais e proteína, quando cozidas.
São provenientes na sua maioria, da família das
“Fabáceae”, que se caracterizam pelo fruto em
forma de vagem e que contém no seu interior o
grão, chamado de leguminosas.
As leguminosas mais conhecidas são o feijão, a
lentilha, a ervilha, a fava, o grão-de-bico e a soja.
Outras leguminosas: tremoço, ervilha, fava…
As leguminosas podem ser encontradas secas e
frescas.
O feijão é um alimento usado desde há muito
tempo pelos povos Astecas, Maias e Incas e a
lentilha é a leguminosa mais antiga consumida
pelos povos mediterrâneos, enquanto a soja é um
alimento de base muito antigo, nos povos do oriente
asiático.
A digestibilidade das leguminosas optimiza-se se as
mesmas forem ingeridas em associação com cereais e vegetais e não com proteinas animais (carne ou
peixe).
O potencial nutritivo das leguminosas que puderem ser germinadas aumenta exponencialmente (15 a 20
vezes).
A preparação
A maior parte das leguminosas secas, devem ser demolhadas antes de se cozerem, de forma a tornarem-
se mais digeríveis e de mais rápida cozedura e evitar alterações do funcionamento intestinal, tal como
flatulência.
Farinhas
A farinha é um pó resultante de cereais moídos e de outros produtos como raízes, tubérculos e frutos
desidratados, podendo conter grande ou reduzida quantidade de glúten, rica em amido e utilizada na
alimentação humana e animal.
Existem farinhas integrais e não integrais e são produzidas através de grãos ou alimentos integrais ou inteiros
(no caso dos cereais, se o grão inteiro for moído: a parte externa, as cascas (farelo) e interna
(endosperma), e o gérmen) ou não integrais.
As farinhas são ainda comercializadas segundo o n.º correspondente à sua moagem, mais fina ou mais
grossa (tipo 65, 85, etc…) e sob a designação de sêmola ou semolina, mais grossa e com maior
quantidade de glúten (no caso do trigo, já que o milho não tem glúten) e podem algumas delas serem
adicionadas de fermento.
As mais comuns são as de trigo e milho e entram na composição da maioria de pão e bolos.
Existem ainda a farinha de mandioca, de batata, de alfarroba, de amêndoa, de noz, etc… e de
leguminosas como a soja, o feijão, a fava, a lentilha, etc..
Há Países que comercializam outros produtos alimentares em forma de farinha, como por exemplo farinha
de peixe, etc…