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ILUSTRES SÁBIOS ESTUDARAM A MAIOR MÉDIUM DOS EUA E CONCLUÍRAM: EXISTE VIDA
APÓS A MORTE-16
MILAGRES EXISTEM?-281
O MUNDO ESPIRITUAL-442
A LÓGICA DA REENCARNAÇÃO-454
NOSSO LAR-476
AS EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE-483
A REENCARNAÇÃO-500
http://www.correiofraterno.com.br/nossas-secoes/71-acontece/1580-usp-aponta-
novos-rumos-para-a-ciencia-atraves-da-mediunidade
RESULTADOS DO MEGAESTUDO AWARE, SOBRE AS
EXPERIÊNCIAS DE QUASE MORTE, DEMONSTRAM: ELAS
NÃO SÃO ALUCINAÇÕES
“09/10/2014
Experiências de quase morte não são alucinações
Redação do Diário da Saúde
Este novo estudo, chamado AWARE (sigla em inglês para consciência durante a
ressuscitação), foi patrocinado pela Universidade de Southampton, no Reino Unido,
mas envolveu pacientes de 15 hospitais no Reino Unido, nos Estados Unidos e na
Áustria.
A grande novidade é que os pesquisadores testaram a validade das experiências
relatadas pelos pacientes utilizando marcadores objetivos, para determinar se as
alegações de consciência compatíveis com experiências fora do corpo correspondiam a
eventos reais ou eram alucinatórias.
Eles afirmam que não há fundamentação científica para chamar as experiências de
quase morte ou as experiências fora do corpo de "alucinatórias ou ilusórias", uma vez
que são poucos os estudos objetivos sobre essas experiências e que os relatos da
experiência fora do corpo foram comprovados em pelo menos um caso.
Com base em sua experiência, e para dar maior validade científica aos estudos futuros,
os pesquisadores recomendam que seus colegas concentrem-se nos casos de parada
cardíaca, que é considerada biologicamente sinônimo de morte, em vez de estados mal
definidos, algumas vezes citados como "quase-morte".
Confirmação objetiva
Um dos casos pode ser confirmado graças a gravações realizadas durante a parada
cardíaca.
"Isto é significativo, uma vez que tem sido assumido que as experiências em relação à
morte são provavelmente alucinações ou ilusões, ocorrendo quer antes de o coração
parar ou depois que o coração foi reanimado, mas não uma experiência correspondente
a eventos 'reais' quando o coração não está batendo," disse o Dr. Parnia.
"Neste caso, a consciência e o alerta parecem ter ocorrido durante um período de três
minutos, quando não havia batimento cardíaco. Isto é paradoxal, já que o cérebro deixa
de funcionar normalmente dentro de 20 a 30 segundos depois de o coração parar e não
retoma novamente até que o coração seja reanimado. Além disso, as lembranças
detalhadas da consciência visual, neste caso, foram consistentes com eventos
verificados," disse o cientista.
O pesquisador afirma que a possibilidade de confirmação de apenas um caso é
insuficiente para uma conclusão definitiva, e recomenda a realização de "novos estudos
objetivos sem preconceitos" com o tema.”
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=experiencias-quase-morte-
nao-alucinacoes&id=10098
http://www.southampton.ac.uk/mediacentre/news/2014/oct/14_181.shtml#.VDheQ
RbQmM9
RECENTE ESTUDO COM MÉDIUNS, ATRAVÉS DE
ELETROENCEFALOGRAMA, EVIDENCIA A COMUNICAÇÃO
DOS ESPÍRITOS
“Introdução
Os indivíduos que relatam ter comunicação com pessoas falecidas são tradicionalmente
chamados de médiuns. Durante uma leitura mediúnica típica, um médium transmite
mensagens de pessoas falecidas para os que vivem (ou seja, assistentes). Existem dois
tipos de mediunidade: intelectual e física. Na mediunidade intelectual, a comunicação
com pessoas falecidas é vivida "através da visão ou audição interior, ou através dos
espíritos assumindo e controlando seus corpos ou partes dos mesmos, especialmente...
as partes necessárias para a fala e a escrita" (Gauld, 1982, p. 4). Durante a mediunidade
física, a experiência de comunicação "prossegue através de eventos físicos paranormais
nas imediações do médium" (Gauld, 1982, 4 p.), Que incluiu relatos de vozes
independentes, sons de batidas em paredes ou mesas, e movimento de objetos (Fontana,
2005).
O estudo científico da mediunidade começou no século XIX. Livros como O Livro dos
Médiuns publicado por Kardec (1861/2009) popularizou uma abordagem racional para
estudar esses fenômenos. Membros das sociedades britânica e americana de Pesquisas
Psíquicas, que estudaram a mediunidade no auge do espiritismo no final de 1800,
incluído o psicólogo William James, o físico Oliver Lodge, e o fisiologista e ganhador
do Nobel Charles Richet. William James observou que o estudo da mediunidade "clama
por investigação séria" (citado em Moreira-Almeida, 2012, p. 194) porque, apesar de
muitos médiuns terem sido considerados fraudulentos, alguns que foram estudados sob
condições estritamente controladas parecia ter genuíno acesso à informação por meios
não-comuns.
“Tal como para os dados de imagem do cérebro, os nossos resultados para o médium 1
também são consistentes com a literatura anterior. Atividade em áreas frontais
demonstradas com fMRI tem sido associada com estados espirituais de transe (Jevning
et al, 1996;. Beauregard e Paquette, 2006). A diminuição do ritmo teta frontal mediano
pode indicar a diminuição do envolvimento de trabalho dos circuitos neurais de
memória (Onton et al., 2005), que por sua vez pode ser consistente com um meio de
acesso a um estado mental receptivo. Nós, portanto, argumentamos que esses resultados
poderiam refletir genuína transferência anômala de informações e justificaria tentativas
de replicação com este médium.”
“Conclusão
“Os cientistas Arnaud Delorme, Julie Beischel, Dean Radin, e Paul J. Mills projetaram o
estudo. Julie Beischel recrutou e treinou os médiuns participantes. Mark Boccuzzi
recrutou e treinou os participantes sitter. Julie Beischel, Leena Michel, Dean Radin, e
Arnaud Delorme recolheram os dados de EEG e psicométricos. Julie Beischel, Mark
Boccuzzi, e Arnaud Delorme analisaram os dados psicométricos. Julie Beischel e
Arnaud Delorme analisaram os dados de precisão. Arnaud Delorme analisaram os dados
de EEG. Arnaud Delorme e Julie Beischel escreveram o manuscrito. Dean Radin e Paul
J. Mills editaram o manuscrito.”
http://journal.frontiersin.org/Journal/10.3389/fpsyg.2013.00834/full
ILUSTRES SÁBIOS ESTUDARAM A MAIOR MÉDIUM DOS EUA
E CONCLUÍRAM: EXISTE VIDA APÓS A MORTE
A maior médium norte-americana, e também a que foi mais estudada (por mais
de 40 anos), chamava-seLeonore E. de Piper. Nascida em 1859, nos Estados Unidos,
desencarnou em 3 de julho de 1950.
A Sra. Piper possuía várias modalidades de mediunidade, como a psicografia, a
psicofonia e a psicometria (esta última consiste em criar-se uma ligação psíquica com o
falecido, tocando em um objeto que este teve contato em vida), tendo obtido casos de
xenoglossia (comunicações mediúnicas em línguas desconhecidas do médium), além de
clarividência (conhecimento de fatos e coisas além da capacidade humana normal) e
precognição (conhecimento de fatos do futuro), o que é raro entre os médiuns.
Por um período de aproximadamente 30 anos, a mediunidade da Sra. Piper foi
estudada, com prioridade, pelas Society for Psichical Research de Londres e de Boston.
Nenhum outro médium foi tão rigorosamente examinado, nem por tão longo tempo,
conforme os registros oficiais dessa Sociedade.
Grandes sábios a investigaram, dentre eles Sir Oliver Lodge, William
James, James Hyslop, Charles Richet e Richard Hodgson, este último sendo
prestidigitador e famoso desmascarador de falsos médiuns, devido ao seu rigor nas
pesquisas. Estes estudiosos foram, ao longo das investigações, sendo convencidos da
realidade das comunicações dos Espíritos. Estes estudos chamaram a atenção do mundo
acadêmico da época para a realidade da vida após a morte, e a possibilidade do contato
entre os habitantes do mundo físico com os do mundo espiritual.
O primeiro guia espiritual a se comunicar através da Sra. Piper foi uma menina
indiana chamada Chlorine. Sua mediunidade deu os primeiros sinais depois de uma
consulta com um médium de cura, o Dr. J. R. Cocke, que dizia receber o espírito de um
médico chamado Finne ou Finnett. Ela foi a esta consulta para tratar-se de um trauma
devido a um acidente de trenó e por causa de um tumor que lhe apareceu e que temia ser
câncer. Após Chlorine e várias outras entidades espirituais, apresentou-se uma que se
chamava Phinuit, dizendo-se um médico francês, que daí em diante assumiu o papel de
controlar as comunicações obtidas pela médium. Phinuit assemelhava-se à mesma
entidade Finne, do médium curador Cocke, apesar de apresentar uma grafia diferente.
No princípio, Phinuit dava apenas conselhos médicos ou diagnósticos. Depois, passou a
dar qualquer tipo de informação que lhe fosse solicitada.
O professor de Harvard William James conheceu a Sra Piper em 1885, através
de sua sogra, a Sra. Gibbens, depois que ela lhe contou sobre os incríveis fenômenos
obtidos pela médium. William James e Richard Hodgson, membros da "American
Society for Psychical Research", interessaram-se pelos fenômenos da Sra Piper e,
bastante céticos, examinaram sua mediunidade. Numa sessão, Phinuit falou do filho
Herman (ele pronunciou "Herrin") que James perdera, dando vários detalhes corretos
sobre a criança.
Ela freqüentemente pedia objetos que pertenciam aos falecidos, para entrar em
contato com os mesmos (psicometria). Hodgson, sempre muito rigoroso em suas
investigações, contratou detetives para seguir a Sra. Piper e sua família, no intuito de
verificar se ela obtinha as informações dos falecidos por meios normais. Hodgson,
depois dessa vigilância, acabou concluindo que não havia tal fraude. Ele também
organizava as sessões mediúnicas sem fornecer os nomes verdadeiros dos assistentes
que, na maior parte delas, eram apresentados com o nome falso "Smith".
Entre os anos de 1888 e 1889, James Hyslop passou a participar da investigação.
Após doze sessões, ele se convenceu de que eram realmente os falecidos que se
comunicavam através da Sra. Piper. Ele declarou: "eu dou minha adesão à teoria de que
existe uma vida futura e que a identidade pessoal persiste" (volume XVI dos processos
da Society for Psichical Research).
No ano de 1889, a Sra. Piper deixou os Estados Unidos para ter a sua
mediunidade investigada na Inglaterra. Assim, evitou-se o seu contato com pessoas
próximas, que poderiam ajudá-la a obter informações sobre os falecidos.
Na Inglaterra, para as sessões, Frederich Myers selecionou assistentes que não residiam
em Cambridge, e que se apresentavam à médium com nomes falsos. Supervisionada por
Myers, Lodge e Walter Leaft, ocorreram 88 sessões entre novembro de 1889 e fevereiro
de 1890. No relatório de Lodge, de 1890, constou o seguinte:
a) muitas informações dadas pela médium não poderiam ser obtidas nem por um
detetive muito hábil;
b) caso ela tivesse a ajuda de comparsas, gastaria muito tempo e dinheiro, o que ela não
tinha. Lodge a acompanhava quando ela ia às ruas fazer compras;
Oliver Lodge listou 38 casos onde as informações fornecidas pela médium não
poderiam proceder do conhecimento consciente dos assistentes. Os resultados foram tão
impressionantes que Hodgson declarou: "tenho tentado a hipótese telepática dos vivos
por muitos anos, assim como a hipótese espírita. Não tenho nenhuma hesitação em
afirmar com a mais absoluta segurança que a hipótese espírita é justificada por seus
resultados e a outra não" (Volume XIII dos processos da Society for Psichical
Research).
Ao voltar aos Estados Unidos, a Sra.Piper passou a receber um novo guia
espiritual de controle, de nome George Pelham, a pouco tempo falecido e amigo do Dr.
Hodgson. George Pelham era advogado, escritor e versado em filosofia e literatura. A
Sra Piper, então, começava uma fase de maior força de seus dons mediúnicos. A
mediunidade de psicofonia somou-se à escrita automática (psicografia). Em algumas
ocasiões psicografava, ao mesmo tempo, mensagens diferentes de George Pelham com
as duas mãos, enquanto falava uma terceira de Phinuit. A partir daí, vários guias
espirituais de controle se sucederam. Era o auto-intitulado Grupo Imperator (Pelham,
Myers, Hodgson, George Eliot, Guyon etc.). Os investigadores Myers e Hodgson
estavam neste grupo porque o primeiro morreu em 1901 e o outro em 1905. Um certo
tempo depois, manifestaram-se como novos guias de controle da médium.
A Sra Piper voltou à Inglaterra mais duas vezes. Em uma delas, em 1906,
realizou 74 sessões.
No ano de 1909, William James publicou um relatório que tratou das
comunicações de Hodgson, quando este se apresentou como guia da Sra.Piper, na
Society for Psichical Research da Inglaterra e dos Estados Unidos. Embora não
tomando uma posição definitiva, James mencionou que sentiu a presença de uma
vontade externa esforçando-se para se comunicar através da Sra Piper. Também em
1909, ela voltou pela última vez à Inglaterra. Madame "Guyon" foi o último guia
espiritual a se manifestar.
“O Dr. Hodgson sentiu que a hipótese de fraude não poderia ser seriamente
encarada. Concordo com ele totalmente. A médium tem ficado sob observação, boa
parte do tempo sob observação cerrada, bem como das condições de sua vida, por uma
grande parte de pessoas, desejando apanhá-la em circunstâncias suspeitas, por 15 anos.
Durante esse tempo não somente não houve uma simples circunstância suspeita, mas
nenhuma sugestão tem sido levantada por qualquer ângulo que poderia levar
possivelmente a explicar como a médium, visando a aparente vida que leva, poderia
coletar informações sobre tão grande número de reuniões por meios naturais”.
Em uma sessão mediúnica em 1893, o casal Sutton tentou se comunicar com sua
filha Katherine, morta havia seis meses. A dor de garganta que a menina sentia, a
paralisia da sua língua, o cavalinho dado de presente a ela pelo pai, sua febre quando
doente, e a emoção com que as mensagens eram passadas, evidenciavam a real
presença, ali, do Espírito Katherine. Phinuit, que então atuava como controle, ditava à
médium tudo o que lhe era transmitido por Katherine.
Sir Oliver Lodge apenas colocou nas mãos da médium um relógio que era do
falecido Jeremiah, irmão de seu tio Robert. A médium logo falou que o relógio era de
um de seus tios, que gostava muito de Robert. Falou que o relógio era do tio Jerry
(diminutivo de Jeremiah). Oliver Lodge disse para a médium que, para que Robert
pudesse reconhecer a presença do irmão, era importante que ele - Jerry - lembrasse de
detalhes da infância que passaram juntos. Foram fornecidos detalhes muito específicos,
como atravessar o rio nadando e o risco de se afogar; a morte de um gato no campo de
Smith; a espingarda e uma pele de cobra que Jerry achava que ainda estava com Robert.
Este último detalhe foi tão excelente que até Andrew Lang, antropólogo, folclorista e
membro da Society for Psychical Research inglesa, que até o momento não acreditava
na mediunidade da Sra. Piper, passou a acreditar.
Para testar o Espírito George Pelham (G.P.), Hodgson, que era seu amigo
quando em vida, realizou uma sessão para que Pelham reconhecesse 30 antigos amigos,
entre 150 pessoas estranhas. G.P., incorporado na médium, não só os reconheceu entre
as pessoas que lhe foram apresentadas, mas também lhes dirigiu palavras da mesma
forma como teria feito quando vivo (não falamos da mesma forma com todos os nossos
amigos; a nossa forma de falar varia conforme a idade da pessoa, a estima, a afeição, a
intimidade que temos com ela, etc.). Pelham apenas não reconheceu a Srta. Warner, mas
isto porque a conheceu, em vida, fazia tempo e quando ela tinha apenas 8 anos de idade.
Pelham perguntou então a Hodgson quem ela era. Hodgson respondeu que a mãe da
moça era amiga da Sra. Howard, que Pelham havia conhecido. Em seguida ocorreu uma
conversa típica e saudosa entre G.P. e a Srta. Warner, quando inicialmente G.P.
exclamou: "Meu Deus, como crescestes!... Oh, eu conheci muito vossa mãe", e em
seguida a conversa continuou com assuntos a respeito da mãe da moça.
Alguns dos Espíritos que serviam de controle para a Sra. Piper, como Phinuit e
George Eliot, passavam a impressão de serem fictícios. Contudo, isso apenas evidencia
a dificuldade da transmissão telepática dos falecidos, já que a vontade do Espírito
comunicante se mistura à vontade da médium. Só a hipótese espírita explica melhor os
altos e baixos na qualidade das sessões, quando ocorreram mudanças de Espírito
controle, como a troca de Phinuit por George Pelham. A interferência dos pesquisadores
enquanto a médium estava em transe, com sugestões, perguntas ou induções ao erro -
como na hipnose - pode muito bem ser responsável pelo efeito anímico, isto é,
informações e vontade inconsciente do próprio médium a interferir nas comunicações
com os falecidos. William James disse que mesmo a vontade externa pode ativar a
vontade própria da médium. Além do mais, os fortíssimos casos de correspondência
cruzada só dão margem à conclusão que, de fato, eram Espíritos desencarnados que
passavam as informações.
Abaixo listamos links onde podem ser encontradas biografias resumidas dos
ilustres sábios que estudaram a Sra Piper, citados neste texto.
William James
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/William%20James
Richard Hodgson
http://parapsi.blogspot.com.br/2008/05/richard-hodgson-uma-vida-dedicada.html
James Hyslop
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/James%20Hervey%20Hys
lop
Oliver Lodge
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Joseph%20Olivier%20Lod
ge%20%28Sir%29
Frederich Myers
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Fredrich%20William%20
Henry%20Myers
Charles Richet
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Charles%20Robert%20Ric
het
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
http://parapsi.blogspot.com.br/2007/09/leonora-piper-1857-1950.html
VÁRIOS ESTUDOS CONFIRMAM: A REENCARNAÇÃO EXISTE
Na segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert de Rochas, que
pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito pessoas, entre 1903 e 1910, através da
hipnose, destacamos a renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e
inúmeros psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris Netherton, Edith
Fiore e Brian Weiss nos Estados Unidos, Roger Woolger na Inglaterra, Patrick
Druot na França, Thorwald Dethlefsen na Alemanha e Hans Tendam na Holanda,
além de outros.
f) Ligação da alma ao novo corpo: Em 750 casos, 89% não se ligaram ao feto, de
nenhuma forma, até depois dos seis meses de gestação”. Contudo, praticamente todos
disseram ter plena consciência dos sentimentos da mãe, antes e durante o parto,
possivelmente por telepatia. 33% disseram ter se unido ao feto durante o parto ou pouco
tempo antes. Dessa forma, na maior parte do período de gravidez, as pessoas não se
sentiam parte integrante do feto, contudo estavam existindo separado destes.
É preciso levar em conta que, quando relembra suas vidas passadas, o Espírito
expressa apenas seu ponto de vista. Assim, pode estar ligado ao corpo desde a
concepção, mas só perceber essa ligação quando ela está mais forte, ou seja, no final da
gestação. Tanto é que o Espírito sente a conexão com sua mãe desde bem antes do
parto. Provavelmente foi isso que se deu na pesquisa.
“Viagens a um passado que transcenderia ao nosso corpo físico. Teria a nossa memória
um arquivo secreto de momentos que não experimentamos nesta vida? O homem
carrega com ele lembranças de vidas passadas? Especialistas em terapias que utilizam a
técnica da regressão estão tentando desvendar esse mistério.
Os psicólogos paulistas Manoel Simão e Júlio Peres fizeram o mapeamento cerebral de
alguns dos seus pacientes, durante as sessões de regressão, usando aparelhos de
tomografia computadorizada. Foi uma experiência inédita. E o que revelaram os
exames?
A área do cérebro ativada quando os pacientes entram em uma hipotética vida passada é
a da memória. A parte que comanda os circuitos da imaginação, durante a regressão,
não entra em atividade, garante o psicólogo.
"As vias neurofisiológicas utilizadas para o resgate de memórias traumáticas de vida
atual foram também utilizadas para o resgate de situações traumáticas de vidas passadas
- supostas vidas passadas. Os circuitos neurofisiológicos que estão relacionados à
fantasia são outras estruturas”, explica o psicólogo Júlio Peres.
O publicitário Tertuliano Pinheiro se submeteu à regressão e diz ter se encontrado em
duas outras existências. "A primeira vivência foi na Roma Antiga. Utilizava o poder
para praticar o mal. Vivia emitindo ordens. Ouvia os gritos das pessoas. Foram muitos
erros cometidos. Exercia o poder da forma mais errada. Ele tomou bens", revela.
Ao descobrir tudo isso, Tertuliano encontrou o caminho para se livrar de todas as suas
aflições. A depressão, o medo do escuro, o pânico, tudo desapareceu. “Hoje eu sou
outra pessoa, de bem com a vida. Sem dúvida isso aconteceu por causa da regressão.
Não é questão de achar, é de sentir", diz o publicitário.
Sentir, mergulhar em uma memória desconhecida sem perder a consciência. Isso seria
mesmo possível? "Não importa o nome que se atribua a esse conteúdo. De fato, ele é
verdadeiro, genuíno para o paciente, porque ele dispara emoções. E o paciente se liberta
de dificuldades a partir do resgate dessas situações", explica o psicólogo Júlio Peres.”
Há dois anos, ISTOÉ divulgou o primeiro mapeamento de ondas cerebrais feito durante
uma sessão de regressão (ISTOÉ 1594). O estudo do psicólogo Júlio Peres, do Instituto
de Terapia Regressiva Vivencial Peres, de São Paulo, mostrava que a atividade cerebral
é muito lenta, mesmo quando o paciente mostra reações como suor e taquicardia. Na
época, Peres anunciou uma parceria de pesquisa com a Universidade da Pensilvânia, nos
Estados Unidos, para monitorar o fluxo sanguíneo e as estruturas cerebrais acionadas
durante a regressão. Quatro mulheres e dois homens sadios, com idades entre 28 e 39
anos, se submeteram a uma tomografia com emissão de radiofármaco (método spect),
realizada no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Depois, seus exames
foram analisados pelo médico Andrew Newberg, especialista em estados modificados
de consciência da universidade americana. Finalizados, os estudos revelaram que as
áreas do cérebro mais requisitadas neste processo são as do lobo médio temporal e as do
lobo pré-frontal esquerdo, que respondem pela memória e pela emoção. É mais um
passo na busca de comprovação de que essas experiências não são fruto da imaginação.
“Se o paciente estivesse criando uma história, o lobo frontal seria acionado e a carga
emocional não seria tão intensa”, explica Peres.
A reencarnação também aparece nos relatos de muitas pessoas que passaram pelas
chamadas Experiências de Quase-Morte (mais detalhes sobre este fenômeno no meu
texto “As Experiências de Quase-Morte”, neste blog).
3. O espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação
ao mundo físico quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais
básicas.
5. Alguns espíritos passam através de mais de uma vida biológica e estão associados
sucessivamente com diferentes corpos físicos.
17. A situação de um espírito dum nível de existência espiritual, após a morte do seu
corpo físico, dependerá da sua evolução na época da morte.
20. Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência espiritual após a morte
do corpo físico, escolhem fazer isso com a assistência dos guias espirituais.
21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo,
um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:
22. Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode aprender os
princípios de viver em qualquer dos templos da sabedoria (cidades espirituais), sob a
proteção dos guias espirituais.
23. Os espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do domínio espiritual do
que a existência no plano da terra e escolhem retornar ao plano físico para poderem
avançar em sua aprendizagem.
Verificamos assim, mais uma vez, através das mais variadas fontes e fatos
comprovados por muitos pesquisadores não espíritas, em boa parte composta por
acadêmicos de grande sucesso e reputação em suas áreas de atuação, que a Doutrina
Espírita vai sendo confirmada ao longo do tempo, apesar dos seus mais de 150 anos de
existência.
“Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as
épocas da humanidade”.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos, 1995.;
2 WAMBACH, Helen. Recordando vidas passadas, 1978;
3______________. Vida antes da vida. Livraria Freitas Bastos. [1982]
4 MOODY Jr. Raymond A. Vida depois da vida, 1979;
5 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica, 2002;
6 WEISS, Brian L. Muitas vidas, muitos mestres, 1988;
7 TUCKER, Jim B. Vida antes da vida: uma pesquisa científica das lembranças que as crianças têm de vidas passadas, 2007;
8 TENDAM, Hans. Panorama sobre a reencarnação Vol 1, 1996;
9 ROCHAS D’AIGLUN, Eugene –Auguste Albert de. As vidas sucessivas, 2002;
10 NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Reencarnação: processo educativo. Salvador: Fundação lar harmonia, 2003.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:
http://www.istoe.com.br/reportagens/26515_DE+VOLTA+AO+PASSADO
http://grep.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-43-2-1103,00.html
SUICIDA PASSA POR EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE
O Umbral
Fonte da imagem: http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com.br/2012/10/sobre-traducao-da-palavra-umbral-nas.html
“EQM de um Suicida
EXPERIÊNCIA:
A dor, o terror e o choque daquela grave noite de outubro de 1960 ainda me perseguem
passados 38 anos. Mais difícil de explicar é a consciência da ilimitada piedade e do
perdão de Deus que surgiu após a minha tentativa de suicídio e que permanece até hoje.
O que estou prestes a narrar não se trata em absoluto de alucinação ou auto engano. Eu
relato o que aconteceu e desejo com isto poder ajudar alguém, em algum lugar, a
reconhecer e acolher a presença de Deus em sua vida em um momento quando a morte
possa parecer a única saída. Se alguém me dissesse, 38 anos antes, que eu iria percorrer
o perigoso caminho da perda de fé até o fosso do inferno, eu teria rido. Eis a história.
Em 1948, eu estava recém-casado com uma bela mulher de nome Pat. Ela era uma
garota popular e eu me sentia um privilegiado por tê-la conquistado. Eu estava
completamente envolvido em meu trabalho como contador e ocupado com o lado
positivo da vida que nem pode notar a aproximação de uma tormenta. Nos anos
seguintes, todas as minhas esperanças, sonhos e brilhantes perspectivas erodiram-se. Eu
que sempre fora um moderado e ocasional bebedor passei a beber mais e bebidas mais
fortes. Antes de dar-me conta disto, já tinha ultrapassado o limiar tornando-me um
alcoólatra. O limiar era o inferno da perda de fé, temores, impotência e auto compaixão.
Passados apenas sete meses de um casamento que eu julgava perfeito, descobri que
minha mulher me traía, o que me levou ao abandono e ao álcool. Eu era, também,
culpado pelo naufrágio do nosso casamento. Toda vez que um novo caso amoroso vinha
à tona — fosse um pequeno caso ou um romance de um ano — eu lhe dizia muitas
coisas ofensivas e fazia todo possível para que ela se sentisse bastante culpada. Ela
continuava mesmo assim, e havia saído para um encontro quando, por fim, tomei a
decisão de fazer algo frente a essa situação desesperadora e degradante.
Com Pat ausente — provavelmente a noite inteira—, levei nossos dois meninos e nossa
filhinha para a cama e ouvi as suas orações. Nessa altura, as orações pareciam-me, de
algum modo, vazias e sem sentido. Eu não encontrava segurança ou esperança nas
preces. Tornei-me um devoto ateísta. Quando as crianças já dormiam, reuni todos os
apetrechos para o que seria a minha "fuga final”: dois frascos de pílulas para dormir e
uma medicação prescrita ― tranquilizantes que eu acumulara para o futuro ― retirados
do armário de medicamentos. A isto, juntei três garrafas de bebida. Pensava ter tudo o
que precisava para a minha grande fuga. Lembrava que o médico havia dito para não
ingerir álcool com estas pílulas pois isso poderia matar-me. Naquele momento, não
tinha desejo de morrer, mas ainda assim a conversa semeou um pensamento suicida.
A minha segunda bebida terminou com os tranquilizantes e as pontas dos dedos das
mãos e dos pés começaram a formigar. Bem, talvez as pílulas não façam efeito depois
de tudo ― disse para mim. Eu não me sentia bêbado, apenas um pouco entorpecido e
tonto. Eu tinha um perturbante temor de ser interrompido em minha tentativa, tal como
acontecera com tudo mais que eu considerara importante; engoli, então, um punhado de
pílulas para dormir. A minha mão ainda estava firme enquanto servia-me do resto
dobourbon. O que posso fazer, o que farei se isto não funcionar? Senti uma sensação de
queima formando-se em meu estômago.
Meu hábito alcoólico tornara-se tão intenso que um par de drinques ao almoço, um
trago no caminho de casa, dois-quintos de vodka ou bourbon ao terminar a noite eram
completamente insuficientes para entorpecer a minha dor e frustração. Eu não quero
acordar com apenas mais uma ressaca e todos os problemas continuando a corroer-me.
Eu não quero acordar nunca mais. Eu terminei com toda a bebida e as pílulas e comecei
a ver algo como uma nuvem escura vindo em minha direção. A nuvem atravessou o teto
da cozinha e chegou, envolvendo-me.
Comecei a sentir que me movia através de um túnel a uma alta velocidade. Eu vi uma
luz no fim do túnel e pensei se esse seria o lugar para onde estaria indo. Eu não tinha
ideia se estava vivo ou morto nessa altura, mas lembro claramente de ter olhado para
trás e ter-me visto desmaiado no chão da cozinha. Eu estava lá completamente
inconsciente dessa outra parte de mim que ia em direção a alguma coisa. É isto a morte?
― indaguei-me. “Não!”― foi a resposta vinda de algum lugar.
Foi-me mostrada uma visão panorâmica da minha vida. Os últimos cinco anos ―
destruídos pelo abuso de álcool ―, foram os mais dolorosos, as mais dolorosas
lembranças que eu jamais ousaria imaginar. Eu vi uma imagem do efeito que o álcool
havia causado à vida das minhas crianças e o efeito que iria causar no futuro de cada um
deles. Eu vi a dor que as minhas crianças iriam sentir com a minha perda e da família.
Eu vi que sua mãe não iria cuidar bem deles e que, por fim, eles iriam parar em um lar
adotivo. Também me foi mostrada uma prévia de como o meu alcoolismo iria
influenciar a vida de meus filhos se continuasse a beber com a mesma intensidade e
permanecesse dentro daquela relação familiar. Eu vi que todas as três crianças — dois
meninos e uma menina — seguiriam o meu pobre exemplo e cada um iria usar a bebida
para escapar do estresse da vida quotidiana até que se tornassem, por sua vez, também
alcoólatras. A visão da minha preciosa filha crescendo e casando-se com um indivíduo
alcoólatra, que por fim iria bater nela e forçar relações incestuosas com suas quatro
filhas era mais do que eu podia suportar. Foi como uma bofetada em meu rosto. Uma
monstruosa visão da realidade.
A primeira coisa que vi ao acordar foi o alívio transbordando da face de minha filha.
Nancy tinha acordado durante a noite e lutara incessantemente para manter acesa a
faísca de vida dentro de mim. “Oh! Papai” ― disse ela ―, “ Eu tive tanto medo de
perdermos você. Você estava tão frio e eu nem podia ouvir o bater do seu coração.”
Desde essa experiência, sinto que não temo mais a morte, que possuo uma perspectiva
mais espiritual e que assumo a responsabilidade de criar meus filhos muito mais
seriamente. Eu estou lá para eles e sinto orgulho ao dizer que suas vidas estão se
desenvolvendo muito melhor agora depois que tornei-me o pai que sempre deveria ter
sido. Eu encontrei e casei-me com uma bela mulher, também bela em seu interior, e que
me dá força e a coragem para enfrentar as provas e atribulações da vida. Eu nunca
esquecerei a minha experiência às portas do inferno e o que ela me ensinou.
A Experiência de Quase Morte negativa não é negativa quando o bom surge dela. Eu
sou agora um conselheiro pastoral e, em paralelo, faço contabilidade para pequenos
negócios. Os meus filhos são independentes e tem vidas felizes, ativas e produtivas. Eu
me sinto em paz.”
______
NT: On My Way - referência à música de Phil Collins.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
MOODY JR, Raymond. Reflexões sobre vida depois da vida. Ed. Nórdica. [1977]
http://www.nderf.org/Portuguese/suicide_eqm.htm
OS OVNIS EXISTEM E CONFIRMAM O PRINCÍPIO ESPÍRITA
DA PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS ?
Na pergunta Nº 173 da mesma obra, temos: “A cada nova existência corporal a alma
passa de um mundo para outro, ou pode ter muitas no mesmo globo?”
Resposta: “Pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante
para passar a um mundo superior.”
Chico Xavier inclusive nos contou que já havia estado com visitantes de outros orbes, e
ao expressar a ele a minha vontade de também um dia vir a conhecê-los ele foi enfático:
"Você deve ter muito cuidado Geraldinho, porque, embora a maioria das civilizações
que já desvendou os segredos das viagens interplanetárias ser de grande evolução espiritual e
votadas ao bem e à fraternidade geral, há também aqueles outros que somente se
desenvolveram no campo da técnica, enregelando sentimentos mais nobres no coração.
Representantes dessa outra turma também têm nos visitado, mas com objetivos escusos..."
Para eles nós somos tão atrasados que eles não prestam nenhuma atenção às nossas
necessidades e sentimentos. São eles que raptam pessoas e animais para experiências
horrorosas em suas naves. Quanto a essa turma nós devemos ter muito cuidado."
"Uma vez eu estava indo de Uberaba a Franca e Ribeirão Preto para visitar a irmã de
Vivaldo, Eliana, que havia passado por uma cirurgia no coração nesta última cidade. Dr. Elias
Barbosa foi dirigindo o automóvel na companhia de Vivaldo e eu, que fiquei no banco de trás.
Pois bem: íamos lá pelas 3 horas da manhã, na madrugada, para evitar o trânsito, e a meio
caminho uma luz meio baça, na cor alaranjada, envolveu o automóvel e passou a segui-lo. Dr.
Elias achou por bem encostar o carro e esperamos os três para ver o que ia acontecer.
Intuitivamente, comecei a orar, pedindo aos amigos que me acompanhassem na prece. O
espírito de Emmanuel se fez presente e nos solicitou redobrada vigilância. A nave apareceu
então no pasto ao lado iluminando toda a natureza em torno com a sua luz alaranjada e baça.
Ela pairou no ar sem tocar o solo e do meio dela saiu uma luz mais clara ainda, de onde
desceu uma entidade alienígena. Ela tinha uma aparência humanóide, mas muito mais alta,
com cerca de 3 metros de altura, quase esquelética."
"Senti um medo instintivo e roguei ao Senhor que nos afastasse daquele cálice de
amarguras, que pressentia com o auxílio de Emmanuel. Subitamente, a entidade parou e
desistiu de nós, retornando para a sua nave. Depois o veículo interplanetário elevou-se do
solo e eu vi perfeitamente uma vaca sendo levada até o seu interior como se levitasse até lá.
Em seguida, a nave desapareceu de nossas vistas com velocidade espantosa. O espírito de
Emmanuel me revelou então que esses irmãos infelizmente não eram vinculados ao bem e ao
amor, eram sociedades que pilhavam planetas em busca de experiências genéticas estranhas.
De vez em quando, abduzem homens e animais para suas aventuras laboratoriais. Segundo
Emmanuel, somente não fazem mais porque Nosso Senhor Jesus estabeleceu normas e
guardiães para proteger a humanidade terrestre ainda tão ignorante quanto às realidades
siderais, em sua infância planetária. Então, meu filho, se você avistar alguma entidade com
as características que eu lhe dei, 3 metros de altura e corpo humanoide esquelético, corra,
Geraldinho... Pernas pra que te quero!!!"
Não contive a pergunta: Mas eles são minoria não é, Chico? E como serão os
alienígenas bonzinhos? Ao que ele me respondeu: "Ah, são magníficos! Os que eu conheci são
criaturas de muito baixa estatura, de cerca de 1 metro apenas. São grandes inteligências e
por isso mesmo têm uma cabeça de tamanho avantajado em relação à nossa, com grandes
olhos amendoados e meigos, capazes de divisar todas as faixas de vida nos diversos planos de
matéria física e espiritual. Não possuem narizes, orelhas, e sua boca é apenas um pequeno
orifício. Seus sistemas fisiológicos são muito diferentes dos nossos e já não possuem
intestinos. Toda a sua alimentação é apenas líquida. São de uma bondade extraordinária e
protegem a civilização terrena assumindo um compromisso com Jesus de nos guiar para o
bem. Um dia, Geraldinho, que não vai longe, eles terão a permissão do Cristo para se
apresentarem a nós à luz do dia, trazendo-nos avanços tecnológicos, médicos e científicos
nunca dantes imaginados."
Duas dezenas de oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) estiveram envolvidos em uma missão
sigilosa no meio da selva amazônica, no Pará, 30 anos atrás. Denominada Operação Prato, ela
é a mais impressionante investigação de óvnis (objetos voadores não identificados) realizada
pela Aeronáutica que se conhece. É uma espécie de caso Roswell brasileiro, com missões
secretas, histórias e fenômenos sem explicação. Enquanto em Roswell, marco da ufologia
mundial, os militares americanos primeiro admitiram a existência dos óvnis e depois negaram,
os relatórios da FAB não deixam dúvidas: os oficiais do I Comando Aéreo Regional (Comar),
em Belém, designados para a operação, que ocorreu nos quatro últimos meses de
1977, afirmam ter presenciado – mais de uma vez – UFOs cruzando o céu da Amazônia.
Detalhes da Operação Prato estão em relatórios sigilosos que acabam de ser liberados pelo
governo federal para consulta no Arquivo Nacional, em Brasília.
No total, 400 pessoas teriam sido atingidas por luzes que, segundo os depoimentos, lhes
sugavam o sangue. Em um dos documentos oficiais, a médica Wellaide Cecim, que tinha 24
anos na época e atendeu a maioria dos pacientes, diz que os feridos apresentavam “paresia
(amortecimento parcial do corpo), cefaleia, tonturas, tremor generalizado e queimaduras de
primeiro grau, bem como marcas de pequenas perfurações”. Para desmistificar o fenômeno, o
capitão Uyrangê, junto com sua equipe, foi designado para colher depoimentos durante o dia
e ficar em vigília à noite munido de máquinas fotográficas Nikon, com teleobjetivas de 300
mm a 1000 mm, filmadoras e gravadores.
Acabou, porém, registrando e presenciando o que até então acreditava ser ficção científica.
“Meu irmão viu várias naves”, contou à ISTOÉ Uyranê Soares de Hollanda Lima, referindo- se
ao chefe da Operação Prato, que morreu em 1997. Comissário de bordo aposentado, Uyranê
lembra bem de uma ligação feita por Uyrangê, no auge das investigações. “Ele me disse:
“Hoje, um disco voador ficou a 50 metros da minha cabeça. Era do tamanho do (avião) DC-10
que você voa. Filmei e fotografei tudo.””
Em depoimento à revista Ufo, o então Coronel reformado Uyrangê Hollanda, além de
vários detalhes da Operação Prato, relatou o encontro frente a frente com o tripulante de
uma enorme nave. Veja o vídeo do seu depoimento abaixo:
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. FEB. Versão digital por: L. NEILMORIS© 2007;
http://www.vinhadeluz.com.br/site/noticia.php?id=1041
http://www.novaera-alvorecer.net/paises_reconhecem_ovnis.htm
http://emporiumdainformacao.blogspot.com.br/2012/02/governo-brasileiro-admite-
presenca-de.html
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2005/09/a_noite_oficial.html
http://www.ufo.com.br/entrevistas/no-uruguai-militares-pesquisam-ufos-ha-mais-de-tres-
decadas-e-sem-segredos
http://www.ufo.com.br/artigos/o-envolvimento-de-militares-argentinos-com-discos-voadores
https://www.ufo.com.br/artigos/forca-aerea-argentina-cria-comissao-para-registro-de-
ocorrencias-ufologicas
http://www.ufo.com.br/artigos/a-inglaterra-finalmente-aceita-os-ufos
http://www.ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/133
http://www.aereo.jor.br/2009/07/20/operacao-prato/
O CASO DAS CRUZES ENTERRADAS: FORTÍSSIMAS
EVIDÊNCIAS DA VIDA APÓS A MORTE
Segue o resumo do interessantíssimo caso publicado em The Survival Files. O livro que
traz todo o relatório deste forte acontecimento, intitulado The Mystery of the Buried
Crosses, está disponível em seu original para download (17 MB). O autor é Hamlin
Garland (foto), em vida um escritor renomado de romances e biografias, simplesmente
vencedor do Pulitzer e um investigador psíquico de estrada, autor de Forty Years of
Psychic Research e membro da American Society for Psychical Research.
Brevemente, ela começou a cair em transes em que outros espíritos falavam por ela.
Alguns destes espíritos alegavam ser missionários que dedicaram muito de sua vida
terrena tentando converter os nativos do México, Califórnia Meridional e Arizona ao
Cristianismo. Outros espíritos disseram que tinham sido os índios sujeitos a estas
tentativas de conversão. Sra. Parent, uma mulher analfabeta que cresceu em St. Louis,
não tinha nenhuma idéia do que eles estavam falando. Mas, ela compreendeu bem
quando os espíritos a guiaram para outros esconderijos de dinheiro, enterrado ou
escondido, aqui e ali, ao redor de sua cidade natal, Redlands, Califórnia. Dentro de 6
anos, os Parents acharam quantias suficientes para comprar sua primeira casa e seu
automóvel.
Os locais da pilhagem eram apenas revelados para dar aos Parents os meios para
procurar o compromisso dos missionários. Eles disseram à Violet que os nativos
enterraram numerosas cruzes e outros artefatos religiosos ao longo do Sudoeste. Os
padres decidiram tentar e provar a continuidade da existência deles no mundo dos
espíritos guiando as pessoas até os locais destas cruzes. Isto era exatamente o que os
céticos exigiram desde que as primeiras alegações de Sobrevivência foram feitas: os
espíritos deveriam revelar informações que nenhum vivo sabia ou podia ter sabido.
E eles revelaram - e não apenas uma, duas, ou três vezes - as quais deveriam já ser
prova suficiente. Num período de 10 anos, os Parents foram guiados para mais de 50
locais amplamente inóspitos, cruzando uma região de 600 por 300 milhas. Uma vez
que eles chegavam ao local especificado, eles eram dirigidos a uma certa colina, ao
fundo de um riacho ou a outro ponto de referência e diziam que deveriam procurar ali.
Às vezes a procura era infrutífera; talvez porque alguém já houvesse descoberto os
tesouros, talvez devido às chuvas ou aos pesados terremotos ou podia ser que os
índios simplesmente lembraram incorretamente do local de uma cerimônia. Mas as
buscas eram freqüentemente bem sucedidas para pescar mais de 1.500 cruzes e
outros objetos sagrados!
Sim, você leu isso direito. Informações que apenas pessoas há muito tempo mortas
possivelmente podiam saber habilitaram pessoas vivas a encontrar artefatos reais e
sólidos em quinze centenas de vezes! Tudo isso além de centenas de achados em ouro,
prata e papel-moeda estufado em latas e garrafas, ou embrulhados em capa de chuva
ou em bolsas de couro deterioradas os quais haviam sido cuidadosamente enterrados
pelos habitantes do deserto e nunca recuperados.
A princípio, os Parents não possuíam um carro, então eles tiveram que contar com a
ajuda de vizinhos e amigos para conduzir as excursões deles. Tipicamente, Violet
guiava o grupo até o local designado (freqüentemente a centenas de milhas da casa
dela) e então os outros se entrincheiravam no chão, cortavam cactos, ou mexiam em
pedregulhos o tanto quanto necessário para revelar e recuperar as cruzes. Violet,
sendo um pouco delicada e muito temerosa de cascavéis, cavava pouco. Existiram
numerosos depoimentos de testemunhas, assinados pelas pessoas que ajudaram em
uma ou mais destas expedições, testemunhando que elas encontraram as cruzes
justamente onde os espíritos predisseram.
Nós conhecemos tudo isso porque Gregory Parent mantinha notas detalhadas que no
final das contas encheram 22 diários. Ele fornecia as datas e os tempos de toda a
excursão e listava todos os artefatos encontrados. Mais importante para a
posteridade, 5 anos depois que sua esposa morreu, ele escreveu uma carta para um
homem chamado Hamlin Garland.
Quando Hamlin Garland recebeu a carta de Gregory Parent, ele tinha acabado de
publicar Forty Years of Psychic Research, um livro que sentia ser a conclusão de seu
trabalho como um investigador do paranormal. Mas a carta, os diários, os documentos
e os artefatos que ele subseqüentemente descobriu, trouxe um ponto inesperado e
espantoso para o trabalho dele. Realmente, aquilo que Garland intitulou The Mystery
of the Buried Crosses provaria ser um do mais convincentes argumentos para a
sobrevivência da consciência humana após a morte física.
Quando ele leu os jornais e examinou as 1.500 cruzes com seus próprios olhos,
Garland soube que estava diante de um caso de suprema importância. Ele também
sabia que o caso precisava ser verificado por um pesquisador independente, que
duplicasse o feito de achar tais itens enterrados no deserto da Califórnia. Apesar de ter
76 anos de idade, Garland percebeu que esta tarefa pesava sobre seus ombros.
Seu primeiro passo foi encontrar um médium que pudesse contatar o espírito de
Gregory ou Violet Parent ou dos próprios missionários. Como ele considerava quem
caberia melhor no trabalho, Garland recebeu uma carta de uma Dra. Nora Rager em
Chicago que havia lidoForty Years of Psychical Research e desejava apresentá-lo a uma
médium chamada Sophia Williams, que recentemente havia se mudado para Los
Angeles. Garland entrevistou Williams e a achou perfeita para o trabalho. Ela era
amigável, podia trabalhar em qualquer lugar (em casa ou fora dela), a qualquer hora
(de dia ou à noite), estava ansiosa para ajudar, e não cobrava nada por seus serviços.
Como Garland escreve: "foi neste providencial caminho que me achei de posse da mais
inteligente co-investigadora".
Em sua primeira sessão, Williams imediatamente se tornou um canal para vários dos
amigos falecidos da Garland. Um deles, Henry Fuller, freqüentemente agiu como um
controle nas sessões seguintes. Mas não foram apenas os conhecidos de Garland que
falaram através de Williams naquela primeira sessão; espíritos que ele dificilmente se
lembrava apareceram, e pelo menos um deles Garland não conhecia. O último se
identificou como Harry Friedlander, um amigo recentemente falecido do taquígrafo
que Garland contratou para tomar notas da sessão. Williams nunca havia encontrado o
taquígrafo e ela nem sabia que ele freqüentaria a sessão. Friedlander com precisão
descreveu sua recente morte num acidente de avião. Garland se refere a esta
apresentação por Williams como "nossa primeira evidência do poder dela". Existiria
muito mais.
Em sua terceira sessão, em 17 de março de 1937, o espírito de Violet Parent falou pela
médium. Violet afirmou que existiam mais cruzes a serem encontradas e ela prometeu
a ajuda dos padres na procura delas. Como as sessões continuaram, muitos dos
missionários foram bem sucedidos, muitos eram os primeiros exploradores do
Sudoeste Americano.
Além do material verídico recebido por Sophia Williams, chegou algo de interesse e
confortante, insights sobre a vida após a morte. Um dos padres observou: "todos nós
mudamos nossas opiniões sobre muitas coisas — não apenas sobre os índios, mas
sobre a religião. Nós aprendemos a verdade neste lado… Nós agora achamos que não
existe nenhuma diferença de credo".
Muito inspirados por este primeiro achado, Garland et al. pegavam todas as
oportunidades para fazer as longas excursões prescritas pelos espíritos. A história dos
sucessos e fracassos destas viagens está no livro de Garland. É suficiente dizer aqui que
um total de 16 cruzes foi descoberto em um local amplamente disperso e geralmente
difícil de se chegar.
E então, a "pesquisa" dos Parents foi duplicada e autenticada. Pessoas sem ligação
com os Parents, uma vez mais, foram capazes de achar algo que não podia ter sido
consistentemente encontrado sem informações precisas, salvo pelos supostamente
mortos.”
http://parapsi.blogspot.com.br/2008/08/o-mistrio-das-cruzes-enterradas-uma.html
ESTUDO INÉDITO SOBRE EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE
CONCLUI: EXISTE VIDA APÓS A MORTE
Com relação ao fato de o estudo ter como base depoimentos de várias pessoas,
através do seu site na internet, ele escreveu:
"As experiências próximas da morte são as mesmas em todo o mundo. Quer se trate de uma
experiência de quase-morte de um hindu na Índia, um muçulmano no Egito, ou um cristão nos
Estados Unidos, os mesmos elementos essenciais estão presentes em tudo, inclusive estar
fora-do-corpo, a experiência do túnel, os sentimentos de paz, seres de luz, uma revisão de
vida, a relutância em voltar, e transformação após a EQM. Em suma, a experiência da morte é
semelhante entre todos os seres humanos, não importa onde eles vivem. "
"Crenças culturais preexistentes não influenciam significativamente o teor de EQMs.
Experiências de quase-morte de todo o mundo parecem ter conteúdo semelhante,
independentemente da cultura do país da pessoa que passou pela experiência".
"Os resultados do estudo da Fundação de Pesquisa de Experiências de Quase Morte (NDERF)
indicam clara e notavelmente a coerência entre os estudos de casos de EQM. Este estudo
conclui que o que as pessoas descobriram durante a sua experiência de quase-morte de Deus,
amor, vida após a morte, razão de nossa existência terrena, dificuldades terrenas, perdão e
muitos outros conceitos é notavelmente consistente em todas as culturas, raças e
credos. Além disso, essas descobertas são geralmente não o que seria de se esperar de
crenças sociais preexistentes, os ensinamentos religiosos, ou qualquer outra fonte de
conhecimento terrestre".
"Ao estudar cientificamente os mais de 1.300 casos compartilhados com NDERF, eu acredito
que as nove linhas de evidências apresentadas neste livro convergem todas para um ponto
central: Há vida após a morte."
"Estudei milhares de experiências de quase-morte. Eu considerei cuidadosamente as
evidências presentes nas EQMs sobre a existência de vida após a morte. Eu acredito, sem
sombra de dúvida, que há vida após a morte física. "
"Algumas pesquisas indicam que até 5 por cento da população dos EUA teve uma experiência
de quase-morte."
"Falando de forma geral, essas pessoas que passam pela revisão de suas vidas conseguem ver-
se a partir de uma perspectiva de terceira pessoa. Eles se observam interagindo com as
pessoas em suas vidas. Eles vêem como trataram os outros e muitas vezes passam para o lugar
da outra pessoa, para que eles saibam como essa pessoa se sentiu ao interagir com eles. "
"Às vezes um ser espiritual acompanha a pessoa que está tendo a revisão da vida. Este ser
pode servir como uma espécie de guia amoroso, avaliando a revisão da vida a partir de um
plano espiritual mais elevado, como observa a EQM, discutindo as implicações espirituais dos
acontecimentos da vida de quem está passando pela EQM. Os comentários do ser podem
ajudar a colocar a sua vida em perspectiva. O que passaram por uma EQM quase nunca
descreveram estarem se sentindo julgados negativamente por este ser espiritual, não importa
o quão cruéis eram até aquele ponto de suas vidas. Os que revisaram muitos dos seus próprios
atos cruéis anteriores muitas vezes expressam grande alívio que eles não foram julgados
negativamente durante a EQM”
"Os que passaram por uma EQM geralmente observaram que eles eram eles próprios que se
julgavam. Durante o processo, viram o bem e o mal, a causa e o efeito de suas
escolhas. Muitos relataram que tiveram uma revisão de sentimentos, em vez de uma revisão
de eventos visuais".
"Muitos que tiveram uma EQM dizem que a revisão da vida, de todos os elementos da EQM, foi
de longe o maior catalisador para a mudança. A revisão da vida permite que essas pessoas
revivam suas próprias vidas, erros e tudo. Ela também dá a eles uma chance de avaliar a si
mesmos em seu desempenho na vida. Muitas coisas que pareciam insignificantes na época -
uma pequena bondade, por exemplo - acabam por ser significativas em sua própria ou a vida
de outra pessoa. As pessoas percebem que ficaram irritadas com coisas que não eram
importantes ou que colocaram demasiada importância em coisas sem importância".
"A revisão de vida durante a EQM ajuda a entender seu propósito na vida."
"Conhecimento e amor são dois elementos que levamos conosco quando morremos. Como
resultado, as opiniões de vida são muitas vezes um dos elementos mais transformadores da
EQM. Aqueles que têm poderosas revisões de vida tendem a reverenciar muito o
conhecimento e o amor após a sua EQM. "
"O estudo Kelly descobriu que 95 por cento dos indivíduos falecidos encontrados eram
parentes, enquanto que apenas 5 por cento eram amigos ou conhecidos. Apenas 4 por cento
dos que tiveram EQMs no estudo encontraram seres que estavam vivos no momento da
EQM. Outros estudos têm mostrado que, em sonhos ou alucinações, os seres encontrados são
muito mais propensos a serem pessoas que ainda estão vivas. "
"Encontros com os entes queridos falecidos são quase sempre reuniões alegres."
"Apesar de muitos entes queridos falecidos antes da morte eram idosos e, por vezes
desfigurados pela artrite ou outras doenças crônicas, os falecidos na experiência de quase-
morte são quase sempre a imagem da perfeita saúde e podem aparecer mais jovens - mesmo
décadas mais jovens - do que eles eram na hora da morte. Aqueles que morreram como
crianças muito jovens podem parecer mais velhas. Mas mesmo que o defunto pareça ter uma
idade muito diferente do que quando morreu, a pessoa que está experimentando a EQM ainda
o reconhece."
"As pessoas podem encontrar em sua experiência de quase-morte um ser que parece familiar,
mas cuja identidade é desconhecida durante a EQM ... Na maioria das vezes ... os seres
estranhos eram membros da família do passado."
Conforme o Dr. Long, "você não pode fingir os efeitos de uma experiência de quase-
morte."
73,1 por cento relataram que sua vida havia mudado significativamente como resultado de
sua EQM. Long também relata que "é preciso, desde que haja sete ou mais anos de vida para
uma pessoa que teve uma experiência de quase-morte, de integrar plenamente em sua vida
as mudanças que resultaram da experiência."
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
LONG, Jeffrey; PERRY, Paul. Evidências da vida após a morte. São Paulo: Larousse [2010].
http://msv-nhne.org/book-summary-evidence-of-the-afterlife/
PESQUISA DE PSICÓLOGA NORTE AMERICANA OBTÉM
FORTÍSSIMAS EVIDÊNCIAS DA REENCARNAÇÃO
Muito interessante é o fato de que muitos dados coincidem com o que nos
ensinaram os Espíritos Superiores durante a codificação do Espiritismo. Leiamos:
Na pergunta Nº 264: “ Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que
queira sofrer?”
Resposta: “Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem
à expiação destas e a progredir mais depressa. Uns, portanto, impõem a si mesmos uma
vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem; outros preferem
experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e
má aplicação a que podem dar lugar, pelas paixões inferiores que uma e outros
desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que
terão de sustentar em contacto com o vício.”
Na pergunta Nº 201: "Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo
de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?"
Resposta: “Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as
mulheres.”
f) Ligação da alma ao novo corpo: Em 750 casos, 89% não se ligaram ao feto, de
nenhuma forma, até depois dos seis meses de gestação”. Contudo, praticamente todos
disseram ter plena consciência dos sentimentos da mãe, antes e durante o parto,
possivelmente por telepatia. 33% disseram ter se unido ao feto durante o parto ou pouco
tempo antes. Dessa forma, na maior parte do período de gravidez, as pessoas não se
sentiam parte integrante do feto, contudo estavam existindo separado destes.
É preciso levar em conta que, quando relembra suas vidas passadas, o Espírito
expressa apenas seu ponto de vista. Assim, pode estar ligado ao corpo desde a
concepção, mas só perceber essa ligação quando ela está mais forte, ou seja, no final da
gestação. Tanto é que o Espírito sente a conexão com sua mãe desde bem antes do
parto. Provavelmente foi isso que se deu na pesquisa.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. FEB. Versão digital por: L. NEILMORIS ©
2007;
“[...] Deus nunca esteve inativo e sempre teve puros Espíritos, experimentados e
esclarecidos, para transmissão de suas ordens e direção do Universo, desde o governo dos
mundos até os mais ínfimos detalhes. Tampouco teve Deus necessidade de criar seres
privilegiados, isentos de obrigações... “
A Doutrina Espírita nos esclarece que os Espíritos são criados simples e ignorantes,
evoluindo em inteligência e moralidade, ao longo de experiências passadas através de vários
estágios no mundo material, as reencarnações. Ao final de sua evolução, tornam-se Puros
Espíritos ou Anjos. O amor ao próximo, a humildade e o total desapego do mundo material
proporcionam-lhes grande leveza e paz interior. A harmonia e a união entre eles, em total
sintonia uns com os outros, e a satisfação com a prática do bem, constitui-se em fonte de
incomensurável alegria. O imenso intelecto, construído ao longo das várias vidas pelas quais
passaram, dá-lhes uma visão de conjunto que lhes permite admirar a perfeita obra do Criador
de forma muito mais completa. Nesse estágio, são capazes até mesmo de receber as
inspirações diretas de Deus.
A Doutrina Espírita também nos ensina que, da mesma forma que os elementos
químicos (carbono, oxigênio, hidrogênio, enxofre, silício, etc.), combinados entre si, formam
as diferentes substâncias que constituem nosso mundo material (como a água, o gás
carbônico, as rochas, as moléculas orgânicas dos nossos corpos, etc.), existe um único
elemento primitivo, chamado Fluido Cósmico Universal, cujas modificações e combinações
dão origem tanto à matéria do mundo espiritual quando à do nosso mundo material. Ele
origina as partículas subatômicas, e estas, combinadas, dão origem aos nossos elementos
químicos. Conforme nos diz o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier e Waldo
Vieira, no excelente livro “Evolução em Dois Mundos”, na Primeira Parte, ítem I:
“PLASMA DIVINO – O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do criador ou força nervosa do
Todo-Sábio.
Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes
no oceano.
IMPÉRIOS ESTELARES – Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as
organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas
intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado
potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade
coordenadora.
É aí, no selo dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria,
o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso
do Espírito.”
Sobre a origem da vida na Terra, ele nos diz, ainda na Primeira Parte, ítem III, da
mesma obra:
“[...] A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o
impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra
recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da
paisagem primitiva.
Dessa geléia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os
valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas
celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se lhes
derivaria a existência organizada no Globo constituído.
Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...
NASCIMENTO DO REINO VEGETAL – Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da
existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos
princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por
centros microscópicos de forças positiva, estimulando a divisão cariocinética.
Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos
alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se
por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas,
que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.
Milênios e milênios chegam e passam...”
Uma teoria, elaborada há alguns anos e seriamente considerada por muitos cientistas
ao redor do mundo, parece nos remeter ao Fluido Cósmico Universal.
“A teoria das cordas materializa o sonho de Albert Einstein de criar uma teoria única
para explicar o Universo. No século XX, a Ciência desenvolveu duas teorias que funcionam
como pilares da Física.
• A teoria geral da relatividade, criada por Einstein, explica como a gravidade opera
em grandes dimensões, emestrelas e galáxias.
• Já a mecânica quântica explica como as leis da Física operam no extremo oposto,
nas subpartículas atômicas.
Durante várias décadas, essas duas teorias só funcionavam nos próprios campos, o
pequeno e o grande. Quando cientistas tentavam juntá-las - o que é indispensável, por
exemplo, para entender o que se passa no centro de um buraco negro -, as equações se
estilhaçavam.
As supercordas surgiram como uma nova e fundamental entidade, a base para tudo o
que existe no Universo. Já faz algum tempo que conhecemos os átomos e também
as partículas_subatômicas, como os elétrons, que giram ao redor dos núcleos, e os prótons,
que integram o núcleo dos átomos. Conhecemos também algumas partículas subnucleares,
como os quarks, que habitam os nêutrons e prótons. Mas é aí que o conhecimento
convencional empaca. A teoria das supercordas diz que existe algo menor e mais
fundamental: dentro dos quarks, da mais ínfima partícula subatômica, existe um filamento
de energia que vibra como as cordas de um violino. E são os diferentes padrões de vibração
dessas cordas que determinam a natureza de diferentes tipos de subpartículas. Isso permitiria
unificar a teoria geral da relatividade com a mecânica quântica.”
Clicando AQUI, você assiste a uma palestra de Brian Greene que, utilizando-se de
uma linguagem simplificada, explica a teoria das cordas.
Os Espíritos puros seriam, assim, capazes de fazer vibrar estas cordas (fluido cósmico)
no padrão correto, criando as mais diversas partículas do mundo material e do mundo
espiritual. Em seguida criaram, e até hoje criam, os diversos mundos que servem de
verdadeiras escolas para o aperfeiçoamento intelecto-moral dos Espíritos.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
KARDEC, Allan. O céu e o inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo. FEB. Versão
digital por: ERY LOPES © 2007
XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo; André Luiz (Espírito). Evolução em dois
mundos. FEB. [1958];
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT791042-1666-1,00.html
http://www.guia.heu.nom.br/teoria_das_cordas.htm
O DR SAM PARNIA, SOBRE O ESTUDO AWARE, ADMITIU:
"TEMOS EVIDÊNCIAS CLARAS DE QUE A CONSCIÊNCIA
CONTINUA APÓS A MORTE"
“...Escutei a entrevista e percebi que Sam Parnia agora não assume mais uma posição cética
e materialista a respeito da vida após a morte. Ele deixa claro que as EQM são experiências
reais, ele refere-se a tais pessoas como cadáveres, algo realmente morto no momento da
experiência. No entanto, no fim da entrevista o médico diz algo que não costumamos ouvir da
boca de um cientista: de acordo com ele, a ciência está coletando evidências de que a
consciência pode sobreviver após a morte física. Ao ser questionado sobre a problemática
(1:40:00), ele considera que o psiquismo pode continuar a existir depois da morte biológica,
mesmo sem revelar os resultados completos de AWARE. Essa é uma afirmação gigantesca no
âmbito científico e materialista.
Pessoalmente, fiquei muito empolgado com essa afirmação de Parnia. Ele parecia estar
realmente convencido da sobrevivência pós-morte na entrevista, no entanto, sem
precipitações, aguardaremos resultados concretos.
Citações da entrevista:
“Aquilo que chamamos de alma, mente ou psiquismo pode existir depois da morte”
“Após a morte, as pessoas tomam seu próprio nível de pensamento para outra
dimensão”
Depois dessa, talvez iremos presenciar a queda do materialismo científico muito em breve.”
http://pensaralem.wordpress.com/2013/07/20/sam-parnia-afirma-a-consciencia-pode-
existir-apos-a-morte-estudo-aware/
PSEUDO-CÉTICO JAMES RANDI É DESMASCARADO PELO
PARAPSICÓLOGO RUPERT SHELDRAKE
Rupert Sheldrake
Fonte da imagem: http://www.brand-lab.at/blog/brand-venture-vii-with-prof-rupert-sheldrake
Fábio José Lourenço Bezerra
Referências
James Randi é um famoso mágico que oferece 1 milhão de dólares para quem
conseguir comprovar algum poder, supostamente, paranormal. Porém, o fato de
ninguém ter ganhado o prêmio prova que a paranormalidade não existe?
A fundação de Randi (JREF) faz campanha contra assuntos que envolvem
parapsicologia, paranormalidade, homeopatia e qualquer tipo de medicina
alternativa. Os céticos costumam citar o desafio de Randi como a prova absoluta de
que a paranormalidade é uma farsa completa. Há mais de 10 anos o mágico oferece
o prêmio de 1 milhão dólares. Embora tenha dito que em 2010 o prazo seria
finalizado, a fundação continua com o “desafio”. No entanto, as regras se
modificaram em 2007; quem quiser ganhar o prêmio, no mínimo, deverá ser
conhecido pela mídia e ter sido estudado por cientistas.
Para que um suposto paranormal se submeta ao teste ele deverá seguir algumas
regras, impostas pela JREF. O candidato deve arcar com todos os custos da viagem,
hospedagem e material. Além disso, o candidato renuncia a qualquer tipo de
reclamação à fundação Randi, mesmo que algum acidente ocorra durante os testes
(se a pessoa perder um braço durante o teste, por culpa da estrutura da fundação
ou erro dos avaliadores de Randi, teoricamente, nada poderá fazer) – no Brasil, a
cláusula é inconstitucional, pois a integridade do indivíduo é primordial e, quando
prejudicada, o apelo judiciário é um direito. Mas o pior ainda está por vir. Um teste
preliminar é realizado com o indivíduo. O critério de seleção é absolutamente
subjetivo, ou seja, se Randi decidir que não deve-se realizar o teste “formal”, antes
da confirmação dos supostos poderes, ele não será feito¹. Clique aqui para ler as
regras do prêmio.
Pior do que isso é quando esbarramos no aspecto estatístico. Em tese, os testes
estatísticos, existentes em toda a literatura da Parapsicologia, poderiam disputar o
prêmio. Alegações extraordinárias exigem evidências extraordinárias – jargão
usado com frequência pelos céticos. Por esse motivo, Randi exige significância
estatística maior do que as outras áreas comuns da ciência. O que isso significa? Se
o teste estiver acima do acaso e for anômalo, o “Desafio Paranormal” exigirá algo
além disso. Na ciência tradicional a significância estatística é de p < 0,05 - a
probabilidade do resultado ser devido ao acaso seria de 5%. No teste, o candidato
precisa de p < 0,001 ou menor, ou seja, isso extrapola as exigências da própria
ciência.
Randi ainda não aceita alegações de reencarnação como válidas de disputa do
prêmio, pois as considera “religiosas”. Na verdade, ele mesmo as classificou assim.
Esse tipo de ceticismo é falso, pois nega alegações a priori, ao invés de investigá-
las. Se dependêssemos desse movimento cético para fazer ciência,
transformaríamos a metodologia científica em um dogma. Infelizmente, alguns
céticos já têm o trabalho de fazer isso; não porque estão preocupados com
evidências científicas de qualidade, mas porque se importam mais com mágica do
que com ciência.
Referências
http://pensaralem.wordpress.com/2014/02/03/rupert-sheldrake-desmascara-
james-randi/
http://pensaralem.wordpress.com/2014/01/24/a-farsa-do-desafio-paranormal-
de-james-randi/
A CIÊNCIA PÓS MATERIALISMO
Nos últimos anos, vários cientistas têm se mostrado favoráveis a uma mudança de
paradigma na ciência. Após realizarem estudos sérios, dentro dos mais rigorosos
padrões científicos, verificaram que existe muito mais do que matéria e energia no
Universo, tendo a mente um papel de grande importância nele. Por exemplo,
o Dr.Gary Schwartz e a Dra.Julie Beischel têm realizado pesquisas inovadoras com
médiuns, obtendo resultados bastante positivos em relação à sobrevivência da alma; o
Professor Charles Tart, grande autoridade mundial em parapsicologia, recentemente
escreveu o livro “O Fim do Materialismo”, onde nos informa que cinco tipos de
fenômenos parapsicológicos já foram exaustivamente comprovados, através de
inúmeras pesquisas. São eles: a telepatia (transmissão do pensamento, de uma mente
à outra, sem a utilização de nenhum meio físico conhecido); a psicocinese (mover
objetos com a força do pensamento), a clarividência (conhecimento de fatos distantes,
sem o auxílio de nenhum meio conhecido); a precognição (capacidade de prever o
futuro) e a cura paranormal. Para esse autor, já está demonstrado que há muito mais
no Universo do que a crença materialista apregoa, e que a espiritualidade deve ser
encarada seriamente. Na mesma obra, o Dr.Tart vê como bastante prováveis a vida
após a morte e a reencarnação; No seu livro "Evidências da Vida Após a Morte", o
médico norte-americano Dr. Jeffrey Long nos informa sobre sua pesquisa, inédita.
Através de seu site http://www.nderf.org coletou mais de 1.600 relatos de
Experiências de Quase-Morte e realizou uma investigação científica criteriosa a
respeito. A conclusão do autor é direta, objetiva e corajosa. Para o Dr.Long, a vida após
a morte está comprovada, após a análise científica das 9 categorias tomadas em
conjunto, sistemicamente. Muitos outros exemplos temos dado nos textos deste blog.
Vejamos o que nos disse o mestre Allan Kardec em sua obra “A Gênese”, no
Capítulo I, intitulado “Caráter da Revelação Espírita” :
“16. Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do
princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do
princípio espiritual. Ora, como este último princípio é uma das forças da Natureza, a
reagir incessantemente sobre o princípio material e reciprocamente, segue-se que o
conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro. O
Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se
acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao
Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da
matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere
os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria
abortado, como tudo quanto surge antes do tempo.”
“14. Tornada adulta, a Humanidade tem novas necessidades, aspirações mais vastas e
mais elevadas; compreende o vazio com que foi embalada, a insuficiência de suas
instituições para lhe dar felicidade; já não encontra, no estado das coisas, as
satisfações legítimas a que se sente com direito. Despoja-se, em conseqüência, das
faixas infantis e se lança, impelida por irresistível força, para as margens
desconhecidas, em busca de novos horizontes menos limitados.
Velam-lhe o aspecto da vida infinita e lhe dizem, apontando para o túmulo: Nec plus
ultra !”
Muito interessante é, após ler as palavras de Kardec, acima, ler o que escreveu o
Dr.Gary Schwartz no seu site (endereço eletrônico www.drgaryschwartz.com), sobre a
Ciência Pós-Materialismo:
Nos últimos séculos, a visão de mundo dominante detida por cientistas ocidentais
convencionais é conhecida como materialismo. O materialismo é a crença - o
pressuposto - de que o que é primário no Universo é a matéria física, e, portanto, tudo
o mais que tem evoluído ao longo do tempo - incluindo a vida biológica, a mente, e um
senso de espiritualidade - são todas criações (ou subprodutos) da matéria física.
Por exemplo, como o Professor Charles Tart explica em seu livro seminal O FIM DO
MATERIALISMO, a pesquisa contemporânea em cinco áreas da parapsicologia aponta
claramente para uma visão de mundo que é mais ampla e mais profunda do que o
materialismo em si.
Assim como a teoria da relatividade geral de Einstein tornou-se uma teoria mais
abrangente e completa, onde a teoria física de Newton tornou-se um subconjunto ou
caso especial da relatividade, a emergência da Ciência pós-materialismo está
inspirando a descoberta de uma teoria mais abrangente e completa, onde o
materialismo torna-se uma caso especial da Teoria pós-materialismo.
Uma versão de fácil leitura dessa visão emergente é fornecida no livro A Grande
Aliança.
Esperemos que fique claro que, assim como a física de Einstein não rejeitou as
observações e o grande valor da física newtoniana, a Ciência pós-materialismo não
rejeita as observações e o grande valor da ciência Materialista. O que esses avanços
fazem é expandir a capacidade humana de compreender melhor a natureza
extraordinária e maravilhosa da natureza e do Universo, e no processo de redescobrir
a importância da mente (incluindo o pensamento, a emoção e a intenção) como sendo
parte da estrutura central do Universo .
Não se pode deixar de apreciar a matéria ainda mais quando vista da perspectiva da
mente. Se a nova ciência está correta , em um sentido profundo, a matéria é mente
(risos).”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
http://www.drgaryschwartz.com/POST-MATERIALISM.html
VERDADEIRO CETICISMO VERSUS PSEUDO-CETICISMO, POR
DR GARY SCHWARTZ
http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/X_autores/XAVIER_Ademir_tit_Crencas_Ceticas_XXIII_Pequeno_manual_de_falacias_nao_for
mais_com_exemplos_do_ceticismo.htm
Muito se tem escrito sobre esta distinção crucial - incluindo sites, livros e artigos – e o leitor é
encorajado a procurar estas fontes através de sites de busca. Um site útil é
www.debunkingskeptics.com que tem uma página de links extensa.
Eu discuto essa distinção com algum detalhe no Anexo D de “A Grande Aliança”, porque o
pseudo-ceticismo faz um grande desserviço para nossas vidas pessoais e coletivas.
No caso mais simples, as pessoas podem ser classificadas em três níveis de crença segurando
sobre qualquer coisa - seja uma crença na gravidade ou uma crença na espiritualidade - o
conteúdo da crença, não importa.
Verdadeiros céticos não só sabem que eles não sabem algo com certeza, mas eles estão
realmente abertos a mudar as suas mentes e crescer à luz de novas evidências. Em um sentido
profundo eles são humildes e de mente aberta.
Pseudo-céticos são tipicamente, muitas vezes descrentes - ou seja, Eles estão entrincheirados
acreditando firmemente no "não" sobre certas coisas. Embora possam "afirmar" que eles
estão abertos a novas informações, eles reagem fortemente, normalmente hostis, senão
tecendo críticas hostis quando suas crenças e suposições duvidosas são desafiadas por novas
idéias e evidências.
Os três níveis de crença podem se transformar em uma mesa "3 x 2" cruzando as três
crenças com as duas orientações de ser aberto versus mente fechada (e corajosos). O
verdadeiro espírito científico é aquele que permanece sempre aberto a novas informações,
independentemente de se ter uma crença "sim", "inseguro" ou "não" acerca de uma coisa
específica.
“Quando Kepler descobriu que sua crença mais querida não correspondia a observações mais
precisas, aceitou o fato desconfortável. Preferiu a dura verdade à mais querida das ilusões;
Essa é a essência da ciência".
http://www.drgaryschwartz.com/TRUE-SKEPTICISM.html
INSTITUTO NORTE-AMERICANO PESQUISA A
SOBREVIVÊNCIA DA ALMA
Fonte da imagem:https://www.facebook.com/Windbridge.Institute
O texto abaixo foi extraído do site CEEPA Opinião – Órgão do Centro Cultural
Espírita de Porto Alegre . A postagem foi publicada em 4 de novembro de 2012 :
“A mediunidade no laboratório:
Instituto americano pesquisa vida após a morte
Coordena a equipe de pesquisadores a Dra. Julie Beischel, PhD, fundadora do Instituto e sua
Diretora de Pesquisas. Doutora em Farmacologia e Toxicologia, com especialização em
Microbiologia e Imunologia, Julie, desde 2008, com o auxílio de diversas bolsas e
financiamentos, tem realizado importantes pesquisas no campo da mediunidade.
Entrevistada por Elaine Cristina Vieira (Barcelona, ES), em matéria recentemente publicada
pela revista eletrônica O Consolador - http://www.oconsolador.com.br/ano6/281/especial.html -,
Julie Beischel dá detalhes sobre as pesquisas que estariam demonstrando “que há vida após a
morte”. São utilizados três métodos para estudar o fenômeno da mediunidade: o proof-
focused, que acusaria se os médiuns estão dando a informação correta; o process-focused,
avaliando a experiência dos médiuns durante a comunicação espiritual; e o applied-research,
que cuida dos benefícios trazidos à sociedade humana pela mediunidade. Para a pesquisadora
americana os resultados até aqui obtidos “confirmam a hipótese de que o espírito sobrevive à
morte”.
Reduzido à sua expressão mais sintética, o espiritismo não é mais do que o estudo do espírito.
A “ciência da alma”, como, ao fim de sua vida física, propunha Jaci Regis fosse ele
renomeado.
Allan Kardec, mesmo conferindo especial dimensão aos aspectos morais do espiritismo,
quando tratou de defini-lo deixou consignado ser ele “a ciência que trata da natureza, origem
e destino dos espíritos e de suas relações com o mundo material”.
A partir disso, pode-se, sem se incorrer em qualquer impropriedade, dizer que quem, como
no caso do Instituto Windbridge, se ocupa de questões relativas ao espírito, sua sobrevivência
e comunicação, está, de certo modo, fazendo espiritismo. Mesmo que aqueles cientistas
jamais tenham tomado contato com o espiritismo ou com a obra de Allan Kardec, estarão,
rigorosamente, trabalhando no mesmo projeto do qual Kardec foi o grande precursor, na
modernidade contemporânea.
Todo o esforço do insigne Mestre de Lyon foi no sentido de que as questões relativas ao
espírito fossem tratadas à luz da ciência tal como entendida no seu tempo ou à luz de seus
futuros desdobramentos. Ainda que insistam em reduzi-lo à condição de fundador de uma
nova religião cristã, Kardec foi, na verdade, o primeiro sistematizador da ciência do espírito.
Ver o espiritismo a partir desse ângulo em nada diminui seu revolucionário potencial ético e
transformador. Na visão que ele oferece de homem e de mundo, o progresso ético e moral da
humanidade se dá justamente pelo conhecimento.
http://ccepa-opiniao.blogspot.com.br/2012_11_01_archive.html
NOVO EXPERIMENTO CONSEGUE DETECTAR ESPÍRITOS NA
AUSÊNCIA DO EXPERIMENTADOR
O argumento dos céticos, contra a explicação de ser um Espírito o causador das vozes
e imagens obtidas através da transcomunicação instrumental (comunicação com os falecidos
através de equipamentos eletrônicos, como gravadores de áudio, vídeo, computadores, etc.),
é que, junto dos equipamentos, sempre está um experimentador. Este atuaria
inconscientemente, utilizando sua energia corporal nos equipamentos, produzindo assim as
comunicações. Esta é uma explicação um tanto quanto forçada, pois o inconsciente teria que
operar através de uma fantástica sabedoria técnica (muitos pesquisadores de
transcomunicação instrumental não possuem conhecimentos técnicos aprofundados sobre
equipamentos eletrônicos, inclusive sobre aqueles que utilizam em suas pesquisas) para
manipular esta energia corretamente nos equipamentos, e assim ter produzido os resultados
obtidos até agora (ver o texto “Os Espíritos se Comunicam Através de Aparelhos
Eletrônicos?”, neste blog). Quem sustenta esta explicação, geralmente, são os
parapsicólogos da vertente materialista.
A câmera CCD e a câmara de gravação à prova de luz foram alojadas em uma sala à
prova de luz; o computador, um monitor de tela grande e alto-falantes foram alojados em
uma sala de controle separada.
● experiência ao vivo
Esta imagem inicial da linha de base (ruído escuro) foi posterior e automaticamente
subtraída, através do software WinView, de cada um dos ensaios iniciais e nos ensaios com os
Espíritos sem a presença do experimentador subseqüentes. Isto foi necessário porque o chip
CCD tinha algumas áreas de maior brilho causados por pequenas imperfeições no chip; a
subtração da linha de base é rotineiramente utilizada em protocolos de imagens de baixa
luminosidade (por exemplo, em astrofotografia) para auxiliar na remoção da maioria dos
efeitos de tais pequenas imperfeições. Embora o procedimento de subtração ajude a remover
os efeitos destas imperfeições menores, o procedimento infelizmente acrescenta ruído gerado
pelo processo de gravação em si.
No final do ensaio A, o experimentador disse: “Cara Susy (ou Sophia), a exposição está
completada. Você não tem mais necessidade de interagir com a câmara. Eu vou tomar mais
imagens hoje então eu gostaria de pedir que você não interaja com a câmera de novo até eu
convidar você. Isto nos permitirá documentar corretamente a sua interação conosco.
Agradeço pela ajuda.”
“Olá Susy e Sophia. Em algum momento entre 23:00 h e meia-noite, este computador
irá ligar e convidá-las para participarem de nossa experiência. O objetivo destas experiências
é para tentar documentar suas existências. Uma vez que o experimento comece, o
computador irá exibir uma foto de vocês e minha voz vai dar-lhes instruções. Para estas
experiências serem bem sucedidas, preciso que vocês sigam as instruções cuidadosamente.
Durante as partes da experiência que estamos chamando de linhas de base, pedimos que
vocês não interajam com a câmera ou a câmara na sala ao lado. Em outros momentos, você
serão convidadas a entrar na câmara. Quando isso acontecer, por favor, preencham a câmara
com a sua luz .”
“Após 30 minutos, o computador irá tocar minha voz novamente dando a vocês as
instruções para parar. Nessa altura, é importante que vocês parem de encher a câmara com a
sua luz e por favor, não interajam com a câmara ou câmaras de qualquer forma. Quando a
experiência for mais para a noite, a minha voz irá tocar novamente agradecendo pela sua
participação e indicando que você estão livres para sair. Obrigado por fazer parte de nossas
experiências.”
Foi realizada uma acurada análise estatística dos dados obtidos. O software WinView
salvou os dados brutos em arquivos de imagem , o software RoboTask salvou um arquivo de
texto que listou a data precisa de cada passo, uma vez que de fato ocorreu em um
determinado tempo durante a noite. No experimento ao vivo, o software WinView foi
executado pelo experimentador; nos experimentos de automação e ensaios de controle, o
software WinView foi executado pelo RoboTask .
Com base em uma análise aprofundada dos arquivos de imagem em bruto, era
rapidamente observado que os ensaios sem o experimentador pareceram ter aumentado a
complexidade da medição fotônica ou de estrutura nos padrões de escala dos pontos
cinzentos, exibidos nas imagens. Estes padrões de observações replicados foram
testemunhados em estudos-piloto anteriores envolvendo cerca de uma centena de ativos e
ensaios de controle para testar a viabilidade da realização de experimentos sistemáticos, sem
o experimentador presente. Para quantificar potencialmente estes aumentos aparentes nos
padrões estruturais, e para descartar possíveis discriminações visuais subjetivas e
preconceitos nas análises, as imagens foram importadas para o Software de processamento de
imagens Image J (disponível para pesquisadores biomédicos dos Institutos Nacionais de
Saúde).
Considerando que as experiências anteriores do Dr. Gary deixavam margem para que
os céticos pudessem alegar que os resultados poderiam ser devidos, inteiramente, às crenças
e intenções conscientes do experimentador que utiliza o equipamento, as experiências atuais
descartam essa possibilidade. A presente pesquisa ressalta que a presença de um
experimentador consciente não é necessária para a obtenção de evidências consistentes e
confiáveis com a presença verdadeira de Espíritos.
É importante reconhecer que as conclusões relativas às diferenças individuais nos
efeitos do Espírito, sobre dispositivos de medição fotônicos, são fortemente consistentes com
a colaboração real de Espíritos desencarnados.
http://www.drgaryschwartz.com/files/QuickSiteImages/Schwartz_EXPLORE_Proofs_FINAL_3_
7_11_for_distribution.pdf
NOVO ESTUDO COM MÉDIUNS OBTÉM FORTÍSSIMAS
EVIDÊNCIAS DA SOBREVIVÊNCIA DA ALMA
Oito médiuns adultos (um homem e sete mulheres) que demonstraram, no passado,
ter capacidade de obter informações precisas dos falecidos em condições mediúnicas
"normais", isto é, com a pessoa que deseja o contato em sua presença;
A seleção final dos oito alunos de graduação (três homens e cinco mulheres), para a
inclusão no estudo como participantes sitters, foi com base nos critérios acima, bem como o
par de desencarnados descritos abaixo.
Cada um dos oito médiuns realizou duas leituras sobre os desencarnados: uma para
cada voluntário sitter em um par. Cada um dos quatro pares de assistentes foi lido por dois
diferentes médiuns, gerando um total de oito pares de leituras. Veja a figura abaixo:
Os médiuns não receberam nenhuma informação sobre o voluntário sitter ou sua
relação com o desencarnado. No entanto, para aumentar a capacidade do médium de receber
informações precisas sobre um alvo desencarnado, o primeiro nome do desencarnado foi dado
ao médium no início da leitura.
Para cada uma das leituras, um experimentador cego para a identidade dos
assistentes e para qualquer informação sobre os desencarnados, além de seus primeiros
nomes, atuou como assistente substituto para os alunos. Assistentes substitutos são utilizados
para (a) imitar as práticas de leitura com as quais os médiuns se sentem confortáveis (ou seja
, com um sitter presente ou no telefone) , a fim de otimizar as condições de leitura ,
enquanto (b) cegando o médium a sugestões do sitter e (c) a cegueira do sitter ausente à
leitura até a pontuação. Neste estudo, o assistente substituto do sitter também fez perguntas
aos médiuns durante as seções do protocolo de leitura (ver abaixo).
Os assistentes de alunos ausentes não ouviram as leituras e não tinham conhecimento
da origem de qualquer leitura durante a pontuação.
Para otimizar as condições de teste, os médiuns realizaram leituras por telefone em
horários programados em suas casas.
As leituras de telefone, gravadas em áudio digital, ocorreram à longa distância; o
médium estava em uma cidade diferente tanto da do voluntário sitter ausente cego e a
atuação experimentador como o assistente substituto.
Cada leitura sobre o desencarnado incluiu três partes: a) dirigida ao falecido, na qual
o experimentador deu ao médium o primeiro nome do desencarnado e pediu ao médium para
receber e comunicar quaisquer informações do desencarnado, b) um procedimento de
questões da vida , em que se fez ao médium quatro perguntas específicas sobre o aparência
física do desencarnado, personalidade, passatempos, e a causa da morte , e c) Pergunta
Reversa , em que o experimentador perguntou: " Será que o desencarnado tem quaisquer
comentários, perguntas ou pedidos para o voluntário sitter ? "
Cada leitura foi transcrita e uma lista numerada de itens individuais correspondentes
(isto é, peças de informação isoladas) foi criada por um experimentador cego para detalhes
sobre os sitters ou desencarnados.
Cada assistente em um par agiu como um controle combinado para o outro sitter (o
que não foi substituído por ele durante a leitura) no par: cada assistente marcou a leitura
pretendida para ele, bem como a leitura do sitter controle, permanecendo cegos para a
origem das leituras.
Os sitters foram treinados no procedimento de pontuação e marcaram as listas de
itens de precisão [Obviamente serve; serve com leve, moderada ou grande necessidade de
Interpretação; Não serve; serve para outro ("Este item não se ajusta ao desencarnado
nomeado ou a mim mesmo, mas se encaixa com alguém de quem eu estava perto"), ou "Eu
não sei"] e significado emocional (Sem importância ou significado leve, moderado ou extremo)
Os avaliadores que escolheram "serve com Interpretação" ou "serve para outro" foram
convidados a escrever uma explicação. Os sitters também atribuíram a cada lista de itens
uma pontuação (0-6), conforme abaixo:
Depois que o resumo de pontuação foi completado para ambas as leituras em um par,
os assistentes foram convidados a "Escolha a leitura que parece ser mais aplicável a você.
Mesmo que ambas pareçam igualmente aplicáveis ou não-aplicáveis, escolher uma." Eles
foram, então, convidados a avaliar a sua escolha em relação à outra de acordo com a seguinte
escala:
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
http://www.drgaryschwartz.com/files/QuickSiteImages/BeischelEXPLORE2007vol3.pdf
ADÃO REALMENTE EXISTIU E FOI EXPULSO DO PARAÍSO ?
O primeiro livro da Bíblia, chamado Gênesis, muitas vezes é interpretado de forma literal.
Contudo, através dessa forma de interpretação, ele logo se mostra repleto de lacunas e
contradições. Quando consideramos que este livro foi escrito em linguagem alegórica, como,
aliás, o foram muitas obras da antiguidade, e dessa forma o interpretamos, logo vislumbramos
o seu profundo significado.
No capítulo XI da excelente obra “A Gênese”, Allan Kardec trata da figura bíblica de Adão à
luz da Doutrina Espírita. Abaixo, transcrevemos parte do seu texto:
“RAÇA ADÂMICA
38. De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem,
uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na
pessoa de Adão e, por essa razão mesma, chamada raça adâmica . Quando ela aqui chegou, a
Terra já estava povoada desde tempos imemoriais, como a América, quando aí chegaram os
europeus.
Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com efeito,
a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras.
A Gênese no-la mostra, desde os seus primórdios, industriosa, apta às artes e às ciências, sem
haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas, mas
concorda com a opinião de que ela se compunha de Espíritos que já tinham progredido
bastante. Tudo prova que a raça adâmica não é antiga na Terra e nada se opõe a que seja
considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos, o que não
estaria em contradição nem com os fatos geológicos, nem com as observações antropológicas,
antes tenderia a confirmá-las.”
Já no capítulo XII da mesma obra, Kardec nos fala, com grande propriedade, da perda do
paraíso. Inicialmente, transcreve o trecho bíblico correspondente. Vejamos:
“PERDA DO PARAÍSO 60
13. — CAPÍTULO II. — 9. Ora, o Senhor Deus plantara desde o começo um jardim de delícias,
no qual pôs o homem que ele formara. — O Senhor Deus também fizera sair da terra toda
espécie de árvores belas ao olhar e cujo fruto era agradável ao paladar e, no meio do paraíso
61 , a árvore da vida, com a árvore da ciência do bem e do mal. (Ele fez sair, Jeová Eloim, da
terra (min haadama) toda árvore bela de ver-se e boa para comer-se e a árvore da vida
(vehetz hachayim) no meio do jardim e a árvore da ciência do bem e do mal.)
15. O Senhor tomou, pois, do homem e o colocou em o paraíso de delícias, a fim de que o
cultivasse e guardasse. — 16. Deu-lhe também esta ordem e lhe disse: Come de todas as
árvores do paraíso. (Ele ordenou, Jeová Eloim, ao homem (hal haadam) dizendo: De toda
árvore do jardim podes comer.) — 17. Mas, não comas absolutamente o fruto da árvore da
ciência do bem e do mal; porquanto, logo que o comeres, morrerás com toda a certeza. (E da
árvore do bem e do mal (oumehetz hadaat tob vara) não comerás, pois que no dia em que
dela comeres morrerás.)
14. — CAPÍTULO III. — 1. Ora, a serpente era o mais fino de todos os animais que o Senhor
Deus formara na Terra. E ela disse à mulher: Por que vos ordenou Deus que não comêsseis
os frutos de todas as árvores do paraíso? (E a serpente (nâhâsch) era mais astuta do que
todos os animais terrestres que Jeová Eloim havia feito; ela disse à mulher (el haïscha): Terá
dito Eloim: Não comereis de nenhuma árvore do jardim?) — 2. A mulher respondeu:
Comemos dos frutos de todas as árvores que estão no paraíso. (Disse ela, a mulher, à
serpente, do fruto (miperi) das árvores do jardim podemos comer.) — 3. Mas, quanto ao
fruto da árvore que está no meio do paraíso, Deus nos ordenou que não comêssemos dele e
que não lhe tocássemos, para que não corramos o perigo de morrer. — 4. A serpente
replicou à mulher: Certamente não morrereis. — Mas, é que Deus sabe que, assim
houverdes comido desse fruto, vossos olhos se abrirão e sereis como deuses, conhecendo
o bem e o mal. 6. A mulher considerou então que o fruto daquela árvore era bom de comer;
que era belo e agradável à vista. E, tomando dele, o comeu e o deu a seu marido, que
também comeu. (Ela viu, a mulher, que ela era boa, a árvore como alimento, e que era
desejável a árvore para compreender (léaskil), e tomou de seu fruto, etc.) 8. E como
ouvissem a voz do Senhor Deus, que passeava à tarde pelo jardim, quando sopra um vento
brando, eles se retiraram para o meio das árvores do paraíso, a fim de se ocultarem de
diante da sua face.9. Então o Senhor Deus chamou Adão e lhe disse: Onde estás? — 10.Adão
lhe respondeu: Ouvi a tua voz no paraíso e tive medo, porque estava nu, essa a razão por
que me escondi. — 11. O Senhor lhe retrucou: E como soubeste que estavas nu, senão
porque comeste o fruto da árvore da qual eu vos proibi que comêsseis? — 12. Adão lhe
respondeu: A mulher que me deste por companheira me apresentou o fruto dessa árvore e
eu dele comi. — 13. O Senhor Deus disse à mulher: Por que fizeste isso? Ela respondeu: A
serpente me enganou e eu comi desse fruto.
14. Então, o Senhor Deus disse à serpente: Por teres feito isso, serás maldita entre todos os
animais e todas as bestas da terra; rojar-te-ás sobre o ventre e comerás a terra por todos os
dias de tua vida. — 15. Porei uma inimizade entre ti e a mulher, entre a sua raça e a tua. Ela
te esmagará a cabeça e tu tentarás morder-lhe o calcanhar.
16. Deus disse também à mulher: Afligir-te-ei com muitos males durante a tua gravidez;
parirás com dor; estarás sob a dominação de teu marido e ele te dominará.
17. Disse em seguida a Adão: Por haveres escutado a voz de tua mulher e haveres comido do
fruto da árvore de que te proibi que comesses, a terra te será maldita por causa do que
fizeste e só com muito trabalho tirarás dela com que te alimentes, durante toda a tua vida.
— 18. Ela te produzirá espinhos e sarças e te alimentarás com a erva da terra. — 19. E
comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra donde foste tirado, porque
és pó e em pó te tornarás.
20. E Adão deu à sua mulher o nome de Eva, que significa a vida, porque ela era a mãe de
todos os viventes.
21. O Senhor Deus também fez para Adão e sua mulher vestiduras de peles com que os
cobriu. — 22. E disse: Eis aí Adão feito um de nós, sabendo o bem e o mal. Impeçamos, pois,
agora, que ele deite a mão à árvore da vida, que também tome do seu fruto e que, comendo
desse fruto, viva eternamente. (Ele disse, Jeová Eloim: Eis aí, o homem foi como um de nós
para o conhecimento do bem e do mal; agora ele pode estender a mão e tomar da árvore da
vida (veata pen ischlachyado
23. O Senhor Deus o fez sair do jardim de delícias, a fim de que fosse trabalhar no cultivo da
terra donde ele fora tirado. — 24. E, tendo-o expulsado, colocou querubins 62 diante do
jardim de delícias, os quais faziam luzir uma espada de fogo, para guardarem o caminho que
levava à árvore da vida.
15. Sob uma imagem pueril e às vezes ridícula, se nos ativermos à forma, a alegoria oculta
freqüentemente as maiores verdades. Haverá fábula mais absurda, à primeira vista, do que a
de Saturno, o deus que devorava pedras, tomando-as por seus filhos?
Todavia, que de mais profundamente filosófico e verdadeiro do que essa figura, se lhe
procuramos o sentido moral! Saturno é a personificação do tempo; sendo todas as coisas obra
do tempo, ele é o pai de tudo o que existe; mas, também, tudo se destrói com o tempo.
Saturno a devorar pedras é o símbolo da destruição, pelo tempo, dos mais duros corpos, seus
filhos, visto que se formaram com o tempo. E quem, segundo essa mesma alegoria, escapa a
semelhante destruição? Somente Júpiter, símbolo da inteligência superior, do princípio
espiritual, que é indestrutível.
É mesmo tão natural essa imagem, que, na linguagem moderna, sem alusão à Fábula antiga, se
diz, de uma coisa que afinal se deteriorou, ter sido devorada pelo tempo, carcomida,
devastada pelo tempo.
Toda a mitologia pagã, aliás, nada mais é, em realidade, do que um vasto quadro alegórico das
diversas faces, boas e más, da Humanidade. Para quem lhe busca o espírito, é um curso
completo da mais alta filosofia, como acontece com as modernas fábulas. O absurdo estava
em tomarem a forma pelo fundo.
16. Outro tanto se dá com a Gênese, onde se tem que perceber grandes verdades morais
debaixo das figuras materiais que, tomadas ao pé da letra, seriam tão absurdas como se, em
nossas fábulas, tomássemos em sentido literal as cenas e os diálogos atribuídos aos animais.
A árvore, como árvore de vida, é o emblema da vida espiritual; como árvore da Ciência, é o da
consciência, que o homem adquire, do bem e do mal, pelo desenvolvimento da sua
inteligência e do livre-arbítrio, em virtude do qual ele escolhe entre um e outro. Assinala o
ponto em que a alma do homem, deixando de ser guiada unicamente pelos instintos, toma
posse da sua liberdade e incorre na responsabilidade dos seus atos.
O fruto da árvore simboliza o objeto dos desejos materiais do homem; é a alegoria da cobiça e
da concupiscência; concretiza, numa figura única, os motivos de arrastamento ao mal. O
comer é sucumbir à tentação. A árvore se ergue no meio do jardim de delícias, para mostrar
que a sedução está no seio mesmo dos prazeres e para lembrar que, se dá preponderância aos
gozos materiais, o homem se prende à Terra e se afasta do seu destino espiritual 64 .
A morte de que ele é ameaçado, caso infrinja a proibição que se lhe faz, é um aviso das
conseqüências inevitáveis, físicas e morais, decorrentes da violação das leis divinas que Deus
lhe gravou na consciência. É por demais evidente que aqui não se trata da morte corporal, pois
que, depois de cometida a falta, Adão ainda viveu longo tempo, mas, sim, da morte espiritual,
ou, por outras palavras, da perda dos bens que resultam do adiantamento moral, perda
figurada pela sua expulsão do jardim de delícias.
17. A serpente está longe hoje de ser tida como tipo da astúcia. Ela, pois, entra aqui mais pela
sua forma do que pelo seu caráter, como alusão à perfídia dos maus conselhos, que se
insinuam como a serpente e da qual, por essa razão, o homem, muitas vezes, não desconfia.
Ao demais, se a serpente, por haver enganado a mulher, é que foi condenada a andar de rojo
sobre o ventre, dever-se-á deduzir que antes esse animal tinha pernas; mas, neste caso, não
era serpente. Por que, então, se há de impor à fé ingênua e crédula das crianças, como
verdades, tão evidentes alegorias, com o que, falseando-se-lhes o juízo, se faz que mais tarde
venham a considerar a Bíblia um tecido de fábulas absurdas?
Deve-se, além disso, notar que o termo hebreu nâhâsch, traduzido por serpente, vem da raiz
nâhâsch, que significa: fazer encantamentos, adivinhar as coisas ocultas, podendo, pois,
significar: encantador, adivinho. Com esta acepção, ele é encontrado na própria Gênese, 44:5
e 15, a propósito da taça que José mandou esconder no saco de Benjamim: “A taça que
roubaste é a em que meu Senhor bebe e de que se serve para adivinhar (nâhâsch) 65 . —
Ignoras que não há quem me iguale na ciência de adivinhar (nâhâsch)?” — No livro Números,
23:23: “Não há encantamentos (nâhâsch) em Jacob, nem adivinhos em Israel.” Daí o haver a
palavra nâhâsch tomado também a significação de serpente, réptil que os encantadores
tinham a pretensão de encantar, ou de que se serviam em seus encantamentos.
A palavra nâhâsch só foi traduzida por serpente na versão dos Setenta — os quais, segundo
Hutcheson, corromperam o texto hebreu em muitos lugares — versão essa escrita em grego
no segundo século da era cristã. As suas inexatidões resultaram, sem dúvida, das modificações
que a língua hebraica sofrera no intervalo transcorrido, porquanto o hebreu do tempo de
Moisés era uma língua morta, que diferia do hebreu vulgar, tanto quanto o grego antigo e o
árabe literário diferem do grego e do árabe modernos 66 .
É, pois, provável que Moisés tenha apresentado como sedutor da mulher o desejo de conhecer
as coisas ocultas, suscitado pelo Espírito de adivinhação, o que concorda com o sentido
primitivo da palavra nâhâsch, adivinhar, e, por outro lado, com estas palavras: “Deus sabe que,
logo que houverdes comido desse fruto, vossos olhos se abrirão e sereis como deuses. — Ela, a
mulher, viu que era cobiçável a árvore para compreender (léaskil) e tomou do seu fruto.” Não
se deve esquecer que Moisés queria proscrever de entre os hebreus a arte da adivinhação
praticada pelos egípcios, como o prova o haver proibido que aqueles interrogassem os mortos
e o Espírito Piton. (O Céu e o Inferno segundo o Espiritismo, cap. XII.)
18. A passagem que diz: “O Senhor passeava pelo jardim à tarde, quando se levanta vento
brando”, é uma imagem ingênua e um tanto pueril, que a crítica não deixou de assinalar; mas,
nada tem que surpreenda, se nos reportamos à idéia que os hebreus dos tempos primitivos
faziam de Deus. Para aquelas inteligências frustas, incapazes de conceber abstrações, Deus
havia de ter uma forma concreta e eles tudo referiam à Humanidade, como único ponto que
conheciam. Moisés, por isso, lhes falava como a crianças, por meio de imagens sensíveis. No
caso de que se trata, tem-se personificada a Potência soberana, como os pagãos
personificavam, em figuras alegóricas, as virtudes, os vícios e as idéias abstratas. Mais tarde, os
homens despojaram da forma a idéia, do mesmo modo que a criança, tornada adulta, procura
o sentido moral dos contos com que a acalentaram. Deve-se, portanto, considerar essa
passagem como uma alegoria, figurando a Divindade a vigiar em pessoa os objetos da sua
criação. O grande rabino Wogue a traduziu assim: “Eles ouviram a voz do Eterno Deus,
percorrendo o jardim, do lado donde vem o dia.”
19. Se a falta de Adão consistiu literalmente em ter comido um fruto, ela não poderia,
incontestavelmente, pela sua natureza quase pueril, justificar o rigor com que foi punida. Não
se poderia tampouco admitir, racionalmente, que o fato seja qual geralmente o supõem; se o
fosse, teríamos Deus, considerando-o irremissível crime, a condenar a sua própria obra, pois
que ele criara o homem para a propagação. Se Adão houvesse entendido assim a proibição de
tocar no fruto da árvore e com ela se houvesse conformado escrupulosamente, onde estaria
a Humanidade e que teria sido feito dos desígnios do Criador?
Deus não criara Adão e Eva para ficarem sós na Terra; a prova disso está nas próprias palavras
que lhes dirige logo depois de os ter formado, quando eles ainda estavam no paraíso terrestre:
“Deus os abençoou e lhes disse: Crescei e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a ao vosso
domínio.” (Gênese,1:28.)
Uma vez que a multiplicação era lei já no paraíso terrenal, a expulsão deles dali não pode ter
tido como causa o fato suposto.
O que deu crédito a essa suposição foi o sentimento de vergonha que Adão e Eva
manifestaram ante o olhar de Deus e que os levou a se ocultarem. Mas, essa própria vergonha
é uma figura por comparação: simboliza a confusão que todo culpado experimenta em
presença de quem foi por ele ofendido.
20. Qual, então, em definitiva, a falta tão grande que mereceu acarretar a reprovação
perpétua de todos os descendentes daquele que a cometeu? Caim, o fratricida, não foi tratado
tão severamente. Nenhum teólogo a pode definir logicamente, porque todos, apegados à
letra, giraram dentro de um círculo vicioso.
Sabemos hoje que essa falta não é um ato isolado, pessoal, de um indivíduo, mas que
compreende, sob um único fato alegórico, o conjunto das prevaricações de que a Humanidade
da Terra, ainda imperfeita, pode tornar-se culpada e que se resumem nisto: infração da lei de
Deus. Eis por que a falta do primeiro homem, simbolizando este a Humanidade, tem por
símbolo um ato de desobediência.
21. Dizendo a Adão que ele tiraria da terra a alimentação com o suor de seu rosto, Deus
simboliza a obrigação do trabalho; mas, por que fez do trabalho uma punição?
Que seria da inteligência do homem, se ele não a desenvolvesse pelo trabalho? Que seria da
Terra, se não fosse fecundada, transformada, saneada pelo trabalho inteligente do homem?
Lá está dito (Gênese, 2:5 e 7): “O Senhor Deus ainda não havia feito chover sobre a Terra e não
havia nela homens que a cultivassem. O Senhor formou então, do limo da terra, o homem.”
Essas palavras, aproximadas destas outras: Enchei a Terra , provam que o homem, desde a sua
origem, estava destinado a ocupar toda a Terra e a cultivá-la, assim como, ao demais, que o
paraíso não era um lugar circunscrito, a um canto do globo. Se a cultura da terra houvesse de
ser uma conseqüência da falta de Adão, seguir-se-ia que, se Adão não tivesse pecado, a Terra
permaneceria inculta e os desígnios de Deus não se teriam cumprido.
Por que disse ele à mulher que, em conseqüência de haver cometido a falta, pariria com dor?
Como pode a dor do parto ser um castigo, quando é um efeito do organismo e quando está
provado, fisiologicamente que é uma necessidade? Como pode ser punição uma coisa que se
produz segundo as leis da Natureza? É o que os teólogos absolutamente ainda não explicaram
e que não poderão explicar, enquanto não abandonarem o ponto de vista em que se
colocaram. Entretanto, podem justificar-se aquelas palavras que parecem tão contraditórias.
22. Notemos, antes de tudo, que se, no momento de serem criados os dois, as almas de Adão
e Eva tivessem vindo do nada, como ainda se ensina, eles haviam de ser bisonhos em todas as
coisas; haviam, pois, de ignorar o que é morrer. Estando sós na Terra, como estavam,
enquanto viveram no paraíso, não tinham assistido à morte de ninguém. Como, então, teriam
podido compreender em que consistia a ameaça de morte que Deus lhes fazia? Como teria Eva
podido compreender que parir com dor seria uma punição, visto que, tendo acabado de
nascer para a vida, ela jamais tivera filhos e era a única mulher existente no mundo?
Nenhum sentido, portanto, deviam ter, para Adão e Eva, as palavras de Deus. Mal surgidos do
nada, eles não podiam saber como nem por que haviam surgido dali; não podiam
compreender nem o Criador nem o motivo da proibição que lhes era feita. Sem nenhuma
experiência das condições da vida, pecaram como crianças que agem sem discernimento, o
que ainda mais incompreensível torna a terrível responsabilidade que Deus fez pesar sobre
eles e sobre a Humanidade inteira.
23. Entretanto, o que constitui para a Teologia um beco sem saída, o Espiritismo o explica sem
dificuldade e de maneira racional, pela anterioridade da alma e pela pluralidade das
existências, lei sem a qual tudo é mistério e anomalia na vida do homem. Com efeito,
admitamos que Adão e Eva já tivessem vivido e tudo logo se justifica: Deus não lhes fala como
a crianças, mas como a seres em estado de o compreenderem e que o compreendem, prova
evidente de que ambos trazem aquisições anteriormente realizadas. Admitamos, ao demais,
que hajam vivido em um mundo mais adiantado e menos material do que o nosso, onde o
trabalho do Espírito substituía o do corpo; que, por se haverem rebelado contra a lei de Deus,
figurada na desobediência, tenham sido afastados de lá e exilados, por punição, para a Terra,
onde o homem, pela natureza do globo, é constrangido a um trabalho corporal e
reconheceremos que a Deus assistia razão para lhes dizer: “No mundo onde, daqui em diante,
ides viver, cultivareis a terra e dela tirareis o alimento, com o suor da vossa fronte”; e, à
mulher: “Parirás com dor,” porque tal é a condição desse mundo. (Cap. XI, nos 31 e seguintes.)
O paraíso terrestre, cujos vestígios têm sido inutilmente procurados na Terra, era, por
conseguinte, a figura do mundo ditoso, onde vivera Adão, ou, antes, a raça dos Espíritos que
ele personifica. A expulsa do paraíso marca o momento em que esses Espíritos vieram
encarnar entre os habitantes do mundo terráqueo e a mudança de situação foi a conseqüência
da expulsão. O anjo que, empunhando uma espada flamejante, veda a entrada do paraíso
simboliza a impossibilidade em que se acham os Espíritos dos mundos inferiores, de penetrar
nos mundos superiores, antes que o mereçam pela sua depuração. (Veja-se, adiante, o cap.
XIV, nos 8 e seguintes.)
— O Senhor lhe respondeu: “Não, isto não se dará, porquanto severamente punido será
quem matar Caim.” E o Senhor pôs um sinal sobre Caim, a fim de que não o matassem os
que viessem a encontrá-lo.
Tendo-se retirado de diante do Senhor, Caim ficou vagabundo pela Terra e habitou a região
oriental do Éden. — Havendo conhecido sua mulher, ela concebeu e pariu Henoch. Ele
construiu (vaïehi bôné; literalmente: estava construindo) uma cidade a que chamou Henoch
(Enoquia) do nome de seu
Quando, pois, Caim foi estabelecer-se a leste do Éden, somente havia na Terra três pessoas:
seu pai e sua mãe, e ele, sozinho, de seu lado. Entretanto, Caim teve mulher e um filho. Que
mulher podia ser essa e onde pudera ele desposá-la?
O texto hebreu diz: Ele estava construindo uma cidade e não: ele construiu, o que indica ação
presente e não ulterior. Mas, uma cidade pressupõe a existência de habitantes, visto não ser
de presumir que Caim a fizesse para si, sua mulher e seu filho, nem que a pudesse edificar
sozinho.
Dessa própria narrativa, portanto, se tem de inferir que a região era povoada. Ora, não podia
sê-lo pelos descendentes de Adão, que então se reduziam a um só: Caim.
Aliás, a presença de outros habitantes ressalta igualmente destas palavras de Caim: “Serei
fugitivo e vagabundo e quem quer que me encontre matar-me-á”, e da resposta que Deus lhe
deu. Quem poderia ele temer que o matasse e que utilidade teria o sinal que Deus lhe pôs para
preservá-lo de ser morto, uma vez que ele a ninguém iria encontrar? Ora, se havia na Terra
outros homens afora a família de Adão, é que esses homens aí estavam antes dele, donde se
deduz esta conseqüência, tirada do texto mesmo da Gênese: Adão não é nem o primeiro, nem
o único pai do gênero humano. (Cap. XI, nº 34.) 67
26. Eram necessários os conhecimentos que o Espiritismo ministrou acerca das relações do
princípio espiritual com o princípio material, acerca da natureza da alma, da sua criação em
estado de simplicidade e de ignorância, da sua união com o corpo, da sua indefinida marcha
progressiva através de sucessivas existências e através dos mundos, que são outros tantos
degraus da senda do aperfeiçoamento, acerca da sua gradual libertação da influência da
matéria, mediante o uso do livre-arbítrio, da causa dos seus pendores bons ou maus e de suas
aptidões, do fenômeno do nascimento e da morte, da situação do Espírito na erraticidade e,
finalmente, do futuro como prêmio de seus esforços por se melhorar e da sua perseverança no
bem, para que se fizesse luz sobre todas as partes da Gênese espiritual.
Graças a essa luz, o homem sabe doravante donde vem, para onde vai, por que está na Terra e
por que sofre. Sabe que tem nas mãos o seu futuro e que a duração do seu cativeiro neste
mundo unicamente dele depende. Despida da alegoria acanhada e mesquinha, a Gênese se lhe
apresenta grande e digna da majestade, da bondade e da justiça do Criador. Considerada
desse ponto de vista, ela confundirá a incredulidade e triunfará.”
61 “Paraíso”, do latim paradisus , derivado do grego: paradeisos , jardim, vergel, lugar plantado de
árvores. O termo hebreu empregado na Gênese é hagan , que tem a mesma significação.
62 Do hebreu cherub , keroub , boi, charab , lavrar; anjos do segundo coro da primeira hierarquia, que
eram representados com quatro asas, quatro faces e pés de boi.
63 Está hoje perfeitamente reconhecido que a palavra hebréia haadam não é um nome próprio, mas
significa: o homem em geral, a Humanidade, o que destrói toda a estrutura levantada sobre a
personalidade de Adão.
64 Em nenhum texto o fruto é especializado na maçã, palavra que só se encontra nas versões infantis. O
termo do texto hebreu é peri, que tem as mesmas acepções que em francês, sem determinação de
espécie e pode ser tomado em sentido material, moral, alegórico, em sentido próprio e figurado. Para
os israelitas, não há interpretação obrigatória; quando uma palavra tem muitas acepções, cada um a
entende como quer, contanto que a interpretação não seja contrária à gramática. O termo peri foi
traduzido em latim por malum, que se aplica tanto à maçã, como a qualquer espécie de frutos. Deriva
do grego melon , particípio do verbo melo , interessar, cuidar, atrair.
65 Deste fato se poderá inferir que os egípcios conheciam a mediunidade pelo copo d’água? (Revue
Spirite , de junho do 1868, pág. 161.)
66 O termo nâhâsch existia na língua egípcia, com a significação de negr o, provavelmente porque os
negros tinham o dom dos encantamentos e da adivinhação. Talvez também por isso é que as esfinges,
de origem assíria, eram representadas por uma figura de negro.
67 Não é nova esta idéia. La Peyrère, sábio teólogo do século dezessete, em seu livro Preadamitas ,
escrito em latim e publicado em 1655, extraiu do texto original da Bíblia, adulterado pelas traduções, a
prova evidente de que a Terra era habitada antes da vinda de Adão e essa opinião é hoje a de muitos
eclesiásticos esclarecidos.”
BIBLIOGRAFIA
Ao descobrir tudo isso, Tertuliano encontrou o caminho para se livrar de todas as suas
aflições. A depressão, o medo do escuro, o pânico, tudo desapareceu. “Hoje eu sou
outra pessoa, de bem com a vida. Sem dúvida isso aconteceu por causa da regressão.
Não é questão de achar, é de sentir", diz o publicitário.
Sentir, mergulhar em uma memória desconhecida sem perder a consciência. Isso seria
mesmo possível? "Não importa o nome que se atribua a esse conteúdo. De fato, ele é
verdadeiro, genuíno para o paciente, porque ele dispara emoções. E o paciente se
liberta de dificuldades a partir do resgate dessas situações", explica o psicólogo Júlio
Peres.”
Há dois anos, ISTOÉ divulgou o primeiro mapeamento de ondas cerebrais feito durante
uma sessão de regressão (ISTOÉ 1594). O estudo do psicólogo Júlio Peres, do Instituto
de Terapia Regressiva Vivencial Peres, de São Paulo, mostrava que a atividade cerebral
é muito lenta, mesmo quando o paciente mostra reações como suor e taquicardia. Na
época, Peres anunciou uma parceria de pesquisa com a Universidade da Pensilvânia,
nos Estados Unidos, para monitorar o fluxo sanguíneo e as estruturas cerebrais
acionadas durante a regressão. Quatro mulheres e dois homens sadios, com idades
entre 28 e 39 anos, se submeteram a uma tomografia com emissão de radiofármaco
(método spect), realizada no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Depois,
seus exames foram analisados pelo médico Andrew Newberg, especialista em estados
modificados de consciência da universidade americana. Finalizados, os estudos
revelaram que as áreas do cérebro mais requisitadas neste processo são as do lobo
médio temporal e as do lobo pré-frontal esquerdo, que respondem pela memória e
pela emoção. É mais um passo na busca de comprovação de que essas experiências
não são fruto da imaginação. “Se o paciente estivesse criando uma história, o lobo
frontal seria acionado e a carga emocional não seria tão intensa”, explica Peres.
“Durante dez dias, dez médiuns brasileiros se colocariam à disposição de uma equipe
de cientistas do Brasil e dos EUA, que usaria as mais modernas técnicas científicas para
investigar a controversa experiência de comunicação com os mortos. Eram médiuns
psicógrafos, pessoas que se identificavam como capazes de receber mensagens
escritas ditadas por espíritos, seres situados além da palpável matéria que a ciência tão
bem reconhece. O cérebro dos médiuns seria vasculhado por equipamentos de alta
tecnologia durante o transe mediúnico e fora dele. Os resultados seriam comparados.
Como jornalista, fui convidada a acompanhar o experimento. Estava ali, cercada de um
grupo de pessoas que acreditam ser capazes de construir pontes com o mundo
invisível. Seriam eles, de fato, capazes de tal engenharia?
Numa sala com aviso de perigo, alta radiação, começaram os exames. Por meio do
método conhecido pela sigla Spect (Single Photon Emission Computed Tomography, ou
Tomografia Computadorizada de Emissão de Fóton Único), mapeou-se a atividade do
cérebro por meio do fluxo sanguíneo de cada um dos médiuns durante o transe da
psicografia. Como tarefa de controle, o mesmo mapeamento foi realizado novamente,
desta vez durante a escrita de um texto original de própria autoria do médium, uma
redação sem transe e sem a “cola espiritual”. Os autores do estudo partiam da
seguinte hipótese: uma vez que tanto a psicografia como as outras escritas dos
médiuns são textos planejados e inteligíveis, as áreas do cérebro associadas à
criatividade e ao planejamento seriam recrutadas igualmente nas duas condições. Mas
não foi o que aconteceu. Quando o mapeamento cerebral das duas atividades foi
comparado, os resultados causaram espanto.”
ENDEREÇO ELETRÔNICO
CONSULTADO:http://www.istoe.com.br/reportagens/26515_DE+VOLTA+AO+PASSAD
Ohttp://grep.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-43-2-
1103,00.htmlhttp://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/11/os-avancos-da-
ciencia-da-alma.html
AS EXPERIÊNCIAS DO CIENTISTA ALFRED RUSSEL WALLACE
Antes de nos ocuparmos das experiências com médiuns do cientista Russel Wallace,
vamos ver sua biografia resumida, extraída do site Núcleo Espírita Verbo de Luz, baseada na
obra “Enciclopédia Mirador Internacional - ABC do Espiritismo” de Victor Ribas Carneiro:
Trabalhou, inicialmente, como topógrafo e arquiteto. Por volta de 1840 começou a interessar-
se por botânica. Em 1848, iniciou viagem pelo Amazonas, ali permanecendo até 1850. A
valiosa coleção acumulada nessa expedição foi consumida pelo fogo na viagem de volta,
embora Wallace tenha conservado as anotações que lhe permitiram escrever um livro sobre a
Amazônia.
Viajou depois extensamente - entre 1854 e 1862 - pelo arquipélago malaio. Depois, fixou-se
em seu país, dedicando-se a pesquisas científicas que divulgou em grande número de livros.
Em 1869, Wallace divulgou o resultado da ampla pesquisa feita no arquipélago malaio, onde
investigou a distribuição geográfica dos animais e assinalou a diferença de exemplares
encontrados nas regiões oriental e austral do arquipélago, por ele separadas através de uma
linha imaginária: a Wallace's line.
A versatilidade de Wallace leva-o ainda a interessar-se por questões tão diferentes quanto a da
nacionalização agrária (que apóia) e a vacinação (que combate).
O trabalho de Wallace sobre a evolução das espécies, escrito em fevereiro de 1858, na Malaia,
tem como ponto de partida o Ensaio sobre a população, de Thomas Robert Malthus. Anos
depois, Wallace se afasta de Darwin, que defende a tese da "seleção sexual", preferindo a da
sobrevivência do mais forte e, em seu espiritualismo, aceita a intervenção de causas não
identificadas na evolução das espécies.
Seus trabalhos sobre a fauna oriental e austral fazem de Wallace um dos fundadores da
geografia animal.
Obras:
O primeiro livro de Wallace foi Narrativa de viagens pelo Amazonas e o Rio Negro (1853).
Nesse, como em O arquipélago malaio, de 1869, o naturalista apresenta os resultados de suas
excursões e estudos nas duas regiões.
Em 1870, divulga seus ensaios sobre o problema da evolução em Contribuições para a teoria
da seleção natural. Seu livro Distribuição geográfica dos animais, de 1876, além de dar-lhe
papel relevante na zoogeografia, torna-o um precursor dos modernos estudos da influência da
divisão de terras emersas e da divisão dos mares sobre a genealogia das espécies.
Em 1882, publica Nacionalização agrária, defendendo a necessidade da propriedade estatal da
terra. Em Quarenta e cinco anos de registro de estatísticas, de 1885, combate a vacinação, que
considera perigosa e inútil.
As críticas de Wallace a Darwin, tanto pela seleção natural como pela seleção sexual, foram
reunidas no livro Darwinismo, de 1889.
Wallace também deixou outras obras: O século maravilhoso, no qual estuda os êxitos e
fracassos do século 19; O lugar do homem no universo; a autobiografia Minha vida, de 1905; O
mundo e a vida, de 1910; e Meio social e progresso moral, de 1912.
Alfred Russel Wallace recebeu, em 1892, a Medalha de Ouro da Sociedade Linneana, prêmio
que se concede, todos os anos, a um botânico ou zoólogo cujo trabalho tenha importância
significativa para o avanço da ciência.”
“Em 1865, investigou os fenômenos das mesas girantes ainda tão em voga na Europa; a
mediunidade de Mr. Marshall, de Mr. Cuppy e outras, estabelecendo, mais tarde, que os
fenômenos espíritas "são inteiramente comprovados tão bem como quaisquer fatos que são
provados em outras ciências".”
No seu livro “On Miracles and Modern Spiritualism”, de 1875, ele escreveu:
“Há alguns anos, eu era um materialista tão convicto que não admitia em absoluto a
existência do Espírito, nem qualquer outro agente no Universo que não fosse a energia e a
matéria. Os fatos, entretanto, são coisas marcantes.
A minha curiosidade foi primeiro aguçada por alguns fenômenos singelos, mas
inexplicáveis, que se produziam em casa de família amiga; o desejo de saber e o amor à
verdade me forçaram a prosseguir na pesquisa deles.”
1º - Uma pequena mesa, sobre a qual as mãos de quatro pessoas foram colocadas (incluindo
as minhas e as da senhora Marshall), subiu verticalmente cerca de 30 centímetros do assoalho
e permaneceu suspensa por cerca de 20 segundos, enquanto meu amigo, que estava
assentado observando, podia ver a parte inferior da mesa com os pés livremente suspensos
acima do assoalho.
3º - Uma cadeira, sobre a qual uma conhecida do senhor R. assentou-se, suspendeu-se com
ela. Depois disto, quando ela voltou para o piano, onde ela esteve tocando, sua cadeira
moveu-se novamente. Depois disto acontecer por três vezes, ela ficou aparentemente fixa
sobre o assoalho e não podia elevar-se. O senhor R. então segurou-a e descobriu que apenas
com grande esforço podia ser retirada do chão. Esta sessão aconteceu em uma hora diurna,
em um dia claro e em um aposento do primeiro andar com duas janelas.
Embora estes poucos fenômenos possam parecer estranhos aos leitores que nunca
viram nada do gênero, afirmo positivamente que são fatos que se deram da forma como eu os
narrei, não havendo lugar para qualquer truque ou ilusão. Em cada caso, antes que
começássemos, eu virava as mesas e cadeiras, e constatava que eram apenas peças comuns de
mobília, que não havia qualquer conexão entre elas e o assoalho, e as colocávamos no lugar
onde desejávamos antes de nos assentarmos. Muitos dos fenômenos ocorreram inteiramente
sob nosso controle, e totalmente desconectados do médium. Eles possuíam tanta realidade
quanto o movimento dos pregos em direção ao magneto, e, pode-se dizer ainda, nada mais
incompreensíveis que eles mesmos.
“Em outra ocasião, acompanhei minha irmã e uma senhora (que não havia estado lá
anteriormente) à residência da senhora Marshall, e tivemos uma ilustração muito curiosa do
absurdo de se imputar o ditado de nomes à hesitação do receptor e à acuidade do médium.
Ela desejava que o nome de um conhecido particular falecido fosse soletrado para ela, e
apontou as letras do alfabeto na forma usual, enquanto eu escrevia o indicado. As primeiras
letras foram YRN. “Oh!”, ela disse, “não faz sentido, devemos começar novamente!” Nem bem
o disse e veio um E, e, achando que sabia do que se tratava, eu disse – “Por favor, continue, eu
entendo.” A totalidade do ditado ficou assim – YRNEHKCOCFFEJ. A senhora não o viu, até que
eu separei assim - YRNEH KCOCFFEJ, ou Henry Jeffcock, o nome do conhecido que ela desejava
soletrado precisamente ao contrário.”
Continuemos agora com o texto da obra “On Miracles and Modern Spiritualism”:
“Os fatos tornaram-se cada vez mais certos, cada vez mais variados, cada vez mais
afastados de tudo quanto a ciência moderna ensina e de todas as especulações da filosofia dos
nossos dias; por fim, os fatos me venceram. Eles me forçaram a aceitá-los como fatos que são,
muito antes que eu pudesse aceitar a explicação espiritual sobre eles – neste tempo, não havia
em meu cérebro um lugar no qual isso pudesse se acomodar -, mas então, pouco a pouco,
devagar, um lugar se fez nele, não por opinião preconcebida ou teórica, mas pela ação
contínua de um fato sobre outro, dos quais ninguém poderia se desembaraçar de maneira
diferente.”
“Naquele dia estavam comigo o pastor Stainton Moses e o conhecido cientista senhor
Wegdwood, cunhado de Charles Darwin, quando celebrei minha primeira sessão com Monck.
Era uma tarde ensolarada de verão e tudo aconteceu em plena luz do dia. Depois de
uma curta conversa, Monck, que estava vestido com seu costumeiro hábito clerical negro,
pareceu cair em transe; ficou então de pé, alguns passos à nossa frente, e, depois de uns
instantes, apontou para o lado e disse: Olhem!
Vimos aí uma tênue mancha em seu casaco, no lado esquerdo. A mancha, aos poucos,
tornou-se mais brilhante; então pareceu ondular e estender-se para cima e para baixo, em
lento movimento de vaivém; até que, gradualmente, tomou a forma de uma coluna de
névoa, que ia do ombro de Monck até os pés, estendendo-se junto ao corpo.
Eu me encontrava a uns dois metros e meio de Monk quando uma forma apareceu. Ele
continuava em estado de transe. Poucos minutos mais tarde, brotou da sua roupa uma leve
fumaça branca, na região do peito; a densidade da fumaça aumentou; as manchas brancas
moveram-se no ar e se expandiram, subindo do solo até a altura de seus ombros. A nuvem
branca foi se separando gradualmente do corpo de Monck, o qual, passando a mão entre seu
corpo e a nuvem branca, disse de novo: Olhem!
Aí a nuvem se afastou uns dois metros, condensou-se aos poucos e plasmou a forma de
uma mulher toda vestida com roupas brancas e flutuantes. Esse processo de formação sólida
da figura amortalhada fora visto por nósem plena luz do dia.
Em seguida Monck levantou o braço e deu uma leve pancada no móvel. A figura fez o
mesmo, ouvindo-se o som de palmas. Finalmente, a forma materializada se aproximou do
médium e começou a dissipar-se. Outra vez voltei a observar o movimento da matéria branca.
E toda ela regressou ao médium, da mesma maneira que brotara.”
Em uma carta de 1893 a Alfred Erny, Wallace narra outra experiência de materialização
testemunhada por ele. Dessa vez, com o médium Eglington, que Wallace descreve como um
moço de fisionomia inglesa inconfundível, de pele clara e quase sempre vestido de terno
escuro. Através da mediunidade de Eglington, materializava-se o Espírito Abdulah, uma
entidade oriental, com cerca de um metro e oitenta de altura, nariz aquilino, olhos negros,
barba comprida e fisicamente parecido com um indiano. Usava um largo turbante na cabeça e
um traje oriental inteiramente branco. Diz Wallace:
“Sei que o Espírito que toma o nome de Abdulah aparece materializado sem que se
possa imaginar que nisso exista fraude. Em certa ocasião, eu o vi em uma casa particular, onde
Eglington realizava uma sessão em presença de vinte pessoas. No canto da sala, onde se
reuniam os assistentes da sessão, suspenderam uma cortina e Eglington sentou-se atrás dela.
Ele não podia se mover dali sem ser visto por todos os assistentes.
Abdulah apareceu. Estava todo trajado de branco, com sandálias e um largo turbante.
Adiantou-se para mim até a distância de uns trinta centímetros e pude examiná-lo, pois
apenas baixáramos a luz.
Logo que Eglington despertou, resolveu-se que tudo no recinto deveria ser examinado,
para sabermos se não teria ali qualquer coisa com que ele pudesse se disfarçar. Essa
desconfiança parece não ter agradado muito o médium, porém ele a aceitou.
Sem dúvida que existem falsos médiuns; mas quem tem a pretensão de desmascarar os
verdadeiros médiuns só consegue uma coisa: provar a sua ignorância.”
É muito interessante notar que Wallace, assim como Allan Kardec, também tenha
observado a concordância das diversas comunicações dos Espíritos e, pelo que se sabe, ele
nunca manteve contato com o Codificador do Espiritismo. São suas as seguintes palavras,
extraídas do seu livro “O Aspecto Científico do Sobrenatural”, no capítulo IX (observe-se a
semelhança com o que ensina a Doutrina Espírita):
“[...] A hipótese do espiritualismo não apenas considera todos os fatos (e é a única que
o faz), mas vai ainda mais longe por sua associação com uma teoria do futuro estado da
existência, que é o único que alguém já deu ao mundo em condições de ser confiado ao
pensamento filosófico moderno. Há uma concordância geral e um tom de harmonia na
quantidade de fatos e comunicações chamadas ‘espirituais’, que têm levado ao crescimento
de uma nova literatura e ao estabelecimento de uma nova religião. As principais doutrinas
desta religião são que, após a morte, o espírito humano sobrevive em um corpo etéreo,
dotado de novas capacidades, mas sendo mental e moralmente o mesmo indivíduo que era
quando vestido de carne; que ele inicia, a partir de certo momento, um curso de progressão
aparentemente sem fim cuja velocidade está na medida que as suas faculdades mentais e
morais são exercitadas e cultivadas enquanto se acha na Terra; que sua alegria ou sua miséria
relativas irão depender inteiramente dele mesmo. Apenas na medida que suas faculdades
humanas superiores fizeram parte de seus prazeres aqui, ele irá encontrar-se contente e feliz
em um estado de existência no qual eles terão o mais completo exercício. Aquele que
dependeu mais do corpo que da mente para os seus prazeres irá, quando aquele corpo não
existir mais, sentir um desejo angustiante, e necessitará desenvolver vagarosa e
dolorosamente sua natureza intelectual e moral até que este exercício se torne fácil e
prazeroso. Nem punições nem recompensas são distribuídas por um poder externo, mas a
condição de cada um é a sequência natural e inevitável de sua condição aqui. Ele começa
novamente do nível do desenvolvimento moral e intelectual que atingiu quando estava na
Terra. ”
E, em outro trecho do mesmo capítulo, ele cita, como Kardec também o fez nas obras
da Codificação Espírita, a grande diferença entre o conteúdo das comunicações e a cultura dos
médiuns:
Isto é bem mostrado por suas afirmações opostas à condição da humanidade após a
morte. Nos relatos de um estado futuro, obtidos junto aos melhores médiuns, e nas visões das
pessoas mortas obtidas por clarividentes, os Espíritos são uniformemente apresentados sob a
forma de seres humanos e suas ocupações são análogas às da Terra. Mas na maioria das
descrições religiosas do céu eles são representados como seres alados, como descansando
cercados por nuvens, e suas ocupações são tocar harpas douradas ou cantar, rezar e adorar
perpetuamente diante do trono de Deus. Como é que estas visões e comunicações não são
senão uma remodelagem de idéias preexistentes ou preconcebidas por uma imaginação
doentia, se as noções populares nunca são reproduzidas? Como é que, se os médiuns, sejam
homens, mulheres ou crianças, sejam ignorantes ou instruídos, sejam ingleses, alemães ou
americanos, fazem uma única e consistente representação destes seres sobre-humanos, em
discordância com a sua noção popular, mas notavelmente de acordo com a moderna doutrina
científica da ‘continuidade?’ eu proponho que este pequeno fato é em si um argumento
fortemente corroborador de que há alguma verdade objetiva nestas comunicações.”
No seu livro “The World of Life”, Wallace escreveu: “Deve existir um mundo invisível
do Espírito, que faz com que ocorram mudanças no mundo da matéria; e a evolução deste
planeta deve receber orientações e ajuda de fora, de inteligências superiores e invisíveis, às
quais o homem é suscetível como ser espiritual. Além disso, essas inteligências, muito
provavelmente, existem em séries graduadas de evolução acima de nós.
Parece apenas lógico concluir que o infinito seja, até certo ponto, povoado por uma série
infinita de seres em diversos graus, cada grau sucessivo com poderes mais e mais superiores
quanto à organização, ao desenvolvimento e ao controle do Universo”.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
CAMPOS, Pedro de. UFO – Fenômeno de contato: uma visão espírita da Ufologia. São Paulo:
Lúmen. [2005].
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Alfred%20Russel%20Wallace
AS IMPRESSIONANTES EXPERIÊNCIAS DO CIENTISTA
WILLIAM CROOKES COM MÉDIUNS
Antes de tratarmos das experiências com médiuns realizadas pelo cientista inglês Sir
William Crookes, vamos conhecê-lo, através dos seus dados biográficos contidos na
obra “Experimentações Mediúnicas: A propósito das pesquisas psíquicas de William
Crookes”, do autor Lamartine Palhano Júnior, editora CELD:
Em virtude dos seus feitos científicos, recebeu muitos prêmios como a Medalha de Ouro
da Sociedade Real, em 1875; a Medalha Davy, em 1888 e a Medalha de “Sir” J.Coprey, em
1904. Esse último galardão foi pelas suas relevantes contribuições no campo da Física e da
Química.
“Não é difícil encontrar dados sobre a vida de William Crookes, as mais completas
enciclopédias trazem sua biografia e, mais recentemente, a T. Fisher Unwin LTD (Londres)
lançou o livro de Fournier: “The Life of Sir William Crookes”. Como homem de ciência publicou
várias obras: em 1870 saiu “Métodos Escolhidos de Análise Química”; em 1880, “Fabricação do
Açúcar de Beterraba na Inglaterra”; em 1881, “Manual de Tintura e Impressão de Tecidos”, em
1883, “Manual de Tecnologia: Solução da Questões dos Enxurros”; em 1885, “Maneira de
Estabelecer um Sistema de Canalização Vantajosa”.
Vejamos o que disse o ilustre discípulo de Louis Pasteur, O Dr.Paul Gibier, em seu
livro “O Espiritismo (Faquirismo Ocidental)”, pela editora FEB:
Acrescentamos que ele, além disso, se ocupou de medicina e de higiene, do que dão
testemunho os seus trabalhos sobre a peste bovina, etc. Mas, duas descobertas têm sobretudo
classificado Crookes entre os mestres da ciência moderna: o ilustre sábio era já distinto pela
sua descoberta de um processo de amalgamação com o auxílio do sódio,
processo que é empregado hoje na Austrália, na Califórnia e na América do Sul pela indústria
metalúrgica do ouro, quando fez conhecer um novo corpo simples metálico: o Tálio. Aprecia-se
o valor de semelhante descoberta. Quando se sabe que o número de corpos simples
conhecidos na série dos metais se elevava à cerca de cinqüenta. Ele foi conduzido a essa
preciosa descoberta pelos seus trabalhos sobre a análise espectral.
A matéria aparece aos nossos sentidos sob três estados bem diferentes: sólido, líquido
e gasoso. Existe, provavelmente, uma infinidade de estados da matéria, mas não conhecemos
senão três.
Por uma série de experiências, feitas com rara exatidão, o demonstraram os estados
entrevistam por Faraday, denominando-a matéria radiante.
Não queremos fazer o histórico dessas experiências tão importantes sob o ponto de
vista filosófico da Química, da Física e do estudo da matéria em geral: em resumo resulta disso
que a matéria, em sua essência, deve ser una e que os corpos variados que caem sob os nossos
sentidos imperfeitos não são senão um agrupamento, uma estrutura molecular especial da
matéria, segundo a opinião do celebre químico Boutlerow, de S. Petersburgo, que, dizemo-lo
incidentemente, confirmou o que pôde verificar das experiências do Crookes sobre a força
psíquica. Crookes repetiu as suas experiências sobre a matéria radiante em 1879 (setembro),
no Congresso da Associação Britânica para o adiantamento das ciências, e em 1880, na Escola
de Medicina de Paris e no observatório, a convite do Professor Würtz e do Almirante Mouchez.
De todas as pessoas dotadas do poder de desenvolver essa "força psíquica", e que são
chamados ‘médiuns’ (entre outras teorias sobra a sua origem), o Sr. Daniel Dunglas Home é,
sem dúvida, a mais extraordinária. E é principalmente devido às muitas ocasiões em que
estive, para fazer pesquisas, em sua presença que tenho sido levado a poder afirmar de
maneira tão veemente a existência dessa "força". Muitas foram as tentativas que fiz; mas
devido ao conhecimento imperfeito das condições que favorecem ou contrariam as
manifestações da "força", da maneira caprichosa, aparentemente, como ela se manifesta, e
pelo fato de que o Sr. Home está sujeito à inexplicáveis fluxos e refluxos dessa "força", é que
raramente os resultados obtidos puderam ser confirmados e controlados com aparelhos
construídos para esse fim em especial.
Minhas experiências foram feitas em minha própria casa, à noite, num amplo espaço
iluminado à luz de gás. Os aparelhos preparados com a finalidade de constatar os movimentos
do acordeão consistiam em uma gaiola, formada por dois arcos de madeira, respectivamente
de diâmetro de um pé e dez polegadas (55,86 cm) e de dois pés (60, 96 cm), reunidos por doze
ripas estreitadas, cada uma de um pé e dez polegadas de comprimento, de modo a formar a
estrutura de uma espécie de tambor aberto em cima e em baixo. Ao redor, 50 metros e fios de
cobre, isolados, que foram enrolados em 24 voltas; cada uma dessas voltas encontrando-se a
menos de uma polegada de distância uma da outra.
Esses fios de metal, horizontais, foram então solidamente reatados junto com cordas,
de modo a formar malhas fechadas. A altura desta gaiola era tal que ela podia passar sob a
mesa de minha sala de jantar, mas ela estava muito próxima, pela altura, para permitir a uma
mão introduzir-se no seu interior ou a um pé passar por baixo. Em um quarto vizinho, eu havia
colocado duas pilhas de Grove, de onde partiam filhos elétricos que conduziam à sala de
jantar, para estabelecer a comunicação, se houvesse necessidade, com aqueles que estavam
próximos da gaiola.”Vejam as figuras abaixo, extraídas do livro de Palhano Júnior:
“O acordeão era novo, eu o havia comprado para essas experiências, em um bazar. O
Sr. Home não havia visto ou tocado o instrumento antes do começo de nossos trabalhos [...].
[...] Depois de abrir, com minhas mãos, a chave da parte baixa do instrumento, retirou-
se de sob a mesa, a gaiola, o quanto bastou para ser nela introduzida o acordeão com as
chaves voltadas para baixo. A gaiola foi depois empurrada para debaixo da mesa, tanto quanto
permitiu o braço do Sr. Home, mas sem lhe ocultar a mão aos que estavam perto dele. Os que
estavam de cada lado viram o acordeão balançando-se de maneira curiosa; depois
desprenderam-se dele alguns sons, e, finalmente, muitas notas foram tocadas sucessivamente;
meu ajudante agachou-se sob a mesa, disse-nos que o acordeão alongava-se e encolhia-se; ao
mesmo tempo podia ser observado que a mão com a qual o Sr. Home segurava o acordeão
estava completamente imóvel e que a outra repousava sobre a mesa. Depois, os que estavam
dos dois lados do Sr. Home, viram o acordeão mover-se, oscilar, voltear em torno da gaiola e
tocar ao mesmo tempo. Então, o Dr. William Huggins olhou para baixo da mesa e disse que a
mão do Sr. Home parecia completamente imóvel enquanto o acordeão movia-se, produzindo
sons distintos.
O Sr. Home manteve ainda o acordeão na gaiola pelo modo mais ordinário, isto é, com
o lado das chaves voltado para baixo; os seus pés estavam seguros pelas pessoas sentadas ao
lado dele, a outra mão repousava sobre a mesa e, ainda assim, ouvimos notas distintas e
separadas, ressoando sucessivamente, e depois uma ária simples foi tocada. Como tal
resultado só podia ser produzido pelas diferentes chaves do instrumento postas em ação de
maneira harmoniosa, todos os presentes consideraram-no decisivo. Mas o que se seguiu foi
ainda mais surpreendente; o Sr. Home afastou a mão do acordeão, retirou-a completamente
da gaiola e segurou a mão da pessoa que estava perto dele. Então, o instrumento continuou a
tocar, sem contato algum e sem mão alguma perto dele.
Eu quis depois experimentar que efeito produziríamos ao passar uma corrente elétrica
em torno do fio isolado da gaiola. Para esse fim, meu ajudante estabeleceu a comunicação
com fios que partiam das pilhas de Grove. De novo o Sr. Home segurou o instrumento dentro
da gaiola, do mesmo modo como já foi descrito anteriormente, e imediatamente ele ressoou,
agitando-se de um a outro lado com vigor. Mas não me julgo autorizado a dizer se a corrente
elétrica, passando em torno da gaiola, veio em auxílio da força que se manifestava no interior.
O acordeão ficou então sem nenhum contato visível com a mão do Sr. Home. Ele
retirou-a completamente do instrumento e colocou-a sobre a mesa, onde foi segura pela mão
da pessoa que se achava perto dele; todos os presentes viram bem que as suas mãos estavam
ali. Dois dos assistentes e eu percebemos, distintamente, o acordeão flutuando no interior da
gaiola, sem nenhum suporte visível. Após curto intervalo, esse fato repetiu-se uma segunda
vez.
Então, Home tornou a pôr a mão na gaiola e tomou de novo o acordeão que começou
a tocar, a princípio acordes e arpejos e depois uma doce e melancólica melodia, muito
conhecida, que foi executada de modo perfeito e belíssimo. Enquanto essa ária era tocada,
peguei no braço do Sr. Home, acima do cotovelo e fiz correr levemente a minha mão, até que
ela tocasse a parte superior do acordeão. Não se movia nenhum músculo. A outra mão do Sr.
Home estava sobre a mesa, visível a todos os presentes, e seus pés conservavam-se sob os pés
dos que estavam a seu lado.
Extraio o texto a abaixo do livro “Fatos Espíritas”, editora FEB, onde constam as
experiências de Sir William Crookes durante os anos de 1970-73, publicadas no “Quartely
Journal of Science”, de 1874.
“Os casos mais notáveis de elevação de que fui testemunha realizaram-se com o
Senhor Home.
Em três ocasiões diferentes, vi-o elevar-se completamente acima do soalho da sala.
A primeira vez, estava ele sentado em um canapé; a segunda, de joelhos sobre uma
cadeira, e a terceira, de pé.
De cada vez, tive toda a liberdade possível para observar o fato, no momento em que
ele se produzia.
Há, pelo menos, cem casos bem verificados de elevação do Senhor Home, produzidos
em presença de muitas pessoas diferentes; e ouvi mesmo da boca de três testemunhas: o
conde de Dunraven, lord Lindsay e o capitão C. Wynne, a narração dos casos mais notáveis
desses gêneros, acompanhados dos menores incidentes.
“Pequena mão de muito bela forma elevou-se de uma mesa da sala de jantar e deu-me
uma flor; apareceu e depois desapareceu três vezes, o que me convenceu de que essa
aparição era tão real quanto a minha própria mão.
Isto se passou à luz, em minha própria sala, estando os pés e as mãos do médium
seguros por mim, durante esses tempo.
Em outra ocasião, uma pequena mão e um pequeno braço, iguais aos de uma criança,
apareceram agitando-se sobre uma senhora que estava sentada perto de mim.
Depois, a aparição veio a mim, bateu-me no braço, e puxou várias vêzes o meu paletó.
Outra vez, um indicador e um polegar foram vistos arrancando as pétalas de uma flor
que estava na botoeira do Senhor Home, e depositou-as diante de várias pessoas, sentadas
perto dele.
Todos os que se achavam presentes não a percebiam igualmente bem. Por exemplo, quando
se vê mover uma flor ou qualquer outro pequeno objeto, um dos assistentes notará um vapor
luminoso pairar em cima; um outro descobrirá uma mão de aparência nebulosa, enquanto
outro apenas verão a flor em movimento.
Vi mais de uma vez, primeiro, um objeto mover-se, depois uma nuvem luminosa que
parecia formar-se ao redor dele, e, enfim, a nuvem condensar-se, tomar forma e transformar-
se em mão, perfeitamente acabada. Nesse momento, todas as pessoas presentes podiam ver
essa mão. Nem sempre ela é uma simples forma, pois algumas vêzes parece perfeitamente
animada e graciosa: os dedos movem-se e a carne parece ser tão humana quanto à de
qualquer das pessoas presentes.
“Ao cair do dia, durante uma sessão do Senhor Home, em minha casa, vi agitarem-se
as cortinas de uma janela que estava cerca de oito pés de distância do Senhor Home.
Uma forma sombria, obscura, meio transparente, semelhante a uma forma humana, foi vista
por todos os assistentes, em pé, perto da janela da sacada, e essa forma agitava a cortina com
a mão. Enquanto a olhávamos, desapareceu, e as cortinas deixaram de se mover.
O caso que se segue é ainda mais surpreendente. Como no caso anterior, o Senhor
Home era o médium. Uma forma de fantasma avançou de um canto da sala, foi tomar uma
harmônica, e em seguida deslizou ligeira pela sala, tocando esses instrumento.
Essa forma foi visível, durante vários minutos, por todas as pessoas presentes, ao
mesmo tempo em que se via também o Senhor Home. O fantasma aproximou-se de uma
senhora que estava sentada a certa distancia dos demais assistentes, e, a um pequeno grito
dessa senhora, desapareceu.”
A própria médium Florence Cook foi ao encontro de Crookes para ser testada.
Conforme suas próprias palavras:
“[…] O Sr. Crookes fez um comentário que me atormentou e foi por isso que me decidi
a ir procurá-lo. Ele recebeu-me e eu lhe disse:
"Já que acreditais que sou uma impostora, se quiserdes virei submeter-me a
experimentos em vossa própria residência. Vossa esposa poderá vestir-me como quiserdes e
deixarei convosco o que tiver trazido. Podereis vigiar-me como vos aprouver; submeter-me-ei
aos experimentos que desejardes, de modo que vos contenteis em todos os sentidos. Só
imponho uma condição: se verificardes que sou agente de uma mistificação, denunciai-me
publicamente, mas, se vos certificardes de que os fenômenos são reais e de que eu mais não
sou que um instrumento de forças invisíveis, isso direis ao público de modo que todo o mundo
tome conhecimento da verdade".
Devemos observar que a médium Florence Cook "foi a primeira médium entre os
ingleses a obter materializações ou corporificações integrais em plena luz”.
Vejamos o relato de Crookes sobre algumas das aparições do espírito Katie King:
"A sessão foi realizada na casa do Sr. Luxmore, e o ‘gabinete’ era uma sala separada da
outra, onde estavam os assistentes, dividida por uma cortina. Efetuada a inspeção da sala e
feito o exame de fechaduras, a Srta. Cook entrou no gabinete.
Depois de algum tempo, a forma de Katie apareceu ao lado da cortina, mas depressa
se retirou, dizendo que a sua médium não estava boa e não podia ser levada a um sono
suficientemente profundo para que não houvesse perigo em afastar-se dela. Achava-me
colocado a alguns pés da cortina, atrás da qual a Srta. Cook estava sentada, tocando-a quase, e
eu podia ouvir-lhe frequentemente as queixas e soluços, como se ela estivesse sofrendo. Esta
indisposição continuou, por intervalos, durante quase todo o tempo da sessão, e uma vez,
enquanto a forma de Katie estava diante de mim, na sala, ouvi distintamente o som de um
gemido, idêntico aos que a Srta. Cook tinha feito ouvir, por intervalos, em todo o tempo da
sessão, gemido que vinha de trás da cortina onde ela estava sentada".
"Confesso que a figura era surpreendente pela aparência de vida e realidade, e, tanto
quanto eu podia vez à luz um pouco indecisa, suas feições assemelhavam-se às da Srta. Cook,
entretanto, a prova positiva, dada por um dos meus sentidos, de que o suspiro vinha da Srta.
Cook, no gabinete, ao passo que a figura estava do lado de fora, esta prova, digo, é muito forte
para ser destruída por uma simples suposição do contrário mesmo bem sustentada".
Aqui abro um parêntese para citar, com relação à semelhança que, por vezes, se
observava entre o Espírito e a médium, a explicação dada pelo grande engenheiro e
pesquisador dos fenômenos espíritas Hernani Guimarães Andrade, em sua
obra “Parapsicologia: Uma Visão Panorâmica”, editora FE:
Crookes tratou de se certificar que o Espírito e a médium eram seres distintos, como
veremos adiante. seguem as palavras de Crookes:
"No dia 12 de março (1874), durante uma sessão em minha casa, depois de ter andado
pelo meio de nós e de ter-nos falado por algum tempo, Katie retirou-se para trás da cortina
que separava o meu laboratório, (onde se achavam os assistentes) da minha biblioteca que,
temporariamente, fazia o ofício de gabinete. Depois de um momento, ela voltou à cortina e
chamou-me, dizendo: ‘Entrai no quarto e suspendei a cabeça da médium, que escorregou’.
Katie estava diante de mim, vestida com sua roupa branca habitual e trazendo seu turbante.
Imediatamente entrei na biblioteca para levantar a Srta. Cook, quando Katie deu alguns passos
de lado para deixar-me passar. Com efeito, a Srta. Cook havia escorregado parcialmente do
canapé, e sua cabeça pendia em situação muito penosa. Tornei a pô-la sobre o canapé, e,
fazendo isso, tive, apesar da obscuridade, a viva satisfação de verificar que a Srta. Cook não
trajava o vestuário de Katie, mas trazia o costumado vestido de veludo negro e achava-se em
profunda letargia. Não se havia passado mais de três segundos entre o momento em que
acomodei a Srta. Cook sobre o canapé (tirando-a da posição em que se achava) e voltei ao meu
ponto de observação, quando Katie apareceu-me de novo e disse que pensava poder mostrar-
se-me conjuntamente com a sua médium. O gás foi abaixado, e ela me pediu a minha lâmpada
de fósforo. Depois de manifestar-se à sua luz, durante segundos, ela restituiu-ma, dizendo:
‘Agora entrai e vinde ver minha médium’, segui Katie de perto na biblioteca e, ao clarão da
lâmpada, vi a Srta. Cook repousada no sofá, exatamente como eu a deixara. Olhei em redor de
mim para ver Katie, porém ela desaparecera. Chamei-a e não obtive resposta.
Voltei ao meu lugar e Katie, reaparecendo logo, disse-me que estivera de pé junto da
Srta Cook. Perguntei-lhe se, por si própria, ela não poderia tentar uma experiência; então,
tomando das minhas mãos a lâmpada de fósforo, ela passou para trás da cortina,
recomendando-me que não olhasse por enquanto para o gabinete. Passados alguns minutos,
restituiu-me a lâmpada, dizendo-me nada ter conseguido, pois havia esgotado todo o fluido da
médium, mas que tentaria de novo, mais tarde. Meu filho mais velho, rapaz de quatorze
anos, que estava sentado defronte de mim, em posição de poder ver atrás da cortina, disse-me
que vira distintamente a lâmpada de fósforo parecendo flutuar no espaço por cima da Srta.
Cook e iluminando-a, enquanto ela permanecia estendida imóvel no sofá, mas que não vira
ninguém segurando a lâmpada" (grifo do original).
Passo agora para a sessão de ontem à noite em Hackney. Jamais Katie me apareceu
com tão grande perfeição; por espaço de duas horas, ela passeou pela sala, conversando
familiarmente com todos os presentes. Muitas vezes tomou meu braço e a impressão
produzida em meu espírito foi que a meu lado se achava uma mulher viva e não uma visitante
de outro mundo, essa impressão, afirmo, foi tão forte, que se me tomou irresistível a tentação
de repetir uma recente e curiosa experiência.
Pensando que, se não tinha perto de mim um espírito, eu estava, pelo menos, junto de
uma senhora, pedi-lhe permissão para tomá-la em meus braços, a fim de poder verificar as
interessantes observações que um experimentador audaz tinha feito conhecer de maneira um
tanto prolixa. Essa permissão foi-me graciosamente concedida, e utilizei-me dela –
convenientemente – como o teria feito em semelhante circunstância todo homem bem
educado. O Sr.Volckman ficará encantado sabendo que posso corroborar a sua asseveração,
afirmando que o ‘fantasma’ (o qual não empregou nenhuma resistência) era um ser tão
material como a própria Srta. Cook. Mas a continuação mostrará como um experimentador
procede mal, por mais cuidadosas que sejam as suas observações, se arriscasse a formular
uma importante conclusão quando as provas não existem em suficiente quantidade.
Katie disse que desta vez ela se julgava capaz de mostrar-se simultaneamente com a
Srta. Cook. Abaixei o gás, e depois, com a lâmpada de fósforo, penetrei no quarto que servia
de gabinete. Mas, antecipadamente, pedi a um de meus amigos, hábil estenógrafo, que
tomasse nota de todas as observações que ouvisse no gabinete, porque conheço a importância
que merecem as primeiras impressões, e não queria confiar na minha memória mais do que
convinha. Neste momento tenho estas novas sob os olhos.
Entrei no quarto com precauções, estava escuro, e foi às apalpadelas que procurei a
Srta. Cook. Encontrei-a agachada no soalho. Ajoelhando-me, deixei o ar penetrar na lâmpada
e, à sua luz, vi essa moça vestida de veludo negro, como ela estava no começo da sessão, e
conservando toda a aparência de completa insensibilidade. Ela não se moveu quando lhe
peguei na mão, segurando a lâmpada bem perto do seu rosto, mas continuou a respirar
calmamente. Elevando a lâmpada em torno de mim e vi Katie de pé, muito alva e flutuante,
como já a tínhamos visto durante a sessão. Prendendo nas minhas uma das mãos da Srta.
Cook, ajoelhando-se outra vez, ergui e abaixei a lâmpada, não só para iluminar a figura de
Katie, como para plenamente convencer-me de que eu estava realmente vendo a verdadeira
Katie que eu havia apertado em meus braços alguns minutos antes, e não o fantasma de
cérebro enfermo. Ela não falou, mas moveu a cabeça em sinal de reconhecimento. Por três
vezes diferentes, examinei cuidadosamente a Srta. Cook agachada diante de mim, para
certificar-me que a mão que eu segurava era a de uma mulher viva, e, por três vezes
diferentes, voltei a lâmpada para Katie, a fim de examiná-la com firme atenção, até que não
me restasse a mínima dúvida de que ela estava ali na minha frente".
"Antes de terminar este artigo, desejo fazer conhecer algumas das diferenças que
existem entre a Srta. Cook e Katie. A estatura de Katie é variável; em minha casa eu a vi mais
alta seis polegadas do que a Srta. Cook. Ontem à noite, com os pés nus e andando nas pontas
dos pés tinha quatro polegadas e meia mais que Cook. Ontem à noite, Katie tinha o pescoço
descoberto, a pele era perfeitamente doce (suave) ao tato e à vista, ao passo que Cook tem no
pescoço uma cicatriz que, em semelhantes circunstâncias, se vê distintamente e é áspera ao
tato. As orelhas de Katie são furadas, enquanto que a Srta. Cook usa sempre brincos. A cor de
Katie é muito alva, ao passo que a de Cook é trigueira. Os dedos de Katie são muito mais
compridos do que os de Cook e seu rosto também é maior. Nos modos de exprimir-se há
também muitas diferenças notáveis.” Vejam as fotos a seguir, extraídas do livro de Palhano
Júnior:
"[...] Vi tão bem Katie pela luz elétrica, que posso acrescentar alguns traços às
diferenças que, em artigo precedente, estabeleci entre ela e sua médium. Tenho a certeza
mais absoluta de que a Srta. Cook e Katie são duas individualidades distintas ao menos no que
diz respeito aos seus corpos. Pequenos sinais que se encontram no rosto da Srta Cook não
existem no de Katie. Os cabelos de Cook são de castanho tão escuro que permanecem quase
negros; um cacho dos de Katie, que tenho sob os olhos e que ela me permitiu cortá-los
acompanhado com meus dedos até ao alto da cabeça e ter verificado que eles haviam nascido
ali, é de um belo castanho dourado. [...]"
"As sessões quase cotidianas com que ultimamente a Srta. Cook me favoreceu,
prejudicaram suas forças, e eu desejo manifestar publicamente os favores que devo pela boa
vontade com que me auxiliou nas minhas experiências. Ela aceitou de boa mente submeter-se
a todas as provas que lhe propus; sua palavra é franca e vai diretamente ao alvo, e jamais vi
coisa alguma que traísse a mais leve aparência do desejo de enganar. Certamente, não creio
que, se ela empregasse a fraude, tivesse sido bem sucedida; e se ela o tentasse, seria
prontamente desmascarada, porque tal modo de proceder é inteiramente estranho à sua
natureza. E quanto a imaginar que uma inocente colegial de quinze anos tenha sido capaz de
conceber e realizar durante três anos, com todo êxito, uma impostura tão gigantesca como
essa, e que, durante esse tempo, ela se tenha submetido a todas as condições que exigimos
dela; que haja suportado as investigações mais minuciosas; que tenha pedido para ser
revistada a qualquer momento, quer antes, quer depois das sessões; que tenha obtido ainda
mais êxitos em minha própria casa do que na de seus pais, sabendo que aí veio expressamente
para submeter-se a rigorosas provas científicas; quanto a imaginar, digo, que Katie King dos
três últimos anos é o resultado de uma impostura, isso faz mais violência à razão e ao bom
senso do que acreditar que ela seja o que ela própria afirma".
Crookes Afirma, veemente: "Eu não disse que esses fatos eram possíveis, o que afirmei
é que são verdadeiros."
A fim de verificar que a Srta Cook e o Espírito Katie King eram seres distintos, Crookes,
juntamente com o eminente Físico Cromwell Varley, descobridor do condensador elétrico,
realizaram uma experiência rigorosíssima com eletricidade. Extraímos o texto abaixo do livro
Animismo e Espiritismo, de autoria de outro ilustre pesquisador dos fenômenos
espíritas, Alexander Aksakof:
“Os assistentes eram os Srs. Luxmoore, Crookes, a Senhora Crookes e a Senhora Cook
com sua filha; os Srs. Tapp, Harrison e eu (Varley).
Fixou-se com esparadrapo, em cada um de seus braços, um pouco acima dos punhos,
uma moeda de ouro, à qual estava soldada uma ponta de fio de platina. As moedas de ouro
estavam separadas da pele por três camadas de papel mata-borrão branco, de grande
espessura, umedecido em uma solução de cloridrato de amônio. Os fios de platina corriam ao
longo dos braços, até as espáduas, e eram presos com cordões, de maneira que deixavam aos
braços a liberdade de movimentos. As pontas de fora dos fios de platina eram reunidas a fios
de cobre, cobertos de algodão, e iam ter ao aposento iluminado onde se achavam os
experimentadores. Os fios condutores estavam ligados a dois elementos Daniell e a um
aparelho de confronto. Quando tudo ficou pronto, fecharam-se as cortinas, deixando assim a
médium (Srta. Cook) às escuras. A corrente elétrica atravessou o corpo durante todo o tempo
da sessão...”
Antes da introdução da Srta. Cook na corrente, quando estavam reunidas as duas moedas que
formavam os pólos da bateria, o galvanômetro marcava um desvio de 300°.
Depois da introdução da Srta. Cook, as moedas foram colocadas nos braços da médium, um
pouco acima do punho, e o galvanômetro não marcou mais de 220°.
Assim, pois, o corpo da médium, introduzido na corrente, oferecia uma resistência à corrente
elétrica equivalente a 80 divisões da escala.
A menor deslocação dos pólos da bateria, que estavam fixados nos braços da Srta.
Cook pelo adesivo, teria inevitavelmente produzido uma mudança na força de resistência
oferecida pelo corpo da médium.
Ora, foi em tais condições que a figura de Katie apareceu por muitas vezes na abertura
da cortina; mostrou as mãos e os braços, depois pediu papel, um lápis e escreveu perante os
assistentes.”
“As variações das condições às quais estava submetida a corrente elétrica, passando
pelo corpo da médium, eram indicadas pelo galvanômetro-refletor, instrumento tão sensível
que a corrente elétrica mais fraca, transmitida a 3.000 milhas por um cabo submarino, seria
registrada.
Para finalizar, transcrevemos o que disse Sir William Crookes, em sua palestra
presidencial na “British Association at Bristol”, em 1898, sobre suas experiências com médiuns:
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
O Espírito, durante a sua fase de feto, no útero, possui grande atividade mental.
Memória e raciocínio foram demonstrados mesmo com poucas semanas de vida. O
que não é de admirar, uma vez que há ali um ser milenar, com vários séculos de
experiência, mas limitadas pelo organismo ao qual está ligado.
O autor Adenáuer Novaes, no seu livro “Reencarnação – Processo Educativo”,
nos informa:
“Thomas Varney (1985) realizou pesquisas que foram conduzidas tanto na Europa
como na América do Norte em casos nos quais, no decorrer da terapia, pacientes com
problemas psicológicos eram levados atrás no tempo, à sua infância, e por vezes
chegavam de tal maneira atrás, que iam ao período antes do nascimento, durante a
gravidez, lembrando-se de fatos ocorridos enquanto estavam na barriga de sua mãe.
A informação obtida por este processo indica-nos que a pessoa que está nascendo
pode lembrar-se, mais tarde, de incidentes que ocorreram durante a gravidez, cuja
mãe nunca comentou com ninguém e fica surpresa quando lhe é perguntado acerca
desses incidentes. Muitos outros tipos de experiências são também relatados e
indicam que as lembranças são retidas desde o período da gravidez. Estes fatos são
provas evidentes que algo dentro do feto tem a capacidade de entender, compreender
e lembrar fatos do meio ambiente externo a si mesmo, sem que nele ainda esteja
formado o córtex cerebral. Esse algo que não depende do organismo pode ser
chamado de alma ou espírito.
A pesquisa sobre a memória do feto demonstra que algo nele pode lembrar
experiências de forma adulta e madura, o que indica que uma alma adulta reside no
corpo de um bebê imaturo.
O que vale dizer que o espírito não cresce com o crescimento do corpo, isto é, a alma
não é criada junto com o corpo, mas antes dele. O perispírito sim, cresce com o
crescimento do corpo. O espírito precede ao corpo. Se fosse criada junto com ele, após
o nascimento teríamos uma alma infantil, e não adulta. Ora, se é possível a lembrança
de fatos ocorridos nesse período em que, em princípio, o espírito está hibernando,
porque não seria possível ter-se acesso às memórias de vidas anteriores? Tais
fenômenos de lembranças de fatos ocorridos com o espírito no período em que ele se
encontrava no ventre da mãe, reforça a tese da ligação do espírito ao seu corpo no
momento da concepção, e não na hora do parto.
Vale lembrar que esse tipo de fenômeno serve também para comprovar os padrões
existentes no que tange a imortalidade da alma. As afirmações de Albertson e
Freeman, as quais veremos adiante, também se basearam na investigação desse tipo
de fenômeno.”
O feto pode ver (sensibilidade à luz), ouvir, degustar, entender e aprender num nível
primitivo. Ele é capaz de manifestar sentimentos menos elaborados que os adultos,
mas bem reais. Ele pode acionar uma ou outra tendência, conforme as mensagens que
recebe no útero (que, de alguma forma vão sendo moldadas).
No ambiente familiar, o pai também tem influência muito importante sobre o feto. O
estresse do pai, por exemplo, tem uma repercussão direta sobre o filho em formação,
e também indireta através da mãe.
Traumas em Vida Intra-Uterina, dependendo das heranças que aquele ser traz, podem
gerar diferentes transtornos futuros como: insegurança, dificuldade de
relacionamento, transtornos depressivos, transtornos ansiosos (na tentativa de
satisfazer o outro para ser amado), personalidade dependente etc.
O feto tem necessidades intelectuais e afetivas mais primitivas que as nossas, mas que
realmente existem, como as de querer se sentir amado e desejado.
A criança percebe uma ação ou pensamento da mãe e seu cérebro transforma isso
imediatamente em uma emoção e comanda o seu corpo a um conjunto de reações. Se
a mãe sente medo, ansiedade, depressão ou estresse, ela desencadeia uma descarga
hormonal, que se de forma intensa e contínua, pode trazer nessa criança uma
predisposição a esse sentimento.
Se a atenção da mãe está completamente absorvida pela tristeza, por uma perda e se
ela se fecha em si mesma, é provável que sua criança sofra profundamente. O feto não
dispõe de recursos suficientes para tolerar essa sobrecarga.
Mesmo sem estar em perigo, no momento em que o feto percebe a aflição materna,
ele pode reagir com vigorosos pontapés. O feto reage diante do crescimento da taxa
de adrenalina produzida pela mãe e em “solidariedade” à aflição da mãe.
Portanto, a ameaça mais grave ao feto é a reação emocional da mãe a longo prazo e
quando suas necessidades físicas ou psicológicas são ignoradas. Ele não exige nada de
extraordinário, tudo o que quer é um pouco de amor e de atenção, e quando os
obtém, tudo mais, mesmo a formação da ligação com sua mãe, acontece
automaticamente.
A formação da ligação entre a mãe e o feto exige tempo, amor e compreensão para
que ela exista e funcione de maneira satisfatória. A criança antes do nascimento possui
recursos resistentes para fazer durar uma emoção materna. Mas ela não pode se
comunicar sozinha. Se a mãe bloqueia a comunicação afetiva, ela fica desamparada.
Segundo a medicina tradicional, a criança, antes de dois anos era incapaz de ter
lembranças porque seu sistema nervoso não está completamente mielinizado (mielina
é uma substância que envolve a fibra nervosa) e não pode assim transmitir mensagens.
Também a psiquiatria tradicional afirmava que a criança antes de dois anos era incapaz
de pensar. Porém, hoje sabemos que mesmo antes do nascimento, os esquemas de
memória estão delineados e que eles seguem modelos reconhecíveis. Nesse estágio, o
cérebro da criança e seu sistema nervoso estão suficientemente desenvolvidos para
que isto seja possível, e o fato de a lembrança desse período ter uma forma e um
contorno identificáveis, que pode ser acionada através da regressão de memória, vem
confirmar a hipótese de que antes do nascimento o cérebro já tem um funcionamento
semelhante ao adulto.
A formação da memória
No fim da décima segunda semana, o feto está inteiramente formado e nesse período
aparecem os primeiros sinais da atividade cerebral. A partir do terceiro trimestre de
gestação, o cérebro já tem um funcionamento semelhante ao do adulto. A partir do
sexto mês após a concepção, o sistema nervoso central da criança é capaz de receber,
tratar e codificar as mensagens; a memória neurológica já está funcionando.
A gestante nessa situação libera muito hormônio que chega à circulação sanguínea da
criança e ajuda a conservar uma imagem mental do sentimento de sua mãe e seus
efeitos sobre si.
Elaborando a vivência
Depressão
Vai sentindo apertada. Sente que algo está dando errado. Sente-se fraca e com a
respiração difícil.
Tudo escuro. Mãe está com medo. A paciente diz que tem a impressão de estar
cometendo suicídio. Tem um sentimento de fracasso. Mãe tem medo de engravidar.
Sente vontade de ajudá-la a não ter medo, mas também tem um impulso de não
querer nascer como mulher, porque acha que vai sofrer muito. Sente contra essa
condição e medo de enfrentar a vida num corpo feminino. Não quer estar ali, sente-se
contrariada. A paciente diz perceber que a mãe pressente que ela não quer estar ali e
sente medo e insegurança. Diz que acha que transmite esses sentimentos para a mãe.
Diz sentir provocar seu próprio abortamento, por não querer nascer, pelo medo de
passar por todo sofrimento de novo; tem a sensação de fracasso e de culpa. Senteque
aproveita o medo da mãe e provoca sensações desagradáveis no corpo dela, através
de movimentos bruscos e desordenados, que fazem com que a mãe aumente o seu
medo. Percebe sua mãe sonhando com um parto mal sucedido e sente que esse sonho
exerce influência sobre ela.
Uma parte da responsabilidade pela gravidez também é do feto, que garante o bom
funcionamento endócrino da gravidez e desencadeia uma parte das inúmeras
mudanças físicas, pelas quais passa o corpo da mãe, para assegurar seu
desenvolvimento e sua alimentação antes do nascimento. Ela produz substâncias,
contribuindo ativamente para a sua sobrevivência.
Nessa vivência, surgiu um aspecto de depressão, medo, revolta, culpa. Sua depressão
estava intimamente relacionada à revolta contra a própria vida, ou contra o próprio
corpo feminino, situação financeira, cultura, raça etc., fazendo com que ela entrasse
num processo de vitimização, sentimento de injustiça, desânimo, falta de motivação
pela vida, tristeza.
Essa paciente apresenta uma doença auto-imune, que pode ser melhor compreendida
num processo de autopunição pela sua parcela de responsabilidade pelo aborto. Tinha
também pesadelos, nos quais via-se girando num meio a um turbilhão .
“vou ser forte como um homem para satisfazê- los, para conquistar o amor deles”. Em
algumas regressões anteriores, a paciente vivenciou cenas em que ela própria
entendeu como, em vidas passadas, em que era homem, fez sofrer muitas mulheres,
tratando-as como um ser inferior.
Insegurança
Vivências regressivas: Aos dois meses. Mãe está tomando algo ruim para abortá-la,
sente desconforto na garganta e no nariz. “É para eu morrer, eu não quero morrer”.
Sente a boca amarga. Percebe-se intoxicada fisicamente e pelo sentimento da mãe.
Manifesta raiva da mãe por ela rejeitar a sua gravidez.
Diz que identifica pensamentos do tipo: “o mundo é ruim”. Percebe que a mãe esta
passando fome porque sente uma fraqueza, uma queda da sua vitalidade.
Aos três meses. Sente que seu pai também quer matá-la. Pai bate na mãe e ela se
percebe como se estivesse apanhando também.
Sente-se rejeitada.
Quer dizer para o pai que ela quer viver e dá um chute. Diz sentir-se como se estivesse
chorando por dentro, como se estivesse saindo a tristeza de dentro dela, através do
seu coração. A mãe sente-se também rejeitada pelo pai.
Aos quatro meses. Chora. “Ninguém me quer”. Encolhe-se toda. Mãe está triste e quer
morrer. Ouve a mãe dizer: “O que eu fiz para merecer isso?”. Mãe refere-se às
dificuldades financeiras, desprezo de sua família, mas a paciente diz que sente como se
referisse a ela. Sentimento de querer dar forças à mãe. Sente que precisa morrer.
Decisão: “Se nem meus pais me querem, ninguém mais vai me querer. Não sou digna
do amor de ninguém”.
Seu sentimento de rejeição fazia com que nenhum afeto fosse suficiente, e fazia com
que a paciente criasse uma defesa de também rejeitar os pais e sentir raiva deles. Ela
apresentava um problema sério de relacionamento com os pais e com as pessoas em
geral, pela insegurança, timidez e sentimento de incapacidade.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
ENDEREÇO ELETRÔNICO:
http://www.rcespiritismo.com.br/conteudo_site/pdf_anteriores/Rce23/materia3.pdf
ESPIRITISMO: UMA DAS MAIS NUMEROSAS CORRENTES
RELIGIOSAS
PUBLICADO EM 30/09/13
Faz uns 30 anos que a Igreja parou de atacar o espiritismo. Mas os nossos
irmãos evangélicos, não os protestantes, são os que ainda mais atacam a
doutrina codificada por Kardec, “o bom senso encarnado”, segundo o filósofo
e acadêmico francês Leon Dénis.
Mas o espiritismo é mais ciência e filosofia do que religião, pois é uma religião
somente no sentido de adotar uma moral, que é “ipsis litteris” a mesma dos
quatro evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, e que formam “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E o espiritismo leva muito a
sério essa sua moral cristã. Daí que ele é chamado também de cristianismo
redivivo.
E assim é que o espiritismo se torna, cada vez mais, uma das mais numerosas
correntes religiosas cristãs. É o Ocidente se unindo com o Oriente, formando
um só rebanho e um só Pastor!
- Em 12.10.2013, o 5º Encontro Paulista de Monitores do Estudo Sistematizado
da Doutrina Espírita (Esde), da União das Sociedades Espíritas do Estado de
São Paulo (USE-SP), com o apoio da USE Municipal de
Osasco. www.usesp.org.br; (11) 2950-6554.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/jose-chaves/
http://blog-espiritismo.blogspot.com.br/2013/09/jose-reis-chaves-entre-as-
correntes.html
EXPERIÊNCIAS FORA DO CORPO FORAM DEMONSTRADAS
EM LABORATÓRIO
Resposta: “No estado de emancipação, prima a vida da alma. Contudo, não há,
verdadeiramente, duas existências. São antes duas fases de uma só existência,
porquanto o homem não vive duplamente.”
Mas, não constitui razão, para que semelhante coisa se verifique, o simples fato de ele
o querer quando desperto.”
Santo Afonso de Liguori foi canonizado antes do tempo, por aparecer em dois
lugares, distantes um do outro, ao mesmo tempo, o que foi considerado milagre.
Em “O Livro dos Médiuns”, Allan Kardec pede aos Espíritos explicação para os
dois casos acima citados. Os Espíritos responderam que, quando atingem um elevado
nível de evolução espiritual, de completa desmaterialização, o Espírito encarnado
pode, quando lhe vem o sono, pedir a Deus para transportar-se a um determinado
lugar. O corpo espiritual, então, desloca-se até este lugar, deixando no corpo parte do
seu Perispírito. Pode, inclusive, materializar-se no local até onde foi transportado.
“O termo visão remota foi cunhado por Ingo Swann e Janet Mitchell na Associação
Americana de Pesquisas Psíquicas - ASPR no início dos anos 70.
Os primeiros experimentos de visão remota são atribuídos a Hal Puthoff and Russell
Targ a partir de 1972 até 1986, inicialmente com Ingo Swan, no SRI (Stanford Research
Institute hoje SRI International). A pessoa testada ficava residente no laboratório,
acompanhada por um pesquisador, enquanto externamente, outro pesquisador, a
partir de uma série de lugares, selecionava um deles que passava então a ser o alvo.
Depois da escolha, o pesquisador passava 15 minutos examinando cuidadosamente
esse local, após o qual a pessoa no laboratório passava a tentar descobrir, através de
notas e desenhos, onde o pesquisador estava. Em seguida, fotografias do elenco de
alvos eram mostradas a pessoa, das quais selecionava uma. Posteriormente a pessoa
visitava o local escolhido. O resultado do teste e dos desenhos eram enviados a juizes,
que visitavam todos os lugares da série de alvos e então atribuíam uma nota a partir
da qual a localização se aproximaria mais ou menos das descrições da pessoa testada.
O experimento era bem sucedido quando os juizes, a partir das descrições da pessoa
testada, podiam indicar o alvo correto.
Em novembro de1995, foi divulgado pela CIA um relatório, depois conhecido como
relatório Star Gate, sobre 24 anos de investigações ESP conduzida com recursos
governamentais americanos, onde se concluiu que efeitos estatisticamente
significativos foram demonstrados em laboratório, mas em nenhum caso ESP proveu
informação que fosse alguma vez utilizada para nortear as operações da Inteligência.
Alguns pesquisadores, como Edwin May (1996: 3-23) que sucedeu Targ na direção do
SRI em 1985, criticaram veementemente esse relatório.
De uma forma geral, nos testes de visão remota, o receptor pode ser solicitado a
descrever uma localidade do outro lado do mundo, a qual nunca tenha visitado, ou a
descrever um evento acontecido há bastante tempo, ou a descrever um objeto selado
em um recipiente em uma sala trancada, ou descrever uma pessoa em atividade, tudo
sem nada ser dito sobre o alvo, seja o nome ou a designação.
Extraímos o artigo abaixo do site Imagik, que trata dos experimentos de visão remota
para fins de espionagem.
“A HISTÓRIA SECRETA DOS ESPIÕES PSÍQUICOS DOS ESTADOS UNIDOS.
Não era um segredo mundial o fato de que a União Soviética mantinha um serviço de
espionagem psíquica nos tempos da guerra fria. Os russos possuíam psicobiofísicos
(como preferiam chamar os parapsicólogos) de um grande gabarito: Naumov, Leonid
Vasiliev e outros, apesar do "sistema" então vigente. De vez em quando, corriam
notícias acerca de "top secrets" dos Estados Unidos divulgados a partir da União
Soviética o que, evidentemente, criava surpresa e mal estar aos americanos.
Um sistema de radar barato "Parece-me que seria um tipo de sistema de radar barato,
infernal. E se os russos o possuem e nós não, estamos envolvidos em um sério
problema".
Os americanos resolveram convocar dentro das suas Forças Armadas os oficiais que
manifestassem talentos e pendores paranormais. Não teriam o dispêndio de fortunas
extra, criação de novos cargos e, sendo militares, os convocados já estariam
acostumados ao comando das hierarquias e a manterem o sigilo diante dos segredos
que lhes fossem confiados.
O "Caso Nautilus" foi um dos fortes estímulos que impulsionaram a "corrida psíquica"
na União Soviética. A revista francesa "Science et Vie" publicou, em 1960, um artigo
sensacional intitulado "O Segredo do Nautilus".
O artigo relatava o fato de que os Estados Unidos haviam empregado a telepatia para
se comunicarem, de terra, com o submarino Nautilus, o primeiro submarino nuclear
americano, submerso sob a capa de gelo do Ártico.
O autor do artigo, Gerard Messadiè, citou como FONTE o cientista, jornalista, escritor e
herói da resistência francesa na 2ª Guerra Mundial, Jacques Bergier, co-autor do "best
seller" - O Despertar dos Mágicos - Bergier desculpou-se e tirou o corpo fora da
estória.
"Nunca apreciei os debates mantidos com os céticos, porque se você não acredita que
a "visão remota" (remote view) é real, você não fez a sua "Lição de Casa". Não
sabemos explicá-la, mas não estamos interessados nisto e sim em determinarmos
onde há um uso prático para ela".
Quando foi finalmente selecionado um "dream team" de atletas PSI, este time
estabeleceu-se em Fort Mead com a denominação inicial de - Gondola Wish - um
projeto apresentado por Skip Atwater, já entrosado no assunto da espionagem
psíquica e com um curriculum realizado no SRI (Stanford Research Institute) de
"efeitos" paranormais: a habilidade de "sair fora do corpo" (out of body experience -
obe) adquirido na sua adolescência.
A tarefa de selecionar "dream team" de operadores psíquicos lhe foi imposta, tendo
como companheiro de trabalho o Major Watt.
O grupo, inicialmente, foi composto por: Mel Riley, Steve Hauson, Nancy Stern, Bud
Duncan, Fernand Gauvin, Steve Holloway, Ken Bell, Joe MacMoneagle e outros (alguns
desses nomes são pseudônimos).
Esta designação foi cunhada por Joe MacMoneagle como um tipo de sinônimo para
clarividência (clairvoyance). A visão remota ultrapassa as bases da clarividência e
algumas das suas características. Tecnicamente, o clarividente possui a habilidade de
perceber coisas à distância, mas, NO TEMPO DITO REAL.
Monroe dedicou uma grande parte da sua vida à pesquisa dos Estados de Consciência
Alterados, razão do seu instituto.
Joe MacMoneagle acabou por casar-se com a enteada de Bob Monroe, Nancy, quem
dirigiu por anos a fio o The Monroe Institute. Hoje, o casal mantém o seu próprio
centro de estudos.
O vidente 518 (número código de Moneagle) foi apelidado de "Joe of Arc", devido à
semelhança dos eventos paranormais na sua vida, com os ocorridos na vida de Joana
D'Arc - a donzela de Orleans.
AOL
Esta técnica separa o "sinal-psi" do revestimento turbulento representado pela
racionalidade analítica do próprio "sujet" (sujeito - o paranormal) e que surge nas
seguintes ocasiões: bem no início da "sessão" o vidente declara - "é igual a ..." ou "me
parece ser..." ou "lembra-me..." ou quaisquer outras qualificações, especialmente
"igual a..."
Fatos bizarros
Don Curtis, físico do grupo de Livermore, descansava em sua casa com a esposa.
Ele e Russel Targ estavam trabalhando com Uri Geller e foram interrogados se haviam
usado lasers para comporem aquelas fantasmagorias. Os dois negaram
veementemente a fraude.
A inusitada e nebulosa figura caminhou vagarosa e pesadamente até chegar aos pés
das camas do aposento, deu meia volta e falou com voz estranha e pomposa
De outra feita, no laboratório onde Geller estava sendo testado, apareceu uma voz
metálica durante a gravação feita pelos pesquisadores, PROIBINDO que eles testassem
Uri Geller.
O próprio Kennet, da CIA, passou por maus pedaços, quando "pescou" de um dos
livros de Robert Monroe, a técnica para "sair fora do corpo".
Kennett não soube fazer bem a sua lição de casa. Conseguiu o seu intento mas
deparou com um grupo de monstrengos e um horrível duende (goblin) na outra
dimensão do seu quarto.
“Com o passar do tempo o programa dos "remote viewers" foi encerrado devido a
várias controvérsias nos altos comandos da iniciativa, somente o senador Byrd e Dick
D'Amato, fizeram uma pálida reação contra a decisão dos que estavam na Colina do
Capitólio, os suportes do programa, para que não encerrassem as pesquisas em Fort
Mead: o quartel general dos espiões psíquicos dos Estados Unidos.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. Editora FEB - Versão digital por: L.NEILMORIS ©
2007
______________.O Livro dos Médiuns. 62. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1996.
SCHNABEL, Jim; BOOK, Dell. "Remote Viewers" - The Secret History of America's
Psychic Spies.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.parapsicologia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4
3:experimento-de-visao-remota-entre-o-brasil-ea-argentina-utilizando-varios-sentidos-
&catid=12:brasil-pernambuco&Itemid=4
http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bol02x07/BE07x4.html
O ESPIRITISMO PODE SER CONSIDERADO UMA CIÊNCIA?
“ INTRODUÇÃO
As palavras espiritualismo e espiritualista têm uma acepção muito geral: qualquer um que
acredite ter em si outra coisa além da matéria é espiritualista. Ao contrário, os termos
ESPIRITISMO e ESPÍRITA são neologismos, isto é, palavras inventadas por seu codificador, Allan
Kardec.
Allan Kardec definiu o Espiritismo como "uma ciência que trata da natureza, da origem e do
destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corporal”.
O Espiritismo é então bem definido como uma ciência. Mas se distingue das disciplinas
científicas já estabelecidas e estudadas nas academias pelo objeto de seus estudos: o
elemento espiritual.”
Não desejamos entrar aqui nos debates filosóficos sobre a validade dos conceitos e dos
métodos científicos, o que está longe de ter unanimidade. Com efeito, "este ramo da filosofia
tem evoluído bastante nos quatro últimos decênios, nos oferecendo hoje uma concepção da
ciência muito mais fiel à sua história”6.
CONCEITOS CLÁSSICOS
Entre o século XVI e meados do século XX, a Ciência estava caracterizada pela adoção do
"método racional" ou "método científico". Leonard da Vinci, Pascal, Bacon, Lavoisier, Descartes
e Newton sublinharam a regra fundamental da experiência e da observação nas ciências da
natureza. Nenhuma hipótese deveria intervir durante a observação, as leis eram deduzidas a
posteriori. O método experimental tem sido estendido a diversos setores, desde a biologia à
fisiologia. Estes conceitos clássicos predominam ainda em nossos dias no público e subsistem
mesmo entre os cientistas.
Allan KARDEC afirma que "o Espiritismo não coloca como princípio absoluto senão o que está
demonstrado como uma evidência, ou o que ressalta logicamente da observação”7. "Como
meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma maneira que as ciências
positivas, isto é, aplica o método experimental.Fatos de uma ordem nova se apresentaram que
não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele as observa, compara, analisa, e, dos
efeitos remonta às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz as conseqüências e busca
aplicações úteis "8.
Kardec emprega a expressão "ciência positiva", mas isso não significa que o Espiritismo aceite
a metodologia e a ideologia positivista de Auguste Comte.
Com efeito, nesta época, a Ciência estava se impondo no centro do conhecimento humano. As
leis novas não podiam ser incompatíveis com as leis estabelecidas. Estavam presas nas
verdades absolutas, inquebrantáveis, que não se tinha mais necessidade de questionar:
segundo o positivismo de Auguste Comte, uma vez o conhecimento tivesse sido estabelecido,
apenas teria que progredir. O determinismo de Laplace, o atomismo, o cientificismo estava
florescendo, e pretendia-se que a ciência poderia explicar e prever todos os fenômenos
naturais. Não havia mais necessidade de se considerar a noção de divindade. Tinha-se mesmo
chegado a invocar a idéia de que "a ciência tinha chegado ao seu fim" (Marcelin Berthelot).
Allan Kardec soube evitar este escolho, perguntando humildemente àqueles que pretendiam
deter o privilégio da verdade: "Qual é o homem que pode gabar-se de possuir tudo, quando o
círculo dos conhecimentos cresce sem cessar, e as idéias se retificam a cada dia?"9
Entrevendo no Espiritismo uma nova ordem de fatos e idéias, Kardec abriu uma nova via. Ele
soube comparar, refletir, aplicar o método experimental e estruturar um pensamento
progressista sobre a questão espiritual: "O objeto especial do Espiritismo é o conhecimento
das leis do princípio espiritual, (...) uma das forças da natureza, que reage incessante e
reciprocamente sobre o princípio material."10
Mas os fatos espíritas "têm por agentes inteligências que têm sua independência, seu livre-
arbítrio e escapam por isso aos nossos procedimentos de laboratório e aos nossos cálculos, e
assim não são mais da alçada da ciência propriamente dita."11
CONCEITOS MODERNOS
No século XX, a Mecânica Relativista e a Física Quântica balançaram as teorias clássicas, que
passaram a ser vistas como idealizações que só podem ser aplicadas dentro de certos limites.
O espaço e o tempo perderam seu caráter absoluto. Com o advento do Princípio da Incerteza
de Heisenberg, os raciocínios clássicos, baseados na exatidão, pouco a pouco cederam terreno
aos raciocínios probabilísticos. Esta época marca então um giro na história das ciências. A
revisão radical dos conceitos fundamentais recolocou em pauta um bom número de princípios
filosóficos ligados à ciência e à metodologia, acarretando as crises do positivismo e do
determinismo. "Nenhuma lei teórica pode sair de um conjunto de fatos de maneira lógica e
infalível”.
Segundo Paul Langevin, "os físicos têm sido obrigados a refletir de forma mais precisa na
maneira como trabalham e na filosofia de sua ciência”. Assim, houve uma reaproximação
entre a ciência e a filosofia. Isoladamente, ninguém pode reivindicar a hegemonia no domínio
do conhecimento. No livro "A lógica da descoberta científica", de Karl Popper, filósofo
britânico, foi introduzido em 1934 o critério da falibilidade: uma lei científica é válida até que
os fatos provem onde e como ela é falsa. Ela então não tem mais necessidade de ser
inquebrantável para ser científica (o que está conforme ao princípio da humildade).
As idéias de Imre Lakatos caminham no mesmo sentido. Segundo ele, a ciência se desenvolve
segundo um programa científico de pesquisa, que consiste em um núcleo rígido de hipóteses
fundamentais, envolvidas por hipóteses auxiliares, ajustando o núcleo central. Esse programa
científico evolui, e é dito progressivo se permite explicar novos fatos, e degenerativo no caso
contrário. Neste último caso, é preciso elaborar um novo programa de pesquisa.
A ciência moderna tem então evoluído para "um clima de inexatidão racional, compatível
com o livre-exame e incompatível com todo princípio que se pretenda absoluto”. 13
Ela reconhece mesmo as hipóteses à priori para preservar as leis em vigor, e a história mostra
que isso é produtivo. Foi o caso na hipótese da existência de um corpo celeste influenciando a
trajetória de Urano, tendo acelerado a descoberta de Netuno.
Certos cientistas, como Fritjof Capra, são mesmo abertos "ao misticismo, capaz de lhes
fornecer a matéria prima para a elaboração de hipóteses experimentais”.14 Professor de Física
na Universidade de Berkeley na Califórnia, Capra declarou em 1975, em seu livro "O Tao da
Física", que "o método científico de abstração é muito eficaz e possante, mas não devemos
lhe pagar o preço. À medida que definimos mais precisamente nossos sistemas conceituais,
que traçamos um perfil e elaboramos relações mais e mais rigorosas, cada vez mais eles se
desligam do mundo real." Dito de outra forma, os cientistas, para manipular a Natureza das
coisas, devem utilizar modelos tão complexos que não são mais acessíveis senão à uma elite,
se afastando então do mundo dos sentidos comuns...
Capra afirma que existem outras aproximações possíveis da realidade. Cita o misticismo
oriental: com a intuição liberada e isenta do conservadorismo da linguagem e das percepções
restritas dos sentidos, o homem oriental percebe a verdadeira natureza das coisas. Segundo
Capra, a Física moderna se aproxima desse estado de espírito.
Enfim, notemos que essas idéias são próximas daquelas na base das técnicas criativas
modernas, chamadas "brain storming" nos países de influência inglesa (remue méninges). Seu
princípio de ação está longe de ser elucidado, mas dão resultados e já são largamente
utilizados. Os participantes das seções de criatividade recusam a censura, devem fazer
abstração dos bloqueios (culturais, perceptivos, etc.), tabus e idéias já recebidas, afim de se
colocar em um estado mais favorável possível à inspiração e à produção de idéias. As seções
são por vezes organizadas após uma noite de incubação do problema a ser tratado (a noite
então traria efetivamente conselhos...).
O objeto dos estudos do Espiritismo sendo diferente daquele das ciências materialistas, não há
lugar para os comparar diretamente, salvo nas interfaces ou nos pontos comuns. A coerência
de conjunto entre a Doutrina Espírita e as outras ciências permanece intacta, mesmo após este
período de revolução científica, tanto pelo conteúdo dos princípios quanto pela metodologia.
Certas revelações dos Espíritos, anteriores a 1857, parecem mesmo estar ainda mais adiante.
Por exemplo, à questão n°22 do Livro dos Espíritos:
"Define-se geralmente a matéria como: o que se ouve, o que pode causar impressão sobre
nossos sentidos e o que é impenetrável; essas definições são exatas?”
Os espíritos respondem:
«No seu ponto de vista, isso é exato porque vocês falam apenas daquilo que conhecem, mas
a matéria existe em estados que são desconhecidos para vocês; ela pode ser, por exemplo,
de tal forma etérea e sutil, que não faça nenhuma impressão sobre os sentidos, entretanto é
sempre matéria, embora para vocês assim não seja. »
Por outro lado, os pesquisadores estão sempre em busca da Teoria da Grande Unificação, da
massa faltante do Universo, da explicação da gravidade, da estrutura íntima da matéria, da
significação intrínseca das constantes como a da gravitação (G), a constante de ação de Plank
(h), a velocidade da luz no vácuo (c), a temperatura do zero absoluto, etc. É pena que
explorem muito pouco o filão das idéias reveladas pelos espíritos e conhecidas por outras
religiões orientais.
Para coisas de notoriedade, a opinião dos sábios fazem fé, com justiça, porque que eles sabem
mais e melhor do que o vulgo; mas tratando-se de princípios novos, de coisas desconhecidas,
sua maneira de ver é sempre apenas hipotética, porque eles não estão, mais que os outros,
isentos de preconceitos."15
Por outro lado, sublinhando o caráter progressista do pensamento espírita, Kardec se separa
do positivismo. Ele entreviu a idéia do critério da falibilidade de Popper, como o princípio das
hipóteses auxiliares ajustando o núcleo central estável, segundo as concepções de Lakatos,
acrescentando:
"O Espiritismo, caminhando com o progresso, não será jamais ultrapassado, porque, se
novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro sobre um ponto, ele se modificará
sobre esse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará."16
Os fatos espíritas existiram em todos os tempos, mas Allan Kardec os codificou com precisão,
estabelecendo princípios teóricos, métodos, critérios e valores para as pesquisas e mesmo
vários exemplos concretos de problemas resolvidos pela teoria espírita. Uma análise mais
detalhada17 permite afirmar que ele nos legou, assim, um verdadeiro paradigma científico, no
sentido dado por Kuhn, que não deixa nada a invejar aos outros paradigmas científicos como a
termodinâmica, a mecânica relativística, etc.
Da mesma forma, o Espiritismo tem todas as características de um programa científico de
pesquisa progressiva, constituindo uma ciência legítima segundo Lakatos. "Seu núcleo de
princípios fundamentais está ligado à existência, à preexistência e à sobrevivência do
espírito, sua evolução, seu livre arbítrio, à lei de causalidade, etc."18 Os princípios auxiliares
concernem à natureza do perispírito, à reencarnação, à condição do espírito após a morte e
religam os princípios fundamentais aos fenômenos.
O Espiritismo constitui uma revelação cujo caráter está claramente definido por
Kardec20:
"Por sua natureza, a revelação espírita tem um duplo caráter: consiste ao mesmo tempo da
revelação divina e da revelação científica. O primeiro, porque seu advento é providencial, e
não o resultado da iniciativa ou de um propósito premeditado pelo homem; porque os pontos
fundamentais da doutrina são de fato o ensinamento dado pelos Espíritos encarregados por
Deus de esclarecer os homens sobre as coisas que ignoram, que não poderiam aprender por si
mesmos, e que lhes importa conhecer, hoje que já estão maduros para os compreender. O
segundo, porque este ensinamento não é o privilégio de nenhum indivíduo, mas é dado a
todos da mesma forma; porque aqueles que o transmitem e os recebem não são
absolutamente seres passivos, dispensados do trabalho de observação e de pesquisa; porque
não devem abnegar de seu julgamento e de seu livre arbítrio; porque o controle não lhes está
interdito mas, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina não foi de forma
alguma ditada integralmente, nem impõe a crença cega; porque ela é deduzida pelo trabalho
do homem, pela observação dos fatos que os Espíritos colocaram sob seus olhos, e pelas
instruções que lhes deram. Essas instruções ele estuda, comenta, compara, tirando então, por
si mesmo, suas conseqüências e aplicações. Em uma palavra, o que caracteriza a revelação
espírita, é que a fonte é divina, a iniciativa pertence aos Espíritos, e sua elaboração vem do
trabalho do homem."
Dizendo que os fundamentos de base do Espiritismo são revelados pelos Espíritos, Kardec os
coloca além da percepção humana, em um nível de percepção mais extenso que é aquele dos
Espíritos liberados do corpo físico. Isto é confirmado pela afirmação seguinte de
Feyerabend: "Não podemos descobrir o mundo interior. Falta-nos uma norma crítica
externa; um jogo de hipóteses sobressalentes; mas, como estas hipóteses seriam muito
gerais e constituiriam, por assim dizer, um universo inteiro de trocas, nos falta um mundo
onírico para descobrir as características do mundo real em que acreditamos habitar”.
Todavia, o modelo enunciado pelos Espíritos e codificado por Kardec não provém de um
mundo onírico, mas de um mundo bem real. Submetendo-se a conceitos externos, fora do
mundo material, os homens podem se informar sobre "coisas que ignoram, que não
poderiam aprender por si mesmos, e que importa conhecerem, hoje que estão maduros para
os compreender": essas são as coisas espirituais.
Kardec diz igualmente que "até que surja um fato novo que não ressalte de nenhuma ciência
conhecida, o sábio, para estudá-lo, deve fazer abstração de sua ciência e reconhecer que
é para ele um estudo novo que não pode ser feito com idéias preconcebidas. "21
Não estaria isso de acordo com um dos princípios de base das técnicas de ‘brain storming’,
onde se liberam idéias preconcebidas para resolver problemas difíceis?
ASPECTOS DO CONHECIMENTO
CIÊNCIA
O Espiritismo possui então certas características da ciência: ele aplica o método experimental,
vai às causas e às leis que regem os fenômenos, encoraja a objetividade, o espírito crítico e o
desinteresse.
"Certamente, se dirá que os seres são um pouco especiais e os eventos mais que insólitos. A
isto, é fácil responder. O estudo dos desencarnados não pode ser do domínio da biologia ou
das ciências naturais. Quanto aos eventos (as relações dos humanos com os Espíritos), eles
não são do domínio da história ou da sociologia. E, contudo, esses seres e eventos
existem” 22. "E, contudo, se movem?" acrescenta Kardec ao assunto das mesas, parafraseando
Galileu. "Os fatos não cessam de existir porque se os ignora" acrescenta Aldous Huxley.
as hipóteses são, por vezes, muito abstratas e ainda mais fantásticas que os fatos que
elas procuram explicar24;
privilegiam por vezes o aspecto quantitativo, pelo viés dos equipamentos, sem se
assegurar previamente de sua validade para o aspecto qualitativo;
numerosas obras sobre essas questões demonstram, da parte de seus autores, um
certo menosprezo pelo passado, e uma tendência à retomar as pesquisas à partir do zero;
ENDEREÇO ELETRÔNICO:
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/unidual/o-espiritismo-eh-uma-ciencia.html
PSICOGRAFIAS DO MÉDIUM CHICO XAVIER FORAM
ANALISADAS POR PERITO EM GRAFOSCOPIA
Fonte da imagem:http://pensesp.blogspot.com.br/2013/04/cantinho-do-chico.html
Chico psicografou milhares de mensagens e mais de 400 livros, tendo sido estudado
por especialistas no tema do mundo todo. No Brasil. essa tarefa ficou por conta do Dr.Carlos
Augusto Penandréa, professor de datiloscopia e grafoscopia da direção do Banco do Brasil (de
1972 a 1986), professor adjunto do Departamento de Patologia, Legislação e Deontologia da
Universidade de Londrina, Paraná, criminologista e perito credenciado pelo Poder Judiciário.
A pesquisa feita por Perandréa durou 13 anos e foi realizada de forma rigorosamente
científica, pois, sendo ele um perito na área da grafologia, sabia como levantar e expor os
dados de maneira adequada, apresentando suas conclusões como faria nos meios forenses. O
professor começou a se interessar pelo tema durante um curso de Grafoscopia para
Coordenadores do Banco do Brasil, realizado em Brasília em julho de 1977. O primeiro
trabalho por ele examinado foi uma psicografia de Chico Xavier obtida em 15 de maio de 1976
e atribuída ao espírito de Fausto Bailão Luiz Pereira um jovem de 15 anos que falecera num
desastre automobilístico cerca de três meses antes.
Perandréa fez ainda uma seqüência gráfica por translucidez e observou outros
importantes detalhes, como as coincidências entre certas letras, o encaixe perfeito das barras
que cortam as letras "t", igualdade na abertura das hastes, nas extensões, na altura e na
situação; em suas conclusões, declarou: "Essas igualdades absolutas, adicionadas às demais,
definem o exame da autoria gráfica (...). A mensagem psicografada por Francisco Cândido
Xavier, aos 22/7/78, atribuída a Ilda Mascaro Saullo, contém, conforme demonstração
fotográfica (...), consideráveis e irrefutáveis características de Gênese Gráfica, suficientes para
a revelação e identificação de Ilda Mascaro Sauflo como autora da mensagem questionada."
A pesquisa desenvolvida por Carlos Augusto Perandréa possui um duplo valor para os
estudiosos dos fenômenos psíquicos. Primeiro, porque os dados por ele levantados
comprovam a autenticidade do trabalho mediúnico de Chico Xavier, ajudando a demonstrar a
possibilidade de sobrevivência do espírito e da comunicação entre o plano astral e o mundo
físico. Segundo, porque todo trabalho foi elaborado a partir de técnicas objetivas de análise,
aceitas pelo Poder Judiciário como instrumentos de comprovação da autoria de qualquer
texto. Com isso, Perandréa marca um importante ponto contra aqueles que, invocando a
autoridade científica, negam com veemência e dogmatismo a tese da sobrevivência da alma.”
NEUROCIRURGIÃO DESCREVE O QUE VIU NO MUNDO
ESPIRITUAL DURANTE SUA EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE
Fonte da imagem:http://www.danielkaltenbach.com/artigos-diversos/neurocirugiao-americano-fala-sobre-sua-experiencia-
de-quase-morte/
Nas palavras do Dr. Raymond Moody Jr., autor do livro “Vida Depois da Vida”: “A
experiência do Dr. Eben Alexander foi a mais impressionante que já ouvi nas mais de quatro
décadas de estudo sobre este fenômeno”.
O Dr. Eben foi autor ou coautor de mais de 150 artigos para revistas dirigidas a
especialistas, e apresentou as conclusões de suas pesquisas em mais de 200 conferências
médicas ao redor do mundo.
Eis a descrição do que o Dr. Eben viu e sentiu em sua experiência, como escreveu em
seu livro, acima citado. Após descrever a região onde se encontrava como algo que nos lembra
bastante o Umbral (região inferior do plano espiritual descrita pelo Espírito André Luiz, pela
psicografia do médium Chico Xavier), um lugar escuro e lamacento, embora translúcido, onde
estava imerso, ele escreveu:
“Alguma coisa apareceu no escuro. Movendo-se lentamente, ela irradiava uma luz
dourada e, à medida que avançava, a escuridão à minha volta começava a se fragmentar e
dissipar.
Então escutei um novo som: um som vivo, como a mais rica e complexa melodia que já
tinha ouvido. Aumentando de volume enquanto uma diáfana luz branca descia, esse som
anulou as batidas mecânicas e maçantes que, aparentemente, haviam sido a minha única
companhia até então.
A luz foi chegando cada vez mais perto, girando em torno de mim, produzindo
filamentos de pura luz branca com raias douradas.
Uma abertura. Eu não estava mais olhando para a luz giratória, mas através dela.
Embaixo de mim havia uma campina. Ela era verde, exuberante e parecia feita de
terra. Era de terra... mas ao mesmo tempo não era. Minha sensação era a mesma que se tem
ao visitar algum lugar a que costumávamos ir quando crianças. Nós não o reconhecemos, mas
ao olharmos em volta, alguma coisa nos atrai, e percebemos que uma parte de nós – uma
parte bem lá no fundo – se lembra do lugar e se alegra por ter voltado ali.
Eu estava voando. Passei por árvores e campos, rios e cachoeiras, e avistei pessoas
aqui e ali. Também havia crianças rindo e brincando. Todos cantavam e dançavam em círculos,
e vi até cachorros correndo e saltando entre elas, igualmente tomados de alegria. As pessoas
vestiam roupas simples, mas bonitas, e tive a impressão de que as cores dessas vestimentas
tinham o mesmo tom vívido das árvores e das flores que desabrochavam e encantavam todo o
campo ao redor.
Só que não era um sonho. Embora não soubesse onde me encontrava e nem mesmo o
que era aquilo tudo, eu estava convicto de uma coisa: esse lugar em que de repente me vi era
completamente real.
A palavra real expressa algo abstrato e é totalmente ineficaz para transmitir o que
estou tentando descrever. Imagine que você é uma criança e vai ao cinema em uma tarde de
verão. Talvez o filme seja bom e prenda sua atenção enquanto você lhe está assistindo. Mas,
quando a sessão termina, você sai do cinema e volta para a paisagem agradável daquela bela
tarde. Logo, o ar fresco e a luz do sol o envolvem e, então, você pensa porque razão gastou
duas horas daquele dia magnífico sentado numa sala escura.
Multiplique esse sentimento por mil e ainda não estará perto de entender como eu me
senti naquele lugar.
Não sei exatamente por quanto tempo sobrevoei aqueles campos (o tempo ali era
diferente do tempo linear que vivemos na Terra, e é impossível descrevê-lo, assim como todos
os outros detalhes da experiência), mas em algum momento percebi que não estava sozinho.
Alguém se encontrava bem próximo a mim: uma bela menina com as maçãs do rosto
salientes e olhos de um azul profundo. Ela vestia o mesmo tipo de roupa camponesa que as
pessoas usavam lá embaixo. Seus longos cachos castanhos emolduravam um rosto
encantador. Cavalgávamos juntos sobre uma superfície intrincada, adornada por cores vivas
indescritíveis – como as asas de uma borboleta. Na verdade, milhões de borboletas nos
rodeavam. Havia ondas delas, descendo até a relva verde e voltando até nós no espaço. Não
foi apenas uma única e discreta borboleta que apareceu, mas um enxame, como se um rio de
vida e cores bailasse no ar. Voávamos em círculo, despreocupadamente, atravessando campos
floridos e sobrevoando árvores cujas flores desabrochavam à medida que passávamos.
O traje da menina era modesto, mas seu colorido – azul-anil e laranja – tinha a mesma
energia deslumbrante de todo o resto. Ela olhou para mim de um jeito arrebatador. Não era
um olhar romântico. Tampouco um olhar de amizade. Era um olhar que estava muito além
disso... além de qualquer tipo de amor que temos aqui na Terra. Era algo mais elevado, que
trazia em si todos esses amores, porém mais verdadeiro e puro que qualquer um deles.
Sem usar palavras, ela falou comigo. Sua mensagem me atingiu como um vento, e
compreendi imediatamente que ela era verdadeira. Eu soube disso da mesma maneira que
sabia que o mundo à minha volta era real – e não uma fantasia fugaz e delirante.
“Nós lhe mostraremos muitas coisas aqui”, a menina me disse, de novo sem usar
palavras, apenas projetando a essência do significado delas em mim. “Mas, no fim, você irá
voltar.”
Sei muito bem com que a morte se parece. Sei o que é ver uma pessoa viva, com quem
você conversou e brincou durante um bom tempo, de repente se tornar uma massa inerte em
uma mesa de operação depois de lutarmos durante horas para manter seu corpo funcionando.
Conheço o sofrimento e o pesar profundo das pessoas que perderam alguém que nunca
acharam que poderiam perder. Conheço a minha biologia, e, ainda que não seja um
especialista em física, não sou um ignorante total nessa matéria: sei a diferença entre a
fantasia e a realidade, e posso assegurar que a experiência que estou tentando transmitir aqui,
ainda que de forma vaga e insatisfatória, foi de longe a experiência mais real da minha vida.
Na verdade, a única coisa que poderia competir com ela em termos de realidade foi a
que veio a seguir.”
“Agora eu estava em um lugar cheio de nuvens. Nuvens grandes, fofas, brancas com
tons rosados se destacavam no céu de anil.
Um som forte e majestoso, como uma música sacra, veio de cima, e me perguntei se
aqueles seres superiores estariam produzindo esse uníssono.
Novamente, refletindo sobre isso mais tarde, me ocorreu que a alegria dessas criaturas
era tão imensa que elas tinham que manifestar esse som – como se fosse uma emoção
impossível de conter. Era algo palpável e quase material, assim como uma chuva que se sente
na pele, mas que não nos deixa molhados.
Ver e ouvir não eram coisas separadas naquele lugar. Eu podia ouvir a beleza dos
corpos daqueles seres cintilantes e, ao mesmo tempo, ver a perfeição do que eles cantavam.
Parecia que não era possível ver ou escutar qualquer coisa ali sem se tornar parte dela – sem
se fundir com aquilo de alguma forma misteriosa. Lá tudo era diferente e, no entanto, fazia
parte de algo maior, como os belos desenhos entrelaçados nos tapetes persas... ou como nas
asas de borboleta.
Um vento morno começou a soprar, balançando as folhas das árvores e fluindo como
um rio celestial. Uma brisa divina. Essa brisa mudou tudo, elevou o mundo ao meu redor para
uma oitava acima, para uma vibração mais alta.
Quem eu sou?
Toda vez que eu formulava uma questão, a resposta vinha instantaneamente em uma
explosão de luz, cor, amor e beleza que me invadia por completo. O importante sobre essas
explosões foi que elas não silenciavam minhas perguntas com sua força esmagadora, mas
respondiam a todas elas, só que de uma maneira além da linguagem. Os pensamentos
entravam em mim diretamente, mas não eram iguais aos que temos aqui.
Não eram vagos, imateriais nem abstratos. Eram sólidos e imediatos – mais quentes
que o fogo, mais úmidos que a água – e, à medida que os recebia, eu era capaz de conhecer,
instantaneamente e sem qualquer esforço, o que levaria anos para compreender na vida
terrena.
Neste caso, a “mãe” era Deus, o Criador, a Fonte – ou qualquer nome que se queira
dar para o Ser dos Seres que é responsável pela existência do Universo e tudo o que há nele.
Este Ser estava tão perto que parecia não haver distância alguma entre Ele e mim. Porém, eu
podia sentir Sua infinita vastidão e perceber o tamanho da minha insignificância diante de
tanta grandeza. De agora em diante, usarei Om para me referir a Deus, pois esse era o som
que eu lembrava ter ouvido associado àquele ser onisciente,
Mais tarde, quando já estava de volta a este mundo, encontrei uma citação do poeta
cristão do século XVII, Henri Vaughan, que chega próximo da descrição desse lugar – esse
amplo centro escuro que era o lar do Divino.
Era exatamente isto: uma escuridão absoluta que também era repleta de luz.
As perguntas e as respostas continuavam. A “voz” desse Ser era cálida e pessoal – por
mais estranho que isso possa soar. Ele entendia os humanos, possuía as qualidades que nós
possuímos, só que numa escala muito maior.
Por meio da Órbita, Om me disse que não existe apenas um Universo, mas muitos – na
verdade, mais do que eu poderia conceber –, e que o amor está no centro de todos eles.
Causa e efeito existem nesses reinos mais elevados, mas de maneira diferente da
nossa concepção terrena. O nosso tempo e espaço estão unidos, de maneira íntima e
complexa, com esses universos mais avançados. Em outras palavras, esses mundos não estão
totalmente separados do nosso, porque todos os mundos fazem parte da mesma e abrangente
Realidade divina. Daqueles universos mais avançados se pode acessar qualquer tempo ou
lugar do nosso mundo.
Seria necessário o resto de minha vida, e um pouco mais, para relatar o que aprendi
ali.
Para uma pessoa como eu, que passou toda a vida trabalhando duro para acumular
conhecimento e sabedoria da maneira tradicional, a descoberta desse nível mais avançado de
aprendizado foi, por si só, o bastante para alimentar meu pensamento pela vida fora.”
1. Uma programação primitiva do tronco encefálico para aliviar a dor e o sofrimento terminal
(um “argumento evolutivo” – talvez um resquício das estratégias de “morte de mentira” de
mamíferos inferiores?). Isso não explica a natureza intensa e interativa das minhas
recordações.
2. A evocação distorcida de lembranças vindas das partes mais profundas do sistema límbico
(por exemplo, a amígdala lateral), que são recobertas por tecido cerebral suficiente para deixá-
las relativamente protegidas da inflamação das meninges, que acontece sobretudo na
superfície do cérebro. Isso não explica a natureza intensa e demasiado interativa das minhas
lembranças.
6. Para explicar a “ultrarrealidade” da experiência, também sondei esta hipótese: seria possível
que redes de neurônios inibitórios pudessem ter sido predominantemente afetadas,
proporcionando altos níveis de atividade entre redes neuronais excitatórias para produzir o
aparente “ultrarrealismo” da minha experiência? Espera-se que a meningite cause distúrbios
prioritariamente no córtex superficial, deixando as camadas mais profundas parcialmente
ativas. A unidade computacional do neocórtex é a “coluna funcional” de seis camadas, cada
uma com diâmetro lateral de 0,2-0,3mm. Existe um número significativo de conexões laterais
entre colunas imediatamente adjacentes que trazem sinais modulatórios sobretudo de regiões
subcorticais (o tálamo, núcleos da base e tronco encefálico). Cada coluna funcional tem um
componente na superfície (camadas 1-3), de forma que a meningite perturba a função de cada
coluna ao danificar as camadas da superfície do córtex. A distribuição anatômica das células
inibitórias e excitatórias, bastante equilibrada ao longo das seis camadas, inviabiliza essa
hipótese. A meningite difusa sobre a superfície do cérebro incapacita o neocórtex por
completo devido a essa arquitetura colunar. Mesmo assim, uma destruição completa seria
desnecessária para que houvesse um comprometimento funcional total. Dado o curso
prolongado (por sete dias) do meu comprometimento neurológico e a gravidade da infecção, é
improvável que mesmo as camadas mais profundas do córtex ainda estivessem funcionando.
7. O tálamo, os núcleos da base e o tronco encefálico são estruturas cerebrais mais profundas
(“regiões subcorticais”) que alguns colegas postulam que poderiam ter contribuído para a
origem de tais experiências hiperreais. Na verdade, nenhuma dessas estruturas poderia
desempenhar qualquer um desses papéis sem que ao menos algumas regiões do neocórtex
estivessem intactas. Todos nós concordamos, no final, que essas estruturas subcorticais, por si
sós, não poderiam dar conta das computações neurais intensas que uma riquíssima
experiência interativa teria exigido.
9. Uma geração extraordinária de memória por meio de vias visuais evolutivamente antigas no
mesencéfalo, usada predominantemente nos pássaros e identificada muito raramente em
seres humanos. Isto pode ser demonstrado em humanos que são corticalmente cegos, devido
a um dano no córtex occipital. Mas não explica a ultrarrealidade que vivenciei, além de não
contemplar o entrosamento audiovisual das minhas experiências.”
Ao que tudo indica, a Espiritualidade Superior utilizou-se de um neurocirurgião, da
envergadura do Dr.Eben, para nos dar uma resposta às teorias materialistas sobre as
Experiências de Quase-Morte. Além disso, para mostrar aquilo que nos espera quando
evoluirmos, quando nos empenharmos em nossa luta contra os nossos instintos inferiores
como o egoísmo, o orgulho, a vaidade e o apego aos bens materiais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
O Dr. Bezerra de Menezes, que ficou conhecido como o “Allan Kardec brasileiro” e o
“médico dos pobres”, foi, enquanto encarnado, e após seu desencarne, até hoje, uma
personalidade de grande importância para o Espiritismo no Brasil.
Hoje, dia 29 de agosto de 2013, quando se comemora o 182º ano do seu nascimento,
extraímos, em parte, um artigo do site do “Núcleo Espírita Verbo de Luz”, contendo a biografia
desse Espírito missionário, de enorme envergadura moral:
Já na Serra dos Martins, no Rio Grande do Norte, para onde se transferiu em 1842 com a
família, por motivo de perseguições políticas, aprendeu latim em dois anos, a ponto de
substituir o professor.
Em 1846, já em Fortaleza, sob as vistas do irmão mais velho, o Dr. Manoel Soares da Silva
Bezerra, conceituado intelectual e líder católico, efetuou os estudos preparatórios,
destacando-se entre os primeiros alunos do tradicional Liceu do Ceará.
Bezerra queria tornar-se médico, mas o pai, que enfrentava dificuldades financeiras, não podia
custear-lhe os estudos. Em 1851, aos 19 anos, tomou ele a iniciativa de ir para o Rio de Janeiro,
a então capital do Império, a fim de cursar medicina, levando consigo a importância de 400 mil
réis, que os parentes lhe deram para ajudar na viagem.
No Rio de Janeiro, ingressou, em 1852, como praticante interno no Hospital da Santa Casa de
Misericórdia.
Para poder estudar, dava aula de filosofia e matemática. Doutorou-se em 1856 pela
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Em março de 1857, solicitou sua admissão no Corpo de Saúde do Exército, sentando praça em
20 de fevereiro de 1858, como cirurgião tenente.
Em 6 de novembro de 1858, casou-se com a Sra. Maria Cândida de Lacerda, que desencarnou
no início de 1863, deixando-lhe um casal de filhos.
Em 1859 passou a atuar como redator dos "Anais Brasilienses de Medicina", da Academia
Imperial de Medicina, atividade que exerceu até 1861.
Em 21 de janeiro de 1865, casou-se, em segunda núpcias com Dona Cândida Augusta de
Lacerda Machado, irmã materna de sua primeira esposa, com quem teve sete filhos.
Quando tentaram impugnar sua candidatura, sob a alegação de ser médico militar, demitiu-se
do Corpo de Saúde do Exército. Na Câmara Municipal, desenvolveu grande trabalho em favor
do “Município Neutro” e na defesa dos humildes e necessitados.
Foi reeleito com simpatia geral para o período de 1864-1868. Não se candidatou ao exercício
de 1869 a 1872.
Em 1867, foi eleito deputado-geral (correspondente hoje a deputado federal) pelo Rio de
Janeiro. Dissolvida a Câmara dos Deputados em 1868, com a subida dos conservadores ao
poder, Bezerra dirigiu suas atividades para outras realizações que beneficiassem a cidade.
Em 1873, após quatro anos afastados da política, retomou suas atividades, novamente como
vereador.
Bezerra não ficou, porém, no conselho teórico. Com as iniciais A. M., principiou a colaborar
com o “Reformador”, emitindo comentários judiciosos sobre o Catolicismo.
Fundada a Federação Espírita Brasileira em 1884, Bezerra de Menezes não quis inscrever-se
entre os fundadores, embora fosse amigo de todos os diretores e sobremaneira, admirado por
eles.
Embora sua participação tivesse sido marcante até então, somente em 16 de agosto de 1886,
aos 55 anos de idade, Bezerra de Menezes, perante grande público, em torno de 1.500 a 2.000
pessoas, no salão de Conferência da Guarda Velha, em longa alocução, justificou a sua opção
definitiva de abraçar os princípios da consoladora doutrina.
Daí por diante Bezerra de Menezes foi o catalisador de todo o movimento espírita na Pátria do
Cruzeiro, exatamente como preconizara Ismael.
Com sua cultura privilegiada, aliada ao descortino de homem público e ao inexcedível amor ao
próximo, conduziu o barco de nossa doutrina por sobre as águas atribuladas pelo iluminismo
fátuo, pelo cientificismo presunçoso, que pretendia deslustrar o grande significado da
Codificação Kardequiana.
Presidente da FEB em 1889, ao espinhoso cargo foi reconduzido em 1895, quando mais se
agigantava a maré da discórdia e das radicalizações no meio espírita, nele permanecendo até
1900, quando desencarnou.
Morreu pobre, embora seu consultório estivesse cheio de uma clientela que nenhum médico
queria; eram pessoas pobres, sem dinheiro para pagar consultas. Foi preciso constituir-se uma
comissão para angariar donativos visando a possibilitar a manutenção da família. A comissão
fora presidida por Quintino Bocayuva.
Por ocasião de sua morte, assim se pronunciou Leon Denis, um dos maiores discípulos
de Kardec: “Quando tais homens deixam de existir, enluta-se não somente o Brasil, mas os
espíritas de todo o mundo”.
Os Textos abaixo foram incluído nas obras que integram a Coleção Bezerra de Menezes,
publicada pela FEB.
O Espiritismo, qual novo maná celeste, já vinha atraindo multidões de crentes, a todos
saciando na sua missão de consolador. Logo que apareceu a primeira tradução brasileira de “O
Livro dos Espíritos”, em 1875, foi oferecido a Bezerra de Menezes um exemplar da obra pelo
tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos, que se ocultou sob o pseudônimo de Fortúnio.
Contribuíram também, para torná-lo um adepto consciente, as extraordinárias curas que ele
conseguiu, em 1882, do famoso médium receitista João Gonçalves do Nascimento. Em 1885,
atingiu o fim de suas atividades políticas.
Bezerra de Menezes atuou 30 anos na vida parlamentar. Outra missão o aguardava, esta mais
nobre ainda, aquela de que o incumbira Ismael, não para o coroar de glórias, que perecem,
mas para trazer sua mensagem à imortalidade.
Em 1878, com a volta dos liberais ao poder, foi novamente eleito à Câmara dos Deputados,
representando o Rio de Janeiro, cargo que exerceu até 1885.
Neste período, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, que veio
proporcionar-lhe pequena fortuna, mas que, por sua vez, foi também o sorvedouro dos seus
bens, deixando-o completamente arruinado.
Elegeu-se vereador para Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 1860, pelo Partido Liberal.
ENDEREÇO ELETRÔNICO:
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Adolfo%20Bezerra%20de%20M
enezes
A PRÁTICA DO BEM E O DESAPEGO AOS BENS MATERIAIS
SÃO UMA CHATICE? A FELICIDADE DOS BONS ESPÍRITOS
Muitas pessoas desfrutam, ou sonham desfrutar, plenamente, dos prazeres e bens que
o mundo material pode proporcionar, como as extravagâncias que a fortuna pode comprar, o
status social, de preferência sem se esforçar muito para isso, poder, o sexo promíscuo,
alimentação saborosa e farta, etc.. Não imaginam, sequer, que possa existir prazer que não
seja dessa forma. Muitos são até capazes de passar por cima de qualquer um para obter tudo
isso. A prática do bem e o desapego aos bens materiais? Para várias delas, é uma chatice e
uma perda de tempo imensa! Para um materialista, nada mais natural pensar assim, uma vez
que para este nada mais existe além da matéria.
Resposta – “Consiste em conhecer todas as coisas; não ter ódio, ciúme, inveja,
ambição e nenhuma das paixões que fazem a infelicidade dos homens. O amor que os une é a
fonte de uma suprema felicidade. Eles não experimentam as necessidades e sofrimentos nem
as angústias da vida material; ficam felizes com o bem que fazem. Porém, a felicidade dos
Espíritos é sempre proporcional à sua elevação. Só os Espíritos puros desfrutam, é bem
verdade, da felicidade suprema, mas todos os outros são também felizes. Entre os maus e os
perfeitos existe uma infinidade de graus em que os prazeres são relativos à condição moral.
Aqueles que estão bastante adiantados compreendem a felicidade dos mais avançados e
desejam igualmente alcançá-la, o que é para eles um motivo de estímulo e não de ciúme.
Sabem que depende deles consegui-la e trabalham para esse fim, mas com a calma da boa
consciência, e são felizes por não sofrerem como os maus.”
Na pergunta N° 969: “O que devemos entender quando se diz que os Espíritos puros
estão reunidos no seio de Deus e ocupados em cantar louvores?”
Resposta – “É um modo de dizer, uma simbologia, para fazer entender o que eles têm
das perfeições de Deus, já que O veem e O compreendem, mas não a deveis tomar ao pé da
letra como fazeis com muitas outras. Tudo na natureza, desde o grão de areia, canta, ou
seja, proclama o poder, a sabedoria e a bondade de Deus. Não acrediteis que os Espíritos
bem-aventurados vivam em contemplação por toda a eternidade; seria uma felicidade
estúpida e monótona e seria ainda mais, uma felicidade egoísta, uma vez que sua existência
seria uma inutilidade sem fim. Eles não têm mais as aflições da existência corporal: isso já é
um prazer. Aliás, como já dissemos, conhecem e sabem todas as coisas; empregam útil e
proveitosamente a inteligência que adquiriram para ajudar no progresso dos outros Espíritos:
é sua ocupação e ao mesmo tempo um prazer.”
Sentimento de paz;
Sentimento de alegria;
Ver/sentir-se cercado por uma luz (Para muitas pessoas, a luz no final do túnel começou bem
fraca depois foi crescendo em intensidade. Geralmente era branca mas não machucava os
olhos. Era descrita como "agradável" e “acolhedora”, e conduzia o indivíduo para dentro dela.
Com freqüência os deixava com uma sensação calorosa de serem amados. Aqueles que
encontraram essa luz freqüentemente descreveram passar por uma forte transformação e
experienciar uma a mudança de mente. Geralmente, as pessoas sentiram que ficaram menos
materialistas, mais gentis com os outros, mais dispostas a servir, prontas a ajudar, com menos
medo da morte e mais religiosas. Em alguns casos, os familiares também notaram a diferença.
Alguns, que eram ateus, desenvolveram uma fé extremamente forte em Deus. O efeito na
maioria dos casos se prolongou por décadas).
Nuvens grandes, fofas, brancas com tons rosados se destacavam no céu de anil.
Um som forte e majestoso, como uma música sacra, veio de cima, e me perguntei se
aqueles seres superiores estariam produzindo esse uníssono. Novamente, refletindo sobre isso
mais tarde, me ocorreu que a alegria dessas criaturas era tão imensa que elas tinham que
manifestar esse som – como se fosse uma emoção impossível de conter. Era algo palpável e
quase material, assim como uma chuva que se sente na pele, mas que não nos deixa
molhados.”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita.
2 ALEXANDER, Eben. Uma prova do céu. A jornada de um neurocirurgião à vida após a
morte.Rio de Janeiro.Sextante [2012].
VISÕES NO LEITO DE MORTE: MAIS EVIDÊNCIAS DA
SOBREVIVÊNCIA DA ALMA
As visões no leito de morte são mais uma dentre as inúmeras categorias de fenômenos
que, em conjunto, nos dão uma sólida prova da sobrevivência da alma, devido às suas
características notavelmente convergentes, apesar de virem das mais diversas e
independentes fontes ao redor do mundo, e em todas as épocas da humanidade. Notável
também é a semelhança dos detalhes destes fenômenos com os princípios que nos foram
transmitidos pelos Espíritos Superiores, através dos estudos de Allan Kardec, que resultaram
no surgimento do Espiritismo. Espíritos merecedores são recebidos em sua passagem para o
mundo espiritual, seja por parentes e amigos queridos já falecidos , seja por Espíritos
benfeitores que, para oferecer uma transição tranquila para o mundo maior, tomam a forma
de seres comuns às crenças daqueles que estão desencarnando, ou estes interpretam a
aparição de um bom Espírito como sendo um ser divino de sua religião.
O Dr. Fenwick, há muito tempo, tem interesse na real função do cérebro, sua relação
com a mente e o problema da consciência. Ele tem um extenso histórico de pesquisas e
publicou mais de duas centenas de artigos em revistas médicas e científicas. É amplamente
considerado como uma autoridade no assunto das Experiências de Quase Morte e o problema
cérebro-mente.
Abaixo, transcrevemos parte de um texto do Dr Peter Fenwick, sobre as Visões no
leito de morte e as Experiências de Quase Morte:
“Visões no leito de morte são, eu acredito, muito comuns e, certamente, elas têm sido
relatadas ao longo da história e em todas as diferentes culturas. A esposa de um paciente
meu me descreveu o que aconteceu quando o marido estava morrendo de um tumor cerebral:
"Ele estava inconsciente. Quando eu olhei para ele, ele estava olhando fixamente para algo
na sua frente. Um sorriso de reconhecimento foi surgindo lentamente em seu rosto, como se
ele fosse cumprimentar alguém. Em seguida, ele relaxou e morreu pacificamente.
Neste caso, os detalhes das principais características da experiência. A pessoa que está
morrendo aparece para ver e ouvir a visão e, geralmente, responde a ela de uma forma
positiva. Muitas vezes o paciente sai do coma antes de ter a experiência e morre quase
imediatamente depois.
Muito poucos estudos científicos têm sido feitos para classificar o fenômeno de visões no leito
de morte. O maior levantamento foi realizado por Osis e Haraldsson (1997) mais de 20 anos
atrás. Em uma pesquisa transcultural eles relataram que em mais de 70% das visões leito de
morte apareceram entidades que vieram receber os moribundos. "Numa cultura ocidental pais
ou outros parentes falecidos são mais comumente vistos; estranhos são vistos ocasionalmente
e as crianças puderam relatar ver amigos que viviam. As pessoas que têm uma forte fé
religiosa podem ver figuras religiosas, e nas culturas orientais a figura que os vêm receber é
muitas vezes um “Yamdoot", o mensageiro do Deus da morte. Normalmente, a resposta da
pessoa que está morrendo relativa à visão é de interesse ou alegria, na maioria são bem-
vindos e a pessoa está geralmente pronta para ir com eles. Mais raramente a resposta pode
ser medo ou a recusa de ir.
Um exemplo típico é este caso citado por Osis e Haraldsson (1977) de uma moça moribunda
de 16 anos que tinha acabado de sair do coma.
(Ela disse) “...Eu não posso levantar-me", e ela abriu os olhos. Eu levantei-a um pouco e ela
disse: 'Eu vejo, eu vejo, eu estou chegando'. Ela morreu logo depois com um rosto radiante,
exultante.
Em um estudo italiano, Giovetti (1999) relata que 40% das visões no leito de morte que ele
coletou apareceram 'entidades que vieram buscar os moribundos'. Em um caso a mulher
descreve o momento da morte de seu marido.
A gaze sobre o seu rosto mudou. Corri até ele. 'Adriana minha querida, sua mãe (que havia
morrido três anos antes) está me ajudando a sair desse corpo nojento. Há tanta luz aqui,
tanta paz.
Houran e Lange (1997) realizou uma análise contextual em 49 relatos de visões no leito de
morte recolhidos por Barrett em 1926 e concluiu que essas visões foram contextuais e
reconfortantes, que, por vezes, parentes mortos foram vistos, mas o moribundo não sabia que
tinham morrido, e que os autores não poderiam excluir a possibilidade da sobrevivência da
alma.
Os cuidadores também relatam que a pessoa que está morrendo pode dizer-lhes que eles
podem se mover entre a sala em que eles se encontram e um mundo transcendente em que se
encontram aqueles que os aguardam após a morte. Muitas características deste estado
transcendente são semelhantes aos das Experiências de Quase-Morte e contêm a luz, os
sentimentos de amor e um maravilhoso reino de cor viva. Um paciente meu, cuja filha de 32
anos de idade estava morrendo de câncer de mama me disse que, nos últimos dois ou três
dias de vida de sua filha, ela permaneceu consciente, e disse à mãe que parecia haver um
teto escuro sobre sua cabeça e uma brilhante luz. Ela entrava e saía desse "lugar de espera",
onde os seres estavam falando com ela. Ela estava muito convencida de que este não era um
sonho, que estes eram seres amorosos que estavam lá para ajudá-la durante o processo de
morrer - seu avô estava entre eles - e que tudo ficaria OK.
Há também muitos relatos de pessoas que parecem ter uma insinuação clara de sua própria
morte iminente. Este é um relato que me foi dado por alguém que me contou o que
aconteceu dois dias antes que sua mãe morreu.
"De repente, ela olhou para a janela e parecia olhar atentamente para cima dela... isso durou
apenas alguns minutos, mas pareciam anos... de repente ela se virou para mim e disse: 'Por
favor, Pauline, não tenha medo de morrer. Eu vi uma luz bonita e eu estava indo em direção
a ela, eu queria ir para a luz, era tão calmo que eu realmente tive que lutar para voltar. No
dia seguinte, quando chegou a hora de eu ir pra casa, eu disse 'Tchau mãe, vejo você amanhã
". Ela olhou para mim e disse: “Eu não estou preocupada com o amanhã e você não deve
estar, eu prometo". Infelizmente ela morreu na manhã seguinte... mas eu sabia que ela tinha
visto algo naquele dia que lhe deu conforto e paz, quando ela sabia que tinha apenas algumas
horas para viver".
Mais uma vez, há muitos relatos de familiares que dizem que eles se tornam conscientes de
que alguém próximo a eles está morto ou morrendo, apesar de estarem muitas vezes longe e
não tinham como saber que a pessoa estava doente. Isto pode assumir a forma de uma "visita"
pela pessoa que está morrendo, no momento de sua morte, como para dizer adeus, ou
simplesmente uma experiência de inter-relação com a morte - batidas, despertando no
momento da morte, etc
Gurney, Myers e Podmore (1886) citam o caso da General Albert Fytche, que, ao sair da
cama, viu um velho amigo que ele cumprimentou calorosamente e se encaminhou para a
varanda pedindo uma xícara de chá. Quando foi se juntar a ele, o velho amigo tinha
desaparecido. Ninguém na casa tinha visto ninguém. Duas semanas depois, Fytche recebeu a
notícia de que seu amigo tinha morrido a 600 milhas de distância, no mesmo período da
aparição.
"Quando fui para a cama eu estava muito inquieto. Eu fiquei assim até que, de repente, nas
primeiras horas, o meu pai estava junto da minha cama. Ele estava doente há muito tempo,
mas ele estava no auge da vida. Ele não falou. Minha agitação cessou e eu adormeci. Na parte
da manhã eu fiquei sabendo que... o meu pai tinha morrido na noite anterior e tinha sido
autorizado a visitar-me no seu caminho para a próxima vida.
(Comunicação pessoal)
A seguir, um relato interessante, pois mostra a poderosa impressão que essas experiências
podem ter sobre aqueles que as ouvem.
"Por volta de 1950, um parente distante estava no hospital em Inverness. Era um domingo e
meu pai foi visitar João, para ser informado de que ele havia morrido naquela manhã, em um
determinado momento. As autoridades do hospital perguntaram a meu pai se ele iria informar
ao parente mais próximo, Kate, a irmã do falecido e seu marido, que eram criadores de
ovelhas que vivem em uma parte relativamente remota da Ross Páscoa e sem telefone. Papai
e eu nos dirigimos por 20 ou mais milhas até uma pista de colina para a casa da fazenda, até
encontrar Kate, que disse: "Eu sei por que você veio - eu o ouvi me chamando dizendo: "Kate,
Kate", quando ele passou para cima". Ela estava bastante inteirada, de fato, sobre isso e nos
deu a hora da morte, que era exatamente a mesma que a registrada pelo hospital. Eu achei
uma experiência incrível e nunca me esqueci, nem nunca vou esquecer. Eu tinha uns 17 anos
na época.
Que coincidências no leito de morte ocorrem é apoiado por contos de diferentes culturas e ao
longo da história. As pinturas de Giotto em Assis demostram algo como uma experiência. Um
clérigo em uma parte diferente da Itália que estava morrendo tornou-se ciente de que São
Francisco estava morrendo e passando por cima e gritou: "Espere por mim, espere por mim St.
Francis, estou chegando, estou chegando" ao que ele morreu.
O argumento contra as experiências que têm uma validade mais do que coincidência é que os
sentimentos de morte ou perigo grave para um ente querido é muito comum e por isso só por
acaso esses sentimentos, por vezes, vão coincidir com uma morte real. A minha opinião é que
isso é pouco provável que represente todos esses relatos e que a idéia de uma inter-relação
no momento da morte continua a ser importante.
Experiência de luz
Outros fenômenos parecem estar associados com o momento da morte. A luz é muitas vezes
mencionada, e, ocasionalmente, algo interpretado como "alma" ou "essência" por aqueles que
vêem é vista deixando o corpo. Um médico que tinha visto muitos pacientes morrerem me
disse que ele estava uma vez jogando golfe quando outro jogador teve um ataque cardíaco.
Quando ele foi ajudar, viu o que ele descreveu como uma forma branca, que parecia subir e
se separar do corpo. Outras pessoas me contaram experiências semelhantes.
Quando acordei, o quarto estava escuro como breu, mas acima da cama do meu pai estava
uma chama lambendo a parte superior da parede contra o teto... quando eu olhei... Eu vi
uma nuvem de fumaça, assim como o vapor que sobe de uma vela apagada, mas em uma
escala maior ... ele estava sendo jogado fora por uma única lâmina de luz de fósforo ... é
pendurado acima da cama do meu pai, a cerca de 18 centímetros, mais ou menos por muito
tempo, e foi uma beleza indescritível ... parecia perfeito para expressar o amor e a paz.
Eventualmente eu acendi a luz. A luz desapareceu e o quarto era o mesmo de sempre em uma
manhã de novembro, frio e triste, sem som da respiração do meu pai na cama. Seu corpo
ainda estava quente.
(Comunicação pessoal)
De repente, surgiu uma luz muito brilhante no peito do meu marido e quando essa luz subiu,
havia a mais bela música e vozes cantando, meu peito parecia cheio de alegria infinita e meu
coração sentiu como se estivesse subindo, como a me aderir a esta luz e música. De repente,
houve uma mão no meu ombro e uma enfermeira disse: “Sinto muito amor. Ele se foi". Eu
perdi de vista a luz e a música, me sentindo tão desolada por ter sido deixada para trás."
(Comunicação pessoal)
Mais uma vez fiquei impressionado com a semelhança entre a música ligeira e celestial dessas
experiências e as relatadas nas Experiências de Quase-Morte. Adicionado a isso é a
experiência de algo indo em uma viagem, que o cuidador deseja acompanhar e seguir em um
além amoroso.
A explicação reducionista para as visões no leito de morte seria a de que elas são
simplesmente alucinações interpretáveis em termos de uma mudança na química do cérebro,
ou psicologicamente derivadas, confirmando as expectativas ou proporcionando conforto
como a abordagem de morrer a sua morte. Um ponto contra é que, ocasionalmente, ocorrem
visões de um parente morto que o moribundo não sabe que está morto. No entanto, alguns
fenômenos que cercam o leito de morte são testemunhados pelos cuidadores, e o mecanismo
para estes é claramente diferente. A visão reducionista seria que eles ocorrem em resposta
ao estresse que o cuidador tem tido nos meses que antecederam a morte e são,
provavelmente mediadas por uma mudança de afeto. A expectativa também pode
desempenhar um papel, como a morte ocorre sempre dentro de uma cultura e na cultura
ocidental, o conceito de alma e uma partida para o céu de paz e amor é comum. No entanto,
como agora avança a ciência pós-moderna, juntamente com o reconhecimento de que a
neurociência ainda não tem explicação para a consciência (experiência subjetiva), a
possibilidade de fenômenos transcendentes em todo o momento da morte também deve ser
considerados.”
Em sua obra “Aparições de defuntos no Leito de Morte”, cuja edição original foi
publicada em 1906, o filósofo e estudioso dos fenômenos psíquicos, o italiano Ernesto
Bozzano analisou diversas categorias do fenômeno das Visões no leito de morte entre
inúmeros casos ocorridos na segunda metade do século XIX. Dessa obra, extraímos os quatro
casos abaixo:
Caso 28 – Em uma cidade situada nos arredores de Boston, achava-se moribunda uma menina
de 9 anos. Ela acabava de entreter-se com os pais sobre quais os objetos que desejava deixar
a esta ou àquela de suas amiguinhas. Entre as mesmas havia uma graciosa criança de sua
idade, chamada Jeni, e a agonizante lhe havia legado também alguns de seus brinquedos, a
título de lembrança.
Pouco tempo depois, ao aproximar-se a hora da agonia, começou a pequena a declarar que
percebia em torno de si rostos de pessoas amigas, as quais ia nomeando. Anunciou ver, entre
outros, o avô e a avó; depois do que, manifestando viva surpresa, dirigiu-se a seu pai,
perguntando:
“Por que não me disseste que Jeni tinha morrido? Ei-la, a minha Jeni, ela veio com as
outras para receber-me.”
Tal é o fato. Parece-me que ele contém um elemento de natureza não comum e persuasiva.
Com efeito, se é possível compreender-se que a menina pudesse imaginar que via seus avós,
não havia, no entanto, nenhuma razão para que supusesse ver também Jeni. A circunstância,
aliás, de ter-lhe destinado lembranças, a surpresa experimentada e as palavras que então
pronunciara, provam que tudo isso não pode ser facilmente explicado por meio das hipóteses
habituais.” (Reverendo Minot Savage, Can Telepathy Explain?, págs. 42, 43.)
Caso 30 – Tiro-o do vol. XXX, pág. 32 dos Proceedings of the S. P. R. Foi comunicado à
Sociedade por um coronel irlandês.
Como o principal papel deste acontecimento foi representado pela própria mulher do coronel,
compreende-se que este deseje que se lhes não publiquem os nomes.
– Teremos hóspedes durante toda a próxima semana. Conheces alguém que possa cantar com
as nossas filhas?
Lembrei-me de que meu armeiro – M. X. – tinha uma filha, cuja voz era muito bela e estudava
o canto com fim profissional. Eu a indiquei, pois, e ofereci-me a escrever a X... a fim de lhe
pedir que permitisse à sua filha vir passar uma semana conosco.
Assim foi decidido. Escrevi ao armeiro e Miss Júlia X... foi nossa hóspede durante o tempo
fixado.
Eu não sei se Mrs.... tornou a vê-la depois. Quanto a Miss Júlia, em vez de se consagrar à arte
do canto, esposou mais tarde Henry Webley. Nenhum de nós teve mais ocasião de revê-la.
Seis ou sete anos se passaram. Mrs...., que estava doente havia alguns meses, teve sua
doença agravada e expirou no dia seguinte àquele de que vos vou falar.
Eu estava assentado ao seu lado; conversávamos acerca de certos interesses que ela desejava
vivamente regular. Parecia perfeitamente calma e resignada, em plena posse de suas
faculdades intelectuais; isso ficou demonstrado mais tarde, por se haver verificado a justeza
de sua opinião, em contrário aos conselhos errôneos de nosso advogado, que julgava inútil
certa medida sugerida pela doente.
– Já as tenho percebido muitas vezes, hoje. Não duvido que sejam anjos que vêm desejar-me
as boas-vindas para o céu. O que é estranho é que, entre essas vozes, há uma que estou certa
de conhecer, mas não me posso lembrar donde.
– Olha, ela está no canto do quarto; é Júlia X...; agora se dirige para cá, inclina-se sobre ti,
eleva as mãos, orando. Olha, já se vai...
– Partiu, agora.
Afigurou-se-me que suas afirmativas não eram outra coisa mais que as imaginações de um
moribundo.
Dois dias depois, percorrendo um número do Times, sucedeu-me ler, no necrológio, o nome
de Júlia Z..., mulher do Sr. Webley.
Isso me impressionou tão vivamente que, logo após as exéquias de minha mulher, fui a ...,
onde procurei X..., e lhe perguntei se a Sra. Júlia Webley, sua filha, era realmente morta.
“Mrs. Júlia Webley morreu a 2 de fevereiro de 1884, cerca de 4 horas da tarde. Eu havia lido
a notícia da morte da Sra. Júlia a 14 de fevereiro.”
Durante as últimas horas de vida cantou sem cessar. Isso foi 10 minutos antes de morrer.
Posto que sua foz tivesse sido sempre bela, nunca me pareceu ela tão deliciosa como nesse
momento supremo.” (Assinado: Henry Webley.)
Caso 32
“No mês de novembro de 1864, fui chamado a Brighton, onde minha tia, a Sra. Harriet
Pearson, estava gravemente doente.
Seu quarto tinha três janelas e estava colocado acima da sala. Eu dormia com Mme.
Coppinger no quarto ao lado.
Na noite de 22 de dezembro de 1864 ela era, porém, velada pela Sra. J. Pearson, enquanto
nós repousávamos.
Em todos os lugares havia luz e a porta que dava para o quarto da doente estava aberta.
Entre 1 e 2 horas da madrugada, ocasião em que a Sra. Coppinger e eu estávamos acordadas,
porque o nosso estado de ansiedade fazia que percebêssemos o menor ruído proveniente do
outro quarto, produziu-se um incidente que muito nos impressionou.
Percebemos, ambas, uma figura de mulher, pequena, envolvida em um xale, com um chapéu
fora da moda e uma cabeleira ornada com três fileiras de cachos; a aparição tinha
atravessado a soleira da porta que separava os dois quartos e entrara no da doente.
– Ema, viste? Levanta-te, é tua tia Ana! (Ana era uma irmã da doente, já falecida.)
Respondi logo:
Descemos ambas da cama; nesse momento, a Sra. John Pearson precipitou-se para o nosso
quarto, dizendo por sua vez:
– Provavelmente devia ter sido Elisa, que desceu para ver como vai sua patroa.
Ouvindo isto, Mrs. Coppinger subiu, correndo, ao andar superior, onde encontro Elisa
dormindo profundamente. Ela a acordou e fê-la vestir-se. Pesquisou-se em todos os quartos,
mas em vão.
A tia Harriet morreu na noite desse mesmo dia, tendo-nos contado antes haver visto a irmã,
que viera chamá-la.”
(Assinado: Ema M. Pearson, Elisa Quinton – Proceedings of the S. P. R., vol. VI, pág. 21.)
Caso 33 – Este foi comunicado à Society for P. R., pelo Professor W. C. Crosby, um de seus
membros:
“Mrs. Caroline Rogers, com 72 anos de idade, viúva de dois maridos – cujo primeiro, o Sr.
Tisdale, morrera 35 anos antes –, viveu, durante os últimos 25 anos de sua existência em
Roslindale (Mass., Estados Unidos), na Rua Ashland.
Depois da morte do seu último filho, que se deu há alguns anos, ela vivia constantemente só.
Nos primeiros dias de março deste ano foi atacada de paralisia e, após uma doença de cerca
de seis semanas, expirou na tarde de 15 de abril.
Mary Wilson, enfermeira, de 45 anos, assistiu a Sra. Rogers durante toda sua moléstia e ficou,
quase sem interrupção, à sua cabeceira, até que ela expirou.
Nunca, antes dessa época, tinha visto a Sra. Rogers e ignorava o que dizia respeito à sua
existência ulterior. A doente conversava freqüentemente com ela, bem como com outras
pessoas, sobre o seu segundo marido, o Sr. Rogers, e sobre o filho, exprimindo a esperança de
revê-los um dia.
Na tarde de 14 de abril, Mrs. Rogers caiu em estado de inconsciência, no qual ficou até a
morte, que sobreveio 24 horas depois.
A Sra. Wilson sentia-se esgotada pelas vigílias prolongadas; e como esperasse assistir, de um
momento para outro, ao passamento da enferma, estava naturalmente nervosa e inquieta,
tanto mais quanto Mrs. Rogers lhe tinha dito que havia percebido, muitas vezes, em torno de
si, os fantasmas dos seus mortos queridos. Ela experimentava, ao mesmo temp, estranha
sensação, como se aguardasse uma visita de além-túmulo.
Entre as 2 e 3 da manhã – quando sua filha dormia, e estando ela própria estendida,
acordada, no canapé – a Sra. Wilson voltou, por acaso, o olhar para a porta que comunicava
com o outro quarto; e percebeu, nos umbrais, a figura de um homem de talhe médio, com
aspecto feliz, tendo largas espáduas, que trazia um pouco inclinadas para trás.
A cabeça estava descoberta; os cabelos e a barba eram-lhe de cor vermelha carregada; trazia
um sobretudo escuro e desabotoado; tinha a expressão do rosto, nem muito áspera nem muito
amável.
Parecia olhar, ora para a Sra. Wilson, ora para a Sra. Rogers, ficando em imobilidade
absoluta.
A Sra. Wilson acreditou, naturalmente, achar-se em presença de uma pessoa viva, sem que
pudesse descobrir, no entanto, como poderia ela ter entrado na casa.
Vendo, em seguida, que o visitante continuava imóvel como uma estátua, começou a
suspeitar que se tratasse de algo anormal; inquieta, voltou a cabeça para outro lado,
chamando a filha em altas vozes, a fim de acordá-la. Algum tempo depois, começou a olhar
na primitiva direção, mas tudo havia desaparecido.
Nessa mesma manhã, a Sra. Hildreth, sobrinha da enferma, que morava não longe daí e que
vivia, desde alguns anos, em grande familiaridade com a tia, foi visitá-la. A Sra. Wilson
aproveitou para fazer-lhe a narrativa do que se tinha passado, perguntando-lhe se a aparição
que houvera visto parecia-se com a do defunto Sr. Rogers.
A Sra. Hildreth respondeu negativamente (outras pessoas que conheceram o Sr. Rogers
fizeram, em seguida, a mesma declaração).
A conversa foi interrompida nesse momento; mas, algumas horas depois, a Sra. Hildreth
voltou ao assunto e disse a Mme. Wilson que a descrição, que lhe acabara ela de fazer,
correspondia perfeitamente com o aspecto pessoal do Sr. Tisdale, primeiro marido da Sra.
Rogers.
É preciso observar, agora, que a Sra. Rogers se tinha estabelecido em Roslindale depois do
segundo casamento; a Sra. Hildreth era a única pessoa do lugar que conheceu o Sr. Tisdale;
em casa da Sra. Rogers não existiam retratos nem qualquer outro objeto capaz de fazer
reconhecer os traços de aparição.” (Assinado: Mary Wilson.)
“A narrativa que precede constitui a exposição completa e cuidadosa do fato sucedido à Sra.
Wilson, tal como me foi contado por ela própria na manhã de 15 abril.” (Assinado: Mrs. P. E.
Hildreth. – Proceedings of the S. P. R., vol. VIII, págs. 229-231.)
No Brasil, as visões no leito de morte estão sendo estudadas pelo Psicólogo e Doutor
em Neurociências Júlio Peres. Extraímos, de um texto bastante interessante sobre suas
pesquisas, o seguinte trecho:
De acordo com Dr. Julio Peres, pesquisas recentes demonstram que um grande número
de pessoas de distintas culturas têm relatado experiências no final da vida – originalmente
chamadas na literatura por end-of-life experiences – sob a forma de visões no leito de
morte, sugestivas da existência espiritual.”
http://www.clinicajulioperes.com.br/trauma-psicologico/visoes-no-leito-de-morte/
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.rcpsych.ac.uk/pdf/pfenwickneardeath.pdf
http://www.clinicajulioperes.com.br/trauma-psicologico/visoes-no-leito-de-morte/
http://www.horizonresearch.org/main_page.php?cat_id=95#fenwick
AS EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE CONFIRMAM O
ESPIRITISMO?
Fonte: http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/S_autores/SILVA_NETO_SOBRINHO_Paulo_
tit_Neurocirurgiao_muda_de_ideia_apos_vivenciar_uma_EQM.htm
“Em tempos mais modernos, o fenômeno EQM tem sido descrito em muitas regiões do
mundo, incluindo Índia, China, América do Sul e Oriente Médio.”
“Um homem está morrendo e, quando chega ao ponto de maior aflição física, ouve
seu médico declará-lo morto. Começa a ouvir um ruído desagradável, um zumbido alto ou
toque de campainhas, e ao mesmo tempo se sente movendo muito rapidamente através de
um túnel longo e escuro. Depois disso, repentinamente se encontra fora do seu corpo físico,
mas ainda na vizinhança imediata do ambiente físico, e vê seu próprio corpo a distância,
como se fosse um espectador. Assiste às tentativas de ressurreição desse ponto de vista
inusitado em um estado de perturbação emocional.
Mais tarde tenta contar o acontecido a outras pessoas, mas tem dificuldade em fazê-
lo. Em primeiro lugar, não consegue encontrar palavras humanas adequadas para descrever
esses episódios não-terrenos. Descobre também que os outros caçoam dele, e então deixa de
dizer essas coisas. Ainda assim, a experiência afeta profundamente sua vida, especialmente
suas opiniões sobre a morte e as relações dela com a vida”.
Embora nem todos os casos apresentem todas as características acima, apresentam,
pelo menos, a maioria ou algumas delas.
É claríssima a confirmação de muito do que nos ensina o Espiritismo. Ele nos diz que o
ser humano é formado por Espírito, sede do pensamento; Corpo Espiritual ou Perispírito,
composto de matéria sutil do mundo espiritual e intermediário entre o Espírito e o corpo
físico, e finalmente o Corpo Físico, que permite ao Espírito interagir com nosso mundo, o
mundo material. Durante o sono ou enfraquecimento do organismo, os laços que prendem o
Espírito ao corpo físico se afrouxam, permitindo a emancipação do Espírito, ou seja, ele
consegue deixar o corpo físico e se distanciar dele com seu corpo espiritual.
Nas EQMs, o corpo fica em um estado próximo da morte, a atividade cerebral pàra ou
torna-se praticamente nula, e em muitos casos o paciente é dado como morto, ou são feitas
várias tentativas para ressuscitá-lo. O Espírito pode permanecer na sala de ressuscitação. Em
muitos casos, após tornar à consciência, ele conta o que viu, dando detalhes do ambiente e
de todos os procedimentos médicos, embora isto fosse “impossível”, já que o paciente estava
inconsciente. Nas palavras do Dr.Moody: “...repentinamente se encontra fora do seu corpo
físico, mas ainda na vizinhança imediata do ambiente físico, e vê seu próprio corpo a
distância, como se fosse um espectador. Assiste às tentativas de ressurreição desse ponto de
vista inusitado em um estado de perturbação emocional.
Retiro o relato seguinte de outro livro do Dr.Moody, de título “Reflexões Sobre Vida
Depois da Vida":
“À distância... pude avistar uma cidade. Prédios... prédios separados uns dos
outros. Eram polidos, brilhantes. As pessoas eram felizes ali. Água límpida, que refletia
a luz, repuxos... creio que o melhor meio de descrever seria dizer ‘uma cidade de
luz’(grifo nosso)... Esplendorosa. Tudo brilhava, uma maravilha... Mas se eu entrasse nela,
creio que jamais teria voltado... Disseram-me que, se eu entrasse ali, não poderia
regressar... que a opção era exclusivamente minha” (Ver os textos “Grandes Exemplos de
Experiências de Quase-Morte” e“Neurocirurgião Cético, Professor de Havard, tem uma
Experiência de Quase-Morte, e Passa a Acreditar na Sobrevivência da Alma”, neste blog.
Não há dúvida de que as Experiências de Quase-Morte, juntamente com inúmeros
outros fatos (Ver o texto“Inúmeros Fatos Confirmaram: O Espiritismo é Real”), são meios
utilizados pela Espiritualidade Superior para demonstrar a nós, Espíritos encarnados, que
nossa alma sobrevive à morte e que estamos destinados à perfeição. Espíritos de muita luz,
sob a permissão de Deus, cuidam para que nós marchemos rumo à evolução e,
consequentemente, à plena sintonia com o Criador.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
2 MOODY JR., Raymond A. Vida depois da vida. Rio de Janeiro: Nórdica, 1979.172p;
Alguns estudos têm sido realizados com o objetivo de estudar o fenômeno EQM em culturas
não-ocidentais.
Historicamente, eventos muito semelhantes às EQM foram descritos por bolivianos, argentinos
e índios norte-americanos e também em textos budistas, textos islâmicos e contos da China,
Sibéria e na Finlândia. As características mais comuns são:
Em tempos mais modernos, o fenômeno EQM tem sido descrito em muitas regiões do mundo,
incluindo Índia, China, América do Sul e Oriente Médio. Curiosamente, nestes países tem sido
dada relativamente pouca publicidade ao fenômeno.
O maior estudo trans-cultural foi realizado em 1977 por Osis e Haraldsson e se concentrou
mais em visões no leito de morte. Estas são as experiências que as pessoas têm antes da
morte, geralmente nas 24 horas antes da morte, e elas são diferentes do fenômeno EQM
clássico. Visões no leito de morte são geralmente obtidas por alguém passando pelo processo
de morrer, e relatadas para seus cuidadores. Neste estudo, os pesquisadores examinaram as
visões de aproximadamente 440 pacientes americanos e indianos com doenças terminais,
como descritas para os seus médicos e enfermeiros. A característica mais comum, que
ocorreu em 91 por cento dos casos, era a visão de parentes falecidos. Em 140 casos, houve
relatos de ver figuras religiosas, geralmente descritas como um anjo ou Deus. Onde estes
foram especificamente identificados, eles sempre foram descritos de acordo com as crenças
religiosas da pessoa: nenhum Hindu relatou ter visto Jesus, e nenhum cristão uma divindade
hindu.
Em um segundo estudo (2) mais recente, uma vez que as diferenças sócio-culturais são
pensados para potencialmente considerar as variações observadas nos fenômenos das
Experiências de Quase Morte, os autores analisaram se as crenças da sociedade influenciavam
as EQM (s). Uma vez que o modelo ocidental dominante de uma EQM foi definido pela
descrição do fenômeno pelo Dr.Moody em 1975, a fim de explorar a influência do modelo
cultural, os autores compararam 24 relatos de Experiências de Quase Morte colhidos antes de
1975 e 24 após 1975. A única diferença observada foi o aumento da freqüência dos fenômenos
de túneis, o que outras pesquisas sugeridas podem não ser parte integrante das experiências,
sem alteração em qualquer uma das 14 características restantes definidas por Moody como
características da experiência de quase morte. Estes dados desafiam a hipótese de que os
relatos de EQM são significativamente influenciadas por modelos culturais vigentes.
Também o fato de EQM (s) na Infância são semelhantes às EQM (s) do adulto sugere que estas
não são significativamente influenciadas por crenças pré-existentes, fatores culturais ou
experiências anteriores na vida presente.
Outro estudo (3), tendo uma perspectiva inter-cultural nos fenômenos das Experiência de
Quase-Morte, indica que, embora existam temas comuns, também existem diferenças. De
acordo com este estudo, a variabilidade entre as culturas é mais provável que seja devida à
interpretação das pessoas ao verbalizar tais eventos através dos filtros da linguagem,
experiências culturais, religião, educação e sua influência sobre os seus sistemas de crenças.
Conclusões
(2) GK Athappilly et ai., J Nerv Ment Dis. 2006 Mar; 194 (3) :218-22.
Sem dúvida, o grupo mais interessante de indivíduos que relataram uma experiência de quase morte
(EQM) são crianças. Alguns pesquisadores e comentaristas argumentam que os adultos podem ter
imaginado as EQMs com base em seus próprios pontos de vista culturais e religiosos pessoais, mas estudos
publicados mostram que as crianças eram muitas vezes muito jovens para ter uma opinião formada sobre
a vida após a morte, ou até mesmo sobre a própria morte.
Mas as experiências das crianças são as mesmas que as dos adultos ou diferentes de alguma forma?
Até o momento, a maioria das pesquisas sobre experiências de quase morte em crianças tem sido feitas
pelo Dr. Melvin Morse (1), um pediatra americano. Ele observou muitas crianças criticamente doentes
internadas na unidade de terapia intensiva e descobriu que algumas tinham de fato descrito experiências
de quase morte. Essas experiências tinham muitas das mesmas características que as dos adultos - a
separação do corpo, assistir a eventos, sentir-se tranquilo, ver uma luz brilhante e seres de luz - mas tinha
sido muitas vezes descrita na linguagem das crianças e durante o decorrer do jogo , às vezes ao longo de
muitos meses.
A Interpretação do que tinha sido visto pelas crianças tinha sido baseado em seu próprio nível de
compreensão, mas era óbvio que tinham tido experiências semelhantes aos adultos. Significativamente,
apesar de algumas das crianças descritas por Morse terem cerca de nove ou dez anos, outros eram muito
jovens, na faixa de três a cinco anos de idade. Este grupo era certamente muito jovem para ter qualquer
conceito real da morte e da vida após a morte e foi fascinante que tiveram experiências semelhantes às
dos adultos.
Em um de seus artigos científicos publicados, Morse tinha citado uma série de EQMs das crianças. Um
menino de oito anos, que quase se afogou depois que seus pais desviaram o carro para fora de uma
estrada coberta de gelo em um rio de Washington, relatou: "Eu podia ver o carro se enchendo de água, e
ser todo coberto. Então tudo ficou branco. De repente, eu estava flutuando no ar. Eu senti como se eu
pudesse nadar no ar ". Ele ficou muito surpreso de ainda estar pensando, uma vez que ele sabia que
deveria ter morrido. Ele continuou: "Então eu flutuei num enorme macarrão. Bem, eu pensei que era um
macarrão, mas talvez fosse um túnel. Sim, deve ter sido um túnel porque um macarrão não tem um arco-
íris no mesmo."
Uma menina de cinco anos, cujo coração parou relatou: "Eu me levantei no ar e viu um homem como
Jesus, porque ele era bom e ele estava falando comigo. Eu vi pessoas mortas, vovós e vovôs, e os bebês
esperando para nascer. Eu vi uma luz como um arco-íris que me disse quem eu era e até onde eu deveria
ir. Jesus me disse que não era a minha hora de morrer ".
O caso mais jovem de todos na literatura, era a de um bebê de seis meses de idade. Este bebê tinha sido
internado na unidade de terapia intensiva do Hospital Geral de Massachusetts com insuficiência renal
grave. Ele sobreviveu e teve alta, indo para casa com seus pais. Enquanto ele estava crescendo, seus pais
notaram que sempre que ele passava por um túnel tinha um ataque de pânico. Isso aconteceu, por
exemplo, quando eles estavam dirigindo através de um túnel ou quando a criança estava brincando com
seus irmãos e passava por um túnel de parque infantil. Eventualmente, quando ele tinha quatro anos, seus
pais tentaram lhe explicar a morte iminente de seu avô e ele disse que ele tinha morrido e também havia
relatado sua experiência na UTI.
Conclusões
As Experiências de crianças criticamente doentes relatadas na literatura possuem muitos dos mesmos
detalhes que as dos adultos, ressaltando que estes não poderiam ter sido imaginados com base em
opiniões pessoais, culturais e religiosas deles. Novamente, estes resultados indicam que as experiências de
quase morte têm certas características específicas que os distinguem de outros estados mentais e
experiências.”
(1) Morse ML. J Pediatr Oncol Enfermagem. Out 1994; 11 (4) :139-44.”
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.horizonresearch.org/main_page.php?cat_id=66
http://www.horizonresearch.org/main_page.php?cat_id=67
GRANDES EXEMPLOS DE EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE
“O texto deste post foi retirado deste fórum, transcrito a partir de um documentário do
Discovery Channel:
O Dr. Michael Sabom, cardiologista de Atlanta, Georgia, afirma que, "se fosse possível fazer
uma experiência de laboratório em que se pudesse levar alguém ao limiar da morte, ou até
mesmo a morte, e trazer essa pessoa de volta e perguntar do que se lembra, o caso de Pam
Heynolds seria o mais próximo dessa experiência". Pam Reynolds tinha um grande aneurisma
cerebral, na base do crânio. O 1º neurologista não lhe deu esperança. Já o Dr. Robert Spetzler,
neurocirurgião, contrariando os prognósticos, resolveu assumir o caso.
A paciente tinha de estar clinicamente morta durante toda a cirurgia, sem qualquer atividade
neural ou metabólica, inclusive. Antes desse "trauma", o paciente é anestesiado, suas vistas
são cobertas, dispositivos são colocados no seu ouvido para monitorar o cérebro. O paciente é
completamente coberto, exceto o crânio, área de intervenção.
Hoje a Sra Reynolds afirma recordar-se da preparação antes de entrar na sala. A próxima
recordação dela é de um som gutural, como uma broca (sala de dentista) e sentir o topo da
cabeça formigando. Há aqui os costumeiros relatos de "efeitos especiais", como luzes,
sensação de leveza, paz, etc.
O Dr. Michael confrontou o relato da Sra Reynolds com o relatório oficial da cirurgia,
correspondendo perfeitamente com o que ocorreu na realidade. Detalhe: existiam
instrumentos que até o Dr. Michael desconhecia, por serem por demais específicos, descritos
pela paciente. Um instrumento, que ela descreveu como uma "escova elétrica", ele achou
ridículo. Pediu uma foto para ver o instrumento e, espantado, percebeu que parecia mesmo
com uma escova elétrica (o médico, Dr. Michael, não conhecia dada a natureza nada comum
do objeto).
O Dr. Spetzler não acha possível que ela tenha visto os instrumentos cirúrgicos na sala de
cirurgia: "A broca, por exemplo, estava guardada. Estava tudo coberto dentro das embalagens.
Só abrimos as embalagens com o paciente dormindo para manter o ambiente estéril". Sobre o
que foi ouvido, ele afirma: "Nesse estado da operação ninguém pode ver ou ouvir coisa
alguma. E me parece inconcebível que ela tenha ouvido. Fora isso, havia dispositivos em seus
ouvidos. Seria impossível ela ouvir". Ele ainda conclui: "Não tenho explicação para o que
aconteceu. Não sei como aconteceu, considerando o estado fisiológico dela. Mas, já vi tantas
coisas que não posso explicar que não sou arrogante a ponto de dizer que não pode ter
acontecido".
“A primeira coisa de que me lembro foi o som: Foi um “D Natural" Enquanto eu ouvia o som,
eu senti que estava sendo puxada para fora pelo topo da minha cabeça. Quanto mais fora do
meu corpo que eu estava, mais claro o som se tornou. Tive a impressão de que era como uma
estrada, uma frequência que você vai em ... Eu lembro de ter visto várias coisas na sala de
cirurgia, quando eu estava olhando para baixo. Foi o mais consciente de que eu acho que eu
já estive em toda a minha vida... Eu estava metaforicamente sentada no ombro [do
médico]. Não era como a visão normal. Foi brilhante e mais focada e mais clara do que a
visão normal... Havia muita coisa na sala de cirurgia que eu não reconhecia, e muitas
pessoas.
Havia uma sensação de estar sendo puxada, mas não contra a minha vontade. Eu estava indo
pela minha própria vontade, porque eu queria ir. Eu tenho diferentes metáforas para tentar
explicar isso. Era como o Mágico de Oz - sendo levado em um vórtice do furacão, só que você
não está girando de modo a ter vertigem. Você está muito focado e você tem um lugar para
ir. A sensação era como subir em um elevador muito rápido. E havia uma sensação, mas não
era um corpo, uma sensação física. Era como um túnel, mas não era um túnel.
Em algum ponto bem no início do vórtice do túnel tomei consciência da minha avó me
chamando. Mas eu não a ouvi chamar-me com os meus ouvidos... Foi uma audição mais clara
do que com os meus ouvidos. Eu confio nesse sentido mais do que eu confio nos meus próprios
ouvidos.
A sensação era que ela queria que eu fosse com ela, então eu continuei sem medo para baixo
do eixo. Foi em um poço escuro que eu passei, e no final havia um muito pequenino ponto de
luz que ficava cada vez maior e maior e maior.
A luz era incrivelmente brilhante, como sentar-se no meio de uma lâmpada. Ela era tão
brilhante que eu coloquei as minhas mãos na frente do meu rosto na expectativa de vê-la e
eu não podia. Mas eu sabia que eles estavam lá. Não a partir de um sentido do
tato. Novamente, é terrivelmente difícil de explicar, mas eu sabia que eles estavam lá.
Percebi que quando comecei a discernir valores diferentes à luz - e todos eles foram cobertos
com luz, eles eram luz, e houve luz permeando tudo ao seu redor - eles começaram a tomar
formas que eu podia reconhecer e entender. Eu podia ver que um deles era a minha avó. Eu
não sei se era realidade ou uma projeção, mas eu sei conheço a minha avó, o som dela, a
qualquer hora, em qualquer lugar.
Todo mundo que eu vi, olhando para trás, se encaixa perfeitamente no meu entendimento de
que essas pessoas pareciam estar melhor do que durante suas vidas.
Eu reconheci um monte de gente. Meu tio Gene estava lá. Então foi a minha grande-tia
Maggie, que era na verdade uma prima. Do lado do Papai da família, o meu avô estava
lá... Eles ficaram especificamente cuidando de mim, cuidando de mim.
Eles não me permitiam ir mais longe... Foi-me comunicado - essa é a melhor maneira que eu
sei dizer isso, porque eles não falam como eu estou falando - que se eu percorresse todo o
caminho para a luz algo iria acontecer comigo fisicamente. Eles não seriam capazes de me
colocar de volta no me corpo, como se eu tivesse ido longe demais e eles não poderiam me
reconectar. Então, eles não me deixaram ir a qualquer lugar ou fazer qualquer coisa.
Eu queria ir para a luz, mas eu também queria voltar. Eu tinha filhos para serem criados. Era
como assistir a um filme em velocidade rápida no seu vídeo cassete: Você tem uma idéia
geral, mas os fotogramas individuais não são lentos o suficiente para obter detalhes.
Então eles [meus parentes falecidos] estavam me alimentando. Eles não estavam fazendo isso
pela minha boca, como com a comida, mas eles estavam alimentando-me com alguma
coisa. A única maneira que eu sei como descrevê-lo é algo brilhante. Sparkles é a imagem que
eu tenho. Eu definitivamente recordo a sensação de ser alimentada, e sendo alimentada fui
ficando fortalecida. Eu sei que soa engraçado, porque, obviamente, não era uma coisa física,
mas durante a experiência me senti fisicamente forte, pronta para qualquer coisa.
Minha avó não me levou de volta através do túnel, ou mesmo me mandou de volta ou me
pediu para ir embora. Ela apenas olhou para mim. Eu esperava ir com ela, mas só me foi
comunicado que ela não faria isso. Meu tio disse que iria fazê-lo. Ele foi o único que me levou
de volta até o final do túnel. Tudo estava bem. Eu queria ir.
Mas depois cheguei ao final e vi a coisa, o meu corpo. Eu não queria chegar a ele... Parecia
terrível, como um acidente de trem. Parecia o que era: morto. Creio que foi coberto. Isso me
assustou e eu não queria olhar para ele.
Foi-me comunicado que era como pular em uma piscina. Não tem problema, basta ir direto
para a piscina. Eu não queria, mas eu acho que eu estava atrasada ou algo assim, porque ele
[meu tio] me empurrou. Senti um empurrão definitivo e, ao mesmo tempo, ser puxada pelo
organismo. O corpo estava me puxando e empurrando o túnel... Foi como mergulhar em uma
piscina de água gelada... Doeu!
Quando eu voltei, eles estavam tocando Hotel California e a linha foi "Você pode conferir a
qualquer hora que quiser, mas você nunca pode sair." Eu mencionei [mais tarde] ao Dr. Brown
que era incrivelmente insensível e ele me disse que eu precisava dormir mais. [Risos] Quando
recuperei a consciência, eu ainda estava no respirador.”
2° Caso (do site Neardeathsite)
“No verão de 1982, Joyce Harmon, uma enfermeira da unidade de terapia intensiva cirúrgica
(UTI) no Hospital Hartford, voltou ao trabalho depois de um período de férias. Nas férias ela
tinha comprado um novo par de sapatos xadrez, que ela usou no seu primeiro dia de volta ao
hospital. Naquele dia, ela participou do ressuscitamento de uma paciente, uma mulher que
não conhecia, dando-lhe remédio. A reanimação foi bem sucedida, e no dia seguinte, Harmon
teve a chance de ver a paciente, quando então elas tiveram uma conversa, cuja essência (não
necessariamente um relato literal) é a seguinte (J. Harmon, comunicação pessoal, 28 de
agosto, 1992) :
A paciente, ao ver Harmon, lhe disse: "Ah, você era a única com sapatos xadrez!"
"O quê?" Harmon respondeu, surpresa. Ela diz que se lembra nitidamente de sentir os cabelos
do seu pescoço se arrepiarem.
"Eu vi eles", continuou a mulher. "Eu estava vendo o que estava acontecendo ontem, quando
eu morri. Eu estava lá em cima."”
Pessoas que nasceram cegas puderam enxergar durante Experiências de Quase- Morte (do
site Near-death)
"Pesquisa sobre experiências fora do corpo do Dr. Kenneth Ring com cegos
Vicki Umipeg, uma mulher cega de quarenta e cinco anos de anos de idade, era apenas uma
das mais de trinta pessoas que o Dr. Ken Ring e Sharon Cooper entrevistaram longamente
durante um estudo de dois anos, que acabou de ser concluído, a respeito das experiências de
quase-morte dos cegos. Os resultados do estudo aparecem em seu mais novo livro Mindsight.
Vicki nasceu cega, seu nervo óptico foi completamente destruído no nascimento, por causa de
um excesso de oxigênio que recebeu na incubadora. No entanto, ela parece ter sido capaz de
enxergar durante sua EQM. Sua história é um exemplo particularmente claro de como as
EQMs de cegos congênitos podem desdobrar-se exatamente da mesma maneira que as das
pessoas que enxergam. Como você vai ver, além do fato de que Vicki não era capaz de
discernir cor durante sua experiência, o relato de sua EQM é absolutamente indistinguível
daquelas de pessoas com sistemas visuais intactos. O seguinte é extraído do mais recente livro
do Dr. Ring reimpresso com permissão.
Vicki disse ao Dr. Ring que ela encontrou-se flutuando acima de seu corpo na sala de
emergência de um hospital depois de um acidente automobilístico. Ela estava consciente de
estar perto do teto assistindo um médico e uma enfermeira que trabalhavam em seu corpo,
que ela via de sua posição elevada. Vicki tem uma lembrança clara de como chegou à
conclusão de que era o seu próprio corpo abaixo dela. A sua experiência é a seguinte.
Eu sabia que era eu... Eu era muito magra então. Eu era muito alta e magra nesse tempo. E eu
reconheci a princípio que era um corpo, mas eu não sabia que era o meu inicialmente.
Então percebi que eu estava no teto, e pensei, "Bem, isso é meio estranho. O que estou
fazendo aqui?"
Eu vi apenas momentaneamente este corpo, e... Eu sabia que era meu, porque eu não estava
na minha.
Além disso, ela foi capaz de notar certas outras características de identificação indicando que o
corpo que ela estava observando era, certamente, dela própria.
Eu acho que estava usando a aliança de ouro no dedo anelar direito e o anel de casamento do
meu pai ao lado dele. Mas o meu anel de casamento eu definitivamente vi... Isso foi o que eu
notei a mais porque é mais incomum. Tem laranjeiras nas esquinas do mesmo.
Há algo extremamente marcante e provocante sobre a lembrança dessas impressões visuais
de Vicki, como um comentário posterior dela implícita.
"Esta foi," disse ela, "a única vez que eu pude perceber o por que da luz era, porque eu
experimentei."
Ela, então, disse-lhes que, após seu episódio fora-do-corpo, que foi muito rápido e fugaz, ela
subiu através do teto do hospital até estar acima do telhado do edifício em si, durante o que
ela teve uma breve vista panorâmica de seus arredores. Ela se sentia muito animada durante
esta ascensão e tinha enorme liberdade de movimento. Ela também começou a ouvir uma
música sublime, bela e harmoniosa, semelhante ao som de sinos de vento.
Com apenas uma transição notável, ela então descobriu que tinha sido sugada de cabeça em
um tubo e sentiu que estava sendo puxada para cima por ele. A caixa em si era escura, Vicki
disse, no entanto, ela estava ciente de que estava se movendo em direção à luz. Quando
chegou a abertura do tubo, a música que ela tinha ouvido antes parecia ser transformada em
hinos e ela, em seguida, foi "lançada" até encontrar-se deitada na grama.
Ela estava cercada por árvores e flores e um grande número de pessoas. Ela estava em um
lugar de grande luz, e a luz, Vicki disse, era algo que se podia sentir, bem como ver. Mesmo as
pessoas que ela via eram brilhantes.
Todo mundo lá era feito de luz. E ela própria era feita de luz. O que a luz transmitia era amor.
Havia amor em todos os lugares. Era como se o amor viesse da grama, dos pássaros, das
árvores.
Vicki torna-se consciente de determinadas pessoas que ela conhecera na vida que a acolheram
neste lugar. Foram cinco deles. Debby e Diane foram colegas cegos de Vicki, que morreram
anos antes, nas idades de 11 e 6, respectivamente.
Na vida, ambos haviam sido profundamente retardados, bem como cegos, mas ali eles
apareceram brilhantes e bonitos, saudáveis e extremamente vivos.
E havia mais crianças, mas, como Vicki expressou, "em seu auge."
Além disso, Vicki viu dois de seus guardas de infância, um casal chamado Mr. and Mrs. Zilk,
ambos também já haviam morrido. Finalmente, houve a avó de Vicki - que tinha
essencialmente levantou Vicki e que morreu apenas dois anos antes deste incidente. Nestes
encontros, não foram trocadas palavras reais, Vicki diz, mas apenas sentimentos - sentimentos
de amor e de bem-vinda.
Como essas revelações se desdobrando, Vicki percebeu que, nesse momento ao lado dela
havia uma figura cujo brilho era muito maior do que a iluminação de qualquer das pessoas que
até agora havia encontrado. Imediatamente, ela o reconhece como Jesus. Ele cumprimenta-a
com ternura, enquanto ela transmite sua emoção para ele sobre sua recém-descoberta
onisciência e sua alegria por estar ali com ele.
"Não é maravilhoso? Tudo é lindo aqui, tudo se encaixa. E você vai descobrir isso. Mas você
não pode ficar aqui agora. Não é o seu tempo de estar aqui ainda, e você tem que voltar."
Mas o ser garantiu que ela vai voltar, mas por agora, ela "tem que voltar e aprender e ensinar
mais sobre amor e perdão."
Ainda resistente, no entanto, Vicki, em seguida, descobre que ela também precisa voltar a ter
seus filhos. Com isso, Vicki, que foi, em seguida, sem filhos mas que "queria
desesperadamente" para que as crianças (e que desde que deu à luz três) torna-se quase
ansiosa para voltar e, finalmente, consente.
No entanto, antes de Vicki poder deixar, o ser, diz ela, com exatamente estas palavras: "Mas,
primeiro, assista a isto."
E o que Vicki então vê é "de tudo, desde o meu nascimento" de uma revisão panorâmica
completa de sua vida, e como ela vê, o ser suavemente faz comentários para ajudá-la a
entender o significado de suas ações e suas repercussões.
A última coisa de que Vicki se lembra, uma vez que a revisão da sua vida foi concluída, são as
palavras: "Você tem que sair agora."
Em seguida, ela experimenta "um baque nauseante", como uma montanha-russa indo para
trás, e se vê de volta em seu corpo.
Esses relatórios, repletos de imagens visuais, eram a regra, não a exceção, entre Anel e
pessoas cegas de Cooper. Ao todo, 80% de toda a sua amostra alegaram alguma percepção
visual durante a sua experiência de quase-morte ou encontros fora-do-corpo. Embora o caso
de Vicki seja invulgar em relação ao grau de detalhes, isto foi quase único na sua amostra.
Às vezes, o aparecimento inicial da percepção visual do mundo físico é desorientador e até
mesmo perturbador para os cegos. Isto era verdade para Vicki, por exemplo, que disse:
Eu tive um tempo difícil com relação a eles (ou seja, vendo). Eu tive um tempo realmente
difícil relativo a ele, porque eu nunca tinha experimentado. E foi algo muito estranho para
mim ... Vamos ver, como posso colocá-lo em palavras? Era como ouvir palavras e não ser capaz
de compreendê-las, mas sabendo que elas eram palavras. E você nunca ter ouvido nada antes.
Mas era algo novo, algo para o que não tinha sido capaz de atribuir anteriormente qualquer
significado.
"A morte não é mais do que passar de uma sala para outra. Mas há uma diferença para mim,
você sabe. Porque nesse outro quarto serei capaz de ver." - Helen Keller"
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2009/01/experiencia_de.html
http://www.neardeathsite.com/evidence.php
http://www.near-death.com/experiences/evidence01.html
http://www.near-death.com/experiences/evidence03.html
NEUROCIRURGIÃO CÉTICO, PROFESSOR DE HARVARD, TEM
EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE E PASSA A ACREDITAR NA
SOBREVIVÊNCIA DA ALMA
Entrevista com Dr. Eben Alexander e uma visão geral de seu livro Uma Prova do Céu
Eben Alexander (c) Deborah Feingold – Truly Alive Magazine: esta versão ampliada da
entrevista com o Dr. Alexander é aproximadamente duas vezes mais longa que a versão na
revista impressa. Divirta-se!
Entrevista com Dr. Eben Alexander e uma visão geral de seu livro Uma Prova do Céu por
Karen Larre, Dave Weaver e Carla Garcia.
Ele ficou chocado ao encontrar a hiper-realidade daquele reino espiritual, uma experiência
relatada por muitas pessoas que passaram por uma EQM. Ele passou os últimos três anos
conciliando sua rica experiência espiritual com a física contemporânea e cosmologia. Sua
experiência espiritual é totalmente consistente com as bordas superiores de conhecimento
científico de hoje.
O Dr. Alexander afirma que juntas, a ciência e a espiritualidade vão prosperar em simbiose
(você pode excluir o "a" ou dizer "relação simbiótica"), oferecendo a visão mais profunda da
verdade fundamental, produzindo um poder inimaginável. Ele diz: "A chave é na progressão
global do despertar da consciência individual. Muitos em ambos os domínios científicos e
religiosos (ou espiritual), devem renunciar à sua dependência de preconceitos, de mente
fechada, crenças dogmáticas, a fim de abrir a nossa consciência para a compreensão da
verdade. Ao investigar profundamente em nossa própria consciência, transcender as
limitações do cérebro humano e do mundo físico-material. O reino espiritual é real.
Inseparável mistura de ciência e espiritualidade irá ocorrer."
Truly Alive: Antes de seu coma / EQM, o Sr tinha a crença médica frequente de que as
experiências de EQM são o resultado do cérebro sob estresse. Por favor, compartilhe seus
pontos de vista antes de sua EQM.
Dr. Eben Alexander: Antes da minha "experiência de quase morte" (EQM) eu não li nenhuma
literatura de ‘quase morte’, porque eu não achava que esse tipo de coisa poderia ser real. Eu
era muito mais um cientista que acreditava em física, química e biologia para explicar tudo
no mundo. Eu pensava que as EQMs resultavam das divagações caóticas do cérebro morrendo.
Eu fui adotado e minha busca por meu verdadeiro pai biológico me levou a entrar em contato
com minha mãe biológica em 2000. Mas não era um bom momento para a minha mãe
biológica voltar para a minha vida, e ela se recusou a encontrar-se comigo. Isto me foi
desvendado em muitos aspectos profundos, que só ficaram claros ao longo dos anos seguintes.
Uma coisa que foi desvendada foi sobre qualquer crença em oração e um Deus pessoal todo-
amoroso e todas as coisas associadas. Essas idéias foram esmagadas. Então, isso é,
obviamente, uma história muito profundamente pessoal. Depois que eu percebi o poder da
minha Experiência de quase morte em 2008, e o que ela estava me dizendo - eu sabia que
tinha que tirá-la de lá. Sabia que não deveria estar realmente tentando editá-la muito,
porque eu queria que as pessoas realmente soubessem de tudo sobre ela.
TA: Você poderia descrever uma visão geral de sua experiência extraordinária, incluindo as
circunstâncias médicas?
EA: Em neurocirurgia, temos a idéia simplista de que o cérebro cria a consciência. Eu nunca
questionei muito, embora houvesse alguns grandes buracos na tentativa explicar a forma
como esse mecanismo ocorre. Nesse cenário, com a minha vida se desdobrando de uma forma
que eu pensava ser previsível e bastante organizada, foi como ser atropelado por um trem de
carga. Muito súbitas, intensas, de repente, às 4:30 da manhã de 10 de novembro de 2008 eu
acordei com dores nas costas. Eu pensei que um banho quente iria ajudar, mas isso não
aconteceu - a dor só piorou, na verdade eu mal conseguia sair da banheira e me esforçei para
ir para a cama. Minha esposa desceu para chamar meus colegas para saber o que fazer a
seguir. Eles disseram que se eu ficasse mais doente, era para me levar para o hospital. Então,
ela foi me observar. Naquele momento ela pensou que eu estava descansando. Eu estava
realmente era entrando em coma. Quando ela me observou novamente, eu estava tendo um
grande mal epiléptico convulsivo. Minha esposa ligou para o 911 e eles me levaram para o
pronto-socorro. Claro que eu não lembro de nada, porque eu estava fora deste mundo. No
segundo dia, eles realmente tiveram um grande choque, pois o relatório microbiológico
indicava que tive meningite bacteriana espontânea por E.coli, o que é basicamente inédito
em adultos. Esses casos ocorrem talvez em 1 a cada 10 milhões ao ano nos EUA.
Acredito que o fato de ter tido meningite bacteriana E.coli serve para prejudicar o tipo de
neurologistas de poltrona que gostariam de ponderar sobre as minhas experiências com "ah,
devia ter sido uma alucinação". Pessoas como estas não fazem o dever de casa para perceber
o que esta doença causa no neo-córtex do paciente. Alguns desses casos mais leves podem
experimentar uma alucinação ou um estado de sonho, mas não alguém como eu, que estava
tão profundamente doente e deveria ter morrido. Eu vou te dizer agora... não há explicação
médica para a minha recuperação. Se se verificar que, se você tivesse me perguntado antes
do meu coma, quanto haveria de lembranças - o quanto iria experimentar ou lembrar, alguém
doente de meningite bacteriana - Eu teria lhe dito que não iria me lembrar de nada.
Por isso, foi um choque completo eu ter tido qualquer tipo de experiência, muito menos esta
ultra verdadeira odisseia muito rica, espiritual, que eu continuei. Na verdade, a única coisa
em minha memória quando eu comecei a acordar do coma no dia sete foi a incrivelmente rica
jornada espiritual. Quando recuperei a consciência, eu não lembrava de nada da minha vida
antes. Todas as minhas memórias de vida física antes da EQM voltaram para mim ao longo de
um período de cinco a seis semanas. As primeiras memórias a retornar, em horas e dias foram
da minha linguagem. Depois disso, memórias familiares, memórias de infância - tudo o que
veio de volta ao longo de semanas. Finalmente, toda a riqueza de toda a minha formação em
química, física, neurologia, neurociência e consciência voltou em camadas ao longo de cinco
a seis semanas.
Logo depois que eu saí do coma, a primeira coisa que eu lembrava era esta odisséia
incrivelmente rica, muito do que transmiti no livro. Mas meu cérebro ainda estava muito
doente e ele estava tentando se curar. Depois que recuperei a consciência e a linguagem
estava voltando, eu estava entrando e saindo deste tipo de paranóia delirante de pesadelos
por algumas semanas. Meus médicos me disseram que o cérebro morrendo desempenha todos
os tipos de truques e é isso que me aconteceu. Então, no começo eu aglomerava minha
experiência EQM juntamente com os delírios paranóicos que eu experimentei depois de
recuperar a consciência. Mas a diferença interessante era que o estado psicótico delirante e
pesadelos loucos desapareceram muito rapidamente durante as semanas. Estou tão feliz de
ter escrito sobre várias delas, porque tornou-se bastante difícil de recuperá-las! Mas as
lembranças da minha odisséia espiritual em coma profundo - os reinos ultra-reais, o portal de
entrada e o núcleo eram muito diferentes daqueles pesadelos.
Para mim, como neurocientista, isto é fascinante. E, claro, é algo que você ouve falar o
tempo todo na literatura... como as memórias profundas dentro da própria EQM são
obviamente de um tipo de experiência que é muito resistente. Elas não vão embora como a
maioria de nossas lembranças da terra (que são claramente mais ligadas à função cerebral) do
que o que eu experimentei em coma profundo. Esse tipo de lição é muito profunda do ponto
de vista neuro-científico.
TA: O que você pensou sobre a sua experiência quando voltou à consciência?
EA: Inicialmente, eu era o meu pior cético. Eu estava tentando escrever tudo isso como uma
EQM baseada no cérebro. Eu falei com os meus colegas, tentando explicar isso como baseado
em cérebro, e a realidade é que eu cheguei a um ponto em que percebi que isso não foi o que
aconteceu. As pistas foram muito sólidas, especialmente sob a forma do que me lembro
quando emergi da coroa, que mostram a distribuição da mesma. A grande odisséia que eu
experimentei ocorreu em coma profundo entre os dias 1 e 5. Isso significa que minha jornada
espiritual aconteceu na parte mais profunda do meu coma, quando na verdade o meu cérebro
estava no seu ponto mais baixo possível em termos de ser capaz de fabricar qualquer tipo de
uma rica tapeçaria de consciência.
TA: Por favor, compartilhe conosco como era, conforme sua experiência, o Céu .
EA: Eu ia para aquele lindo reino do portal, com a bela garota na asa de borboleta, com os
milhões de borboletas, um vale de terra muito verdejante, flores e flores que abriram assim
que nós a sobrevoamos. Almas estavam dançando abaixo de nós, havia alegria e alegria;
nuvens borbulhantes brilhantes em um céu azul-preto com estes arcos crescentes de
luminosidade. Os hinos em coro que estavam descendo do alto. Que todo reino se estende
para fora do núcleo, em que o preto escuro infinito, transbordando de amor incondicional
abundante do Criador, enchendo as trevas com a luz brilhante do brilho de um milhão de sóis.
TA: O que houve na sua experiência de EQM diferente das outras que você leu?
EA: A diferença mais importante foi, durante a minha EQM, que eu tinha amnésia completa
sobre a minha vida na Terra. Eu não tinha palavras, eu não tinha linguagem, eu não tinha
conhecimento algum da existência de seres humanos, ou da Terra, ou deste Universo. Tudo se
foi, como um explorador me deram rédea livre para ir muito longe e beber profundamente do
poço desta experiência. Eu acho que a minha capacidade de ir aonde eu fui, e experimentar o
que eu experimentei, foi porque eu tinha esse desprendimento completo.
Mas também foi importante para o palco desse tipo de compreensão mais profunda porque
havia aulas de lá que foram cruciais. Na verdade, eu diria que ele preparou o terreno para
que isso fosse em essência, a exceção que confirma a regra. Assim como dissemos
anteriormente - todo que o ciclo de negócios através do Região do ponto de vista da minhoca,
lembrando as notas da melodia me levando de volta para aquele lindo reino - que era
absolutamente essencial para se chegar a uma compreensão mais profunda da natureza da
consciência e de toda a realidade.
Para mim, ver que o cérebro não cria a consciência, exigiu esta amnésia. Eu tive essa lição
várias vezes quando entrava e saía daquele reino, ver os antolhos saindo, percebendo o poder
da ultra-realidade. Foi uma demonstração muito viva de que a consciência não vem do
cérebro em tudo. O cérebro a reduz realmente a partir desse nível muito mais elevado.
Consciência, alma, espírito, na verdade, é primário, e eterno, e é enriquecido quando o nosso
corpo físico morre. É uma prova muito sólida de que a nossa alma ou espírito é eterno. A
mecânica quântica está nos dizendo isto, e segundo o meu livro vai ficar muito mais explicado
como tudo realmente funciona.
Dr Eben Alexander na Truly Alive em 2010: Eu estou percebendo que, em mais de 20 anos de
neurocirurgia, (muito desse tempo na Harvard Medical School), eu estava me aprofundando no
desenvolvimento de tecnologias para ajudar neurocirurgiões a fazer procedimentos técnicos
muito difíceis – para tratar de tumores extremamente difíceis, aneurismas cerebrais,
distúrbios funcionais e distúrbios do movimento, coisas assim - através de nova tecnologia. Eu
acreditava muito na ciência, e eu ainda tenho cada bit de um cientista. Para mim, eu agora
defino a ciência com um "C grande" - que tem tudo a ver com a percepção de que existe um
quadro mais amplo. Se eu olhar para a ciência para obter os aspectos mais profundos da
verdade de nossa existência, percebo que a ciência agora tem uma definição muito maior e
que deve ampliar suas fronteiras para abraçar plenamente o profundo mistério de Deus e, de
fato, o que eu vejo é a consciência não-local. E, de fato, vir a conhecer plenamente a
consciência eterna (que é a nossa alma e espírito), de uma maneira poderosa. É essencial se
quisermos chegar ao cerne da verdade sobre a realidade da existência.
O problema com a ciência com "c pequeno", (e eu sou um firme crente no poder do método
científico) é que o método científico é extremamente limitado, não vai nos dar todas as
respostas. É como uma pequena luz que brilha pouco em uma pequena área. É sim é muito
útil para essa faixa extremamente limitada de coisas que ela pode resolver. Ela certamente
não pode lidar com a ampla maioria dos aspectos da realidade, da natureza da consciência,
do nosso ser e da existência. E isso é bom. Usamos o método científico devido à sua utilização
com as peças muito limitadas do nosso plano material, e não são, definitivamente, os
aspectos do tipo mais profundo dos aspectos não locais de consciência que pode ser estudado
utilizando o método científico.
Eu posso te dizer uma coisa, minha viagem me mostrou de forma muito clara, e que é a nossa
existência consciente, no momento apenas existente no momento da experiência, há certos
aspectos que podem ser esclarecidos através do estudo do cérebro e os mecanismos
cerebrais. Mas eu sei que no centro existem também algumas facetas da existência que
absolutamente não podem ser presas à realidade material e, absolutamente não pode ser
presas ao infinito conhecimento sobre o funcionamento físico do cérebro. Mesmo que todos
nós concordamos que nunca vai ganhar o conhecimento infinito de todo o funcionamento do
cérebro, eu acho que deve-se facilmente admitir que há aspectos de nossa existência
consciente, (e isso inclui não apenas experiência, mas de memória), que não estão
totalmente incluídos no funcionamento físico do cérebro. E essa é a parte crucial de
compreensão, onde tudo isto está acontecendo. Como ele fica em uma consciência, torna-se
para o sol de nossa consciência em níveis de profundidade ... nos níveis mais profundos, onde
você se conecta com o Divino. É a maior pista sobre a existência do reino espiritual e da
existência divina de Deus, de tudo o que existe. É esse o mistério profundo de nossa própria
consciência.
É por isso que eu comecei o meu site, www.eternea.org, que é mencionado no livro. O site é
uma idéia de grande valor para o mundo. É uma maneira de tirar o ímpeto do meu livro e
ajudar a usá-lo como combustível para o motor Eternea que nos leva para o próximo nível. O
banco de dados foi projetado para todos os tipos de fenômeno - NDE, psicocinese, telepatia,
premonição, intuição, memórias de vidas passadas, etc Há uma enorme quantidade deles,
tudo descrito em detalhes no site. As pessoas também podem deixar as suas próprias histórias
lá. A forma de entrada de dados foi projetada para que as histórias sejam incluídas de uma
maneira fácil. E, em seguida, peritos em vários campos podem pesquisar o banco de dados
como parte de sua pesquisa para ajudar a provar a realidade daquele reino e também
elucidar o mecanismo subjacente da consciência e do nosso espírito eterno, a alma, e como
tudo isso funciona.
E Eternea também é trazer a ciência e a espiritualidade juntas, onde elas pertencem, para
que elas possam reforçar-se mutuamente, como este mundo se move para um nível muito
mais elevado.
TA: Você cita Albert Einstein em vários dos capítulos do seu livro. Você acha que a resposta
para ele seria a sua experiência e tudo o que está evoluindo a partir dela?
EA: Eu acho que Einstein estava próximo da compreensão disso. Por exemplo, Einstein gostava
de conversar com Kurt Gödel, um dos mais brilhantes lógicos e matemáticos do Século XX. O
"Teorema da Incompletude de Gödel" demonstra, em um sentido amplo, os limites do que
pode definir a matemática moderna. Em essência, você pode estender o teorema de Gödel
para mostrar por que o pensamento materialista nunca vai chegar a qualquer tipo de idéia
sobre a geração de consciência fora do cérebro físico. Gödel também usou um argumento de
Lógica Modal para definir um belo teorema em que ele diz que provou a existência de um
Deus pessoal, amoroso. Acho que Einstein estaria na frente e no centro concordando com
todos os bits deste, com o que ele veio a saber.
EA: Nós todos estivemos no céu muitas e muitas vezes antes, e nós vamos fazer isso muitas e
muitas vezes no futuro. O que eu vi foi a eternidade da consciência, e como a reencarnação é
absoluta e real. Ela me ajudou a dar sentido a um monte de injustiças e do mal no mundo, e a
perda trágica e aparentemente sem sentido, especialmente das crianças. A Reencarnação
responde muito disso. Ela também me ajudou a perceber o poder de compreensão e
maturidade da nossa consciência, alma e espírito, e que tudo está conectado como um no
nível mais profundo. Está tudo ligado como Divino, como um com Deus.
EA: Houve uma resposta muito positiva. Eu acho que, em parte, isso é porque eu escrevi o
livro, principalmente, para os céticos, tipo como eu era. Então, as pessoas que pensam em si
mesmos como os pensadores modernos e bem lidos, intelectual, (e para mim isso significa que
alguém que realmente acredita na ciência / reducionista da ciência materialista, como um
caminho para a verdade), essas são as pessoas para quem o livro foi escrito.
O que veio de cristãos, budistas místicos e teólogos outros era um profundo interesse. Eu
achei que, entre os cabalistas e os estudiosos rabínicos, sua receptividade foi porque viram
algumas pistas em minha viagem que faziam parte da sabedoria muito antiga e de suas
tradições sagradas. Para eles, a verdade foi alcançada em um sentido muito profundo. E,
claro, quando eu ouvi tudo isso, foi uma surpresa, porque para mim é claro que estamos todos
falando a mesma coisa.
Da mesma maneira que da comunidade científica, eu recebi vários feedbacks muito positivos
de alguns pensadores profundos que sabem muito sobre mecânica quântica e o enigma
quântico.
TA: Há mais alguma coisa que gostaria de dizer aos nossos leitores, para encerrar?
EA: Isso tudo é sobre a compreensão da realidade da nossa existência de uma forma muito
profunda e fundamental... de uma forma que mostra que todos e cada um de nós é
profundamente e pessoalmente amados por nosso Criador. Nós não temos que quase morrer
para conseguir isso. Na verdade, através de meditação profunda, concentrando-se em oração,
(qualquer meio que usamos individualmente para chegar lá) - que todos nós podemos ir fundo
nesse conhecimento. Em seguida, sobre a obtenção de uma compreensão mais profunda do
que isso significa, como aconteceu, e como as pessoas podem provar isso por si mesmos.
Sabendo que nossas conexões com os entes queridos não termina com a morte do corpo físico
e do cérebro é confortador. Na verdade, essas conexões são eternas, e todos nós podemos vir
a saber que de uma forma muito profunda, poderosa, começando com a crença e, em
seguida, abrindo-se para a realidade. Se pedirmos, eles vão nos dar essa informação de
formas irrefutáveis, e muitas provas.
ENDEREÇO ELETRÔNICO
http://www.trulyalive.net/an-interview-with-dr-eben-alexander-and-an-overview-of-his-book-
proof-of-heaven/
AS ASSINATURAS DE DEUS, NA NATUREZA, DEMONSTRAM
SUA EXISTÊNCIA
Para que possamos verificar a existência de Deus, devemos lançar o olhar sobre a
natureza, da mesma forma que para um objeto qualquer. Caso este objeto, mediante nosso
exame, apresente, ao mesmo tempo, complexidade, organização e propósito, é evidente que
ele não surgiu por acaso, mas que uma inteligência o criou. O grau dessa inteligência será,
evidentemente, proporcional aos graus dos três aspectos acima citados.
Ao olhar para o Universo, desde a sua origem, verificamos, maravilhados, que os três
aspectos acima abordados estão presentes. E de que forma! Verdadeiras assinaturas de Deus.
Analisando-se os dados científicos obtidos até hoje, salta aos olhos ter o universo um
propósito: dar origem e abrigar a vida. Uma vasta série de "coincidências", desde o Big Bang
até o momento presente, permitiram o surgimento da vida em suas expressões mais
complexas, e da consciência, apesar das enormes probabilidades em contrário. A ciência
chama isto de o Princípio Antrópico.
Caso a força elétrica entre elétrons diferisse um pouco, a vida como a conhecemos não seria
possível;
“Sem esse tipo específico de núcleo de carbono, a vida como a conhecemos não
teria sido possível - e, eventualmente, nem mesmo o Universo como o conhecemos. Durante
décadas, o estado de Hoyle foi o melhor exemplo para a teoria de que as constantes
fundamentais da natureza devem ter precisamente os seus valores verificados
experimentalmente, e não quaisquer outros, pois, caso contrário, não estaríamos aqui para
observar o Universo - este é o chamado princípio antrópico.”
“Para o estado de Hoyle, isso significa que ele deve ter exatamente a quantidade
de energia que ele tem, ou então nós não existiríamos", afirma o Dr. Meibner.”
Com o decorrer do tempo, nosso Universo está sofrendo uma expansão. Contudo,
se a intensidade da gravidade fosse um pouquinho maior, ele se contrairia, sofrendo um
colapso, não deixando tempo para que a vida se desenvolvesse. Sendo fraca demais, ocorreria
a expansão, porém não se formariam estrelas ou galáxias para abrigar a vida.
Enfim, tudo no universo mostra uma fina sintonia para o surgimento da vida em suas
formas mais complexas. Água e moléculas orgânicas, por exemplo, são comuns no universo. O
próprio surgimento da vida, com toda a sua sofisticada organização e imensa complexidade
(principalmente a nível molecular), bem como sua evolução, até hoje, são enigmas. Para
evoluir até o homem, ela passou por misteriosos saltos evolutivos entre as espécies (o que
pode ser demonstrado nas numerosas lacunas nos registros fósseis da história da vida na
Terra) que não podem ser explicados pelo acaso. A esse respeito só existem teorias um tanto
especulativas, que contam com eventos aleatórios de baixíssima probabilidade, baseadas no
materialismo.
Relativamente à complexidade e organização da vida a nível molecular,
apenas para exemplificar (haveria muito mais a demonstrar), reproduzimos, na
íntegra, o excelente artigo de Daniel Ruy Pereira, professor de Biologia e Ciências,
publicado em seu site Considere a Possibilidade... deve haver um
relojoeiro... em 18/09/2009, sobre uma assombrosa enzima, essencial à vida, a
ATP sintase:
“A vida depende de uma incrível enzima chamada ATP sintase, o menor motor giratório do
mundo (1). Este pequeno complexo de proteínas produz um composto rico em energia, o ATP
(adenosina trifosfato). Cada uma das 14 trilhões de células do corpo humano conduz esta
reação cerca de um milhão de vezes por minuto. Mais da metade do peso corporal do ATP é
feito e consumido no mesmo dia!
Todos os seres vivos precisam produzir ATP, muitas vezes chamada de “moeda energética da
vida”. É uma molécula pequena, mas tem um grande trabalho: prover energia imediatamente
disponível para a maquinaria celular. As maquinarias protéicas abastecidas por ATP energizam
quase tudo o que está dentro de uma célula viva, incluindo a fabricação de DNA, RNA e
proteínas, a limpeza do lixo, e o transporte de produtos químicos para dentro, para fora e no
interior das células. Outras fontes de combustível não fornecem energia a estas maquinas
protéicas celulares, do mesmo jeito que o diesel, a energia eólica ou a solar não fornecem
energia a uma motor à gasolina.
O pensamento lógico a respeito do motor automobilístico leva-nos a pensar que somente uma
pessoa inteligente (com mente e vontade) poderia criar uma máquina que converte energia
de uma forma a outra com o propósito de mover um carro (2). A máquina demonstra ordem,
proporções não-randômicas e uso inteligente de partes independentes, que são do tamanho,
forma e força exatos para trabalhar juntas em um propósito absoluto. Essa inferência que
fazemos, da máquina ao criador, é válida para as máquinas encontradas na “natureza” até o
seu Criador (3). Todos sabem que uma pintura é feita por um pintor, porque a pintura mostra
uma complexidade especificada, ou um padrão complexo e reconhecível, que não é próprio
da pintura. Isto é, as moléculas da pintura não se organizam espontaneamente para formar
um retrato da Mona Lisa, por exemplo.
Podemos encontrar a ATP sintase na parte interna das membranas das células bacterianas, e
no espaço intermembranoso das mitocôndrias e coloroplastos, que são organelas
membranosas dentro das células animais e vegetais.
A ATP sintase produz o ATP a partir de dois produtos químicos menores, o ADP e o fosfato.
Essa enzima é tão pequena que é capaz de manipular essas pequenas moléculas, uma de cada
vez. Ela precisa converter algumas outras formas de energia em novos ATPs. Energia esta que
aparece na forma de um gradiente de íon de hidrogênio (H+), que é gerado por um sistema
protéico inteiramente diferente da ATP sintase (5). Íons de hidrogênio passam através da ATP
sintase como o vento por um moinho. Isso compreende uma corrente elétrica de carga
positiva, diferente dos nossos motores elétricos, que usam uma corrente negativa de elétrons.
Um motor complexo como a ATP sintase precisa de figuras para podermos descrevê-lo.
Cientistas usam técnicas engenhosas para descobrir as exatas localizações de cada um dos
muitos milhares de átomos que constituem grandes moléculas como a ATP sintase .
Esse complexo protéico contém pelo menos 29 subunidades, produzidas separadamente, que
encaixam-se em duas grandes porções: a cabeça (Figura 2) e a base (Figura 3) (7). A base é
ancorada em uma membrana plana (Figura 1), como o botão em uma camisa (exceto que os
botões são fixados em um único lugar, e a ATP sintase pode migrar para qualquer lugar no
plano de sua membrana). A cabeça da ATP sintase forma um tubo (Figura 2). Compreende seis
unidades, em três pares. Estes formam três conjuntos de estações de encaixe, cada qual com
a capacidade de reter um ADP e um fosfato. A ATP sintase inclui um estator (parte
estacionária), que curva-se sobre o exterior da estrutura a fim de ajudar a ancorar a cabeça à
base.
Agora vejamos o modo eficiente e maravilhoso pelo qual esta maravilhosa micro-máquina
funciona. Veja que, na figura 1, um eixo espiral, chamado “γ” está no meio da ATP sintase.
Este eixo percorre o centro tanto da cabeça como da base, como uma caneta dentro do tubo
de papelão de um rolo de papel higiênico.
Aqui está a “mágica”: quando um fluxo de minúsculos íons de hidrogênio (prótons) flui
através da base e para fora da ATP sintase, passando através da membrana, eles forçam o
eixo e a base a girar. O forte eixo central pressiona as paredes internas das seis proteínas da
cabeça, que tornam-se ligeiramente deformadas e reformadas alternadamente. Cada uma das
trilhões de células do seu corpo tem milhares destas máquinas girando a mais de 9.000 rpm.
Cientistas evolucionistas sugerem que a porção da cabeça da ATP sintase evoluiu de uma
classe de proteínas usadas para desenrolar o DNA durante a sua replicação.
Contudo, como a ATP sintase poderia “evoluir” de algo que precisa de ATP, sintetizado por
ela, para funcionar? Essa sugestão bizarra pretende dizer no que precisamos acreditar para
entender nossas origens. Os evolucionistas são muitas vezes guiados por um tendência que
eles não admitem: o naturalismo metodológico. Essa é a suposição de que os processos que
explicam a operação dos fenômenos são tudo o que podemos usar para descrever a origem
destes fenômenos. Essa filosofia exclui Deus, por decreto (não por ciência ou razão).
Cientistas criacionistas, olhando para o mesmo “fenômeno” da ATP sintase também têm uma
tendência: a origem sobrenatural é possível em um universo teísta. A grande pergunta é: que
tendência está correta? Eu afirmo que uma tendência criacionista é claramente verdadeira,
porque faz sentido de acordo com os princípios da causalidade, bem como da Palavra
revelada do Próprio Criador.
Nós devemos também considerar que a ATP sintase é produzida por processos que (todos
eles) precisam de ATP – tais como o desenrolamento da dupla hélice de DNA pela helicase, o
que permite a transcrição e tradução da informação codificada nas proteínas que fabricam a
ATP sintase. E fabricar mais de cem enzimas/máquinas necessárias para alcançar esse
objetivo necessita de ATP! A produção das membranas nas quais a ATP sintase está situada é
um processo que precisa de ATP, mas sem as membranas isso não funcionaria. Este é
realmente um círculo vicioso para os evolucionistas explicarem.
Outro fator, relativamente à vida, é digno de ser citado: A física nos diz que o
Universo tende a um estado de maior para menor organização, ou seja, para maior Entropia
ou desordem do sistema. Contudo, a vida vai na contramão desse processo, pois seu
surgimento criou a ordem a partir da desordem.
Assim, apesar das opiniões tendenciosas dos crentes materialistas e ateístas, Deus nos
aparece através de Sua obra, do micro ao macrocosmo. Criou o Universo material e a vida,
através dos seus engenheiros Espirituais, para que os Espíritos nela pudessem passar pelas
experiências necessárias à sua evolução intelecto-moral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro:
FEB, [1995].
3 BURGOS, Pedro. Não estamos sozinhos. Superinteressante, São Paulo: Abril, ed. 255, ago.
2008.
4 GOSWAMI, Amit. A evolução criativa das espécies: uma resposta da nova ciência para as
limitações da teoria de Darwin. São Paulo: Aleph, 2009. (Série Novo Pensamento).
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=carbono-primordial-
estado-hoyle&id=010830110511
http://considereapossibilidade.wordpress.com/2009/09/18/bioquimica/
http://www.youtube.com/watch?v=J8lhPt6V-yM
PRIMEIROS RESULTADOS DO ESTUDO AWARE, SOBRE
EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE, SUGEREM A
INDEPENDÊNCIA DA ALMA EM RELAÇÃO AO CORPO
“Um homem está morrendo e, quando chega ao ponto de maior aflição física, ouve
seu médico declará-lo morto. Começa a ouvir um ruído desagradável, um zumbido alto ou
toque de campainhas, e ao mesmo tempo se sente movendo muito rapidamente através de
um túnel longo e escuro. Depois disso, repentinamente se encontra fora do seu corpo físico,
mas ainda na vizinhança imediata do ambiente físico, e vê seu próprio corpo a distância,
como se fosse um espectador. Assiste às tentativas de ressurreição desse ponto de vista
inusitado em um estado de perturbação emocional.
Mais tarde tenta contar o acontecido a outras pessoas, mas tem dificuldade em fazê-
lo. Em primeiro lugar, não consegue encontrar palavras humanas adequadas para descrever
esses episódios não-terrenos. Descobre também que os outros caçoam dele, e então deixa de
dizer essas coisas. Ainda assim, a experiência afeta profundamente sua vida, especialmente
suas opiniões sobre a morte e as relações dela com a vida”.
Atualmente, está em curso o mega estudo AWARE (sigla inglesa para "consciência
durante ressuscitação"), liderado pelo Dr. Sam Parnia (um dos maiores especialistas do
mundo no estudo científico da morte, do estado da mente humana, do cérebro e das
experiências de quase-morte), e coordenado pela Universidade de Southampton, na Grã-
Bretanha, que começou em 25 hospitais na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, desde
setembro de 2008. Este estudo tinha como objetivo, inicialmente, examinar experiências de
quase-morte em 1500 pacientes, sobreviventes de ataque cardíaco, durante 3 anos. Contudo,
a duração do estudo e o número de hospitais que participam dele foram ampliados, inclusive
com a inclusão de hospitais no Brasil e em outras partes do mundo. Nele, os especialistas
estão verificando se as pessoas que tiveram suspenso o seu batimento cardíaco ou atividade
cerebral podem ter experiências de se ver fora do próprio corpo. Para testar a "visão de
cima", os pesquisadores vão instalar prateleiras especiais em áreas de atendimento de
emergência dos hospitais. Elas contêm fotografias que só podem ser vistas de cima.
O Dr. Parnia, em sua entrevista acima, mostra claramente que está se convencendo
de que o eu individual, a alma humana, é independente dos neurônios cerebrais, conforme
suas próprias palavras, que grifamos acima.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://iands.org/news/news/front-page-news/910-parnia-interviewed-on-fresh-air-about-his-
book-erasing-death.html
http://www.npr.org/2013/02/21/172495667/resuscitation-experiences-and-erasing-death
http://m.guardiannews.com/society/2013/apr/06/sam-parnia-resurrection-lazarus-effect
MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO ESPIRITUAL
http://www.amebrasil.org.br/html/duv_nem.htm
FÍSICA QUÂNTICA: UM ALERTA!
Alexandre Fonseca
Apesar dos fenômenos ao nível quântico revelarem uma realidade muito diferente da
que estamos habituados, carecemos ainda de maiores pesquisas antes de afirmar que a Física
Quântica está confirmando os princípios espiritualistas.
A Física Quântica tem sido considerada, no meio espírita, como em alguns grupos
religiosos, como sendo aquela que vai confirmar a existência de Deus e do espírito. Nesta
matéria, temos um ponto de vista mais cuidadoso do que é normalmente apresentado. De
fato, os fenômenos ao nível quântico têm feito os cientistas se sentirem incomodados e
perplexos já que eles mostram que na realidade os nossos cinco sentidos nos fazem crer numa
verdade ilusória. Porém, isso não significa que a Física Quântica esteja admitindo a existência
de “algo exterior” ou “além da matéria”, conforme proposto pelas doutrinas espiritualistas. O
movimento espírita deve, portanto, ser cuidadoso ao divulgar idéias ligadas aos fenômenos
espíritas e àquelas propostas pela Física.
Apesar das nobres intenções de nossos irmãos que divulgam essas idéias, elas podem
trazer conseqüências negativas para o movimento espírita. Para entendermos melhor o
enfoque do problema, citamos Kardec (item VII da Introdução de O Livro dos Espíritos [1]):
“Na ausência de fatos, a dúvida é a opinião do homem prudente”. Esta é a principal razão
pela qual se deve tomar cuidado na divulgação de idéias e teorias espíritas que utilizem
conceitos das outras ciências. Como os paradoxos da Física Quântica ainda não foram
resolvidos pelos cientistas, é prudente esperarmos pelo desenvolvimento das pesquisas nesta
área, de modo que possamos, como espíritas, nos posicionarmos melhor perante elas. Pelo
simples fato de que nem todos os resultados experimentais da teoria quântica foram
totalmente explicados, não autoriza ninguém a afirmar, por exemplo, que Deus ou o espírito
é que estão por trás desses fenômenos. Esta atitude é equivocada, não-científica e, o que é
pior, expõe o Espiritismo a críticas desnecessárias, afastando as pessoas que trabalham no
meio científico e que conhecem bem o assunto.
Por outro lado, esta afirmação não impede ao leitor de estudar e pesquisar
seriamente tais fenômenos. Propostas teóricas serão sempre bem vindas. Porém, é preciso
que o pesquisador entenda perfeitamente tanto as informações científicas quanto a Doutrina
Espírita. É necessário que cada proposta teórica seja consistente tanto com os fenômenos
materiais, quanto com os doutrinários aos quais se referem. Um ponto importantíssimo é que
qualquer idéia ou sugestão não comprovadas cientificamente deve ser divulgada e declarada
como tal e não como uma certeza científica. Isto é importante, pois orienta os futuros
leitores quanto ao atual status da pesquisa em determinados assuntos.
Lembremos ainda o ceticismo de Allan Kardec com relação às mesas girantes antes de
conhecer melhor as causas do fenômeno. Achava ele que se tratava de um frívolo
divertimento sem objetivo muito sério. Mas após constatar o fenômeno, buscou interpretá-lo
à luz dos conhecimentos científicos da época. E, percebendo que os fatos tinham origem
inteligente, Kardec iniciou um longo e paciente trabalho de pesquisa onde, somente após
muita observação, estudo e questionamento, publicou sua primeira obra, O Livro dos
Espíritos. Caros irmãos de ideal espírita, a ciência se desenvolveu muito desde então, porém,
o exemplo do Codificador permanece tão atual quanto o foi em sua época. Sigamos o seu
exemplo trabalhando na pesquisa espírita com muita perseverança, paciência, observação,
meditação, estudo e, só então, depois de muita análise e muita autocrítica, é que devemos
levar a público os frutos de nossa pesquisa. Não é necessário pressa, mas sim que tenhamos
cuidado naquilo que estivermos informando. Nada como um pequeno passo após o outro. As
gerações futuras agradecerão nossos esforços de hoje.
REFERÊNCIAS
[1] Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, FEB, 76a. Edição, (1995).
[2] A. F. da Fonseca, Revista Internacional de Espiritismo, março, p. 93 (2003).
[3] F. Capra, O Tao da Física I, Editora Cultrix LTDA, 15a. Edição, (1993).
[4] A. Kardec, Revista Espírita 8, p.257, (1861).
“A banda americana de metal progressivo Dream Theather lançou em 1999 o seu quinto CD
intitulado “Scenes From a Memory”.
"Considerado uma de suas melhores obras pela crítica especializada, o álbum merece
destaque não apenas pela sonoridade bem trabalhada, como também, por ser um disco
conceitual e que aborda temas interessantes como: Terapias de Vidas Passadas, Reencarnação
e Lei de Causa e Efeito.”
“A história tem como personagem principal Nicholas, que decide ir a um hipnoterapeuta para
descobrir a origem dos estranhos sonhos que a perseguem. Durante a sessão de hipnose, ele
vivencia uma regressão ao passado, mais precisamente ao ano de 1928, e descobre que foi em
outra encarnação uma jovem chamada Victoria, vítima de crime passional.”
“A faixa 11 chama-se “The Spirit Carries On” e conta uma letra belíssima e confortadora,
passando a mensagem de que a morte não é o fim.”
http://juventudeaech.blogspot.com.br/2009_09_13_archive.html
MAIORIA DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA DEFENDE
O ABORTO DE FETO DE ATÉ 3 MESES
Na obra “O Livro dos Espíritos”, na pergunta Nº 344, temos: “Em que momento a alma
se une ao corpo?”
Resposta: “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que
seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso
que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se
estava formando.”
E, na pergunta Nº 359: “Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a
vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
Resposta: “Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já
existe.”
Conforme vimos acima, o Espírito se liga ao corpo físico desde a concepção, ou seja, a
partir do momento em que o espermatozóide se une ao óvulo. Nesse momento, já existe um
ser humano em vias de formação. Um ser individual, pois já não pode mais ser confundido com
o organismo de sua mãe, cujo papel, a partir daí, é de dar suporte à sua existência física.
21/03/2013
às 6:30
A cultura da morte avança. Leio na Folha o seguinte título: “Médicos defendem aborto até 12ª
semana de gestação”. Indaguei cá comigo o óbvio: “Quais médicos?”. Segundo informa
Johanna Nublat, “o entendimento foi aprovado pela maioria dos conselheiros federais de
medicina e dos presidentes dos 27 CRMs (Conselhos Regionais de Medicina) reunidos em
Belém (PA) no início do mês”. O texto não informa de quanto é essa “maioria” dos
conselheiros federais nem quais são os conselhos regionais que a endossam. Ficamos
sabendo que um terço dos CRMs não concordou — entre eles, o de Minas. Se conseguir
detalhes, informo aqui. Vamos lá.
Entre os defensores da legalização do aborto até a 12ª semana está o próprio presidente
do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila. “Defendemos o caminho da autonomia
da mulher. Precisávamos dizer ao Senado a nossa posição.” Uma boa forma de esconder
o fato de que o aborto implica a morte do feto é falar em “autonomia da mulher” — afinal,
quem pode ser contra essa autonomia? Doutor D’Ávila é médico. Salvar vidas é a
essência do compromisso ético de sua profissão. Das duas uma: ou ele não concorda com
isso, ou acha que um feto não vive. Não há uma terceira hipótese.
“Precisávamos dizer isso ao Senado”, afirma ele. Ao Senado? Ele está se referindo àquele
projeto aloprado de reforma do Código Penal, elaborado por uma comissão formada pelo
senador José Sarney (PMDB-PA), que tramita na Casa. É aquele texto que considera mais
grave abandonar um cachorro do que abandonar uma criança. É aquele texto que, ao
definir uma quantidade que caracterizaria tráfico de drogas, acaba, na prática, por legaliza-
lo. É aquele texto que banaliza a eutanásia (parece que doutor D’Ávila nada tem a dizer a
respeito). É aquele texto que reconhece como legítimas ações terroristas praticadas por
movimentos sociais. É aquele texto que quer mandar para a cadeia quem desfaz um ninho
de passarinho, mas deixa sem punição quem mata fetos humanos. Donde se conclui que,
para seus formuladores — e, desconfio, também para o doutor D’Ávila —, existe uma
hierarquia entre o ovo do pardal e o ovo de gente…
Dr. D’Ávila perfila-se, assim, com um texto eticamente asqueroso. Mas, como ele
confessa, “precisávamos (eles) dizer isso ao Senado”. Ok, doutor, está dito! O senhor
também acha que ovo de pardal é superior a ovo de gente. Está plenamente
compreendido. Só não queira escapar imune à lógica, doutor. Não tentarei lhe prova que o
feto é vida porque essa aula quem deveria me dar é Vossa Senhoria. O senhor prefere, no
entanto, ignorar essa evidência em nome da, como é mesmo?, “autonomia da mulher”.
Então o senhor não seja intelectualmente covarde e defenda o aborto na sua plenitude.
Se é a autonomia da mulher que conta, até que o feto não seja expulso do ventre materno
ou de lá não seja retirado por uma cesariana, quem tem o comando é a mãe. Por que,
então, essa história de “12 semanas”? Seja corajoso, doutor; faça como aqueles dois
acadêmicos italianos que defenderam o assassinato também de recém-nascidos. Afinal,
também o feto que acaba de sair do útero é um nada, certo? Ousados, eles escreverem
um artigo intitulado “After-birth abortion: why should the baby live?’ – literalmente: “Aborto
pós-nascimento: por que o bebê deveria viver?”. O texto asqueroso foi publicado no
“Journal of Medical Ethics”.Escrevi um post a respeito no dia 2 de março do ano
passado. O casal é potencialmente homicida, mas lhe assiste certa razão prática: os
motivos evocados para justificar o aborto não são muito distintas dos evocados por eles
para justificar o assassinato de recém-nascidos. Doutor D’ Ávila deve saber que, assim
como não existe meia gravidez, também não existe meia vida humana, não é mesmo? Se
o feto não é coisa, então é vida. Dia desses tentaram me convencer que, até o limite de 12
semanas, o feto não sente dor. Uma galinha sente dor quando abatida, suponho, e não
defendo a criminalização da morte de galinhas. Não é a existência da dor que define uma
vida humana.
Um estudo publicado na revista médica “The Lancet” no ano passado analisou dados de 1995
a 2008 e revelou que na América Latina, onde a maioria dos países criminaliza a interrupção
da gravidez, estão concentradas os maiores números.
Esse tipo de raciocínio é fabuloso! Ainda que esses números sejam verdadeiros, apontem
uma só razão, uma só implicação racional e lógica, para que se façam menos abortos em
países onde a prática é descriminada. Muito provavelmente, há menos ocorrências na
Europa ocidental porque há mais educação, mais saúde, mais renda… Para que a
hipótese fosse ao menos examinada, seria preciso comparar países em igual estágio de
desenvolvimento e com condições sociais semelhantes, mas com legislações distintas. E,
ainda assim, seria preciso ver a coisa com cuidado porque há fatores de outra natureza,
como os culturais e religiosos.
O texto volta à ladainha de que há, por ano, um milhão de abortos provocados no Brasil.
Bem, isso é chute militante. Se alguém me disser de onde sai esse número, qual é a fonte,
aí começo a examinar a questão. Hospitais públicos e privados não dispõem de um
formulário, ficha ou algo assim que informe: “curetagem decorrente de aborto provocado”.
Essa é mais uma das mentiras que se espalham por aí, como aquela, que circulava até
outro dia, que sustentava que 200 mil mulheres morriam por ano vítimas de abortos
clandestinos.
Segundo uma pesquisa do Instituto do Coração, da USP, entre 1995 e 2007, a curetagem
depois do procedimento de aborto foi a cirurgia mais realizada pelo SUS: 3,1 milhões de
registros. Observem: 3,1 milhões de procedimentos em 13 anos. E é impossível saber o
que é aborto provocado e o que é aborto espontâneo. Aquele milhão é número mágico,
militante, sem base na realidade.
Os defensores do aborto têm de deixar de ser covardes e defender o seu ponto de vista
sem ficar apelando para falsas questões. Este blog aguarda, e publicará com destaque,
um texto demonstrando por que a legalização ou descriminação de determinada prática
implicaria a diminuição de sua incidência."
“[...] "Abortei os filhos não nascidos dos meus amigos, colegas, conhecidos e inclusive
professores. Cheguei ainda a abortar meu próprio filho", chorou amargamente o médico, que
explicou que por volta da metade da década de 60 engravidou a uma mulher que gostava
muito dele (...) Ela queria seguir adiante com a gravidez mas ele se negou. Já que eu era um
dos especialistas no tema, eu mesmo realizaria o aborto, expliquei. E assim procedi.", precisou.
Decidiu reconhecer o seu erro. Na revista médica The New England Journal of Medicine,
escreveu um artigo sobre sua experiência com os ultrasonografias, recohecendo que no feto
existia vida humana. Incluia declarações como a seguinte: "o aborto deve ser visto como a
interrupção de um processo que de outro modo teria produzido um cidadão no mundo. Negar
esta realidade é o tipo mais grosseiro de evasão moral".
Aquele artigo provocou uma forte reação. Nathanson e sua família receberam inclusive
ameaças de morte, porém a evidência de que não podia continuar praticando abortos se
impôs. Tinha chegado à conclusão que não havia nenhuma razão para abortar: o aborto é um
crime.
Pouco tempo depois, uma nova experiência com as ultrasonografias serviu de material para
um documentario que encheu de admiração e horror ao mundo. Era titulado "O grito
silencioso", e sucedeu em 1984 quando Nathanson pediu a um amigo seu - que praticava entre
15 a 20 abortos por dia- que colocasse um aparelho de ultrasom sobre a mãe, gravando a
intervenção.
"Assim o fez -explica Nathanson- e, quando viu a gravação comigo, ficou tão afetado que
nunca mais voltou a realizar um aborto. As gravações eram assombrosas, por mais que não
eram de boa qualidade. Selecionei a melhor e comecei a projetá-la nos meus encontros pró-
vida por todo o país".”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos.Ed.FEB. Versão digital por: L.NEILMORIS © 2007
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cultura-da-morte-maioria-do-conselho-federal-
de-medicina-apoia-descriminacao-do-aborto-ate-12a-semana-de-gestacao-assim-tambem-ela-
acha-a-exemplo-de-certa-comissao-que-feto-de-gente-e-in/
http://www.acidigital.com/vida/aborto/nathanson.htm
http://www.youtube.com/watch?v=XjUGoSr4MWE
JESUS RESSUSCITOU? AS APARIÇÕES DE JESUS APÓS SUA
MORTE
Determinadas doutrinas religiosas pregam que Jesus, após sua morte, teve o seu corpo
físico ressuscitado, aparecendo aos seus discípulos. Terá sido isso, realmente, o que ocorreu?
Tendo dito isto, voltou-se e viu a Jesus de pé, sem saber, entretanto que fosse Jesus.
— Este então lhe disse: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, pensando fosse o
jardineiro, lhe disse: Senhor, se foste tu quem o tirou, dize-me onde o puseste e eu o levarei.
Disse-lhe Jesus: Maria. Logo ela se voltou e disse: Rabboni , isto é: Meu Senhor. —
Jesus lhe respondeu: Não me toques, porquanto ainda não subi para meu Pai; mas, vai ter com
meus irmãos e dize-lhes de minha parte: Subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus.
Maria Madalena foi então dizer aos discípulos que vira o Senhor e que este lhe dissera
aquelas coisas. (S. João, 20:11 a 18.)
Naquele mesmo dia, indo dois deles para um burgo chamado Emaús, distante
de Jerusalém sessenta estádios — falavam entre si de tudo o que se passara. — E aconteceu
que, quando conversavam e discorriam sobre isso, Jesus se lhes juntou e se pôs a caminhar
com eles; — seus olhos, porém, estavam tolhidos, a fim de que não o pudessem reconhecer .
— Ele disse: De que vínheis falando a caminhar e por que estais tão tristes?
Disse-lhes então Jesus: Oh! insensatos, de coração tardo a crer em tudo a que os
profetas hão dito! Não era preciso que o Cristo sofresse todas essas coisas e que
entrasse assim na sua glória? — E, a começar de Moisés, passando em seguida por todos os
profetas, lhes explicava o que em todas as Escrituras fora dito dele.
Ao aproximarem-se do burgo para onde se dirigiam, ele deu mostras de que ia mais
longe. — Os dois o obrigaram a deter-se, dizendo-lhe: Fica conosco, que já é tarde e o dia está
em declínio. Ele entrou com os dois. — Estando com eles à mesa tomou do pão, abençoou-o e
lhes deu. — Abriram-se-lhes ao mesmo tempo os olhos e ambos o reconheceram; ele, porém,
lhes desapareceu das vistas.
Então, disseram um ao outro: Não é verdade que o nosso coração ardia dentro de nós,
quando ele pelo caminho nos falava, explicando-nos as Escrituras? — E, erguendo-se no
mesmo instante, voltaram a Jerusalém e viram que os onze apóstolos e os que continuavam
com eles estavam reunidos — e diziam: O Senhor em verdade ressuscitou e apareceu a Simão.
— Então, também eles narraram o que lhes acontecera em caminho e como o tinham
reconhecido ao partir o pão.
Enquanto assim confabulavam, Jesus se apresentou no meio deles e lhes disse: A paz
seja convosco; sou eu, não vos assusteis. — Mas, na perturbação e no medo de que foram
tomados, eles imaginaram estar vendo um Espírito.
E Jesus lhes disse: Por que vos turbais? Por que se elevam tantos pensamentos nos
vossos corações? — Olhai para as minhas mãos e para os meus pés e reconhecei que sou eu
mesmo. Tocai-me e considerai que um Espírito não tem carne, nem osso, como vedes que eu
tenho. — Dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.
Mas, como eles ainda não acreditavam, tão transportados de alegria e de admiração se
achavam, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que se coma? — Eles lhe apresentaram um
pedaço de peixe assado e um favo de mel. — Ele comeu diante deles e, tomando os restos,
lhes deu, dizendo: Eis que, estando ainda convosco, eu vos dizia que era necessário se
cumprisse tudo o que de mim foi escrito na lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos. Ao
mesmo tempo lhes abriu o espírito, a fim de que entendessem as Escrituras — e lhes disse: É
assim que está escrito e assim era que se fazia necessário sofresse o Cristo e ressuscitasse
dentre os mortos ao terceiro dia; — e que se pregasse em seu nome a penitência e a remissão
dos pecados em todas as nações, a começar por Jerusalém. — Ora, vós sois testemunhas
dessas coisas. — Vou enviar-vos o dom de meu Pai, o qual vos foi prometido; mas, por
enquanto, permanecei na cidade, até que eu vos haja revestido da força do Alto. (S. Lucas,
24:13 a 49.)
Ora, Tomé, um dos doze apóstolos, chamado Dídimo, não se achava com eles quando
Jesus lá foi vindo. — Os outros discípulos então lhe disseram: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes
disse: Se eu não vir nas suas mãos as marcas dos cravos que as atravessaram e não puser o
dedo no buraco feito pelos cravos e minha mão no rasgão do seu lado, não acreditarei,
absolutamente.
Oito dias depois, estando ainda os discípulos no mesmo lugar e com eles Tomé, Jesus
se apresentou, achando-se fechadas as portas, e, colocando-se no meio deles, disse-lhes: A paz
seja convosco.
Disse em seguida a Tomé: Põe aqui o teu dedo e olha minhas mãos; estende também a
tua mão e mete-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas fiel. — Tomé lhe respondeu: Meu
Senhor e meu Deus! — Jesus lhe disse: Tu creste, Tomé, porque viste; ditosos os que
creram sem ver. (S. João, 20:24 a 29.)
Jesus também se mostrou depois aos seus discípulos à margem do mar de Tiberíades,
mostrando-se desta forma:
Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná, na Galiléia, os
filhos de Zebedeu e dois outros de seus discípulos estavam juntos. — Disse-lhes Simão Pedro:
Vou pescar. Os outros disseram: Também nós vamos contigo. Foram-se e entraram numa
barca; mas, naquela noite, nada apanharam.
Ao amanhecer, Jesus apareceu à margem sem que seus discípulos conhecessem que
era ele. — Disse-lhes então: Filhos, nada tendes que se coma? Responderam-lhe: Não. Disse-
lhes ele: Lançai a rede do lado direito da barca e achareis. Eles a lançaram logo e quase não a
puderam retirar, tão carregada estava de peixes.
Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. Simão Pedro, ao
ouvir que era o Senhor, vestiu-se (pois que estava nu) e se atirou ao mar. — Os outros
discípulos vieram com a barca, e, como não estavam distantes da praia mais de duzentos
côvados, puxaram daí a rede cheia de peixes. (S. João, 21:1 a 8.)
Depois disso, ele os conduziu para Betânia e, tendo lavado as mãos, os abençoou — e,
tendo-os abençoado, se separou deles e foi arrebatado ao céu. Quanto a eles, depois de o
terem adorado, voltaram para Jerusalém, cheios de alegria. — Estavam constantemente no
templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém. (S.Lucas, 24:50 a 53.)
Jesus, portanto, se mostrou com o seu corpo perispirítico, o que explica que só tenha
sido visto pelos que ele quis que o vissem. Se estivesse com o seu corpo carnal, todos o
veriam, como quando estava vivo. Ignorando a causa originária do fenômeno das aparições,
seus discípulos não se apercebiam dessas particularidades, a que, provavelmente, não davam
atenção. Desde que viam o Senhor e o tocavam, haviam de achar que aquele era o seu corpo
ressuscitado. (Cap. XIV, nos 14 e 35 a 38.)
Ao passo que a incredulidade rejeita todos os fatos que Jesus produziu, por terem uma
aparência sobrenatural, e os considera, sem exceção, lendários, o Espiritismo dá explicação
natural à maior parte desses fatos. Prova a possibilidade deles, não só pela teoria das leis
fluídicas, como pela identidade que apresentam com análogos fatos produzidos por uma
imensidade de pessoas nas mais vulgares condições. Por serem, de certo modo, tais fatos do
domínio público, eles nada provam, em princípio, com relação à natureza excepcional de
Jesus.” (Ver o texto “O Que São Médiuns?”, neste blog. Vários cientistas de renome, na
segunda metade do século XIX e início do século XX, realizando experiências com médiuns,
rigorosamente fiscalizadas, puderam observar a materialização completa de muitos Espíritos.
Ver o texto “Ilustres Cientistas Confirmaram: A Alma Sobrevive à Morte”, neste blog).
. “O maior milagre que Jesus operou, o que verdadeiramente atesta a sua superioridade,
foi a revolução que seus ensinos produziram no mundo, malgrado à exigüidade dos seus meios
de ação.
Com efeito, Jesus, obscuro, pobre, nascido na mais humilde condição, no seio de um
povo pequenino, quase ignorado e sem preponderância política, artística ou literária, apenas
durante três anos prega a sua doutrina; em todo esse curto espaço de tempo é desatendido e
perseguido pelos seus concidadãos; vê-se obrigado a fugir para não ser lapidado; é traído por
um de seus apóstolos, renegado por outro, abandonado por todos no momento em que cai
nas mãos de seus inimigos. Só fazia o bem e isso não o punha ao abrigo da malevolência, que
dos próprios serviços que ele prestava tirava motivos para o acusar. Condenado ao suplício
que só aos criminosos era infligido, morre ignorado do mundo, visto que a História daquela
época nada diz a seu respeito. Nada escreveu; entretanto, ajudado por alguns homens tão
obscuros quanto ele, sua palavra bastou para regenerar o mundo; sua doutrina matou o
paganismo onipotente e se tornou o facho da civilização. Tinha contra si tudo o que causa o
malogro das obras dos homens, razão por que dizemos que o triunfo alcançado pela sua
doutrina foi o maior dos seus milagres, ao mesmo tempo que prova ser divina a sua missão.
Se, em vez de princípios sociais e regeneradores, fundados sobre o futuro espiritual do
homem, ele apenas houvesse legado à posteridade alguns fatos maravilhosos, talvez hoje mal
o conhecessem de nome.”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará
outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: O Espírito de Verdade, que o
mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a
vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o
Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
recordar tudo o que vos tenho dito.”
“Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não
conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para
ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de
Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele
vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal
compreendido.
O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu
advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as
coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os
que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala
sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios.
Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que
sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” Mas, como há
de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa
dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o
seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que
produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras.
O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe
auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe
assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais
se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes
terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da
felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do
caminho.
Na mesma obra acima citada, no Capítulo XV, Kardec escreveu sobre a mensagem de
Jesus:
O Espiritismo surgiu como nas palavras de Sir Arthur Conan Doyle, em seu excelente
livro “História do Espiritismo”:
“É impossível fixar uma data para as primeiras aparições de uma força inteligente
exterior, de maior ou menor elevação, influindo nas relações humanas. Os espíritas tomaram
oficialmente a data de 31 de março de 1848 como o começo das coisas psíquicas, porque o
movimento foi iniciado naquela data. Entretanto não há época na história do mundo em que
não se encontrem traços de interferências preternaturais e o seu tardio reconhecimento pela
humanidade. A única diferença entre esses episódios e o moderno movimento é que aqueles
podem ser apresentados como casos esporádicos de extraviados de uma esfera
qualquer, enquanto os últimos têm as características de uma invasão organizada (grifo
nosso). Como, porém, uma invasão poderia ser precedida por pioneiros em busca da Terra,
também o influxo espírita dos últimos anos poderia ser anunciado por certo número de
incidentes, susceptíveis de verificação desde a Idade Média e até mais para trás.”
A invasão organizada, citada por Conan Doyle, teve início justamente com os fatos
ocorridos em Hydesville, nos Estados Unidos, através da mediunidade das irmãs Fox. Estes
fatos inauguraram uma nova Era de comunicações organizadas com o mundo invisível,
encorajando vários médiuns e testemunhas a tornarem públicas as manifestações dos
Espíritos, que já vinham ocorrendo (ver o texto “O Início do Espiritismo Parte 1 – Hydesville”,
neste blog). Até que, em determinado momento, os próprios Espíritos sugeriram um novo
método de comunicação: mesas que, suspensas no ar, davam pancadas no chão, passando as
mensagens através de um código pré-estabelecido. Através deste método, surgiu o fenômeno
que ficou conhecido como “As Mesas Girantes”. Surgindo nos Estados Unidos, espalhou-se lá,
depois na Europa e no resto do mundo. Nos salões de festa, nas residências e nos laboratórios,
os Espíritos, através das mesas, anunciavam que a alma não desaparece com a morte. Estes
fatos foram amplamente noticiados em jornais e livros da época. Foi este fenômeno que atraiu
a atenção de Allan Kardec, que passou a estudá-lo séria e rigorosamente (ver o texto “O Início
do Espiritismo Parte 2 – A Codificação”, neste blog). Vários Espíritos, intelectual e moralmente
muito avançados, liderados pelo que se denominava como o Espírito de Verdade,
comunicaram a Kardec que ele próprio havia encarnado com a missão de organizar e divulgar,
sob a supervisão deles, os ensinamentos que traziam: A Doutrina Espírita.
“Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar
as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar
aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz
germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro,
reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que
sofreis.”
Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino
de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a
raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a
carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais
a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e
crede! Pois que a morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as
virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro.
Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o
facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos,
filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.
Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza
imensa, para deixar de estender mão socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu,
caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não
mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.
“Venho instruir e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem a sua
resignação ao nível de suas provas, que chorem, porquanto a dor foi sagrada no Jardim das
Oliveiras; mas, que esperem, pois que também a eles os anjos consoladores lhes virão enxugar
as lágrimas.
Obreiros, traçai o vosso sulco; recomeçai no dia seguinte o afanoso labor da véspera; o
trabalho das vossas mãos vos fornece aos corpos o pão terrestre; vossas almas, porém, não
estão esquecidas; e eu, o jardineiro divino, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos.
Quando soar a hora do repouso, e a trama da vida se vos escapar das mãos e vossos olhos se
fecharem para a luz, sentireis que surge em vós e germina a minha preciosa semente. Nada
fica perdido no reino de nosso Pai e os vossos suores e misérias formam o tesouro que vos
tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas e onde o mais desnudo
dentre todos vós será talvez o mais resplandecente.
Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são bem-
amados meus. Instruí-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o
sublime objetivo da provação humana. Assim como o vento varre a poeira, que também o
sopro dos Espíritos dissipe os vossos despeitos contra os ricos do mundo, que são, não raro,
muito miseráveis, porquanto se acham sujeitos a provas mais perigosas do que as vossas.
Estou convosco e meu apóstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos
da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no seio d’Aquele que vos criou fracos para vos
tornar perfectíveis e que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim de serdes os
artífices da vossa imortalidade.” – O Espírito de Verdade. (Paris, 1861)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
Fonte da imagem:
http://amelavras.webnode.com.br/album/exposi%C3%A7%C3%A3o%3A%20de%20kardec%20a%20chico%20xavier/andre-luiz-e-
emmanuel-jpg/
'Em última análise, chegaremos a saber que a matéria é luz coagulada, substância divina que
nos sugere a onipresença de Deus. ' nessa enunciação, antecipa de quase dez anos as
conclusões da física moderna, as quais sugerem a existência de uma realidade subjacente e
altamente energética formada por mini buracos negros (e/ou brancos), na conformidade dos
estudos feitos pelo engenheiro Hernani G. Andrade, presidente do Instituto Brasileiro de
Pesquisas Psicobiofísicas e que no aspecto científico serve de orientação para apresentarmos
neste volume alguns resumos informativos e nos quais nos baseamos para esta exposição
inicial. estes miniburacos seriam fótons de alta energia autocapturados em um colapso
gravitacional."
"Em Missionários da Luz, 1945, Edição FEB, ao esclarecer que o homem é um espírito eterno,
habitando temporariamente o corpo físico, revela que a epífise é a glândula da vida mental,
órgão vivo, mesmo quando calcificada no adulto, funcionando como avançado laboratório de
elementos psíquicos. Somente com as pesquisas de Aaron Lerner e colaboradores da
University of Yale, EUA, em 1958, foi descoberta a melatonina, hormônio próprio da pineal.
A partir daí, Axelrod, Wurtmann e outros, detectaram a enzima hiomt, encontrada somente
nesta glândula.
"Assim, a pineal deixou de ser vista apenas como um vestígio do núcleo fotoreceptor dorsal,
o ' terceiro olho', presentes em certos vertebrados inferiores e na década de 60 passou a ser
considerada como tradutor neuroendócrino, órgão vivo, mesmo depois de calcificada."
"As enunciações constantes do livro Evolução em Dois Mundos, obra editada em 1959,
FEB, aproximam-se das atuais teorizações da moderna parapsicologia, da psicotrônica
soviética e, ontologicamente, de alguns conceitos moderníssimos da teoria quântica do
campo e da geometrodinâmica, especialmente naqueles aspectos focalizados por alguns
físicos atuais que veem grande similitude entre conceitos das filosofias religiosas do oriente
(Tao, Budismo, Hinduísmo) e os pontos culminantes alcançados recentemente pela física
teórica."
"Outra importante antecipação científica encontra-se no livro No Mundo Maior, editora FEB,
publicado em 1947 e que prevê a intervenção do homem nos cromossomos, impondo sexo ao
embrião, embora advirta que o espírito reencarnante guarda na mente características
masculinas e femininas intangíveis por esse processo de interferência."
(Nesse momento do texto, precisamos lembrar que, na época em que foi escrito esse prefácio
- 1981 - não havia o que, hoje, é bastante comum na prática científica, no caso a clonagem e
outras manipulações genéticas sofisticadas).
"A abordagem do mediunismo em Mecanismos da Mediunidade, de 1960, aproxima-se
bastante da visão proposta pelas mais recentes teorias da moderna Física, quando descreve
em termos de ondas e percepções a visão da realidade cósmica igualmente como a natureza
do homem, levando-se em conta que essas teorias igualmente encaram a matéria como uma
realidade relativa que repousa sobre uma outra, subjacente e absoluta, em cuja
profundidade encontramos um oceano de pura consciência com potencialidade energética
infinita. E essa versão é neste livro designada como Fluido Cósmico ou Hálito Divino."
(Aqui abrimos outro parêntesis e remetemos o leitor ao artigo do site Inovação Tecnológica,
de título: Influências escondidas podem existir além do espaço-tempo.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=alem-espaco-tempo-
influencias-escondidas&id=010130121112
"No prefácio do livro Nos Domínios da Mediunidade, Edição FEB, 1955, Emmanuel observava :
' A distinção entre matéria e espaço vazio finalmente teve de ser abandonada quando se
tornou evidente que as partículas virtuais podem surgir espontaneamente do vácuo, sem
estar presente qualquer núcleo ou outra partícula interagindo fortemente ' (Capra, F. The Tao
of Physics - Berkeley:Shambala 1975 ).
(Remetemos o leitor a outros dois artigo publicados no site Inovação Tecnológica, de títulos:
“Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada” e “Luz é gerada a partir do nada”.
Para acessá-los, basta clicar nos links abaixo:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=materia-antimateria-criadas-
nada&id=010130101222
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=luz-gerada-partir-
nada&id=010815110606 )
“Também nos deparamos com a afirmação de J.E. Charon, em O Espírito Este Desconhecido,
editions Albin Michel, Paris, 1977, pg. 56 e 57”:
'Portanto, com Einstein, temos o triunfo da Geometria na Física; todo o nosso universo é
apenas constituído por formas geométricas de uma substância única chamada espaço, ou
mais precisamente, espaço-tempo, visto que, desde a relatividade restrita de 1905, o tempo
e o espaço não eram mais independentes um do outro.'
'A noção de realidade objetiva das partículas elementares dissolveu-se por conseguinte em
forma muito significativa, e não na nebulosidade de alguma noção nova da realidade, mas
na transparente clareza de uma matemática que
"Em A Vida Continua, 1a. Edição, FEB,1968, a expressão 'em última análise, chegaremos a
saber que a matéria é luz coagulada, substância divina que nos sugere a onipresença de
Deus ", corresponde ao que afirmam B.Tobem, J.Safatti e F.Wolf, em Space, Time and Beyond,
em 1975, Edição Dutton, New York, pag.143 :
' A matéria não é nada mais do que luz capturada gravitacionalmente '.
"Ainda em Evolução em Dois Mundos, editado em 1959, pg.31, FEB, encontramos este
enunciado":
"A ciência veio a confirmar a enunciação, conforme podemos constatar através de J.E.Charon,
em O Espírito Este Desconhecido, Editions Albin Michel, Paris, 1977, pg.87 ":
'O microuniverso eletrônico não está vazio (senão o espaço que encerra não estaria
curvado); ele contém, como nosso próprio universo, matéria e radiação. e contém,
principalmente, o que chamamos de radiação 'negra', uma espécie de gás de fótons tendo
todas as velocidades e todas as direções, e definindo uma temperatura 'T', dita temperatura
da radiação negra do espaço.'
"É de levar-se em conta as insuficiências das palavras e até mesmo de conceitos para as
antecipações científicas constantes dos livros recebidos por Francisco Cândido Xavier, mesmo
porque a própria ciência anos depois, viria a adotar vocábulos que nem sempre poderiam
corresponder exatamente aos utilizados nessas antecipações, embora o conteúdo das
revelações não sofresse alteração fundamental."
"Cumpre a nós, simplesmente, esclarecer que estes resumos informativos são pálido reflexo
do que se contém no conjunto da obra (...) dessa extraordinária figura de cidadão do mundo,
desprendido de todos os bens terrenos, voltado inteiramente para a Paz e o Amor entre os
homens e as Nações."
Em 1958, André Luiz revela a existência do 2º sistema imunológico. Apenas nos anos
70 os cientistas o descobrem. Nesse mesmo ano, ele descreve funções das mitocôndrias
(organela responsável pelo fornecimento de energia à célula). Uma delas, a mais importante,
ainda não foi descoberta pela ciência da Terra. Faz revelações sobre o Pensamento que estão,
atualmente, na pauta dos cientistas.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 Comissão Pró-indicação de Francisco Cândido Xavier. Resumo das Obras Psicografadas por
Francisco Cândido Xavier. Ed.CNPFCX. [1981];
Acontece que, além dos impressionantes fatos que ocorreram antes e durante a
codificação (ver “O Início do Espiritismo Parte 2 – A Codificação”, neste blog), muitos
outros, de diferentes categorias, vieram para confirmar os princípios que os Espíritos nos
legaram. Estes fatos, como peças de um quebra-cabeças, ao se juntarem, revelam, de forma
bastante clara, o que afirmamos.
Viu que o Universo possui vários bilhões de galáxias, tendo surgido de uma explosão
de matéria e energia superconcentrada há cerca de 13 bilhões de anos atrás (o Big Bang).
Com o decorrer do tempo, nosso Universo está sofrendo uma expansão. Contudo, se a
intensidade da gravidade fosse um pouquinho maior, ele se contrairia, sofrendo um colapso,
não deixando tempo para que a vida se desenvolvesse. Sendo fraca demais, ocorreria a
expansão, porém não se formariam estrelas ou galáxias para abrigar a vida.
· Caso a força elétrica entre elétrons diferisse um pouco, a vida como a conhecemos não
seria possível;
· A existência de elementos químicos mais pesados (como o carbono, base da vida como a
conhecemos);
Enfim, tudo no universo mostra uma fina sintonia para o surgimento da vida em suas
formas mais complexas. Água e moléculas orgânicas, por exemplo, são comuns no universo.
O próprio surgimento da vida, com toda a sua sofisticada organização e imensa
complexidade (principalmente a nível molecular), bem como sua evolução, até hoje, são
enigmas. Para evoluir até o homem, ela passou por misteriosos saltos evolutivos entre as
espécies (o que pode ser demonstrado nas numerosas lacunas nos registros fósseis da história
da vida na Terra) que não podem ser explicados pelo acaso. A esse respeito só existem teorias
um tanto especulativas, que contam com eventos aleatórios de baixíssima probabilidade,
baseadas no materialismo.
“O fato de que em todos os tempos e em todos os povos esteve viva a crença em algo
invisível, que sobrevive à morte do corpo, e que, sob o influxo de condições especiais, pode
manifestar-se aos nossos sentidos, torna-nos propensos a aceitar a hipótese espiritista.
E essa mesma crença nós a encontramos ainda junto de todos os povos selvagens,
mesmo entre aqueles que têm de Deus uma idéia extremamente vaga, ou não na têm de
maneira alguma”
Temos o caso do mais famoso médium brasileiro, Francisco Cândido Xavier, mais
conhecido como Chico Xavier. Tendo psicografado mais de 400 livros e inúmeras cartas, por
diversos Espíritos, forneceu um volumoso conjunto de provas da sobrevivência. Em alguns de
seus livros, antecipou descobertas científicas que só seriam anunciadas muitos anos depois, e
em suas diversas cartas psicografadas, havia detalhes fornecidos pelos falecidos, às vezes
coisas muito íntimas, que só os parentes poderiam ter conhecimento, consolando muitos
familiares saudosos. Inclusive ocorreram casos de cartas ditadas em outras línguas,
desconhecidas do médium (ver o texto “Existe Vida Após a Morte?” neste blog). É fato
digno de nota que Chico Xavier vendeu mais de 50 milhões de exemplares dos seus livros,
porém toda a renda foi revertida para instituições de caridade, pois o médium fazia questão
de sobreviver apenas da sua aposentadoria como ex-funcionário do Ministério da Agricultura,
vivendo modestamente até seu desencarne. Como ele mesmo dizia: “Estas obras não me
pertencem. Pertencem aos Espíritos que as ditaram.”
A reencarnação mostrou ser muito mais que uma mera crença ou teoria, pela sua
ampla confirmação através de inúmeras pesquisas realizadas ao redor do mundo (Ver o
texto “Fortes Evidências da Reencarnação”, neste blog).
A Pluralidade dos Mundos Habitados está cada vez mais perto de ser constatada, à
medida em que se aperfeiçoam os instrumentos de observação do espaço. Cientistas estimam
que, só na nossa galáxia, existam bilhões de planetas com condições para abrigar a vida como
a conhecemos, e já se especula a existência de vida em outros universos (ver o texto “A
Pluralidade dos Mundos Habitados 5 – Qual a Origem da Vida?”, neste blog).
Como disse o Mestre Jesus: “Quem tiver olhos de ver, veja”.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
Resposta: “O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia por
todos os lados. Segue-se que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de
vigília, se bem que mais dificilmente.”
Resposta: “São dois Espíritos simpáticos que se comunicam e veem reciprocamente seus
pensamentos respectivos, embora sem estarem adormecidos os corpos.”
No nosso texto anterior “O Mundo Espiritual”, neste blog, já havíamos falado a respeito
do Fluido Cósmico Universal que, conforme os Espíritos da codificação, é o único elemento
primitivo, cujas combinações e modificações dão origem tanto à matéria do nosso mundo
material quanto à do mundo espiritual. Esse elemento encontra-se presente, de forma
abundante, tanto no mundo espiritual quanto no mundo material, no qual ambos estão
imersos.
No texto “O Mundo Espiritual – Parte 2”, falamos que, assim como as estações de
rádio FM emitem ondas nas mais diversas freqüências, transportando através delas sua
programação, os Espíritos irradiam seus pensamentos, através de energia emitida pelo seu
corpo espiritual, que são captados por outros Espíritos sintonizados com eles. Da mesma
forma que os ouvintes escutam sua programação sintonizando com determinada estação, ao
ajustar o seletor do aparelho de rádio na freqüência correta. O Fluido Cósmico Universal é o
veículo do pensamento, assim como, no mundo material, o ar transporta o som.
Em seu livro “Mentes Interligadas”, editado no Brasil pela Aleph, o cientista Dean
Radin, mestre em Engenharia Elétrica e PhD em Psicologia pela Universidade de Illinois,
menciona experiências que, se ignoradas, conforme o próprio autor diz em seu livro, seria
como perder a notícia da “aterrissagem de alienígenas no gramado da Casa Branca”.
“Estamos enfrentando um fenômeno que nem é fácil de descartar como falha metodológica ou
artefato técnico, nem em ser entendido em sua natureza. Nenhum mecanismo biofísico
conhecido na atualidade poderia ser responsabilizado pelas correlações observadas entre os
EEGS de dois sujeitos experimentais separados.”
Outro experimento semelhante que obteve êxito foi realizado na Universidade Bastyr,
por Leanna Standish e sua equipe. Dessa vez, utilizaram no indivíduo receptor (aquele que
recebe o pensamento emitido pelo outro indivíduo telepaticamente) um aparelho de
ressonância magnética funcional, capaz de visualizar o funcionamento de áreas específicas do
cérebro. Antes da realização do experimento, examinaram trinta pares de indivíduos até
encontrar o par capaz de correlacionar-se confiavelmente. Separaram os indivíduos,
estimularam o emissor através de uma luz que piscava, verificando, através do aparelho de
ressonância, que o receptor tinha aumentada, de forma significativa e ao mesmo tempo, a
atividade de sua área do cérebro responsável pela visão, o córtex visual. Este mesmo grupo
repetiu plenamente o sucesso deste experimento, em realização posterior. O estudo foi
publicado na revista médicaAlternative Therapies In Health and Medicine.
Outros estudos, além dos que citamos, foram realizados com sucesso, inclusive pelo
próprio Dean Radin, utilizando-se de uma câmara com escudos eletromagnéticos e acústicos,
onde ficava o receptor, para garantir que nenhum meio físico conhecido, embora
imperceptível, fosse responsável pela transmissão do pensamento.
Assim, um conceito que os Espíritos nos legaram há mais de 150 anos atrás, a
transmissão do pensamento, só recentemente, com o avanço da ciência e da tecnologia, pôde
ser comprovado em laboratório. E com todo o rigor científico. Contudo, mais uma vez
verificamos que boa parcela da comunidade científica, composta por crentes materialistas,
preferiu ignorar um fato como este, que desafia o modelo de universo que pregam, apesar das
graníticas evidências que possui o mesmo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Por que somos tão diferentes uns dos outros, intelectual e moralmente? Considerando
que possuímos uma alma imortal, responsável pela nossa personalidade, e que fomos criados
ao mesmo tempo que o nosso corpo, como poderíamos considerar que a inteligência que nos
criou - Deus - é justo?
A resposta para essa pergunta é simples: se Deus é justo, a alma não foi criada ao
mesmo tempo que o corpo. Ela é anterior a ele. Vejamos o que disse Allan Kardec em “O Livro
dos Espíritos”, Capítulo V, título – CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS:
“[...] Admitamos, ao contrário, uma série de progressivas existências anteriores para
cada alma e tudo se explica. Ao nascerem, trazem os homens a intuição do que aprenderam
antes: são mais ou menos adiantados, conforme o número de existências que contem,
conforme já estejam mais ou menos afastados do ponto de partida. Dá-se aí exatamente o que
se observa numa reunião de indivíduos de todas as idades, onde cada um terá
desenvolvimento proporcionado ao número de anos que tenha vivido. As existências
sucessivas serão, para a vida da alma, o que os anos são para o do corpo.”
"[...] Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um
estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais,
incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse de temer, nenhuma
necessidade o induziria a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade;
nada inventaria, nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do
progresso.
Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que
provém do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em
tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissenções, das
injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades.
Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem. Em si
mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumprí-las. A consciência lhe
traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lhe lembra
constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados
que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela
multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda a parte. Se o homem se
conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais
agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é por virtude do seu livre-
arbítrio: sofre então as consequências do seu proceder.
Entretanto, Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do
próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna
intolerável e impôe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele
se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio.
Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do
outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do
mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais de sua existência."
Deus destinou aos Espíritos a suprema felicidade, esta sendo fruto da plena sabedoria,
da comunhão entre eles e com o Criador. Contudo, quis Deus que este ser aprendesse, logo de
início, os valores da humildade e do trabalho: criou-o simples e ignorante, tendo que
conquistar a sabedoria através de muito esforço, para dar valor à mesma. Assim, o mérito pela
sabedoria adquirida é todo seu.
Contudo, estagiar uma única vez no mundo material é insuficiente, pois múltiplas
devem ser as experiências a que tem de se submeter o Espírito, a fim de se desenvolver, da
mesma forma que um estudante tem de passar por várias séries na escola, para a conclusão do
seu curso. Dessa forma, são inúmeras as vezes em que ele se reveste de um corpo físico, ou
seja, reencarna.
Auxiliando o próximo, obtemos a alegria de sermos úteis a alguém. Sim, podemos nos
sentir felizes com a felicidade dos outros. Podem atestar este fato aqueles que realizam
trabalho voluntário, os que dedicam parte de seu tempo, seus recursos intelectuais e
financeiros para ajudar as pessoas. Fazer o bem faz bem, sendo a aquisição desta forma de
felicidade apenas uma questão de desenvolvimento de potencialidades adormecidas em nossa
alma.
Além disso, todos nós somos irmãos em Deus, e é nosso dever nos ajudarmos
mutuamente. Tudo o que fizermos de mal, conscientemente, aos nossos irmãos, ou toda a
ajuda que deixarmos de prestar e, por conta disso, eles sofrerem, este mal se voltará contra
nós, obedecendo à Lei de Causa e Efeito, conforme já mencionamos acima. Podemos não
sentir enquanto estamos no corpo físico, mas, após a morte, temos nossa sensibilidade
bastante aumentada, e é outro o nosso ponto de vista. Nossas imperfeições, quando estamos
no mundo espiritual, são, para nós, como nódoas, manchas em nosso Espírito, que repercutem
em nosso corpo espiritual de diversas formas. O sentimento de culpa, advindo de nossos erros,
castiga nossa consciência (muitas vezes de forma bastante violenta), que necessita, para seu
alívio, reparar o erro cometido. Esta reparação é feita, muitas vezes, em encarnações onde nos
comprometemos a fazer o bem, ajudando aqueles a quem fizemos mal, ou a outras pessoas,
ou voltamos para sofrer da mesma forma que aqueles a quem prejudicamos. Tal mecanismo
não possui caráter de castigo, mas tão somente educativo, para modificar as disposições
íntimas do Espírito, que, sabendo aproveitar as reflexões aí proporcionadas, avança muito na
sua evolução moral.
Já o Cristo nos aconselhou a orar e vigiar para não cairmos em tentação. Ou seja,
nossa mudança, rumo à melhoria de nós mesmos, é exercício constante. Devemos vigiar
sempre nossa atitude íntima, para não cairmos no erro, solicitando sempre a inspiração dos
benfeitores espirituais.
Cabe a cada um de nós a realização da reforma íntima, eliminando gradualmente
nossas imperfeições, para que sejamos felizes, educarmos nesse sentido os nossos filhos e
darmos o exemplo a eles e ao nosso próximo, inspirando-os, dessa forma, a fazerem o mesmo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro:
FEB, [1995].
Ainda nos dias de hoje, o ex-presidente dos Estados Unidos, Abrahan Lincoln, é muito
admirado naquele país. Sendo filho de um carpinteiro, formou-se em advocacia e conseguiu a
presidência. Contudo, isso se deu em um momento conturbado, quando a guerra dividia o país
em dois. Apesar das circunstâncias, corajosamente, decretou o fim da escravidão no ano de
1863.
No entanto, seus biógrafos omitiram certos fatos da vida desse grande homem, que
foram de grande importância não só para a história do Espiritismo, como também para o
destino dos Estados Unidos, como veremos a seguir.
O autor Wallace Leal Rodrigues, após uma intensa pesquisa em documentos, livros e
jornais, escreveu o livro “Sessões Espíritas na Casa Branca”, que inclui o texto da médium
norte-americana Nettie Colburn Maynard, amiga de Lincoln, e declarações de um conhecido
do ex-presidente, o coronel do exército Simon P.Kase. Nesse livro, podemos tomar
conhecimento das várias sessões mediúnicas realizadas com a presença de Lincoln, algumas na
Casa Branca, onde ocorreram fenômenos de efeitos físicos e incorporação de Espíritos (Ver o
texto “O Que São Médiuns?”, neste blog). Por exemplo, houve a levitação de um pesado
piano. O ex-presidente, através da mediunidade de Nettie, recebeu diversas comunicações dos
Espíritos, que o aconselharam sobre táticas de guerra e, inclusive, a decretar o fim da
escravidão.
Apesar do abalo que a Guerra Civil norte-americana causou em Abraham, sua maior decepção
foi a morte de seu filho Willie Lincoln, em 1862. Alguns relatos dão conta que após a morte de
Willie, o estadista se trancou por uma semana em seu escritório e ficou a lamentar a perda do
ente querido.O acontecimento serviu para despertar o interesse do Presidente por assuntos
espirituais, ele falava constantemente que sentia a presença do filho na casa e no escritório.
Até que Mary Todd conheceu a médium Henrietta “Nettie” Colburn (1841-1892), quando esta
visitou Washington no inverno de 1862, à procura de seu irmão que estava interno no Hospital
do Exercito Federal.
Ao assistir uma sessão com Nettie, cujo nome de casada era Henrietta Maynard, ela ficou tão
impressionada que a convidou para estar com o Presidente no dia seguinte.
Nettie atendeu ao pedido da primeira-dama e se encontrou com Abraham. Depois ela relatou
em seu livro autobiográfico a conversa que Lincoln teve com os Espíritos:
Durante mais de uma hora fizeram falar com ele e, pelos amigos, soube mais tarde que a
conversa girava sobre coisas que ele parecia entender muito bem, ao passo que eles pouco
entendiam, inclusive a parte relacionada com a próxima Proclamação da Emancipação. Foi-lhe
ordenado com a maior solenidade e força de expressão que não modificasse os termos da sua
proposição e não adiasse a sua transformação em lei até o começo do ano; foi-lhe assegurado
que isto seria o coroamento de sua administração e de sua vida; e que, enquanto ele estava
sendo aconselhado por fortes elementos para adiar aquela medida, substituindo-a por outras
medidas e por uma dilação, não deveria dar atenção a tais conselhos, mas firmar-se nas suas
convicções e destemerosamente realizar o trabalho e cumprir a missão para a qual tinha sido
elevado pela Providência. Os presentes declararam que esqueceram a presença da jovem
tímida, em face da majestade de sua advertência, a força e o poder de sua linguagem e a
importância da sua mensagem, que dava a impressão de que uma poderosa força espiritual
masculina falava sob um comando divino.
Um cavalheiro presente disse então, em voz baixa: - O Senhor Presidente notou algo de
peculiar na maneira da mensagem? Mr. Lincoln levantou-se, como que abalado. Pousou o
olhar sobre o retrato de corpo inteiro de Daniel Webster, acima do piano, e com muita ênfase,
respondeu: - Sim, e é muito singular, muito!
Mr. Somes disse: - Senhor Presidente, seria impróprio que eu perguntasse se houve qualquer
pressão sobre V.EX. no sentido de adiar a aplicação da Proclamação? Ao que o Presidente
respondeu: - Nestas circunstâncias a pergunta tem toda propriedade, pois somos todos
amigos. E, sorrindo para o grupo, acrescentou: - Essa pressão abala-me os nervos e as forças. A
essa altura os cavalheiros o rodearam falando em voz baixa, sendo Mr. Lincoln o que menos
falava. Por fim ele virou-se para mim e, pondo a mão sobre minha cabeça, pronunciou as
seguintes palavras que jamais esquecerei: - Minha filha, você possui um dom singular, e não
tenho dúvidas que vem de Deus. Agradeço-lhe por ter vindo aqui esta noite. Isto é mais
importante, talvez, do que a gente imagina. Devo deixar vocês todos agora, mas espero vê-la
novamente. Sacudiu bondosamente a mão, curvou-se ante o resto do grupo e se foi. Ficamos
ainda uma hora, a conversar com Mrs. Lincoln e seus amigos e então voltei a Georgetown. Essa
foi minha primeira entrevista com Abraham Lincoln e a sua lembrança me ficou tão viva como
na noite em que ela se deu.
Pela descrição de Nettie a mensagem alterou os rumos de parte da história dos Estados
Unidos, pois propiciou a Proclamação da Emancipação sem as alterações que queriam alguns
assessores de Lincoln e outros políticos, e que se fosse mudada tornar-se-ia menos liberal. A
referida Proclamação estendeu aos estados do sul dos Estados Unidos a libertação dos
escravos. Arthur Conan Doyle tratando do assunto, registraria: - Entretanto, em vão procurará
o leitor qualquer referência nos livros de história da grande luta e da vida do Presidente a esse
episódio vital. Tudo isto devido ao incorreto tratamento tanto tempo suportado pelo
Espiritismo.”
Em uma sessão na elegante casa de Belle Miller, no bairro de Georgetown, Lincoln, com
a presença do coronel Kase, que o conheceu naquele momento, juntamente com várias
testemunhas, viu um piano levitar. Belle começou a tocar o piano e a cauda do mesmo ergueu-
se e passou a acompanhar o compasso da música, através de pancadas no chão. Então, o Juiz
Wattels, dois soldados do presidente e o coronel Kase sentaram-se em várias partes do piano.
Apesar do peso, o piano ergueu-se, chegando a quatro polegadas do chão. Então começou a
movimentar-se ao ritmo da valsa.
Dois dias depois, o presidente foi a uma nova sessão em Georgetown, só que, dessa
vez, ele mesmo subiu no piano, seguido pelo coronel Kase e mais duas pessoas. Estes fatos
foram publicados em vários jornais da cidade, só que, em alguns deles, eram referidos com
sarcasmo e em tom de brincadeira, apesar de os mesmos terem sido presenciados pelo
próprio presidente. O Sr. Somes, pertencente à alta sociedade, que também subiu no piano,
perturbado ante os acontecimentos, disse à Lincoln: “Quando eu contar aos meus conhecidos,
sr.presidente, o que observei esta noite, eles repetirão aquele olhar desaprovativo que tão
bem conhecemos e pontificarão com toda a sua sabedoria: Tu estavas sugestionado e, assim
sendo, não viste o que julgavas ver!”.
Interessante episódio foi relatado pelo seu advogado e amigo, o Sr.Ward Hill Lamon,
que testemunhou e anotou o diálogo que Lincoln teve com sua esposa, na Casa Branca. Neste
diálogo, mencionou um sonho que o deixou impressionado, até mesmo obcecado. Disse
Lincoln: “Há uns dez dias recolhi-me muito tarde. Pouco tempo depois de estar deitado caí em
sonolência, pois estava fatigado e, em breve, comecei a sonhar. Parecia haver, a minha volta,
um silêncio de morte. Subitamente ouvi soluços convulsivos, como se muitas pessoas
estivessem chorando. Julguei ter deixado a cama e que vagueava pelo andar inferior. Aí o
silêncio foi quebrado por doloridos soluços, embora as pessoas que assim se lamentavam
estivessem invisíveis. Andei de sala em sala. Não havia, à vista, qualquer pessoa viva, mas, por
onde quer que passasse, esperavam-me os mesmos lamentos de dor. Todos os móveis me
eram familiares. Onde estavam, contudo, aquelas pessoas que assim se lamentavam como
seus corações estivessem dilacerados? Sentia-me, em verdade, confuso e alarmado. Que
significaria tudo aquilo? Decidido a descobrir a causa do mistério continuei deambulando até a
Sala Oriental. Entrei. Ali, me esperava uma surpresa macabra. Diante de mim erguia-se um
catafalco, no qual repousava um cadáver envolto em vestes fúnebres. Em volta perfilavam-se
soldados, fazendo guarda, e uma enorme multidão. Alguns contemplavam lamentosamente o
corpo cuja face estava coberta. Outros soluçavam piedosamente.
- Da multidão veio, então, uma explosão ruidosa de dor, que me despertou do sonho.
Não dormi mais naquela noite e, se bem que se trate de um sonho, desde então encontro-me
estranhamente indisposto.
Alguns dias depois, baleado em um teatro, Lincoln foi velado com os soldados à sua
volta, na Sala Oriental, assim como no sonho.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
ENDEREÇO ELETRÔNICO:
http://www.omensageiro.com.br/personalidades/personalidade-104.htm
UMA RECENTE E INTERESSANTÍSSIMA PESQUISA SOBRE
FENÔMENOS ESPÍRITAS
Os Fenômenos de Scole
Na maioria das vezes que falamos das pesquisas mediúnicas de efeitos físicos,
somos levados a citar pesquisas que se desenvolveram no período de 1875 a 1930.
Levantando a suspeita que esses fenômenos não mais ocorrem nos dias atuais e
portanto não eram autênticos. Dentro dessa perspectiva os experimentos
estudados na pequena vila de Scole na região de Norfolk, a sudoeste de Londres na
Inglaterra, tem a meu ver um importantíssimo significado para a pesquisa psíquica.
O casal Robin e Sandra Foy. Robin, ele um ex-piloto da RAF (força aérea inglesa), e
Sandra, ela um dona de casa, há mais de 25 anos vinham pesquisando a
mediunidade de fenômenos físicos, sempre participando de pequenos grupos
familiares, sem nenhuma ligação religiosa ou com alguma instituição formal. Assim
sendo decidiram formar um pequeno grupo de pesquisas doméstico tão logo se
mudaram para a vila de Scole. Foi dessa forma despretensiosa que no final de 1992
nasceu o Grupo Experimental de Scole (SEG) com a finalidade específica de realizar
sessões mediúnicas de efeitos físicos. Inicialmente o grupo era formado por 6
integrantes, mas no decorrer das pesquisas se viu reduzido a somente 4
participantes: Robin & Sandra Foy e o casal Alan & Diana Bennett. É interessante
notar que apenas Alan e Diana Bennett possuíam o dom mediúnico, porém suas
faculdades mediúnicas em nada se comparavam aos tradicionais médiuns de efeitos
físicos. Normalmente os dois médiuns permaneciam em transe durante toda as
sessões e era através deles que os diversos membros da equipe espiritual se
comunicavam.
A Equipe Espiritual:
O grupo contava com o apoio de uma equipe espiritual, as diversas personalidade
comunicantes contribuíam para um clima de união. Alguns Espíritos possuíam
conhecimentos científicos, outros filosóficos e outros contaram pitorescos aspectos
sobre a vida extra-corpórea. Os próprios Espíritos declararam que estavam também
pesquisando e experimentando essa nova forma de comunicação, utilizando uma
mistura de energias e tentando desenvolver um método de obtenção de fenômenos
físicos que não exigisse tanto dos médiuns e que não necessitasse de ectoplasma.
O Método:
O SEC se reunia duas vezes por semana, no período noturno. As sessões tinham
duração média de 2 horas. O grupo utilizava o porão da casa de Robin e Sandra,
reunindo-se em torno de uma pesada mesa redonda com todas as luzes apagadas.
O porão foi devidamente preparado de forma que nenhuma claridade externa o
penetrasse. Todos os participantes usavam pulseiras refletoras (luminescentes) e
com fechos de velcro. Em todos os objetos presentes na sala de reunião também se
afixavam as mesmas faixas luminescentes, dessa forma podia-se acompanhar
qualquer movimento dos participantes e dos objetos mesmo em total escuridão.
Todas as sessões foram gravadas e temperatura da sala era monitorada
continuamente. Numa sessão típica, após apagarem-se todas as luzes, uma música
de fundo era tocada de forma a harmonizar as energias. A abertura da sessão era
feita pelo Espírito chamado de Manu. Logo em seguida comunicava-se o Espírito
chamado de Raji , que informava aos participantes o planejamento para a noite e
detalhava quais os experimentos que seriam tentados naquela data. A partir daí os
Espíritos guias (Mrs. Bradshaw e Patrick) continuavam comunicando-se através dos
dois médiuns e auxiliando outros Espíritos a trazerem mais informações sobre os
fenômenos. Finalmente após decorridas umas duas horas de sessão Patrick
informava os presentes que era hora de
encerrarem os trabalhos
Os Fenômenos:
Em Scole foram registrados mais de 200 tipos de fenômenos físicos. O que segue é
apenas um breve sumário, para dar a mínima noção da abrangência e da
importância de Scole para as pesquisas psíquicas modernas.
2.Luzes Paranormais:
Diversas luzes paranormais apareciam durante as sessões. Esses pontos e feixes
brilhantes iluminavam a sala e eram como que guiados por alguma inteligência.
Moviam-se com velocidade surpreendente e com o passar do tempo tornaram-se
mais intensos, a ponto de iluminarem boa parte da sala. Os feixes descreviam
figuras no ar, tocavam os presentes nas mãos, pousavam sobre a mesa central. As
vezes penetravam objetos sólidos, irradiando luz do seu interior. Centenas de
visitantes puderam testemunhar sua realidade.
3. Levitações e Materializações:
5. Voz Direta:
6. Transcomunicação Experimental:
a. Áudio:
b. Vídeo:
Viagens e visitas:
O grupo conduziu com sucesso diversas sessões na Espanha, nos Estados Unidos,
na Holanda, na Alemanha e na Irlanda. Além disso o grupo conduziu diversos
seminários onde convidados podiam observar os fenômenos e discutir suas causas
e implicações. O grupo também editou uma revista trimestral onde reportou seus
avanços. Também publicou alguns livretos descrevendo o método por eles utilizado.
Energia Criativa:
2. Com a utilização dessa nova energia os fenômenos podiam ser obtidos muito
mais rapidamente e sem a necessidade de preparação especial.
Conclusão:
Ao tomar conhecimento de Scole confesso que fiquei surpreso em saber que tais
desenvolvimentos tenham ocorrido a tão pouco tempo (década de 1990) e que não
tiveram quase nenhuma repercussão no meio espírita brasileiro. Afinal é muito bom
saber que os avanços no campo das pesquisas psíquicas e da sobrevivência da
alma continuam ocorrendo e acompanhando a evolução da ciência.
Livros:
- Keen, Montague, Ellison, Arthur and Fontana, David (1999). The Scole
Report. An Account of an Investigation into the Genuineness of a Range
of Physical Phenomena associated with a Mediumistic Group in Norfolk,
England. Proceedings of the Society for Psychical Research, Vol. 58,
Part 220, November 1999.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
SOLOMON; Grant, Jane. O Experimento Scole: Evidências científicas sobre a vida após a
morte.São Paulo.ed.Madras [2002].
ENDEREÇO ELETRÔNICO:
http://ipce-ce.blogspot.com.br/2009/03/os-fenomenos-de-scole.html
MILAGRES EXISTEM?
Imaginemos agora que essa pessoa foi subitamente transportada para nossa época.
Com certeza, ela iria achar que estava louca, pois observaria, com inimaginável espanto, que
veículos, transportando dezenas de pessoas, cruzam os céus de um continente a outro; que é
possível duas pessoas, simultaneamente, se falarem e se verem através de um computador
que cabe na mão, mesmo ambas estando em lados opostos do mundo; veria que existem
equipamentos que podem visualizar o funcionamento de áreas específicas do cérebro em
tempo real; aliás, nem precisaríamos dos exemplos acima, bastando imaginar esse hipotético
personagem segurando uma lanterna acesa. Tudo isso, que para nós já é algo comum, que se
já não temos, vemos outros terem, sejam nossos conhecidos ou pela televisão, para nosso
personagem seriam algo muito além do que sua imaginação poderia conceber em sua época.
No máximo, acharia que o mundo estava tomado por grandes poderes mágicos, capazes de
realizar coisas incríveis. Muito provavelmente, atribuiria tudo ao sobrenatural, pois ele, por
mais inteligente e sábio que fosse para seu tempo, não teria condições de explicar, por meios
naturais, tudo aquilo.
Desde a época do nosso personagem para cá, o homem observou cada vez mais
profundamente a natureza. Identificou padrões, ao ver que poderia prever a ocorrência de
determinados fenômenos, através de determinadas condições, seja um objeto lançado de uma
grande altura, ou a mistura de diferentes substâncias. Assim, viu que a natureza
possui leis, desenvolvendo ciências como a física, a química e a biologia. A partir do
conhecimento gerado pelas ciências, desenvolveu a tecnologia, que, juntamente com as
ciências, aprimora-se a cada dia.
Contudo, o homem ainda está muito longe de ler todo o livro da natureza (Ver o
texto “Por Que Ser Espírita ?”, neste blog, e os artigos do site Inovação
Tecnológica intitulados:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=experimento-mudar-
concepcao-filosofica-realidade&id=010130130102 ;
O Espiritismo, através do estudo de fenômenos que não podem ser explicados pelas leis
naturais até o momento descobertas pela ciência “oficial” (Ver os textos “O Início do
Espiritismo Parte 2 – A Codificação” e “Ilustres Cientistas Confirmaram: A Alma Sobrevive à
Morte”, neste blog), descobriu todo um Universo de matéria sutil que nos circunda,
imperceptível aos nossos cinco sentidos e aos nossos atuais instrumentos de observação,
muito mais complexo e amplo que o nosso, chamado Mundo Espiritual. É para lá que nossa
consciência, ou Espírito, vai após a morte do corpo físico (ver o texto “O Mundo Espiritual”,
neste blog).
O Espiritismo vem nos trazer uma outra concepção de milagre, tirando-o da condição
de fato sobrenatural e colocando-o na ordem dos fatos naturais, porém de ocorrência pouco
comum.
Partindo do fato de que Deus é Todo-Poderoso, podemos inferir que Ele não precisaria
estar violando suas próprias leis para mostrar-se a suas criaturas e executar seus desígnios,
pois, tudo podendo, cria leis perfeitas, mostrando-se através da perfeição dessas leis. Por
exemplo, quando vemos um equipamento muitíssimo avançado, como um computador de
última geração, logo podemos deduzir que quem o idealizou possui grande inteligência,
proporcional à complexidade e organização requerida para a elaboração daquela máquina.
Os Espíritos Superiores vieram nos trazer novos conhecimentos, como sobre a matéria
espiritual, que pode ser manipulada pelo pensamento, como os homens manipulam as
substâncias do mundo material com as mãos e os instrumentos. Combinando matéria e
energia do mundo espiritual com a matéria física emanada do médium e do meio ambiente
(Ver o texto “O Que São Médiuns?”, neste blog), respeitadas determinadas condições, os
Espíritos podem produzir os mais diversos fenômenos, como curas, levitação de objetos, etc..
Isso sem falar na influência oculta que os Espíritos podem ter sobre o pensamento das pessoas
(Ver o texto “Os Espíritos Influenciam Nossas Vidas?”, neste blog), inspirando-lhes
pensamentos, que elas atribuem a si próprias, podendo conduzi-las a determinadas ações. Um
Espírito pode sugerir a alguém que vá a determinado local onde uma pessoa está sozinha e
precisando ser socorrida, por exemplo. Contudo, estes fenômenos nada tem de sobrenaturais,
apenas as leis que os governam ainda são desconhecidas da maioria das pessoas, e provocados
por seres, forças e substâncias invisíveis (exceto em alguns casos, quando se mostram visíveis
e até possíveis de se tocar e pesar). Assim, o Espiritismo vem explicar acontecimentos até
então tidos como derrogação das leis naturais.
Os ditos milagres nada mais são do que a atuação dos Espíritos que, mediante a
permissão de Deus, e conforme a utilidade e conveniência para a programação evolutiva de
determinada pessoa, pode curá-la, salvá-la do perigo ou outro fenômeno estranho qualquer,
como a sua levitação, por exemplo, sem que ela jamais suspeite. Assim, ela atribui, muitas
vezes, o fato a um milagre, conforme a crença que professe.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro:
FEB, [1995].
Na pergunta Nº 801 de “O Livro dos Espíritos”, temos: “Por que os Espíritos não
ensinaram em todos os tempos o que ensinam hoje?”
Resposta: “Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos, e não dais para um
recém-nascido um alimento que ele não possa digerir; cada coisa em seu tempo. Eles
ensinaram muitas coisas que os homens não compreenderam ou desnaturaram, mas que
podem compreender atualmente. Por seus ensinamentos, mesmo incompletos, prepararam o
terreno para receber a semente que vai frutificar hoje.”
Em outra obra sua, “A Gênese”, no Capítulo I, temos: “Os Espíritos não ensinam senão
justamente o que é necessário para guiar o homem no caminho da verdade, mas abstêm-se de
revelar o que o homem pode descobrir por si mesmo, deixando-lhe o cuidado de discutir,
verificar e submeter tudo ao cadinho da razão, deixando mesmo, muitas vezes, que adquira
experiência à sua custa. Fornecem-lhe o princípio, os materiais; cabe-lhe a ele aproveitá-los e
pô-los em obra”.
Contudo, até o presente momento, nenhum dos postulados Espíritas foi contraditado
pela ciência. Aliás, estudos de cientistas independentes, e até de Universidades, embora
timidamente e com pouca divulgação, os vem confirmando (Ver os textos citados acima
e “Terapia Mediúnica Mostra-se Eficaz Em Pesquisa na USP”, “O Passe Espírita é Estudado
pela Universidade”, “Cientistas Estudaram o Cérebro de Médiuns Durante a Psicografia –
Com Resultados Surpreendentes”, “Os Animais Possuem Alma?”, “Os Espíritos Comunicam-se
Por Aparelhos Eletrônicos?”, “APluralidade dos Mundos Habitados 5 – Qual a Origem da
Vida?” e “As Experiências de Quase-Morte”, neste blog). As evidências apresentadas, por
inúmeros pesquisadores não espíritas, dá imenso peso ao Espiritismo, demonstrado que fica o
seu caráter universal.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
O site da revista época publicou, em 19 de Novembro deste ano, uma reportagem que
relata a experiência de vários cientistas com médiuns, durante a realização da psicografia
(quando o Espírito escreve através do médium). Os resultados surpreenderam os cientistas.
Estávamos no mês de julho de 2008. Na Rua 34 da cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos,
num quarto do Hotel Penn Tower, um grupo seleto de pesquisadores e médiuns preparava-se
para algo inédito. Durante dez dias, dez médiuns brasileiros se colocariam à disposição de
uma equipe de cientistas do Brasil e dos EUA, que usaria as mais modernas técnicas
científicas para investigar a controversa experiência de comunicação com os mortos. Eram
médiuns psicógrafos, pessoas que se identificavam como capazes de receber mensagens
escritas ditadas por espíritos, seres situados além da palpável matéria que a ciência tão bem
reconhece. O cérebro dos médiuns seria vasculhado por equipamentos de alta tecnologia
durante o transe mediúnico e fora dele. Os resultados seriam comparados. Como jornalista,
fui convidada a acompanhar o experimento. Estava ali, cercada de um grupo de pessoas que
acreditam ser capazes de construir pontes com o mundo invisível. Seriam eles, de fato,
capazes de tal engenharia?
Pela primeira vez, o cérebro dos médiuns foi investigado com os recursos modernos da
neurociência
Em frente ao Q.G. dos médiuns no Hotel Penn Tower, o laboratório de pesquisas do Hospital
da Universidade da Pensilvânia estava pronto. Lá, o cientista Andrew Newberg e sua equipe
aguardavam ansiosos. Médico, diretor de Pesquisa do Jefferson-Myrna Brind Centro de
Medicina Integrativa e especialista em neuroimagem de experiências religiosas, Newberg é
autor de vários livros, com títulos comoBiologia da crença e Princípios de neuroteologia. Suas
pesquisas são consideradas uma referência mundial na área. Ele acabou por se tornar figura
recorrente nos documentários que tratam de ciência e religião. Meses antes, Newberg
escrevera da Universidade da Pensilvânia ao consulado dos EUA, em São Paulo, pedindo que
facilitasse a entrada dos médiuns em terras americanas. O consulado foi prestativo e
organizou um arquivo especial com os nomes dos médiuns, classificando-o como “Protocolo
Paranormal”.
>>Por que em um mês Nova York ganhou tantos santos quanto o Brasil em toda a sua
história
Numa sala com aviso de perigo, alta radiação, começaram os exames. Por meio do método
conhecido pela sigla Spect (Single Photon Emission Computed Tomography, ou Tomografia
Computadorizada de Emissão de Fóton Único), mapeou-se a atividade do cérebro por meio do
fluxo sanguíneo de cada um dos médiuns durante o transe da psicografia. Como tarefa de
controle, o mesmo mapeamento foi realizado novamente, desta vez durante a escrita de um
texto original de própria autoria do médium, uma redação sem transe e sem a “cola
espiritual”. Os autores do estudo partiam da seguinte hipótese: uma vez que tanto a
psicografia como as outras escritas dos médiuns são textos planejados e inteligíveis, as áreas
do cérebro associadas à criatividade e ao planejamento seriam recrutadas igualmente nas
duas condições. Mas não foi o que aconteceu. Quando o mapeamento cerebral das duas
atividades foi comparado, os resultados causaram espanto.
Apesar de haver várias semelhanças entre a ativação cerebral dos médiuns estudados e
pacientes esquizofrênicos, os resultados deixaram claro também que aqueles voluntários não
tinham esquizofrenia ou qualquer outra doença mental. Os cientistas afirmam que a
descoberta de ativação da mesma área cerebral sublinha a importância de mais pesquisas
para distinguir entre a dissociação (processo em que as ações e os comportamentos fogem da
consciência) patológica e não patológica. Entre o que é e o que não é doença, quando alguém
se diz tocado por outra entidade. Os médiuns estudados relataram ilusões aparentes,
alucinações auditivas, alterações de personalidade e, ainda assim, foram capazes de usar suas
experiências mediúnicas para tentar ajudar os outros. Pode haver, portanto, formas saudáveis
de dissociação. Uma das conclusões a que os cientistas chegaram é que a mediunidade
envolve um tipo de dissociação não patológica, ou não doentia. A mediunidade pode ser uma
expressão comum à natureza humana. Essas conclusões, que ÉPOCA antecipa na edição que
chegou às bancas na sexta-feira (16), foram divulgadas na revista científica americana Plos
One. O estudoNeuroimagem durante o estado de transe: uma contribuição ao estudo da
dissociação tem acesso gratuito desde sexta-feira, dia 16, no endereço
eletrônico:dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0049360.
Mineiro de família pobre, fala mansa e sorriso tímido, Chico Xavier recebeu apenas o ensino
básico. Isso não o impediu de publicar mais de 400 livros, alguns em dez idiomas diferentes,
cobrindo variados gêneros literários e amplas áreas do conhecimento. Ao final da vida,
vendera cerca de 40 milhões de exemplares, cujos direitos autorais foram doados. Psicografou
por sete décadas. Nenhum tipo de fraude foi comprovada. Isso não significa que seus feitos
mediúnicos sejam absoluta unanimidade. Há controvérsias. O pesquisador Alexandre Caroli
Rocha, doutor em teoria e história literária pela Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), chegou a conclusões que parecem favorecer a hipótese de que Chico fosse mesmo
uma grande e sintonizada antena. Em seu mestrado, ele analisou o primeiro livro publicado
pelo médium,Parnaso de além-túmulo, que trazia 259 poemas atribuídos a 83 autores já mortos.
“Se eu pudesse recomeçar minha vida, deixaria de lado tudo o que fiz, para estudar a
paranormalidade.” Essa confissão de Sigmund Freud a seu biógrafo oficial, Ernest Jones,
marca um dos capítulos pouco conhecidos da história do pensamento humano. Pouca gente
sabe também que muitas das teorias reconhecidas hoje pela ciência sobre o inconsciente e a
histeria baseiam-se em trabalhos de pesquisadores que se dedicaram ao estudo da
mediunidade. Talvez menos gente saiba que Marie Curie, a primeira cientista a ganhar dois
prêmios Nobel, e seu marido, Pierre Curie, também Nobel, dedicaram espaço em suas
atribuladas agendas ao estudo de médiuns. No Instituto de Metapsíquica em Paris, no início do
século passado, Madame Curie inquiriu com seus assombrados olhos azuis a médium de efeitos
físicos Eusapia Palladino. O casal Curie supôs que os segredos da radioatividade poderiam ser
revelados por meio de uma fonte de energia espiritual. Quem seria capaz de imaginar isso
hoje?
Outros cientistas laureados com o Nobel consagraram parte de sua vida buscando respostas
para os mistérios da alma e a possibilidade de comunicação com os mortos. Pesquisas que
hoje seriam consideradas assombrosas, como materialização de espíritos, movimentação de
objetos à distância, levitação etc., foram realizadas na passagem entre os séculos XIX e XX.
Houve forte oposição materialista. Experimentos frustrados e a comprovação de fraude de
alguns médiuns lançaram um manto de ceticismo e silêncio sobre o tema. Essa linha de
pesquisa entrou em crise. Experimentos com mediunidade aos poucos se tornaram uma
mácula nos currículos oficiais dos eminentes cientistas. E a ciência moderna acabou por
condenar ao esquecimento inúmeras pesquisas científicas sobre o assunto, algumas rigorosas.
Enquanto o cinema, a TV e a literatura cada vez se apropriam mais das questões do espírito, a
ciência dominante tem torcido o nariz e deixado essas reflexões fora de seu campo.
A questão tem sido esquecida, mas não totalmente. Apesar de ainda tímidas, pesquisas
científicas sobre comunicações mediúnicas, como a da Filadélfia, têm sido realizadas
recentemente. Basicamente, encontraram que, além de fenômenos que revelam fraude
proposital ou inconsciente do médium, há muito a explicar. Muita coisa não cabe dentro do
discurso que prevalece hoje na ciência. Pesquisadores da área acreditam que a telepatia do
médium com o consciente ou o inconsciente daquele que deseja uma comunicação espiritual
não explica psicografias nas quais se revelam informações desconhecidas das pessoas que o
procuram.
A mensagem
Para os céticos
A ciência precisa investigar a
sério a hipótese da comunicação
entre médiuns e mortos
Para os crentes
Essa hipótese ainda precisa
passar por mais investigações
para ser comprovada
Muitas informações fornecidas por médiuns, dizem eles, se confirmaram verdadeiras só mais
tarde, após pesquisa sobre o morto. Como pensar então em telepatia se só o morto detinha as
informações? Seria possível a ideia de comunicação direta com os mortos? Alguns cientistas
que estudam as percepções mediúnicas discordam dessa hipótese. Acreditam que é possível
não haver limite de espaço e tempo para percepções mediúnicas. O médium poderia andar
para a frente e para trás no tempo e no espaço, coletando as informações que desejasse,
quando e onde elas estivessem. Num fenômeno em que comprovadamente não houvesse
fraude ou sugestão inconsciente, sobrariam apenas duas hipóteses: ou haveria a capacidade
do médium de captar informações em outro espaço e tempo; ou existiria mesmo a capacidade
de comunicação entre o médium e o espírito de um morto.
Atuais referências no estudo científico de fenômenos tidos como espirituais, cientistas como
Robert Cloninger, Mario Beauregard, Erlendur Haraldsson, Stuart Hameroff e Peter Fenwick
aplaudem a iniciativa de Julio Peres em seu estudo. Esse neurocientista brasileiro, que tem
colhido apoio em seus pares, afirma que seus achados “compõem um conjunto de dados
interessantes para a compreensão da mente e merecem futuras investigações, tanto em
termos de replicação como de hipóteses explicativas”. Outro co-autor do estudo, o psiquiatra
Frederico Camelo Leão, coordenador do Proser, defende mais estudos acerca das experiências
tidas como espirituais. “O impacto das pesquisas despertará a comunidade científica para
como esse desafio tem sido negligenciado”, diz.
Ele afirma que a alma, ou como prefere dizer, a personalidade ou a mente, está intimamente
ligada ao cérebro, mas pode ser algo além dele. Para esse psiquiatra fluminense, pesquisas
sobre experiências espirituais, como a mediunidade, são importantes para entendermos a
mente e testarmos a hipótese materialista de que a personalidade seja um simples produto do
cérebro. Moreira-Almeida lembra que Galileu e Darwin só puderam revolucionar a ciência
porque passaram a analisar fenômenos que antes não eram considerados. “O materialismo é
uma hipótese, não é ainda um fato cientificamente comprovado, como muitos acreditam”,
diz Moreira-Almeida.
* Denise Paraná é jornalista, doutora em ciências humanas pela Universidade de São Paulo e pós-
doutora, como visiting scholar, pela Universidade de Cambridge, Inglaterra
http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/11/os-avancos-da-ciencia-da-alma.html
POR QUE ESQUECEMOS NOSSAS VIDAS PASSADAS? PARTE 2
– A INFÂNCIA
Dando continuidade a nosso texto anterior “Por Que Esquecemos Nossas Vidas
Passadas?”, neste blog, perguntamos: se as crianças são espíritos que já passaram por várias
encarnações, e uma vez que, em muitas destas reencarnações, passaram pela vida adulta,
então por que não vemos nelas sinais disto?
Resposta: “Pode até ser mais, se mais progrediu. Apenas a imperfeição dos órgãos
infantis o impede de se manifestar. Obra de conformidade com o instrumento de que dispõe.”
Resposta: “Desde que se trate de uma criança, é claro que, não estando ainda nela
desenvolvidos, não podem os órgãos da inteligência dar toda a intuição própria de um adulto
ao espírito que a anima. Este, pois, tem, efetivamente limitada a inteligência, enquanto a idade
lhe não amadurece a razão. A perturbação que o ato da encarnação produz no Espírito não
cessa de súbito, por ocasião do nascimento. Só gradativamente se dissipa, com o
desenvolvimento dos órgãos.”
Na pergunta Nº 385, temos: “Que é o que motiva a mudança que se opera no caráter
do indivíduo em certa idade, especialmente ao sair da adolescência? É que o Espírito se
modifica?”
Resposta: “É que o Espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era.”
“Não conheceis o que a inocência das crianças oculta. Não sabeis o que elas são, nem
o que o foram, nem o que serão. Contudo, afeição lhes tendes, as acariciais, como se fossem
parcelas de vós mesmos, a tal ponto que se considera o amor que uma mãe consagra a seus
filhos como o maior amor que um ser possa votar a outro. Donde nasce o meigo afeto, a terna
benevolência que mesmo os estranhos sentem por uma criança? Sabeis? Não. Pois bem! Vou
explicá-lo.”
“As crianças são os seres que Deus manda a novas existências. Para que não lhe
possam imputar excessiva severidade, dá-lhes ele todos os aspectos da inocência. Ainda
quando se trata de uma criança de maus pendores, cobrem-se-lhe as más ações com a capa da
inconsciência. Essa inocência não constitui superioridade real com relação ao que eram antes,
não. É a imagem do que deveriam ser e, se não o são, o conseqüente castigo exclusivamente
sobre elas recai.”
“Não foi, todavia, por elas somente que Deus lhes deu esse aspecto de inocência; foi
também e sobretudo por seus pais, de cujo amor necessita a fraqueza que as caracteriza. Ora,
esse amor se enfraqueceria grandemente à vista de um caráter áspero e intratável, ao passo
que, julgando seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos
mais minuciosos cuidados. Desde que, porém, os filhos não mais precisam da proteção e
assistência que lhes foram dispensadas durante quinze ou vinte anos, surge-lhes o caráter real
e individual em toda a nudez. Conservam-se bons, se eram fundamentalmente bons; mas,
sempre irisados de matizes que a primeira infância manteve ocultos.”
“Com efeito, ponderai que nos vossos lares possivelmente nascem crianças cujos
Espíritos vêm de mundos onde contraíram hábitos diferentes dos vossos e dizei-me como
poderiam estar no vosso meio esses seres, trazendo paixões diversas das que nutris,
inclinações, gostos, inteiramente opostos aos vossos; como poderiam enfileirar-se entre vós,
senão como Deus o determinou, isto é, passando pelo tamis da infância? Nesta se vêm
confundir todas as idéias, todos os caracteres, todas as variedades de seres gerados pela
infinidade dos mundos em que medram as criaturas. E vós mesmos, ao morrerdes, vos
achareis num estado que é uma espécie de infância, entre novos irmãos. Ao volverdes à
existência extraterrena, ignorareis os hábitos, os costumes, as relações que se observam nesse
mundo, para vós, novo. Manejareis com dificuldade uma linguagem que não estais
acostumado a falar, linguagem mais vivaz do que o é agora o vosso pensamento.”
“A infância ainda tem outra utilidade. Os Espíritos só entram na vida corporal para se
aperfeiçoarem, para se melhorarem. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis
aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los progredir. Nessa fase é que se lhes
pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Tal o dever que Deus impôs aos
pais, missão sagrada de que terão de dar contas.”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. FEB. Versão digital:
L.Neilmoris – 2007;
2 _____________. O Evangelho segundo o Espiritismo. FEB. Versão digital: Ery Lopes – 2007.
O DIA DE FINADOS: QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA OS
ESPÍRITOS?
Os restos mortais não mais constituem a morada do Espírito que, com a morte, passa a
habitar o mundo espiritual, tendo-lhe como veículo o corpo espiritual ou perispírito (Ver o
texto “O Mundo Espiritual”, neste blog), composto por matéria sutil, imperceptível aos
sentidos e aos instrumentos materiais. Porém permanecem ligados a nós, que ainda estamos
no mundo material, pelo pensamento, também nos vendo e nos escutando, através dos seus
corpos espirituais.
Resposta: “Muito mais do que podeis supor. Se são felizes, esse fato lhes aumenta a
felicidade. Se são desgraçados, serve-lhes de lenitivo.”
Resposta:“Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem
seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer.”
a) — “Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas
sepulturas?”
Resposta: “Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então
também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento. Porém,
cada Espírito vai lá somente pelos seus amigos e não pela multidão dos indiferentes.”
Na pergunta Nº 322: “E os esquecidos, cujos túmulos ninguém vai visitar, também lá,
não obstante, comparecem e sentem algum pesar por verem que nenhum amigo se lembra
deles?”
Resposta: “Que lhes importa a Terra? Só pelo coração nos achamos a ela presos.
Desde que aí ninguém mais lhe vota afeição, nada mais prende a esse planeta o Espírito, que
tem para si o Universo inteiro.”
Resposta: “Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa
no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a
prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o
coração.”
Na pergunta Nº 326: “Comovem a alma que volta à vida espiritual as honras que lhe
prestem aos despojos mortais?”
Comentário de Allan Kardec: “Durante a vida, o Espírito se acha preso ao corpo pelo
seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é a destruição do corpo somente, não a
desse outro invólucro, que do corpo se separa quando cessa neste a vida orgânica. A
observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se
completa subitamente; que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito
variável conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento
da morte é mais ou menos o da libertação. Em outros, naqueles sobretudo cuja vida foi toda
material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias,
semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem a
possibilidade de volver à vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, afinidade que guarda
sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É, com
efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria,
tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a
elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do
corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo. Tal o resultado dos
estudos feitos em todos os indivíduos que se têm podido observar por ocasião da morte. Essas
observações ainda provam que a afinidade, persistente entre a alma e o corpo, em certos
indivíduos, é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da
decomposição. Este caso, porém, é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos
gêneros de morte.Verifica-se com alguns suicidas.”
“As preces pelos Espíritos que acabam de deixar a Terra não objetivam, unicamente, dar-
lhes um testemunho de simpatia: também têm por efeito auxiliar-lhes o desprendimento e,
desse modo, abreviar-lhes a perturbação que sempre se segue à separação, tornando-lhes
mais calmo o despertar. Ainda aí, porém, como em qualquer outra circunstância, a eficácia
está na sinceridade do pensamento e não na quantidade das palavras que se profiram mais ou
menos pomposamente e em que, amiúde, nenhuma parte toma o coração.
As preces que deste se elevam ressoam em torno do Espírito, cujas idéias ainda estão
confusas, como as vozes amigas que nos fazem despertar do sono.”
Ao lembrar dos nossos entes queridos e grandes amigos, que nos precederam no retorno
à pátria espiritual, não devemos manifestar sentimento de revolta ou desespero, pois eles,
podendo captar nossos pensamentos e até nos ver e ouvir, acabarão sofrendo muito, já que
muito ampliada é a sensibilidade dos desencarnados. Porém um salutar sentimento de
saudade, fruto da doce recordação dos momentos em que estavam ao nosso lado é, para eles,
motivo de grande alegria.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. FEB. Versão digital:
L.Neilmoris – 2007;
2 _____________. O Evangelho segundo o Espiritismo. FEB. Versão digital: Ery Lopes – 2007.
ILUSTRE TEÓLOGO PROTESTANTE CONFIRMOU: OS
FENÔMENOS ESPÍRITAS EXISTEM
Apesar de duramente atacado e perseguido pelo clero protestante, ele jamais deixou
de lado suas convicções e seu esforço em defesa da realidade dos fenômenos espíritas.
Vejamos, a respeito destas pesquisas, o que o próprio professor Nielsson escreveu, no
seu livro “O Espiritismo e a Igreja”, que reúne três conferências realizadas pelo autor:
Quanto mais me entregava às pesquisas psíquicas, quanto mais lia os estudos dos outros
(e sobre o assunto li muito) melhor compreendia ser indubitável que a comunicação entre os
espíritos desencarnados e os encarnados só se estabelece com grandes dificuldades. Mas, ao
mesmo tempo, compreendi claramente que as outras explicações eram insuficientes e que
somente a hipótese espírita permite abraçar todos os fenômenos.”
“Os homens sentem que o Espiritismo lhes traz algo de novo, que lhes dá qualquer coisa
que constitui o seu último anseio, porque a grande questão não é, ainda hoje, menos
importante: “Nossa vida acaba no túmulo, ou há uma região além da morte? E se há uma vida
depois da morte, como é essa vida? E podemos, na verdade, entrar em relação com aqueles
que já provaram o que seja a morte e que assim conseguiram saber um pouco mais sobre essa
existência?
Sabemos todos que à Igreja tem sido possível responder, com segurança, sim à primeira
parte dessas questões, porém exige que sua resposta seja aceita pela fé. A última parte, isto
é, se podemos entrar em contato com os mortos, responde não. Provas de sua afirmativa? Não
as tem e alguns dos seus servidores, em geral, nutrem certa desconfiança por quaisquer
provas sobre o assunto. São de opinião que, na matéria, somente a fé pode ajudar-nos. Não
parece terem compreendido que o Cristianismo não começou apenas pela crença na
ressurreição, mas sim pelo conhecimento dos fatos que a comprovam.
Se houvéssemos interrogado o apóstolo Paulo, para sabermos se ele acreditava na
ressurreição, ter-nos-ia certamente respondido: “Não, crer não é bem o termo a se empregar
a tais fatos; tenho sim conhecimento deles. Não creio apenas, mas sei, porque eu próprio vi
várias vezes o Ressuscitado e lhe falei”.
Falando esta noite sobre a Igreja e as pesquisas psíquicas, penso nos resultados que
tem sido obtidos por investigadores como Sr.William Crookes, Sir Oliver Lodge, Sir William
Barret, o psiquista italiano Lombroso, o filósofo norte-americano Prof.James H. Hyslop, o
fisiologista francês Charles Richet e o médico norte-americano, mundialmente conhecido,
Adolph Knopf. Cito apenas estes como exemplos.
“[...]Tenho bastas vezes considerado o tempo que seria preciso aos eclesiásticos para
se aperceberem de que o Espiritismo superior é parente próximo do Cristianismo primitivo.
Que seja difícil a leigos descobri-lo, explica-se pelo pequeno conhecimento que têm
eles do Novo Testamento. A verdade é que estudamos nas faculdades de Teologia da maior
parte das Universidades com os óculos da dogmática. Assim era, pelo menos, no meu tempo,
nas Universidades de Copenhague, na Dinamarca; de Halle, na Alemanha e de Cambridge, na
Inglaterra. Não temos, porém, o direito de esquecer que, evidentemente, o ensino ortodoxo
da Igreja é, em vários pontos, um tanto diferente do ensino ministrado pelo Cristo.
Muitos leigos acreditam que era Jesus em pessoa e somente ele que operava maravilhas
e que os milagres se produziam somente por ele e com ele; entretanto o Novo Testamento
nos ensina algo um tanto diferente. Logo da primeira vez que ele enviou os seus apóstolos,
não foi somente para espalharem o Evangelho, mas também para fazerem milagres. O
Evangelho segundo Mateus refere que Jesus lhes disse: “Curai os enfermos, ressuscitai os
mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios (Mateus, X, 8). E alegres porque possuíam
tal poder, voltaram da primeira viagem. O Evangelho segundo Marcos faz notar ter Jesus
prometido que tais sinais seguirão, em todos os tempos, os que tiverem fé. O Evangelho
segundo João nos transmite a expressão de Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que
aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e as fará maior do que estas, pois
que eu me vou para o Pai (João,XIV, 12)”.
Também os Atos dos Apóstolos nos falam dos milagres que foram praticados pelos
apóstolos e não conheço outros escritos que contenham tantas narrações desses fatos, que
muitos chamam hoje, com desprezo, de fenômenos espíritas. Se a crença nos espíritos se
baseia em algum documento, é, por certo, nesse incomparável e inestimável relato, nessa
descrição da primeira comunidade cristã.
Os Atos dos Apóstolos tratam, em seguida, de aparições, de revelações, de profecias,
de curas pela força espiritual, de materializações (aparições de anjos) e magníficas
levitações.
Nos meus primeiros anos de ensino teológico, quando eu explicava aos alunos do
seminário de Reykjavik essa passagem e fazia notar que aí estava, seguramente, a narração
de um acontecimento tão real quanto tantos outros produzidos no século XIX, um dos
discípulos obtemperou: “O apóstolo Pedro não tem grande mérito em ter tamanha fé se lhe
foi dado realizar tal prodígio. Eu também teria uma fé imensa se dado me fosse realizar
semelhante fato”.
Naqueles tempos não havia nenhum pregador preparado que pregasse às assembléias
com vestes sacerdotais, mas se escutava atentamente o que tinham a dizer os profetas ou
outros homens possuidores de dons espirituais. E os dons celestes dessas pessoas inspiradas
podiam ser e eram de várias espécies. A seu respeito assim se exprime Paulo: “A um é dado
pelo espírito a palavra da sabedoria; a outro porém a palavra da ciência, segundo o mesmo
espírito; a outro a fé, pelo mesmo espírito; a outro o dom de curar enfermidade em um
mesmo espírito; a outro a operação de maravilhas; a outro a profecia; a outro o
discernimento dos espíritos; a outro a variedade de línguas e a outro a interpretação das
palavras” (I Coríntios, XII, 8, 9, 10). E não devemos esquecer que esses homens inspirados, na
maior parte das vezes, se achavam em um estado particular. Pessoas que vinham ouvi-los
acharam tão estranho tal estado que julgavam estivessem eles loucos ou ébrios. Acontecia em
suas reuniões que, uns após outros, sofressem essas influências; por vezes mesmo, uma
terrível confusão se produzia porque vários desses inspirados falavam ao mesmo tempo, por
isso teve o apóstolo necessidade de fixar regras para conservar a mais completa disciplina.
Vede o que ele diz: “Que fareis, pois, meus irmãos? Se, quando vos congregais, cada um de
vós tem salmo, tem doutrina, tem língua estranha, tem revelação, tem interpretação” (I
Coríntios, XIV, 26).
Assim ele fixou regras para que, numa mesma comunidade, fosse apenas permitido a
dois ou, no máximo, a três falarem diversas línguas, um após o outro, devendo um outro
interpretar os discursos. E para os profetas a mesma ordem: “Que só dois ou três falem e que
os outros julguem o que ouvirem”.
Mas o que se devia julgar? A coisa não era assim tão simples.Os primeiros cristãos
acreditavam que eram verdadeiros espíritos que falavam por esses indivíduos especiais, sejam
eles designados pelo nome de profetas ou por outro nome.
Os gregos tinham um nome comum para todos: Pneumáticos, aqueles que eram
dirigidos pelo espírito, ou talvez mais exatamente: aqueles que estavam sob a influência de
um espírito ou de um anjo.
Paulo exprime-se tão claramente em dois versículos que não se pode deixar de
compreendê-lo. Diz ele que é possível manter a boa ordem nas reuniões, com facilidade,
porque “os espíritos dos profetas estão submetidos aos profetas” (I Coríntios, XIV,32).
E, em outra passagem do mesmo capítulo, diz: “Assim também vós, pois que aspirais
dons espirituais (isto é, desenvolver a mediunidade e entrar em relação com os espíritos) seja
isto para edificação da Igreja e que os procureis possuir em abundância (I Coríntios, XIX, 12).
No texto grego consta espíritos e não dons espirituais como menciona a tradução
dinamarquesa da Bíblia. Em muitas traduções da Bíblia, esta passagem está vertida em
sentido confuso, apesar de não haver a menor dúvida quanto à verdadeira significação dos
termos gregos do texto original: epei zelotai este pneumaton.
Os tradutores e os revisores da Bíblia nem sempre têm tido acoragem de traduzir com
exatidão as Escrituras Sagradas, o que não nos causa espanto. Os teólogos prenderam os seus
sistemas dogmáticos em pesadas e estreitas cadeias. Por outro lado, leigos ortodoxos, em
muitos países, não podem suportar a verdadeira tradução por julgarem que ela destrói os seus
dogmas. Tenho alguma experiência sobre o assunto e falo do que conheço.
Segundo a concepção dos tempos apostólicos, os espíritos podiam ser bons ou maus,
isto é, muito evoluídos ou inferiores e atrasados.
Acreditava-se que havia falsos profetas, isto é, homens influenciados por espíritos
impuros e mentirosos, sem que eles mesmos o suspeitassem, certamente por serem médiuns
inconscientes.
Todos os dons espirituais de que fala Paulo, ora atribuídos aos médiuns atuais, eram bem
conhecidos.
Alguns dos meus honrados ouvintes pensarão, talvez, que a mediunidade deve ser
olhada como coisa insignificante ou desprezível. Penso de maneira diametralmente oposta.
Estão possivelmente próximos da verdade os que julgam ser ela, de algum modo, a
demonstração do desenvolvimento espiritual e que toda a humanidade, no futuro, possuirá
esses dons, já previstos por muitos profetas do Antigo Testamento.
Creio ter sido Sr. Arthur Conan Doyle quem denominou a mediunidade uma faculdade
sagrada e nesse ponto parece-me estar ele de acordo com o apóstolo Paulo, que chamava
essas misteriosas forças dons espirituais (charismata).
Considerava ele, portanto, como uma graça particular de Deus o ser alguém provido
desses dons. Seguramente era por essa razão que os apóstolos possuíam essas faculdades
pelas quais podiam entrar em relação com o Mestre bem amado, depois de ter ele sofrido a
humilhante e dolorosa morte na cruz.
Talvez alguns dentre vós não tenhais jamais assistido a uma sessão experimental com
um médium em transe. Pensareis, bem provavelmente, que será uma coisa maravilhosa ir a
uma sessão espírita e ouvir falar um médium de incorporação. Imaginai, agora, como ficaríeis
espantados se estivésseis na sala incontestavelmente simples em que se realizavam as
reuniões da Igreja de Corinto e escutásseis os pneumáticos discorrerem em êxtase (isto é, em
transe), se os ouvísseis descreverem as visões e as revelações que obtinham. Mas o que mais
vos espantaria seria ver o apóstolo Paulo e ouvi-lo falar em diferentes línguas, pois que nisso
o Novo Testamento proclama ser ele um mestre. Segundo a Escritura Sagrada, ele possuía, no
mais alto grau, todos os dons espirituais, porém se vós estais tomados de espanto, deveis
também ficar estupefatos porque tanto um comoo outro desses fenômenos se produziam no
estado de transe.
O 13º capítulo da 1ª Epístola aos Coríntios, o cântico sobre o amor, nos faz perceber
com que ardor e com que inspiração ele falava quando se achava sob a influência de um
mundo superior. O próprio Paulo nos diz que estava freqüentemente em transe. O apóstolo
Pedro conta-nos a mesma coisa. Na tradução dinamarquesa da Bíblia inglesa encontrá-la-eis
muitas vezes. Da própria Bíblia foi que o termo transe (êxtase) passou para a linguagem
comum.
Compreendeis agora porque devem ser identificados os espíritos e também
experimentados. Isto se fazia, provavelmente, pela clarividência (tal qual hoje) que Paulo
considerava como o melhor auxílio nessas relações. Comparai agora tudo isso com o que se
passa atualmente nas sessões espíritas. Do que aprendi posso assim ensinar: Quando a
faculdade mediúnica está bastante desenvolvida para permitir uma comunicação verdadeira,
as inteligências que se manifestam pelo médium e que exercem sobre ele sua ação pedem
que se entoem cânticos ou que se façam preces, e isso a fim de que o ambiente fique tão
harmonioso quão possível e que todos os assistentes sintam a maior simpatia uns pelos outros.
Essas relações harmoniosas e fraternas ajudam os bons espíritos nos seus esforços para
estabelecer uma comunicação perfeita e afastar os espíritos inferiores que procuram, com
afã, captar forças em seu proveito, para fazerem o mal.
Penso, por esta razão, que devemos ser muito prudentes, especialmente no começo,
quando nos queiramos ocupar de experiências psíquicas ou de sessões espíritas.
Estou convencido de que o médium pode sofrer com isso se não tivermos a previdência
e a vigilância necessárias. A organização das sessões é uma coisa muito séria e a tais sessões
deveríamos ir sempre com o mesmo sentimento piedoso que, em geral, nos inunda quando
entramos na Igreja.
Sei, é verdade, que muitos teólogos modernos, não somente das universidades alemãs,
negam grande parte dos milagres do Novo Testamento ou continuam a explicá-los como
dantes, notadamente a cura do possesso pelo Cristo. Eles crêem que o Cristo se enganou e
agiu, neste caso, como um homem do seu tempo. Estou convencido de que as pesquisas
psíquicas darão razão ao Cristo e aniquilarão o racionalismo superficial que, no fundo, é
apenas fruto da psicologia materialista de nossa época.
Dois dos mais eminentes psiquistas americanos, o Dr. James H. Hyslop e o Dr. Walter F.
Prince, escreveram importante trabalho para demonstrar a realidade da possessão em nossos
dias.
Penso agora, mais do que nunca, no grosso volume sobre a Srta. Doris Fisher (The Doris
Fisher Case), mas os teólogos racionalistas parecem nem sequer suspeitar da existência de
tais obras. Continuam a ver nos relatos do Novo Testamento, sobre os milagres, apenas um
resto de superstições. E continuam a ensinar-nos que podemos considerar o Cristo como o
grande Mestre e Salvador de toda a Humanidade, mesmo que ele se tenha enganado sobre tão
graves questões, mesmo que ele haja pensado que expulsara espíritos quando não fazia mais
do que
Conquanto, após 17 anos de pesquisas nesse terreno, eu não tenha a menor dúvida de
que os primeiros cristãos acreditavam ter relações com o mundo invisível, sou, entretanto, de
opinião que as suas representações da vida espiritual foram muito imprecisas, o que é, aliás,
muito natural. Nosso conhecimento das leis do Universo é consideravelmente mais vasto do
que o seu. Que progresso enorme fez a humanidade no transcurso das últimas gerações!
Entretanto somos ainda bastante ignorantes nesse assunto. Sim, esta espécie de pesquisas
apresenta-se bem difícil, e, mais especialmente ainda, quanto às relativas aos fenômenos
ditos psicofísicos.”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
No nosso texto anterior “Satanás e Seus Demônios Existem?”, neste blog, vimos como
se originou a lenda de Satanás e os seus anjos caídos, a partir do contato dos Hebreus com os
Persas, durante o exílio na Babilônia, e do nome Lúcifer, criado por São Jerônimo ao traduzir os
textos Bíblicos para o latim. Agora, vamos examinar o problema da existência de Satanás e
seus anjos caídos, a partir da lógica.
Uma lógica simples nos diz que essa visão dos anjos é falha. Acontece que os anjos, ao
se apresentarem aos homens, na antiguidade, já possuíam os atributos da sabedoria e da
bondade. Daí a pensarem que eles foram assim desde o início. Não é de admirar que
pensassem assim, pois sua concepção de Deus era semelhante à dos Reis da época, homens
muitas vezes cruéis, impiedosos e orgulhosos, que gostavam de ser bajulados, e que
distribuíam favores a quem bem entendessem, mesmo que essa distribuição não fosse justa.
Os povos da antiguidade não tinham, ainda, a capacidade de compreender um Criador
Infinitamente justo e bom.
O mesmo aconteceu com os Espíritos maus. Pensaram que eles, desde a sua criação,
foram maus e assim sempre seriam, daí a crença vulgar nos demônios. Ora, que Deus bom e
justo seria esse, que criaria seres assim, sem capacidade de se regenerar e seguir o caminho do
bem? Mesmo no caso de se arrependerem do mal que praticaram, não poderem se reabilitar
perante Deus?
A Doutrina Espírita nos ensina que todos os Espíritos são criados simples e ignorantes,
e gradualmente, à custa de seus esforços, adquirem sabedoria e bondade, tornando-se anjos.
Nenhum Espírito tem privilégio neste processo. Assim, atingir a felicidade no seio de Deus é
mérito deles mesmos, e não às custas de um favor injusto, que exclua os demais . Além do
que, nenhum deles estará sujeito, caso falhem na caminhada, a um sofrimento eterno, pois,
devido à sua bondade, Deus dá infinitas chances de reabilitação ao Espírito, rumo à perfeição.
Sendo justo, criou a lei na qual cada um responde pelos seus atos, sofrendo aquilo que fez o
seu próximo sofrer, ou reabilitando-se ao fazer o bem. Evolui pelo amor ou pela dor.
Vejamos o que o grande mestre Allan Kardec tem a nos dizer sobre Satanás e os seus
demônios, na sua obra“O Céu e o Inferno”, no capítulo IX:
“Se Satã e os demônios eram anjos, eles eram perfeitos; como, sendo perfeitos,
puderam falir a ponto de desconhecer a autoridade desse Deus, em cuja presença se
encontravam? Ainda se tivesse logrado uma tal eminência gradualmente, depois de haver
percorrido a escala da perfeição, poderíamos conceber um triste retrocesso; não, porém, do
modo por que no-los apresentam, Isto é, perfeitos de origem.
A conclusão é esta: - Deus quis criar seres perfeitos, porquanto os favorecera com
todos os dons, mas enganou-se: logo, segundo a Igreja, Deus não é infalível!
Pois nem a Igreja e nem os sagrados anais explicam a causa da rebelião dos anjos para
com Deus e apenas dão como problemática (quase certa) a relutância no reconhecimento da
futura missão do Cristo, que valor – perguntamos – que valor pode ter o quadro tão preciso e
detalhado da cena então ocorrente? A que fonte recorreram, para inferir se de fato foram
pronunciadas palavras tão claras e até simples colóquios? De duas uma: ou a cena é verdadeira
ou não é. No primeiro caso, não havendo dúvida alguma, por que a Igreja não resolve a
questão? Mas se a Igreja e a História se calam, se a coisa apenas parece certa, claro, não passa
de hipótese, e a cena descritiva é mero fruto da imaginação.”
Abaixo transcrevemos a passagem do Velho Testamento Isaías 14, 11 e seguintes, para
entender as suas palavras que transcrevemos logo após. Essa passagem Bíblica, referente à
queda do orgulhoso rei Babilônico, que se colocava acima de Deus, e que escravizara o povo
Hebreu durante o exílio na Babilônia, foi a base da Igreja para, erroneamente, adotar a crença
na queda de Satanás- Lúcifer (palavra criada por São Jerônimo, como vimos no texto anterior).
Vejamos a passagem:
“Teu orgulho foi precipitado nos infernos; teu corpo morto baqueou por terra; tua
cama verterá podridão, e vermes tua vestimenta. Como caíste do céu, Lúcifer (astro brilhante),
tu que parecias tão brilhante ao romper do dia? Como foste arrojado sobre a Terra, tu que
ferias as nações com teus golpes; que dizias de coração: subirei aos céus, estabelecerei meu
trono acima dos astros de Deus, sentar-me-ei acima das nuvens mais altas e serei igual ao
Altíssimo! E todavia foste precipitado dessa glória no inferno, até o mais fundo dos abismos.
Os que te virem, aproximando-se, encarar-te-ão, dizendo: “Será este o homem que turbou a
Terra, que aterrou seus reinos, que fez do mundo um deserto, que destruiu cidades e reteve
acorrentados os que se lhe entregaram prisioneiros?”
Logo podemos ver, pelas palavras grifadas no texto, que trata-se do Rei, e não de
Satanás. Mas continuemos com Kardec:
“[...] As palavras atribuídas a Lúcifer revelam uma ignorância admirável num arcanjo
que, por sua natureza e grau atingido, não deve participar, quanto à organização do Universo,
dos erros e dos prejuízos que os homens têm professado, até serem pela Ciência esclarecidos.
Como poderia, então, dizer que fixaria residência acima dos astros, dominando as mais
elevadas nuvens?!
É sempre a velha crença da Terra como centro do Universo, do céu como formado de
nuvens estendendo-se às estrelas, e da limitada região destas, que a Astronomia nos mostra
disseminadas ao infinito no infinito espaço! Sabendo-se, como hoje se sabe, que as nuvens não
se elevam a mais de duas léguas da superfície terráquea, e falando-se em dominá-las por mais
alto, referindo-se a montanhas, preciso fora que a observação partisse da Terra, sendo ela, de
fato, a morada dos anjos. Dado, porém, ser esta região superior, inútil fora alçar-se acima das
nuvens. Emprestar aos anjos uma linguagem tisnada de ignorância, é confessar que os homens
contemporâneos são mais sábios que os anjos. A Igreja tem caminhado sempre erradamente,
não levando em conta os progressos da Ciência.”
Falar conforme as idéias humanas vigentes em sua época seria bastante natural, uma
vez que se tratava do rei babilônico, e não de Satanás.
“[...] Admitindo a falibilidade dos anjos como a dos homens, a punição é consequência,
aliás justa e natural, da falta; mas se admitirmos concomitantemente a possibilidade do
resgate, a regeneração, a graça, após o arrependimento e a expiação, tudo se esclarece e se
conforma com a bondade de Deus. Ele sabia que errariam, que seriam punidos, mas sabia
igualmente que tal castigo temporário seria um meio de lhes fazer compreender o erro,
revertendo ao fim em benefício deles. Eis como se explicam as palavras do profeta Ezequiel: -
‘Deus não quer a morte, porém a salvação do pecador.’
Suas ocupações consistem, pois, em martirizar as almas que seduziram. Assim, não se
encarregam de punir faltas livre e voluntariamente cometidas, porém as que eles próprios
provocaram. São ao mesmo tempo a causa do erro e o instrumento do castigo; e, coisa
singular, que a justiça humana, por imperfeita não admitiria – vítima que sucumbe por
fraqueza, em contingências alheias e porventura superiores à sua vontade, é tanto ou mais
severamente punida do que o agente provocador que emprega astúcia e artifício, visto como
essa vítima, deixando a Terra, vai para o inferno sofrer sem tréguas, nem favor, eternamente,
enquanto que o causador da sua primeira falta, o agente provocador, goza de uma tal ou qual
dilação e liberdade até o fim do mundo.
Como pode a justiça de Deus ser menos perfeita que a dos homens?
Mas ainda não é tudo: “Deus permite que ocupem lugar nesta criação, nas relações
que com o homem deviam ter e das quais abusam perniciosamente.” Deus podia ignorar, no
entanto, o abuso que fariam de uma liberdade por ele mesmo concedida? Então, por que a
concedeu? Mas nesse caso é com conhecimento de causa que Deus abandona suas criaturas à
mercê delas mesmas, sabendo, pela sua onisciência, que vão sucumbir, tendo a sorte dos
demônios. Não serão elas de si mesmas bastante fracas para falirem, sem a provocação de um
inimigo tanto mais perigoso quanto invisível? Ainda se o castigo fora temporário e o culpado
pudesse remir-se pela reparação!...Mas não: a condenação é irrevogável, eterna!
Arrependimento, regeneração, lamentos, tudo supérfluo!
Os maus Espíritos, muitas vezes, nos incitam ao mal, quando os atraímos com os
nossos maus pensamentos. Mas também recebemos os conselhos dos bons Espíritos, que nos
sugerem a prática do bem. Cabe a nós, mediante nosso livre-arbítrio, escolher qual sugestão
iremos acatar (Ver “Os Espíritos Influenciam Nossas Vidas?”, neste blog).
Donde provém essa impossibilidade? Não se compreende que ela seja a consequência
de sua similitude com o homem depois da morte, proposição que, ao demais, é muito
ambígua.
Acaso provirá da própria vontade dos demônios? Porventura da vontade divina? No
primeiro caso a pertinácia denota uma extrema perversidade, um endurecimento absoluto no
mal, e nem mesmo se compreende que seres tão profundamente perversos pudessem jamais
ter sido anjos de virtude, conservando por tempo indefinido, na convivência destes, todos os
traços da sua péssima índole e natureza.
No segundo caso, ainda menos se compreende que Deus inflija como castigo a
impossibilidade de reparação, após uma primeira falta. O Evangelho nada diz que com isso se
pareça.
(Igreja) “A sua perda é desde então irreparável, mantendo-se eles no orgulho perante
Deus.” E de que lhes serviria não manterem tal orgulho, uma vez que é inútil todo o
arrependimento? O bem só poderia interessá-los se eles tivessem uma esperança de
reabilitação, fosse qual fosse o seu preço. Assim não acontece, no entanto, e pois se
perseveram no mal é porque lhes trancaram a porta da esperança. Mas porque lhes trancaria
Deus essa porta? Para se vingar da ofensa decorrente da sua insubmissão. E, assim, para saciar
o seu ressentimento contra alguns culpados, deus prefere não somente vê-los sofrer, mas
agravar o mal com o mal maior; impelir à perdição eternas toda a Humanidade, quando por
um simples ato de clemência podia evitar tão grande desastre, aliás previsto de toda a
eternidade!
Trata-se, no caso vertente, de um ato de clemência, de uma graça pura e simples que
pudesse transformar-se em estímulo do mal? Não, trata-se de um perdão condicional,
subordinado a uma regeneração sincera e completa, mas, ao invés de uma palavra de
esperança e misericórdia, é como se Deus dissera: Pereça toda a raça humana antes que
minha vingança.” E com semelhante doutrina ainda muita gente se admira de que haja
incrédulos e ateus! E é assim que Jesus nos representa seu Pai? Ele nos deu a lei expressa do
esquecimento e do perdão das ofensas, que nos manda pagar o mal com o bem, que
prescreve o amor dos nossos inimigos como a primeira das virtudes que nos conduzem ao céu,
quereria desse modo que os homens fossem melhores, mais justos, mais indulgentes que o
próprio Deus?”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 KARDEC, ALLAN. O céu e o inferno: a justiça divina segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro :
Editora FEB, 1990;
Mais de 600 planetas orbitando outras estrelas foram localizados, e já se calcula que
há mais planetas que estrelas e que aqueles localizados nas zonas habitáveis de suas estrelas
existem aos bilhões, só na nossa galáxia. Zona habitável é a região que fica à uma distância
onde os níveis de radiação permitem a existência de água em estado líquido e a temperatura
adequada para a vida, tomando-se por base a que conhecemos em nosso mundo.
Contudo, descobertas recentes mostram que a vida pode existir pelo Universo de
forma muito diferente do que a que existe na Terra.
Além disso, cientistas de uma instituição renomada como o MIT, dos Estados Unidos,
acreditam que a vida pode existir em Universos paralelos ao nosso.
A Doutrina Espírita nos esclarece que os Espíritos são criados simples e ignorantes,
evoluindo em inteligência e moralidade, ao longo de experiências passadas através de vários
estágios no mundo material, as reencarnações. Ao final de sua evolução, tornam-se Puros
Espíritos ou Anjos. O amor ao próximo, a humildade e o total desapego do mundo material
proporcionam-lhes grande leveza e paz interior. A harmonia e a união entre eles, em total
sintonia uns com os outros, e a satisfação com a prática do bem, constitui-se em fonte de
incomensurável alegria. O imenso intelecto, construído ao longo das várias vidas pelas quais
passaram, dá-lhes uma visão de conjunto que lhes permite admirar a perfeita obra do Criador
de forma muito mais completa. Nesse estágio, são capazes até mesmo de receber as
inspirações diretas de Deus.
A Doutrina Espírita também nos ensina que, da mesma forma que os elementos
químicos, combinados entre si, formam as diferentes substâncias que constituem nosso
mundo material (como a água, o gás carbônico, as rochas, as moléculas orgânicas dos nossos
corpos, etc.), existe um único elemento primitivo. Este elemento, cujas modificações e
combinações dão origem tanto à matéria do mundo espiritual quando à do nosso mundo
material, isto é, origina as partículas subatômicas que, combinadas, dão origem aos nossos
elementos químicos, chama-se Fluido Cósmico Universal. Conforme nos diz o Espírito André
Luiz, pela psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, no excelente livro “Evolução em Dois
Mundos”, na Primeira Parte, ítem I :
Sobre a origem da vida na Terra, ele nos diz, ainda na Primeira Parte, ítem III, da
mesma obra:
“[...] A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob
o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra
recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da
paisagem primitiva.
Açúcar espacial
Esta é a primeira vez que açúcar é descoberto no espaço em torno de uma estrela
tipo solar.
"No disco de gás e poeira que circunda esta estrela recém-formada encontramos
glicoaldeído, uma forma de açúcar simples não muito diferente do açúcar que
pomos no café," explica Jes Jorgensen (Instituto Niels Bohr, Dinamarca), o autor
principal do artigo científico que descreve estes resultados. "Esta molécula é um
dos ingredientes na formação do RNA, que - tal como o DNA, ao qual está ligado - é
um dos blocos constituintes da vida."
Glicoaldeídos
As nuvens de gás e poeira que colapsam para formar novas estrelas são
extremamente frias, e muitos gases solidificam sob a forma de gelo sobre as
partículas de poeira, onde vão se juntando para formar moléculas mais complexas -
elas encontram-se geralmente a cerca de 10 graus acima do zero absoluto, cerca
de -263 graus Celsius.
Mas, assim que uma estrela se forma no meio de uma nuvem de gás e poeira em
rotação, esta aquece as regiões internas da nuvem para algo parecido com a
temperatura ambiente da Terra, evaporando as moléculas quimicamente complexas
e formando gases que emitem uma radiação característica em ondas de rádio,
ondas estas que podem ser mapeadas com a ajuda de potentes radiotelescópios,
como o ALMA.
Complexidade da vida
A alta sensibilidade do ALMA - mesmo nos comprimentos de onda mais curtos nos
quais opera e por isso tecnicamente mais difíceis - foi indispensável nestas
observações, que foram executadas com uma rede parcial de antenas durante a
fase de verificação científica do observatório - a construção do ALMA só estará
completa em 2013, quando as 66 antenas de alta precisão estiverem
completamente operacionais.
"A grande questão é: qual a complexidade que estas moléculas podem atingir antes
de serem incorporadas em novos planetas? Esta questão pode dizer-nos algo sobre
como a vida aparece noutros locais e as observações do ALMA serão vitais para
desvendar este mistério," conclui Jes Jorgensen.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro:
FEB, [1995].
3 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo; LUIZ, André (Espírito). Evolução em dois
mundos. 16.ed. Rio de Janeiro: FEB,[1998].
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descoberto-acucar-
torno-estrela-jovem&id=020130120829
TRÊS GRANDES REVELAÇÕES PARA A HUMANIDADE
“O fato de que em todos os tempos e em todos os povos esteve viva a crença em algo
invisível, que sobrevive à morte do corpo, e que, sob o influxo de condições especiais, pode
manifestar-se aos nossos sentidos, torna-nos propensos a aceitar a hipótese espiritista.”
Conforme nos diz J.Herculano Pires, em seu excelente livro “Visão Espírita da Biblia”:
“[...] A origem mediúnica das religiões é hoje uma tese provada pelas pesquisas
antropológicas e etnológicas. Só os materialistas a rejeitam.” (Ver o texto “O que são
médiuns? – Parte 2”, neste blog)
“[...] A origem da Bíblia é um capítulo natural desse processo geral que originou as
religiões.” (Ver o texto “A Bíblia Condena o Espiritismo? Parte 2 – A Bíblia Sob a Ótica
Espírita”, neste blog).
Allan Kardec, em sua obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no Capítulo I, nos
esclarece que a humanidade foi agraciada por três grandes revelações da Espiritualidade
Superior, que acompanharam a evolução moral dos homens, através de Moisés, depois
por Jesus e, por último, do Espiritismo.
“Há duas partes distintas na lei mosaica: a lei de Deus, promulgada sobre o monte
Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés; uma é invariável; a outra, apropriada
aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.
I – Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa de servidão. Não tereis
outros deuses estrangeiros diante de mim. Não fareis imagem talhada, nem nenhuma figura
de tudo o que está no alto no céu e embaixo na terra, nem de tudo o que está nas águas sob a
Terra. Não os adorareis, nem lhes renderei culto soberano.
IV – Honrai o vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na Terra, que o
Senhor vosso Deus vos dará.
V – Não matareis.
X – Não desejareis a casa do vosso próximo, nem seu servidor, nem sua serva, nem seu
boi, nem seu asno, nem nenhuma de todas as coisas que lhe pertencem.
Esta é a lei de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter
divino. Todas as outras são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter, pelo temor, um
povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha que combater os abusos
enraizados e os preconceitos hauridos na servidão do Egito. Para dar autoridade às suas leis,
ele deveu atribuir-lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores de povos
primitivos; a autoridade do homem deveria se apoiar sobre a autoridade de Deus; mas só a
idéia de um Deus terrível poderia impressionar homens ignorantes, nos quais o senso moral e
o sentimento de uma delicada justiça eram ainda pouco desenvolvidos. É bem evidente que,
aquele que tinha colocado em seus mandamentos: “Tu não matarás; tu não farás mal a teu
próximo”, não poderia se contradizer fazendo delas um dever de extermínio. As leis mosaicas,
propriamente ditas, tinham, pois, um caráter essencialmente transitório.”
Sem a menor sombra de dúvida, as leis estabelecidas por Moisés eram transitórias,
sendo apropriadas àquele povo ignorante da antiguidade. Contudo, seriam impraticáveis nos
nossos dias. Vejamos alguns exemplos dessa lei:
“Ao dar à luz um menino ficará impura por 40 dias. Se for menina, ficará impura por 80
dias” (Levítico, 12:1-5); “A noiva que simular a virgindade ao casar-se será apedrejada até a
morte” (Deuteronômio, 22:21); “Descontente com a esposa, o homem poderá dispensá-la,
sem nenhuma compensação, dando-lhe carta de divórcio” (Deuteronômio, 24:1).
Esta lei civil foi ditada por Iahvéh, um Espírito, que tinha a missão de guiar o povo
Hebreu através da mediunidade de Moisés, transmitir os Dez Mandamentos (Código de Moral
Universal) e consolidar o Monoteísmo (a crença em um único Deus), não sendo o Deus Criador
do Universo. Além da lei transitória que ele ditou, também podemos deduzir isto pela própria
personalidade de Iahvéh: temperamental, vingativo, violento e guerreiro. Como exemplo,
vejamos essa passagem de I Samuel 15, 2 e 3, onde Samuel transmite as ordens que recebeu
de Iahvéh : "Vou pedir contas a Amalec do que ele fez a Israel, opondo-se-lhe no caminho,
quando saiu do Egito. Vai, pois, fere Amalec e vota ao interdito tudo o que lhe pertence, sem
nada poupar:matarás homens e mulheres, crianças e meninos de peito, bois e ovelhas,
camelos e jumentos.
“Jesus não veio destruir a lei, quer dizer, a lei de Deus; ele veio cumpri-la, quer dizer,
desenvolvê-la, dar-lhe seu verdadeiro sentido, e apropriá-la ao grau de adiantamento dos
homens; por isso, se encontra nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o
próximo, que constituem a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés, propriamente
ditas, ao contrário, ele as modificou profundamente, seja no fundo, seja na forma; combateu
constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não poderia fazê-
las sofrer uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: “Amar a Deus acima
de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e dizendo: está aí toda a lei e os profetas.
Por estas palavras: “O céu e a terra não passarão antes que tudo seja cumprido até um
único jota”, Jesus quis dizer que seria preciso que a lei de deus recebesse seu cumprimento,
quer dizer, fosse praticada sobre toda a Terra, em toda a sua pureza, com todos os seus
desenvolvimentos e todas as suas consequências; porque de que serviria ter estabelecido essa
lei, se ela devesse permanecer privilégio de alguns homens ou mesmo de um único povo?
Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinção, o objeto da mesma solicitude.
Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra
autoridade que a sua palavra; ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado sua vinda;
sua autoridade decorria da natureza excepcional de seu Espírito e de sua missão divina; veio
ensinar aos homens que a verdadeira vida não está sobre a Terra, mas no reino dos céus;
ensinar-lhes o caminho que para lá conduz, os meios de se reconciliar com Deus, e os prevenir
sobre a marcha das coisas futuras para o cumprimento dos destinos humanos. Entretanto, não
disse tudo, e sobre muitos pontos se limitou a depositar o germe de verdades que ele próprio
declara não poderem ser ainda compreendidas; falou de tudo, mas em termos mais ou menos
explícitos; para compreender o sentido de certas palavras, seria preciso que novas idéias e
novos conhecimentos viessem dar-lhes a chave, e essas idéias não poderiam vir antes de um
certo grau de maturidade do espírito humano. A ciência deveria contribuir poderosamente
para a eclosão e o desenvolvimento das idéias; seria preciso, pois, dar à Ciência o tempo de
progredir.”
“O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por provas irrecusáveis, a
existência e a natureza do mundo espiritual, e suas relações com o mundo corporal; ele no-lo
mostra, não mais como uma coisa sobrenatural, mas, ao contrário, como uma das forças vivas
e incessantemente ativas da Natureza, como a fonte de uma multidão de fenômenos
incompreendidos, até então atirados, por essa razão, ao domínio do fantástico e do
maravilhoso. É a essas relações que o Cristo faz alusão, em muitas circunstâncias, e é por isso
que muitas coisas que ele disse permaneceram ininteligíveis ou foram falsamente
interpretadas. O Espiritismo é a chave com a ajuda da qual tudo se explica com facilidade.
Da mesma forma que o Cristo disse: “Eu não vim destruir a lei, mas dar-lhe
cumprimento”, o Espiritismo diz igualmente: Eu não vim destruir a lei cristã, mas cumpri-la”.
Ele não ensina nada de contrário ao que o Cristo ensinou, mas desenvolve, completa e explica,
em termos claros para todo o mundo, o que não foi dito senão sob a forma alegórica; vem
cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou, e prepara o cumprimento das coisas
futuras. É, pois, obra do Cristo que o preside, como igualmente anunciou, a regeneração que
se opera, e prepara o reino de Deus sobre a Terra.”
Jesus anunciou a seus discípulos que viria, depois dele, outro consolador para a
humanidade. Este consolador é, nada mais, nada menos, que o Espiritismo. Vejamos essa
passagem do Evangelho, seguida pelos comentários de Kardec sobre a mesma, que consta no
Capítulo VI da obra já citada:
“Se vós me amais, guardai meus mandamentos; e eu pedirei a meu Pai, e ele vos
enviará um outro consolador, a fim de que permaneça eternamente convosco: o Espírito de
Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e não conhece. Mas quanto a vós,
conhecê-lo-eis porque permanecerá convosco e estará em vós. Mas o consolador, que é o
Santo-Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
relembrar de tudo aquilo que eu vos tenha dito. (São João, cap.XIV, v.15, 16, 17 e 26).
Jesus promete um outro consolador: O Espírito de Verdade, que o mundo não conhece
ainda, porque não está maduro para compreendê-lo, que o Pai enviará para ensinar todas as
coisas, e para fazer recordar aquilo que o Cristo disse. Se, pois, o Espírito de Verdade deve vir
mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não disse tudo; se ele vem recordar aquilo
que o Cristo disse, é porque isso foi esquecido ou mal compreendido.
O Cristo disse: ‘Bem aventurados os aflitos, porque serão consolados’; mas de que
forma se achar feliz sofrendo não sabendo por que se sofre? O Espiritismo mostra-lhe a causa
nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia seu passado; mostra-
lhe o objetivo naquilo em que os sofrimentos são como crises salutares que conduzem à cura e
são a depuração que assegura a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que
mereceu sofrer e acha o sofrimento justo; sabe que esse sofrimento ajuda o seu progresso, e o
aceita sem lamentar, como o obreiro aceita o trabalho que deve lhe valer seu salário. O
Espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não mais se abate sobre
sua alma; fazendo-o ver do alto, a importância das vicissitudes terrestres se perde no vasto e
esplêndido horizonte que ele descortina, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a
paciência, a resignação e a coragem de ir até o fim do caminho.
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do consolador prometido: conhecimento
das coisas, que faz o homem saber de onde vem, para onde vai e porque está na Terra;
chamamento aos verdadeiros princípios da lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança.”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. São Paulo : Editora Petit, 1997.;
2 ______________O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro:
FEB, [1995].
4 PIRES, José Herculano. Visão espírita da Bíblia. São Paulo: 6 ed.Correio Fraterno [2009];
Fonte da imagem:http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com.br/2012/07/anjos-caidos.html
Muitas pessoas têm a Bíblia como paradigma para suas crenças. Contudo, esquecem
de se aprofundar nos estudos dela. Uma interpretação literal da mesma, sem considerar sua
linguagem, muitas vezes metafórica e simbólica, nem situar os livros que a constituem nos
seus respectivos contextos históricos, ou deixar de considerar suas origens e a língua original
em que foram escritos, pode dar margem às mais diversas interpretações, muitas vezes
ilógicas e contraditórias, como, de fato, tem ocorrido. Isso sem falar das diversas traduções
tendenciosas, feitas por tradutores de determinadas denominações religiosas, que
distorceram os textos originais para adaptá-los às suas crenças pessoais e, até mesmo, para
utilizá-las contra o Espiritismo (Ver os textos “A Bíblia Condena o Espiritismo?” Parte
1 e Parte 2, neste blog).
Aparece, pela primeira vez (grifo nosso) no livro de Job, sendo como um promotor
celestial. A sua intimidade com Deus e o direito de entrar no “Céu”, de ir e vir livremente e
dialogar com Ele, torna-o uma figura de muito destaque. Veja o livro de Job 1, 6 “Um dia em
que os filhos de Deus se apresentaram diante do Senhor, veio também Satanás entre
eles”.
O livro de Job foi escrito depois do Exílio Babilônico. Sabemos que o povo judeu,
tendo retornado a Israel com a permissão de Ciro, rei persa, no ano 538 a.C., assimilou
muitos costumes dos persas. Isto ocorreu devido à simpatia e apoio que receberam do rei, que
inclusive permitiu a construção do segundo templo judaico e ainda devolveu muitos de seus
tesouros, que haviam sido roubados.
O Zoroastrismo foi uma das mais antigas religiões a ensinar o triunfo final do bem
sobre o mal. No fim, haverá punição para os maus e recompensa para os bons.
Agora veja esta mesma passagem no I livro das Crônicas, que foi escrito no começo do
ano 300 a.C., portanto, já sob a influência do Zoroastrismo persa, com o já conhecimento
de “Ahriman”–“Satanás”. No capítulo 21, 1 desse livro, está escrito: Recenseamento: “e
levantou-se Satã contra Israel, e excitou David a fazer o recenseamento de Israel”.
Portanto, o que era IAHVÈH no livro de Samuel aparece agora no livro das Crônicas como
SATANÁS. (Confira em sua Bíblia).
Assim, está evidenciado que Satanás não é um conceito original da Bíblia, e sim
introduzido nela, a partir do Zoroastrismo Persa.
Passa a existir a partir daí, “uma lenda” entre o povo judeu de que Satanás é
considerado como o rei dos demônios, que se rebelara contra Deus sendo expulso do céu. Ao
exilar-se do céu, levou consigo uma hoste de anjos caídos, e tornou-se seu líder. A rebelião
começou quando ele, Satanás, o maior dos anjos, com o dobro de asas, recusou prestar
homenagem a Adão. Afirmam ainda que esteve por trás do pecado de Adão e Eva, no Jardim
do Éden, mantendo relação sexual com Eva, sendo portanto, pai de Caim. Ajudou Noé a
embriagar-se com vinho e tentou persuadir Abraão a não obedecer a Deus no sacrifício do seu
filho Isaac.
Para seu maior esclarecimento, Kardec faz uma observação sobre Satanás que
descrevemos a seguir: “com relação a Satanás, é evidentemente a personificação do mal
sob uma forma alegórica, pois não se poderia admitir um ser mau a lutar, de potência a
potência, com a Divindade e cuja única preocupação seria a de contrariar os seus
desígnios. Precisando o homem de figuras e de imagens para impressionar a sua
imaginação, ele pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos
lembrando suas qualidades e seus defeitos”.
“A palavra demônio não implica na idéia de Espírito mau senão na sua significação
moderna, porque a palavra grega - “daimon”, da qual se origina, significa, “Deus”, “poder
divino”, “Gênio”, “inteligência”, e se emprega para designar os seres incorpóreos, bons ou
maus, sem distinção.
“[...] Os homens acreditaram ser os anjos entes perfeitos por toda a eternidade e
tomaram os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. No entanto, pela palavra
demônio, devemos entender como sendo os Espíritos impuros que, frequentemente, não
valem mais do que as entidades designadas por esse nome, e com a diferença de que seu
estado é transitório. São, portanto, os Espíritos imperfeitos que murmuram contra as provas
que devem suportar e que, por isso, suportam-nas por mais tempo; chegando, porém, por seu
turno, a saírem desse estado, quando o quiserem. Poder-se-ia aceitar então a palavra
“demônio” com esta restrição. Nesse sentido exclusivo, poderia induzir ao erro, fazendo crer
na existência de seres criados para o mal.”
Vemos, todos os dias, nos noticiários de televisão, casos de pessoas que foram
capazes de atos monstruosos, bastante cruéis, contra o seu semelhante. Verdadeiros
demônios, no sentido vulgar da palavra. Estes casos nos causam repugnância e indignação,
porque sabemos que somos incapazes de praticar um ato que sequer se aproxime daquele. É
que já possuímos em nós a capacidade de nos colocarmos no lugar das vítimas, ou seja,
sentimos empatia por elas. Isso mostra que já estamos em um determinado patamar espiritual
no qual o bem, ainda que timidamente, já reside em nós. Não é o caso dos agressores, que
demonstraram total falta de bondade em seus corações.
Assim como a escuridão é ausência de luz, o mal é a ausência do bem. Este bem se
adquire através de várias experiências na matéria, durante as reencarnações.
Como relação ao nome Lúcifer, Severino Celestino também nos esclarece, na obra
citada:
“Do latim, lux, fero= que traz a luz, que dá a claridade, luminoso.
“[...]Tradução correta
“Como caíste dos céus, estrela filha da manhã. Foste atirada na terra como
vencedora das nações”.
Veja o Versículo no latim, onde São Jerônimo coloca a palavra Lúcifer: “quomodo
cecidisti de caelo LUCIFER (astro brilhante, ou luz matutina) qui mane oriebaris corruisti
in terram qui vulnerabas gentes”.”Como caíste do céu, ó estrela Dalva, filha da aurora!
Como foste atirada à terra, vencedora das nações”. (Is.14,12).
Assim, fica constatado que o termo é latino, e lançado por São Jerônimo, quando da
tradução da Vulgata, no século III da era Cristã. Alguns tentam ligar esta passagem ao
apocalipse 8,10 como sendo a queda de Lúcifer, mas a história de que seria o chefe dos anjos
caídos, citados na II epístola de Pedro 2,4 e Judas 6, não tem fundamento comprovado no
antigo testamento, como podemos observar.
Uma vez mais nos deparamos com a questão das traduções, dos folclores e crenças
pessoais!”
Allan Kardec, em sua obra "O Céu e o Inferno", no Capítulo IX, nos esclarece sobre a
passagem acima, analisada por Severino Celestino:
"[...]Estas palavras não se referem à revolta dos anjos; são, sim, uma alusão ao
orgulho e à queda do rei da Babilônia, que retinha os judeus em cativeiro, como atestam os
últimos versículos."
"[...]Essas palavras são do rei que as tinha no coração e se colocava por orgulho acima
de Deus, cujo povo escravizara. A libertação do povo judeu, da rainha de Babilônia e do
destroço dos assírios é, ao demais, o assunto exclusivo desse capítulo."
"Os que te virem, aproximando-se, encarar-te-ão, dizendo: 'Será este o homem que
turbou a Terra, que aterrou seus reinos, que fez do mundo um deserto, que destruiu cidades
e reteve acorrentados os que se lhe entregaram prisioneiros?'"
Como podemos ver, a partir de uma tradução do versículo 11 do capítulo 14 do livro
de Isaías para o latim, criou-se um nome que nada tinha a ver com o original hebraico, e
ainda o atribuíram, erroneamente, à queda de Satanás.
“Por mim mesmo juro – disse o Senhor Deus – que não quero a morte do ímpio,
senão que ele se converta, que deixe o mal caminho e que viva.”
Este texto continua em "Satanás e Seus Demônios Existem? - Parte 2", neste
blog.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
6 PIRES, José Herculano. Visão espírita da Biblia. São Paulo: 6 ed.Correio Fraterno [2009];
OS ESPÍRITOS SE COMUNICAM POR APARELHOS
ELETRÔNICOS? PARTE 2
“Em primeiro lugar, a descrição que os Espíritos fazem pela TCI, sobre o mundo
Espiritual é muito semelhante às de nosso conhecimento: o mundo espiritual é formado de
vários níveis vibratórios. Normalmente os Espíritos Europeus utilizam a nomenclatura criada
por Frederico Myers (Espírito), através da médium Geraldine Cummins. No primeiro nível,
ficam os Espíritos inferiores, maus, pervertidos, e os que se encontram em estado comatoso.
Jurgenson descreve a existência de cavernas aí, para onde resvalam os Espíritos criminosos. O
segundo nível é onde permanecem os Espíritos que superaram a passagem pelo ‘Umbral’, mas
que ainda estão muito materializados, necessitando perder as energias físicas que lhes
empapam o perispírito. No terceiro nível se encontram os conscientes de sua situação
espirirtual, e que na Terra tiveram uma conduta ética elevada.
Como vemos, fora alguns ínfimos detalhes, a TCI vem corroborar tudo o que a
Doutrina Espírita ensina sobre o mundo espiritual, e a situação dos Espíritos após a crise da
morte. No campo moral não existem divergências." (Ver os textos “O Mundo
Espiritual” e “Os Princípios Básicos do Espiritismo”, neste blog).
Na pergunta Nº 934 de “O Livro dos Espíritos”, temos: “A perda de entes que nos são
caros não constitui para nós legítima causa de dor, tanto mais legítima quanto é irreparável e
independente da nossa vontade?”
Resposta: Essa causa de dor atinge assim o rico como o pobre: representa uma prova,
ou expiação e comum é a lei. Tendes, porém, uma consolação em poderdes comunicar-vos
com os vossos amigos pelos meios que vos estão ao alcance, enquanto não dispondes de
outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos (grifo nosso).”
“Depois que a fita magnética rodou durante uns cinco minutos, examinei a gravação.
Mas aquilo que escutei era extremamente estranho. Em verdade, ouvi um som vibrante e
ruidoso, tal uma tormenta, através do qual pude reconhecer, como de uma longínqua
distância, o chilro baixinho do tentilhão. Meu primeiro pensamento foi de que, provavelmente,
um dos tubos teria sido danificado durante o transporte. Não obstante, liguei novamente o
aparelho e deixei rodar a fita. Tudo se repetiu exatamente como antes: ouvi aquele estranho
zunido e o distante chilrear dos pássaros. Então, de chofre, soou um solo de clarim, que
executava uma espécie de toque de introdução. Atônito, continuei à escuta, quando,
repentinamente, uma voz de homem começou a falar em norueguês. Se bem que a voz soasse
baixinho, pude entender nitidamente as palavras. O homem se referia a vozes de pássaros
noturnos, e eu percebia uma sequência de sons grasnantes, sibilantes, murmurantes, entre os
quais julguei reconhecer o canto de um alcaravão. Súbito, emudeceu o coro de pássaros e com
ele o ruído vibrátil. A seguir, soou o alto gorjeio de um tentilhão de faia e, à distância, ouvia-se
o canto dos milharoses. O aparelho funcionava perfeitamente”.
A primeira explicação que veio à mente de Jurgenson era de que captou uma forte
emissão radiofônica Norueguesa. Contudo, o toque de clarim e a menção ao canto de aves
noturnas, juntamente com enigmáticos sons misturados, não correspondiam a esta explicação.
Nada de especial ocorreu até 12 de julho daquele ano, quando, tornando a gravar,
além de sons estranhos, captou vozes humanas expressando-se em diferentes idiomas, que se
juntavam para formar uma única frase. Curioso diante daquele fenômeno inusitado, ele
repetiu, por várias vezes, a experiência. Até que um dia, as misteriosas “vozes” dirigiram-se a
ele, ora em alemão, ora em sueco, dizendo: “Manter contacto! Com aparelho, manter
contacto! Por favor ouvir, favor, favor, ouvir!”
Em grande parte orientado pelas próprias vozes, após um extenso período de paciente
trabalho, as vozes finalmente identificaram-se como pessoas já falecidas, que queriam entrar
em contato com os vivos por intermédio de gravações em fitas magnéticas. Interessante notar
que, até então, Jurgenson acreditava na hipótese de serem as vozes comunicações de seres
extraterrestres, já que a imprensa da época noticiava, com grande freqüência, relatos de
aparições de OVNIS em todo o mundo.
Após este primeiro contato direto com Jurgenson, amigos e parentes dele
comunicaram-se por este meio. As “vozes” eletrônicas passaram, então, a descrever como era
o “mundo” em que viviam. Vejamos o que o próprio Jurgenson declarou sobre isso:
“Nos últimos meses recebia frequentemente dos meus amigos do além mensagens
sobre as condições predominantes em certas regiões do mundo espiritual.
“[...] Pode parecer fantástico, mas, ao que tudo indica, a maioria dos mortos das
regiões do astral inferior encontram-se num estado de sono profundo, principalmente aqueles
que tiveram morte violenta. Considerando bem, odespertamento equivale a uma intervenção
psíquica, por meio da qual os adormecidos devem ser arrancados do jugo dos seus pesadelos e
obsessões. Este sonho astral, que é uma espécie de estado de tolhimento, é intensamente
vivido pelos adormecidos como imaginação plástica fluídica, portanto como realidade objetiva.
Com o despertar, eliminar-se –ia uma parte das maiores dificuldades, pois então os mortos
encontrariam aberto o caminho para os seus novos planos de existência em comunhão com as
almas humanas.”
Muitos outros pesquisadores, ao redor do mundo, obtiveram êxito nas gravações. Por
exemplo, o técnico em eletrônica alemão, Hans Otto Konig, ao saber das gravações de vozes
paranormais, resolveu provar que elas eram irreais. Porém, ao ouvir, em suas próprias
gravações, as vozes da sua mãe, amigos e conhecidos falecidos, convenceu-se do contrário. A
partir daí, dedicou-se profundamente ao problema, criando um gerador ultra-sônico, pelo qual
teve grande êxito. Em uma apresentação na Rádio Luxemburgo, em 1983, aconteceu um fato
notável. Como nos narra Djalma Argollo, na sua obra já citada: “A atmosfera estava tensa
desde o começo do experimento. Um dos funcionários da estação perguntou verbalmente se
uma voz poderia surgir em resposta direta ao seu convite. Dentro de segundos uma voz clara
apareceu dizendo: Otto Konig faz uma transmissão radiofônica com os mortos. Então uma
outra pergunta foi feita. Seguiu-se uma pausa. Logo uma voz claramente exclamou através do
alto-falante: Eu ouço a sua voz. A voz do anunciador Holbe estava trêmula quando ele
interveio para dizer: Eu vos digo, caros ouvintes da Rádio Luxemburgo, e juro pela vidas dos
meus filhos, que nada foi manipulado. Não há truques. É uma voz, e nós não sabemos de
onde ela vem”.
Em um programa na TV Luxemburgo, em 1986, levando seu equipamento ao estúdio,
Konig montou-o sob a vigilância dos técnicos do estúdio e do pessoal das câmeras. Um Espírito
respondeu ao convite de Konig. Apareceu a voz do filho de uma mãe presente. O programa foi
assistido por três milhões de pessoas no norte da Europa, e reprisado um dia depois.
http://www.transcomunicacao.com.br/gravacao-nitida-em-congresso-na-bahia-o-caso-
astrogildo/
A pesquisadora Sônia Rinaldi utiliza física, fonética, biometria e tecnologia digital para
pesquisar a vida após a morte. Recentemente, estudou o primeiro caso autenticado por um
laboratório internacional de um contato com um espírito. É o caso de Cleusa Julio, que sofria
muito com a morte da filha adolescente, Edna, morta ao ser atropelada por um carro
enquanto andava de bicicleta. Muito abatida, Cleusa procurou a Associação Nacional de
Transcomunicadores, cuja presidente é Sônia, e conseguiu comunicar-se com a filha. Uma das
gravações obtidas foi enviada ao Laboratório Interdisciplinar de Biopsicocibernética, em
Bolonha, Itália, o único na Europa dedicado exclusivamente ao exame e análise científicos de
fenômenos paranormais. Juntamente com aquela gravação, outra fita foi encaminhada, com
um recado deixado por Edna, antes de sua morte, numa secretária eletrônica. O laudo técnico
resultante, de 52 páginas, mostrou-se impressionante, e sua conclusão foi: a voz gravada por
meio da transcomunicação é a mesma guardada na secretária eletrônica.
O físico Cláudio Brasil, mestre pela Universidade de São Paulo, que se dedicou durante
vários anos a analisar centenas de vozes paranormais, avaliou positivamente o Caso Edna.
“Temos que abrir a mente e aceitar que a ciência não tem explicação para tudo”, diz ele, em
uma reportagem sobre este caso, para a revista Istoé. “É um trabalho puramente matemático,
à prova de fraudes”, é o que diz Sônia Rinaldi, nessa mesma reportagem (endereço eletrônico
no final deste texto).
Ela escreveu vários livros, entre eles Gravando vozes do além, com técnicas detalhadas
para contatos com os falecidos. Possui cerca de 50 mil gravações em áudio com mortos,
obtidas durante 18 anos de pesquisas. No princípio, através de um gravador. Atualmente, as
gravações são obtidas por telefone ou microfone conectados ao computador e, quando é
gravação e filmagem simultâneas, com o auxílio de uma câmera digital.
No site de Sônia Rinaldi, encontramos várias gravações em áudio e vídeo. Ouçam estes
interessantes áudios, clicando no endereço eletrônico abaixo:
http://www.ipati.org/boletins_new/ptbr31_arquivos/ptbr31.html
Mais informações sobre as pesquisas de Sônia Rinaldi podem ser obtidas no site
do IPATI (Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental) no endereço
eletrônico: www.ipati.org
"[...]É preciso que se guarde maior prudência em relação a afirmações desse tipo, nas
mensagens via TCI, porque os próprios Espíritos responsáveis por esta via de comunicação
alertam de que existe o perigo de mistificações por parte das entidades inferiores, e de que
elas já têm ocorrido.
Bom senso não significa que se deva tomar uma atitude de total rejeição, nem de
impensável dogmatização ortodoxa. Mas de estudo criterioso e avaliação segura.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].
3 ARGOLLO, Djalma Motta. Espiritismo e Transcomunicação. 2.ed. São Paulo: Mnêmio Túlio
[1994].
http://www.terra.com.br/istoe/1918/comportamento/1918_falando_alem.htm
OS ESPÍRITOS INFLUENCIAM NOSSAS VIDAS?
Resposta: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são
eles que vos dirigem”
Vemos, pela resposta acima, o quanto o mundo espiritual influi em nosso mundo
material.
Conforme mencionamos em nosso texto anterior “O Que São Médiuns?”, neste blog,
todos nós, sem exceção, somos médiuns inspirados, isto é, somos suscetíveis de captar os
pensamentos dos Espíritos desencarnados. Esta conexão é feita através da irradiação dos
nossos corpos espirituais, quando nós e os Espíritos desencarnados que nos cercam,
entramos em sintonia (Ver o texto “O Mundo Espiritual – Parte 2”, neste blog).
Os Espíritos estão, muitas vezes, nos sugerindo pensamentos que tomamos como
nossos, nos impulsionando para caminhos diversos.
Os bons, com o propósito de nos encaminhar para o bem, muitas vezes, também para
nos proteger, quando nos fazem desviar de perigos que sequer suspeitamos, e para nos
auxiliar, quando pedimos sua assistência nas aflições da vida, nos estimulando a coragem e a
paciência, e até nos apontando saídas para os nossos problemas, quando isso não vai
prejudicar ninguém e nem nos desviar das lições pelas quais devemos passar.
Os maus e viciosos, no intuito de nos manter no atraso em que eles próprios estão,
estimulam-nos a praticar o mal e, muitas vezes, nos direcionam e acompanham, com grande
satisfação, na prática de vícios diversos, como os das bebidas alcoólicas, das drogas, nos
excessos da alimentação e do sexo promíscuo, etc. Como não possuem corpos materiais, ao
nos acompanhar nessas práticas, desfrutam parcialmente de tudo isso ao conectar-se
conosco, o que os leva a nos estimular para elas mais e mais. Nós os atraímos com os nossos
pensamentos, quando sintonizamos nossas mentes em seu nível vibratório grosseiro, quando
nos afinamos com suas más inclinações.
Em outros casos, Espíritos que guardam grande rancor, ou até mesmo ódio por nós,
por acontecimentos desta ou de vidas anteriores, procuram nossa ruína inspirando-nos
pensamentos que nos levarão ao mau caminho. Podem, assim, trazer-nos prejuízos de
diversos tipos, como de saúde, financeiros, etc.
Ocorre também os casos nos quais Espíritos, mesmo nos tendo afeição, ligam-se a nós
e, sem o saberem, também podem causar-nos prejuízos, por ignorância. É, por exemplo, o
caso de uma mãe que, tendo desencarnado e deixado um filho pequeno, liga-se a ele numa
atitude de apego exagerado, passando-lhe seus maus fluidos, que o fazem adoecer.
Nas casas espíritas, é oferecido tratamento para os casos que citamos acima. Este
tratamento chama-seDesobsessão. Um médium incorpora o Espírito obsessor (Ver o texto “O
Que São Médiuns?”, neste blog), possibilitando que um doutrinador encarnado converse com
ele. Este doutrinador esclarece-o acerca das consequências da má ação que está a praticar, e
aconselha-o a seguir o melhor caminho, o do bem, para que ele próprio, o obsessor, vá de
encontro à verdadeira felicidade. Diz também que ele pode contar com o auxílio dos bons
espíritos para sua reabilitação. Faz, assim, com que ele desista da ação obsessiva, trazendo
grande alívio à sua vítima. Esta também é aconselhada a mudar sua atitude íntima, para ter
pensamentos elevados e praticar o bem, combatendo suas más inclinações. Dessa forma,
reduzirá, cada vez mais, as possibilidades de sofrer com novas obsessões.
No mundo espiritual, os mais evoluídos têm poder sobre os que estão abaixo na escala
evolutiva. Dessa forma, os bons têm poder sobre os maus. Contudo, eles permitem, muitas
vezes, que os maus nos assediem. Eis por que:
Dessa forma, os maus Espíritos, mesmo sem o saberem, aceleram nossa evolução,
ao fazer-nos pôr à mostra, para nós mesmos, nossas imperfeições, dando-nos, assim, o auto-
conhecimento. Muitas vezes nos surpreendemos com aquilo de que somos capazes. Más
tendências que estavam adormecidas em nossa alma, e que só esperavam a oportunidade e o
estímulo certo para vir à tona. Cabe-nos, contudo, o combate a essas más tendências,
seguindo os aconselhamentos dos bons Espíritos, ou caindo no erro e sofrendo as suas
consequências (Ver os textos “Os Sofrimentos” e “Por Que Devemos Fazer o Bem?”, neste
blog).
Na pergunta Nº 469, temos: “Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus
Espíritos?”
Vemos assim, diante do que foi exposto, a grande influência do mundo espiritual em
nossas vidas, embora, em geral, não nos apercebamos disto.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores: espiritismo
experimental. Rio de Janeiro: FEB, [1997].
2 ______________O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].
3 XAVIER, Francisco Cândido; LUIZ, André (Espírito). Os Mensageiros. 19 ed. Rio de Janeiro:
FEB, [1985].
ILUSTRES CIENTISTAS CONFIRMARAM: A ALMA SOBREVIVE
À MORTE
Devemos levar em conta que estes ilustres homens de ciência, divulgando amplamente
suas pesquisas, correram o risco de verem jogados na lama suas carreiras brilhantemente
conquistadas, sem nada terem a ganhar com isso, senão a divulgação da verdade. Isto porque,
corajosamente, tiveram que enfrentar o fundamentalismo de uma comunidade científica já na
época, em larga escala, composta por crentes materialistas convictos. Enfrentaram reações
como esta, de um cientista da época: “Mesmo se visse, não acreditaria, pois isto não é
possível”. Quando o telégrafo foi inventado, também se recusaram a acreditar de início,
dizendo não ser possível enviar-se uma mensagem através de um fio metálico não oco.
Imagine se um hipotético viajante do tempo fosse para aquela época e falasse que, no futuro,
seria possível compartilhar não só o som, mas textos, imagens e informações de todo o tipo, de
um pólo ao outro do planeta, em questão de segundos, como hoje fazemos constantemente,
através da internet!
Era natural que, em face do volume de tantos fatos, a sociedade requisitasse o exame
consciencioso de seus sábios e cientistas. Estes então, acossados por todos os lados,
descruzaram os braços e se puseram a campo para uma investigação rigorosa e fria. A ciência,
representada por um grupo de personalidades sérias e refratárias a imposições religiosas, foi
chamada a depor e o fez de tal forma que o espiritismo foi, por assim dizer, devidamente
fotografado, pesado e medido.
A cética Inglaterra se assustou com as certezas obtidas dentro do mais severo método
científico e cercadas de extrema prudência, afinal, era preciso aceitá-las, uma vez que Crookes
pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e se
rendeu.”
“Trinta anos se passaram desde que publiquei as atas das experiências tendentes a
mostrar que fora dos nossos conhecimentos científicos existe uma força posta em atividade,
por uma inteligência diferente da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho a
retratar dessas experiências e mantenho as minhas verificações já publicadas, podendo
mesmo a elas acrescentar muita coisa.”
“Russel Wallace, físico naturalista considerado rival de Charles Darwin, confessou que "era um
materialista tão convicto que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual".
Disse ainda: "Os fatos, porém, são coisas pertinazes, eles me obrigam a aceitá-los como fatos".
Já Cromwel Varley, engenheiro descobridor do condensador elétrico, disse: "O ridículo que os
espíritas têm sofrido não parte senão daqueles que não têm o interesse científico e a coragem
de fazer algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram".
Para Oliver Lodge, físico e membro da Academia Real, os cientistas não vieram "anunciar uma
verdade extraordinária, nenhum novo meio de comunicação, apenas uma coleção de provas
de identidade cuidadosamente colhidas". Lodge explica ainda o porquê de afirmar que as
provas foram cuidadosamente colhidas, dizendo que "todos os estratagemas empregados para
sua obtenção foram postos em prática e não fiquei com nenhum dúvida da existência e
sobrevivência da personalidade após a morte".
Fredrich Myers, da Sociedade Real de Londres, disse: “Pelas minhas experiências, convenci-me
de que os pretendidos mortos podem se comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles
poderão fazê-lo de modo mais completo".
Já o italiano Ernesto Bozzano, que se dedicou por mais de 30 anos aos estudos psíquicos,
afirmou, sem temer estar equivocado, ‘que fora da hipótese espírita, não existe nenhuma
outra capaz de explicar os casos análogos ao que acabo de expor’.”
“[...] Já Gustavo Geley, diretor do Instituto metapsíquico de Paris, um cientista exigente e de poderosa
inteligência, disse ser preciso confessar que "os espiritistas dispõe de argumentos formidáveis. O
espiritismo só admite fatos experimentais com as deduções que eles comportam" Segundo ele, "os
fenômenos espíritas estão solidamente estabelecidos pelo testemunho concordante de milhares de
pesquisadores.
"[...] Camille Flamarion, grande astrônomo, autor de tantas obras notáveis e respeitado como uma das
maiores inteligências da França no século XIX, trouxe igualmente um depoimento insuspeito sobre os
fenômenos espíritas. Para ele, ‘a negação dos céticos nada prova senão que os negadores não observaram
os fenômenos’.”
“O fato de que em todos os tempos e em todos os povos esteve viva a crença em algo
invisível, que sobrevive à morte do corpo, e que, sob o influxo de condições especiais, pode
manifestar-se aos nossos sentidos, torna-nos propensos a aceitar a hipótese espiritista” e
também “...se cada um destes fenômenos nos pode parecer incerto, o conjunto de todos
forma um compacto mosaico de provas resistentes à mais severa dúvida”.
“Entre os membros dessa comissão figurava um sábio cujo nome é muito conhecido
entre os naturalistas: Alfred Russel Wallace, que nos deu, em uma obra interessante (Miracles
and modern Spiritualism), informações muito curiosas relativas à história da comissão de que
fazia parte.
O relatório das comissões dos trinta e três compunha-se de duas partes distintas: na
primeira parte eram relatados os fatos verificados pelas seis sub-comissões; a segunda
continha os testemunhos orais e escritos, fornecidos aos membros desse inquérito de novo
gênero, por testemunhas honestas e dignas de fé.
4º - Ainda mais, se as comunicações são em grande parte de caráter banal, dão às vezes
informações desconhecidas de todos os presentes;
5º - E também existem certas pessoas favoráveis por sua presença à produção do
fenômeno, enquanto que outras pessoas os contrariam, mas que essa diferença nada tem que
ver com a opinião professada por essas pessoas em relação aos fenômenos.
Esta segunda parte do relatório era ainda mais variada do que a primeira, e o relator
concluía que os testemunhos mencionados afirmavam a existência de fatos tais como: corpos
pesados e, em certos casos, homens elevando-se espontaneamente no ar; aparição de mãos e
de formas que não pertenciam a nenhum ser humano, mas parecendo animadas e podendo
ser agarradas pelos assistentes; execução de pedaços de música em instrumentos que
ninguém estava tocando; aparição quase instantânea de desenhos ou pinturas, formando-se
espontaneamente, etc., etc.
O Sr Russel Wallace faz notar que as suas observações levaram-no a estabelecer que o
grau de convicção obtido pelo experimentador é mais ou menos igual à soma de tempo e de
trabalho empregados nas investigações. Assim acontece relativamente a todos os fenômenos
naturais, ao passo que o exame de uma impostura ou de uma ilusão, diz o Sr.Wallace, conduz a
um resultado invariavelmente oposto.
Os membros da Sociedade Dialética, que não tinham feito parte da comissão, não
ousaram tomar a responsabilidade do relatório e deixaram que os membros da referida
comissão o publicassem por sua conta e risco.”
Outros exemplos:
William Crookes, entre 1869 e 1875, realizou um conjunto enorme de experiências com
diversos médiuns, entre os quais: Daniel Dunglas Home, Kate Fox (da família Fox – Ver o
texto “O Início do Espiritismo Parte 1 – Hydesville”, neste blog), Charles Edward Williams e
Florence Cook.
Com o médium Home, entre vários outros fenômenos, aconteceu estes fatos: “Pequena
mão de muito bela forma elevou-se de uma mesa da sala de jantar e deu-me uma flor;
apareceu e depois desapareceu três vezes, o que me convenceu de que essa aparição era tão
real quanto a minha própria mão.”
“Em plena luz, vi uma nuvem luminosa pairar sobre um heliotrópio colocado em cima de uma
mesa, ao nosso lado, quebrar-lhe um galho, e trazê-lo a uma senhora, e, em algumas ocasiões,
percebi uma nuvem semelhante condensar-se sob nossos olhos, tomando uma forma de mão
e transportar pequenos objetos”
Com a médium Florence Cook, obteve materializações do Espírito Katie King, que teve
oportunidade de fotografar.
Depois de tudo isso, devemos nos perguntar: por que todas estas interessantíssimas
pesquisas, de grande relevância para a humanidade, foram “abafadas” pela ciência “oficial”?
Sobre isso, o Dr. Paul Gibier, em seu livro“Análise das Coisas”, de 1890, faz um interessante
comentário:
“Como, perguntarão, essas coisas não estão mais conhecidas? Por que não são mais
bem estudadas? Responderei que já há longo tempo estas coisas são conhecidas dos sábios –
não todos, entretanto – mas devo adicionar que os primeiros que ousaram falar delas viram
seus nomes quase arrastados na lama, e sua honra posta em discussão. De modo que hoje,
geralmente, entre os que estudam estas altas e importantes questões,
Cada um indaga e aprende por conta própria, só, ou com um pequeno grupo de amigos
seguros, e guarda tudo para si.
É mister dizer-se que palinódias famélicas e venais, assim como fraudes estrondosas
fizeram, em torno do assunto, um certo escândalo, bastante para fazer os tímidos hesitarem e
para fixar a opinião das pessoas que pensam de acordo com o jornal que lêem.
Para quem deseja conhecer quem foram os cientistas citados como exemplo nesse
texto (houveram muitos outros), colocamos abaixo os links do blog NÚCLEO ESPÍRITA VERBO
DE LUZ, de suas biografias:
William Crookes
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/William%20Crookes
Russel Wallace
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Alfred%20Russel%20Wallace
Oliver Lodge
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Joseph%20Olivier%20Lodge%2
0%28Sir%29
William Barret
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/William%20Fletcher%20Barret
Fredrich Myers
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Fredrich%20William%20Henry
%20Myers
Ernesto Bozzano
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Ernesto%20Bozzano
Cesare Lombroso
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Cesare%20Lombroso
Paul Gibier
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Paul%20Gibier
Gustave Geley
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Gustave%20Geley
Camille Flammarion
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/search/label/Camille%20Flammarion
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
4_________.Materializações de fantasmas;
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/ciencia/a-ciencia-e-o-espiritismo.html
A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS 4
Na medida em que o homem sonda o espaço, com instrumentos cada vez mais
precisos e sofisticados, ele chega à conclusão de que a vida é abundante no Universo.
Como a estrela HR 4796A, de apenas oito milhões de anos, está nos estágios
finais da formação de planetas, a descoberta sugere que os blocos básicos da
vida podem ser comuns nos sistemas planetários.
Tolinas
Química pré-biótica
Moléculas como o antraceno são pré-bióticas, o que significa que, quando elas
são submetidas à radiação ultravioleta e combinadas com água e amônia,
podem produzir aminoácidos e outros componentes essenciais para o
desenvolvimento da vida.
Anti-inflamatório
Na questão Nº 57, temos: “Não sendo uma só para todos a constituição física dos
mundos, seguir-se-á tenham organizações diferentes os seres que o habitam?”
Resposta: “Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para
viverem na água e os pássaros no ar.”
Os Espíritos, assim, nos dizem que a vida existe sob diversas formas, adaptadas
aos seus diferentes mundos. Imaginemos, então, a variedade da vida em outros
Universos, cuja possibilidade de existência já é admitida por alguns cientistas? (Ver o
texto "A Pluralidade dos Mundos Habitados 1", neste blog) A resposta do Espírito
Superior, acima, está de acordo com recentes descobertas acerca de formas de vida que
podem diferir bastante da que conhecemos em nosso mundo.
Quem leu com atenção e se fixou apenas nos termos usados pela agência
espacial não alimentou muitas expectativas - a NASA falava em impactar
a busca por vida, e não sobre a localização de vida extraterrestre.
Além disso, nenhum dos cientistas que estarão presentes na conferência que
acontecerá daqui a pouco tem ligação com qualquer projeto em andamento que
pudesse ter colhido evidências diretas de vida extraterrestre.
Química da vida
Mas os dados coletados neste novo estudo parecem demonstrar que a bactéria
GFAJ-1 substitui o fosfato por arsênio de tal forma que ela até mesmo incorpora
o arsênio em seu DNA. O microrganismo é uma proteobactéria, da
família Halomonadaceae.
E a vida extraterrestre?
E o que tem tudo isso a ver com a busca por sinais de vida extraterrestre?
"A vida como nós a conhecemos exige elementos químicos específicos e exclui
outros. Um dos princípios-guia da busca por vida em outros planetas é que nós
devemos 'seguir os elementos'," diz Ariel Anbar, membro da equipe de
astrobiologia da NASA e coautor do novo estudo. "O trabalho de Felisa nos
ensina que devemos pensar melhor sobre quais elementos seguir."
Para Wolfe-Simon, nossa relação com a busca por formas de vida, em vez de se
basear na tão falada "diversidade da vida", na verdade assume que toda a vida
na Terra é essencialmente idêntica, sempre baseada nas "constantes da
biologia, especificamente que a vida exige os seis elementos CHNOPS montados
em três componentes: DNA, proteínas e lipídios."
"Este organismo tem uma capacidade dupla. Ele pode crescer tanto com fósforo
quanto com arsênio. Isto o torna peculiar, mais ainda longe de ser alguma
forma verdadeiramente 'alienígena' de vida, pertencente a uma outra árvore da
vida, com uma origem distinta. Entretanto, a GFAJ-1 pode ser um indicador
para organismos ainda mais esquisitos. O cálice sagrado será um micróbio que
não contenha fósforo de jeito nenhum," disse o cientista.
"Esta história não é sobre arsênio ou sobre o Lago Mono," diz ela. "Se alguma
coisa aqui na Terra faz algo tão inesperado, o que poderá fazer a vida que nós
ainda não conhecemos?
Este é o momento de descobrir.
Uma cientista britânica divulgou desenhos de como ela imagina seres alienígenas
que poderiam ter-se desenvolvido em um mundo com as características de Titã,
uma das luas de Saturno.
Águas-vivas voadoras
Mas as criaturas imaginadas por Maggie Alderin-Pocock não parecem tão exóticas
assim, lembrando nossas bem-conhecidas águas-vivas.
Bolsas com formas de cebolas se moveriam para cima e para baixo para ajudar na
movimentação, e feixes de luz seriam usados para a comunicação.
"Nossas imaginações são naturalmente limitadas pelo que vemos no nosso entorno,
e o senso comum é de que a vida precisa de água e é baseada em carbono. Mas
alguns pesquisadores estão desenvolvendo trabalhos muito instigantes, jogando
com ideias como formas de vida baseada em silício", observa Alderin-Pocock.
Ela observa que o silício está logo abaixo do carbono na tabela periódica e que os
dois elementos têm muitas semelhanças químicas. Além disso, o elemento seria
amplamente disponível no universo.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=vida-pode-estar-espalhada-
pelo-universo&id=010130080118
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=moleculas-organicas-no-
espaco&id=010830100622
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bacteria-extraterrestre-
nasa&id=020130101202
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cientista-imagina-forma-
vida-alienigena&id=010175120709
OS ANIMAIS POSSUEM ALMA?
Resposta: “É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der
a esta palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e do homem
distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus.”
Resposta: “Fica numa espécie de erraticidade, pois que que não mais se acha unida a
um corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua
livre vontade. De idêntica faculdade não dispõe o dos animais. A consciência de si mesmo é o
que constitui o principal atributo do espírito. O do animal, depois da morte, é classificado pelos
espíritos a quem incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhe é dado tempo
de entrar em relação com outras criaturas.”
Resposta: “Já não dissemos que tudo em a natureza se encadeia e tende para a
unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente
se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de
dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o
princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período da
humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do
mal e a responsabilidade dos seus atos. Assim, a fase da infância se segue a da adolescência,
vindo depois a da juventude e da madureza. Nessa origem, coisa alguma há de humilhante
para o homem. Sentir-se-ão humilhados os grandes gênios por terem sido fetos informes nas
entranhas que os geraram? Se alguma coisa há que lhe seja humilhante, é a sua inferioridade
perante Deus e sua impotência para lhe sondar a profundeza dos desígnios e para apreciar a
sabedoria das leis que regem a harmonia do Universo. Reconhecei a grandeza de Deus nessa
admirável harmonia, mediante a qual tudo é solidário na Natureza. Acreditar que Deus haja
feito, seja o que for, sem um fim, e criado seres inteligentes sem futuro, fora blasfemar da sua
bondade, que se estende por sobre todas as suas criaturas.”
O Espírito André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, na obra "No
Mundo Maior", no Capítulo 3, nos diz:
Ao estudarmos Biologia, verificamos uma gradação evolutiva nos seres vivos, em graus
crescentes de complexidade, sensibilidade e inteligência, dos microrganismos, como bactérias
e protozoários, passando pelas plantas e animais, até chegar ao homem.
Qual o sentido da vida? Para o Espiritismo, como vimos nas perguntas de “O Livro dos
Espíritos” e nas palavras de André Luiz, acima, a vida orgânica é o suporte no qual o princípio
inteligente se individualiza, se estrutura e se desenvolve, através dos diversos seres vivos, dos
mais primitivos para os mais evoluídos, até chegar ao homem. Como ser humano, já se
encontra no estágio de Espírito, possuidor de inteligência bastante avançada, com consciência
do futuro, capaz de distinguir o bem do mal, e responsável por seus atos. Dessa forma, os
demais seres vivos possuem um propósito maior, e sua essência, o princípio inteligente,
sobrevive à morte do corpo físico que o abrigava, desenvolvendo-se, cada vez mais, em
existências posteriores. É essa a nossa origem como Espíritos. Assim, seres dotados de certo
grau de inteligência e sensibilidade, embora em bem menor escala do que nós, como os
animais, não serão jogados no nada após passar por uma existência, por muitas vezes, de
sofrimento, correspondendo isto à infinita bondade, justiça e sabedoria do Criador.
Associated Press
Macacos fazem contas de cabeça, pombos são capazes de entender quando uma
imagem não faz parte de um conjunto. Seres humanos podem não ser os únicos
animais que planejam para o futuro, dizem pesquisadores que apresentaram seus
estudos mais recentes sobre a capacidade mental dos animais. Corvos reconhecem a
própria imagem no espelho, diz estudo. Macacos também sabem fazer contas de
cabeça. "Eu diria que nós humanos deveríamos manter nossos egos sob controle", disse
Edward A. Wasserman, da Universidade de Iowa, na reunião anual da Associação
Americana para o progresso da Ciência (AAAS). Wasserman, um pesquisador de
psicologia experimental, disse que, como as pessoas, pombos e babuínos são capazes de
identificar quais figuras são similares, como triângulos e pontos, e quais são diferentes.
Esta é a definição de conceito, disse ele, "e os animais passaram com louvor". Ele falou
em um simpósio sobre Esperteza Animal, onde pesquisadores discutiram as últimas
descobertas sobre as capacidades mentais dos animais. Nos últimos 20 anos, houve
uma grande revolução na compreensão dos animais, acrescentou Nicola S. Clayton,
professora de cognição comparativa da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Animais não só usam ferramentas, como ainda guardam-nas para usar no futuro,
acrescentou. "Planejar para o futuro já foi visto como algo único dos humanos", disse
ela. "Agora sabemos que não é verdade". Por exemplo, disse ela, corvos já foram vistos
guardando comida para o dia seguinte e, até mesmo, descobrindo meios de impedir que
a reserva fosse roubada. Falando sobre a inteligência dos corvos, Alex Kacelnik,
professor de ecologia comportamental da Universidade de Oxford, destacou "o mestre
no uso de ferramentas do mundo das aves", o corvo da Nova Caledônia. Esses pássaros
não só já foram vistos usando ferramentas, como fabricando seus instrumentos,
torcendo e dobrando pedaços de fio para retira comida de locais inacessíveis.
Jessica Cantlon, da Universidade Duke, chamou atenção para o fato de que o "senso de
número" aparece na evolução compartilhada de muitas espécies de primatas. Por
exemplo, crianças humanas são capazes de, depois de ver o mesmo número de objetos
aparecer em diferentes configurações, notar quando o número muda. Macacos fazem o
mesmo. Além disso, universitários e macacos parecem ter o mesmo nível de
capacidade de estimar a soma total de dois conjuntos, sem contá-los elemento a
elemento. Cientistas agora estudam se macacos são capazes de apreender o conceito de
zero.
Animais também têm consciência, dizem
neurocientistas
Pesquisadores publicaram manifesto mostrando que, com base na
análise de ondas cerebrais, não há como dizer que só seres humanos têm
consciência
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76 ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].
2 XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito André Luiz. No mundo maior. 17 ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1991].
Fonte da imagem:http://casadebatuira.blogspot.com.br/2012/05/reencarnacao-na-biblia.html
Uma vez que já reencarnamos várias vezes, por que, em geral, não lembramos
dessas vidas anteriores?
Na pergunta Nº392 de “O Livro dos Espíritos”, temos: “Por que perde o Espírito
encarnado a lembrança do seu passado?”
Resposta: “Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua
sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem
transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido do seu passado ele é mais senhor de si.”
Na pergunta Nº393, temos: “Como pode o homem ser responsável por atos e
resgatar faltas de que se não lembra? Como pode aproveitar da experiência de vidas de que
se esqueceu? Concebe-se que as tribulações da existência lhe servissem de lição, se se
recordasse do que tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada
existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sempre a recomeçar.
Como conciliar isto com a justiça de Deus?
A tarefa, de nos aconselhar e lembrar, através da inspiração (como vimos acima), dos
compromissos assumidos no mundo espiritual, também fica a cargo dos bons Espíritos,
especificamente aqueles que se encarregaram de nos tutelar em nosso aprendizado e nos
proteger. São os Espíritos protetores e guias espirituais, popularmente conhecidos
como anjos da guarda. Contudo, nem sempre acatamos suas sugestões, envolvidos que
ficamos pelo mundo material.
Deus nos deu, para nosso adiantamento, justamente o que nos é necessário e pode
nos bastar: a voz da consciência e nossas tendências instintivas, e nos tira o que poderia nos
prejudicar.
Ao nascer, o homem traz o que adquiriu; nasce como se fez; cada existência é para ele
um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi; ele é punido porque fez o mal e
suas tendências más atuais são indício do que resta nele a corrigir, sendo nisso que deve
concentrar sua atenção, porque do que está completamente corrigido não lhe resta nenhum
traço. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência que o adverte do que é bem ou
mal, e lhe dá a força para resistir ás más tentações.
De resto, esse esquecimento não ocorre senão durante a vida corporal. Reentrando na
vida espiritual, o espírito retoma as lembranças do passado; isso não é, pois, senão uma
interrupção momentânea, como a que ocorre na vida terrestre durante o sono, e que não
impede de lembrar no dia seguinte o que se fez na véspera e nos dias precedentes.
Continua no texto "Por Que Esquecemos Nossas Vidas Passadas? Parte 2 - A Infância",
neste blog.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].
Dando continuidade ao nosso texto anterior, “A Bíblia Condena o Espiritismo?”, neste blog, o
autor Severino Celestino da Silva, em sua obra ” Analisando as traduções bíblicas”, nos diz que
“muitas essências e valores foram perdidos com a tradução da Toráh” (os cinco livros atribuídos a
Moisés). Continua ele:
“Modernamente nos servimos das letras do alfabeto para designar os sons componentes das
palavras da nossa língua. Na sua fase antiga, ideográfica, o alfabeto era composto de sinais que sugeriam
idéias em vez de sons. No decorrer dos tempos, porém, apagou-se por completo esse aspecto primitivo
dos sinais gráficos para remanescer, unicamente, o valor fonético e ser adotado por todas as nações do
mundo em nossos dias.”
Nesse particular, “o alfabeto hebraico constitui uma verdadeira exceção”, pois continuou
sendo objeto de ramificada interpretação ideológica, a qual, no fundo, sublima e desenvolve, em
profundidade, o seu primitivo princípio ideográfico.”
“Desta conduta, derivaram-se muitos conceitos novos que, na verdade, acabaram por não
traduzir o verdadeiro sentido do texto, além de alterarem o sentido original ou mesmo deixarem de
atribuir valores que não poderiam ficar de fora.
O Zohar afirma que, em cada uma das palavras da Toráh, estão contidas verdades supremas e
segredos sublimes. Assim, os textos da Toráh não são mais do que suas vestes exteriores. O vinho deve
ser colocado num cântaro para se conservar, assim também a Toráh deve ser envolvida numa roupagem
exterior. Essa roupagem é feita de fábulas e narrativas, mas nós devemos penetrar através delas.”
Ele cita o que escreveu Rebe de Lubavitch, em sua obra “Discursos Chassídicos”:
“A Toráh tem sua própria terminologia complexa e um único conjunto de regras e linhas mestras
pelas quais pode-se interpretá-la. Uma tradução direta pode facilmente levar a uma distorção, mau
entendimento, e até a negação da unidade de Deus. Sem emendas nas traduções nos possíveis maus
direcionamentos de palavras e frases, deploráveis danos poderiam resultar.”
O Espírito Emmanuel, pela psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, em sua obra “A
Caminho da Luz”, escreveu no ano de 1938:
“Logo se reconhecerá que o Espiritismo ressalta a cada passo do texto das Escrituras
Sagradas (grifo nosso). Os Espíritos não vêm, pois, destruir a religião, como alguns o pretendem mas, ao
contrário, vêm confirmá-la, sancioná-la por provas irrecusáveis. Mas como é chegado o tempo de não
mais empregar a linguagem figurada, eles se exprimem sem alegoria e dão às coisas um sentido claro e
preciso que não possa estar sujeito a nenhuma interpretação falsa. Eis porque, dentro de algum tempo,
tereis mais pessoas sinceramente religiosas e crentes que as que não tendes hoje.”
Vejamos o que disse Allan Kardec, no livro “A Gênese”, Capítulo I, item 29:
“Mas, quem toma a liberdade de interpretar as Escrituras sagradas? Quem possui as necessárias
luzes, senão os teólogos? Quem o ousa? Primeiro a ciência, que a ninguém pede permissão para dar a
conhecer as leis da Natureza e salta sobre os erros e os preconceitos. – Quem tem esse direito? Neste
século de emancipação intelectual e de liberdade de consciência, o direito de exame pertence a todos e as
Escrituras não são mais a Arca Santa na qual ninguém se atreveria a tocar com a ponta do dedo, sem
correr o risco de ser fulminado. Quanto às luzes especiais, necessárias, sem contestar as dos teólogos, por
mais esclarecidos que fossem os da Idade Média, e, em particular, os Pais da Igreja, eles, contudo, não o
eram bastante para não condenarem como heresia o Movimento da Terra e a crença nos antípodas.
Mesmo sem ir tão longe, os teólogos dos nossos dias lançaram anátema à teoria dos períodos de formação
da Terra?
Os homens só puderam explicar as Escrituras com o auxílio do que sabiam, das noções falsas ou
incompletas que tinham sobre as leis da natureza mais tarde reveladas pela ciência. Eis porque os próprios
teólogos, de muito boa fé, enganaram-se sobre o sentido de certas palavras e fatos do Evangelho.
Querendo a todo custo encontrar nele a confirmação de uma idéia preconcebida, giravam sempre no
mesmo ciclo, sem abandonarem o seu ponto de vista, de modo que só viam o que queriam ver, e por
muito instruídos que fossem, eles não podiam compreender causas dependentes de leis que lhes eram
desconhecidas.
Mas, quem julgará as interpretações diversas e muitas vezes contraditórias, fora do campo da
teologia? O futuro, a lógica e o bom senso. Os homens, cada vez mais esclarecidos, à medida que novos
fatos e novas leis se forem revelando, saberão separar da realidade os sistemas utópicos. Ora, as ciências
tornam conhecidas algumas leis; o Espiritismo revela outras; todas são indispensáveis à inteligência dos
Textos Sagrados de todas as religiões, desde Confúcio e Buda até o Cristianismo. Quanto à teologia, essa
não poderá judiciosamente alegar contradições da Ciência, visto como também ela nem sempre está de
acordo consigo mesma.”
De fato, vários anos após o que escreveu Kardec, acima, inúmeros e ilustres cientistas, entre o
final do século XIX e início do século XX, realizaram experiências com médiuns (Ver o texto “O Que
São Médiuns?”, neste blog), sob rigoroso controle para evitar-se a fraude, rendendo-se às fortíssimas
evidências, passando a acreditar na existência do Mundo Espiritual, dos Espíritos e suas
comunicações com o mundo material (Ver o texto "Ilustres Cientistas confirmaram: A Alma
sobrevive à morte", neste blog).
Durante todo o século XX e também no nosso século, cientistas e pesquisadores também vêm
estudando os fenômenos espíritas, inclusive a reencarnação, confirmando-a (Ver os Textos “Por Que Ser
Espírita?”, “Fortes Evidências da Reencarnação”, “O Passe Espírita é estudado pela
Universidade” e “Terapia Mediúnica Mostra-se Eficaz em Pesquisa na USP”, neste blog).
O Espiritismo nos diz que o surgimento de tudo o que existe possui uma causa primeira:
a inteligência suprema, que chamamos de Deus.
Igualmente, diz que Deus é Eterno, Imutável, Imaterial, Infinito, Todo-Poderoso, Soberanamente
Justo e Bom.
Para habitar e atuar na sua Criação, sob sua supervisão, fez surgir o Espírito, ser eterno, inteligente,
sensível e dotado de personalidade e vontade próprias. Criou, e até hoje cria, inúmeros Espíritos, pois sua
criação é infinita. Também criou um lugar para morada dos Espíritos, o Mundo Espiritual.
Ele destinou aos Espíritos a suprema felicidade, esta sendo fruto da plena sabedoria, da comunhão
entre eles e com o Criador. Contudo, quis Deus que este ser aprendesse, logo de início, os valores da
humildade e do trabalho: criou-o simples e ignorante, tendo que conquistar a sabedoria através de muito
esforço, para dar valor à mesma. Assim, o mérito pela sabedoria adquirida é todo seu.
Dando meios de aprendizado para o Espírito, além do Mundo Espiritual, criou o Mundo Material.
Aqui, ele recebe como veículo o corpo físico, frágil e perecível, capaz de lhe transmitir dor, que ele tem
de sustentar com o trabalho. Na luta pela sobrevivência, pela fuga do sofrimento e em busca de prazer e
conforto, ele é impelido a desenvolver sua inteligência e emoções, através de várias encarnações (Ver o
texto "Por Que Esquecemos Nossas Vidas Passadas?", neste blog).
Cansados de sofrer, devido às conseqüências da prática de malefícios e excessos de toda ordem (Ver
o texto "Por Que Devemos Fazer o Bem?", neste blog), e constatando a fragilidade e transitoriedade dos
bens e prazeres materiais, os Espíritos, finalmente, convencem-se de que o caminho para a felicidade
plena e duradoura está no cultivo, em si mesmo, de valores de vida eterna. O amor ao próximo, a
humildade e o total desapego do mundo material proporcionam-lhes grande leveza e paz interior. A
harmonia e a união entre eles, em total sintonia uns com os outros, e a satisfação com a prática do bem,
constitui-se em fonte de incomensurável alegria. O imenso intelecto, construído ao longo das várias vidas
pelas quais passaram, dá-lhes uma visão de conjunto que lhes permite admirar a perfeita obra do Criador
de forma muito mais completa. Nesse estágio, são capazes até mesmo de receber as inspirações diretas de
Deus. Uma vez atingida a perfeição intelecto-moral a que podem chegar os Espíritos, eles não precisam
mais reencarnar, exceto quando são encarregados de alguma missão que o exija. É quando podem ser
chamados de Espíritos Puros ouAnjos.
Contudo, Deus não lhes destinou à inatividade, a ficar eternamente em contemplação (aliás, isso
seria uma verdadeira tortura para os Espíritos. Um tédio eterno). Conforme o grau de evolução intelectual
e de maturidade moral, Ele lhes atribui tarefas, que executam com grande satisfação. São inúmeras as
tarefas destes Espíritos, que vão desde auxiliar diretamente o aprendizado dos menos experientes, até a
criação e o governo de universos, de mundos e das mais variadas formas de vida material. Como nos diz o
Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier: ”Quando o servidor está pronto, o serviço
aparece”.
Espíritos em missão, em várias épocas da humanidade, conforme a cultura de cada época e lugar,
vieram inspirar os homens, com sua sabedoria e exemplos, para fazê-los avançar na senda do progresso,
através de mensageiros como Moisés, Jesus, Krishna e Buda.
“[...] A origem mediúnica das religiões é hoje uma tese provada pelas pesquisas antropológicas e
etnológicas. Só os materialistas a rejeitam.”
“[...] A origem da Bíblia é um capítulo natural desse processo geral que originou as religiões.”
Podemos dizer que o Espiritismo fornece a chave para entendermos a Bíblia. encontramos nela
vários fenômenos mediúnicos e ensinamentos concordantes com os postulados espíritas. De fato, Moisés
tinha plena consciência da ignorância do povo que conduzia. Sabia que não estavam preparados para
exercer a mediunidade com a devida seriedade que esta exige, sem abusos, mas era favorável à
mediunidade com um fim sério, instrutivo. Inclusive desejava que o povo, dessa forma, a praticasse,
como vimos no texto anterior, na passagem citada pelo professor Romeu Amaral Camargo (Números,
capítulo 11, versículos de 26 a 29). O próprio Moisés era excelente médium, e possuía uma escola de
médiuns, como vimos no texto anterior, na passagem citada por J.Herculano Pires (Números 11:23-25).
Ali, ele comunica-se com Iahvéh, o Espírito guia do povo Hebreu, fazendo com que o mesmo se
materialize com a ajuda de um grupo de médiuns (Ver o texto “A Bíblia Condena o Espiritismo?”, neste
blog).
Realmente, fica claro que Iahvéh era um Espírito, com a missão de guiar o povo Hebreu através da
mediunidade de Moisés, transmitir os Dez Mandamentos (Código de Moral Universal) e consolidar o
Monoteísmo (a crença em um único Deus), não sendo o Deus Criador do Universo. Inicialmente,
podemos deduzir isto pela própria personalidade de Iahvéh: temperamental, vingativo, violento e
guerreiro. Como exemplo, vejamos essa passagem de I Samuel 15, 2 e 3, onde Samuel transmite as
ordens que recebeu de Iahvéh : "Vou pedir contas a Amalec do que ele fez a Israel, opondo-se-lhe no
caminho, quando saiu do Egito. Vai, pois, fere Amalec e vota ao interdito tudo o que lhe pertence, sem
nada poupar:matarás homens e mulheres, crianças e meninos de peito, bois e ovelhas, camelos e
jumentos.
Natural que fosse assim, pois, em geral, os protetores espirituais são proporcionalmente superiores a
seus tutelados. Ele era um Espírito de nível evolutivo apropriado àquela época de ignorância. Conforme
nos diz J.Herculano Pires, ele “se apresentava como Deus, porque a mentalidade dos povos do tempo era
mitológica, e os Espíritos eram considerados deuses.”.
Comparemos agora a passagem do Velho Testamento, citada acima, com esta, do Novo Testamento,
em Mateus 19, 16 e 17, quando um jovem rico faz uma pergunta a Jesus: "Bom Mestre, o que é preciso
que eu faça para adquirir a vida eterna? Jesus lhe respondeu: Por que me chamais bom? Só Deus é
bom". Será que Jesus se refere ao mesmo Deus citado em I Samuel, que manda matar até crianças de
peito? Certamente que não. Além do mais, existem passagens no Velho Testamento que mostram
claramente que Iahvéh era um Espírito, como a que citamos no texto anterior, quando ele se
materializou (Números 11:23-25), o que certamente também aconteceu nesta outra passagem (Êxodo, 24,
9-11):
"Moisés subiu com Aarão, Nadab e Abiú, e setenta anciãos de Israel (a escola de médiuns de
Moisés). Eles viram o Deus de Israel. Sob seus pés havia como um lajeado de safiras transparentes,
como o osso dos céus em pureza. E aos nobres filhos de Israel, Deus não estendeu sua mão; e viram a
Deus, e comeram e beberam..".
Vejamos esta outra passagem (Números 12, 4-8):
"Subitamente disse Iahvéh a Moisés, a Aarão e a Míriam: Vinde, todos os três, à tenda de reunião.
Os três foram e Iahvéh desceu numa coluna de nuvem e se deteve à entrada da tenda.". Novamente,
aparece a coluna de nuvem, que certamente trata-se de ectoplasma, substância bastante familiar nas
sessões de materialização de Espíritos, realizadas em experiências de inúmeros pesquisadores dos
fenômenos espíritas.
Lemos acima que várias pessoas viram Iahvéh. Contudo, nesta passagem do Evangelho de João 1,
18, lê-se:
"Ninguém jamais viu a Deus; quem nos revelou Deus foi o Filho único, que está junto ao Pai.".
Claro que ninguém na Terra viu a Deus, o Criador do Universo, só Jesus, que está em um patamar
espiritual tal que pode fazê-lo.
Fazemos nossas as palavras do autor do artigo da revista "Sabedoria", Ano 5, Número 51,
páginas 68 a 69, (citado por Severino Celestino, na obra já citada) na qual o autor se refere
às "Qualidades atribuídas a Deus na Biblia": "Diante do exposto podemos concluir que se Iahvéh tem
forma, falava boca a boca, inspirava, ditava, chegava, chamava e incorporava, evidentemente não é um
Deus absoluto e imanifesto e sim um espírito desencarnado. um espírito superior, um anjo, um Santo, um
"espírito guia" dos hebreus e jamais o Deus absoluto Supremo a quem João se refere no cap.1, 18 do seu
evangelho O qual ninguém jamais viu".
O próprio Paulo de Tarso, em Atos 7:30-31, como já citamos no texto anterior, afirma que Deus
falou a Moisés através de um anjo na sarça ardente. Explicando melhor esta passagem, a primeira vez
que Iahvéh falou a Moisés foi no Monte Horeb, quando aconteceu o episódio da sarça ardente, uma
planta que apresentava chama, sem, contudo, consumir-se (ver Êxodo 3: 1-6).
“Não te prostarás diante desses deuses e não os servirás porque Eu, Iahvéh teu Deus, sou um
Deus ciumento, que puno a iniqüidade dos pais sobre os filhos, até a terceira e quarta geração dos que me
odeiam, mas que também ajo com amor até a milésima geração dos que me amam e guardam os meus
mandamentos.”
É evidente a falta de lógica deste texto. Os filhos são punidos pelas faltas dos pais? Onde está a
Responsabilidade Pessoal dos atos de cada um? Vejamos a tradução correta:
“Não te prostarás diante deles e não os servirás porque Eu, Iahvéh teu Deus, sou um
Deus zeloso, que visito a culpa dos pais sobre os filhos, sobre a terceira e quarta geração dos que me
odeiam, mas também ajo, com benevolência ou misericórdia por milhares (infinitas) de gerações, sobre
os que me amam e guardam os meus mandamentos.”
Evidentemente que, praticando o mal, o Espírito, conforme a Lei de Causa e Efeito (Ver o
texto “Por Que Devemos Fazer o Bem?”, neste blog), só poderia reencarnar, e assim sofrer as
conseqüências dos seus atos, a partir do seu neto em diante, e não, por exemplo, como seu filho. Já o
Espírito que ama a Deus e pratica o bem, terá a benevolência e a misericórdia de Deus infinitamente.
Assim, o texto torna-se inteligível e conforme a justiça de Deus. Ciumento seria um atributo negativo,
humano. Zeloso é um atributo muito mais conforme o Criador.
“Perguntais por que não leva o filho a iniqüidade do pai! É que o filho praticou a justiça e a
equidade, e, como observa e cumpre as minhas leis, também viverá. É o pecador que deve perecer. Nem o
filho responderá pelas faltas do pai nem o pai pelas do filho. É ao justo que se imputará sua justiça, e ao
mau sua malícia.”
“ Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que venha o dia de Iahvéh grande e terrível”.
No Novo Testamento, em Mateus 11, 12-14, temos Jesus, claramente, afirmando que João Batista é
Elias reencarnado:
“Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos Céus sofre violência, e os violentos se
apoderam dele. Porque todos os profetas bem como a Toráh profetizaram até João. E se quiserdes dar
crédito, é ele o Elias que devia vir.”
João Batista estava vivo no momento em que Jesus fez esta afirmativa. Quando Jesus disse “Desde
os dias de João Batista”, queria dizer: “Desde os dias de Elias”, ou seja, João Batista era Elias
reencarnado. E arremata: “é ele o Elias que devia vir.”
Em Mateus 17:10-13 e Marcos 9:11-13, também temos:
"Seus discípulos o interrogaram, dizendo:Por que, pois, os escribas dizem que é
preciso que Elias venha antes? Mas Jesus lhes respondeu: É verdade que Elias deve vir e
restabelecer todas as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram, mas o
trataram como lhes aprouve. É assim que eles farão sofrer o Filho do Homem. Então os
discípulos compreenderam que era de João Batista que lhes havia falado".
Mais uma vez, Jesus afirma que João Batista era Elias reencarnado. O tratamento que
deram a João Batista, referido por Jesus, foi a sua decapitação a mando do Rei Herodes.
A reencarnação fazia parte da crença do povo judeu, cuja religião provinha do Velho Testamento.
Tanto que, em João 9, 1 e 2, temos:
“E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi,
quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”
Jesus afirma que, naquele caso, não era uma coisa nem outra. Porém não aproveitou aquela
oportunidade para rechaçar a reencarnação, nem em nenhuma outra ocasião, o que, como lhe era habitual,
faria caso fosse contrário à essa crença. Aliás, nas passagem sobre João Batista, vistas acima, e em várias
outras, está demonstrado, claramente, que ela fazia parte dos seus ensinos. Mas o mais interessante é a
pergunta: “quem pecou, este ou seus pais, para quenascesse cego?”. Demonstra que os discípulos (judeus)
acreditavam na reencarnação e na lei do Karma (ou Lei de Causa e Efeito). Como o homem em questão
era cego de nascença, sua cegueira só poderia ter sido consequência de um pecado, ou seja, um malefício
praticado por ele, em uma vida anterior, caso a primeira hipótese da pergunta dos discípulos fosse a
verdadeira.
Outra passagem que demonstra a crença dos Judeus na reencarnação, também sem recriminação de
Jesus a esta crença, está em Mateus 16: 13-17 e Marcos 8: 27-30:
"Jesus, tendo vindo para os lados de Cesaréia de Felipe, interrogou seus discípulos e lhes disse:
que dizem os homens quanto ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou? Eles lhe
responderam: Alguns dizem que sois João Batista, outros Elias, outros Jeremias ou algum dos profetas.
Jesus lhes disse: E vós outros, quem dizeis que eu sou? Simão Pedro, tomando a palavra, lhe disse: Vós
sois o Cristo, o Filho de Deus vivo. Jesus lhe respondeu: Sois bem aventurado, Simão, filho de Jonas,
porque não foi nem a carne nem o sangue que vos revelaram isso, mas meu Pai que está nos céus".
Para um maior aprofundamento no assunto tratado neste texto, remetemos o leitor a duas excelentes
obras:“Analisando as Traduções Bíblicas”, de Severino Celestino da Silva, Editora Núcleo Espírita
Bom Samaritano, e“Visão Espírita da Bíblia”, de J.Herculasno Pires, Editora Correio Fraterno.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
5 PIRES, José Herculano. Visão espírita da Biblia. São Paulo: 6 ed.Correio Fraterno [2009];
Dissemos certos membros, porque essa opinião não é compartilhada por todos os que
adotam as denominações religiosas supracitadas. Os que realmente conhecem a Bíblia e o
Espiritismo, em sua essência e significado, pensam diferente.
Outros exemplos:
O Pastor Nehemias Marien, em sua obra "Jesus, A Luz da Nova Era", nos diz: " A
doutrina Espírita é essencialmente cristã e tem o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. O
espiritismo deve ser entendido como um dos mais caudalosos afluentes do cristianismo. A
mediunidade é um fenômeno que se observa em toda a Bíblia, através dos textos nela
psicografados. nela, os redatores sagrados se manifestam como amanuenses do Espírito: não
escreveram de si mesmos mas inspirados pelo Espírito de Deus, afirma o apóstolo Paulo."
O Padre François Brune escreveu o best seller “Os Mortos nos Falam”, um livro
sobre transcomunicação instrumental;
O Papa João Paulo II, diante de mais de 20.000 pessoas presentes na Basílica de São
Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse:
“O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não
está limitada pelos horizontes do mundo.”
Agora, poucas pessoas se lembram, mas essa declaração foi amplamente publicada
nos jornais Italianos da época.
“Segundo o catecismo moderno, Deus permite aos nossos caros defuntos, que vivem
na dimensão ultraterrestre, enviar mensagens para nos guiar em certos momentos de nossa
vida. Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal a Igreja decidiu
não mais proibir as experiências do diálogo com os trespassados, na condição de que elas
sejam levadas com uma finalidade séria, religiosa, científica.” (Ver o texto “Igreja Católica
Reconhece Comunicação com os Espíritos”, neste blog.)
“A Bíblia é o livro mais lido no ocidente e um dos mais aceitos do mundo. Nós
acreditamos, plenamente, nas verdades existentes em suas páginas, mas, não nas alterações
que nela fizeram os homens. Muita coisa foi perdida em sua tradução e, por essa razão,
precisa ser melhor analisada.
Sabemos que possui um conteúdo moral e sobretudo ecumênico, uma vez que aí não é
citada nenhuma religião. Na primeira Aliança (Velho Testamento), predomina o monoteísmo,
condução do povo para um único Deus. Nos Evangelhos (Segunda Aliança), encontramos Jesus
ensinando os mais lógicos princípios de moral e espiritualismo sem, no entanto, evidenciar
qualquer religião, a não ser afirmando que não viera destruir a lei nem os Profetas,
representação do judaísmo, que era a sua religião.
Durante muito tempo, nós temos convivido com as informações dos textos bíblicos
que nos são trazidas por tradutores ocidentais e sobretudo por tradutores não espíritas. O
resultado é que ficamos à mercê dos que nos transmitem conceitos, dentro de suas
interpretações pessoais. Temos ainda o desprazer de conviver com as informações
tendenciosas que cada um coloca em suas traduções bíblicas, fazendo uma exegese
puramente pessoal e informando, categoricamente, que a Bíblia condena o Espiritismo.
A Bíblia passou por muitas fases até chegar ao seu estágio atual. Desde a sua língua
original até chegar ao Ocidente, passou do hebraico para o grego na famosa tradução dos
Setenta (LXX – Septuaginta), daí para o Latim com a Vulgata de São Jerônimo, depois para os
diversos idiomas ocidentais e, finalmente, para o português até as nossas mãos.
E a única resposta encontrada é esta: a questão pessoal que cada corrente religiosa
coloca em sua tradução.
Não é difícil concluir que houve uma desnaturação dos conceitos mais evidentes da
Bíblia, adulterando-se a sua verdadeira essência.
Na verdade, a Bíblia, em sua língua original, não condena o Espiritismo, pois este nem
existia na época em que os profetas receberam os seus livros sagrados.
Fica fácil deduzir quem foram os responsáveis por estas introduções tendenciosas nos
textos sagrados.
Na questão 1009 do Livro dos Espíritos, Platão faz referência á necessidade de que se
faça uma consulta aos textos sagrados em suas fontes originais, mostrando que os Gregos, os
Latinos e os Modernos não deram a mesma significação aos textos originais hebraicos, em
específico com relação às penas eternas.
O rabino Moshe Grylak afirma, em sua obra “Reflexões da Torá”, que não é possível,
para nenhum de nós, avaliar os eventos bíblicos, pois a distância física e de tempo impede
uma avaliação objetiva e abrangente.
Como pode alguém julgar com tanta veemência textos do passado, adaptando-os às
realidades do presente, bem como às suas crenças e convicções pessoais?
Os textos das sagradas escrituras, em sua língua original, o hebraico, não possuem,
em nenhuma de suas páginas, condenação à Doutrina Espírita ou a qualquer outro princípio
religioso. Todos sabem disto, inclusive seus tradutores. As citações que usam com referência
à Doutrina Espírita são de livre responsabilidade deles.
Diante do que encontramos nos textos traduzidos, podemos concluir que, se eles
conhecem os textos, não conhecem o Espiritismo e ainda possuem tendência contra a
Doutrina Espírita, o que é lamentável, pois sabemos que o próprio Cristo perdoou as
“prostitutas” e os “Zaqueus” da vida.
No entanto, podemos observar ao longo da história que nossos irmãos tradutores ainda
não aprenderam a respeitar aqueles que fazem parte de outro credo religioso, ainda que seja
este, um credo Cristão.
Os homens criaram, através dos tempos, conceitos e adaptações dos textos bíblicos às
suas conveniências pessoais. E o resultado é que, ainda hoje, são encontradas, no ocidente,
muita discrepância, discordância e derivações da Bíblia. Começa pela diferença entre a Bíblia
católica com 73 livros e a Protestante com 66, quando a Bíblia hebraica tem apenas 39 livros.
Além disso, temos ainda as seguintes Bíblias conhecidas em nossa língua: A Bíblia
Sagrada, traduzida em português por João Ferreira de Almeida (Sociedade Bíblica do Brasil)
que é a mais aceita pelos protestantes, a Bíblia de estudo Pentecostal, (Assembléia de Deus,
baseada também na tradução de João Ferreira de Almeida), a Tradução do Novo Mundo das
Escrituras Sagradas (Testemunhas de Jeová), a Bíblia de Jerusalém (traduzida por exegetas
Católicos e Protestantes), a Bíblia Tradução Ecumênica (traduzida por estudiosos de diversas
confissões cristãs e do Judaísmo). Cada uma delas diz ser a mais correta e a mais digna de fé
de ofício.”
Em sua obra, Severino Celestino segue nos informando sobre a história das traduções
da Bíblia e analisando, baseado em seu amplo conhecimento do hebraico, várias passagens da
mesma, principalmente aquelas que, normalmente, são utilizadas para atacar o Espiritismo.
Demonstra-nos que ela está repleta de fenômenos mediúnicos, seja no Velho, seja no Novo
Testamento. Obra de leitura obrigatória, tanto para espíritas quanto para não espíritas que se
interessam pelo estudo da Bíblia em seu texto original.
A tradução da 35ª. Edição da Bíblia, realizada pelo centro Bíblico Católico, Editora
Ave Maria, para esse versículo, é a seguinte: ‘Qualquer homem ou mulher que evocar os
espíritos ou fizer adivinhações, será morto. Serão apedrejados, e levarão a sua
culpa’.(tradução incorreta).
Observe que não existe harmonia nas traduções acima e nas por nós aqui
apresentadas, além de uma tendência natural e proposital de condenação ao ‘Espiritismo e
aos médiuns”, por parte dos seus tradutores, colocando palavras que, como já demonstramos,
não existerm no texto original.
Aos espíritas?
Certamente Moisés se refere aos ‘Benei Israel’, filhos de Israel, ou povo de Israel. E a
que terra prometida por Deus se refere Moisés?
Ora, se estas recomendações foram dirigidas aos filhos de Israel ou Hebreus, nós,
espíritas, 4.000 anos depois, não temos a menor responsabilidade sobre esse fato, pois por
acaso, recebemos de Moisés a incumbência de ir para a terra prometida?
"A lei do senhor é perfeita, reconforta a Alma". Bíblia católica -Editora Ave Maria.
"A lei de Iahvéh é perfeita, faz a vida voltar". Bíblia de Jerusalém, Edições
Paulinas.
"A lei do Senhor é perfeita, ela dá a vida". A Bíblia Tradução Ecumênica. Edições
Loyola, 1994.
"A lei de Iahvéh é perfeita, faz a vida voltar; o testemunho de Iahvéh é firme,
torna o sábio simples". Tradução da Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas, São Paulo 1985."
"[...] Por que tantas divergências de significado para uma única frase? Qual é o real
significado desta frase? E o que leva os tradutores a se perderem tanto?
Como explicar esta falta de unanimidade de entendimento ou, ainda, por que esta
tendência de ocultar ou mudar o sentido original do texto? Especificamente, neste caso, onde
o significado literal da frase é "retorno do espírito".
"Os ensinamentos de Iahvéh são perfeitos, fazem o espírito voltar ou fazem com
que o espírito volte".
Onde estão os originais do novo testamento, que foi escrito nos séculos I e II? Existem
apenas alguns fragmentos do evangelho de João, datado do ano 125, e outro, mais completo,
do ano 200. O que temos são cópias das cópias das cópias, e em grego antigo, que não é a
língua original dos apóstolos, supostos escritores. O número delas, atualmente, chega a mais
de cinco mil. Além disso, as cópias existentes são bastante contraditórias entre si, com claros
sinais de adulteração pelos copistas (monges e escribas, que executavam este trabalho
manualmente), seja acidental ou intencionalmente, para favorecer a interpretação desta ou
daquela corrente ideológica, uma vez que é sabido que, no início, existiram vários
cristianismos. Como exemplos de correntes cristãs primitivas, temos os ebionitas, os
marcionitas, os gnósticos, os cátaros, os borgomitas e aqueles que podemos chamar de
ortodoxos, dos quais originou-se a atual igreja Católica (Ver o texto “Quem é Jesus?”, neste
blog).
Conforme nos diz J.Herculano Pires, em seu excelente livro “Visão Espírita da
Biblia”:
“O estudos bíblicos se processam no mundo em duas direções diversas: há o estudo
normativo dos institutos religiosos, ligados às várias igrejas, que seguem as regras de
hermenêutica e a orientação de pesquisas destas igrejas; e há o estudo livre dos institutos
universitários independentes, que seguem os princípios da pesquisa científica e da
interpretação histórica. O espiritismo não se prende a nenhum dos dois sistemas, pois sua
posição é intermediária. Reconhecendo o conteúdo espiritual da Bíblia, o Espiritismo a estuda
à luz dos seus princípios, em harmonia com os métodos da antropologia cultural e dos estudos
históricos.”
“[...] A origem mediúnica das religiões é hoje uma tese provada pelas pesquisas
antropológicas e etnológicas. Só os materialistas a rejeitam.”
“[...] A origem da Bíblia é um capítulo natural desse processo geral que originou as
religiões.” (Ver o texto “O que são médiuns? – Parte 2”, neste blog)
“[...] mas não pense o leitor que são os espíritas que afirmam a origem mediúnica da
Bíblia. Quem afirmou foi o apóstolo Paulo, quando declarou peremptoriamente: ‘Vós
recebestes a lei por ministérios de anjos’, isto em Atos, 7:53, explicando ainda em Hebreus
2:2: ’Porque a lei foi anunciada pelos anjos’, e confirmando na mesma epístola, 1:14:
’Espíritos são administradores, enviados para exercer o ministério’. Antes, em Hebreus, 1:7,
Paulo, depois de advertir que deus havia falado de muitas maneiras aos profetas, acrescenta:
‘Sobre os anjos, diz: o que faz os seus anjos espíritos e os seus ministros chamas de fogo.’
Está claro que os anjos são espíritos, reveladores das leis de Deus aos homens, como
diz o Espiritismo. Paulo vai mais longe, afirmando em Atos 7:30-31, que Deus falou a Moisés
através de um anjo na sarça ardente. Veja-se o que ficou dito acima: os anjos são espíritos,
ministros de Deus, que o faz chama do fogo, nas aparições mediúnicas.”
“[...] O ministério dos anjos, esse ministério divino, a que o apóstolo Paulo se referiu
tantas vezes, é exercitado através da mediunidade (Ver o texto “O Que são Médiuns?”, neste
blog). A própria Biblia nos relata uma infinidade de comunicações mediúnicas. Veja-se, por
exemplo, as palavras do rei Samuel, em provérbios, 31:1-9, que, segundo o texto bíblico, são
‘a profecia com que lhe ensinou sua mãe’. Temos ali uma comunicação espírita integralmente
reproduzidas na Bíblia. A mãe do rei Samuel (não em forma de anjo, mas na sua própria forma
humana) aparece ao Rei e lhe dita a mensagem.
Só os que não conhecem os fenômenos espíritas podem aceitar que ali se deu um
milagre, um fato sobrenatural." (Ver o texto “O Que são Médiuns?”, neste blog)
5 PIRES, José Herculano. Visão espírita da Biblia. São Paulo: 6 ed.Correio Fraterno [2009];
6 EHRMAN, Bart D.O Problema Com Deus: as respostas que a Bíblia não dá ao sofrimento. Rio
de Janeiro, Editora Agir, 2008;
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.igrejacatolicacarismatica.org.br/artigos99.htm
http://www.febnet.org.br/site/noticias.php?CodNoticia=658
O QUE SÃO MÉDIUNS? - PARTE 2
No texto anterior, de título “O Que São Médiuns?”, neste blog, abordamos o conceito
e os tipos de médiuns.
Vamos tratar agora a respeito da mediunidade através dos tempos, o que demonstra,
claramente, sua universalidade. Conforme o Espírito Emmanuel, pela psicografia do médium
Francisco Cândido Xavier, a mediunidade natural praticada sem a orientação que o Espiritismo
faculta, deve ser chamada de mediunismo.
“O fato de que em todos os tempos e em todos os povos esteve viva a crença em algo
invisível, que sobrevive à morte do corpo, e que, sob o influxo de condições especiais, pode
manifestar-se aos nossos sentidos, torna-nos propensos a aceitar a hipótese espiritista.
E essa mesma crença nós a encontramos ainda junto de todos os povos selvagens,
mesmo entre aqueles que têm de Deus uma idéia extremamente vaga, ou não na têm de
maneira alguma”
“ Os Awemba do centro da África creem que os Espíritos dos mortos (Mipashi) vagam
nos bosques onde foram inumados; algumas vezes, encarnam no corpo de uma serpente, ou
aparecem aos crentes, no sono, porém mais frequentemente estão em relações com os vivos
por meio de mulheres magas; estas tomam o nome e imitam os gestos do morto, entregam-se
á dança sagrada, caem em êxtase, proferindo palavras que só o mago-médico interpreta, e dão
indicações úteis aos guerreiros e aos caçadores.
No Taiti e nas ilhas Marianas, os nativos acreditam que os Espíritos antigos velam
sobre eles continuamente.”
“[...] Os esquimós crêem nos Espíritos, o mais poderoso é Torgarsuk, que tem sob sua
autoridade um exército de gênios inferiores, muitos deles a serviço dos magos.”
Julgar uma religião, apenas levando em consideração o seu aspecto exterior, será o
mesmo que apreciar o valor moral de uma pessoa por suas vestes. Analisando o aspecto
interior destas religiões, observaremos que todos os ensinamentos estão ligados entre si como
uma única doutrina básica, que os homens trazem intuitivamente, desde um passado
longínquo. Vamos observar alguns aspectos interessantes das religiões do passado.
Índia
Na Índia, berço de todas as religiões da Humanidade, temos o Livro dos Vedas, datado de
aproximadamente 1.500 a.C., que tem sido reconhecido como o mais antigo código religioso
da Humanidade; são quatro livros cujo conteúdo principal são cânticos de louvor. Os
Brâmanes, seguidores dos Vedas, acreditam que este código religioso foi ditado por BRAHMA.
Nos Vedas encontramos afirmativas claras sobre imortalidade da alma e a recriação:
"Há uma parte imortal no Homem, o AGNI, ela é que é preciso rescaldar com teus raios,
inflamar com os teus fogos(...).
(...)Assim como se deixam as vestes gastas, para usar novas vestes, também a alma deixa o
corpo usado para recobrir novos corpos."
Ainda na Índia, encontramos KRISHNA, educado por ascetas nas florestas do cume do
Himalaia, inspirador de uma doutrina religiosa, na verdade um reformulador da Doutrina
Védica. Deixa claro a idéia da imortalidade da alma, as reencarnações sucessivas, e a
possibilidade de comunicação entre vivos e mortos:
"O corpo envoltório da alma, que nele faz sua morada, é uma coisa finita, porém a alma que o
habita é invisível, imponderável e eterna."
"Todo renascimento feliz ou infeliz é conseqüência das obras praticadas em vidas anteriores."
Estes são alguns aspectos dos ensinamentos de KRISHNA, que podem ser encontrados nos
livros sagrados, conservados nos santuários ao sul do Industão.
Também na Índia, 600 a.C., vamos encontrar Sidartha Gautama, o Buda, filho de um rei da
Índia, que certo dia saindo do castelo, onde até então vivera, tem contato com o sofrimento
humano e, sendo tomado de grande tristeza, refugia-se nas florestas frias do Himalaia e, de-
pois de aproximadamente 15 anos de meditação, retorna trazendo para a Humanidade uma
nova crença, toda baseada na caridade e no amor:
"Enquanto não conquistar o progresso (Nirvana) o ser está condenado a cadeia das existências
terrestres."
"Durante este estado, o Espírito entra em comunicação com as almas que já deixaram a Terra."
Egito
No Egito, o culto aos mortos foi muito praticado. As Ciências psíquicas atuais eram
familiares aos sacerdotes da época; o conhecimento das formas fluídicas e do magnetismo
eram comuns. O destino da alma, a comunicação com os mortos, a pluralidade das existências
da alma e dos mundos habitados eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos.
Egiptólogos modernos, estudando as pirâmides, os túmulos dos faraós, os papiros, deixam
claro todos estes aspectos reconhecendo a grande sabedoria deste povo. Como em outras
religiões, apenas os iniciados conheciam as grandes verdades, o povo, por interesse de poder
dos soberanos, praticamente mantinha-se ignorante a este respeito.
China
Na China, vamos encontrar Lao-Tsé e Confúcio, 600 a 400 a.C., que com os seus discípulos
(iniciados), mantinham no culto dos antepassados a base de sua fé. Neste culto, a idéia da
imortalidade e a possibilidade da evocação dos mortos era clara.
Israel
"Que ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a
verdade."
Estudando a vida de Moisés, vemos que ele era possuidor de uma mediunidade fabulosa que
possibilitou o recebimento dos "Dez Mandamentos", no Sinai, que até hoje representa a base
dos códigos de moral e ética no mundo.
Grécia
Na Grécia, a crença nas evocações era geral. Vários filósofos, desta progressista
civilização, se referem a estes fatos: Pitágoras (600 a.C.) Astófanes, Sófocles (400 a.C.) e a
maravilhosa figura de Sócrates (400 a.C.). A idéia da unicidade de Deus, da pluralidade dos
mundos habitados e da multiplicidade das existências era por eles transmitidas a todos os seus
iniciados. Sócrates, o grande filósofo, aureolado por divinas claridades espirituais, tem uma
existência que em algumas circunstâncias, aproxima-se da exemplificação do próprio Cristo:
"A alma quando despida do corpo, conserva evidentes, os traços de seu caráter, de suas
afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos de sua vida."
Jesus
Jesus, o Médium de Deus, teve sua existência assinalada por fenômenos mediúnicos
diversos. O Novo Testamento traz citações claras e belas de mediunidade em suas mais
diferentes modalidades.
Idade Média
A Idade Média foi uma época em que o estudo mais profundo da religião era praticado
apenas por sociedades ultra-secretas. Milhares de vidas foram sacrificadas sob a acusação de
feitiçaria, por evocarem os mortos.
Nesta época, tão triste para a Humanidade, em vários aspectos, podemos citar como
uma grande figura, Joana D'arc, que guiando o povo francês, sob orientação de "suas vozes",
deixou claro a possibilidade da comunicação entre os vivos e os mortos.”
O Espiritismo
Foi no século XIX (1848), na pacata cidade de Hydesville, no estado de New York (EUA), na
casa da família Fox, que o fenômeno mediúnico começaria a ser conhecido em todo o mundo.
Chegara o momento em que todos as coisas deveriam ser reestabelecidas. Foi quando surgiu
no cenário terrestre, aquele que deu corpo à Doutrina dos Espíritos: Hippolyte Léon Denizar
Rivail, ou ALLAN KARDEC, como ficou conhecido.
Em 1855, com a idade de 51 anos, Kardec iniciou um trabalho criterioso e científico sobre
o fenômeno mediúnico e após alguns anos de estudos sistematizados lançou, em 18 de abril
de 1857, O Livro dos Espíritos; em 1859 - O Que é o Espiritismo; em 1861 - O Livro dos
Médiuns; em 1864 - O Evangelho Segundo o Espiritismo; em 1865 - O Céu e Inferno e em 1868
- A Gênese.
Como médium, o Espírito reencarna para trazer consolo, através de mensagens dos
desencarnados a seus familiares, para auxiliar na evolução dos encarnados através de
comunicações que recebem dos desencarnados, que contam suas experiências no Mundo
Espiritual e trazem mensagens instrutivas de uma forma geral. Também auxiliam no
tratamento espiritual, ao receber instruções dos mentores espirituais e possibilitam que um
doutrinador encarnado entre em contato com Espíritos desequilibrados que obsediam, muitas
vezes por vingança, os encarnados. Visando esclarecê-los, aconselhando-os a seguir o melhor
caminho, o do perdão, fazem com que eles desistam da ação obsessiva. Trazem, assim, grande
alívio às suas vítimas.
Contudo, conforme a obra supracitada, raros são os médiuns que cumprem a contento
a missão sagrada que lhes foi confiada, não exercendo a disciplina e a seriedade que o trabalho
exige, ou sequer iniciando este trabalho.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores: espiritismo
experimental. Rio de Janeiro: FEB, [1997].
2 ______________O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB,
[1995].
3 LOMBROSO, Césare. Hipnotismo e mediunidade. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1990].
4 DOYLE, Arthur Conan (Sir). História do espiritismo. São Paulo: Pensamento, [1999].
5 XAVIER, Francisco Cândido; LUIZ, André (Espírito). Os Mensageiros. 19 ed. Rio de Janeiro:
FEB, [1985].
ENDEREÇO ELETRÔNICO:
www.palestras.diversas.com.br/.../educação%20mediunica.doc
O QUE SÃO MÉDIUNS?
Assim como o corpo físico nos serve para transitar pelo mundo material, percebê-lo e
interagir com ele, da mesma forma, o corpo espiritual nos serve como veículo e meio de
interação com o mundo espiritual, assumindo a forma do corpo físico que tivemos em nossa
última encarnação (Espíritos que já atingiram certo grau evolutivo podem dar a seu corpo
espiritual a forma que desejarem).
Contudo, apenas quando desencarnado, isto é, após a morte, ele pode perceber o
mundo espiritual, pois, uma vez estando ligado a um corpo físico, ele só percebe através deste,
pelos cinco sentidos, as impressões do mundo material. A exceção a esta regra
são os médiuns, que, devido à sua organização cerebral, possuem certo grau de liberdade e,
assim, podem perceber o mundo espiritual mesmo estando encarnados, conforme o seu tipo,
ou tipos, de mediunidade, e do quanto esta está desenvolvida. O único tipo de percepção que
todos os Espíritos encarnados possuem, sem exceção, relativamente ao mundo espiritual,
é a intuição. É através dela que recebemos sugestões dos Espíritos desencarnados, sejam eles
bons ou maus, e que, muitas vezes, tomamos como se fossem nossos próprios pensamentos.
Dessa forma, todos nós somos médiuns inspirados.
Materialização do Espírito Katie King, pela mediunidade de Florence Cook, ao lado do famoso
cientista inglês William Crookes (Fonte da imagem: http://www.portalnet.cl/comunidad/cementerio-de-
temas.635/745703-la-materia-de-los-espiritus.html)
No Capítulo XIV, Nº159, de “O Livro dos Médiuns”, temos: “ Todo aquele que sente,
num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é
inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são
as pessoas que dela não possuem alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais
ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em que a faculdade
mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade,
o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso,
que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm
uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam
tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns
de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos
videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou
psicógrafos.
Médiuns sensitivos: pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos, por uma
impressão geral ou local, vaga ou material. A maioria dessas pessoas distingue os Espíritos
bons dos maus, pela natureza da impressão.
‘Os médiuns delicados e muito sensitivos devem abster-se das comunicações com os
Espíritos violentos, ou cuja impressão é penosa, por causa da fadiga que daí resulta.’
‘Qualquer que seja essa vontade, eles nada podem, se os Espíritos se recusam, o que
prova a intervenção de uma força estranha.’
Médiuns excitadores: pessoas que têm o poder de, por sua influência, desenvolver nas
outras a faculdade de escrever.
Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos espíritos. Muito comuns.
Médiuns inspirados: aqueles a quem, quase sempre mau grado seu, os Espíritos
sugerem idéias quer relativas aos atos da vida ordinária, quer com relação aos grandes
trabalhos da inteligência.
Médiuns de pressentimentos: pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição
vaga das coisas vulgares que ocorrerão no futuro.
Esclarecendo: deste último tipo de médium, existem os mecânicos, cuja mão recebe
um impulso involuntário, não tendo o médium consciência do que escreve; semimecânicos,
com impulso involuntário da mão, mas que têm consciência do que estão escrevendo; e
os intuitivos, que recebem inspiração dos Espíritos e cuja mão é conduzida voluntariamente
pelo médium.
Podemos incluir na lista os Médiuns de incorporação, que são aqueles cujo corpo físico
é, temporariamente, controlado pelo Espírito comunicante, que fala, se movimenta e percebe
o ambiente ao seu redor através dele.
Nas palavras de J. Herculano Pires, grande escritor espírita, Chico Xavier era um “ser
interexistencial”, pois possuía vários dos tipos de mediunidade acima citados. Tendo
psicografado mais de 400 livros e inúmeras cartas, por diversos Espíritos, forneceu um
volumoso conjunto de provas da sobrevivência. Em alguns de seus livros, antecipou
descobertas científicas que só seriam anunciadas muitos anos depois, e em suas diversas
cartas psicografadas, haviam detalhes fornecidos pelos falecidos, às vezes coisas muito
íntimas, que só os parentes poderiam ter conhecimento, consolando muitos familiares
saudosos. Inclusive ocorreram casos de cartas ditadas em outras línguas, desconhecidas do
médium (ver o texto “Existe Vida Após a Morte?” neste blog). É fato digno de nota que Chico
Xavier vendeu mais de 50 milhões de exemplares dos seus livros, porém toda a renda foi
revertida para instituições de caridade, pois o médium fazia questão de sobreviver apenas da
sua aposentadoria como ex-funcionário do Ministério da Agricultura, vivendo modestamente
até seu desencarne. Como ele mesmo dizia: “Estas obras não me pertencem. Pertencem aos
Espíritos que as ditaram.”
http://nucleoespiritaverbodeluz.blogspot.com.br/
Continuando este texto, ver "O Que São Médiuns? - Parte 2", neste blog.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].
Na pergunta Nº 368 de “O Livro dos Espíritos”, temos: “Após sua união com o corpo,
exerce o Espírito, com liberdade plena, suas faculdades?”
Resposta: “O exercício das faculdades depende dos órgãos que lhes servem de
instrumento. A grosseria da matéria as enfraquece”
Na pergunta Nº 369, temos: “O livre exercício das faculdades da alma está subordinado
ao desenvolvimento dos órgãos?”
Na pergunta Nº 373, temos: “Qual será o mérito da existência de seres que, como os
cretinos e os idiotas, não podendo fazer nem o bem nem o mal, se acham incapacitados de
progredir?”
a) – “Pode assim o corpo de um idiota conter um Espírito que tenha animado um homem de
gênio em precedente existência?”
Resposta: “Certo. O gênio se torna por vezes um flagelo, quando dele abusa o homem.”
Comentário de Kardec: “A superioridade moral nem sempre guarda proporção com a
superioridade intelectual e os grandes gênios podem ter muito o que expiar. Daí,
frequentemente , lhes resulta uma existência inferior à que tiveram e uma causa de
sofrimentos. Os embaraços que o Espírito encontra para suas manifestações se lhe
assemelham às algemas que tolhem os movimentos a um homem vigoroso. Pode dizer-se que
os cretinos e os idiotas são estropiados do cérebro, como o coxo o é das pernas e dos olhos o
cego.”
E, na pergunta Nº 374: “Na condição de Espírito livre, tem o idiota consciência do seu
estado mental?”
Resposta: “Frequentemente tem. Compreende que as cadeias que lhe obstam o vôo
são prova e expiação.”
E na pergunta Nº 39: “Em que estado se acha o corpo da pessoa cujo Espírito é
evocado?”
Num primeiro momento, Leão avaliou o estado de saúde dos pacientes que compuseram sua
amostra e, seis meses depois, fez novas avaliações. "Embora todos os pacientes tenham obtido
melhoras, o grupo dos vinte que participaram das sessões mediúnicas (que se comunicaram
pelo médium) teve avanços ainda mais significativos do que aqueles que receberam outros
tipos de tratamento espiritual", informa o pesquisador.
A maior parte dos pacientes observados sofrem de deficiências "graves e profundas", como
define Leão. Há muitos casos de paralisia cerebral e cerca de metade deles é acamada. As
idades variam de 4 a 50 anos, e a maioria são adultos jovens.
Critérios
Como método de avaliação dos pacientes, o pesquisador utilizou a Escala de Observação de
Pacientes Psiquiátricos Internados (EOPPI), que considera fatores como desempenho motor,
comunicação verbal, dificuldade em se realizar tarefas cotidianas e a ocorrência de sintomas
de delírio. "Estatisticamente, os vinte participantes das sessões mediúnicas obtiveram
melhoras consideráveis, que estão fora do campo do acaso",
conta Leão.
Como os pacientes não sabiam de sua participação nessas sessões, aponta o pesquisador, deve
ser excluído o efeito placebo (efeito psicológico de melhora ocasionado pelo simples
conhecimento de que se está recebendo um determinado tratamento). Era preciso observar a
incorporação do médium e somente então identificar o paciente que supostamente se
expressava. Os que acreditam nessa possibilidade de comunicação apostam que, ao falar de
suas angústias e problemas, os pacientes obtêm benefícios psicoterápicos.
Hipóteses e objetivos
Para explicar os efeitos do tratamento espiritual, Leão levanta a hipótese de que as melhoras
correspondem às práticas da instituição, embora ela não explique a maior eficiência
terapêutica das sessões mediúnicas. O fato de os funcionários, devido à sua formação
religiosa, tratarem os pacientes com maior atenção e humanismo, por exemplo, pode ser um
dos fatores que auxiliam no tratamento. Reforça essa hipótese a constatação de que todos os
pacientes submetidos a qualquer prática espiritual tiveram melhoras em seu quadro clínico
quando comparados àqueles que receberam apenas o tratamento convencional.
O médico destaca que o principal objetivo de seu trabalho é incentivar novos estudos na área.
"A expectativa é estimular análises mais detalhadas, que considerem um período maior de
observação e trabalhem também com instituições não-religiosas", afirma.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.usp.br/agen/bols/2004/rede1514.htm
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s1/54.html
OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESPIRITISMO
A Doutrina Espírita, cuja codificação foi realizada por Allan Kardec sob a
orientação e supervisão dos Espíritos Superiores (Ver o texto “O Início do Espiritismo Parte
2– a Codificação”, neste blog), possui os seguintes princípios básicos:
A existência de Deus;
A imortalidade da alma;
A comunicabilidade do Espíritos;
A Reencarnação;
A EXISTÊNCIA DE DEUS
Na pergunta nº 1 de "O Livro dos Espíritos", temos: - Que é Deus?
- Resposta: "Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa.
Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá."
Kardec faz um comentário: " Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as
obras da criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é
negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa."
- Resposta: "Outro absurdo! Que homem de bom senso pode considerar o acaso um ser
inteligente? E demais, que é o acaso? Nada."
Viu que o Universo possui vários bilhões de galáxias, tendo surgido de uma explosão
de matéria e energia superconcentrada há cerca de 13 bilhões de anos atrás (o Big Bang).
Com o decorrer do tempo, nosso Universo está sofrendo uma expansão. Contudo, se a
intensidade da gravidade fosse um pouquinho maior, ele se contrairia, sofrendo um colapso,
não deixando tempo para que a vida se desenvolvesse. Sendo fraca demais, ocorreria a
expansão, porém não se formariam estrelas ou galáxias para abrigar a vida.
Caso a força elétrica entre elétrons diferisse um pouco, a vida como a conhecemos não seria
possível;
A existência de elementos químicos mais pesados (como o carbono, base da vida como a
conhecemos);
Enfim, tudo no universo mostra uma fina sintonia para o surgimento da vida em suas
formas mais complexas. Água e moléculas orgânicas, por exemplo, são comuns no universo. O
próprio surgimento da vida, com toda a sua sofisticada organização e imensa complexidade
(principalmente a nível molecular), bem como sua evolução, até hoje, são enigmas. Para
evoluir até o homem, ela passou por misteriosos saltos evolutivos entre as espécies (o que
pode ser demonstrado nas numerosas lacunas nos registros fósseis da história da vida na
Terra) que não podem ser explicados pelo acaso. A esse respeito só existem teorias um tanto
especulativas, que contam com eventos aleatórios de baixíssima probabilidade, baseadas no
materialismo.
Na pergunta Nº 13, temos: “Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável,
imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom, temos idéia completa de seus
atributos?
Resposta: “Do vosso ponto de vista, sim, porque credes abranger tudo. Sabei, porém,
que há coisas que estão acima da inteligência do homem mais inteligente, as quais a vossa
linguagem, restrita às vossas idéias e sensações, não tem meios de exprimir. A razão, com
efeito, vos diz que Deus deve possuir em grau supremo essas perfeições, porquanto, se uma
lhe faltasse, ou não fosse infinita, já ele não seria superior a tudo, não seria, por conseguinte,
Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de qualquer
vicissitude e de qualquer das imperfeições que a imaginação humana possa conceber.”
Comentário de Kardec:
“Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria
sido criado por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à
eternidade.
É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos
matéria. De outro modo, ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da
matéria.
É único. Se muitos Deuses houvesse, não haveria unidade de vistas, nem unidade de
poder na ordenação do Universo.
A Doutrina Espírita vem nos revelar que somos Espíritos. Ser Imortal, fonte
dainteligência, memória, sensações, emoções, personalidade e vontade do ser humano.
Muito além do corpo físico, que nada mais é do que uma veste, que é trocada quando
necessário. Com o potencial de atingir níveis de inteligência e moralidade cada vez maiores, ou
seja, de evoluir.
A primeira conclusão que podemos tirar, a partir dos atributos de Deus, é a respeito
da imortalidade do Espírito. Ora, se considerarmos que Deus é todo-
poderoso e soberanamente justo e bom, jamais poderíamos conceber que ele criaria seres
conscientes que, levando toda uma vida de sofrimentos, seriam jogados no nada após a morte
(imagine uma criança com câncer e os pais dela, por exemplo). Estes seres seriam criados
apenas para sofrer e depois desaparecer? Sem nada ter feito para merecer tal punição ou
sequer ter direito a uma compensação futura? Assim, Deus jamais seria bom, e sim um sádico,
que se diverte ao assistir os sofrimentos de seus filhos, apenas tendo-os criado para essa
finalidade, ou seria bastante indiferente com sua criação. Sendo todo-poderoso, poderia
eliminar os sofrimentos, aliás, poderia impedir qualquer sofrimento desde o início. Mas, neste
caso, poderia o leitor perguntar: porque Deus, então, permite o sofrimento das suas criaturas
se Ele é bom, mesmo admitindo que o Espírito é imortal? Há uma explicação lógica, sim, pois
Deus não faria tal coisa se isto não se revertesse em algo bom, no futuro, para o Espírito, o
que torna necessária a continuidade da existência do mesmo (falaremos sobre isto mais
adiante). Imagine, além disso, tudo o que se aprende ao longo da vida, os conhecimentos
laboriosamente conquistados, as afeições que adquirimos pelas pessoas (pelos nossos entes
queridos, por exemplo), tudo isso jogado no nada após a morte. Sendo justo, jamais deixaria
que uns sofressem tanto ao longo da vida, enquanto outros praticamente nada sofrem,
permitindo que, ao final, todos eles deixem de existir. De fato, seria inconcebível.
Portanto, podemos concluir, com base nos atributos de Deus, que o Espírito
é imortal, e isto não considerando uma volumosa quantidade de provas da sobrevivência.
O Espiritismo nasceu do estudo de fenômenos que não se encaixam nas leis naturais
conhecidas pela ciência oficial. Inicialmente, os fenômenos estudados foram a ocorrência de
pancadas de origem desconhecida em móveis, paredes, teto, etc., (tiptologia), e logo em
seguida o das “mesas girantes”, objetos que levitavam e davam pancadas no chão sem que
ninguém, nem nada conhecido, os movesse. Os fenômenos supracitados chamaram a atenção
de muitos cientistas e pesquisadores (como ocorreu com Allan Kardec) que, curiosos em
relação às causas dos mesmos, resolveram empregar métodos que pudessem ligá-los a
causas naturais ou à fraude.
genéricas;
A REENCARNAÇÃO
- Porque uns sofrem tanto (por exemplo, uma criança com câncer e os seus pais), sem
nada terem feito nessa vida que o justifique, enquanto outros sofrem tão pouco? ;
- Porque uns nascem na miséria, sem ter o mínimo necessário para desenvolverem-se
física e mentalmente (lembram-se dos miseráveis da Etiópia, por exemplo?), enquanto outros
nascem na abundância? ;
- Porque uns possuem índole tão má, a ponto de torturar e assassinar seu semelhante
com requintes de crueldade, enquanto outros são capazes de sacrificar seu tempo, seu
repouso ou até mesmo de dar a vida para beneficiar outras pessoas, mesmo não sendo
parentes, amigos ou sequer conhecidos? Não podemos dizer que se trata de simples escolhas,
pois se pode facilmente verificar que os sentimentos (ou a ausência deles), motivadores destes
comportamentos, em muitos casos brotam espontaneamente destas pessoas, sem nenhum
esforço da parte delas ;
- Porque uns chegam a viver apenas alguns anos, meses, ou até a morrer no ventre
materno, sem ter podido fazer nem o bem, nem o mal ou aprender qualquer tipo de crença? Se
vão para o céu, porque esse favor, sem que coisa alguma tenham feito para merecê-lo?
Porque tipo de privilégios eles se vêem isentos das tribulações da vida? Se vão para o inferno,
que fizeram para merecê-lo? Porque outros vivem até os 100 anos ou mais, sujeitos às mais
diversas tribulações e tentações da vida?
Vejamos o que disse Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos”, Capítulo V, título –
CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS:
Na segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert de Rochas, que
pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito pessoas, entre 1903 e 1910, através da
hipnose, destacamos a renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e inúmeros
psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris Netherton, Edith Fiore e Brian
Weiss nos Estados Unidos, Roger Woolger na Inglaterra, Patrick Druot na
França, Thorwald Dethlefsen na Alemanha e Hans Tendam na Holanda, além de outros.
A partir do conjunto de todas essas pesquisas, chega-se a uma única conclusão
possível: a reencarnação não é apenas uma teoria, mas um fato amplamente demonstrado.
A reencarnação também aparece nos relatos de muitas pessoas que passaram pelas
chamadas Experiências de Quase-Morte (mais detalhes sobre este fenômeno no meu
texto “As Experiências deQuase-Morte”, neste blog).
Podemos não sentir enquanto estamos no corpo físico, mas, após a morte, temos
nossa sensibilidade bastante aumentada, e é outro o nosso ponto de vista. Nossas
imperfeições, quando estamos no mundo espiritual, são, para nós, como nódoas, manchas em
nosso Espírito, que repercutem em nosso corpo espiritual de diversas formas. O sentimento de
culpa, advindo de nossos erros, castiga nossa consciência (muitas vezes de forma bastante
violenta), que necessita, para seu alívio, reparar o erro cometido. Esta reparação é feita, muitas
vezes, em encarnações onde nos comprometemos a fazer o bem, ajudando aqueles a quem
fizemos mal, ou a outras pessoas, ou voltamos para sofrer da mesma forma que aqueles a
quem prejudicamos.
Quando ainda pouco evoluídos e, dessa forma, pouco capacitados para fazer escolhas
por conta própria, e no intuito de acelerar o processo evolutivo, a espiritualidade superior impõe
aos Espíritos determinados tipo de existência.
Tal mecanismo não possui caráter de castigo, mas tão somente educativo, para
modificar as disposições íntimas do Espírito, que, sabendo aproveitar as reflexões aí
proporcionadas, avança muito na sua evolução moral.
- Resposta: "Não, vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são
as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da
perfeição".
Resposta: “Sim, e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em
inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos fortes
e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais.
Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo.”
Os cientistas já encontraram mais de 600 planetas fora do nosso sistema solar. Hoje,
planetas nas zonas habitáveis são calculados em bilhões só na nossa galáxia, a Via-
láctea. Zona habitável é aquela região em torno da estrela que fica à uma distância na qual os
níveis de radiação permitem a existência de água em estado líquido e a temperatura
adequada, que permitem o surgimento e a manutenção da vida no planeta, tomando-se por
base as formas de vida que conhecemos em nosso mundo. Contudo, é muito provável que a
vida exista sob condições que sequer imaginamos.
Disse o astrônomo Carl Sagan: "deve haver bilhões de trilhões de mundos. Então
porque só nós, jogados aqui num canto esquecido do Universo, seríamos afortunados?".
Também declarou o físico de Harvard, Paul Horowitz: "vida inteligente no Universo? Garantido.
Na nossa galáxia? Extremamente provável." (Ver o texto "A Pluralidade dos Mundos
Habitados 4", neste blog).
Para Robert Jaffe, Alejandro Jenkins e Itamar Kimchi, ligados à Universidade da Flórida
e ao MIT, não se trata mais de responder se existe vida em outras partes do nosso Universo,
mas se há vidas em outros universos além do nosso. Eles acreditam ter elaborado
argumentação suficiente para demonstrar que, teoricamente, outros universos, mesmo muito
diferentes do nosso, podem desenvolver elementos parecidos com o carbono, o hidrogênio e o
oxigênio, o que os possibilita conter formas de vida realmente muito semelhantes à nossa (Ver
os textos “A pluralidade dos mundos habitados – Parte 1, Parte 2 e Parte 3”, neste
Blog).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica. São Paulo: FE,
2002.
2 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].
11 TUCKER, Jim B. Vida antes da vida: uma pesquisa científica das lembranças que as
crianças têm de vidas passadas, 2007;
13 BURGOS, Pedro. Não estamos sozinhos. Superinteressante, São Paulo: Abril, ed. 255,
ago. 2008;
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planetas-zonas-
habitaveis&id=010130120328
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=existirao-vidas-em-outros-
universos&id=010130100319
A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS 3
Nos textos “A Pluralidade dos Mundos Habitados” Parte 1, Parte 2 e este, que
continua a série, procuramos demonstrar o que a ciência, a cada dia, constata com assombro,
à medida em que se sofisticam os métodos de investigação do espaço: a imensidade de
mundos que existem no universo. Isto está de pleno acordo com o que os Espíritos
responsáveis pela transmissão da Doutrina Espírita disseram, em meados do século XIX.
Naquela época, muitos cientistas ainda acreditavam que a formação de planetas em torno de
estrelas, como a que ocorreu com o nosso sol, se devia a um evento raríssimo. O nosso
sistema solar, para eles, talvez fosse o único no universo, fruto de mero acaso cósmico.
O que os astrônomos agora verificaram é que os planetas rochosos não muito maiores que a
Terra são também comuns nas zonas habitáveis em torno das estrelas vermelhas de baixa
luminosidade - o levantamento anterior não era sensível a essa classe de exoplanetas.
A equipe internacional estimou que existem dezenas de bilhões desses planetas - geralmente
chamados de super-Terras - só na nossa galáxia, a Via Láctea, e provavelmente cerca de uma
centena na vizinhança imediata do Sol.
Esta primeira estimativa direta do número de planetas leves em torno das estrelas anãs
vermelhas foi realizada com a ajuda do espectrógrafo HARPS instalado no telescópio de 3,6
metros que se encontra do Observatório do ESO, em La Silla, no Chile.
Anãs vermelhas
A equipe do HARPS está à procura de exoplanetas que orbitam os tipos de estrelas mais
comuns da Via Láctea, as anãs vermelhas - também conhecidas como anãs do tipo M, o que
corresponde ao mais frio dos sete tipos espectrais pertencentes a um esquema simples de
classificação das estrelas segundo a sua temperatura e a aparência do seu espectro.
Essas estrelas apresentam fraca luminosidade e são pequenas quando comparadas com o Sol.
No entanto, são muito comuns e vivem durante muito tempo, correspondendo por isso a 80%
de todas as estrelas da Via Láctea.
"As nossas novas observações obtidas com o HARPS indicam que cerca de 40% de todas as
estrelas anãs vermelhas possuem uma super-Terra que orbita na zona habitável, isto é, onde
água líquida pode existir na superfície do planeta," diz Xavier Bonfils, líder da equipe.
"Como as anãs vermelhas são muito comuns - existem cerca de 160 bilhões de estrelas deste
tipo na Via Láctea - chegamos ao resultado surpreendente de que existirão dezenas de bilhões
destes planetas só na nossa galáxia," completou Bonfils.
Foram encontradas nove super-Terras (planetas com massas compreendidas entre uma e dez
vezes a massa terrestre), incluindo duas no interior das zonas habitáveis das estrelas Gliese
581 e Gliese 667 C.
Por outro lado, planetas de maior massa, semelhantes a Júpiter e Saturno - os chamados
gigantes gasosos -, raramente são encontrados em torno de anãs vermelhas. Prevê-se que
estes planetas gigantes (com massas compreendidas entre 100 e 1.000 vezes a massa
terrestre) apareçam em menos de 12% deste tipo de estrelas.
Muitos vizinhos
Como existem muitas estrelas anãs vermelhas próximo do Sol, esta nova estimativa significa
que existem provavelmente cerca de cem exoplanetas do tipo super-Terra nas zonas
habitáveis de estrelas na vizinhança solar, a distâncias menores que 30 anos-luz.
"A zona habitável em torno de uma anã vermelha, onde a temperatura é favorável à
existência de água líquida na superfície do planeta, encontra-se muito mais próxima da
estrela do que a Terra do Sol," diz Stéphane Udry, membro da equipe. "Mas sabe-se que as
anãs vermelhas estão sujeitas a erupções estelares, o que faria com que o planeta fosse
banhado por radiação ultravioleta e raios-X, tornando assim a vida mais improvável."
Um dos planetas descobertos no rastreio HARPS de anãs vermelhas é o Gliese 667 Cc. Este é o
segundo planeta descoberto neste sistema estelar triplo e parece estar próximo do centro da
zona habitável.
Embora este planeta seja mais de quatro vezes mais pesado do que a Terra, é o "irmão
gêmeo" mais parecido com a Terra encontrado até agora e possui quase com certeza as
condições necessárias à existência de água líquida à sua superfície.
É a segunda super-Terra descoberta no interior da zona habitável de uma anã vermelha
durante este rastreio HARPS, depois de Gliese 581d, anunciado em 2007 e confirmado em
2009.
"Agora que sabemos que existem muitas super-Terras em órbita de anãs vermelhas próximas
de nós, precisamos identificar mais delas utilizando tanto o HARPS como futuros
instrumentos. Espera-se que alguns destes planetas passem em frente das suas estrelas
hospedeiras à medida que as orbitam - o que nos dará uma excelente oportunidade de
estudar a atmosfera do planeta e procurar sinais de vida," conclui Xavier Delfosse, outro
membro da equipe.
Instrumento HARPS
O instrumento HARPS (High Accuracy Radial velocity Planetary Search) mede a velocidade
radial das estrelas com uma precisão extraordinária.
Um planeta que se encontre em órbita de uma estrela faz com que esta se desloque para cá e
para lá relativamente a um observador distante na Terra.
Devido ao efeito Doppler, esta variação na velocidade radial induz um desvio no espectro da
estrela na direção dos maiores comprimentos de onda quando a estrela se afasta (chamado
desvio para o vermelho) e na direção dos menores comprimentos de onda quando esta se
aproxima (desvio para o azul).
Este minúsculo desvio do espectro da estrela pode ser medido por um espectrógrafo de alta
precisão como o HARPS e utilizado para inferir a presença de um planeta.
ENDEREÇO ELETRÔNICO:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planetas-zonas-
habitaveis&id=010130120328
O PASSE ESPÍRITA É ESTUDADO PELA UNIVERSIDADE
“[...] Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe que, em substância, é ato sublime de
fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro.”
O passe está sendo estudado por universidades brasileiras, que comprovaram sua
eficácia, como podemos verificar na reportagem que reproduzimos na íntegra, abaixo:
Pesquisa revela poder da energia liberada pelas mãos
Energia liberada pelas mãos consegue curar malefícios, afirma pesquisa da USP
Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado
do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de
investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse
veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a
sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.
A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-
estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse
efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o
espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo
nível”, explicou.
As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da
percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O
interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E
além de garantir mais energia e disposição.”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
TOLEDO, Wenefledo de. Passes e curas espirituais. São Paulo: Ed.Pensamento, 1995.
http://www.rac.com.br/projetos-rac/correio-escola/107097/2011/11/25/pesquisa-revela-
poder-da-energia-liberada-pelas-maos.html
A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS 2
Após uma busca que durou seis anos, com a observação de milhões de estrelas, a equipe
concluiu que os planetas em torno de estrelas são a regra e não a exceção.
"Exoplanetas encontrados
As microlentes gravitacionais são uma ferramenta com potencial de conseguirem detectar
exoplanetas que não poderiam ser descobertos de outro modo. No entanto, é necessário o
alinhamento, bastante raro, entre a estrela de fundo e a estrela que atua como lente para
que possamos observar este evento.
E, para descobrir um planeta, é preciso ainda que a órbita do planeta se encontre igualmente
alinhada com a das estrelas, o que é ainda mais raro.
Embora encontrar um planeta por meio de microlente esteja longe de ser uma tarefa fácil,
nos seis anos de procura, três exoplanetas foram efetivamente detectados: uma super-Terra e
dois planetas com massas comparáveis à de Netuno e à de Júpiter.
Uma super-Terra tem uma massa entre duas a dez vezes a da Terra. Até agora foram
publicados um total de 12 planetas detectados pela técnica de microlente, utilizando diversas
estratégias observacionais.
A conclusão foi que uma em cada seis estrelas estudadas possui um planeta com massa
semelhante à de Júpiter, metade têm planetas com a massa de Netuno e dois terços têm
super-Terras.
O rastreio era muito sensível a planetas situados entre 75 milhões de quilômetros e 1,5
bilhões de quilômetros de distância às suas estrelas (no Sistema Solar estes valores
correspondem a todos os planetas entre Vênus e Saturno) e com massas que vão desde cinco
massas terrestres até dez massas de Júpiter.
A combinação destes resultados sugere que o número médio de planetas em torno de uma
estrela seja maior que um. Ou seja, os planetas serão a regra e não a exceção.
"Anteriormente pensava-se que a Terra seria única na nossa Galáxia. Mas agora parece que
literalmente bilhões de planetas com massas semelhantes à da Terra orbitam estrelas da Via
Láctea," conclui Daniel Kubas, co-autor do artigo científico.”
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=mais-planetas-estrelas-
via-lactea&id=010130120111
A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
- Resposta: "Não, vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as
primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição".
Disse o astrônomo Carl Sagan: "deve haver bilhões de trilhões de mundos. Então
porque só nós, jogados aqui num canto esquecido do Universo, seríamos afortunados?".
Também declarou o físico de Harvard, Paul Horowitz: "vida inteligente no Universo?
Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável."
Para Robert Jaffe, Alejandro Jenkins e Itamar Kimchi, ligados à Universidade da Flórida
e ao MIT, não se trata mais de responder se existe vida em outras partes do nosso Universo,
mas se há vidas em outros universos além do nosso. Eles acreditam ter elaborado
argumentação suficiente para demonstrar que, teoricamente, outros universos, mesmo muito
diferentes do nosso, podem desenvolver elementos parecidos com o carbono, o hidrogênio e
o oxigênio, o que os possibilita conter formas de vida realmente muito semelhantes à nossa
(informação obtida em artigo publicado no site inovação tecnológica. Ver endereço eletrônico
após este texto, abaixo).
O Kepler 22-b tem temperatura de 22º C e pode ter água em estado líquido
O Kepler 22-b tem 2,4 vezes o tamanho da Terra e está situado a 600 anos luz de distância. A
temperatura média da superfície é de 22º C.
Ainda não se sabe a composição do Kepler 22-b, se é feito de rochas, gás ou líquido. O planeta
já é chamado de “Terra 2.0” pelos cientistas da Nasa.
Descoberta
A descoberta do novo planeta foi feita a partir das imagens do telescópio espacial Kepler,
projetado para observar uma faixa fixa do céu noturno que compreende até 150 mil estrelas.
O telescópio é sensível o suficiente para ver quando um planeta passa na frente da estrela em
torno da qual gira, escurecendo parte da luz da estrela.
As sombras são então investigadas a partir da imagem de outros telescópios até que a Nasa
confirme se tratam-se ou não de novos planetas.
O Kepler 22-b foi um dos 54 casos apontados pela Nasa em fevereiro e o primeiro a ser
formalmente identificado como um planeta.
Outros planetas habitáveis podem ser anunciados no futuro, já que há outros locais com
características potencialmente similares à da Terra.
Água líquida
A distância que separa o Kleper 22-b da estrela ao redor da qual gira é 15% menor que aquela
entre a Terra e o Sol.
Apesar de estar mais próximo da estrela, esta emite cerca de 25% menos luz em comparação
ao sol, o que permite ao Kleper 22-b manter sua temperatura em um patamar compatível à
existência de água líquida, ainda não confirmada.
Uma outra equipe de cientistas do Seti (busca por inteligência artificial, na sigla em inglês)
agora procura indícios de vida no planeta, como confirmou o diretor do instituto, Jill Tarter.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
2 BURGOS, Pedro. Não estamos sozinhos. Superinteressante, São Paulo: Abril, ed. 255, ago.
2008.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/12/111205_kleper_planeta_terra_mm.sht
ml
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=existirao-vidas-em-
outros-universos&id=010130100319
IGREJA CATÓLICA RECONHECE COMUNICAÇÃO COM OS
ESPÍRITOS
Do outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar
seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra muitas
barreiras com o preconceito religioso?
Encontramos muitas barreiras.
As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra.
Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra.
Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos
continuam firmados, cristalizados em crenças em determinados pontos que não
levam a nada. Resistem a ideia de evolução dos conceitos.
Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo
uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos
pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e
que vibram na mesma sintonia.
Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua
maior alegria?
Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de
existir.
Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o
máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande
alegria.
A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.
Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?
Não.
Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam
isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso
para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela
mediunidade?
Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia,
inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é
demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja.
Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão
as comunicações. Este é o nosso propósito.
O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu
papel?
Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas
dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais
ampliada das coisas.
Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor
momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que
daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os
nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.
Espíritas no futuro?
Não tenho a menor dúvida.
Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam
estes ensinamentos espirituais.
Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a
existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os
dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da
vida espiritual.
Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com
o progresso do Brasil no mundo espiritual?
Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então,
dizer um nome ou outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são
poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho
fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.
Lev. 19:31 Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os
feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou
o Senhor vosso Deus.
Deut. 18:10-12 Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o
seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem
agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito
adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos pois todo aquele
que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas
abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Lev 19:26 Não comereis coisa alguma com o sangue; não usareis de
encantamentos, nem de agouros.
Isa. 8:19 Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e
os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; – não recorrerá um
povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?.
A Bíblia declara que os mortos dormem até a ressurreição dos mortos que
ocorrerá no dia da volta de Nosso Senhor Jesus Cristo! Assim, esses
espíritos” são anjos caídos disfarçados de seres humanos!
Para Saber mais sobre o destino dos mortos, a ressurreição dos santos e
dos ímpios visite:
O Papa João Paulo II, perante mais de 20.000 pessoas na Basílica de São
Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse:
Isso foi fartamente publicado nos jornais Italianos da época, mas hoje,
poucas pessoas se lembram.
O Padre Gino Concetti, fala do Mais Além de uma nova maneira. O Padre é
irmão da Ordem dos Franciscanos Menores, um dos teólogos mais
competentes do Vaticano. É comentarista do LOsservatore Romano, o diário
oficial do Vaticano.
P.G.C - Não se pode brincar com as almas dos trespassados. Não se pode
evocá-las por motivos fúteis, para obter por exemplo um nº do Loto.
Convém também ter um grande discernimento a respeito dos sinais do Mais
Além e não muito enfatizá-los. Arriscar-se-ia a cair na mais suspeita e
excessiva credulidade. Antes de mais nada não se pode abordar o fenómeno
da mediunidade sem a força da fé. Texto retirado do Jornal: O Popular -
Goiânia
http://ucrj.com.br/2010/09/livro-mediunico-de-arcebispo-catolico/
http://www.tirodeletra.com.br/entrevistas/DomHelderCamara.htm
Conforme dissemos no nosso texto anterior, de título “O Mundo Espiritual”, neste blog, os
Espíritos responsáveis pela codificação da Doutrina Espírita revelaram que, paralelo a nosso
universo material, existe um universo de matéria sutil, imperceptível aos nossos cinco sentidos
e aos nossos atuais instrumentos, que poderíamos chamar de Mundo Espiritual. Eles também
informaram que existe um único elemento primitivo, chamado Fluido Cósmico Universal, cujas
combinações e modificações dão origem tanto à matéria do nosso mundo material quanto à do
mundo espiritual. A matéria que compõe este último se encontra nos mais diversos graus de
materialização, em níveis vibratórios diferentes. Cada nível corresponderia a um “mundo”
diferente, embora coexistindo lado a lado com os demais.
Também dissemos que o Espírito, sede do pensamento e das sensações, aglutina em torno de si
matéria espiritual, formando um envoltório, chamado corpo espiritual ou Perispírito, que serve como
veículo e meio de interação com o mundo espiritual, assumindo a forma do corpo físico que tivemos em
nossa última encarnação, estabelecendo a sua individualidade, perante os demais Espíritos, no mundo
espiritual.
O teor da matéria do corpo espiritual varia conforme o grau evolutivo do Espírito. Quanto mais
desapegado da matéria, mais desmaterializado é o seu corpo espiritual, situando-o em determinado nível
vibratório, isto é, elesintoniza com este nível.
À medida que o Espírito evolui, através do seu aprendizado em diversas encarnações, ele vai
aumentando o seu nível vibratório, podendo perceber os eventos que acontecem neste nível e também nos
níveis inferiores, pois pode diminuir a sua vibração até eles. Porém nunca acima do seu próprio, salvo
quando conseguir evoluir até eles. É dessa forma que os Espíritos superiores podem se fazer
invisíveis aos menos adiantados, muitas vezes para auxiliá-los secretamente.
Contudo, apenas quando desencarnado, isto é, após a morte, ele pode perceber o mundo
espiritual, pois uma vez estando ligado a um corpo físico, ele só percebe através deste, pelos cinco
sentidos, as impressões do mundo material. A exceção a esta regra são os médiuns, que podem perceber o
mundo espiritual mesmo estando encarnados, conforme o seu tipo, ou tipos, de mediunidade, e do quanto
esta está desenvolvida. O único tipo de percepção que todos os Espíritos encarnados possuem, sem
exceção, relativamente ao mundo espiritual, é a intuição. É através dela que recebemos sugestões dos
Espíritos desencarnados, sejam eles bons ou maus, e que, muitas vezes, tomamos como se fossem nossos
próprios pensamentos.
Assim como as estações de rádio FM emitem ondas nas mais diversas freqüências,
transportando através delas sua programação, os Espíritos irradiam seus pensamentos, através de energia
emitida pelo seu corpo espiritual, que são captados por outros Espíritos sintonizados com eles. Da mesma
forma que os ouvintes escutam sua programação sintonizando com determinada estação, ao ajustar o
seletor do aparelho de rádio na freqüência correta. O Fluido Cósmico Universal é o veículo do
pensamento, assim como, no mundo material, o ar transporta o som.
Falamos acima em Espíritos bons e maus. Contudo, a classificação dos habitantes do mundo
espiritual, na prática, não é tão simples.
No Capítulo I de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec organizou uma escala espírita, baseado na
análise das comunicações de inúmeros espíritos, através de diversos médiuns, incluídos aí os Espíritos da
codificação.
“A classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento deles, nas qualidades que já
adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão de despojar-se. Esta classificação, aliás, nada tem de
absoluta. Apenas no seu conjunto cada categoria apresenta caráter definido. De um grau a outro a
transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se apagam, como nos reinos da natureza, como
nas cores do arco-íris, ou, também, como nos diferentes períodos da vida do homem.”
“Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas
as paixões que lhes são conseqüentes.
Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que
verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples fato de não fazerem o bem, já
denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e rejubilam quando uma ocasião
se lhes depara de praticá-lo.
A inteligência pode achar-se neles aliada à maldade ou à malícia; seja, porém, qual for o grau que tenham
alcançado de desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas e mais ou menos abjetos seus
sentimentos.
Restritos conhecimentos têm das coisas do mundo espírita e o pouco que sabem se confunde com as
idéias e preconceitos da vida corporal. Não nos podem dar mais do que noções errôneas e incompletas;
entretanto, nas suas comunicações, mesmo imperfeitas, o observador atento encontra a confirmação das
grandes verdades ensinadas pelos Espíritos superiores.
Na linguagem de que usam se lhes revela o caráter. Todo espírito que, em suas comunicações, trai um
mau pensamento, pode ser classificado na terceira ordem. Conseguintemente, todo mau pensamento que
nos é sugerido vem de um espírito dessa ordem (grifo nosso).
Eles vêem a felicidade dos bons e esse espetáculo lhes constitui incessante tormento, porque os faz
experimentar todas as angústias que a inveja e o ciúme podem causar.
Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea e essa impressão é muitas vezes
mais penosa do que a realidade. Sofrem, pois, verdadeiramente, pelos males de que padeceram em vida e
pelos que ocasionaram aos outros. E, como sofrem por longo tempo, julgam que sofrerão para sempre.
Deus, para puní-los, quer que assim julguem.”
“Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão
em relação com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a
bondade. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente
desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a categoria que ocupem, os traços da existência
corporal, assim na forma da linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas
de suas manias. De outro modo, seriam espíritos perfeitos.
Compreendem Deus e o infinito, e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e
pelo mal que impedem. O amor que os une lhes é fonte de inefável ventura, que não tem a perturbá-la
nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos Espíritos
imperfeitos. Todos, entretanto, ainda têm que passar por provas, até que atinjam a perfeição.
Como Espíritos, suscitam bons pensamentos (grifo nosso), desviam os homens da senda do mal,
protegem na vida os que se lhes mostram dignos de proteção e neutralizam a influência dos Espíritos
imperfeitos sobre aqueles a quem não é grato sofrê-la.
Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho,
nem o egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem.
A esta ordem pertencem os espíritos designados, nas crenças vulgares, pelos nomes de bons gênios,
gênios protetores, Espíritos do bem. Em épocas de superstições e de ignorância, eles hão sido elevados à
categoria de divindades benfazejas.”
“Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos
das outras ordens.”
“[...] Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as
impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma da perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais
que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis,
realizam a vida eterna no seio de Deus.
Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da
vida material. Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua
contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção
da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de
seu aperfeiçoamento e lhes designam suas missões. Assistir os homens nas suas aflições, concitá-los ao
bem ou à expiação das faltas que os conservam distanciados da suprema felicidade, constitui para eles
ocupação gratíssima. São designados ás vezes pelos nomes de anjos, arcanjos e serafins.
Podem os homens pôr-se em comunicação com eles, mas extremamente presunçoso seria aquele que
pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.”
Mas como estes Espíritos, de índoles tão diferentes, se relacionam no mundo espiritual?
No Capítulo VI, na pergunta Nº 278 da obra supracitada, temos: “Os Espíritos de diferentes
ordens se acham misturados uns com os outros?”
Resposta: “Sim e não. Quer dizer: eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Evitam-se ou
se aproximam, conforme à simpatia ou à antipatia que reciprocamente uns inspiram aos outros, tal qual
sucede entre vós. Constituem um mundo do qual o vosso é pálido reflexo. Os da mesma categoria se
reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias, unidos pelos laços da simpatia e pelos
fins a que visam: os bons, pelo desejo de fazerem o bem; os maus, pelo de fazerem o mal, pela vergonha
de suas faltas e pela necessidade de se acharem entre os que se lhes assemelham.”
Já na pergunta Nº280, temos: “De que natureza são as relações entre os bons e os maus Espíritos?”
Resposta: ”Os bons se ocupam em combater as más inclinações dos outros, a fim de ajudá-los a
subir. É a sua missão.”
E na pergunta Nº 281: “Por que os Espíritos inferiores se comprazem em nos induzir ao mal?”
Resposta: “Pelo despeito que lhes causa o não terem merecido estar entre os bons. O desejo que
neles predomina é o de impedirem, quanto possam, que os Espíritos ainda inexperientes alcancem o
supremo bem. Querem que os outros experimentem o que eles próprios experimentam. Isto não se dá
também entre vós?”
Quando evolui ao ponto de poder exercer o seu livre-arbítrio e toma consciência de que é preciso
progredir, o Espírito é assistido, no mundo espiritual, pelos bons Espíritos, que o aconselham sobre quais
experiências na matéria são necessárias para que ele se desenvolva mais rápido, combatendo assim as
suas más inclinações. Um Espírito com muita tendência a ser orgulhoso, por exemplo, pode precisar
passar por uma existência humilhante, a fim de que possa aprender o valor da humildade. Aquele que foi
rico e usou sua fortuna apenas em benefício próprio, tendo tendência para o egoísmo, pode precisar
nascer na pobreza, às vezes até na miséria, a fim de tomar plena consciência do sofrimento daqueles a
quem deixou de ajudar, e assim desenvolver a generosidade. Contudo, cabe a ele decidir se vai passar
pela experiência ou não.
No mundo espiritual, quando desencarnados, realizam estudos que não são possíveis enquanto
estão encarnados, tendo como instrutores os bons espíritos, para, muitas vezes, pô-los em prática
posteriormente, no mundo material, ao voltar a se revestir de um corpo físico.
Quando o Espírito ainda é muito imperfeito, não lhe é permitido escolher, sendo forçado a passar
pelas necessárias experiências na matéria, no intuito de direcioná-lo no rumo certo, como os pais fazem
com seus filhos quando crianças, ao levá-los à escola ou dar-lhes um remédio mesmo que não queiram,
quando ainda não têm consciência do que é melhor para eles próprios.
Iludidos com o corpo físico e o mundo material, pelo qual estão somente de passagem
para aprender, os Espíritos, só após várias passagens pela matéria, através das mais diversas
experiências, desapegam-se desta, tomandoplena consciência da condição de serem Espíritos
imortais, e de que os prazeres proporcionados pelo mundo material são passageiros e ilusórios.
Assim, aprendem que a verdadeira e absoluta felicidade está na união entre eles e na total
sintonia com Deus, quando cultivam o amor fraternal em toda sua plenitude. O foco de suas
existências deixa de ser somente em si próprios para abarcar todos os seus irmãos, formando um
todo único e indivisível. Utilizar o conhecimento adquirido para ajudar na evolução dos menos
experientes, além de ser uma missão confiada a eles por Deus, torna-se uma fonte abundante de
prazer: Deus delega a eles, sob Sua inspiração e supervisão, a formação e o governo dos
mundos e a responsabilidade pela educação dos Espíritos ainda inexperientes. Após chegar a
este estágio final, eles podem ser chamados de Espíritos Puros ou Anjos.
Resposta: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos
dirigem”
Vemos, pela resposta acima, o quanto o mundo espiritual influi em nosso mundo material.
Os Espíritos estão, muitas vezes, nos sugerindo pensamentos que tomamos como nossos, nos
impulsionando para caminhos diversos.
Os bons, com o propósito de nos encaminhar para o bem, muitas vezes, também para nos
proteger, quando nos fazem desviar de perigos que sequer suspeitamos, e para nos auxiliar, quando
pedimos sua assistência nas aflições da vida, nos estimulando a coragem e a paciência, e até nos
apontando saídas para os nossos problemas, quando isso não vai prejudicar ninguém e nem nos desviar
das lições pelas quais devemos passar.
Os maus e viciosos, no intuito de nos manter no atraso em que eles próprios estão, estimulando-
nos a praticar o mal e, muitas vezes, nos direcionam e acompanham, com grande satisfação, na prática de
vícios diversos, como os das bebidas alcoólicas, das drogas, nos excessos da alimentação e do sexo
promíscuo, etc. Como não possuem corpos materiais, ao nos acompanhar nessas práticas, desfrutam
parcialmente de tudo isso, o que os leva a nos estimular para elas mais e mais. Nós os atraímos com os
nossos pensamentos, quando sintonizamos nossas mentes em seu nível vibratório grosseiro, quando nos
afinamos com suas más inclinações.
No mundo espiritual, os mais evoluídos têm poder sobre os que estão abaixo na escala evolutiva.
Dessa forma, os bons têm poder sobre os maus. Contudo, eles permitem, muitas vezes, que os maus nos
assediem. Eis por que:
Na pergunta Nº 466, temos: “Por que permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal?”
Resposta: “Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a pôr em prova a fé e a constância
dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o
passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom
caminho. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os
Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal logo que desejares praticá-lo. Só quando queiras o mal,
podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma
nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas, outros também te cercarão, esforçando-
se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus
atos.”
Na pergunta Nº 469: “Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?”
Resposta: “praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos
Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós. Guardai-vos de atender às
sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e
que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses
vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer:
“Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”
Bons Espíritos, ao longo da história, encarnaram na Terra com a missão de fazer progredir a
humanidade em seu aspecto moral, seja com seus exemplos, seja com os seus ensinamentos. Como
exemplos, temos Jesus, Mahatma Gandhi, Buda, São Francisco de Assis, Chico Xavier, entre outros.
Vemos assim, diante do que foi exposto, a grande influência do mundo espiritual em nossas
vidas, embora não nos apercebamos disto.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
3 MOODY JR., Raymond A. Vida depois da vida. Rio de Janeiro: Nórdica, 1979.172p;
5 XAVIER, Francisco Cândido. Nosso lar: quando o servidor está pronto, o serviço aparece. 19.
ed. Rio de Janeiro: FEB, 1944. 281 p. (ditado pelo espírito André Luiz).
O MUNDO ESPIRITUAL
Qual o destino da alma após a morte? Será que ela desaparece com a destruição do
cérebro? Ou ela sobrevive? Se sobrevive, será que conserva a sua individualidade, sua
capacidade de raciocinar, de se emocionar, de lembrar? Nesse caso, como ela percebe o
universo ao seu redor? Será que o período em que permanece ligada ao corpo tem alguma
influência no estado pós-morte? Se tem, qual? Podemos um dia voltar a nos revestir de um
corpo físico, ou seja, reencarnar?
As perguntas acima, não raro, são consideradas de pouca importância, tão ocupados
que estamos com o trabalho, a formação profissional, o consumismo desenfreado, enfim, a
vida moderna. Cada vez mais acelerada, ela nos arrasta para uma visão hedonista do mundo. O
lema vigente é ser feliz aqui e agora.
Contudo, esquecemos que a morte é algo que todos, sem exceção, teremos que
encarar frente a frente, mais cedo ou mais tarde, seja a nossa própria morte, seja a de nossos
entes queridos.
É necessário conhecer o que brevemente será nosso destino para todo o sempre,
assim como alguém que, tendo que se mudar definitivamente para um país distante, precisa
saber como é aquele local, seus habitantes, costumes, perspectiva de emprego, clima, etc.
Assim como o corpo físico nos serve para transitar pelo mundo material, percebê-lo e
interagir com ele, da mesma forma, o corpo espiritual nos serve como veículo e meio de
interação com o mundo espiritual, assumindo a forma do corpo físico que tivemos em nossa
última encarnação (Espíritos que já atingiram certo grau evolutivo podem dar a seu corpo
espiritual a forma que desejarem). Com o corpo espiritual, o Espírito estabelece a sua
individualidade, perante os demais, no mundo espiritual.
A matéria do mundo espiritual é sensível ao pensamento e à vontade, através dos
quais o Espírito pode realizar as mais diferentes combinações com ela, dando origem às mais
diversas propriedades, e moldá-la nas mais diferentes formas, bem como direcioná-la para
onde queira. Assim como o homem que, através de suas mãos, pode realizar as mais diversas
manipulações e combinações com as diversas substâncias do mundo material. Contudo, saber
manipular a matéria espiritual depende do grau de entendimento do Espírito. Os mais
atrasados só a manipulam de forma inconsciente. É o que acontece quando o Espírito, mesmo
ainda estando em um baixo nível evolutivo, molda o seu corpo espiritual com a forma de sua
última encarnação, sem sequer se aperceber disto.
À medida que o Espírito evolui, ele vai aumentando o seu nível vibratório, podendo
perceber os eventos que acontecem neste nível e também nos níveis inferiores, pois pode
diminuir a sua vibração até eles. Porém nunca acima do seu próprio, salvo quando conseguir
evoluir até eles. É dessa forma que os Espíritos superiores podem se fazer invisíveis aos menos
adiantados, muitas vezes para auxiliá-los secretamente.
Conforme o Espírito André Luiz, no livro “Nosso Lar”, psicografado por Chico Xavier, os
cenários do mundo espiritual são, muitas vezes, bastante semelhantes aos do mundo material.
Prédios, casas, aparelhos eletrônicos, vegetação, necessidade de alimentar-se e até um ônibus
voador fazem parte de suas descrições (Diga-se de passagem, bastante avançadas para a
época em que foi escrito o livro).
Swedemborg, nas palavras de Sir Arthur Conan Doyle, no seu livro “História do
Espiritismo”, através de sua clarividência:
“Verificou que o outro mundo, para onde vamos após a morte, consiste de várias esferas,
representando outros tantos graus de luminosidade e de felicidade; cada um de nós irá para
aquela a que se adapta a nossa condição espiritual. Somos julgados automaticamente, por
uma lei espiritual das similitudes; o resultado é determinado pelo resultado global de nossa
vida, de modo que a absolvição ou o arrependimento no leito de morte têm pouco proveito.
Nessas esferas verificou que o cenário e as condições deste mundo eram reproduzidas
fielmente, do mesmo modo que a estrutura da sociedade. Viu casas onde viviam famílias,
templos onde praticavam o culto, auditórios onde se reuniam para fins sociais, palácios onde
deviam morar os chefes (grifo nosso).”
Andrew Jackson Davis, ainda conforme Conan Doyle, na obra supracitada, a respeito
da vida pós-morte, através de sua visão espiritual:
“Viu uma vida semelhante à da Terra, uma vida que pode ser chamada semimaterial, com
prazeres e objetivos adequados à nossa natureza, que de modo algum se havia
transformado pela morte (grifo nosso). Viu estudo para os estudiosos, tarefas geniais para os
enérgicos, arte para os artistas, beleza para os amantes da Natureza, repouso para os
cansados. Viu fases graduadas da vida espiritual, através das quais lentamente se sobe para
o sublime e para o celestial (grifo nosso). Levou a sua magnífica visão acima do presente
universo e o viu como uma vez mais este se dissolvia numa nuvem de fogo, da qual se havia
consolidado, e, uma vez mais se consolidado para formar o estágio, no qual uma evolução
mais alta teria lugar e onde uma classe mais alta se iniciaria do mesmo modo que algures a
classe mais baixa. Viu que esse processo se renovava muitas vezes, cobrindo trilhões de anos e
sempre trabalhando no sentido do refinamento e da purificação.”
P. – A forma da alma que tendes é perfeitamente semelhante à do corpo em que ela habitava?
R. – Sim.
R. – Eu estou numa casa; há casas nesta vida, do mesmo modo que sobre a Terra.
R. - Eu não sei como se nomeiam as cidades no céu; basta dizer-vos que há casas. Não me
ocupo do resto.
R. – Leio, escrevo e passo parte do meu tempo a aconselhar o bem aos indivíduos inclinados
ao mal.
“Sofri um ataque cardíaco e me encontrei em um vácuo negro, e aí soube que tinha deixado
para trás o meu corpo físico. Sabia que estava morrendo e pensei: ‘Ó Deus, fiz o melhor que eu
pude fazer na ocasião. Por favor me ajude’. Imediatamente, fui sendo movido para fora
daquela treva, através de um cinzento pálido, e fui indo, flutuando e movendo rapidamente, e
bem em frente, ao longe, via uma névoa cinza, e eu estava indo aceleradamente para lá. Não
estava chegando tão rápido quanto queria, e, à medida que ia me aproximando, dava para ver
através dela. Além da névoa, podia ver bem as pessoas, e as suas formas eram as mesmas que
tinham tido na Terra, e dava para ver também coisas que pareciam construções (grifo nosso).
Toda a cena estava permeada da mais encantadora luz ---- uma luz vívida, de brilho amarelo-
ouro, de cor pálida, e não como o dourado berrante que conhecemos na Terra. Quando eu me
aproximei mais, tive certeza de que ia passar através da névoa. Era uma sensação tão alegre e
maravilhosa que não há palavras que a possam descrever. No entanto, ainda não tinha
chegado a minha vez de ultrapassar a névoa, e isso porque vindo do outro lado
instantaneamente apareceu na minha frente meu tio Carl, que tinha morrido muitos anos
antes (grifo nosso). Ele bloqueou minha passagem dizendo: ‘ Volte. Seu trabalho na Terra
ainda não acabou. Agora volte’. Eu não queria voltar, mas não tinha escolha, e imediatamente
estava de volta ao meu corpo. Senti aquela dor horrível no peito e ouvi meu filhinho chorando:
’Deus, traga a minha mãe de volta’.”
Retiro o relato seguinte de outro livro do Dr.Moody, de título “Reflexões Sobre Vida
Depois da Vida":
“Havia uma espécie de vibração. Uma vibração que me cercava, envolvendo-me o corpo. Era
como se o corpo vibrasse e não pude identificar a origem da vibração. Mas, quando o corpo
vibrava, eu me separava dele. Então, podia vê-lo de fora... fiquei por perto durante algum
tempo, observando os médicos e enfermeiras trabalharem no meu corpo, e tentando imaginar
qual seria o resultado... fiquei à cabeceira da cama, olhando para eles e para meu corpo. A
certa altura, uma enfermeira estendeu a mão para a parede atrás da cama, a fim de pegar a
máscara de oxigênio que ali estava, e, ao fazê-lo, passou o braço através de meu pescoço...
“ Em seguida, flutuei, atravessando um túnel escuro... Penetrei no túnel negro e emergi numa
luz brilhante... Um pouco mais tarde, eu estava com meus avós, meu pai e meu irmão, que já
tinham morrido (grifo nosso)... A luz mais linda e brilhante nos inundava. E o lugar era lindo.
Havia cores - cores vivas - não como as daqui da Terra, mas simplesmente indescritíveis. E
pessoas – pessoas felizes... Pessoas por todos os lados, algumas reunidas em grupos. Algumas
estavam aprendendo...
“ À distância... pude avistar uma cidade. Prédios... prédios separados uns dos outros. Eram
polidos, brilhantes. As pessoas eram felizes ali. Água límpida, que refletia a luz, repuxos...
creio que o melhor meio de descrever seria dizer ‘uma cidade de luz’(grifo nosso)...
Esplendorosa. Tudo brilhava, uma maravilha... Mas se eu entrasse nela, creio que jamais teria
voltado... Disseram-me que, se eu entrasse ali, não poderia regressar... que a opção era
exclusivamente minha”.
Para pessoas pouco informadas sobre o assunto, à primeira vista podem parecer
absurdas estas informações. Elas dizem: “prédios, construções no mundo espiritual? Isso é
viagem”.
Além disso, matéria sutil, invisível e imponderável, coexistindo lado a lado com a
nossa, e universos paralelos, já são considerados teoricamente possíveis pela ciência “oficial”,
com base na Física Quântica. Ver os artigos “Matéria e anti-matéria podem ser criadas do
nada”, “Confirmado: a matéria é resultado de flutuações do vácuo quântico” e “Existirão
vidas em outros universos?” no site Inovação Tecnológica, endereços eletrônicos abaixo.
Termino este texto com uma frase do grande astrônomo Camille Flammarion:
Este texto continua em "O Mundo Espiritual Parte 2", neste blog.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 DOYLE, Arthur Conan (Sir). História do espiritismo. São Paulo: Pensamento, [1999]. 498 p.;
4 MOODY JR., Raymond A. Vida depois da vida. Rio de Janeiro: Nórdica, 1979.172p;
6 PARNIA, Sam. O que acontece quando morremos: um estudo sobre a vida após a morte. São
Paulo: Larrouse, 2008. 246 p.;
8 XAVIER, Francisco Cândido. Nosso lar: quando o servidor está pronto, o serviço aparece. 19.
ed. Rio de Janeiro: FEB, 1944. 281 p. (ditado pelo espírito André Luiz).
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=materia-antimateria-
criadas-nada&id=010130101222
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=confirmado--a-materia-
e-resultado-de-flutuacoes-do-vacuo-quantico&id=010130081125
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=existirao-vidas-em-
outros-universos&id=010130100319
FORTES EVIDÊNCIAS DA REENCARNAÇÃO
Dr Ian Stevenson: Pesquisou cerca de 2700 casos de crianças que lembraram de suas vidas
passadas
Fonte da imagem: http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/ian_stevenson.htm
“[...] Temos raciocinado, abstraindo, como dissemos, de qualquer ensinamento espírita que,
para certas pessoas, carece de autoridade. Não é somente porque veio dos Espíritos que nós e
tantos outros nos fizemos adeptos da pluralidade das existências. É porque essa doutrina nos
pareceu a mais lógica e porque só ela resolve questões até então insolúveis.”
Na segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert de Rochas, que
pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito pessoas, entre 1903 e 1910, através da hipnose,
destacamos a renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e inúmeros
psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris Netherton, Edith Fiore e Brian
Weiss nos Estados Unidos , Roger Woolger na Inglaterra, Patrick Druot na França, Thorwald
Dethlefsen na Alemanha eHans Tendam na Holanda, além de outros.
1. O ser humano consiste pelo menos em duas partes distintas: um corpo e um espírito.
2. O espírito é uma entidade não-física, existe e pode funcionar independente e à parte do domínio
físico.
3. O espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação ao mundo físico
quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais básicas.
5. Alguns espíritos passam através de mais de uma vida biológica e estão associados sucessivamente
com diferentes corpos físicos.
10. O espírito pode aprender os princípios teóricos básicos de viver no domínio espiritual e pode
aprender a aplicação prática desses princípios no mundo físico.
11. Os pensamentos e ações do espírito numa vida terão consequências na sua escolha de
circunstâncias para quaisquer vidas subsequentes.
12. O espírito escolhe cuidadosamente as circunstâncias iniciais - corpo, família, etc. - de uma vida
física que iniciará.
14. O objetivo principal da vida de um espírito é aprender e praticar o amor incondicional a todas as
pessoas, incluindo a si próprio.
15. Enquanto no domínio espiritual, o espírito tem oportunidades de ajudar àqueles que se encontram
no mundo físico.
16. Há vários níveis de existência espiritual, após a morte do corpo físico, onde o espírito pode habitar.
17. A situação de um espírito dum nível de existência espiritual, após a morte do seu corpo físico,
dependerá da sua evolução na época da morte.
18. A evolução do espírito a qualquer momento, é determinada em grande parte, mas não totalmente,
pelas suas ações e pensamentos passados.
19. O nível mais baixo da existência espiritual disponível para um espírito é um estado de ligação
próximo à matéria.
20. Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência espiritual após a morte do corpo físico,
escolhem fazer isso com a assistência dos guias espirituais.
21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo, um espírito pode
encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:
22. Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode aprender os princípios de viver em
qualquer dos templos da sabedoria (cidades espirituais), sob a proteção dos guias espirituais.
23. Os espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do domínio espiritual do que a existência
no plano da terra e escolhem retornar ao plano físico para poderem avançar em sua aprendizagem.
(* Extraído do livro Reencarnação: processo educativo. Autor: Adenáuer Marcos Ferraz de Novaes)
Contudo, na bibliografia de seu estudo, os pesquisadores não citaram nenhum livro de Allan
Kardec ou mesmo as obras que complementam a Codificação espírita. Isto serve como demonstração
do caráter universal das teses espíritas, confirmadas pelas mais diferentes fontes, independentes entre si.
Verificamos assim, mais uma vez, através das mais variadas fontes e fatos comprovados por muitos
pesquisadores não espíritas, em boa parte composta por acadêmicos de grande sucesso e reputação em
suas áreas de atuação, que a Doutrina Espírita vai sendo confirmada ao longo do tempo, apesar dos seus
mais de 150 anos de existência.
“Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da
humanidade”.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
6 TUCKER, Jim B. Vida antes da vida: uma pesquisa científica das lembranças que as crianças têm de
vidas passadas, 2007;
Fonte da imagem:http://www.batuiranet.com.br/espiritismo/2395/reencarnacao-e-conflitos-familiares/
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
Imagine, por um momento, que você quer saber tudo sobre determinado país e seus
habitantes. Desconfiado, você não acha suficiente pesquisar na internet, quer o testemunho de
pessoas que você conhece e que já estiveram lá. Porém, uma ou duas pessoas lhe contando é
muito pouco, pois você quer conhecer o país através do ponto de vista de várias pessoas
conhecidas e fazer a comparação. Aí sim, você vai estar seguro.
Eis que, por um golpe de sorte, vários parentes, amigos e conhecidos já estiveram naquele
país, e eles são das mais diversas classes sociais, idades e níveis de instrução. Isto é muito bom,
afinal, você quer conhecer o país como um todo e não apenas a parte mais humilde, ou a mais
abastada. Também quer saber sobre os pontos turísticos, o custo de vida, os programas culturais,
clima, costumes, etc. Para sua felicidade, as descrições que todas essas pessoas lhe deram
formam um todo coerente, fazendo você visualizar mentalmente o país de forma geral, e
também em vários detalhes.
Os relatos coincidem em vários pontos, e muitas das pessoas que você entrevistou são de
sua inteira confiança. E veja que você fez essas perguntas por vários anos seguidos!!! Será que
você ainda tem alguma dúvida de que sabe muita coisa verdadeira sobre esse país, apesar de
nunca ter posto os pés lá?
Lembremos do que foi dito no início deste texto, quando perguntamos a várias pessoas
sobre determinado país que elas conheceram. Poderíamos imaginar agora, no lugar dessas
pessoas, centenas de médiuns, que não se conhecem, de diferentes localidades, distantes entre
si, recebendo comunicações de vários Espíritos cada um, que revelariam as suas impressões
acerca do mundo espiritual. Se, de fato, as várias centenas de comunicações obtidas coincidirem
em vários pontos, aliás, na grande maioria deles, e se o teor dessas comunicações estiver muito
acima do nível cultural dos médiuns, além de formarem um todo lógico, coerente, teríamos,
evidentemente, um retrato muito confiável do que seria a vida pós-morte. As diferenças
poderiam, neste caso, ser facilmente atribuídas aos pontos de vista característicos de cada
Espírito comunicante, da mesma forma que, na vida material, as pessoas emitem pontos de vista
e impressões distintas acerca de um mesmo assunto.
O método descrito acima é o mesmo utilizado por Allan Kardec na análise das
comunicações de inúmeros Espíritos, com o auxílio de milhares de médiuns, para conhecer a
dimensão espiritual e seus habitantes, conhecido no Espiritismo como o Controle Universal
dos Ensinamentos dos Espíritos. Vejamos o que disse o próprio Allan Kardec no livro “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, na segunda parte da introdução, intitulada“ Autoridade
da Doutrina Espírita – Controle Universal dos Ensinamentos dos Espíritos”:
“Se a Doutrina Espírita fosse uma criação puramente humana, só teria por garantia as luzes dos que a
criaram. Acontece que ninguém na Terra poderia ter a pretensão de possuir sozinho a verdade
absoluta. Se os Espíritos que revelaram a Doutrina Espírita se manifestassem a um único
homem, nada lhe garantiria a origem, pois seria preciso acreditar na palavra daquele que
dissesse ter recebido deles os ensinamentos . Admitindo-se uma perfeita sinceridade, poderia ele
convencer perfeitamente as pessoas do seu meio, poderia ter seguidores, mas jamais chegaria a
reunir todo o mundo.
Deus quis que a nova revelação chegasse aos homens por um meio mais rápido e mais autêntico. Por
isso encarregou os Espíritos de levá-la de um pólo a outro, manifestando-se em todos os lugares,
sem dar a ninguém o exclusivo privilégio de ouvir suas palavras. Um homem pode ser iludido,
pode iludir-se a si mesmo, mas não pode enganar milhões de pessoas que vêem e ouvem a
mesma coisa.”
“ [...] Na Universalidade dos ensinamentos dos Espíritos está a força do Espiritismo e também a
causa de sua rápida propagação. A voz de um único homem, mesmo com a ajuda da imprensa,
levaria séculos para chegar aos ouvidos de todos, mas eis que milhares de vozes se fazem ouvir
simultaneamente em todos os lugares da Terra para proclamar os mesmos princípios e transmití-
los a todos de forma igual: dos mais simples de entendimento aos mais sábios. É uma vantagem
que nenhuma das doutrinas que já apareceram até hoje possui.”
“[...] O primeiro exame ao qual é preciso submeter, sem exceção, tudo o que vem dos Espíritos é,
sem dúvida, o da razão. Portanto, toda a teoria que contrarie o bom senso, a rigorosa lógica e os
dados positivos que já possuímos deve ser rejeitada, mesmo que seja assinada por qualquer
nome respeitável.
“[...] A única garantia séria do ensinamento dos Espíritos está na concordância que exista entre as
revelações feitas espontaneamente, servindo-se de um grande número de médiuns, estranhos uns
aos outros, e em diversos lugares.”
“[...] Na posição em que nos encontramos, recebendo as comunicações de cerca de mil Centros
Espíritas sérios, espalhados pelos diversos pontos do globo, temos condições de analisar os
princípios sobre os quais esta concordância se estabelece.”
“[...] A hipótese do espiritualismo não apenas considera todos os fatos(e é a única que o faz), mas vai
ainda mais longe por sua associação com uma teoria do futuro estado da existência, que é o
único que alguém já deu ao mundo em condições de ser confiado ao pensamento filosófico
moderno. Há uma concordância geral e um tom de harmonia na quantidade de fatos e
comunicações chamadas ‘espirituais’, que têm levado ao crescimento de uma nova literatura e
ao estabelecimento de uma nova religião. As principais doutrinas desta religião são que, após a
morte, o espírito humano sobrevive em um corpo etéreo, dotado de novas capacidades, mas
sendo mental e moralmente o mesmo indivíduo que era quando vestido de carne; que ele inicia,
a partir de certo momento, um curso de progressão aparentemente sem fim cuja velocidade está
na medida que as suas faculdades mentais e morais são exercitadas e cultivadas enquanto se
acha na Terra; que sua alegria ou sua miséria relativas irão depender inteiramente dele mesmo.
Apenas na medida que suas faculdades humanas superiores fizeram parte de seus prazeres aqui,
ele irá encontrar-se contente e feliz em um estado de existência no qual eles terão o mais
completo exercício. Aquele que dependeu mais do corpo que da mente para os seus prazeres irá,
quando aquele corpo não existir mais, sentir um desejo angustiante, e necessitará desenvolver
vagarosa e dolorosamente sua natureza intelectual e moral até que este exercício se torne fácil e
prazeroso. Nem punições nem recompensas são distribuídas por um poder externo, mas a
condição de cada um é a sequência natural e inevitável de sua condição aqui. Ele começa
novamente do nível do desenvolvimento moral e intelectual que atingiu quando estava na Terra.
”
E, em outro trecho do mesmo capítulo, ele cita, como Kardec também o fez nas obras da
Codificação Espírita, a grande diferença entre o conteúdo das comunicações e a cultura dos
médiuns:
Isto é bem mostrado por suas afirmações opostas à condição da humanidade após a morte. Nos
relatos de um estado futuro, obtidos junto aos melhores médiuns, e nas visões das pessoas
mortas obtidas por clarividentes, os Espíritos são uniformemente apresentados sob a forma de
seres humanos e suas ocupações são análogas às da Terra. Mas na maioria das descrições
religiosas do céu eles são representados como seres alados, como descansando cercados por
nuvens, e suas ocupações são tocar harpas douradas ou cantar, rezar e adorar perpetuamente
diante do trono de Deus. Como é que estas visões e comunicações não são senão uma
remodelagem de idéias preexistentes ou preconcebidas por uma imaginação doentia, se as
noções populares nunca são reproduzidas? Como é que, se os médiuns, sejam homens, mulheres
ou crianças, sejam ignorantes ou instruídos, sejam ingleses, alemães ou americanos, fazem uma
única e consistente representação destes seres sobre-humanos, em discordância com a sua noção
popular, mas notavelmente de acordo com a moderna doutrina científica da ‘continuidade?’ eu
proponho que este pequeno fato é em si um argumento fortemente corroborador de que há
alguma verdade objetiva nestas comunicações.”
Nos séculos XIX e XX, além de Wallace e Kardec, inúmero outros cientistas e
pesquisadores de renome tornaram-se convictos da vida pós-morte, após pesquisar os
fenômenos Espíritas (ver o texto “Existe Vida Após a Morte?” neste blog).
O resultado geral de todas estas pesquisas foi o seguinte: O fenômeno EQM existe, e
cerca de 10 a 20 % dos pacientes que sofrem parada cardíaca o experimentam, inclusive
crianças. De uma forma geral, as EQMs podem ser descritas conforme o modelo ideal proposto
pelo Dr Raymond Moody Jr:
“Um homem está morrendo e, quando chega ao ponto de maior aflição física, ouve seu médico
declará-lo morto. Começa a ouvir um ruído desagradável, um zumbido alto ou toque de
campainhas, e ao mesmo tempo se sente movendo muito rapidamente através de um túnel longo
e escuro. Depois disso, repentinamente se encontra fora do seu corpo físico, mas ainda na
vizinhança imediata do ambiente físico, e vê seu próprio corpo a distância, como se fosse um
espectador. Assiste às tentativas de ressurreição desse ponto de vista inusitado em um estado de
perturbação emocional.
Depois de algum tempo, acalma-se e vai se acostumando à sua estranha condição. Observa que ainda
tem um “corpo”, mas um corpo de natureza muito diferente e com capacidades muito diferentes
das do corpo físico que deixou para trás. Logo outras coisas começam a acontecer. Outros vêm
ao seu encontro e o ajudam. Vê de relance os espíritos de parentes e amigos que já morreram e
aparece diante dele um caloroso espírito de uma espécie que nunca encontrou antes – um
espírito de luz. Este ser pede-lhe, sem usar palavras, que reexamine sua vida, e o ajuda
mostrando uma recapitulação panorâmica e instantânea dos principais acontecimentos de sua
vida. Em algum ponto encontra-se chegando perto de uma espécie de barreira ou fronteira,
representando aparentemente o limite entre a vida terrena e a vida seguinte. No entanto,
descobre que precisa voltar para a Terra, que o momento da sua morte ainda não chegou. A essa
altura oferece resistência, pois está agora tomado pelas suas experiências no após-vida e não
quer voltar. Está agora inundado de sentimentos de alegria, amor e paz. Apesar dessa atitude,
porém, de algum modo se reúne ao seu corpo físico e vive.
Mais tarde tenta contar o acontecido a outras pessoas, mas tem dificuldade em fazê-lo. Em primeiro
lugar, não consegue encontrar palavras humanas adequadas para descrever esses episódios não-
terrenos. Descobre também que os outros caçoam dele, e então deixa de dizer essas coisas.
Ainda assim, a experiência afeta profundamente sua vida, especialmente suas opiniões sobre a
morte e as relações dela com a vida”.
Mais notável ainda: diversos detalhes do Espiritismo aparecem nos relatos. Basta lermos
atentamente a descrição do caso ideal do Dr.Moody, acima: o corpo espiritual, o encontro com
parentes falecidos, a recapitulação dos principais acontecimentos da vida, orientada por um guia
espiritual (o Espiritismo nos diz que as encarnações na Terra são para o aprendizado do
Espírito), tudo isso está lá, sendo narrado por muitas pessoas que nada sabiam sobre o
Espiritismo. Em muitos outros relatos aparecem ainda a reencarnação e, inclusive, cidades
espirituais! Novamente, na concordância de diversas fontes independentes e distantes entre si
(neste caso, os pacientes), surgem os postulados Espíritas.
Com certeza, e isso inclusive é uma hipótese formulada pelo Dr. Parnia, todas as
pessoas, cujo coração e o cérebro pararam, passaram pelas EQMs, porém apenas uma pequena
parcela delas se lembra dos acontecimentos. É uma concessão que a Espiritualidade Superior,
com a permissão de Deus, faz a essas pessoas, e também a nós, para nos mostrar que a morte
nada mais é do que a passagem para a Vida Maior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 http://www.terra.com.br/istoe/1918/comportamento/1918_falando_alem.htm.
2 http://www.ipati.org
NOSSO LAR
Fábio José Lourenço Bezerra
Em 1943, pela psicografia do grande médium Chico Xavier, o mundo ganhava de presente um
rico manancial de informações sobre o mundo espiritual: o livro “Nosso Lar”. Pelas mãos do
nosso querido Chico, o médico André Luiz colocou no papel as suas experiências pós-morte,
descrevendo em detalhes suas impressões acerca dessa nova etapa de sua existência.
Causando estranheza em muitos, ele descreveu um ambiente muito parecido com o mundo
material, em vários aspectos. Prédios, casas, aparelhos eletrônicos, vegetação, necessidade
de alimentar-se e até um ônibus voador fazem parte de suas descrições (Diga-se de passagem,
bastante avançadas para a época em que foi escrito o livro). A reação de estranhamento de
algumas pessoas, aliás, já tinha sido previsto pelo próprio Emmanuel, o grande Espírito guia
de Chico Xavier, como consta no prefácio deste mesmo livro, cujo trecho transcrevo abaixo:
A surpresa, a perplexidade e a dúvida são de todos os aprendizes que ainda não passaram pela
lição. É mais que natural, é justíssimo. Não comentaríamos, desse modo, qualquer impressão
alheia. Todo leitor precisa analisar o que lê.
E, no prefácio do livro “Os mensageiros”, o segundo livro ditado por André Luiz, ele explica:
Lendo este livro, que relaciona algumas experiências de mensageiros espirituais, certamente
muitos leitores concluirão, com os velhos conceitos da Filosofia, que “tudo está no cérebro do
homem”, em virtude da materialidade relativa das paisagens, observações, serviços e
acontecimentos (grifo nosso).
No próprio livro “Nosso Lar”, no capítulo VII, André Luiz refere-se às explicações de Lísias:
A morte do corpo não conduz o homem a situações miraculosas, dizia. Há regiões múltiplas
para os desencarnados, como existem planos inúmeros e surpreendentes para as criaturas
envolvidas na carne terrestre. Almas e sentimentos, formas e coisas, obedecem a princípios
de desenvolvimento natural e hierarquia justa.
“O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas
modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza.
(Cap. X.) Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de
eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de
materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto
intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há
transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo
médio entre os dois estados. (Cap. IV, nos 10 e seguintes.)
No estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, sofre
modificações tão variadas em gênero e mais numerosas talvez do que no estado de matéria
tangível (grifo nosso). Essas modificações constituem fluidos distintos que, embora
procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais e dão lugar aos
fenômenos peculiares do mundo invisível.
Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os Espíritos, que também são fluídicos,
uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para
eles o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam
para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais,
ainda que por processos diferentes (grifo nosso).
Lá, porém, como neste mundo, somente aos espíritos mais esclarecidos é dado compreender
o papel que desempenham os elementos constitutivos do mundo onde eles se acham. Os
ignorantes do mundo invisível são tão incapazes de explicar a si mesmos os fenômenos a que
assistem e para os quais muitas vezes concorrem maquinalmente, como os ignorantes da
Terra o são para explicar os efeitos da luz ou da eletricidade, para dizer de que modo vêem e
escutam.
Os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos instrumentos de análise e à
percepção dos nossos sentidos, feitos para perceberem a matéria tangível e não a matéria
etérea. Alguns há pertencentes a um meio diverso a tal ponto do nosso, que deles só podemos
fazer idéia mediante comparações tão imperfeitas como aquelas mediante as quais um cego
de nascença procura fazer idéia da teoria das cores.
[...] A pureza absoluta, da qual nada nos pode dar idéia, é o ponto de partida do fluido
universal; o ponto oposto é o em que ele se transforma em matéria tangível. Entre esses dois
extremos, dão-se inúmeras transformações, mais ou menos aproximadas de um e de outro. Os
fluidos mais próximos da materialidade, os menos puros, conseguintemente, compõem o que
se pode chamar a atmosfera espiritual da Terra. É desse meio, onde igualmente vários são os
graus de pureza, que os Espíritos encarnados e desencarnados, deste planeta, haurem os
elementos necessários à economia de suas existências. Por muito sutis e impalpáveis que nos
sejam esses fluidos, não deixam por isso de ser de natureza grosseira, em comparação com os
fluidos etéreos das regiões superiores.
[...] O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do
fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma.
Já vimos que também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido
condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito, a transformação molecular se
opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas
qualidades etéreas. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm, pois origem no mesmo
elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes (grifo
nosso).
[...] A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento
moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer,
pelo que não podem passar, à vontade, de um mundo para outro (grifo nosso). Alguns há,
portanto, cujo envoltório fluídico, se bem que etéreo e imponderável com relação à matéria
tangível, ainda é por demais pesado, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo
espiritual, para não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio (grifo nosso). Nessa
categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que eles o confundem
com o corpo carnal, razão por que continuam a crer-se vivos (grifo nosso). Esses Espíritos,
cujo número é avultado, permanecem na superfície da Terra, como os encarnados, julgando-
se entregues às suas ocupações terrenas. Outros um pouco mais desmaterializados não o são,
contudo, suficientemente, para se elevarem acima das regiões terrestres.
[...] Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores e, até, encarnar
neles. Tiram dos elementos constitutivos do mundo onde entram os materiais para a formação
do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem. Fazem como o
nobre que despe temporariamente suas vestes, para envergar os trajes plebeus, sem deixar
por isso de ser nobre.
[...] Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens
manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o
pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem
àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com
eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas;
mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos,
combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um
pensamento inconsciente(grifo nosso). Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta
se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.
Através de uma leitura atenta das explicações de Kardec, acima, torna-se fácil deduzir-se que
a espiritualidade superior, através da ação do pensamento e da vontade sobre a matéria
espiritual, criou a colônia Nosso lar, verdadeiro hospital e escola para os Espíritos ainda muito
materializados, bem como milhares de colônias semelhantes em volta da Terra. Sua
semelhança com o mundo material, obviamente, deve-se ao grau de materialidade dos
Espíritos que ainda necessitam daquela instituição para reequilibrarem-se e aprenderem,
rumo a graus mais elevados. Além disso, os Espíritos pouco evoluídos, ainda muito apegados à
matéria, dificilmente se adaptariam a um ambiente que fosse muito diferente ao da Terra.
Trata-se de uma zona de transição, ainda muito distante do máximo grau evolutivo a que
podem chegar os Espíritos.
O alto grau de materialidade dos Espíritos também explica a necessidade de os mesmos serem
resgatados da zona purgatorial chamada Umbral, descrita no livro. Seus corpos espirituais,
ainda muito grosseiros e pesados para o plano espiritual, embora invisíveis e imponderáveis
para os encarnados, estão presos à superfície da Terra. Ao adotar uma atitude mental
positiva, aproximando-se do equilíbrio, o Espírito que estacionou naquela zona modifica a
qualidade vibratória do seu perispírito, pondo-se em condições de ser resgatado pelas equipes
espirituais socorristas das colônias.
Outros médiuns poderosos, antes mesmo da codificação kardequiana (nome comum para as
obras codificadas por Allan Kardec), obtiveram detalhes do plano espiritual que coincidem
bastante com os relatos de André Luiz, como Emmanuel Swedenborg no século XVII, e Andrew
Jackson Davis no século XIX.
Swedenborg, nas palavras de Sir Arthur Conan Doyle, no seu livro “História do Espiritismo”,
através de sua clarividência:
Verificou que o outro mundo, para onde vamos após a morte, consiste de várias esferas,
representando outros tantos graus de luminosidade e de felicidade; cada um de nós irá para
aquela a que se adapta a nossa condição espiritual. Somos julgados automaticamente, por
uma lei espiritual das similitudes; o resultado é determinado pelo resultado global de nossa
vida, de modo que a absolvição ou o arrependimento no leito de morte têm pouco proveito.
Nessas esferas verificou que o cenário e as condições deste mundo eram reproduzidas
fielmente, do mesmo modo que a estrutura da sociedade. Viu casas onde viviam
famílias, templos onde praticavam o culto, auditórios onde se reuniam para fins sociais,
palácios onde deviam morar os chefes (grifo nosso).”
Andrew Jackson Davis, ainda conforme Conan Doyle, na obra supracitada, a respeito da vida
pós-morte, através de sua visão espiritual:
Viu uma vida semelhante à da Terra, uma vida que pode ser chamada semimaterial, com
prazeres e objetivos adequados à nossa natureza, que de modo algum se havia
transformado pela morte (grifo nosso). Viu estudo para os estudiosos, tarefas geniais
para os enérgicos, arte para os artistas, beleza para os amantes da Natureza, repouso
para os cansados. Viu fases graduadas da vida espiritual, através das quais lentamente
se sobe para o sublime e para o celestial (grifo nosso). Levou a sua magnífica visão acima
do presente universo e o viu como uma vez mais este se dissolvia numa nuvem de fogo, da
qual se havia consolidado, e, uma vez mais se consolidado para formar o estágio, no qual uma
evolução mais alta teria lugar e onde uma classe mais alta se iniciaria do mesmo modo que
algures a classe mais baixa. Viu que esse processo se renovava muitas vezes, cobrindo trilhões
de anos e sempre trabalhando no sentido do refinamento e da purificação.
P. – A forma da alma que tendes é perfeitamente semelhante à do corpo em que ela habitava?
R. – Sim.
R. – Dorme e come quem quer; isto não é uma necessidade como no planeta; é mais uma
satisfação para aqueles que o fazem.
R. – Eu estou numa casa; há casas nesta vida, do mesmo modo que sobre a Terra.
R. – Leio, escrevo e passo parte do meu tempo a aconselhar o bem aos indivíduos inclinados
ao mal.
[...] Sofri um ataque cardíaco e me encontrei em um vácuo negro, e aí soube que tinha
deixado para trás o meu corpo físico. Sabia que estava morrendo e pensei: ‘Ó Deus, fiz o
melhor que eu pude fazer na ocasião. Por favor me ajude’. Imediatamente, fui sendo movido
para fora daquela treva, através de um cinzento pálido, e fui indo, flutuando e movendo
rapidamente , e bem em frente, ao longe, via uma névoa cinza, e eu estava indo
aceleradamente para lá. Não estava chegando tão rápido quanto queria, e, à medida que ia
me aproximando, dava para ver através dela. Além da névoa, podia ver bem as pessoas, e as
suas formas eram as mesmas que tinham tido na Terra, e dava para ver tambémcoisas que
pareciam construções (grifo nosso). Toda a cena estava permeada da mais encantadora luz -
--- uma luz vívida, de brilho amarelo-ouro, de cor pálida, e não como o dourado berrante que
conhecemos na Terra. Quando eu me aproximei mais, tive certeza de que ia passar através da
névoa. Era uma sensação tão alegre e maravilhosa que não há palavras que a possam
descrever. No entanto, ainda não tinha chegado a minha vez de ultrapassar a névoa, e isso
porque vindo do outro lado instantaneamente apareceu na minha frente meu tio Carl, que
tinha morrido muitos anos antes (grifo nosso). Ele bloqueou minha passagem dizendo: ‘
Volte. Seu trabalho na Terra ainda não acabou. Agora volte’. Eu não queria voltar, mas não
tinha escolha, e imediatamente estava de volta ao meu corpo. Senti aquela dor horrível no
peito e ouvi meu filhinho chorando: ’Deus, traga a minha mãe de volta’.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOYLE, Arthur Conan (Sir). História do espiritismo. São Paulo: Pensamento, [1999]. 498 p.
MOODY JR., Raymond A. Vida depois da vida. Rio de Janeiro: Nórdica, 1979. 172 p.
PARNIA, Sam. O que acontece quando morremos: um estudo sobre a vida após a morte. São
Paulo: Larrouse, 2008. 246 p.
XAVIER, Francisco Cândido. Nosso lar: quando o servidor está pronto, o serviço aparece.
19. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1944. 281 p. (ditado pelo espírito André Luiz).
AS EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE
Um dos fenômenos de maior importância, para provar que nossa consciência independe do
cérebro, chama-se Bilocação ouDesdobramento Espiritual.
Ocorre quando o corpo espiritual, ou duplo etérico, afasta-se do corpo físico, ganhando, às
vezes, enormes distâncias deste.
Nossa consciência viaja junto com esse nosso ”fantasma”, que consegue, muitas vezes, perceber
tudo ao seu redor, seja no plano físico, seja no plano espiritual. Contudo, mantém, com o corpo
físico ainda vivo, uma delicada ligação, o chamado “cordão de prata”, espécie de fio fluídico
que se distende, indefinidamente, com o deslocamento do corpo espiritual.
O grande teor de prova, dessas ocorrências, surge quando o nosso “fantasma” testemunha
eventos, e observa objetos e lugares, impossíveis de serem percebidos pelo corpo físico, e que
são lembrados posteriormente, quando do retorno ao estado normal. Dessa forma, foram
confirmados muitos detalhes percebidos durante as ocorrências.
Em alguns casos, o espírito desdobrado pôde ser percebido por médiuns videntes presentes no
local. Em outros, foi percebido por todos os presentes, médiuns ou não, quando o “fantasma de
pessoa viva” adquiriu consistência sólida (materialização).
O fenômeno geralmente é provocado, em algumas pessoas, quando ocorre uma diminuição das
forças vitais do organismo, como: sono ordinário, hipnótico, mediúnico, êxtase, desmaio, efeitos
narcóticos, coma, doenças, etc.
Respondendo a perguntas, em “O Livros dos Espíritos”, e também em “O Livro dos Médiuns”,
os Espíritos Superiores encarregados da codificação do Espiritismo revelaram que o ser humano
é constituído por três partes: Espírito, Perispírito e Corpo Físico.
O Perispírito (termo cunhado por Allan Kardec, que significa Envoltório do Espírito), é o que
podemos chamar de Corpo Espiritual. Formado por matéria sutil, ainda não percebida pelos
instrumentos de observação desenvolvidos pela nossa atual tecnologia, nem pelos nossos 5
sentidos normais, porém espalhada por todo o espaço universal, em torno dos planetas, ao nosso
redor. Os Espíritos chamaram esta matéria de “Fluido Cósmico Universal”.
Os Espíritos também disseram a Kardec, nas obras supracitadas, que quando enfraquecido o
corpo, por doenças ou outras causas, afrouxam-se os laços que prendem o Espírito ao corpo, e,
assim podem entrar mais facilmente em contato com o mundo espiritual, comunicar-se com os
Espíritos desencarnados, e afastar-se do corpo físico.
Os egípcios distinguiam 3 elementos no homem: 1º, o corpo; 2º, o “Kou” luminoso ou Espírito;
3º, o “Ska”, o duplo, intermediário entre o Espírito e o corpo, dito também “Srit”, sombra, e
considerado matéria sutil que cobria e reproduzia o corpo físico;
Para os Hebreus, conforme a Cabala, a alma é chamada “Nefes”; o corpo espiritual é chamado
“Ruach”; e o Espírito, mais refinado, “Neshamâch”. O “Ruach” é o intermediário entre o
Espírito e o corpo;
Orígenes, um dos pais da Igreja, dizia que as almas, ao saírem de um corpo, se revestem de
outro, sutil, com a mesma forma daquele que abandonam;
Santo Afonso de Liguori foi canonizado antes do tempo, por aparecer em dois lugares, distantes
um do outro, ao mesmo tempo, o que foi considerado milagre;
Santo Antônio de Pádua pregava na Itália, e, de repente, ao mesmo tempo, apareceu em Lisboa,
para salvar o pai da pena de morte, pois o mesmo foi condenado injustamente. Santo Antônio,
então, demonstrou sua inocência. Este fato foi testemunhado por várias pessoas na época.
Em “O Livro dos Médiuns”, Kardec pede aos Espíritos explicação para os dois últimos casos
acima citados. Os Espíritos responderam que, quando atingiram um elevado nível de evolução
espiritual, de completa desmaterialização, o Espírito encarnado pode, quando lhe vem o sono,
pedir a Deus para transportar-se a um determinado lugar. O corpo espiritual, então, desloca-se
até este lugar, deixando no corpo parte do seu Perispírito. Pode, inclusive, materializar-se no
local até onde foi transportado.
O filósofo italiano Ernesto Bozzano possuía em seus arquivos cerca de 150 casos de
desdobramento espiritual. Baseado neles, ele escreveu o livro “Fenômenos de bilocação”, onde
faz uma análise comparada de vários casos, em suas diversas fases. É deste livro que extraímos
o seguinte caso, no qual a autora do relato é a noiva de um tenente do exercito alemão que
respirou gás carbônico, tendo começo de asfixia, no ano de 1908: “a pessoa de quem sou noiva
era oficial e deixou o serviço militar há pouco tempo. Pouco antes de enviar o seu pedido de
demissão, aconteceu-lhe, certa noite, ir para a cama e, alguns momentos após, achar-se de pé no
meio do quarto, ocupado a examinar o seu próprio corpo estendido debaixo dos cobertores. Tal
situação pareceu bastante fantástica ao tenente, tanto mais que nunca ouvira falar de
semelhantes fatos. Com o fim de pôr a prova sua própria mente, pôs-se a andar pelo quarto,
observar os móveis e outros objetos, foi a sua secretaria e começou a ler um livro que se achava
aberto sobre ela, mas, quando quis virar a página, não o conseguiu, apesar de tentá-lo por
diversas vezes. Foi, em seguida, à janela, olhou a rua e observou as chamas tremulas dos bicos
de gás. Em suma, pode-se convencer de que percebia todas as coisas de modo normal.
De repente ocorreu-lhe a idéia de que talvez se achasse na condição de um “espírito
desencarnado”. Quis, pois, verificar se lhe era possível passar através da parede. Tentou, e
imediatamente, se achou na sala vizinha, onde viu um companheiro seu sentado à mesa,
ocupado a desenhar. Fez todo o possível para chamar-lhe a atenção: tocou-o, falou-lhe, soprou-
lhe no rosto, mas tudo foi inútil porque ele continuou tranqüilo a desenhar, inconsciente da sua
presença. Assaltou-o desânimo e voltou para o seu quarto, onde tornou a ver o seu corpo,
estendido, inerte no leito.
Pensou, pois, sair ao ar livre e, passando através da porta fechada, dirigiu-se para a estação
ferroviária, onde observou a multidão de viajantes e o movimento dos trens. Percebendo, ao
longe, um túnel, dirigiu-se para o mesmo, lá penetrou e observou diversos operários que ali
trabalhavam. Era um túnel em que jamais havia penetrado e cuja existência ignorava.
Voltando ao quarto, viu o criado abrir a porta, entrar, sondar o ar, precipitar-se para o leito,
sacudir vivamente o corpo de seu patrão, assistindo ele a tudo, ao seu lado, em Espírito. Em
seguida, o criado apressou-se a abrir a janela do quarto e uma súbita torrente de ar fresco
despertou o tenente, que logo lhe perguntou o que havia ocorrido e pelo mesmo soube que o ar
estava saturado de gás carbônico e que por um instante fora considerado morto. Então o tenente
lhe perguntou como tivera a idéia de ir naquele momento ao seu quarto, e o criado lhe disse que
experimentara a necessidade súbita e irresistível de ir imediatamente regular a tiragem da
pequena chaminé. O fato é que, se o criado não houvesse acorrido, o oficial estaria morto e o
seu espírito não teria podido reintegrar o seu corpo.
No dia seguinte, foi ele ao túnel que visitara como espírito e lá reconheceu todas as coisas que
havia visto. Do mesmo modo interrogou o locatário vizinho e soube que ele estivera ocupado,
naquela hora, no mesmo desenho que pôde ver.
Tais são os fatos. Pois bem, apesar da natureza deles, meu noivo ainda não acredita na
sobrevivência da personalidade consciente depois da morte do corpo”.
1) Experiências de pessoas que foram ressuscitadas depois de terem sido julgadas, consideradas ou
declaradas mortas pelos seus médicos;
“Um homem está morrendo e, quando chega ao ponto de maior aflição física, ouve seu médico
declará-lo morto. Começa a ouvir um ruído desagradável, um zumbido alto ou toque de
campainhas, e ao mesmo tempo se sente movendo muito rapidamente através de um túnel longo
e escuro. Depois disso, repentinamente se encontra fora do seu corpo físico, mas ainda na
vizinhança imediata do ambiente físico, e vê seu próprio corpo a distância, como se fosse um
espectador. Assiste às tentativas de ressurreição desse ponto de vista inusitado em um estado de
perturbação emocional.
Depois de algum tempo, acalma-se e vai se acostumando à sua estranha condição. Observa que
ainda tem um “corpo”, mas um corpo de natureza muito diferente e com capacidades muito
diferentes das do corpo físico que deixou para trás. Logo outras coisas começam a acontecer.
Outros vêm ao seu encontro e o ajudam. Vê de relance os espíritos de parentes e amigos que já
morreram e aparece diante dele um caloroso espírito de uma espécie que nunca encontrou antes
– um espírito de luz. Este ser pede-lhe, sem usar palavras, que reexamine sua vida, e o ajuda
mostrando uma recapitulação panorâmica e instantânea dos principais acontecimentos de sua
vida. Em algum ponto encontra-se chegando perto de uma espécie de barreira ou fronteira,
representando aparentemente o limite entre a vida terrena e a vida seguinte. No entanto,
descobre que precisa voltar para a Terra, que o momento da sua morte ainda não chegou. A essa
altura oferece resistência, pois está agora tomado pelas suas experiências no após-vida e não
quer voltar. Está agora inundado de sentimentos de alegria, amor e paz. Apesar dessa atitude,
porém, de algum modo se reúne ao seu corpo físico e vive.
Mais tarde tenta contar o acontecido a outras pessoas, mas tem dificuldade em fazê-lo. Em
primeiro lugar, não consegue encontrar palavras humanas adequadas para descrever esses
episódios não-terrenos. Descobre também que os outros caçoam dele, e então deixa de dizer
essas coisas. Ainda assim, a experiência afeta profundamente sua vida, especialmente suas
opiniões sobre a morte e as relações dela com a vida”.
O Dr. Mervin Morse, Pediatra americano, observou várias crianças gravemente doentes,
internadas em centros médicos e salas de emergência. Constatou que algumas delas relataram
experiências com a morte. Os detalhes – separar-se do corpo, ter umflashback com
acontecimentos de sua própria vida, sentir-se em paz, a presença de uma luz branca e seres
luminosos – estavam presentes, porém relatados, naturalmente, em linguagem infantil. A faixa
etária das crianças foi de 3 a 9 anos.
Uma garotinha de 5 anos relatou: ”eu subi no ar e vi um homem igual a Jesus, porque ele era
bonzinho e estava conversando comigo. Eu vi gente morta, vovós e vovôs, e bebês esperando o
nascimento. Vi uma luz e um arco-íris que me disse quem eu era e onde eu deveria ir. Jesus me
disse que não era minha hora de morrer”.
O Dr. Pin Van Lommel, cardiologista da Holanda, acompanhou 344 sobreviventes de paradas
cardíacas de 10 hospitais, durante 2 anos, e 41 deles, correspondendo a 12% do total, haviam
relatado uma EQM. Descobriu-se que os pacientes, acompanhados por 8 anos, mudaram
bastante. Ficaram mais próximos da família, mais compreensivos com os outros, com menos
temor da morte e mais interessados em desenvolver-se espiritualmente. Esta mudança é
muitíssimo comum em quem passou por uma EQM, como estudos posteriores confirmariam.
Dos 41 que passaram pela EQM, na pesquisa do Dr. Van Lommel, 24% deles tiveram uma
experiência fora do corpo. Conforme o relato da enfermeira, em um desses casos, ela retirou a
dentadura de um paciente no momento em que ele sofreu uma parada cardíaca, colocando-a em
uma gaveta de um carrinho especial. Os médicos e enfermeiras tinham começado o processo de
ressuscitação, que durou 1 hora e meia. Em seguida, o paciente foi transferido para a UTI. Após
uma semana, o paciente retornou à mesma enfermaria em que ela tinha trabalhado. Então ele
disse: “Oh, essa enfermeira sabe onde está minha dentadura”, aí, ele se dirigiu a ela: “Sim, você
estava lá quando eu fui levado ao hospital, e você tirou minha dentadura da boca e a colocou em
um carrinho (querendo dizer o carrinho hospitalar). Havia esse monte de garrafas em cima, e
uma gaveta que deslizava por baixo, que foi onde você colocou os meus dentes”.
“Eu fiquei realmente chocada, porque me lembro do acontecido enquanto este homem estava
num coma profundo, e em processo de CPR (Ressuscitação Cardio-Pulmonar). Quando
perguntei mais tarde, parece que ele tinha se visto deitado na cama e observado de cima como
os médicos e as enfermeiras trabalhavam. Ele também foi capaz de descrever corretamente e
com detalhes a pequena sala cirúrgica na qual estava sendo ressuscitado, assim como a
aparência de todos os presentes... na época... ele tinha estado com muito medo de que nós
tivéssemos que parar com a CPR, e de assim morrer. E é verdade que a equipe tinha ficado
bastante pessimista a respeito de seu prognóstico, devido à condição muito precária na qual ele
fora admitido.”
É bastante comum as pessoas que passaram por EQM relatarem ter visto, do teto, os
procedimentos realizados pelos médicos e as enfermeiras, mesmo estando o coração parado
durante algum tempo, e estes não raro ficam perplexos com os relatos detalhados que os
pacientes lhes fazem.
Outro estudo foi feito pelo pesquisador americano Bruce Greyson. Ele acompanhou 1595
pessoas que deram entrada no hospital com problemas cardíacos, por 30 meses. Dessas pessoas,
110 sofreram uma parada cardíaca, e 10% delas, uma EQM.
Um quarto estudo foi feito por Janet Schwaninger, uma enfermeira cardíaca dos EUA. Neste
estudo, 23% dos sobreviventes de ataque cardíaco tiveram uma EQM, e seis meses após,
mostraram uma transformação muito positiva em si mesmas.
Após todos estes estudos, a grande maioria dos cientistas passaram a acreditar que, de fato, as
EQMs aconteciam. Apareceram, então, 3 tipos de explicações:
Possíveis causas:
- falta de oxigênio;
b) TEORIAS PSICOLÓGICAS
estressante;
Em todas as teorias acima, supõe-se que o indivíduo tenha visto os procedimentos dos médicos
e enfermeiras, bem como os detalhes de onde estava, antes ou depois de seu coração e o cérebro
pararem, tendo criado fantasias a partir do que lembravam, isto é, tiravam de sua cultura e de
sua religião os detalhes de sua experiência.
c) TEORIAS TRANSCENDENTAIS
O Dr. Sam Parnia, um dos maiores especialistas do mundo no estudo científico da morte, do
estado da mente humana, do cérebro e das experiências de quase-morte, hoje divide seu tempo
entre os hospitais do Reino Unido e a Cornell University, em Nova York, onde é membro da
Unidade de Cuidado Cardiopulmonar. Ele também tem uma posição de honra na Senior Clinical
Research Fellow na Universidade de Southampton no Reino Unido, onde dirige o Grupo de
Pesquisa da Consciência.
Ele achou supreendente como em diferentes culturas, idades e épocas, pessoas que estiveram
bem perto da morte puderam relatar uma quantidade tão grande de experiências tão coesas entre
si .
No seu livro what happens when die (no Brasil, com o título: “o que acontece quando
morremos “, pela editora Larousse), ele mostra os estudos realizados até o momento sobre
EQM. Verificou que vários cientistas (a maioria) procurou dar explicações aos fatos sem antes
haver um estudo científico sobre os mesmos. Não foram, até então, monitorados os níveis de
oxigênio, gás carbônico, drogas aplicadas nos pacientes, e nem se observou os sinais vitais do
paciente (batimentos cardíacos, ondas cerebrais, etc), relacionando-os com o que era relatado
pelo paciente depois dos acontecimentos. Apenas cada cientista havia dado uma explicação
baseado apenas em sua opção filosófica (em sua maioria, materialista).
O Dr. Parnia, vislumbrando as implicações que teriam um estudo como esse, que procura
desvendar a natureza da consciência (ela dependeria ou não do cérebro?), para a ética, a
teologia, a filosofia e para o cuidado médico ( uma vez que aqueles que passaram por uma EQM
sofreram transformações bastantes positivas em suas vidas, Isso poderia vislumbrar o
tratamento de várias doenças, inclusive a depressão), ele resolveu empreender seu próprio
estudo.
· Os pacientes foram divididos em 2 grupos: aqueles que tiveram uma EQM e os que não tiveram.
· Cerca de 10% dos pacientes tiveram uma EQM. Os níveis de oxigênio, gás carbônico, sódio e
potássio, entre os que tiveram e os que não tiveram EQM, só diferiu um pouco em relação ao
oxigênio, um pouco maior no grupo que teve EQM. Assim, embora pequeno, o estudo já sugeria
que poderiam ser descartadas as hipóteses da falta de oxigênio, e do excesso de gás carbônico,
como causadores de EQMs.
Também foi testada a hipótese de a religião ter contribuído para a experiência. Conforme o Dr.
Parnia, dos que passaram por EQM, todos eram cristãos, com a exceção de um, convertido
pagão 10 anos antes. Contudo, não apareceram detalhes específicos do cristianismo nas EQMs,
mas sim, seguiam vários dos detalhes descritos pelo Dr. Moody em seu livro.
Não pôde ser testada a hipótese transcendental, uma vez que nenhum paciente relatou que teria
flutuado acima do seu corpo.
Uma das pessoas que passaram por EQM no estudo do Dr. Parnia relatou o seguinte:
“Não sei o que aconteceu, mas eu apenas me senti muito tranqüila e numa certa distância no
canto da sala vi uma construção – parecia a moldura de uma porta – e meu pai, que morreu
muitos anos atrás, estava lá de pé. Fiquei extasiada pelo que estava acontecendo e comecei a
caminhar na direção dele. Ele então me olhou, levantou a mão, como para me dizer: pare. Ele
me disse que eu tinha de voltar. Senti que, se transpusesse aquela porta, não poderia mais
voltar...não me lembro de mais nada da experiência.”
Enquanto estava em andamento o estudo do Dr. Parnia, várias pessoas, que ficaram sabendo de
suas pesquisas, entraram em contato com ele, relatando suas próprias experiências. Abaixo,
transcrevemos dois relatos:
“Meu filho Andrew, então com três anos e meio, foi internado no hospital com um problema
cardíaco... ele teria de fazer uma operação no coração...
Cerca de duas semanas após a cirurgia, ele começou a perguntar quando poderia voltar para
visitar aquele lugar lindo com todas aquelas flores e animais. Eu disse: ’iremos ao parque em
alguns dias quando você estiver se sentindo melhor’. ‘Não’, ele disse, ‘Não quero ir ao parque,
estou falando do lugar ensolarado que eu fui com a moça’. Perguntei: ‘Qual moça?’. Ele
respondeu: ‘A moça que voa’. Disse a ele então que não havia entendido e que eu devo ter
esquecido onde era esse lugar ensolarado e ele então falou: ‘ Você não me levou lá. A moça
veio e me pegou. Ele segurou minha mão e nós voamos... você estava fora quando estavam
costurando meu coração... foi legal, a moça cuidou de mim, ela me ama, não fiquei com medo,
foi muito bom. Tudo era brilhante e colorido, (mas) eu queria voltar pra ver você outra vez’.
Perguntei a ele: ‘Quando você voltou, você estava sonhando, acordado, ou adormecido?’, e ele
disse: ‘Estava acordado, mas eu estava lá em cima no teto e, quando olhei pra baixo, eu estava
deitado na cama com meus braços encolhidos e os doutores fazendo alguma coisa no meu peito.
Tudo era muito brilhante e logo eu voei de volta para baixo...’
Um ano após a operação, estávamos assistindo ao Children’s Hospital e uma criança estava
passando por uma cirurgia do coração. Andrew ficou bastante animado e disse: ‘Eu tinha aquela
máquina’(uma máquina de circuito de passagem). Eu disse: ‘não acho que você tinha’. Ele
falou: ‘Sim, eu tinha, sim’. ‘Mas’, eu disse, ‘ Você estava adormecido quando fez sua operação,
então você não teria visto nenhuma máquina’. Ele falou: ’Eu sei que eu estava adormecido, mas
eu conseguia ver quando olhava pra baixo’. Eu disse: ‘Se você estava dormindo, como
conseguia olhar pra baixo?’ você sabe, eu falei para você, quando eu voei com a moça...’’’.
[Um dia] eu mostrei a ele uma foto de minha mãe (que havia falecido) quando ela tinha minha
idade agora, e ele falou: ‘É ela. Essa é a moça’’’.
Outro relato:
“...durante minha operação, fiquei flutuando ao redor da sala de cirurgia. Eu conseguia ver o
cirurgião e as enfermeiras trabalhando em meu corpo, embora agora não consiga me lembrar de
quantas pessoas havia lá. Eu também consegui ouvir suas conversas... o cirurgião disse que
deixaria a ferida aberta para que secasse, porque o apêndice tinha inchado. Ele então me visitou
na enfermaria após a operação para explicar o que tinha feito, mas eu já sabia, porque tinha
escutado tudo. Ele disse que eu não poderia tê-lo ouvido e sugeriu que talvez uma enfermeira
estivesse ao meu lado na cama e tivesse me contado... eu não contei a ele que havia visto a
operação ser feita...”
O Dr. Parnia sabe que o estudo-piloto não foi suficiente para responder todas as perguntas. Um
novo estudo, liderado por ele ecoordenado pela Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha,
em 25 hospitais na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, começou desde setembro de 2008, e
deverá examinar experiências de quase-morte em 1500 pacientes, sobreviventes de ataque
cardíaco, durante 3 anos. Os especialistas vão verificar se as pessoas que tiveram suspenso o seu
batimento cardíaco ou atividade cerebral podem ter experiências de se ver fora do próprio
corpo. O estudo é intitulado Aware (sigla inglesa para "consciência durante ressuscitação").
Para testar a "visão de cima", os pesquisadores vão instalar prateleiras especiais em áreas de
atendimento de emergência dos hospitais. Elas deverão conter fotografias que só podem ser
vistas de cima.
www.horizonresearch.org
“Até mais recentemente, eu costumava acreditar que os processos cerebrais levavam à formação
da consciência e da mente, embora, como todos os outros cientistas, eu não sabia como.
Entretanto, estudar as experiências de quase-morte em sobreviventes de parada cardíaca me fez
questionar minhas opiniões, como a falta de mecanismos biológicos plausíveis que informem a
causa da consciência em processos cerebrais. Eu agora decidi manter a mente completa e
absolutamente aberta e deixar a evidência tomar minha opinião. Afinal, como já mencionado,
esta não seria a primeira vez na ciência que um ponto de vista prevalecente foi provado ser
errado. Pessoalmente, tive de aceitar que a formação da consciência está longe de ser clara”
Os fenômenos relatados pelas pessoas que passaram pelas experiências de quase morte são
bastante familiares ao Espiritismo, e confirmam seus postulados, juntamente com vários outros
fenômenos estudados por pesquisadores não Espíritas, como: milhares de casos, ao redor do
mundo, de crianças de pouquíssima idade que lembram de suas vidas passadas, estudados pelo
médico americano Ian Stevenson e outros; a Transcomunicação Instrumental, quando os
Espíritos se comunicam por equipamentos eletrônicos (gravadores de áudio e vídeo, televisores,
computador, etc.), estudados por vários pesquisadores ao redor do globo, entre eles brilhantes
engenheiros eletrônicos.
A ciência vai, pouco a pouco, confirmando os ensinamentos da Doutrina Espírita, à medida em
que os cientistas abrem suas mentes para possibilidades além daquelas proporcionadas pelo
paradigma do materialismo radical, este, a cada dia, mais frágil perante os fatos.
Como vimos, no início deste texto, os Espíritos Superiores da codificação já falavam de EQMs
há mais de 150 anos atrás. Com certeza, e isso inclusive é uma hipótese formulada pelo Dr.
Parnia, todas as pessoas, cujo coração e o cérebro pararam, passaram pelas EQMs, porém
apenas uma pequena parcela delas se lembra dos acontecimentos. É uma concessão que a
Espiritualidade Superior, com a permissão de Deus, faz a essas pessoas, e também a nós, para
nos mostrar que a morte nada mais é do que a passagem para a Vida Maior.
REFERÊNCIAS
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 81. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001.
______. O Livro dos Médiuns. 62. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1996.
PARNIA, Sam. O que acontece quando morremos: um estudo sobre a vida após a morte. São
Paulo: Larousse, 2008.
MOODY Jr., Raymond.A. Vida depois da vida.11ªEd.Rio de Janeiro: Editora Nórdica, 1986.
SITES CONSULTADOS:
Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080918_quasemorte.shtml>.
Acesso em: 27 Set. 2009.
Qual o destino da alma após a morte? Será que ela desaparece com a destruição do
cérebro, sendo apenas um produto deste? Ou ela sobrevive? Se sobrevive, será que conserva a
sua individualidade, sua capacidade de raciocinar, de se emocionar, de lembrar? Nesse caso,
como ela percebe o universo ao seu redor? Será que o período em que permanece ligada ao
corpo, suas idéias e ações enquanto em vida, tem alguma influência no estado pós-morte? Se
tem, qual? Podemos um dia voltar a nos revestir de um corpo físico?
As perguntas acima, não raro, são consideradas de pouca importância, tão ocupados
que estamos com o trabalho, a formação profissional, acadêmica, o consumismo desenfreado,
enfim, a vida moderna. Cada vez mais acelerada, ela nos arrasta para uma visão hedonista,
imediatista, do mundo. O presente e o futuro próximo é que interessa. O lema vigente é ser
feliz aqui e agora.
Contudo, esquecemos que a morte é algo que todos, sem exceção, teremos que
encarar frente a frente, mais cedo ou mais tarde, seja a nossa própria morte, seja a de nossos
entes queridos.
É necessário conhecer o que brevemente será nosso destino para todo o sempre,
assim como alguém que, tendo que se mudar definitivamente para um país distante, precisa
saber como é aquele local, seus habitantes, costumes, perspectiva de emprego, clima, etc.
A existência ou não de vida após a morte nos leva a uma importante conclusão a
respeito de Deus. Ora, se nós deixamos de existir após a morte, então Ele cria vários seres para
viverem uma existência cheia de sofrimento, com a saúde comprometida, às vezes por toda a
vida, a outros não é dado tempo para adquirir maturidade, e outros possuem plenas condições
de desfrutarem dos prazeres terrenos, para, em um breve tempo, jogá-los no nada. E as
amizades, as pessoas que se amam, todas, sem exceção, deixariam de existir. De nada valeria
tudo o que se aprende ao longo da vida.
Ora, se o homem tem a certeza de só possuir esta vida, e de que a qualquer momento
ele pode perdê-la, deixando assim de existir, esta idéia o fará pensar que o universo é
governado pelo caos, sendo a lei do mais forte a diretriz verdadeira da vida. O estimulará a se
importar apenas com o aqui e o agora.
Será estimulado a gozar dos prazeres transitórios da vida mais e mais, sendo ganhar
dinheiro e ser belo as prioridades máximas, sendo todos os excessos permitidos. Para que ser
moderado, equilibrado, se a qualquer momento deixará de existir? O orgulho, a vaidade e a
inveja encontrarão aí campo mais do que fértil. Imagine a tortura moral de alguém, quando
pobre e sem boa aparência, diante dessas idéias?
Tendo a certeza de que não existe justiça pós-morte, e, portanto, não devendo sofrer
nenhuma conseqüência pelos seus atos contra o semelhante, e achando ser o bem nada mais
do que desperdício de tempo e recursos, necessários para o seu prazer e bem-estar pessoal,
será que aquele, inclinado ao mal, terá estímulo de modificar-se?
Levar vantagem em tudo será natural, pois não verá na ética, no bem e na
generosidade mais do que convenções humanas, invenções de pessoas fracas, sem utilidade
prática para ele. Afinal, para que se importar com a sociedade, contanto que ele e aqueles de
quem ele gosta se dêem bem?
Alguém pode até ser inclinado para o bem, mas sempre haverá conflito entre a razão e
a emoção. Sua natureza boa dirá para fazer o bem, mas ao mesmo tempo achará que é algo
ilógico, até prejudicial para si próprio.
Para os orgulhosos e os que se enchem de ira com facilidade, a vingança será a reação
mais óbvia para as ofensas e para quem lhe prejudicou, afinal, não haverá razão para refrear
seus instintos. Seu amor próprio deve prevalecer. Ser desmoralizado diante das pessoas e de si
próprio? Nunca.
Se sofre muito, por uma doença muito dolorosa e incurável, ou se fica paraplégico,
tetraplégico, ou se perdeu para a morte, para sempre, uma pessoa muito querida, como um
filho jovem, a esposa amada, ou se entrou em falência, etc., a solução natural será o suicídio.
Afinal, para que viver sofrendo? Se não há esperança de cura, ou não pode gozar dos prazeres
desta vida, ou se jamais reencontrará aquela pessoa que trazia tanta felicidade? É preferível o
nada a uma existência cheia de sofrimento.
Realmente, se pararmos para pensar, veremos que a hipótese de só termos esta vida,
e nada mais, tem algo de muito angustiante. O vazio existencial é imenso. Sermos limitados a
meras máquinas biológicas, frágeis, perecíveis e sensíveis. Seria uma poderosa razão para
procurarmos provas, até mesmo evidências, da vida após a morte.
Claro que nos iludir não seria a melhor solução, pois, por mais que nos cercássemos de
fantasias de vida após a morte, nossa consciência não nos deixaria em paz diante de evidências
contrárias. Cabe-nos encontrar provas sólidas, ou nos conformarmos de que um dia teremos o
nada, a não existência, como herança.
A ciência “oficial” ainda não deu a merecida importância ao problema, devido ao fato
de boa parte dos cientistas professarem a crença materialista (aquela que acredita no
poderoso “ Deus Acaso”, isto é, crê que todas as coisas no universo, no mundo, que não são
obra do homem, foram criadas acidentalmente, fruto unicamente das combinações, ao acaso,
da matéria e das forças físicas, ao longo do tempo). Porém, não submeteram a questão às
devidas experimentações e pesquisas - que devem ser isentas de qualquer ponto de vista
preconcebido – limitando-se apenas a negar sem antes examinar.
Estes são apenas alguns dentre vários grandes nomes, cujas pesquisas ocorreram entre
os séculos 19 e 20.
A pesquisadora Sônia Rinaldi utiliza física, fonética, biometria e tecnologia digital para
pesquisar a vida após a morte. Recentemente, estudou o primeiro caso autenticado por um
laboratório internacional de um contato com um espírito. É o caso de Cleusa Julio, que sofria
muito com a morte da filha adolescente, Edna, morta ao ser atropelada por um carro
enquanto andava de bicicleta. Muito abatida, Cleusa procurou a Associação Nacional de
Transcomunicadores, cuja presidente é Sônia, e conseguiu comunicar-se com a filha. Uma das
gravações obtidas foi enviada ao Laboratório Interdisciplinar de Biopsicocibernética, em
Bolonha, Itália, o único na Europa dedicado exclusivamente ao exame e análise científicos de
fenômenos paranormais. Juntamente com aquela gravação, outra fita foi encaminhada, com
um recado deixado por Edna, antes de sua morte, numa secretária eletrônica. O laudo técnico
resultante, de 52 páginas, mostrou-se impressionante, e sua conclusão foi: a voz gravada por
meio da transcomunicação é a mesma guardada na secretária eletrônica.
O físico Cláudio Brasil, mestre pela Universidade de São Paulo, que se dedicou durante
vários anos a analisar centenas de vozes paranormais, avaliou positivamente o Caso Edna.
“Temos que abrir a mente e aceitar que a ciência não tem explicação para tudo”, diz ele, em
uma reportagem sobre este caso, para a revista Istoé. “É um trabalho puramente matemático,
à prova de fraudes”, é o que diz Sônia Rinaldi, nessa mesma reportagem, que pode ser lida no
seguinte endereço
eletrônico: http://www.terra.com.br/istoe/1918/comportamento/1918_falando_alem.htm.
Ela escreveu sete livros, entre eles Gravando vozes do além, com técnicas detalhadas
para contatos com os falecidos. Possui cerca de 50 mil gravações em áudio com mortos,
obtidas durante 18 anos de pesquisas. No princípio, através de um gravador. Atualmente, as
gravações são obtidas por telefone ou microfone conectados ao computador e, quando é
gravação e filmagem simultâneas, com o auxílio de uma câmera digital. Mais informações
sobre as pesquisas de Sônia Rinaldi podem ser obtidas no site: http://www.ipati.org (do
Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental).
No livro “Evolução em Dois Mundos”, ditado pelo Espírito André Luíz, e psicografado
por Chico Xavier e Waldo Vieira, constam várias idéias científicas, muitas posteriormente
confirmadas por cientistas estrangeiros. Consta, por exemplo, a idéia de que “a matéria é luz
coagulada”. Acontece que, vinte anos depois, dois cientistas norte-americanos, Jack Safartti e
David Bohm, garantiriam que “a matéria é luz capturada gravitacionalmente”. Este mesmo
livro foi obtido de forma bastante curiosa: Chico Xavier recebia as páginas pares e Waldo Vieira
recebia as ímpares, não se percebendo, nem de longe, diferença de estilo entre as páginas
pares e ímpares.
Ainda poderíamos citar muitos outros dados, apresentados pelos mais diversos
pesquisadores ao redor do mundo, tendentes a demonstrar a existência de vida após a morte.
Mas os que citamos acima podem nos mostrar que a sobrevivência já foi, há muito tempo,
demonstrada, sendo a aceitação deste fato apenas uma questão de maturidade, de ausência
de preconceitos. Se a ciência “oficial” mudasse de mentalidade, se debruçasse sobre estes
fatos, e os estudasse seriamente, ao invés de simplesmente negar, sem verificar, a vida após a
morte seria fartamente provada e divulgada, consolando e dando esperança a milhões de
pessoas ao redor do mundo.
1 http://www.terra.com.br/istoe/1918/comportamento/1918_falando_alem.htm.
2 http://www.ipati.org
A REENCARNAÇÃO
Pense, por uns instantes, em todas as pessoas ao redor do mundo. Elas são bastante
diferentes e vivem nas mais diversas condições, não é verdade?
Uns nascem cheios de saúde, tendo adquirido muito poucas doenças ao longo da vida,
enquanto que outros já nasceram doentes, às vezes com quadro de muito sofrimento durante
toda a vida.
Uns vivem até os noventa anos ou mais, enquanto que outros morrem na mais tenra
idade, com dez, cinco, dois anos e daí por diante.
Vemos pessoas de índole muito boa, capazes dos maiores sacrifícios pelo bem do seu
próximo, a exemplo de Gandhi, Irmã Dulce, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier e Francisco
de Assis. Outros são extremamente cruéis, sanguinários, sádicos, a exemplo de Adolf Hitler,
Mussolini e os assassinos em série. Temos pessoas de extrema inteligência, como no caso de
Albert Einstein e Stephen Hawking e pessoas de inteligência e cultura medíocres, além
daqueles com doenças mentais.
Se percorrermos a história humana, veremos que o homem já esteve em péssimas
condições, devido à ausência dos recursos que o desenvolvimento das ciências e da tecnologia
pôde proporcionar, como os medicamentos, as vacinas, os exames médicos, a anestesia, os
meios de transporte e comunicação, etc. Isso sem falar na escravidão, nas constantes guerras
entre os povos, e daí por diante.
Se nós deixamos de existir após a morte, então Deus cria vários seres para viverem
uma existência cheia de sofrimento, com a saúde comprometida, às vezes por toda a vida, a
outros não é dado tempo para adquirir maturidade e outros possuem plenas condições de
desfrutarem dos prazeres terrenos, para em um breve tempo jogá-los no nada. E as amizades,
as pessoas que se amam, todas, sem exceção, deixariam de existir. De nada valeria tudo o que
se aprende ao longo da vida.
Contudo, se passamos por uma única vida, e a partir dela vamos para o céu, ou para o
purgatório (dependendo de rezas alheias para ganharmos o céu, e não de nosso
arrependimento), ou sofrer eternamente no inferno, como pregam algumas religiões,
encontraremos com isso um verdadeiro oceano de perguntas sem resposta:
- Porque uns sofrem tanto (por exemplo, uma criança com câncer e os seus pais), sem
nada terem feito nessa vida que o justifique, enquanto outros sofrem tão pouco? ;
- Porque uns nascem na miséria, sem ter o mínimo necessário para desenvolverem-se
física e mentalmente (lembram-se dos miseráveis da Etiópia, por exemplo?), enquanto outros
nascem na abundância? ;
- Porque uns possuem índole tão má, a ponto de torturar e assassinar seu semelhante
com requintes de crueldade, enquanto outros são capazes de sacrificar seu tempo, seu
repouso ou até mesmo de dar a vida para beneficiar outras pessoas, mesmo não sendo
parentes, amigos ou sequer conhecidos? Não podemos dizer que se trata de simples escolhas,
pois se pode facilmente verificar que os sentimentos (ou a ausência deles), motivadores destes
comportamentos, em muitos casos brotam espontaneamente destas pessoas, sem nenhum
esforço da parte delas ;
- Porque uns chegam a viver apenas alguns anos, meses, ou até a morrer no ventre
materno, sem ter podido fazer nem o bem, nem o mal ou aprender qualquer tipo de crença?
Se vão para o céu, porque esse favor, sem que coisa alguma tenham feito para merecê-lo?
Porque tipo de privilégios eles se vêem isentos das tribulações da vida? Se vão para o inferno,
que fizeram para merecê-lo? Porque outros vivem até os 100 anos ou mais, sujeitos às mais
diversas tribulações e tentações da vida?
- Se Deus é bom, então porque ele não daria mais oportunidades para
arrependimento, antes de jogar seu filho em um suplício eterno? Se alguém, por exemplo,
viveu 20 anos e pecou mortalmente, morrendo e indo para o inferno, será que se pudesse ter
vivido até os 100 anos, durante os 80 anos restantes não poderia ter se arrependido e, assim,
ganho o céu? E enquanto arde no inferno, será que também aí não poderia se arrepender? Se
sim, então porque Deus não lhe daria uma chance?
Vejamos o que disse Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos”, Capítulo V, título –
CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS:
“Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de
depurar-se?”
Resposta: “sofrendo a prova de uma nova existência.”
a) “como realiza esta nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?”
Resposta: “sim, todos contamos com muitas existências. Os que dizem o contrário,
pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo
deles.”
c) “parece resultar deste principio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma
outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?”
Resposta: “evidentemente”.
Durante as suas existências, pela sua inexperiência e/ou apego à aparente realidade da
breve vida material, os Espíritos cometem, por vezes, atos prejudiciais ao seu próximo, como a
traição, o roubo, os assassinatos, etc. Diante da necessidade de evoluir, e isso implica também
em amar o seu semelhante, eles reencarnam em condições que os façam rever os seus
atos, sentindo eles próprios os sofrimentos que fizeram os outros sentir. Dessa forma, eles
adquirem a capacidade de se colocar no lugar daqueles que sofrem, como se fosse em si
próprios. Esta é a origem daquilo que conhecemos como remorso, dor na consciência. Os
sofrimentos da vida, aparentemente imerecidos (alguém que nasce na miséria, com
deformações, deficiência mental, morre de forma brutal em um acidente etc.), possuem aí sua
origem.
Da mesma forma que os pais conduzem os seus filhos pequenos para o que é bom
para eles, mesmo contra sua vontade (por exemplo, dando-lhes um remédio amargo, mas que
vai curá-los), os Espíritos pouco desenvolvidos são conduzidos pelos benfeitores espirituais,
para experiências na matéria que vão acelerar seu desenvolvimento, mesmo a contragosto,
até que possam escolher por si seu destino.
Na segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert de Rochas, que
pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito pessoas, entre 1903 e 1910, através da hipnose,
destacamos a renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e inúmeros
psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris Netherton, Edith Fiore e Brian
Weiss nos Estados Unidos , Roger Woolger na Inglaterra, Patrick Druot na França,Thorwald
Dethlefsen na Alemanha e Hans Tendam na Holanda, além de outros.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
2 DOYLE, Arthur Conan (Sir). História do espiritismo. São Paulo: Pensamento, [1999].
3. KARDEC, Allan (pseudônimo).O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio
de Janeiro: FEB, [1995].
5. ROCHAS D’AIGLUN, Eugene –Auguste Albert de. As vidas sucessivas. 1. ed. São Paulo:
Lachâtre, [2002].
6. WEISS, Brian L. Muitas vidas, muitos mestres. 37. ed. Rio de Janeiro: Sextante, [1998].
O nome “mesas girantes” veio do fato de os objetos mais utilizados serem mesas. Durante
muito tempo, foram o principal divertimento da sociedade européia da época, notadamente a
parisiense. Aconteciam tanto nos salões de festa quanto nos lares, quando os familiares e
amigos reuniam-se para interrogar as mesas sobre os mais diversos assuntos que, em sua
maioria, eram frívolos. Além dos curiosos, os fenômenos também atraíram a atenção de
homens de ciência da época. Alguns, ante os fatos, simplesmente os negavam, atribuindo-os à
fraude pura e simples, sem antes investigar a fundo; outros, mais criteriosos, tomaram todas as
precauções para afastar totalmente a possibilidade de fraude. Uma vez afastada esta
possibilidade, convenceram-se da realidade dos fatos, procurando explicá-los através das mais
diversas hipóteses: uns defendiam a atuação dos Espíritos; outros, através da atuação do
subconsciente do médium.
De pronto, a reação de Kardec foi a seguinte declaração: “Eu acreditarei quando ver e
quando me tiverem provado que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir, e que
pode se tornar sonâmbula. Até lá, permita-me que não veja nisso senão uma fábula
para provocar o sono”.
Procurando verificar os fenômenos por si mesmo, ele foi assistir a primeira das inúmeras
sessões mediúnicas em que esteve presente.
Após assistir a suas primeiras sessões, Kardec teve uma idéia: testar a força invisível com
perguntas de alto teor cientifico e filosófico, algumas simples e diretas; outras, com real
propósito de verificar se as respostas poderiam ser induzidas pela pessoa que pergunta. Para
sua surpresa, as inteligências não se deixavam influenciar pelo interlocutor, dando respostas
inteligentes, ricas de lógica e conhecimentos. Ele fez estas perguntas para Espíritos que
se comunicavam através de diferentes médiuns, de localidades diferentes e distantes entre si.
Após receber as respostas dadas pelas inteligências, juntou a elas as respostas dadas a
perguntas feitas por pessoas de sua inteira confiança, muitas realizadas antes mesmo que ele
iniciasse suas pesquisas (cinqüenta cadernos, com centenas de comunicações de inúmeros
Espíritos, obtidas por intermédio de diferentes médiuns). A partir daí, ele continuou a frequentar
reuniões mediúnicas sérias, fazendo várias perguntas aos Espíritos. Ao analisá-las, observou
que uma enorme parte delas convergia, isto é, não se contradiziam, e eram igualmente
inteligentes e ricas em conteúdo intelectual, muito acima, aliás, da capacidade e
conhecimentos dos médiuns e de seus assistentes. Selecionou então as perguntas cujas
respostas não feriam a lógica e eram coerentes entre si.
O primeiro fruto deste trabalho foi "O Livro dos Espíritos" principal obra da codificação e
do Espiritismo, contendo os seus princípios fundamentais. Foi publicado em 18 de Abril de
1857, contendo, nesta primeira publicação, 501 perguntas e suas respectivas respostas,
dadas pelos Espíritos. Posteriormente foi ampliado, passando a ter 1019 perguntas.
Após isso, Kardec observou que o conteúdo das comunicações das "inteligências" ia sendo
confirmado ao longo do tempo, através de diferentes médiuns, de centros espíritas sérios,
localizados em várias partes do mundo (cerca de mil centros).
O resultado de suas experiências demonstrava que uma enorme parte dos casos se devia
a uma inteligência independente do médium e dos assistentes, contrária muitas vezes às
convicções religiosas e filosóficas destes, com vontade e personalidade própria. Numerosas
vezes dotadas de grande conhecimento e inteligência. Isto além do fato de as próprias
inteligências insistentemente afirmarem que eram Espíritos, tendo um dia possuído um corpo,
nada mais sendo que as almas de homens que um dia viveram na Terra. Afirmação esta, diga-
se de passagem, feitas antes mesmo de alguém pensar nesta hipótese, surgida mesmo em
meios totalmente avessos a esta idéia, como ocorreu com a família Fox, que
eram protestantes, e muitos outros casos registrados no inicio dos fenômenos espíritas.
Os Espíritos Superiores informaram a Kardec que ele tinha uma missão a cumprir:
divulgar a Doutrina Espírita pelo mundo. Eles prometeram dar todo o apoio durante este
trabalho, supervisionando toda a Codificação, quer dizer, a reunião e organização de todos os
ensinamentos dados pelos Espíritos Superiores na forma de uma Doutrina.
O primeiro fruto deste trabalho, como já nos referimos acima, foi "O Livro dos
Espíritos" (1857), principal obra da codificação e do Espiritismo. Em seguida vieram obras que
tratavam de temas específicos, abordados em "O Livro dos Espíritos", para esmiuçar o alto
teor e complexidade contidos nestes temas. São elas: "O Livro dos Médiuns" – tratado
cientifico da mediunidade – guia dos médiuns e evocadores; "O Evangelho segundo o
Espiritismo" – A mensagem de Jesus sob a ótica espírita; "O Céu e o Inferno" – trata da
justiça divina segundo o Espiritismo; "A Gênese" – aborda o caráter da revelação espírita,
trata da origem do Universo, do homem, dos milagres e predições segundo o Espiritismo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica. São Paulo: FE,
2002.
2 KARDEC, Allan (pseudônimo). O Livro dos Médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores:
espiritismo experimental Rio de Janeiro: FEB, [1997].
3 _______________. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].
As irmãs Fox
Fonte da imagem: http://conhecespirita.blogspot.com.br/2011/05/quem-eram-as-irmas-fox.html
Iniciava-se, assim, uma nova era para a humanidade, através da comunicação com os
Espíritos realizada de forma sistemática, estabelecendo-se a base sob a qual se assentaria o
Espiritismo.
Embora as manifestações dos Espíritos tivessem tido ampla divulgação através dos
fatos ocorridos com a família Fox em Hydesville, anteriormente já eram conhecidas. Fatos
semelhantes já vinham ocorrendo há muito tempo, em vários lugares (disso existem vários
registros), mas eram ocultados, seja por medo do ridículo, seja pela ignorância do que se
tratava.
O resultado é que, a partir daí, cada vez mais se ouvia falar em médiuns e
comunicações espirituais diversas, inicialmente nos Estados Unidos, depois espalhando- se por
todo o mundo.
Qual o destino da alma após a morte? Será que ela desaparece com a destruição do
cérebro? Ou ela sobrevive? Se sobrevive, será que conserva a sua individualidade, sua
capacidade de raciocinar, de se emocionar, de lembrar? Nesse caso, como ela percebe o
universo ao seu redor? Será que o período em que permanece ligada ao corpo tem alguma
influência no estado pós-morte? Se tem, qual? Podemos um dia voltar a nos revestir de um
corpo físico?
As perguntas acima, não raro, são consideradas de pouca importância, tão ocupados
que estamos com o trabalho, a formação profissional, o consumismo desenfreado, enfim, a
vida moderna. Cada vez mais acelerada, ela nos arrasta para uma visão hedonista do mundo. O
lema vigente é ser feliz aqui e agora.
Contudo, esquecemos que a morte é algo que todos, sem exceção, teremos que
encarar frente a frente, mais cedo ou mais tarde, seja a nossa própria morte, seja a de nossos
entes queridos. É necessário conhecer o que brevemente será nosso destino para todo o
sempre, assim como alguém que, tendo que se mudar definitivamente para um país distante,
precisa saber como é aquele local, seus habitantes, costumes, perspectiva de emprego, clima,
etc.
Ele nasceu do estudo de fenômenos que não se encaixam nas leis naturais conhecidas
pela ciência oficial. Destes fenômenos temos como exemplos os tiptológicos, isto é, pancadas
de origem desconhecida em móveis, paredes, teto, etc., (este foi o primeiro fenômeno
estudado), e logo em seguida o das “mesas girantes”, objetos (em sua grande maioria, como o
nome sugere, mesas) que levitavam, giravam e davam pancadas no chão sem que ninguém,
nem nada conhecido, os movesse.
Diante das fortíssimas evidências, chegou-se à conclusão de que estas inteligências eram
exatamente o que afirmavam ser, consciências sobreviventes à morte do corpo físico, ainda
dotadas de emoções, raciocínio, memória e vontade própria. Eles revelaram, dessa forma, leis
naturais até então desconhecidas da ciência humana.
A palavra religião significa religar, a religação com o Criador. O Espiritismo nos apresenta a
reforma moral, íntima (que consiste na eliminação do ódio, do egoísmo, do orgulho, da
vaidade e do apego aos bens materiais, desenvolvendo a humildade, a tolerância, a
compreensão e o amor ao seu semelhante, através da prática da caridade), bem como o
desenvolvimento da inteligência e a ampliação do conhecimento, como os caminhos da
perfeição espiritual, através de várias existências corpóreas, para a perfeita sintonia e união
com Deus. Assim, o Espiritismo assume o seu aspecto de Religião (Ver os textos "Valores de
Vida Eterna" e “Por que devemos fazer o bem?”, neste blog).
Nada sintetiza mais estes três aspectos do que a frase do codificador do Espiritismo, Allan
Kardec: “Não há fé inabalável, senão aquela que pode encarar a razão face a face em todas
as épocas da humanidade”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica. São Paulo: FE, 2002.
3 DOYLE, Arthur Conan (Sir). História do espiritismo. São Paulo: Pensamento, [1999].
4 KARDEC, Allan (pseudônimo). O livro dos médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores:
espiritismo experimental. Rio de Janeiro: FEB, [1997].
5 _______________. O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de
Janeiro: FEB, [1995].