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250-35]

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16210
Segunda edição
11.01.2022

Modelo conceitual no gerenciamento de áreas


contaminadas — Procedimento
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Conceptual model in the management of contaminated areas — Procedure

ICS 13.020.40 ISBN 978-85-07-08902-5

Número de referência
ABNT NBR 16210:2022
5 páginas

© ABNT 2022
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Termos e definições............................................................................................................1
3 Uso e limitações..................................................................................................................2
4 Modelo conceitual...............................................................................................................3
4.1 Geral.....................................................................................................................................3
4.2 Escopo.................................................................................................................................3
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4.3 Conteúdo..............................................................................................................................4
4.4 Incertezas.............................................................................................................................5

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Prefácio

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A ABNT NBR 16210 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Avaliação da Qualidade
do Solo e da Água para Levantamento de Passivo Ambiental e Avaliação de Risco à Saúde
Humana (CEE-068). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12,
de 07.12.2021 a 05.01.2022.

A ABNT NBR 16210:2022 cancela e substitui a ABNT NBR 16210:2013, a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16210 é o seguinte:

Scope
1.1 This Standard establishes procedures and content for the development of conceptual models
in the object of study.

1.2 This Standard applies exclusively to the steps of managing contaminated areas.

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Modelo conceitual no gerenciamento de áreas contaminadas —


Procedimento

1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os procedimentos e o conteúdo para o desenvolvimento de modelos
conceituais em objeto de estudo.
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1.2 Esta Norma se aplica exclusivamente às etapas do gerenciamento de áreas contaminadas.

2 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

2.1
área contaminada
AC
área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou concentrações
de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente
ou a outro bem a proteger

[ABNT NBR 16784-1:2020, 3.1]

2.2
bens a proteger
bens que precisam ser protegidos, como a saúde e o bem-estar da população; a fauna e a flora;
a qualidade do solo, das águas e do ar; os interesses de proteção à natureza e paisagem; a infraestrutura
da ordenação territorial e planejamento regional e urbano; a segurança e a ordem pública

[ABNT NBR 16901:2020, 3.3]

2.3
cenários de exposição
situação com chance real de ocorrência em que o receptor pode vir a ser direta ou indiretamente
exposto à(s) substância(s) química(s) de interesse, sem considerar condições extremas ou virtualmente
impossíveis

2.4
contaminação
presença de substância(s) química(s) na água, solo ou ar do solo, decorrente(s) de atividades
antrópicas, em concentrações superiores aos limites estabelecidos pela legislação vigente sobre
gerenciamento de áreas contaminadas

[ABNT NBR 15515-1:2021, 3.6]

2.5
contaminante
substâncias químicas ou organismos patogênicos que, introduzidos no meio, podem afetar a saúde
humana e o meio ambiente

[ABNT NBR 15515-1:2021, 3.7]

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2.6
fontes de contaminação
local onde os contaminantes entraram ou podem entrar em contato com o meio físico

2.7
gerenciamento de áreas contaminadas
GAC
conjunto de medidas que asseguram o conhecimento das características das áreas contaminadas
e a definição das medidas de intervenção mais adequadas a serem requeridas, visando eliminar
ou minimizar os danos e/ou riscos aos bens a proteger, gerados pelos contaminantes nelas contidas
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[ABNT NBR 16784-1:2020, 3.15]

2.8
mecanismos de liberação dos contaminantes
movimento da substância a partir de uma fonte para um meio
EXEMPLO Vazamento, derramamento, volatilização, escoamento superficial, emissão atmosférica
ou lixiviação.

2.9
modelo conceitual de área
MCA
síntese das informações relativas a uma área em estudo, em que se pode visualizar, por meio
de texto explicativo ou ilustração, a localização da contaminação, a sua forma de propagação
[e os seus mecanismos de transporte] e a sua relação com os bens a proteger

2.10
ocorrência natural
substâncias observadas naturalmente no solo, na água subterrânea e em outros meios

2.11
receptor
indivíduo ou grupo de indivíduos, humanos ou não, expostos, ou que possam estar expostos, a uma
ou mais substâncias químicas associadas a uma área contaminada

[ABNT NBR 16784-1:2020, 3.35]

2.12
substância química de interesse
SQI
elemento, substância ou produto químico considerado de interesse nas etapas do gerenciamento
de áreas contaminadas

2.13
via de transporte
meio pelo qual uma SQI se movimenta no meio ambiente, quando liberada da fonte para algum outro meio
EXEMPLO Atmosfera, água superficial, água subterrânea, solo, sedimentos ou cadeia alimentar.

3 Uso e limitações
O modelo conceitual da área deve ser atualizado ao longo do processo de gerenciamento de áreas
contaminadas e tem como objetivo subsidiar a comunicação das condições de uma área, bem como
direcionar as subsequentes etapas do GAC.

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O surgimento de fatos novos, o desenvolvimento tecnológico e outros fatores considerados em estudos


posteriores podem suplementar ou indicar a necessidade de revisão desta Norma, no entanto, sem
invalidar os trabalhos à época já executados, conforme as normas vigentes.

Na avaliação da pertinência das informações obtidas durante a etapa do gerenciamento, o profissional


deve se pautar pela cautela e razoabilidade no julgamento da consistência das informações disponíveis,
bem como pelo equilíbrio entre os objetivos, pelas limitações de recursos, pelo tempo inerente
às atividades pertinentes ao gerenciamento de áreas contaminadas e pela redução da incerteza das
informações ou da acessibilidade limitada do meio investigado.
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Esta Norma complementa as normas existentes e promove uma abordagem uniforme e dinâmica para
o desenvolvimento de modelos conceituais de áreas contaminadas.

4 Modelo conceitual
4.1 Geral

O modelo conceitual deve ser executado por profissional habilitado, utilizando meios e recursos
para atingir o melhor resultado possível. A responsabilidade do profissional está condicionada
à disponibilidade das informações de interesse à época e nas circunstâncias em que tenha sido
realizada a pesquisa. O surgimento de fatos novos ou desconhecidos, o desenvolvimento tecnológico
e outros fatores técnicos considerados em um estudo posterior devem ser utilizados para a atualização
do modelo conceitual em qualquer fase do gerenciamento de áreas contaminadas.

O modelo conceitual de área (MCA) corresponde a um relato escrito, acompanhado de representação


gráfica, dos componentes conhecidos e hipotéticos sobre a extensão, concentração e mecanismos
de transporte de contaminantes nesta área avaliada.

O MCA visa otimizar a comunicação entre as partes interessadas para:

 a) compreender melhor as condições históricas e atuais da área avaliada;

 b) sintetizar informações obtidas a partir de fontes diversas;

 c) identificar quais informações são desconhecidas ou incertas sobre a área avaliada;

 d) estabelecer um plano para coleta de informações adicionais; e

 e) auxiliar o entendimento técnico sobre as condições do local.

4.2 Escopo

Um modelo conceitual é a representação textual e em forma de tabela ou figura de um sistema ambiental


e dos processos biológicos, químicos e físicos que determinam o transporte dos contaminantes
a partir das fontes, pelos meios, até os receptores envolvidos.

As atividades básicas associadas ao desenvolvimento do modelo conceitual para uma área avaliada são:

 a) determinação dos limites da área avaliada;

 b) resumo das informações históricas de uso e ocupação da área avaliada e seu entorno;

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 c) identificação das substâncias químicas de interesse, potenciais e reais, e suas respectivas áreas
de ocorrência;

 d) avaliação dos valores de ocorrência natural das substâncias de interesse;

 e) identificação, caracterização e localização das fontes de contaminação potenciais, suspeitas e


reais;

 f) caracterização do meio físico;

 g) mecanismos de liberação ou retenção dos contaminantes;


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 h) vias de transporte dos contaminantes (água, ar, solo, sedimento e biota);

 i) identificação e caracterização dos receptores e bens a proteger.

O modelo conceitual deve ser consistente com a complexidade da área avaliada e dos dados
disponíveis. O modelo deve ser revisado e refinado ao longo de todo o processo de gerenciamento
de áreas contaminadas, e, sempre que necessário, devem ser acrescentadas informações adicionais
e atualizadas. O modelo conceitual elaborado ao final de uma determinada etapa do gerenciamento
de áreas contaminadas deve conter informações suficientes para o desenvolvimento adequado
da etapa subsequente.

4.3 Conteúdo

O modelo deve conter informações sobre a área avaliada que permitam auxiliar no desenvolvimento
de cenários de exposição atuais e futuros, bem como descrever as incertezas relacionadas
às informações obtidas. Todas as informações utilizadas para a elaboração do modelo conceitual
devem ter suas fontes referenciadas.

Convém que o modelo conceitual possua o seguinte conteúdo:

 a) determinação dos limites da área avaliada e resumo das informações históricas de uso e ocupação:

— representar a área avaliada e o seu entorno contíguo e limitado à distância estabelecida


pelo órgão ambiental local ou, em caso de ausência desta distância, devem ser utilizados
no mínimo 200 m a partir dos limites da área avaliada;

— reunir informações atuais e históricas, relacionadas ao uso e à ocupação da área avaliada,


registros de ocorrências ambientais, mapas, imagens aéreas, seções transversais, dados
ambientais, relatórios de estudos de passivos ambientais e outras fontes de informação;

 b) determinação das fontes de contaminação:

— identificar e caracterizar as fontes de contaminação por meio da indicação de sua localização


(externa ou interna na área avaliada) e seus limites; as SQI, suas áreas, seus volumes,
concentrações médias na fonte, taxas e mecanismos de liberação dos contaminantes.
O nível ou grau de caracterização deve ser em função da potencialidade, suspeição
e realidade da fonte de contaminação;

 c) identificação das substâncias químicas de interesse (SQI):

— identificar as SQI existentes na água subterrânea, nas águas superficiais, solos, sedimentos,
biota e no ar, bem como seu comportamento físico-químico típico em cada meio;

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 d) ocorrência natural das SQI:

— deve ser avaliada a possibilidade de ocorrência natural das concentrações das SQI;

 e) avaliação da possibilidade de mobilização de substâncias naturais em função da interação destas


com o(s) contaminante(s);

 f) delimitação horizontal e vertical das SQI de origem antrópica identificadas;

NOTA 1 À medida que se avança nas etapas do GAC, o entendimento da presença e de extensões
lateral e vertical das SQI em subsuperfície nas zonas saturada e freática propicia a distinção dos possíveis
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compartimentos físicos que podem acomodar as SQI na fonte e na pluma.

 g) caracterização do meio físico:

— descrever as características geológicas, geomorfológicas, pedológicas, hidrogeológicas,


geoquímicas, hidrológicas e outras características consideradas relevantes para o estudo;

 h) vias de transporte dos contaminantes:

— as principais vias de migração da água subterrânea, água superficial, ar, solo, sedimento
e biota devem ser identificadas para cada fonte (potenciais, suspeitas ou reais);

 i) identificação e caracterização dos receptores e bens a proteger:

— identificar e alocar em mapa os receptores expostos ou potencialmente expostos, atuais


ou futuros, na(s) área(s) de interesse e no seu entorno. As vias completas de ingresso devem
ser identificadas e diferenciadas das vias incompletas;

 j) indicação do uso pretendido da área avaliada, mesmo que seja igual ao atual.

NOTA 2 Dependendo da etapa do gerenciamento de áreas contaminadas e da disponibilidade


de informações, pode ocorrer variação do conteúdo recomendado.

4.4 Incertezas

O modelo conceitual é utilizado para integrar todas as informações da área avaliada e para verificar
a necessidade ou não de buscar a complementação das informações disponíveis. As incertezas
associadas ao modelo conceitual devem ser claramente identificadas, registradas, justificadas e,
se possível, quantificadas, de modo que esforços possam ser tomados para reduzi-las a níveis
aceitáveis dentro do contexto do estudo. Estas incertezas costumam ser maiores nas versões iniciais,
uma vez que os dados são baseados em informações limitadas.

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