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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS

MISSÕES
URI
CURSO DE PROCESSOS GERENCIAIS

ANDERSON DELEVATI

PROJETO INTEGRADOR III-B

SANTIAGO/RS
2021
ESTRUTURAÇÃO EMPRESARIAL

A seguir serão abordados conceitos relacionados à estruturação


empresarial, bem como legislações que regem esses conceitos. Desde
conceitos de abertura de empresa, até conceitos de extinção.
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de
empresa.
O nome empresarial, título de estabelecimento e marca não registrada
são elementos incorpóreos sem identidade patrimonial que representam
instrumento decisivo no sucesso empresarial, pois conquistam espaço de
destaque na diferenciação de produtos e serviços, pela maior aproximação
com consumidores e fornecedores.
Ponto comercial é o local onde está estabelecido o comerciante, ou onde
realiza habitualmente sua prática comercial. Muito se confunde ponto comercial
com estabelecimento empresarial (também chamado de fundo de comércio),
este último é o conjunto de bens materiais e imateriais organizados para que o
empresário possa exercer sua empresa, enquanto o primeiro é o local onde se
encontra o estabelecimento empresarial, ou seja, o endereço onde os
fregueses ou clientes procuram o serviço da empresa. O ponto comercial não
existe por si só, ele depende da exploração da atividade empresarial e é fruto
dela como resultado do trabalho desenvolvido pelo empresário. Nesta linha,
podemos dizer que o ponto comercial é apenas um dos elementos formadores
do estabelecimento, pois o empresário pode ter vários pontos comerciais, mas
o mesmo estabelecimento. Em suma, a empresa dota determinado imóvel,
transformando-o, acrescentando-lhe o valor imaterial do fundo de empresa.
Colocando à disposição dos consumidores as mercadorias de que,
eventualmente, necessitam.
Podemos citar ainda que a grande diferença entre o empresário
individual e a sociedade empresária é que esta, por ser uma pessoa jurídica,
tem patrimônio próprio, distinto do patrimônio dos sócios que a integram.
No Brasil, sociedade limitada (antes do Código civil de
2002 denominada sociedade por quotas com responsabilidade limitada) é
aquela em que duas ou mais pessoas se juntam para criar uma sociedade
empresária, mediante um contrato social, no qual constam seus atos
constitutivos, forma de operação, normas da empresa e o capital social, sendo
este último dividido em cotas, de modo que a responsabilidade pelo pagamento
das obrigações da empresa é limitada à participação dos sócios.
Assim, as sociedades limitadas são aquelas cujo capital social é
representado por quotas, e a responsabilidade dos sócios no investimento é
limitada ao montante do capital social investido.
O Código Civil estabelece que a sociedade limitada seja administrada
por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado.
A resolução da sociedade em relação à um sócio é chamada de
dissolução parcial da sociedade. E as causas desta dissolução são as
seguintes: Morte, Retirada e Exclusão/Expulsão.
No caso de morte de um dos sócios deve-se observar o disposto no
Contrato Social da Empresa e no art. 1.028 da Lei 10.406/02 (Código Civil) que
trata da liquidação das cotas sociais.
Ocasionalmente pode vir a ocorrer algum tipo de desentendimento entre
os sócios que leva à quebra da “affectio societatis” ou seja, o desinteresse dos
sócios em continuar com aquela relação societária. Quando esta quebra da
afeição societária acontece, existem algumas possibilidades jurídicas que
podem ser adotadas pelos sócios.
A primeira possibilidade é a compra e venda de cotas sociais entre os
sócios. Mas para que isso ocorra, é preciso haver acordo entre as Partes.
Caso não haja acordo entre as Partes, existe a possibilidade de um dos
sócios manifestar o interesse em retirar-se da sociedade. Este exercício do
direito de retirada está previsto no artigo 1.029 da Lei 10.406/02 (código Civil),
devendo o sócio que tiver o interesse em retirar-se da sociedade de prazo
indeterminado, enviar uma notificação extrajudicial aos demais sócios com
antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, manifestando o seu interesse.
O capital social é o valor que os sócios ou acionistas estabelecem para
sua empresa no momento da abertura. É a quantia bruta que é investida, o
montante necessário para iniciar as atividades de uma nova empresa,
considerando o tempo em que ela ainda não vai gerar lucro suficiente para se
sustentar.
Esse valor é utilizado para a manutenção da empresa, então, uma vez
que você coloca o recurso, ele pode ser utilizado para comprar equipamentos,
acessórios, contratar serviços, ferramentas, adquirir computadores, carro, ou
seja, tudo que for relacionado com o desenvolvimento do seu negócio.
A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão
das ações subscritas ou adquiridas. A regulação das S/A está estabelecida na
Lei 6.404/1976, com alterações posteriores.
No direito empresarial a falência é um processo legal que ocorre quando
existe impossibilidade no pagamento das dívidas de uma empresa ou pessoa.
No Brasil, a falência é regulamentada pela Lei nº 11.101 de 9 de fevereiro de
2005, conhecida como "Lei de Falências".
A ideia da recuperação judicial é tentar um acordo entre a empresa em
crise e todos os credores dela (pessoas e empresas que têm algo a receber).
Tudo sob a supervisão da Justiça. A recuperação judicial, versão moderna da
antiga concordata, começa com um pedido da própria empresa que passa por
dificuldades. Ela ganha um fôlego com a suspensão temporária de cobranças,
mas precisa apresentar uma estratégia de recuperação.
O cheque é uma promessa indireta de pagamento feita pelo emitente,
cujo conteúdo, tal como na letra de câmbio, corresponde a uma ordem de
pagamento a um Banco ou Instituição Financeira assemelhada para pagar uma
quantia determinada ao emitente ou a terceiro, havendo fundos disponíveis em
poder do sacado.
Já a nota promissória é um documento que funciona como promessa de
pagamento de uma dívida. Ela pode ser usada por empresas de grande porte,
pequenos negócios ou mesmo pessoas que queiram formalizar um empréstimo
em família, por exemplo.
Uma nota promissória preenchida corretamente e assinada tem valor
judicial – ou seja, é considerada um documento legítimo pela justiça. 
A duplicata mercantil, ou duplicata, é uma forma de título de crédito que
permite adquirir bens e serviços para pagamento feito a prazo. É um
documento que permite comprovar que a transação foi feita e que existe o
crédito. Apesar de ser menos utilizada atualmente, a duplicata auxilia o
adquirente a manter o seu caixa ao diferir o pagamento para um período
posterior.
Toda entidade empresarial, grande ou pequena, precisa de do direito
empresarial e em algum momento de um advogado que a represente. 
Afinal, embora seja uma iniciativa privada, existem centenas de regras e
regulações que o empresário precisa seguir para garantir a adequação jurídica
que influencia diretamente no sucesso de seu negócio.
Cada empresa opera dentro de leis específicas as quais deve aderir. Um
advogado especialista em direito empresarial, bem qualificado, ajudará em todo
o entendimento da realidade da respectiva empresa e consequente adequação
à sua realidade jurídica, aproveitando melhor oportunidades e diminuindo
riscos inerentes à atuação da mesma.
São inúmeras leis envolvidas no mundo dos negócios, portanto o direito
empresarial é fundamental no quesito segurança jurídica aos sócios,
investidores e clientes. Em resumo, se você é ou pretende ser empresário,
tenha à seu lado um profissional qualificado para apoiá-lo.

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