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Helder Zahluth Barbalho

Governador do Estado do Pará


Lúcio Dutra Vale
Vice-governador do Estado do Pará
Elieth de Fátima da Silva Braga
Secretária de Estado de Educação - SEDUC
Regina Lucia de Souza Pantoja
Secretária Adjunta de Ensino – SAEN
Regina Celli Santos Alves
Diretora de Educação Básica
Mari Elisa Santos de Almeida
Coordenadora do Ensino Médio

EQUIPE COEM / ProBNCC


REALIZAÇÃO:

Coordenação de etapa ProBNCC – ensino médio / Coordenação de Ensino Médio


(COEM)/ Secretaria Adjunta de Ensino (SAEN) / Secretaria de Estado de Educação do
Pará (SEDUC/PA)

ELABORAÇÃO DE CONTEÚDO:

Edilson Mateus Costa da Silva – SEDUC/PA


Elizabeth Mascarenhas dos Santos Silva – SEDUC/PA
Lucival Barbalho Pontes – SEDUC/PA
Odimar do Carmo Melo – SEDUC/PA
Raimunda Nazaré Fernandes Corrêa – SEDUC/PA
William Fonseca Freire – SEDUC/PA

CONTRIBUIÇÕES:

Dérick H. Paranhos de Carvalho – SEDUC/PA


Maria Madalena Pantoja da Silva – SEDUC/PA
Maria Darcilena do Socorro Trindade Correia – SEDUC/PA

FICHA CATALOGRÁFICA

__________________________________________

Caderno de Projetos Integrados de Ensino e Campos de Saberes e Práticas Eletivos da


Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – Etapa Ensino Médio - Orientação para
escolas da Rede Estadual de Ensino Médio do Estado Do Pará (2022) / Organizador:
SEDUC-PA, 2022.

Inclui bibliografias

1. Novo Ensino Médio. 2. ProBNCC. 3. Caderno de Orientações Pedagógicas. Orientação


para escolas da Rede Estadual de Ensino Médio do Estado do Pará.
APRESENTAÇÃO

1. PROJETOS INTEGRADOS DE ENSINO 6

1.1 PROJETO TRILHAS DE SABERES: CONHECIMENTOS, JUVENTUDES E PROJETOS DE VIDA 7

1.2 PROJETO SOCIABILIDADE, MEMÓRIA E IDENTIDADE: A FEIRA POPULAR COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM. 18

2. CAMPOS DE SABERES E PRÁTICAS ELETIVOS 32

2.1 ELETIVA 01: CARTOGRAFIA 33

2.2 ELETIVA 02: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: MEMÓRIA & IDENTIDADE 35

2.3 ELETIVA 03: SABERES E PRÁTICAS AFRO-BRASILEIRAS E INDÍGENAS NA AMAZÔNIA 36

2.4 ELETIVA 04: LINGUAGENS, NARRATIVAS E PRODUÇÕES ARTÍSTICO-CULTURAIS 38

2.5 ELETIVA 05: ÉTICA SOCIOAMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE 39

2.6 ELETIVA 06: ESTÉTICA 41

2.7 ELETIVA 07: DIVERSIDADE RELIGIOSA BRASILEIRA E AMAZÔNICA 42

2.8 ELETIVA 08: DIREITOS HUMANOS E CONSTITUCIONAIS 44

2.9 ELETIVA 09: POLÍTICA E ESTADO 45

2.10 ELETIVA 10: JUVENTUDES E SEUS AFETOS: GÊNERO E SEXUALIDADE 47


Prezados (as) Professores!

A Secretaria de Estado de Educação do Pará com o intuito de subsidiar


inicialmente a implementação do Novo Ensino Médio e do DCEPA - etapa ensino
médio, apresenta um conjunto de proposições destinadas aos PROJETOS INTEGRADOS
DE ENSINO. Ressalta-se que estes possuem um caráter de aprofundamento e
ampliação dos conhecimentos tratados pelas respectivas Áreas.
Em seguida, apresenta ainda as proposições para os CAMPOS DE SABERES E PRÁTICAS
ELETIVOS, os quais se apresentam como oportunidades de aprendizagens diversas que
aliam os interesses dos estudantes, o aprofundamento dos objetos de conhecimento
de uma área e o projeto de vida dos estudantes.
Ressaltamos, que este conjunto de Projetos Integrados de Ensino e Campos de Saberes
e Práticas Eletivas foram elaborados a partir da consolidação dos interesses dos
estudantes por meio de escutas realizadas na rede pública de ensino médio, ao longo
do processo de elaboração do Documento Curricular do Ensino Médio.
Portanto, este Caderno traz para a etapa ensino médio um conjunto de Projetos
Integrados de Ensino e de Campos de Saberes e Práticas Eletivos disponibilizados às
escolas com suas respectivas ementas, com vistas a contribuir pedagogicamente para o
planejamento da Nucleação Formação para o Mundo do Trabalho no Novo Ensino
Médio da Rede Pública de ensino do Estado do Pará.

Coordenação de Ensino Médio

COEM/SAEN/SEDUC/PA
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1.1 QUADRO SÍNTESE DO PROJETO TRILHAS DE SABERES: CONHECIMENTOS,


JUVENTUDES E PROJETOS DE VIDA
1. TÍTULO DO PROJETO: TRILHAS DE SABERES: CONHECIMENTOS, JUVENTUDES E PROJETOS DE VIDA

1.2 UNIDADE REGIONAL:

1.3 MUNICÍPIO:

1.4 ESCOLA:

1- RESPEITO ÀS DIVERSAS CULTURAS AMAZÔNICAS E SUAS INTER-RELAÇÕES NO ESPAÇO E NO TEMPO.


1.5 PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES) 2- A INTERDISCIPLINARIDADE E A CONTEXTUALIZAÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.
NORTEADOR(ES):
3- EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL, SOCIAL E ECONÔMICA.

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS, LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS, MATEMÁTICA E SUAS


1.6 ÁREA DE CONHECIMENTO:
TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS.

1.7 CAMPOS DE SABERES E GEOGRAFIA, HISTÓRIA, FILOSOFIA, SOCIOLOGIA, LÍNGUA PORTUGUESA E SUAS LITERATURA, ARTES, MATEMÁTICA,
PRÁTICA DE ENSINO ENVOLVIDOS: QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA.

INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, PROCESSOS CRIATIVOS, MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL,


1.8 EIXO(S) ESTRUTURANTE(S):
EMPREENDEDORISMO

O aluno deverá ter noções dos variados campos do saber e seus procedimentos científicos e tecnológicos, possuir
uma aprendizagem que o torne apto a mobilizar os procedimentos científicos, sendo capaz de propor e executar
projetos e reflexões filosóficas e científicas, com o objetivo de compreender as injustiças e as desigualdades
1.9 PERFIL DE ENTRADA históricas, sociais, filosóficas e geográficas, bem como, entender a importância do posicionamento político e a
ESPERADO:
adoção de valores ético-morais, de acordo com as necessidades impostas pela convivência em sociedade. Deverá
também esboçar práticas autônomas e vislumbrar possibilidades e expectativas para o futuro e a construção de
seus Projetos de Vida e mobilização social.

Ao decorrer do processo, objetiva-se que os estudantes do Ensino Médio do Pará aprofundam a compreensão dos
objetos de conhecimento interligados as categorias da área de CHSA, tais como: Tempo e espaço, Natureza e
cultura; Sociedade, indivíduo, identidade e interculturalidade, Ética, política e trabalho e suas implicações para o
desenvolvimento das aprendizagens de modo criativo as representações sociais, que também serão importantes
para a aprendizagem significativa de um olhar espaço-temporal. Essa condição é básica para a consolidação de
saberes, teorias e práticas importantes para o exercício pleno da cidadania, bem como sua formação para o
mundo do trabalho e ou efetivação do seu projeto de vida, garantindo com isso a sua condição de sujeito ético,
político, histórico e socialmente responsável que compreende e se apropria de discussões que envolvam
1.10 PERFIL DE SAÍDA ESPERADO:
comportamentos e procedimentos ligados ao universo da cidadania, da democracia, da ética e dos Direitos
Humanos. Assim, o estudante da etapa final do ensino médio terá plena condição de se compreender enquanto
um ser integral, e terá condições necessárias, a partir de sua maturidade intelectual, para escolher os caminhos de
sua vida futura destinada às inúmeras formas de construção de projetos de vida vinculados às suas aspirações
individuais, coletivas/familiares, acadêmicas, tecnológicas e do trabalho. Ainda se espera que o educando possa
mobilizar os saberes respectivos às outras competências e habilidades de aprendizagem para combater injustiças,
preconceitos e violências, bem como ser capaz de tomar posicionamentos com base em princípios éticos/morais,
democráticos, inclusivos e solidários que serão abordados em perspectiva histórica, social, filosófica e geográfica.
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1.11 PROFESSORES/AS
RESPONSÁVEIS:

1.12 ANO/SEMESTRE:

1.13 TURMA(S) ENVOLVIDA(S):

1.14 PERÍODO DE REALIZAÇÃO:

1.15 CARGA-HORÁRIA: 40h semestrais

1. APRESENTAÇÃO
O projeto TRILHAS DE SABERES: CONHECIMENTOS, JUVENTUDES E PROJETOS DE
VIDA, representa uma proposta de projeto integrado de ensino que propõem
processos de ensino e aprendizagem comprometidos com a formação humana integral,
a partir da sua correlação com os eixos estruturantes da formação para o mundo do
trabalho. Ele visa aprofundar a compreensão de fenômenos sociais, culturais e
ambientais, relacionando-os aos processos históricos, as mobilizações e os fenômenos
sociais/territoriais, que se desenvolvem em seu entorno, que se configuram como
território educativo vinculado a uma comunidade, bem como problematizar as
possíveis estratégias de mobilização social dos educandos.
O referido Projeto busca valorizar o protagonismo das juventudes do ensino médio,
respeitando as variadas formas de aprendizagem que permeiam o universo social e
pedagógico dos estudantes do Pará, com vistas a contribuir à reflexão e materialização
de seus projetos de vida, seja familiar, acadêmico ou profissional.
A proposta pedagógica do projeto baseia-se no estudo do meio, compreendido como
um método de ensino interdisciplinar que visa proporcionar aos alunos e aos
professores o contato direto com determinada realidade, seja rural ou urbano, que se
decida estudar (LOPES, 2009). Assim, a proposição do projeto integrado de ensino
busca contribuir para o processo de formação cidadã, em que os alunos atuam
9

ativamente como agentes políticos e sociais autônomos de processo de ensino e


aprendizagem, a ponto de exercer o direito a cidadania e a desenvolver na prática
princípios éticos, sociais e artístico-culturais dentro e fora da escola. (PARÁ, 2021. p.
455).
É importante enfatizar que a interdisciplinaridade, enquanto princípio, pode ser
estabelecido por um objeto de conhecimento, por um projeto de investigação, por um
experimento, por um plano de ação para intervir na realidade, entre outros. Dessa
forma, o projeto é interdisciplinar na sua concepção, execução e avaliação, e os
conceitos utilizados podem ser formalizados, sistematizados e registrados, contribuem
para o seu desenvolvimento.
Enquanto a contextualização pode ser um recurso para conseguir que o conteúdo que
se quer ensinar seja significativo. O tratamento contextualizado do conhecimento é o
recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. Se
bem trabalhado permite aos estudantes a mobilização de saberes que estabelecem
com o objeto do conhecimento numa relação de reciprocidade.
Para isso, se faz importante a integração curricular entre as CHSA por meio de seus
campos de saberes (Geografia, História, Filosofia, Sociologia) e as outras áreas do
conhecimento: LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS, MATEMÁTICA E SUAS
TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS, considerando suas
ligações por meio dos eixos estruturantes como a INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA,
PROCESSOS CRIATIVOS, MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL, e o
EMPREENDEDORISMO SOCIAL.

2. JUSTIFICATIVA
As reflexões a respeito das relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade e suas
implicações na qualidade de vida da população aliada às atuais preocupações com a
intensa degradação ambiental e com a escassez de recursos naturais, as desigualdades
históricas, sociais, econômicas e culturais são temas de grande amplitude e que vem
permeando os debates na sociedade. Isso, tem se refletido na necessidade da
contextualização e transposição didática desses temas nos planejamentos (escolar,
pedagógico e docente) para que as juventudes paraenses, atendidas no ensino médio
paraense possam estar inseridas nessas reflexões.
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E de acordo com a escuta realizada junto a rede, um dos aspectos apontados pelos
alunos são as metodologias utilizadas nas escolas estão ultrapassadas e precisam de
adequação e inovação para atender a dinâmica da sociedade moderna/pós-moderna,
nas ciências, no conhecimento, na economia, na política, na cultura e no surgimento
das novas mídias e tecnologias. Neste sentido, com a flexibilização curricular, os
projetos integrados de ensino da área de CHSA, materializado nesta proposição de
busca considerar o protagonismo juvenil, vislumbrando práticas autônomas dos
estudantes e a construção de seus projetos de vida.
O projeto integrado de ensino TRILHAS DE SABERES: CONHECIMENTOS,
JUVENTUDES E PROJETOS DE VIDA se justifica pelo fato de propor a formação do
educando em sua integralidade, considerando que ele é sujeito deste processo e está
inserido em contextos que refletem relações de poder e conflitos individuais e
coletivos em sociedade.
O referido projeto visa não só a consolidação dos conhecimentos da formação geral
básica, mas também o aprofundamento desses conhecimentos contribuindo para a
formação dos estudantes para o mundo do trabalho, usando as novas tecnologias de
informação e comunicação importantes para a cidadania. Assim como objetiva
contemplar análises espaciais e históricas, econômicas, socioculturais, filosóficas e
ambientais acerca da realidade dos espaços selecionados pelos professores e alunos
como objetos de estudo.
A proposta deve orientar estratégias metodológicas inovadoras e diferenciadas que
favoreçam a interpretação dos fatores presentes no cotidiano dos alunos, levando-os a
repensar a sociedade, seus valores, a natureza, entre outros, ampliando sua visão de
mundo e problematizando as diferentes naturezas com os quais se apresentam na
realidade vivida e percebida no ambiente escolar enquanto território educativo
(CHARLOT, 2014).
Em resumo, o projeto ao articular princípios, eixos e categorias para o desenvolvimento
de habilidades e competências específicas tem como premissa contribuir para que os
estudantes consolidem com autonomia os seus projetos de vida e sua formação para o
mundo do trabalho.

3. OBJETIVOS
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3.1 OBJETIVO GERAL

▪ Possibilitar aos estudantes o contato in loco com as práticas de convivências e

com os fenômenos espaciais, políticos, econômicos, históricos, sociais, culturais,


ambientais e filosóficos abordados e analisados pela área de CHSA integrados a outras
áreas do conhecimento a partir da metodologias que possam atender às necessidades
pedagógicas, proporcionando condições de aprendizagem ativa, criativa e estimulante
e proporcionar condições para a sensibilização e para a reflexão sobre as atuais
preocupações com as questões contemporâneas da sociedade.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

▪ Proporcionar aos alunos um contato direto com a realidade do recorte espacial

em estudo sejam urbanos ou rurais, dentro ou fora da escola;

▪ Motivar os estudantes a formar ideias, opiniões e intervenções a partir do

entendimento de conceitos e categorias das áreas envolvidas no projeto sobre o


contexto da realidade local.

▪ Instigar nos aprendizes a consciência ética e ecológica, bem como a

responsabilidade ambiental, para torná-los agentes multiplicadores dessa consciência


de preservação do meio ambiente.

▪ Planejar com os estudantes, propostas de mobilização social de intervenção na

realidade local no âmbito social, cultural, econômico e ambiental por meio de palestras
educativas com temáticas relevantes ao projeto, dentro e fora de nossas escolas.

▪ Promover interações dialógicas entre escola-alunos-comunidade que

possibilitem a valorização da história local, modo de vida, valores e princípios de ética,


da moral e da sustentabilidade.

4. PROPOSTA METODOLÓGICA
A metodologia do projeto está baseada no estudo do meio, selecionada pelo
fato de ser considerada uma proposta que parte do concreto vivenciado para o
abstrato estudado. As interações de aprendizagem experimentadas nesse estudo
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passam a ser vistas como uma possibilidade de aprendizagem que tem relação com o
universo cognitivo e vivido. Eles aspiram uma aprendizagem significativa e mais
completa tanto na sala de aula quanto em outros espaços (rurais ou urbanos).
Essa metodologia constitui uma prática de trabalho de ensino interdisciplinar que
pretende esclarecer a complexidade de variados fenômenos e objetos de estudo de
um determinado espaço, extremamente dinâmico e em constantes transformações,
cuja análise de apenas um campo de saber isolado não pode dar conta de
compreendê-los (LOPES, 2014).
Nesse sentido, através do estudo do meio, os estudantes podem desenvolver a reflexão
crítica, que contribui a um processo de aprendizagem que interliga dialeticamente a
teoria e prática de conceitos, categorias interligadas aos princípios curriculares da
educação paraense, além dos eixos estruturantes das áreas de conhecimento
envolvidas e seus respectivos campos de saberes e práticas, bem como os objetos do
conhecimento inseridos no estudo do recorte espacial por eles visitado. Faz-se
necessário a criação de uma rede de saberes a serem assimilados pelos envolvidos
durante as atividades de campo. Essa rede deverá envolver (se possível) mais de um
áreas de conhecimento do Ensino Médio, pois somente assim se poderá alcançar a
formação dos alunos em sua integralidade.
Sugestão de conceitos e categorias da Área de CHSA que podem ser abordados:

▪ Os conceitos da Geografia (paisagem, território, lugar, região, redes e espaço

geográfico);

▪ A organização socioespacial da comunidade estudada através de seu modo de

vida;

▪ Economia e subsistência local;

▪ A relação homem x natureza: apropriação dos recursos, degradação ambiental

e implicações ambientais;

▪ Organização socioespacial local a partir de uma construção histórica para

compreensão de sua função no passado e no presente;


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▪ História de ocupação do espaço local;

▪ Religiosidade;

▪ Mitos e lendas locais;

▪ Padrões e princípios da ética e moral presentes na comunidade/grupo do local;

▪ Ética, cidadania e direitos humanos. Entre outros.

Em CHSA o estudo do meio é ferramenta fundamental para que os alunos possam


vivenciar situações reais que lhe proporcionem o entendimento dos principais
conceitos e categorias desta área, bem como desenvolver habilidades e
competências para elaboração de planos futuros em aspectos variados de suas vidas.

“É fundamental para o estudante que está começando a ler o mundo humano conhecer a diversidade de
ambientes, habitações, modos de vida, estilos de arte ou formas de organização de trabalho, para
compreender de modo mais crítico a sua própria época e o espaço em seu entorno. O estudo do meio é
uma atividade didática que permite que os alunos estabeleçam relações ativas e interpretativas,
relacionadas diretamente com a produção de novos conhecimentos, envolvendo pesquisas com
documentos localizados em contextos vivos e dinâmicos da realidade”. (PCNs, 1999. vol. 5, p 90 e 91).

Em síntese, entende-se que essa metodologia além de organizar os conhecimentos


prévios dos alunos, sistematiza-os com os novos conhecimentos adquiridos no estudo
da realidade local visitada.

5.2 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

A proposta do projeto integrado TRILHAS DE SABERES: CONHECIMENTOS,


JUVENTUDES E PROJETOS DE VIDA, a partir da metodologia do estudo do meio se
baseia na perspectiva interdisciplinar de ensino e aprendizagem, que apresenta
diferentes possibilidades, em contato direto com a realidade e envolve professores e
alunos em um procedimento antes, durante e após o trabalho de campo.
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1. Planejamento integrado e Mobilização: Mobilizar na escola a aproximação


com os profissionais de outras áreas do conhecimento que irão participar das
atividades do projeto.
Esse processo que antecede a visita in locus pode até iniciar com o plano docente, em
que os professores das áreas envolvidas irão elencar os objetos de conhecimento que
serão aprofundados no projeto. Contudo, esse planejamento inicial precisa se
desenvolver a partir do encontro com os educandos, em que serão iniciados os
processos de sondagem, escuta e mobilização dos mesmos. Ainda nesse primeiro
momento é importante que os alunos possam participar do processo de escolha sobre
o local, organização do cronograma de trabalho e dos temas que serão discutidos para
o processo de observação. Isso pode se dar através de rodas de conversas e debates
para levantamento dos dados, e para isso, um tempo da aula deverá ser destinado para
que a proposta possa ser discutida.
É possível também fazer uso de imagens de satélite, fotos históricas e atuais do
entorno, reportagens de jornal e o vídeo sugerido ao final deste trabalho. O professor
poderá organizar os alunos em rodas de conversa para realizar as discussões. Adiante,
é possível organizá-los em equipes e propor a pesquisa pela biografia e análise das
coletas realizadas no local escolhido.

2. Visita preliminar e opção pelo percurso: Também é necessária uma visita


preliminar pela equipe pedagógica (professores envolvidos e coordenação pedagógica)
para verificar as opções pelas trilhas a serem desenvolvidas, e a documentação
necessária para saída autorizada, mesmo que seja no entorno da escola.
3. Planejamento Dialógico: Após a visita ao local e o diálogo com estudantes e
professores envolvidos, o planejamento final deverá ser consolidado e apresentado à
turma.
4. Visita in locus e Preparação do caderno de campo: Durante a execução da
trilha, é importante o diálogo dos conhecimentos e saberes dos alunos acerca dos
temas e a aproximação da teoria estudada e aplicação práticas a ser desenvolvida nas
reflexões dos estudantes. Para registro do material coletado para análise, propõe-se a
elaboração do caderno de campo, fotografias, desenho, mapas e croquis do local que
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serão importantes para o passo seguinte, a visita que será a sistematização a ser
apresentada pelos alunos.
5. Retorno à sala de aula: Esta última etapa será antecipada pela sistematização
dos dados coletados, em que todos os participantes irão dialogar sobre os aspectos
importantes que obtiveram a partir das observações. Esse produto de análise deverá
ser condensado e apresentado à escola em formas diversas: Seminários; ações de
mobilização e/ou intervenção; ações de sensibilização e comunicação junto à
comunidade; feiras; exposições entre outros, sendo importante o planejamento
integrado da escola para que o projeto se interligue a unidade curricular projeto de
vida.

As estratégias de ensino aprendizagem desenvolvidas, serão mais bem


aproveitadas e seus objetivos alcançados com o envolvimento de um número
expressivo de professores e alunos. Também devem contar com recursos tecnológicos
e pedagógicos como: material didático (livros, revistas, gibis), recursos audiovisuais,
rádio escolar, laboratório de informática, jornal escolar, grêmio estudantil, conselho
escolar, e o apoio da comunidade escolar para as fases preliminares e posterior
culminância.

5.1 QUADRO-SÍNTESE DA INTEGRAÇÃO CURRICULAR DE ÁREA.

INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

PROCESSOS CRIATIVOS
EIXO ESTRUTURANTE
MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL

EMPREENDEDORISMO

CAMPOS DE SABERES E PRÁTICAS DE ÁREA CHSA: GEOGRAFIA, HISTÓRIA, FILOSOFIA, SOCIOLOGIA,


ENSINO
Áreas envolvidas: CNT

EMIFCHSA01

EMIFCHSA02

EMIFCHSA03

HABILIDADES A SEREM CONSTRUÍDAS EMIFCHSA04

EMIFCHSA05

EMIFCHSA06

EMIFCHSA07
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EMIFCHSA08

EMIFCHSA09

EMIFCHSA10

EMIFCHSA11

EMIFCHSA12

Conceito de tempo e espaço.

Diversas fontes históricas

Cultura material e imaterial: princípios antropológicos e arqueológicos

Arqueologia na Amazônia

Diversidades culturais e

Interculturalidade.

Natureza e cultura

Princípios da organização social no âmbito das diferentes escalas.

Relação Campo-Cidade.

Análise e compreensão cartográfica.

Mito e verdade

Fontes históricas e filosóficas.

Diversidades Culturais e Interculturalidade.

Realidade e Ciência

Migração
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Modos de vida e identidades.

História da Amazônia;

História Indígena e Indigenista;

Economia e produção do espaço.

Território, territorialidades e meio ambiente.

Cultura de Massa e indústria cultural.

Complexidades, racionalidades técnicas e socioambientais.

Movimentos sociais e trabalhistas.

História dos processos produtivos na Amazônia.

Globalização: economia e modernidade.

Direitos Humanos: cidadania e projeto de vida.

Mundos do trabalho.

Gênero e sexualidade.

Ética e Conflitos.

Juventudes, tecnologias e mídias.

Ativismo cidadão, político e ambiental.


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5.3 AVALIAÇÃO DO PROCESSO EDUCATIVO

O projeto integrado de ensino TRILHAS DE SABERES: CONHECIMENTOS, JUVENTUDES


E PROJETOS DE VIDA, considera as diferentes juventudes do estado do Pará, em uma
perspectiva cada vez mais dinâmicas, dialéticas, omnilaterais e unitárias, em que os
alunos possam desenvolver oportunidades de desenvolver suas potencialidades tendo
em vista a sua emancipação, que privilegiam processos qualitativos de avaliação. Cabe
aos professores a responsabilidade/sensibilidade de definir de forma clara e coerente
junto aos discentes os critérios avaliativos, pois o êxito do projeto integrado também
depende do bom desempenho dos alunos nas atividades.

Dessa forma, a avaliação será a partir dos critérios elencados previamente a partir da
participação, envolvimento, responsabilidade, criatividade e produção nos processos
que se desenvolvem de forma contínua durante a execução do projeto. Esses critérios
serão extraídos a partir das seguintes estratégias/ou ações desenvolvidas no projeto,
tais como:

● Diário de classe (frequência / participação / assiduidade);


● Portfólio do Professor e do aluno;
● Diário de bordo;
● Relatório de campo;
● Processos criativos: músicas, paródias, teatro, dança, grafitagem dentro ou fora
da escola, Sarau literário, pintura, Cinema (curta metragem/vídeos amadores de
celular).
● Seminário e/ou cartografia de práticas corporais (teatro/dança/outros);
● Batalhas de hip hop;
● Exposições e produção de cartazes;
● Produção textual escrita coletiva.

6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

PERÍODO DE REALIZAÇÃO

Nº ATIVIDADES

DATA DE INÍCIO DATA DE TÉRMINO RESPONSÁVEL

01 SENSIBILIZAÇÃO XXXX XXXX XXXX


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02 PLANEJAMENTO XXXX XXXX XXXX

03 EXECUÇÃO XXXX XXXX XXXX

04 MONITORAMENTO XXXX XXXX XXXX

05 AVALIAÇÃO XXXX XXXX XXXX

7. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
AB'SABER, A. N. Amazônia - do discurso à práxis. São Paulo: Edusp, 1996.
ACEVEDO, R; CASTRO, E.M.R. Negros dos trombetas: guardiães de matas e rios. 2ª ed. Belém: Cejup/UFPA/NAEA, 1998.
BECKER, B. K. Amazônia. São Paulo: Ática, 1990. (Série Princípios).
BECKER, B. K. et alii. Fronteira amazônica: questões sobre a gestão do território. Brasília: UnB, 1990.
COSTA, F. A. Ecologismo e a questão agrária na Amazônia. Belém: UFPA, 1993.
DIEGUES, A. C. (Org.) Desmatamento e modos de vida na Amazônia. São Paulo: NUPAUB/USP, 1999.
FIGUEIREDO, S. L. (Org.). O ecoturismo e a questão ambiental na Amazônia, Belém: UFPA/NAEA, 1999.
LENCIONI, S. Região e geografia. São Paulo: EDUSP, 1999.
LOPES, Claudivan Sanches; PONTUSCHKA, Nídia Nacib. Estudo do meio: teoria e prática. Geografia (Londrina), v. 18, n. 2, p. 173-191, 2009.
MITSCHEIN, T. ª; FLORES, C. M. (Orgs). Realidades amazônicas no fim do Século XX. Belém: UNAMAZ/UFPA, 1990.
MORAES, A. C. R. Território, Revista Orientação, Instituto de Geografia da Universidade de São Paulo, n. 5, São Paulo, out. 1984, p. 91.
SANTOS, M. Espaço e método. São Paulo: Nobel, 1985 (Col. Espaços)
_____. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. São Paulo: Hucitec, 1988. (Col. Geografia: Teoria e
Realidade, 16)
_____. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993
_____. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1994. (Col. Geografia: Teoria e Realidade, 25)
_____. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
_____. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. São Paulo: Record, 2000.
SANTOS, Milton; SILVEIRA, María Laura. Brasil: território e sociedade no início do século XXI. São Paulo: Record, 2001.
SANTOS, M. et alii (Orgs). Fim de século e globalização. São Paulo: Hucitec, 1993
_____. Problemas geográficos de um mundo novo. São Paulo: Hucitec, 1995
SOUZA, C. H. L. de. Elementos para a compreensão da territorialidade camponesa na Amazônia: a experiência dos trabalhadores rurais em Araras e
Ubá (Pará). Recife, 1994.
TRINDADE JR, S. C. , ROCHA, G. M.. Cidade e empresa na Amazônia: gestão do território e desenvolvimento local. Belém: Paka-Tatu, 2002.
19

1.2 QUADRO SÍNTESE DO PROJETO SOCIABILIDADE, MEMÓRIA E IDENTIDADE: A


FEIRA POPULAR COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM.

1. TÍTULO DO PROJETO: SOCIABILIDADE, MEMÓRIA E IDENTIDADE: A FEIRA POPULAR COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM.

1.2 UNIDADE REGIONAL:

1.3 MUNICÍPIO:

1.4 ESCOLA:

1- RESPEITO ÀS DIVERSAS CULTURAS AMAZÔNICAS E SUAS INTER-RELAÇÕES NO ESPAÇO E NO TEMPO.


1.5 PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES) 2- A INTERDISCIPLINARIDADE E A CONTEXTUALIZAÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.
NORTEADOR(ES):
3- EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL, SOCIAL E ECONÔMICA.

1.6 ÁREA DE CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS.

1.7 CAMPOS DE SABERES E


GEOGRAFIA, HISTÓRIA, FILOSOFIA, SOCIOLOGIA
PRÁTICA DE ENSINO ENVOLVIDOS:

INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, PROCESSOS CRIATIVOS, MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL,


1.8 EIXO(S) ESTRUTURANTE(S):
EMPREENDEDORISMO SOCIAL

Espera-se que os estudantes que irão participar do projeto estejam aptos a consolidar e aprofundar as
aprendizagens necessárias para identificar, analisar e discutir diferentes processos históricos, sociais, filosóficos e
geográficos a partir dos referenciais de tempo e espaço, território e fronteira, contextualizados e mobilizados
anteriormente na primeira série do Ensino Médio. É importante que estejam dispostos a ouvir, interagir,
1.9 PERFIL DE ENTRADA argumentar e aceitar pontos de vista diversos. Para o processo criativo-crítico é necessário que tenham
ESPERADO:
habilidades para analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens e tenham
noções sobre o uso das tecnologias de comunicação, cujos instrumentos serão utilizados na produção de
conhecimentos, acessar e disseminar informações e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos com a
cultura, a natureza e com os desafios da sua própria realidade

A expectativa é de que ao aliar teoria e prática os alunos tenham consolidado através dessa ação, conhecimentos
com a ampliação conceitual sobre sociedade, história, memória, patrimônio, cultura e cidadania. E capazes de,
refletir, contextualizar e comparar as narrativas de outros agentes e discursos, entendam a interdependência de
ações nas relações sociais e de produção que se estabelecem ao longo do tempo, em diferentes territórios e
fronteiras, contextos e culturas, analisando o papel de cada partícipe na construção, consolidação, transformação
e adaptação das sociedades, considerando o modo de vida, valores, crenças, práticas e as características

1.10 PERFIL DE SAÍDA ESPERADO: identitárias individuais e coletivas da comunidade do seu local de vivência. Que a partir do desenvolvimento de
ações que envolvem a vida cotidiana, os alunos possam se perceber como sujeitos responsáveis pela preservação
da memória e do patrimônio para as gerações futuras e também como conquista e garantia de seus direitos; que
se sintam estimulados a assumir atitudes solidárias e éticas, internalizar o respeito às diferenças, desnaturalizando
e problematizando relações de poder, desigualdades e preconceitos. São condições básicas para a consolidação e
aprofundamento de saberes, importantes para o exercício da cidadania e da afetividade, bem como para a
formação destes, no mundo do trabalho e/ou efetivação dos seus projetos de vida.
20

1.11 PROFESSORES/AS
RESPONSÁVEIS:

1.12 ANO/SEMESTRE:

1.13 TURMA(S) ENVOLVIDA(S):

1.14 PERÍODO DE REALIZAÇÃO:

1.15 CARGA-HORÁRIA: 40h semestrais

2. APRESENTAÇÃO

A intenção deste projeto integrado SOCIABILIDADE, MEMÓRIA E IDENTIDADE: A FEIRA


POPULAR COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM é aproximar a escola à realidade e aos
interesses dos estudantes, proporcionando-lhes a oportunidade de conhecerem a
realidade do entorno escolar, os saberes, a cultura, os modos de vida dos agentes
sociais que permeiam o universo das feiras populares e, a partir da observação e da
interação com esses atores, esses estudantes se vejam como protagonistas da sua
própria história, e assim possam construir projetos de vida em que pesem, desejos
pessoais, sonhos, perspectivas profissionais que os tornem conscientes do papel que
desempenham na sociedade.

Considerando que a escola faz parte da sociedade e que, no pensar de Freire (1983), o
processo da ação pedagógica começa com o envolvimento do aluno com o meio em
que vive e na relação com seus pares, que, para Gramsci (1989), as relações sociais das
quais os educandos fazem parte também devem ser objetos da ação educativa. Na
prática, para que as ações educativas tenham significado na vida dos alunos, tomou-se
como ponto de partida a escuta feita com estudantes do 9º ano do Ensino
Fundamental e estudantes do Ensino Médio das Redes de Ensino: pública estadual,
municipal, federal e privada. Com vistas ao ensino plural voltado não apenas para as
competências cognitivas, mas também, sob os múltiplos olhares das ciências, os alunos
possam desenvolver as competências socioemocionais conectadas à sua realidade e
fundamentais para impulsionar a curiosidade, a criatividade, o respeito, a empatia, as
21

quais irão contribuir para a formação de sua identidade, da tomada de consciência da


sua condição histórica e o conhecimento de sua capacidade de transformar o mundo.

A necessidade de um ensino mais dinâmico pode ser observada nas manifestações da


maioria dos alunos, quando expressam que aprendem mais realizando atividades em
grupos, participando de projetos e oficinas. Os discentes ressaltam que, apesar da falta
de infraestrutura nas escolas, de novos espaços de interação, de segurança alimentar,
de professores mais qualificados e de material didático disponível, eles mantêm um
vínculo afetivo com a escola. E o motivo de estabelecerem uma relação mais próxima
com a escola é a oportunidade que veem de poder ingressar em uma universidade e
seguir seus estudos; ter uma profissão, conseguir um bom emprego e desenvolver seus
projetos de vida. E argumentam ainda que se a escola organizasse o ensino em
ambientes variados, internos e externos à sala de aula e à própria escola, seriam mais
favoráveis à socialização e o aprofundamento de conhecimentos e, por conseguinte
tornaria mais fácil as escolhas a serem tomadas. Sobre as decisões e escolhas, Tomazi
(2010) explica que:

As decisões de um indivíduo podem levá-lo a se destacar em certas situações históricas, construindo o


que se costuma classificar como uma trajetória de vida notável. No entanto, ao considerarmos as
características individuais e sociais, bem como os aspectos históricos da formação de uma pessoa,
podemos afirmar que não existem determinismos históricos ou sociais que tornam alguns indivíduos
mais “especiais” que outros, pois a história da sociedade é feita por todos os que nela vivem, uns de
modo obstinado à procura de seus objetivos, outros com menos intensidade, mas todos procurando
resolver questões que se apresentam em seu cotidiano, conforme seus interesses e seu poder de influir
nas situações existentes (p.15)

O autor chama a atenção para o fato de que seja qual for as decisões tomadas por um
indivíduo elas o conduzem a uma direção na vida e não dizem respeito somente a sua
individualidade, mas também estão ligadas às oportunidades de sociabilidade que lhes
são oferecidas, ou seja, por meio das interações interpessoais, na busca de soluções de
problemas comuns e nos conhecimentos adquiridos a partir de experiências
vivenciadas, esse estudante combina interesses e ideias em direção a um
empreendimento, seja de vida, pessoal, profissional ou escolar.

Assim, com a preocupação de tornar o aprendizado um processo significativo e


proveitoso e que atenda aos interesses dos alunos quando manifestaram na consulta
22

realizada que temas considerados de maior relevância e que precisam ser


aprofundados na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas são: Sociedade,
Ciência, Conhecimento e Tecnologia; Direitos Humanos e Meio ambiente; Cultura e
Educação Patrimonial; Política e Cidadania, Movimentos sociais e culturais; Conflitos
étnicos morais e direitos humanos; Direitos e deveres do cidadão brasileiro; A luta do
trabalhador contemporâneo por seus direitos e a Relação entre o trabalho, a ciência, a
cultura e a tecnologia no estudo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Nesse sentido, este projeto se propõe envolver os estudantes do 1º ano do Ensino


Médio no centro do processo de ensino aprendizagem e ultrapassar os limites dos
muros da escola, a fim de produzirem um documentário, orientado a partir das
narrativas individuais ou coletivas sobre memórias e experiências vividas na rotina
diária dos trabalhadores e frequentadores de uma feira popular (considera-se aqui
como feira popular as localizadas em lugares livres como nas esquinas ou nas beiras de
ruas e calçadas, nos trapiches ou estivas, nos portos ou nas pontes, etc.), buscando,
por meio da pesquisa, do diálogo e da observação, identificar os saberes e práticas, as
identidades, as influências, as trajetórias, os direitos e deveres, as estratégias de usos
do espaço e significados, e como os agentes sociais escolhem esses espaços a partir
das relações de sociabilidade que se desenvolvem no cotidiano.

A proposta terá como destaque o contexto amazônico, evidenciando o potencial da sua


diversidade cultural e do seu território, estruturada a partir dos conhecimentos da área
de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia),
dialogando com conhecimentos e pontos de vistas de outros campos de saberes e
práticas de ensino, de forma interdisciplinar e contextualizada, durante todo o
processo da aprendizagem e consonante com as competências e habilidades
específicas da referida área.

Ao proporcionar a participação dos estudantes em atividades que permeiam a história


do lugar, situada no tempo e no espaço, as formas de sociabilidade que são tecidas, as
concepções de valores que são atribuídas e as dinâmicas interacionais que se
manifestam nas práticas sociais e culturais dos sujeitos, os jovens possam
compreender melhor e respeitar a diversidade e o patrimônio histórico, cultural e
23

social no contexto da sua própria realidade e refletir sobre os fenômenos coletivos que
muitas vezes resistem aos desafios do tempo e, com isso, são submetidos a mudanças,
a contrastes e a adaptações.
Espera-se que, ao concluir esta ação, os alunos sejam capazes de refletir,
contextualizar os conhecimentos e comparar as narrativas, os discursos e o imaginário
de outros agentes. Os estudantes, a partir do desenvolvimento de atividades,
envolvendo a vida cotidiana, possam através do respeito e da valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais se perceberem como sujeitos
responsáveis pela preservação da história, da memória e do patrimônio local para as
gerações futuras, bem como conquista e garantia dos seus direitos como cidadão.

3. JUSTIFICATIVA

Não há dúvidas de que a educação é fundamental para a construção de saberes, e a


escola concebida enquanto instrumento de mudança da realidade social precisa sair
dos limites do campo escolar e oportunizar acesso a outros espaços de aprendizagem
que atendam às necessidades, os sonhos e as aspirações dos alunos. Entende-se que o
processo de construção do conhecimento se configure no eixo central do trabalho
pedagógico docente, mas para isso o fenômeno educacional não pode ser
materializado de forma fragmentada em saberes disciplinares, mas ser entendido de
modo interdisciplinar e contextualizado, interligando os diversos saberes, conectando a
teoria à prática social e situado em realidades que integram valores éticos, culturais,
políticos, econômicos e filosóficos.

Desse modo, pensar uma educação voltada para a conscientização sobre a realidade,
como orienta Freire (1983), pressupõe práticas associadas à ideia de liberdade, de
autonomia, de compromisso e de responsabilidade, em que é dada a oportunidade ao
estudante do Ensino Médio de construir seu próprio conhecimento, por intermédio do
diálogo com outros saberes, pela crítica, pela reflexão e pela participação efetiva no
contexto escolar e na sociedade.

Para consolidar a proposta pedagógica da escola, o referido projeto, ao eleger o recorte


espacial das feiras populares, entende que estas possuem uma dinâmica local que
24

envolve diversidades de usos e significados e retratam as complexas formas como os


diferentes grupos sociais se relacionam entre si, no seu cotidiano. Por outro lado,
compreende também que esses espaços, como lugares macro educacionais, são
propícios ao desenvolvimento de ações pedagógicas criativas e inovadoras, devido à
dinâmica diária de movimentação e interação entre frequentadores e vendedores da
feira, o que favorece as trocas de saberes e a construção de conhecimentos a partir das
expressões de sociabilidades, convivências e identificações pessoais, exercício da
cidadania, preservação do patrimônio e do ambiente e enriquece a interação entre os
próprios alunos, entre alunos e educadores, entre os alunos e a comunidade e até
mesmo entre homem-ambiente materializado na interação dos próprios agentes
sociais com o meio em que vivem. Além de propiciar aos estudantes, durante todo o
processo da atividade, o desenvolvimento das habilidades ligadas à autonomia, ao
respeito, à empatia, à responsabilidade, à cooperação e à capacidade de tomada de
decisões, visa a atender aos anseios dos alunos de aprofundar os conhecimentos
sobre: As Relações Indivíduo – Sociedade; Cultura, Memória e Identidade: Diversidade
cultural; Movimentos Sociais e culturais, Relação entre ciência, cultura e tecnologia;
Importância dos movimentos sociais; Relação social; a relação entre o trabalho, ciência
e cultura; a questão do gênero no mercado de trabalho

Ao fazer a integração curricular tomando como base os campos de saberes de ensino


das CHSA, dialogando com outros saberes das outras áreas do conhecimento, o projeto
se destaca social e academicamente por se articular com os componentes previstos na
proposta pedagógica da formação humana integral dos estudantes, com os princípios
curriculares norteadores da aprendizagem, que evidenciam o respeito às diversas
culturas Amazônicas e suas inter-relações no espaço e no tempo; a
interdisciplinaridade e a contextualização em todo o seu percurso.

Considerando os eixos estruturantes, a investigação científica feita sobre o tema


buscará as teorias que irão ampliar os marcos conceituais e subsidiar a observação
prática e as análises das falas dos entrevistados; os processos criativos, mediados pelo
uso das tecnologias de informação e comunicação, permearão o preparo do
documentário como produto final da atividade; a mediação e a intervenção
sociocultural será mediadora nas situações de interculturalidade significativas no
25

espaço abordado, e o empreendedorismo social será o condutor motivacional dos


estudantes à compreensão de seus próprios projetos de vida, com projeções pessoais
ou profissionais.

Portanto, na perspectiva do aprofundamento de aprendizagens ou na busca de novos


conhecimentos, esse projeto, ao favorecer o encontro dos alunos com a comunidade,
por intermédio dos agentes sociais, que na sua simplicidade guardam riquezas de
conhecimentos expressos em suas histórias, memórias e significados, nos seus modos
de ser, de agir, e de se relacionarem, através da escuta, das trocas de opiniões e
posicionamentos, permitirá aos alunos a oportunidade de desenvolver competências e
habilidades que os tornem capazes de pensar criticamente, de raciocinar, de refletir, de
analisar, de questionar e até fazer intervenção a partir de uma visão ampliada sobre a
sua própria realidade, de maneira a se enxergar como integrantes ativos da sociedade
e, assim, como cidadãos de direitos e deveres, se sintam capazes resolver problemas e
de tomar decisões, dentro e fora da escola.

4. OBJETIVOS

4.1 GERAL

§ Produzir um documentário sobre redes de sociabilidades, saberes, memória, práticas


sociais e culturais que são desenvolvidas por trabalhadores e frequentadores das feiras
populares de Belém, com enfoque na vivência e experiência dos sujeitos e grupos
produtores dessas práticas.

4.2 ESPECÍFICOS

● Construir, através do diálogo e do conhecimento, uma conexão entre a escola e


a comunidade;
● Conhecer o cotidiano das feiras populares a partir do olhar dos seus
trabalhadores e frequentadores;
● Proporcionar o exercício da empatia, do diálogo e da escuta na comunicação
com a comunidade na qual estão inseridos;
26

● Estimular atitudes solidárias, o respeito e a valorização da diversidade e a


importância da pluralidade, como caminhos para a superação de
desigualdades e preconceitos;
● Incentivar a curiosidade científica, a criatividade e a investigação, para que,
com base nos conhecimentos aprofundados, possam intervir de maneira
responsável na realidade local;
● Identificar, através dos relatos de experiências e vivências dos entrevistados, as
redes sociais, arranjos familiares, saberes, produção de valores, suas
percepções sociais, culturais e de identidade;
● Registrar o modo de vida, a memória, a identidade e as relações de
sociabilidades que se estabelecem nos espaços das feiras populares.

5. PROPOSTA METODOLÓGICA

A proposta metodológica do projeto integrado SOCIABILIDADE, MEMÓRIA E


IDENTIDADE: A FEIRA POPULAR COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM, alinhada às
competências e habilidades específicas da área de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas e conectada aos eixos estruturantes e princípios norteadores da educação do
estado do Pará, está pautada na Pesquisa de Campo para a construção do
conhecimento em torno do patrimônio cultural, da história, da memória, da identidade
e de sociabilidades. Inclui a utilização de procedimentos qualitativos com vistas a obter
resultados que melhor expressem a complexidade da realidade social do espaço
selecionado, e tem por objetivo a produção de um documentário a partir das narrativas
individuais ou coletivas, sobre sociabilidade, memória, expressões de identidades e
experiências vividas no cotidiano dos trabalhadores e frequentadores de uma feira
popular.

A escolha da feira popular se dá pelo fato de ser espaço livre, com ampla diversidade
de uso, o que permitirá aos alunos ter contato direto com uma realidade estruturada
na dinâmica do cotidiano e em constante movimento, exercendo influência na
organização social e cultural da comunidade da qual fazem parte.

Para facilitar o acesso aos entrevistados e a coleta das informações, a pesquisa de


campo será feita por uma rede de indicações, tomando como base a técnica
27

metodológica conhecida como “Bola de Neve” (snowball) ou ainda como “cadeias de


informantes”. Como explica Abdal (2016, p. 47), a bola de neve é uma técnica de
amostragem utilizada em pesquisas sociais e educação que se dá por encadeamento
de indicações, isto é, os participantes iniciais, selecionados para a entrevista, ao utilizar
cadeias de referências, indicam novos participantes da sua rede de amigos e
conhecidos, que por sua vez indicam outros participantes a serem entrevistados. O
nome "bola de neve" provém justamente dessa ideia: cada vez mais aumenta o
quantitativo de participantes. Portanto, ela vai crescendo à medida que os indivíduos
selecionados recomendam outros participantes, até se chegar a um ponto de saturação
em que as falas começam a se repetir, ou seja, os novos entrevistados não acrescentam
mais nenhuma informação relevante aos critérios do projeto.

Para a coleta das informações serão realizadas entrevistas com os trabalhadores e


frequentadores da feira. De forma bem simples, será elaborado um roteiro para as
entrevistas, que servirá como base para orientar os alunos no diálogo com os
entrevistados, e flexível para permitir a estes incluir novos questionamentos ao longo
da conversa, encorajando-os a se expressarem livremente, registrarem suas próprias
impressões e opiniões e não se distanciar dos dados a serem coletados, sobre as
formas de agir e de pensar dos entrevistados, contadas por eles mesmos.

Para o contato inicial com os entrevistados, sugere-se que o professor oriente a ação,
que vá ao locus da pesquisa para obter os primeiros contatos. Nesse caso o critério da
seleção será das pessoas apontadas por seus pares como as que possuem maior
visibilidade social, considerando tanto a capacidade de vivência cotidiana no local
como o potencial de influência que exercem no grupo ao qual elas pertencem,
trabalhadores ou de frequentadores da feira e as que possuam maior rede de contato
social, com relevância para aproximar situações de sociabilidades.
28

5.1 QUADRO-SÍNTESE DA INTEGRAÇÃO CURRICULAR DE ÁREA

§ INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
EIXO ESTRUTURANTE
§ PROCESSOS CRIATIVOS

§ MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL

§ EMPREENDEDORISMO

CAMPOS DE SABERES E PRÁTICAS GEOGRAFIA


DE ENSINO HISTÓRIA

FILOSOFIA

SOCIOLOGIA

EMIFCHSA01
HABILIDADES A SEREM
CONSTRUÍDAS EMIFCHSA02

EMIFCHSA03

EMIFCHSA04

EMIFCHSA05

EMIFCHSA06

EMIFCHSA08

EMIFCHSA10

EMIFCHSA12

§ Cultura material e princípios antropológicos


OBJETOS DE CONHECIMENTO
§ Fontes históricas e filosóficas

§ Teoria do conhecimento

§ Realidade e Ciência.

§ Conceito de territórios

§ Territorialidades

§ Juventudes, tecnologias e mídias

§ Direitos Humanos: cidadania e projeto de vida

§ Cultura material e imaterial: princípios antropológicos e arqueológicos

§ Diversidades culturais e interculturalidade


29

§ Consumo e consumismo

§ Mundo do trabalho

§ Flexibilização do Trabalho

§ Terceirização de direitos

§ Produção/circulação/

§ Consumo

§ Empreendedorismo e Profissionalismo

§ Mercado de trabalho

5.2 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este projeto está previsto para ser realizado no segundo semestre do ano de
2022, totalizando 40h de atividades, e contará com a participação dos professores da
área e ou de outras áreas, e alunos do 1º ano do Ensino Médio.

No primeiro momento, os professores serão os organizadores e mediadores do


processo, vão se reunir para socializar as ideias, estabelecer direcionamento para a
ação, pensar nas indagações teóricas e operacionais como suporte para a construção
dos instrumentos do projeto e junto com a comunidade escolar fazer a sensibilização
dos alunos que estarão envolvidos. Posteriormente, os docentes, juntamente com os
estudantes, começarão a fase do planejamento, a definição do locus onde será
realizada a ação e o delineamento dos próximos passos:
1. PLANEJAMENTO: Realizar um checklist das ações, estabelecer coletivamente a
divisão das tarefas e as responsabilidades individuais e coletivas; realizar visita
preliminar ao locus e prever o acompanhamento, bem como a segurança dos alunos
fora da escola.
2. ELABORAÇÃO DO PROJETO: Pensar nas etapas de realização dos projetos
observando os pontos de atenção; determinar os métodos e as técnicas de coletas de
dados; preparar o roteiro das entrevistas e providenciar o material a ser usado para os
registros (caderno de campo, máquina fotográfica, celular).
30

3. TEMPO: Estabelecer o tempo necessário para as entrevistas e as demais fases do


projeto.
4. VISITA PRELIMINAR E IDENTIFICAÇÃO DOS ENTREVISTADOS: Selecionar um
professor para fazer o primeiro contato com os trabalhadores da feira para apresentar
a ideia do projeto, formalizar o convite à participação e solicitar autorização aos
primeiros agentes a serem entrevistados pelos alunos.
5. SELEÇÃO DAS FONTES PARA A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: Pesquisar os
documentos (livros, revistas, reportagens e internet, disponíveis no espaço escolar ou
em espaços públicos locais, como o laboratório de informática, bibliotecas) que vão
subsidiar os marcos conceituais, a observação nas entrevistas e as análises das
informações coletadas. A pesquisa vai auxiliar no entendimento das situações e na
tomada de decisões.
6. O TRABALHO DE CAMPO: Utilizar a entrevista semiestruturada, as fontes
documentais, fotográficas e curtas filmagens como instrumentos para localizar, coletar
dados, que possam contribuir à sistematização das anotações e outros registros dos
elementos relevantes das experiências e conhecimentos, advindos da transmissão,
memória, conservação, fortalecimento cultural e das sociabilidades dos entrevistados.
Ter o cuidado de sempre solicitar autorização prévia para fotografar ou filmar pessoas.
7. MONITORAMENTO DAS ETAPAS REALIZADAS: Selecionar o material coletado,
analisar e avaliar as informações (professores e alunos); socializar os acontecimentos,
as dificuldades e as etapas concluídas.
8. SISTEMATIZAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO: Produzir um documentário a partir das
informações coletadas. Se necessário, procurar na escola ou na comunidade pessoas
que trabalhem com audiovisuais para colaborar. Também será bem-vindo nessa etapa,
o envolvimento e apoio da gestão escolar, do grêmio estudantil e grupos culturais da
escola.
9. CULMINÂNCIA: Preparar um evento para apresentação à comunidade escolar de
tudo o que for produzido: Textos, fotos, desenhos, comentários e o documentário
concluído.
10. AVALIAÇÃO: Avaliar e refletir sobre todo o processo de produção do documentário,
as observações, as percepções, as críticas, as tomadas de decisões e os
posicionamentos.
31

Quanto à construção do documentário, terá como ponto de partida o


depoimento dos entrevistados, considerando o registro das falas feito por meio da
escrita, de fotos, de desenhos ou vídeos, com ênfase nas proposições, iniciativas,
histórias, memórias, tendências, lutas e desafios, no sentido de dar voz e visibilidade
aos diferentes agentes sociais. A produção final será elaborada pelos estudantes e
professores envolvidos na ação e apresentada à comunidade escolar e à comunidade
de um modo geral, visto que os entrevistados serão convidados para o evento de
culminância, o qual poderá ser um seminário interdisciplinar ou uma feira de ciência,
programados para o encerramento do período letivo.

5.3 AVALIAÇÃO DO PROCESSO EDUCATIVO

A avaliação do processo educativo dos alunos envolvidos nas ações previstas no


projeto será feita pelos professores mediadores envolvidos, de forma contínua,
processual e formativa durante toda a condução da atividade. Ao término, os alunos
participantes da ação juntamente com os professores terão a oportunidade de fazer
autoavaliação, avaliação por pares e uma avaliação sobre todo o processo desenvolvido
no projeto, expondo suas observações, críticas e sugestões. A avaliação observará os
seguintes critérios:
§ Participação dos alunos em todas as etapas do projeto desde a elaboração até a sua
conclusão;
§ Compromisso, engajamento, responsabilidade e assiduidade;
§ Capacidade de comunicação e sistematização de dados;
§ Habilidade de identificar, analisar, discutir e comparar diferentes fontes e narrativas;
§ Relacionamento interpessoal;
§ Pensamento crítico e criativo;
§ Autonomia e poder de decisão no desenvolvimento das tarefas;
§ Pesquisa bibliográfica e contextualização dos dados coletados;
§ Produção e apresentação do documentário.

6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Nº ATIVIDADES PERÍODO DE REALIZAÇÃO


32

Data de início Data de término Responsável

1 Sensibilização e organização dos participantes XXXX XXXX XXXX

2 Planejamento XXXX XXXX XXXX

3 Execução XXXX XXXX XXXX

4 Monitoramento XXXX XXXX XXXX

5 Avaliação XXXX XXXX XXXX

7. REFERÊNCIAS
ABDAL, Alexandre et al. Métodos de pesquisa em Ciências Sociais: Bloco Quantitativo. Sesc São Paulo/CEBRAP, 2016.
BOSI, Ecléa. O Tempo vivo da memória. 2 ed. Ensaios de Psicologia Social. São Paulo: Ateliê editorial, 2003
BRANDÃO, Carlos. Território e desenvolvimento: as múltiplas escalas entre o local e o global. Campinas, SP: Editora Unicamp, 2007
BRASIL. Resolução CNE/CEB 3/2018. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de novembro de 2018, Seção 1, pp. 21-24.
CAMPELO, Marilu Márcia. Feira do Ver-o-Peso: cartão postal da Amazônia ou Patrimônio da Humanidade? CFCH-IFCH, v. 18, n. 2,
2002
CIAVATTA, Maria; ALVES, Nita. (Orgs.). A leitura de imagens na pesquisa social. São Paulo: Cortez, 2004.
CORBO, Priscila. Memória, cultura material e a preservação do patrimônio cultural. São Paulo: 2017
COUTINHO, Carlos Nelson. Cultura e sociedade no Brasil: ensaios sobre ideias e formas, 2 ed. ampliada, Rio de Janeiro: DP & A,
2000.
FAZENDA, I. Integração e Interdisciplinaridade no ensino brasileiro. São Paulo: Loyola, 1996.
FREIRE, P. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
_________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Tradução de Beatriz Sidou. 2 ed. São Paulo: Centauro, 2013.
HOBSBAWAN, Eric. Sobre a história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Educação Patrimonial: Manual de Aplicação. Programa
Mais Educação. Brasília,DF: Iphan/DAF/Cogep, 2013.
LIMA, Tania Andrade. Cultura material: a dimensão concreta das relações sociais. In: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi.
Ciências Humanas, v. 6, n. 1, p. 11-23, jan./abr. 2011.
MIMAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 13 ed. São Paulo: Hucitec, 2013
NETO, Otávio Cruz. O trabalho de campo como descoberta e criação. In: MINAYO, M. C. (Org.) Pesquisa Social: Teoria, método e
criatividade. 22a ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 1994.
PELEGRINI, Sandra C. A. Patrimônio cultural: consciência e preservação. São Paulo: Brasiliense, 2009.
RODRIGUES, Carmem; SILVA, Luiz de Jesus; MARTINS, Rosiane (Orgs.). Mercados populares de Belém: Produção de Sociabilidades
e Identidades em espaço urbano: NAEA, 2014.
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
WILLIAMS, R. Cultura. Tradução: Tradução: Lólio Lourenço de Oliveira. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
33
34

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICAS ELETIVO: CARTOGRAFIA

1.1- DESCRIÇÃO: O campo de Saberes e Práticas de ensino eletivo Cartografia desempenha importante papel no processo de ensino e
aprendizagem nas escolas pois contribui para o estudo e a compreensão de fenômenos relacionados a realidade social, econômica, histórica
e cultural vivenciados pelos discentes, dando mais sentido e significado a aprendizagem nas aulas, bem como favorece o desenvolvimento
da leitura crítica de representações, espaços, tempos, linguagens e produção de texto em todas as áreas do conhecimento, principalmente
quando envolve investigação científica, tecnologia, manifestações artísticas e experiências educativas.

▪ Respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no


2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES) tempo.
NORTEADOR(ES):
▪ A interdisciplinaridade e a contextualização no processo de aprendizagem.

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE CONHECIMENTO(S): Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

6.COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:

COMPETÊNCIA 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante à compreensão dos processos sociais,
políticos, econômicos e culturais geradores de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam
o exercício arbitrário do poder, as quais determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.

COMPETÊNCIA 4: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas
relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.

7. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:

(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política
e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens
adequados à investigação científica.

(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em
fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,
regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental. (EMIFCHSA09)
Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, considerando as diversas
tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a promoção da cidadania.

(EMIFCHSA11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um
projeto pessoal ou um empreendimento produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.

(EMIFCHSA12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para formular propostas
concretas, articuladas com o projeto de vida, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

8.OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:


35

▪ Cartografias: as velhas e as novas formas de representação cartográfica.

▪ Formação do território brasileiro e amazônico.

▪ Geopolítica.

▪ Estado e política.

▪ Movimentos de Hegemonia e Contra-hegemonia.

▪ Instituições sociais e políticas.

▪ Modelos políticos modernos e contemporâneos.

▪ Políticas afirmativas.

▪ Políticas e conflitos internacionais.

▪ Ativismo cidadão, político e ambiental.

▪ Estado e política.

▪ Economia e produção do espaço.

▪ Regionalização e territorialização.

▪ Nacionalismo e formação dos Estados Nacionais.

▪ Modos de vida e identidades.

▪ Expansão ultramarina Europeia.

▪ Espaço e política.

▪ Espaço e Cidadania.

▪ Complexidades, racionalidades técnicas e socioambientais.

▪ Economia e modernidade.

▪ Amazônia e processos produtivos.

9. REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. Carajás: Guerra dos Mapas. Belém: Editora Falangola, 1994.

BROTTON, Jerry. Uma história do mundo em doze mapas. Trad. Pedro Maia. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: arte do fazer. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.

DA COSTA LIMA, Marcos Vinícius; GAYOSO DA COSTA, Solange Maria. Cartografia social das crianças e adolescentes ribeirinhas/quilombolas da
Amazônia. REVISTA GEOGRAFFARES , v. 00, p. 76-113, 2012.

FONSECA, T. M. G. & KIRST, P.G. Cartografia e devires: a construção do presente. Porto alegre: UFRGS, 2003.

FOUCAULT, MICHEL. A arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves, 7ª ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A Cartografia no ensino de Geografia: Construindo os Caminhos do Cotidiano. Rio de Janeiro: Litteris Ed.: KroArt.
2002.
36

HARLEY, J. Brian. Mapas, saber e poder. In: Revista Confns, no. 5. (jan./jun. 2009). Disponível. http://confins.revues.org/index5724.html

OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de e SANTOS, Tânia Lobato dos (Orgs). Cartografia de Saberes: representações sobre a cultura amazônica em
práticas de educação popular. Belém: EDUEPA, 2007

PEREIRA, André de Queiroz. Meu mundo na sala de aula: uso da cartografia social para o ensino de sociologia. Dissertação de Mestrado
(Programa de Pós- Graduação Profissional em Ciências Sociais para o Ensino Médio) – Fundação Joaquim Nabuco, Recife, 2016.

RODRIGUES, Denise Souza Simões et al. Cartografia de saberes: abordagem de pesquisa em educação intercultural. (mimeo). Belém:
PPGED-UEPA, 2006.

TAVARES, Antonia. M. Brioso. PROJETO CARTOGRAFIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA DA EAUFPA: uma didática da História em interface com a
pedagogia decolonial. Dissertação (Mestrado) - Mestrado profissional em Ensino de História, UFPA, Ananindeua, 2018.
37

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICAS ELETIVO: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: MEMÓRIA & IDENTIDADE

1.1- DESCRIÇÃO: O campo de Saberes e práticas de ensino eletivo Educação Patrimonial: memória & identidade intenciona uma abordagem
interdisciplinar a partir das discussões envolvendo a área de Ciências Humanas, dando foco aos conceitos centrais de memória e identidade.
Em especial, objetiva estabelecer junto aos jovens a importância da valorização dos mais variados patrimônios culturais (materiais e
imateriais) como portadores de uma memória a respeito daquela sociedade, bem como colabora para o conhecimento das expressões
artísticas como características dos saberes tradicionais. Voltada em grande medida para os diferentes espaços de memória (museus,
monumentos, arquitetura etc.) e para o folclore (musical, literário, material, etc.) da região amazônica.

▪ Respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no tempo.

2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES)
▪ A interdisciplinaridade e a contextualização no processo de aprendizagem.
NORTEADOR(ES):

▪ Educação para a sustentabilidade ambiental, social e econômica

▪ Processos criativos
3. EIXO(S) ESTRUTURANTE(S):
▪ Mediação e intervenção sociocultural.

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
CONHECIMENTO(S):

6. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:

Competência 01- Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e interculturais nos âmbitos local, regional, nacional e
mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos
Competência 3 - Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e
consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a
ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.

7. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:

Processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA07). Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08). Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,
regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

8. OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:

▪ Cultura material e imaterial: princípios antropológicos e arqueológicos.

▪ Diversidades culturais e interculturalidade.

▪ Cultura de Massa e indústria cultural.


38

▪ Território, territorialidades e meio ambiente.

▪ Natureza e Cultura

9. REFERÊNCIAS:

BELTRÃO, Jane Felipe (org.). Antropologia e patrimônio cultural: diálogos e desafios contemporâneos. Florianópolis: Nova Letra, 2007. p. 81-97.
Disponível em: http://livroaberto.ufpa.br/jspui/handle/prefix/442. Acesso em: março de 2020.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velho. 19ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

BRASIL. Educação patrimonial: histórico, conceitos e processos. IPHAN. Brasília, 2014.

CHAGAS, Mário. Educação, museu e patrimônio: tensão, devoração e adjetivação. Dossiê: Educação Patrimonial, n. 3, Iphan, jan./fev. 2006.

CUNHA, Manuela Carneiro da (org). Patrimônio imaterial e biodiversidade. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. IPHAN, nº 32,
2005.

FERNANDES, José Ricardo Oriá. Da identidade nacional à diversidade cultural: novos paradigmas para a preservação do patrimônio histórico.
Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, 2011.

GARCÍA CANCLINI, Nestor. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP, 1997.

MENESES, José Newton Coelho. História e turismo cultural. 1ª ed., 1ª reimpressão. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

TOLENTINO, Átila Bezerra. Educação patrimonial: reflexões e práticas. João Pessoa: IPHAN, 2012.

OLIVEIRA Rafael Fabrício. De Cidades, e Paisagens como Bens Culturais como Pensamento em Geografia. Espaço & Geografia, Vol.16, No 2,
2013, p.747-779.

SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; BEZERRA, Marcia. Educação patrimonial: perspectivas e dilemas. In: LIMA FILHO, Manuel Ferreira; ECKERT,
Cornelia;

WORCMAN, Karen. Como histórias de vida mostram cidades invisíveis. Disponível em:
http://www.museudapessoa.net/pt/explore/midiateca/artigos/como-historias-de-vida-mostram-cidades-invisiveis. Acesso em: março de 2020.

SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1997.


39

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICAS DE ENSINO ELETIVO: SABERES E PRÁTICAS AFRO-BRASILEIRAS E INDÍGENAS NA AMAZÔNIA

1.1- DESCRIÇÃO: O campo de Saberes e práticas de ensino eletivo Saberes e Práticas Afro-brasileiras na Amazônia constitui um
campo de saber que deve ser considerado e utilizado na sala de aula para o desenvolvimento de outros olhares
direcionados a educação afro-brasileira na escola, para o entendimento e valorização do conhecimento sobre a África, os
africanos, o contexto cultural afro-brasileiro, incluindo a religiosidade e outras formas de expressão simbólica , além da sua
história na formação da sociedade brasileira e na luta por direitos e pela equidade raciais. Numa abordagem interdisciplinar
a partir dos diálogos e reflexões envolvendo a área de Ciências Humanas e Sociais aplicadas procurando evidenciar as
particularidades que envolvem as relações Étnico-Raciais na Amazônia.

▪ Respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no tempo.


2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES)
NORTEADOR(ES):
▪ A interdisciplinaridade e a contextualização no processo de aprendizagem.

▪ Investigação científica

3. EIXO(S) ESTRUTURANTE(S): ▪ Mediação e intervenção sociocultural

▪ Empreendedorismo Social

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


CONHECIMENTO(S):

6. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:

COMPETÊNCIA 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e interculturais nos âmbitos local, regional, nacional e
mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos.

COMPETÊNCIA 6: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política
e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens
adequados à investigação científica.

(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em
fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,
regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental. (EMIFCHSA09)
Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
40

8. OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:


▪ Diversidades culturais e interculturalidade

▪ Natureza e cultura (estudos das cosmovisões ancestrais)

▪ História indígena e indigenista

▪ Epistemologia e teorias do conhecimento

▪ História da Amazônia;

▪ História Indígena e Indigenista;

▪ Formação do território brasileiro e amazônico.

▪ Antiguidade africana

▪ Diáspora africana

▪ História da África e da cultura afro-brasileira.

▪ Quilombos e quilombolas na Amazônia.

▪ Movimentos pós-coloniais.

▪ Políticas afirmativas.

▪ Modos de vida e identidades.

▪ Estado e política.

▪ Movimentos de Hegemonia e Contra-hegemonia

▪ Verdade e Poder.

▪ História dos processos produtivos na Amazônia.

▪ Sistemas socioeconômicos.

▪ Modos de produção.

9. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Cadernos do CEOM, ano 22, n. 30, p. p. 179-206, 2010. Disponível em: https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/view/457/291

ANJOS, Rafael Sânzio. Geografia, territórios étnicos e quilombos. In: GOMES, N. L. (Org.). Tempos de lutas: as ações afirmativas no contexto brasileiro. Brasília: MEC/ SECAD, 2006. p. 81-103.

ANDRÉ, J. M. Diálogo Intercultural, Utopia e Mestiçagens em Tempos de Globalização. Coimbra: Ariadne Editora, 2005.

BONIN, Iara Tatiana. Povos indígenas na rede das temáticas escolares: o que isso nos ensina sobre identidades, diferenças e diversidade? Currículo sem Fronteiras. Volume 10, n. 1, pp.133-146,
jan/jun 2010.

BRITO, Edson. M. O ensino de História como lugar privilegiado para o estabelecimento de um novo diálogo com a cultura indígena nas escolas brasileiras. Fronteiras (Campo Grande) , v. 11, p.
59-72, 2009.

CASTRO, EDNA; ACEVEDO, ROSA. O Lugar da Mulher e do Negro no Mercado de Trabalho no Pará. Novos Cadernos NAEA , v. 1, p. 01-21, 1998.

COELHO, Mauro Cezar ; ROCHA, Helenice Aparecida Bastos . Paradoxos do protagonismo indígena na escrita escolar da História do Brasil. (ON LINE) Tempo e argumento , v. 10, p. 464-488, 2018.

CUNHA, Manuela Carneiro da. Índios no Brasil. História, Direitos e cidadania. 1ª ed. São Paulo: Claro Enigma, 2012.

DEUS, Zélia Amador. Africanidades no Espaço Escolar: a Lei 10.639/2003. In: Márcio Couto Henrique. (Org.). Diálogos entre História e Educação. 01 ed.Belém: Editora Açaí, 2014, v. 01, p. 69-82.
41

FUNARI, Pedro Paulo; PIÑÓN, Ana. A temática indígena na escola: subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2011.

GOMES, Flávio dos Santos; Schwarcz. Amazônia Escravista. In: _____________. (orgs). Dicionário da Escravidão e liberdade. 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p.p 106-112.

GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (orgs.). A temática indígena na escola. Brasília, MEC/MARI/UNESCO, 1995.

HENRIQUE, Márcio Couto. Presente de branco: a perspectiva indígena dos brindes da civilização (Amazônia, século XIX). In.: Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 37, nº 75, 2017. Disponível
em: https://www.scielo.br/pdf/rbh/v37n75/1806-9347-rbh-2017v37n75-08.pdf, acesso em: maio de 2020.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. Trad. de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

LEITE, Ilka Boaventura. Os quilombos no Brasil: questões conceituais e normativas. Etnográfica, Lisboa, v. IV, n. 2, p. 333-354, 2000.

NEVES, Eduardo Góes. Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed.2006.

PACHECO, Agenor S.; SILVA, Jerônimo da S. e. Repertórios de Saberes e Crenças Afroindígenas em Dalcídio Jurandir. In.: RELAcult. v.05, n. 1589, p.p. 1-23, 2019.

_____________________. Diásporas africanas e contatos afroindígenas na Amazônia marajoara. In: Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 17, n. 26, p. 27-63, maio de 2016. Disponível em:
http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/P.2237-8871.2016v17n26p27

PORRO, Antonio. O povo das águas. Ensaios de etno-história amazônica. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

SALLES, Vicente. O Negro no Pará: sob o regime da escravidão. 2ª Ed. Brasília/Belém: Ministério da

Cultura/Secretaria de Estado da Cultura/Fundação Cultural do Pará “Tancredo Neves”, 1988.

SAMPAIO, Patrícia Melo (Org.). O fim do silêncio: presença negra na Amazônia. Belém: Editora Açaí; CNPq, 2011.

SANTOS, Sales Augusto dos. Ações afirmativas e combate ao Racismo nas Américas. (Edição eletrônica) Brasília: MEC/UNESCO: 2005. Disponível em:
http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/acoes_afirm_combate_racismo_americas.pdf
42

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICAS DE ENSINO ELETIVO: LINGUAGENS, NARRATIVAS E PRODUÇÕES ARTÍSTICO-CULTURAIS

1.1- DESCRIÇÃO: O campo de Saberes e práticas de ensino eletivo Linguagens, narrativas e produções artístico-culturais tem como objetivo
abordar as questões relacionadas às relações entre arte e cultura, buscando abordar sua expressão na sociedade, como aspectos essenciais
nos debates envolvendo as Ciências Humanas. Ela contempla em grande medida o eixo estruturante Processos Criativos, assim como
estabelece o diálogo interdisciplinar com a área de Linguagens e suas tecnologias, envolvendo habilidades e objetos de conhecimento
capazes de relacionar e proporcionar um olhar crítico e criativo acerca das mais diversas manifestações culturais como evidências históricas,
filosóficas, sociológicas e geográficas. Tem como foco ressaltar a importância da cultura artística, das tradições, saberes e práticas
populares, bem como folclóricas, da região amazônica e especificamente no Pará.

2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES)
▪ Respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no tempo.
NORTEADOR(ES):

▪ Empreendedorismo social
3. EIXO(S) ESTRUTURANTE(S):
▪ Mediação e intervenção sociocultural

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
CONHECIMENTO(S):

6. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:

COMPETÊNCIA 3: Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e
consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a
ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.

7. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando valores importantes para si e
para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para
promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível
local, regional, nacional e/ou global, responsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar objetivos pessoais e
profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos,
mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.

(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e
oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional
e cidadã.

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,
regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
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(EMIFCHSA10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser
utilizadas na concretização de projetos pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando as diversas
tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a promoção da cidadania.

(EMIFCHSA11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um
projeto pessoal ou um empreendimento produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para formular propostas
concretas, articuladas com o projeto de vida, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

8. OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:

▪ Natureza e Cultura

▪ Complexidades, racionalidades técnicas e socioambientais.

▪ Território, territorialidades e meio ambiente.

▪ Economia e produção do espaço.

▪ Movimentos de Hegemonia e Contra-hegemonia

▪ Modos de vida e identidades.

▪ Diversidades Culturais e Interculturalidade.

▪ A relação sociedade x natureza: do meio natural ao meio técnico-científico e informacional.

▪ Ecologia urbana.

▪ O conceito de desenvolvimento sustentável

▪ Os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável)

▪ Legislação ambiental.

▪ Movimentos sociais de luta pelo meio ambiente na sociedade contemporânea.

9. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ABRAHÃO, M. H. M. B; SOUZA, E. C. (Org.). Tempos, narrativas e ficções: a invenção de si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A invenção do nordeste e outras artes. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.

BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política - ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas, volume I, 2ªedição, São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.

BOURDIEU, Pierre. Sobre a Televisão. Trad. Maria Lúcia Machado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

________________. O poder simbólico. Trad. Fernando Thomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992.

BURKE, Peter. O que é História Cultural? RJ: Jorge Zahar, 2008, 2ed. Revisada

____________. Testemunha ocular – História e Imagem. Bauru-SP: Edusc, 2004.

CATELLI JUNIOR, Roberto. Temas e linguagens da História: ferramentas para sala de aula no Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2009.

COSTA, Antonio Maurício Dias da. Festa na Cidade: o circuito bregueiro de Belém do Pará. 2. ed. Belém: EDUEPA, 2009.

_____________________________. Recortes do Cinema na Amazônia. 1. ed. Rio Branco: NEPAN, 2019.

FONSECA, Tânia. N. L. Mídias e divulgação do conhecimento histórico. Aedos, n. 11, v. 4,setembro de 2012, p. 129-140.

GARCÍA CANCLINI, Nestor. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP, 1997.

GINZBURG, Carlo. Medo, reverência, terror: quatros ensaios de iconografia política. Trad. Frederico Carroti, Joana Angélica D'Avila Melo. 1ª ed. São Paulo: Companhia das letras, 2014.

HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados: cultura e sociedade no século XX. Trad. Berilo Vargas. São Paulo: Companhia das letras, 2013.
44

TEIXEIRA, João Gabriel. As possibilidades da análise dramatúrgica no ensino de Sociologia. Série Sociológica, Departamento de Sociologia, Universidade de Brasília, 1997

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICAS DE ENSINO ELETIVO: ÉTICA SOCIOAMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

1.1- DESCRIÇÃO: O campo de Saberes e práticas de ensino eletivo de Ética Socioambiental e Sustentabilidade tem como meta
principal ajudar na preparação dos jovens do ensino médio, principalmente no que diz respeito aos saberes da
sustentabilidade econômica, social e ambiental, considerando as inúmeras transformações ocorridas recentemente no meio
ambiente e na sociedade global, bem como suas repercussões no país, na região, no lugar de vivência e formação desses
alunos. Analisando tais mudanças, os estudantes precisam se apropriar de conhecimentos e habilidades que lhes permitam
ser atuantes sujeitos de mudanças e de construção de novos saberes, estratégias e atitudes que possam colaborar na
construção de uma sociedade mais justa, ética, democrática, solidária, humanizada e igualitária e em um meio ambiente
ecologicamente sustentável por meio de projetos de mobilização e intervenção social e ambiental que dialoguem com os
princípios da sustentabilidade local, regional, nacional e global.

2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES)
▪ Educação para a sustentabilidade ambiental, social e econômica.
NORTEADOR(ES):

▪ Processos criativos
3. EIXO(S) ESTRUTURANTE(S):
▪ Empreendedorismo social

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


CONHECIMENTO(S):

6. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:

COMPETÊNCIA 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e interculturais nos âmbitos local, regional, nacional e
mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos.

7. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando valores importantes para si e
para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para
promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível
local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar objetivos pessoais e
profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos,
mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.

(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e
oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional
e cidadã.

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,
regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
45

(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser
utilizadas na concretização de projetos pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando as diversas
tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a promoção da cidadania.

(EMIFCHSA11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um
projeto pessoal ou um empreendimento produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para formular propostas
concretas, articuladas com o projeto de vida, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

8. OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:

▪ Natureza e Cultura

▪ Complexidades, racionalidades técnicas e socioambientais.

▪ Território, territorialidades e meio ambiente.

▪ Economia e produção do espaço.

▪ Movimentos de Hegemonia e Contra-hegemonia

▪ Modos de vida e identidades.

▪ Diversidades Culturais e Interculturalidade.

▪ A relação sociedade x natureza: do meio natural ao meio técnico-científico e informacional.

▪ Ecologia urbana.

▪ O conceito de desenvolvimento sustentável.

▪ Os ODS (objetivos do desenvolvimento sustentável).

▪ Legislação ambiental.

▪ Movimentos sociais de luta pelo meio ambiente na sociedade contemporânea.

9. REFERÊNCIAS:

AB'SABER, A. N. Amazônia - do discurso à praxis. São Paulo: Edusp, 1996.

ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência: Introdução ao jogo e as suas regras.São Paulo: Loyola, 2007.

ARANHA, Maria L. & amp; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2003.

ARISTÓTELES. A Poética (col. “Os Pensadores”). São Paulo: Abril Cultural, 1979.

ARCHIFONTAINE, C.P; PESSINI, L. Problemas atuais de bioética. 6. ed. revista e ampl. São Paulo: Centro Universitário São Camilo; Loyola,2002.

BECKER, B. K. Novos rumos da política regional: por um desenvolvimento sustentável da fronteira amazônica. ln: BECKER, B. K.; NFIRANDA, M. A geografia política do
desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997. p. 421-444.

COSTA, F. A. Ecologismo e a questão agrária na Amazônia. Belém: UFPA, 1993.

COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia: História e grandes temas, São Paulo, Ed. Saraiva, 2001

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: ática, 2003

DESCARTES. Discurso sobre o método, S. P. Abril Cultural, 1980.


46

DIEGUES, A. C. (Org.) Desmatamento e modos de vida na Amazônia. São Paulo: NUPAUB/USP, 1999.

DUARTE, R. História & natureza. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

FIGUEIREDO, S. L. (Org.). O ecoturismo e a questão ambiental na Amazônia, Belém: UFPA/NAEA, 1999.

JAPIASSU, H. Introdução às Ciências Humanas, São Paulo, Ed. Letras e letras, 2002.

JONAS, Hans. O princípio da responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. R. de Janeiro: PUC Rio/Contraponto, 2006, p. 47.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes (segunda formulação),Trad. Paulo Quintela, Abril Cultural, 1980

KOYRÉ, A. Estudos de História do pensamento científico. RJ: Ed. Forense Universitária, 1982.

LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Ed. 34, 1996.

MILARÉ, E.; COIMBRA, J. A. G. Antropocentrismo x Ecocentrismo na ciência jurídica. Revista de Direito Ambiental, ano 9, n. 36, p. 9-41, out.dez. 2004.

PEREIRA, P.H.S. Três Princípios para uma ética ambiental. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14184>
Acesso 10 mar. 2020.

PLATÃO. A República. Belém: Edufpa, 2001.

POPPER, K. A Lógica da Pesquisa Científica, São Paulo: Ed. Cultrix, 1972

ROUSSEAU, J-J. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979

UNESCO. Carta da Terra. Paris, março de 2000.


47

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICA DE ENSINO ELETIVO: GÊNERO E SEXUALIDADE

1.1- DESCRIÇÃO: O campo de Saberes e práticas de ensino eletivo Gênero e sexualidade tem como proposta contribuir para a
construção da cidadania dos estudantes. Para isso, é importante que a escola ao criar oportunidades para a construção
e sistematização dos conhecimentos ofereça também amplo acesso a informações na sala de aula sobre temáticas
emergentes que traz no seu interior processos sociais de discriminação e preconceitos presentes na sociedade, como
as relacionadas a questões de gênero e sexualidade, por vezes consideradas complexas e por consequência, silenciadas
no ambiente escolar. É uma eletiva que envolve não apenas a área de Ciências Humanas, mas numa abordagem
interdisciplinar ela favorece a troca, reflexão e aprofundamento de saberes na relação entre teoria e prática.

▪ Respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no tempo.


2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES)
NORTEADOR(ES):
▪ A interdisciplinaridade e a contextualização no processo de aprendizagem.

▪ Empreendedorismo
3. EIXO(S) ESTRUTURANTE(S):
▪ Investigação científica

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


CONHECIMENTO(S):

6. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:

COMPETÊNCIA 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e interculturais nos âmbitos local, regional, nacional e
mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos.

7. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:

(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências para respaldar conclusões,
opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como
liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.

(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou propor soluções para problemas
diversos.

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências presenciais e virtuais que
ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.

(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e
assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.

(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais,
com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.

(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em
fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais relacionados a temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.
48

7. OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:

▪ Cultura de Massa e Indústria cultural.

▪ Fontes históricas e filosóficas.

▪ Modos de vida e identidades.

▪ Movimentos de Hegemonia e Contra-hegemonia

▪ Ética e Conflitos.

▪ Juventudes, tecnologias e mídias.

▪ Diversidades culturais e interculturalidade.

8. REFERÊNCIAS:

ARISTÓTELES, Poética, São Paulo, Abril Cultural, 1984.

BENJAMIN, W. Obras Escolhidas: Magia e técnica, arte e política, vol. I, (“A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”), São Paulo,
Editora Brasiliense, 1986.

BOURDIEU, P. Regras da Arte: Gênese e estrutura do campo literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

CHARTIER, R. História cultural - entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand, 1996.

CHAVES, E. Não há trágico na indústria cultural. Nietzsche e Adorno mais uma vez. Revista Limiar, v. I, p. 047-060, 2014.

CHAVES, E. Ética e Estética em Nietzsche: crítica da moral da compaixão como crítica aos efeitos catárticos da arte. Ethica (Rio de Janeiro), Rio de
Janeiro, v. 11, n.1, p. 45-66, 2004.

DUARTE, Rodrigo (orgs). O belo autônomo: textos clássicos de estética. São Paulo: Autêntica Ed., 2012.

FEITOSA, C. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro. 2004.

ECO, Humberto. História da Feiúra. Trad. Eliana Aguiar. Rio de Janeiro/São Paulo: Ed. Record, 2007.

GINZBURG, C. Mitos, emblemas e sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

HEGEL, G. A Estética, São Paulo, Abril Cultural, 1980

KANT, I. Crítica da faculdade do juízo, trad. Valério Rohden e Antônio Marques, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1995.

NUNES, B. Introdução à Filosofia da arte, São Paulo, Ed. Ática, 1989

PLATÃO. A República, Belém, Ed. da UFPA, 1988.

SANTOS, M. A natureza do espaço – Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

_________. M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2012.

SAVIAN FILHO, Juvenal. Filosofia e filosofia: existência e sentidos. 1a Ed. Belo Horizonte: Autêntica ed., 2016. (p.282-300)

SOUZA, M. Fobópole: o medo generalizado e a militarização da questão urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

___________. Mudar a cidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

SCHILLER, Friedrich. Fragmentos das preleções sobre estética (inverno de 1792-93). Trad. Ricardo Barbosa. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.

SOUZA, M. Mudar a cidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

TRINDADE JR., A cidade dispersa: os novos espaços de assentamentos em Belém e a reestruturação metropolitana. 1998.

WERNECK, Vera. Educação e Sensibilidade: um estudo sobre a teoria dos valores. Rio de Janeiro, 2011.
49
50

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICAS DE ENSINO ELETIVO: DIVERSIDADE RELIGIOSA BRASILEIRA E AMAZÔNICA

1.1- DESCRIÇÃO: O campo de Saberes e práticas de ensino eletivo Diversidade Religiosa Brasileira e Amazônica tem como objetivo
estudar e refletir acerca da religiosidade na vida social e nas ações e representações coletivas dos brasileiros, mais
especificamente da população amazônica, a fim de que através dessa abordagem pelas Ciências Humanas os alunos possam
perceber os contrastes sociais, culturais e históricos que estruturam a base das diversas matrizes religiosas (Católica,
Protestante, Espírita, Afro-brasileira, Afro-amazônica, e as Religiões praticadas pelos indígenas e africanos) que se
difundiram em diferentes temporalidades e territorialidades e continuam presentes nas relações do homem com seus pares
e com a natureza.

2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES) ▪ Respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no


NORTEADOR(ES): tempo.

▪ Processos criativos
3. EIXO(S) ESTRUTURANTE(S):
▪ Mediação e Intervenção sociocultural

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE CONHECIMENTO(S): Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

6. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:


COMPETÊNCIA 06: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando valores importantes para si e
para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para
promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível
local, regional, nacional e/ou global, responsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais relacionados a temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais relacionados a temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

8. OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:


▪ Verdade e Poder.
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▪ Direitos Humanos: cidadania e projeto de vida.

▪ Ética e Conflitos.

▪ Juventudes, tecnologias e mídias.

▪ Instituições sociais e políticas.

▪ Pensamento político

▪ Epistemologia

▪ Espaço e Cidadania

▪ (In)Tolerância religiosa.

▪ Colonização da América, do Brasil e da Amazônia.

▪ Religião e Religiosidade no Brasil e na Amazônia.

▪ Violência e poder.

▪ Religião e religiosidade de matriz africana na Amazônia.

9. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CAMPELO, Marilu Márcia; LUCA, Taissa Tavernard. As duas africanidades estabelecidas no Pará. Dossiê Religião, v. 4, p. 1-27, 2007.

CARDOSO, Ângelo Nonato Natale. A linguagem dos tambores. 2006. Tese (Doutorado em música). Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2006.

CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço e simbolismo. Olhares geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 133-153, 2012.

COSTA, Matheus Oliva da. A Busca por um Lugar de Ensino Religioso na Escola Pública Através da Interdisciplinaridade. REVISTA RELEGENS THRÉSKEIA, v. 2, 2013, pp. 12- 32. Disponível em:
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/relegens/article/view/32672. Acessado em 12/10/2014.

DINIZ, Debora; LIONÇO, Tatiana; CARRIÃO, Vanessa. Laicidade e ensino religioso no Brasil. Brasília: UNESCO: Letras Livres: EdUnB, 2010.

ELIADE, Mircea. Imagens e símbolos: ensaio sobre o simbolismo mágico-religioso. Trad. Sonia Cristina Tamer. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. Trad. de Rogério Fernandes. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. A cidade dos encantados: pajelanças, feitiçarias e religiões afro-brasileiras na Amazônia ; a constituição de um campo de estudo 1870-1950. 1996. 428f.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em:
<http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/279426>. Acesso em: 21 jul. 2018.

FLETCHER, J. ; SARRAF, A.; CHAVES, E. . Conversações entre Artes & Culturas a partir de Olhares Antropológicos. Iluminuras (Porto Alegre), v. 15, p. 11-43, 2014.

GEERTZ, Clifford, 1926-. A interpretação das culturas / Clifford Geertz. - l.ed., IS.reimpr. - Rio de Janeiro : LTC, 2008.

GRESCHAT, Hans-Jürgen. O que é a ciência da religião? Tradução Frank Usarski. São Paulo: Paulinas, 2005.

GIUMBELLI, Emerson. A religião nos limites da simples educação: notas sobre livros didáticos e orientações curriculares no ensino religioso. Revista de Antropologia. v. 53, n. 1, 2010, pp. 39-78.

HOCK, Klaus. Introdução à Ciência da Religião. Tradução Monika Ottermann. São Paulo: Edições Loyola, 2010.

JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. Ciência da Religião aplicada ao ensino religioso. Em PASSOS, João Décio e USARSKI, Frank (orgs.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulus, 2013,
pp. 603-614.

MAUÉS, Raymundo Heraldo. Um aspecto da diversidade cultural do caboclo amazônico: a religião. Estudos avançados, v. 19, n. 53, p. 259-274, 2005.

PASSOS, João Décio. Ensino Religioso: construção de uma proposta. São Paulo, SP: Paulinas, 2007.

PIRES, Flávia Ferreira. O que as crianças pequenas pensam sobre religião? Em Religare - Revista de Ciências das Religiões, ano 2, n. 4, 2008, pp. 47-60. Disponível em:
http://www.ce.ufpb.br/ppgcr/arquivos/producoes/producao_6.pdf. Acessado em 12/3/2014.

ROSENDAHL, Zeny. Território e territorialidade: uma perspectiva geográfica para o estudo da religião. In: ___________________. História, teoria e método em geografia da religião. Espaço e
Cultura, n. 31, 2012.

SENA, Luzia (org.). Ensino Religioso e formação docente: ciências da religião e ensino religioso em diálogo. São Paulo: Paulinas, 2006.

SOARES, Afonso M. L. Religião & educação; da ciência da religião ao ensino religioso. São Paulo: Paulinas, 2010.
52

________, Afonso M. L. Introdução à Parte V: Ciência da Religião Aplicada. Em PASSOS, João Décio e USARSKI, Frank (orgs.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulus, 2013, pp.
573-576.

USARSKI, Frank. Os Enganos sobre o Sagrado – Uma Síntese da Crítica ao Ramo "Clássico" da Fenomenologia da Religião e seus Conceitos-Chave. REVER, São Paulo, n. 4, 2004, p. 73-95.
Disponível em: http://www.pucsp.br/rever/rv4_2004/t_usarski.htm. Acessado em 10/3/2015.

___________, Frank. História da Ciência da Religião. Em PASSOS, João Décio e USARSKI, Frank (orgs.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulus, 2013a, pp. 51-62.
53

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICA DE ENSINO ELETIVO: DIREITOS HUMANOS E CONSTITUCIONAIS

1.1- DESCRIÇÃO: O campo de Saberes e práticas de ensino eletivo dos Direitos Humanos e Constitucionais trás importante contribuição
como direito natural para a formação da cidadania dos educandos, ampliando a compreensão destes sobre aspectos do mundo, da
sua condição humana, sua natureza, sua cultura , a sua forma de ser e de viver, fazendo-os refletir sobre as possibilidade de
desenvolverem atitudes de cooperação e solidariedade tendo como referência os princípios da igualdada e da liberdade e de se
perceberem como sujeitos de deveres e direitos e assim, sejam capazes de participar efetivamente com responsabilidade, respeito e
valores éticos nas tomadas de decisões que envolvam demandas sociais, individuais ou coletivas .

▪ Respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no tempo


2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES)
NORTEADOR(ES):
▪ A interdisciplinaridade e a contextualização no processo de aprendizagem

3. EIXO(S) ESTRUTURANTE(S): ▪ Mediação e intervenção sociocultural

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


CONHECIMENTO(S):

6. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:

COMPETÊNCIA 05: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos, democráticos,
inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.

7. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando valores importantes para si e
para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para
promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível
local, regional, nacional e/ou global, responsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza
ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

8. OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:

▪ Direitos Humanos: cidadania e projeto de vida.

▪ Mundos do trabalho.

▪ Gênero e sexualidade.

▪ Ética e Conflitos.

▪ Juventudes, tecnologias e mídias.


54

▪ Políticas afirmativas.

▪ Políticas e conflitos internacionais.

▪ Ativismo cidadão, político e ambiental.

▪ Responsabilidade socioambiental.

9. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 12. São Paulo: Loyola, 2007.

BAHIA, Alexandre Melo Franco de Moraes. Igualdade: 3 dimensões, 3 desafios. In: CLÈVE, Clèmerson M.; FREIRE, Alexandre (orgs.). Direitos
fundamentais e jurisdição constitucional: análise, crítica e contribuições. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014, p. 73-98.

BOBBIO, N. A era dos direitos. Nova Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

BOFF, L. Ética e Moral a busca dos fundamentos. Petrópolis: Vozes, 2003.

BRANDÃO, C. Direitos humanos e fundamentais em perspectiva. São Paulo, SP: Atlas, 2014.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>.

CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo Caminho. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação dos Direitos Humanos. 3. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.

CORTINA, A. Ética. Petrópolis: Vozes, 2005.

DALLARI, Dalmo de A. Direitos Humanos e Cidadania. SP: Método, 2017.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em
10 de dezembro de 1948. Disponível na Biblioteca Virtual de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo: www.direitoshumanos.usp.br

FLORES, Joaquín Herrera. A (re)invenção dos direitos humanos. Florianópolis: Fundação Boiteux Garopaba: IDHID.

HABERMAS, Jürgen. A Luta por Reconhecimento no Estado Democrático de Direito. In: _____. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São
Paulo: Loyola. 2002, p. 229-267.

LAFER, Celso. A Reconstrução dos Direitos Humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. SP: Cia das Letras, 2015.

MORIN, E.; VIVERET, P. Como viver em tempos de crise? Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2013.

ORTIZ, R. Mundialização: saberes e crenças. São Paulo: Brasiliense, 2006.

PINSKY, J. História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2007.


55

1. TÍTULO DO CAMPO DE SABERES E PRÁTICAS DE ENSINO ELETIVO: JUVENTUDES E SEUS AFETOS

1.1- DESCRIÇÃO: Este campo de saberes e práticas da juventude e seus afetos tem como fundamentais objetivos: OUVIR, SE
APROXIMAR e OBSERVAR o universo dos jovens estudantes do ensino médio para depois DIAGNOSTICAR, SUGERIR,
ORIENTAR e VIVENCIAR com eles suas JUVENTUDES e seus “quereres”, suas intenções acadêmicas e profissionais individuais
e coletivas, seus sonhos e projetos de vida. Incentivar e participar das atividades acadêmicas e de trabalho, dentro ou fora
do ambiente escolar seria uma atitude docente louvável neste momento da formação dos estudantes que em sua grande
maioria apresentam perfis/características diferentes de comportamentos, desejos, afetos e atitudes juvenis, tais como:
CURIOSIDADE, MULTIPLICIDADE, INTENSIDADE, OUSADIA, FORÇA, MEDO, CRIATIVIDADE, UTOPIAS, TRAUMAS, DESEJOS,
DESAFIOS, ESCOLHAS, DETERMINAÇÃO entre outros. Considerar e analisar tais perfis das juventudes do ensino médio, bem
como a aplicação desta eletiva será uma interessante estratégia pedagógica para que os jovens não sejam mais silenciados
dentro da escola e fora dela. Vivenciar com eles suas variadas JUVENTUDES é acima de tudo incentivar o protagonismo e o
engajamento destes sujeitos em suas investigações científicas, em seus processos criativos, suas mediações e intervenções
socioculturais e em suas investidas de empreendedorismo acadêmico, político, profissional, sejam estes pessoais ou
coletivos. “jovem é outro papo” (Chico Anísio).

▪ Respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no tempo.


2. PRINCÍPIO(S) CURRICULAR(ES)
NORTEADOR(ES):
▪ Interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem

▪ Mediação e intervenção sociocultural


3. EIXO(S) ESTRUTURANTE(S):
▪ Processos criativos

4. CARGA-HORÁRIA: 20/40h semestrais

5. ÁREA(S) DE Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


CONHECIMENTO(S):

6. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA:

COMPETÊNCIA 5: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos, democráticos,
inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.

COMPETÊNCIA 6: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais relacionados a temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais relacionados a temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de
vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,
regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
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8. OBJETOS DE CONHECIMENTO A SEREM APROFUNDADOS:

▪ Juventudes, tecnologias e mídias.

▪ Gênero e sexualidade.

▪ Violência urbana.

▪ Identidade e preconceito.

▪ Favelização e extermínio.

▪ A produção/manifestação artística das periferias.

▪ Políticas afirmativas.

▪ Movimentos pós-coloniais.

▪ Cidadania: Cidadão ou citadino?

▪ As tribos urbanas.

▪ Diversidades culturais e interculturalidade.

▪ Modos de vida e identidades.

▪ Direitos Humanos: cidadania e projeto de vida

▪ Ativismo cidadão, político e ambiental.

9. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
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MORETI, Nicole Mieko Takada. Espaço escolar e geografia dos afetos: paredes ou pontes atmosféricas? In: Revista Geografia em Atos ( GeoAtos online) - Afetos e emoções: abordagens
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PROJETOS INTEGRADOS DE ENSINO E CAMPOS DE
SABERES E PRÁTICAS ELETIVOS

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ


SECRETARIA ADJUNTA DE ENSINO
COORDENAÇÃO DE ENSINO MÉDIO
PROGRAMA DE APOIO A BASE COMUM CURRICULAR -ProBNCC
COMISSÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO NO PARÁ

www.seduc.pa.gov.br

BELÉM-PARÁ
2022

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