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LEI MUNICIPAL Nº 574, DE 06/06/91

Dispõe sobre o Código de Obras e Edificações do Município de Parobé.

BEL. IRTON BERTOLDO FELLER, PREFEITO MUNICIPAL


DE PAROBÉ, Estado do Rio Grande do Sul: Faço saber, em
cumprimento ao disposto na Lei Orgânica do Município, que a
Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a
seguinte, LEI:

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS


CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Este Código contém medidas administrativas destinadas a disciplinar as


obras e edificações na área do Município.

Art. 2º - Para efeitos do presente Código serão adotados as seguintes definições


gerais:

ACRÉSCIMO - Aumento de uma edificação, feito durante ou após a conclusão da


mesma.

ALICERCE - Maciço de material adequado que suporta as paredes de uma


edificação.

ALINHAMENTO - Linha legal que limita os lotes com a via pública.

ALPENDRE - Cobertura saliente de uma edificação, sustentada por colunas,


pilares ou consolos.

ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO - Documento expedido por autoridade municipal,


que autoriza a construção de obras sujeitas a fiscalização.

ALVENARIA - Processo construtivo que utiliza blocos de concreto, tijolos ou


pedras rejuntadas ou não com argamassa.

ANDAIME - Obra provisória destinada a suster operários e materiais durante a


execução das obras.

APARTAMENTO - Conjunto de dependências formando unidade domiciliar,


sendo parte de um prédio.

APROVAÇÃO DE PROJETOS - Ato administrativo indispensável à expedição


do Alvará.

ÁREA LIVRE - Superfície de lote não ocupado pela edificação, considerada por
sua projeção horizontal.
ÁREA ABERTA - Área cujo perímetro é aberto em um dos seus lados de no
mínimo de 1,50 metros para um logradouro.

ÁREA EDIFICADA - Superfície do lote ocupada pela edificação, considerada por


sua projeção horizontal.

ÁREA FECHADA - Área cujo perímetro é fechado pela construção ou pela linha
divisória do lote.

ASSOALHO OU SOALHO - Piso de tábuas apoiados sobre vigas ou guias.

AUMENTO - O mesmo que acréscimo.

BALANÇO - Avanço da edificação sobre os alinhamentos do pavimento térreo,


acima deste.

BEIRADO OU BEIRAL - Parte da cobertura que faz saliência sobre o prumo das
paredes externas.

CALÇADA - Pavimentação do terreno dentro do lote.

CONSERTOS - Pequenas obras de substituição ou reparos das partes de uma


edificação.

COPA - Compartimento auxiliar da cozinha.

CORREDOR - Compartimento de circulação entre as dependências, de uma


edificação.

COZINHA - Compartimento onde são preparados os alimentos.

COTA - Indicação ou registro numérico de dimensões.

DEPÓSITO - Edificação destinada à guarda prolongada de mercadorias.

DEPÓSITO DOMÉSTICO - Compartimento de uma edificação destinada à


guarda de utensílios domésticos.

ELEVADOR - Máquina que executa o transporte em altura, de pessoa e


mercadorias.

ESCADARIA - Série de escadas, dispostas em diferentes lances e separadas por


patamares ou pavimentos.

ESCAIOLA - Revestimento liso, lavável para paredes, à base de gesso e cimento


branco.
ESCALA - Relação entre as dimensões do desenho e do que ele representa.

ESQUADRIAS - Termo genérico para indicar portas e janelas, caixilhos e


venezianas.

EMBARGO - Impedimento, obstáculo, suspensão da obra.

FACHADA - Elevação das partes externas de uma edificação.

FORRO - Revestimento da parte inferior do madeiramento do telhado. Cobertura


de um pavimento.

FOSSA SÉPTICA - Tanque de concreto ou de alvenaria revestida, em que se


depositam as águas do esgoto e onde as matérias sofrem o processo de mineração
(mineralização).

GABARITO - Dimensão previamente fixada que determina largura de


logradouros, altura de edificações, etc.

GALPÃO - Edificação em madeira fechada em mais de duas faces.

HABITAÇÃO - Economia domiciliar, residência.

HABITE-SE - Documento expedido pelo órgão competente da Prefeitura, que


autoriza a ocupação de edificação nova ou ampliada.

INDÚSTRIA INCOMODA - É aquela cujo funcionamento pode ocasionar ruídos,


trepidações, emissões de poeiras, fuligens, exalação de maus cheiros, poluição de
cursos d'água, podendo constituir incômodo à vizinhança.

INDÚSTRIA NOCIVA - É aquela que por qualquer motivo, poderá tornar-se


prejudicial à saúde pública.

INDÚSTRIA PERIGOSA - É aquela que por natureza pode constituir, perigo de


vida à vizinhança.

LOGRADOURO - Parte da superfície da cidade destinada ao trânsito ao público,


oficialmente reconhecimento e designado por nome própria.

LOTE - Porção de terreno que faz frente ou testada para um logradouro, descrita e
legalmente assegurada por uma prova de domínio.

MARQUISE - Balanço constituindo cobertura.

MEIO FIO - Peça de pedra ou de concreto que separa em desnível, o passeio da


parte carroçável das ruas ou estradas, também chamado cordão.
MEMORIAL - Descrição completa dos serviços a serem executados, de uma obra
acompanha o projeto.

NIVELAMENTO - Determinação de cotas de altitudes de linha traçada no terreno.


Regularização do terreno por desaterro das partes altas e enchimento das partes
baixas.

PARAPEITO - Resguardo de madeira, ferro ou alvenaria de pequena altura,


colocado nos bordos das escadas, terraços e pontes guarda corpo.

PAREDE DE MEAÇÃO - Parede comum a edificação contínua cujo eixo


coincide com a linha divisória dos lotes.

PASSEIO - Parte do logradouro destinado ao trânsito de pedestres.

PATAMAR - Superfície intermediária entre dois lances de escada.

PAVIMENTO - Plano que divide as edificações no sentido da altura. Conjunto de


dependências situadas no mesmo nível, compreendido entre dois pisos consecutivos

PÉ DIREITO - Distância vertical entre o piso e teto do compartimento.

PISO - Chão, pavimentação - Pavimento.

PLATIBANDA - Coroamento superior das edificações formadas, pelo


prolongamento das paredes externas acima do forro.

POÇO DE VENTILAÇÃO - Área de pequenas dimensões destinadas a ventilar


compartimento de uso especial e de curta permanência.

PORÃO - Parte não utilizável da edificação abaixo do pavimento térreo

QUARTEIRÃO - Área limitada por 3 (três) ou mais logradouros, adjacentes.

RECONSTRUÇÃO - Ato de construir novamente, no mesmo local e com as


mesmas dimensões, uma edificação ou parte dela que tenha sido demolida.

REFORMA - Alteração de uma edificarão em suas partes essenciais, sem aumento


de área construída.

RECUO - É a distância da construção às divisas do terreno, medida do pavimento


térreo.

SOLEIRA - Parte inferior do vão da porta.

SUB-SOLO - pavimento situado abaixo do térreo, tendo pelo menos a metade do


pé direito abaixo do terreno circulante.
TABIQUE - Parede divisória de madeira ou material similar.

TELHEIRO - Construção constituída por uma cobertura sem forro, suportada por
meio de pilares podendo ser fechado parcialmente, no máximo em duas faces.
TERRAÇO - Cobertura de edificação, constituída de piso utilizável.

TESTADA - Cobertura de edificação constituída de frente do lote do terreno.


Distância medida entre as divisas laterais no alinhamento do lote.

TETO - O mesmo que forro.

TOLDO - Proteção contra o sol ou chuva, para portas ou janelas, geralmente com
armação metálica.

VERGA - Viga que suporta a alvenaria acima das aberturas.

VESTÍBULOS - Compartimento de pequenas dimensões, junto a entrada principal.


das edificações.

VISTORIA - Diligência efetuada por funcionário habilitado, para verificar


determinadas condições das obras.

CAPÍTULO II - DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 3º - Somente poderão ser responsáveis técnicos os profissionais e firmas


legalmente habilitadas, devidamente registrados na Prefeitura Municipal.

Art. 4º - No local das obras deverão ser afixadas as placas dos profissionais
intervenientes, de acordo com a legislação vigente.

Art. 5º - A substituição de um dos responsáveis técnicos de uma construção deverá


ser comunicada por escrito aos órgãos competentes, incluindo relatório do estado da
obra.

Art. 6º - Ficam dispensados de responsabilidade técnica as construções liberadas


por decisão do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Art. 7º - Terão seu andamento sustado, processos cujos responsáveis técnicos


estejam em débito com o Município, por multas provenientes de infrações ao
presente Código de Obras.

CAPÍTULO III - DAS INFRAÇÕES

Art. 8º - O proprietário será considerado infrator independente de outras infrações


estabelecidas por lei, quando:
I - iniciar uma construção ou obra sem a necessária licença;
II - ocupar o prédio sem a necessária vistoria e "Habite-se".

Art. 9º - O responsável técnico será considerado infrator, independente de outras


infrações estabelecidas por lei quando:
I - não forem obedecidos os nivelamentos e alinhamentos estabelecidos;
II - o projeto apresentado estiver em evidente desacordo com o Local, ou forem
falseadas cotas e indicações do projeto ou qualquer elemento do processo;
III - as obras forem executadas em flagrante desacordo com o projeto aprovado e
licenciado;
IV - não tiverem sido tomadas as medidas de segurança cabíveis;
V - não estiver afixada no local da obra a placa de um ou dos responsáveis
técnicos pela mesma.
Parágrafo único - Nas construções ou obras em que houver dispensa legal de
responsável técnico, as infrações relacionadas no presente artigo, com exceção da
última, serão de atribuição do proprietário do terreno.

Art. 10 - Constatada a infração, será lavrado o respectivo auto, em 04 via, sendo


uma delas entregue ao autuado, com a seguintes indicações:
I - data em que foi verificada a infração;
II - Local da obra;
III - nome proprietário do terreno;
IV - nome, qualificação e endereço do autuado;
V - Fato ou ato que constitui a infração;
VI - assinatura do autuado ou, na ausência ou recusa deste, nome, assinaturas e
endereço de duas testemunhas.

CAPÍTULO IV - DAS MULTAS

Art. 11 - A multa será aplicada pelo órgão competente, em vista do auto de


infração e de acordo com a escala estabelecida.
§ 1º - Imposta a multa, será dado conhecimento da mesma ao infrator, no local da
infração ou em sua residência, mediante a entrega da terceira via do auto de
infração da qual deverá constar o despacho da autoridade que a aplicou.
§ 2º - Da data da imposição da multa, terá o infrator o prazo de 10 (dez) dias úteis
para efetuar o pagamento ou apresentar defesa escrita.

Art. 12 - As multas serão impostas pelo Prefeito Municipal, tendo em vista o auto
de embargo ou ato de infração lavrado pelo Fiscal e serão arbitradas nas seguintes
condições:
I - de 1 a 100 VR do Município, quando a obra for executada em desacordo com
Plano Diretor ou Código de Obras e Edificações do Município, sem pedido de
aprovação do projeto ou executada, estando o projeto indeferido;
II - multas de 1 a 100 VR do Município para os demais casos.
§ 1º - Em caso de reincidência, a multa será em dobro e será dobrada a cada nova
reincidência, até o máximo de 10 (dez) vezes o seu valor.
§ 2º - A reincidência também será aplicável a cada dez dias, contados a partir da
aplicação da multa anterior, enquanto não for sanada a infração que originou a
multa inicial.
§ 3º - A graduação das multas far-se-á tendo em vista:
a) a maior ou menor gravidade da infração;
b) suas circunstâncias;
c) antecedentes do infrator;
§ 4º - Os casos de reincidências só poderão aplicáveis à mesma infração.

CAPÍTULO V - DOS EMBARGOS

Art. 13 - As obras em andamento serão embargadas, sem prejuízo das multas


quando:
I - estiverem sendo executadas sem a necessária licença;
II - não forem respeitadas os nivelamentos e alinhamentos estabelecidos;
III - for desrespeitado o respectivo projeto, em qualquer um dos seus elementos
essenciais;
IV - estiverem sendo executadas sem responsável técnico;
V - o responsável técnico sofrer suspensão ou cassação de carteira pelo Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
VI - estiver em risco sua estabilidade, com perigo para o público ou o pessoal que
estiver executando.

Art. 14 - Verificada a procedência do embargo, será lavrada a respectiva


notificação, em três vias, sendo uma delas entregue ao infrator, com as seguintes
indicações:
I - data em que foi embargada a obra;
II - Local da obra;
III - nome do proprietário do terreno;
IV - nome, qualificação e endereço do infrator;
V - fato ou ato que motivou o embargo;
VI - assinatura do infrator.
Parágrafo único - Na ausência do infrator ou da recusa deste em assinar a
notificação de embargo, será a mesma publicada no órgão oficial. do Município, e,
na falta deste, no quadro de avisos, seguindo-se o processo administrativo e a ação
competente da paralisação da obra.

Art. 15 - O embargo somente será levantado após o cumprimento das exigências


consignadas no respectivo termo.

CAPÍTULO VI - DA INTERDIÇÃO DE PRÉDIOS

Art. 16 - Qualquer edificação ou construção poderá ser interditada, total ou


parcialmente, em qualquer tempo, com impedimento de sua ocupação de uso,
quando oferecer iminente perigo de caráter público.
Art. 17 - A interdição prevista no artigo anterior será imposta por escrito, após
vistoria efetuada pelo órgão competente.
Parágrafo único - Não atendida a interdição e não interposto recurso ou
indeferido este, tomará o Município, as providências cabíveis.

CAPÍTULO VII - DAS DEMOLIÇÕES POR INFRAÇÃO

Art. 18 - A demolição parcial ou total será imposta toda vez que for infringido
qualquer dispositivo do presente Código.

Art. 19 - A demolição não será imposta nos casos em que sejam executadas
modificações que a enquadrem nos dispositivos da legislação em vigor.
Parágrafo único - Tratando-se de obra julgada em risco, aplicar-se-á ao caso o
disposto no Código de Processo Civil.

CAPÍTULO VIII - DAS LICENÇAS PARA CONSTRUIR

Art. 20 - Nenhuma edificação ou construção poderá ser iniciada sem a necessária


licença para construir.

Art. 21 - A licença para construir, será concedida mediante:


I - requerimento de licença para construir, assinada pelo proprietário;
II - pagamento das respectivas taxas;
III - anexação do projeto ou indicação de projeto aprovado e em vigor.

Art. 22 - A licença para construir terá seis meses de validade, findo este prazo e
não tendo sido iniciado a construção, a licença perderá a sua validade.
Parágrafo único - antes de terminar o prazo, a licença poderá ser renovada, uma,
unidade a vez, mediante requerimento, por mais um período de seis meses, desde
que ainda válido projeto aprovado.

Art. 23 - Após a caducidade, poderá ser requerida nova licença, procedendo-se


como se fosse a primeira.

CAPÍTULO IX - DA APROVAÇÃO DE PROJETOS

Art. 24 - O processo de aprovação do projeto, será constituído dos seguintes


elementos:
I - requerimento de alinhamento;
II - requerimento de aprovação do projeto este requerimento será dispensado
quando o projeto estiver acompanhado de requerimento de licença;
III - plantas de situação e localização;
IV - plantas baixas, cortes e fachadas;
V - projetos estruturais e de instalações, exigidos pelos órgãos competentes.
§ 1º - Os requerimentos serão assinados pelo proprietário, pelo autor do projeto e
por todos os responsáveis técnicos, que intervirão na execução da obra.
§ 2º - A planta de situação deverá caracterizar a posição do lote relativamente ao
quarteirão, indicando as dimensões do lote, a distância até a esquina mais próxima a
sua orientação magnética.
§ 3º - A planta de localizarão deverá registrar, a posição da edificação,
relativamente às linhas de divisas do lote e outras construções neles existentes, a
planta de situação e a localização não poderá construir um único desenho.
§ 4º - As plantas baixas deverão indicar o destino, as dimensões e as áreas de cada
compartimento e as dimensões dos vãos tratando-se de repetição, bastará
apresentação de uma só planta baixa do andar-tipo.
§ 5º - Os cortes apresentados em número suficiente, nunca inferior a 2 (dois), para
um perfeito entendimento do projeto, os cortes deverão ser convenientemente
cotados, apresentar o perfil do terreno, tratando-se de repartições, os cortes poderão
ser simplificados, na forma convencional, desde que seja cotada a altura total da
edificação.
§ 6º - Os elementos do projeto arquitetônico poderão ser agrupados em uma única
prancha.
§ 7º - Os projetos estruturais e de instalações obedecerão as respectivas normas da
ABNT e poderão, a critério do órgão competente, serem apresentados
posteriormente, antes da vistoria de conclusão da obra.
§ 8º - Os desenhos obedecerão as seguintes escalas mínimas:
Plantas baixas, cortes e fachadas 1/50
Plantas de situação 1/200
Plantas de localização 1/500
§ 9º - As escalas indicadas no parágrafo anterior a critério do Município, poderão
ser alteradas quando as pranchas resultarem em tamanho exagerado e pouco prático
(superior a 110 x 78 cm).
§ 10 - A escala não dispensará a indicação de cotas, as quais prevalecerão nos
casos de divergências entre as mesmas e as medidas tomadas no desenho.

Art. 25 - O número de cópias que deverá instruir o processo de aprovação de


projetos, será em 3 (três) vias.

Art. 26 - O papel empregado no desenho do projeto, e nas especificações deverá


obedecer os formatos e a dobragem indicada pela ABNT.

Art. 27 - Os processos de aprovação de projetos só serão indicados após o


cumprimento das exigências estabelecidas por outros órgãos públicos ou para
estatais intervenientes.
Parágrafo único - O prazo para apreciação dos projetos será de 10 (dez) dias
úteis.

Art. 28 - A aprovação de um projeto terá 6 (seis) meses de validade, decorrido este


prazo e não havendo licença para construir em vigor, será o respectivo processo
arquivado.

Art. 29 - A responsabilidade dos projetos, especificações, cálculos outros


apresentados cabe aos respectivos autores e da obra aos executores da mesma.
§ 1º - A municipalidade não assumirá qualquer responsabilidade, em razão da
aprovação de projetos ou de obras mal executadas.
§ 2º - Os projetos complementares (estrutural, e de cobertura), de edificações
destinadas à fábricas, salões de baile, desportos, reservatórios de água, elevadores,
torres, e chaminés, deverão permanecer na obra a disposição da fiscalização antes
da execução dos serviços.

Art. 30 - Para fins de fiscalização, o projeto aprovado deverá ser mantido no local
da obra.

Art. 31 - Qualquer modificação do projeto, durante a construção, deverá ser


previamente submetido, por requerimento, à aprovação dos órgãos competentes.

CAPÍTULO X - DA ISENÇÃO DO PROJETO

Art. 32 - Independem de aprovação de projeto, ficando contudo sujeito à concessão


de licença, os seguintes serviços e obras:
I - galpão de uso doméstico, galinheiros, sem finalidade comercial, telheiros com
até 18 (dezoito) metros quadrados de área coberta.
II - carramanchão e frentes decorativas;
III - estufas e coberturas de tanque de uso doméstico;
IV - rebaixamento de meios-fios;
V - execução de passeios públicos;
VI - construção de muros nos alinhamentos dos logradouros;
VII - substituição ou reparos do revestimento, de edificações;
VIII - reparos internos e substituição de aberturas em geral.

CAPÍTULO XI - DA ISENÇÃO DE LICENÇAS


d
Art. 33 - Independem de licença os serviços de remendos, e substituições de telhas,
calhas e condutores, construção de passeios internos e muros de divisa, até 2 (dois)
metros de altura.

CAPÍTULO XII - DAS OBRAS PARCIAIS

Art. 34 - Nas obras de reforma, reconstrução ou acréscimos, os projetos deverão ser


apresentados com indicações que permitam a perfeita identificação das partes a
conservar, demolir, ou acrescer.

Art. 35 - Na construções existentes, atingidas por recuo de alargamento não serão


permitidas obras que aumentem a área construída mesmo quando houver
demolições, ou que perpetuem a edificação.

Art. 36 - Nas construções existentes, atingidas por recuo de ajardinamento, não


serão permitidos aumentos ou acréscimos dentro da área do recuo nem obras que
perpetuem a parte da edificação atingida pelo mesmo.
CAPÍTULO XIII - DAS OBRAS PÚBLICAS

Art. 37 - De acordo com que estabelece a Legislação Federal pertinente, não


poderão ser executados, sem licença da Prefeitura, devendo obedecer às
determinações do presente Código, ficando entretanto isenta de pagamento de
emolumentos, as seguintes obras:
I - construção de edifícios públicos;
II - obras de qualquer natureza em propriedades da união ou do estado;
III - obras a serem realizadas por instituições oficiais ou para estatais (Instituto de
Previdência, Caixa ou Associação quando para sua sede própria).

Art. 38 - Os muros de alvenaria ou forma similar, levantados nos alinhamentos dos


logradouros, não poderão ter altura superior a 80 (oitenta) centímetros não
computados os muros de arrimo, esta altura poderá ser completada até o máximo de
2,10 (dois metros e dez) centímetros, com materiais que permitam a continuidade
visual (grades, telas e similares).

Art. 39 - Nos terrenos edificados ou não, poderá ser exigido dos proprietários:
I - muros de arrimo ou tratamento de taludes sempre que o nível dos terrenos não
coincidir com o do logradouro;
II - canalização de águas pluviais, águas servidas ou drenos;
III - aterro do terreno, quando o mesmo não permitir uma drenagem satisfatória;
IV - os terrenos não edificados deverão serem mantidos limpos, capinados e
drenados, e podendo para isso a Prefeitura determinar as obras necessárias;
V - colocar alturas máximas para muros nas divisas dos terrenos e logradouros.

CAPÍTULO XIV - DOS ANDAIMES, TAPUMES, LIMPEZA DE OBRAS


PARALISADAS, DEMOLIÇÕES, VISTORIAS

Art. 40 - Os andaimes deverão satisfazer as seguintes condições:


I - apresentarem perfeitas condições de segurança em seus diversos elementos;
II - respeitarem no máximo, a largura do passeio, menos 30 (trinta) centímetros;
III - preverem efetivamente a proteção de árvores, dos aparelhos de iluminação
pública, da rede de alta tensão, dos postes de qualquer dispositivo existente, sem
prejuízo de funcionamento dos mesmos.

Art. 41 - Os ponteletes de sustentação andaimes quando formarem galerias, devem


ser colocados a prumo de modo rígido sobre o passeio, afastado no mínimo de 30
(trinta) centímetros, do meio fio.
Parágrafo único - No caso do presente artigo, serão postas em prática todas as
medidas necessárias para proteger o trânsito sob o andaime e para impedir a queda
de materiais.

Art. 42 - Os andaimes armados com cavaletes ou escadas, além das condições


estabelecidas, deverão atender as seguintes:
I - serem somente utilizados para pequenos serviços até de altura de 5 (cinco)
metros;
II - não impedirem por meio de travessas que os limitem o trânsito público sobre
peças que constituem.

Art. 43 - Os andaimes em balanço além de satisfazerem as condições estabelecidas


para outros tipos de andaimes, que lhes forem aplicáveis, deverão ser guarnecidos
em todas as faces livres com fechamento capaz de impedir a queda de materiais.

Art. 44 - O emprego de andaime suspensos por cabos (jaús) é permitido nas


seguintes condições:
I - terem no passadiço largura que não exceda do passeio menos 30 (trinta)
centímetros quando utilizados a menos de 4 (quatro) metros de altura;
II - ser o passadiço dotado de proteção em todas as faces livres, para segurança
dos operários e para impedir a queda de materiais.

Art. 45 - Nenhuma construção ou demolição poderá ser feita no alinhamento das


vias públicas sem que se exista em toda a sua frente (altura) um tapume provisório
acompanhando o andamento da obra e ocupando no máximo a metade da largura do
passeio.
§ 1º - Nas construções recuadas até quatro metros, com doze metros de altura, será
obrigatória apenas a construção do tapume com dois metros de altura no
alinhamento.
§ 2º - Nas construções recuadas até quatro metros de altura, deverá ser executada
também um tapume a partir dessa altura.
§ 3º - Nas construções recuadas de mais de quatros metros, com mais de doze
centímetros de altura, deverá ser executado também um tapume a partir da altura
determinada pela proporção de 1:3 (recuo e altura).
§ 4º - As construções recuadas de oito metros ou mais, com até sete metros de
altura, estará isenta de construção de tapumes, sem prejuízo das medidas de
segurança e limpeza estabelecidos.

Art. 46 - Quando for tecnicamente indispensável para execução da obra, a


ocupação de maior área do passeio, deverá o responsável requerer a devida
autorização justificando o motivo alegado.

Art. 47 - Durante a execução das obras deverão serem postos em práticas todas as
medidas necessárias, para que os leitos dos logradouros no trecho fronteiriço da
obra, sejam mantidos em permanentes estado de limpeza e conservação.
Parágrafo único - Da mesma forma deverão serem tomadas as medidas
necessárias, no sentido de evitar o excesso de poeira e a queda de detritos nas
propriedades vizinhas.

Art. 48 - No caso de se verificar a paralisação de uma construção por mais de cento


e oitenta (180) dias, deverá ser feito o fechamento do terreno, no alinhamento do
logradouro, por meio de um muro dotado de portão de entrada, observadas as
exigências deste Código, para fechamento dos terrenos.
Art. 49 - A demolição de qualquer edifício ou edificação, com exceção dos muros
fechamento até 3 (três) metros de altura, só poderá ser executada mediante licença
expedida pelo órgão competente.
Parágrafo único - Tratando-se de Edificação no alinhamento do logradouro ou
sobre a divisa do lote, ou com mais de dois pavimentos, ou que tenha mais de 8
(oito) metros de altura, a demolição só poderá ser efetuada com responsabilidade
técnica.

Art. 50 - Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem a vistoria dos órgãos
competentes e a concessão do respectivo HABITE-SE.

Art. 51 - Após a conclusão das obras, deverá ser requerida a vistoria aos órgãos
competentes, assinada pelo proprietário e responsável técnico pela execução.
Parágrafo único - Uma obra será considerada concluída quando estiver em
condições de ser habitada.

Art. 52 - Se, por ocasião da vistoria for constatado que a edificação não foi
construída, aumentada reconstruída, ou reformada de acordo com o projeto
aprovado, o proprietário ou responsável técnico, além das sanções previstas no
presente código, será intimado a regularizar o projeto, caso as alterações possam ser
aprovadas, ou a demolir ou a fazer as modificações necessárias, para repor a obra
de acordo com o projeto aprovado.

Art. 53 - Efetuada a vistoria e constatada a concordância entre a obra e o projeto


aprovado, poderá o proprietário, por requerimento, solicitar uma certidão de
"HABITE-SE".

Art. 54 - Poderá ser concedido a vistoria e "HABITE-SE" parcial, desde que as


partes ou dependências da edificação a serem liberadas tenham acesso e circulação
em condições satisfatórias, assinada pelo proprietário e responsável técnico pela
execução da obra.

CAPÍTULO XV - DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, DAS PAREDES,


DOS ENTREPISOS, DAS FACHADAS, DOS BALANÇOS, DAS
MARQUISES, DAS PORTAS E DAS ESCADAS

Art. 55 - Todos os materiais de construção deverão satisfazer as normas


estabelecidas pela ABNT.
Parágrafo único - Os materiais para os quais não houver normas estabelecidas,
deverão ter seus índices qualificativos fixados por entidade oficialmente
reconhecida.

Art. 56 - As paredes de alvenaria de tijolo das edificações sem estrutura metálica


ou concreto armado, deverão ser assentes sobre o respaldo dos alicerces,
devidamente impermeabilizados e ter as seguintes espessuras mínimas:
I - vinte e cinco (25) centímetros para as paredes externas;
II - quinze (15) centímetros para as paredes internas;
III - dez (10) centímetros para as paredes simples, vedação ou sem função
estética, tais como, armários embutidos, estantes, chuveiros e similares;
IV - vinte e cinco (25) centímetros nas paredes que constituírem dívidas de
economias distintas.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, serão considerados também paredes internas
aquelas voltadas para poços de ventilação e terraços de serviço.
§ 2º - Nas edificações de até dois pavimentos serão permitidas paredes externas de
quinze (15) centímetros, exceto para paredes de dormitórios voltados para o Sul
(entre sudeste e sudoeste).

Art. 57 - As espessuras mínimas de paredes constantes dos artigos anteriores


poderão ser alteradas, quando forem utilizados materiais de natureza diversa, desde
que possuam comprovadamente, no mínimo, os mesmos índices de resistência,
impermeabilidade e isolamento térmico e acústico, conforme o caso.

Art. 58 - Deverão ser incombustíveis os entrepisos de edificações com mais de um


pavimento, bem como pisos, galerias ou jiraus em estabelecimentos industriais,
casas de diversões, sociedades, clubes, habitações coletivas e similares.

Art. 59 - Serão tolerados entrepisos de madeira ou similar, nas edificações de dois


pavimentos que constituírem uma única moradia.

Art. 60 - Todos os projetos de obras que envolvem o aspecto externo das


edificações deverão ser submetidos a aprovação dos órgãos competentes.

Art. 61 - Na parte correspondente ao pavimento térreo, as fachadas das edificações


construídas no alinhamento poderão ter saliências até o máximo de (dez)
centímetros, desde que o passeio do logradouro tenha a largura de, pelo menos, 2
(dois) metros.
§ 1º - quando passeio do logradouro tiver menos de 2 (dois) metros de largura,
nenhuma saliência poderá ser feita, na parte da fachada, até 2,60m (dois metros e
sessenta centímetros) acima do nível do passeio.
§ 2º - Quando, no pavimento térreo, forem previstas janelas providas de
venezianas, gelosias de projetar grades salientes, deverão estas ficar na altura de
2,00m (dois metros), no mínimo, em relação ao nível do passeio.
Parágrafo único - Não será permitida a colocação de mostruários nas paredes
externas de lojas, quando avançados sobre o logradouro.

Art. 62 - Todos os elementos aparentes, tais como, reservatórios, casa de máquinas


e similares, deverão estar incorporadas à massa arquitetônica das edificações,
recebendo tratamento compatível com a estética do conjunto.

Art. 63 - As fachadas e demais paredes externas nas edificações, seus anexos e


muros de alinhamento deverão ser convenientemente conservados.
Parágrafo único - Para cumprimento do presente artigo, o departamento
competente poderá exigir a execução das obras que se tornarem necessárias.
Art. 64 - Nas edificações construídas sobre o alinhamento dos logradouros, os
balanços corpos avançados, sacadas e outras saliências semelhantes, deverão
respeitar:
I - uma altura de no mínimo, dois metros e sessenta centímetros (2,60) em relação
ao nível do passeio;
II - uma projeção máxima, em relação ao plano da fachada, igual a um vinte avos
(1/20) de largura do logradouro porém nunca superior a um metro e vinte
centímetros (1,20).
§ 1º - Nas edificações construídas sobre o alinhamento de ajardinamento, a altura
livre mínima será de dois metros e sessenta centímetros (2,60):
§ 2º - Quando as edificações apresentarem faces voltadas para mais um
logradouro, cada uma delas será considerada isoladamente, para efeito do presente
artigo.
§ 3º - Nas edificações que formarem galerias sobre o passeio, não será permitido o
balanço da fachada.
§ 4º - Nos logradouros cuja largura for igual ou inferior a 12,00m (doze metros),
não será permitida a construção em balanço.

Art. 65 - Será permitida a construção de marquises na testada das edificações desde


que:
I - tenham balanço máximo de 3,00m (três metros) ficando em qualquer caso,
trinta centímetros (30) aquém do meio fio;
II - tenham todos os seus elementos estruturais ou decorativos, cotas iguais ou
superiores a 3,00m (três metros) referidas ao nível do passeio;
III - tenham todos os elementos estruturais ou decorativos, situados acima da
marquise, dimensão máxima de oitenta centímetros (80), no sentido vertical;
IV - sejam de forma tal a não prejudicar, a arborização, iluminação pública e não
ocultar placas de nomenclatura e outras de identificação oficial dos logradouros;
V - sejam construídas, na totalidade de seus elementos, de material incombustível
e resistente à ação do tempo;
VI - sejam providas de dispositivos que impeçam a queda (ias águas sobre
passeio, não sendo permitido, em hipótese alguma, o uso de calhas aparentes;
VII - sejam providas de cobertura protetora, quando revestidas de vidro ou de
qualquer outro material frágil;
Parágrafo único - Nas edificações recuadas, as marquises não sofrerão as
limitações dos incisos I e II, salvo no caso de recuo viário.

Art. 66 - Se obrigatória a construção de marquises em toda a fachada, os seguintes


casos:
I - em qualquer edificação de mais de 1 (um) pavimento a ser construída nos
logradouros de zona comercial, quando o alinhamento ou dele recuada menos de
4,00m (quatro metros);
II - nos edifícios de uso comercial cujo pavimento térreo tenha essa destinação,
quando construídos no alinhamento;
III - nas edificações já existentes, nas condições dos incisos I e II, quando forem
executadas obras que importarem em reparos ou modificações da fachada, caso em
que será tolerado o uso de marquises metálicas.

Art. 67 - A altura e o balanço das marquises serão uniformes na mesma quadra,


salvo o caso de logradouros em declive, quando deverão ser construídos de tantos
segmentos horizontais quantos forem convenientes, mantendo a altura mínima, do
nível do passeio, de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros).
Parágrafo único - No caso de não convir a reprodução das características lineares
das marquises poderá o departamento competente adotar outra, que passará a
constituir o padrão para a quadra em questão.

Art. 68 - O dimensionamento das portas deverá obedecer uma altura mínima de


2,00m (dois metros) e as seguintes larguras mínimas:
I - porta de entrada principal, noventa centímetros (90) para as economias um
metro e vinte centímetros (1,20) para habitações múltiplas para até quatro
pavimentos e um metro e cinqüenta centímetros (1,50) quando com mais de quatro
pavimentos;
II - portas principais de acesso a sala, gabinetes, dormitórios e cozinhas, oitenta
centímetros (80);
III - portas de serviço, setenta centímetros (70);
IV - portas internas secundárias, em geral, e portas de banheiro, sessenta
centímetros (60);
V - portas de estabelecimento de diversões, deverão sempre abrir para o lado de
fora.

Art. 69 - A escadas não terão pé-direito inferior a dois metros e dez centímetros
(2,10) (medidos no canto externo do degrau) e largura inferior
I - um metro (1) nas edificações de dois pavimentos destinados a uma única
economia;
II - um metro e vinte centímetros (1,20) nas edificações com dois ou mais
pavimentos, destinados a diversas economias;
III - sessenta centímetros (60) nas escadas de uso nitidamente secundário e
eventual (depósitos, garagens dependências de empregada e similares).

Art. 70 - A existência de elevador em uma edificação não dispensa a construção de


escadas.

Art. 71 - O dimensionamento dos degraus será feito de acordo com a fórmula: 2h +


b = sessenta e quatro centímetros (64), sendo "h" a altura e "b" a largura do degrau,
obedecendo os seguintes limites:
I - a altura máxima de dezenove centímetros (19);
II - largura mínima de vinte e cinco centímetros (25).
§ 1º - Nas escadas em leque, o dimensionamento, dos degraus deverá ser feito no
eixo, quando sua largura for inferior a 1,20 (um metro e vinte centímetros) e no
máximo igual a sessenta centímetros (60) do bordo interior, nas escadas de maior
largura.
§ 2º - Nas escadas em leque será obrigatória a largura mínima do degrau, junto ao
bordo interior, de sete centímetros (7).

Art. 72 - Sempre que a altura a vencer for superior a três metros e vinte centímetros
(3,20), será obrigatório intercalar um patamar com extensão mínima de oitenta
centímetros (80).

Art. 73 - Para as edificações de mais de dois pavimentos, as escadas serão


incombustíveis, tolerando-se balaustrada e corrimão de madeira ou outro material
similar.
§ 1º - Escada de ferro, para efeitos do presente artigo não é considerada um
incombustível.
§ 2º - Não se a aplicam as disposições do presente artigo à edificações uma única
economia residencial.

Art. 74 - As escadas devem atender às seguintes características:


a) serem construídas de material resistente e incombustível;
b) terem passagens com altura não inferior a 2,00m (dois metros);
c) terem largura mínima de 1,00m (um metro) quando em edificarão de uso
residencial unifamiliar ou com nítida utilização para circulação secundária;
d) terem largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) quando em
edificarão de uso coletivo;
e) terem degraus dimensionados de acordo com a fórmula de Blondel: - 2h + b-
0,63m ou 0,64m (dois "h" mais "b" igual a sessenta e três centímetros ou sessenta e
quatro centímetros), onde "h" é a altura e "b" a largura do degrau;
f) terem os degraus altura não superior a dezenove centímetros (19) e largura não
inferior a vinte e cinco centímetros (25);
g) terem o piso revestido com material adequado a sua finalidade;
h) terem balaustrada ou corrimão com altura de oitenta e cinco centímetros (85);
i) terem seus lances com número de degraus não superior a 18 (dezoito);
j) terem patamar com comprimento não inferior a oitenta centímetros (80) entre
seus lances;
§ 1º - As escadas para uso eventual poderão ter largura mínima de sessenta
centímetros (60).
§ 2º - As escadas em leque, além das disposições deste artigo, devem atender às
seguintes condições:
a) a largura dos degraus deve ser medida em linha interna à distância máxima
de sessenta centímetros (60) do bordo côncavo;
b) os degraus devem ter largura de sete centímetros (7) junto ao bordo côncavo.
§ 3º - As escadas em prédio de uso residencial unifamiliar poderão ser construídas
de madeira.

CAPÍTULO XVI - DAS CHAMINÉS, DA CLASSIFICAÇÃO DOS


COMPARTIMENTOS, DAS CONDIÇÕES DOS COMPARTIMENTOS
Art. 75 - As chaminés de qualquer espécie, serão dispostas de maneira que o fumo,
fuligem, odores estranhos, ou resíduos que possam expelir, não incomodem os
vizinhos, ou então, serem dotados de aparelhamento que evite tais inconvenientes.

Parágrafo único - Os órgãos competentes poderão quando julgarem


convenientes, determinar a modificação das chaminés existentes ou o emprego de
dispositivos, qualquer que seja altura das mesmas, afim de ser cumprido o que
dispõe o presente artigo.

Art. 76 - Os compartimentos são classificados, em:


I - compartimentos de permanência prolongada noturna: dormitórios, alojamentos
e enfermarias;
II - compartimentos de permanência prolongada diurna: salas de jantar, de estar,
de visitas, de música, de jogos, de costura, de estudo, de leitura, gabinete de
trabalho, cozinhas, copas e comedores;
III - compartimentos de utilização transitória: vestíbulos, halls, corredores,
passagens, caixa de escadas, gabinetes, sanitários, vestiário, despensas, depósitos e
lavanderias de uso doméstico;
IV - compartimento de utilização especial aqueles que, pela sua destinação
específica, não se enquadrará nas demais classificações.

Art. 77 - Os compartimentos de permanência prolongada deverão ser iluminados e


ventilados por áreas principais; os compartimentos de utilização transitória, bem
como, cozinhas, copas, comedores e quartos de empregadas, poderão ser
iluminados, ventilados por áreas secundárias.

Art. 78 - Nos compartimentos de permanência prolongada, será admitida


rebaixamento do forro com matérias removíveis, por razões técnicas ou estéticas,
desde que o pé-direito mínimo resultante, medido no ponto mais baixo do forro não
seja inferior a dois metros e sessenta centímetros (2,60).

Art. 79 - Os compartimentos de permanência prolongada noturna deverão


satisfazer as seguintes condições:
I - ter pé-direito mínimo de dois metros e sessenta centímetros (2,60);
II - ter área mínima de doze metros quadrados (12,00m2) quando houver apenas
um dormitório;
III - ter área mínima de nove metros quadrados (9,00m2), para o segundo
dormitório e sete metros quadrados e cinqüenta centímetros (7,50m2), para o
terceiro dormitório;
IV - para cada grupo de três dormitórios especificados nos itens anteriores, poderá
haver um dormitório com a área mínima de sete metros quadrados e cinqüenta
centímetros (7,50m2);
V - ter forma que permita a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de dois
metros e cinqüenta centímetros (2,50);
VI - não ter comunicação direta com a cozinha, despensa ou depósito;
VII - ter área mínima de seis metros quadrados (6,00m2), quando se destinarem a
dormitório de empregada, desde que fiquem situados nas dependências de servidos
e sua posição no projeto não deixe dúvidas, quanto a sua utilização; os dormitórios
de empregadas poderão ter um pé-direito mínimo de dois metros e sessenta
centímetros (2,60) e uma forma tal que permita a inscrição de um círculo com
diâmetro mínimo de um metro e oitenta centímetros (1,80).

Art. 80 - Os compartimentos de permanência prolongada diurna deverão satisfazer


as seguintes condições, de acordo com a sua utilização:
I - salas de estar, de jantar e de visitas:
a) ter pé-direito mínimo de dois metros e sessenta centímetros (2,60);
b) ter a área mínima de nove metros quadrados (9,00m2);
c) ter uma forma tal, que permita a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo
de dois metros e cinqüenta centímetros (2,50);
II - sala de costura, de estudos, de leituras, de jogos, de música e gabinetes de
trabalho:
a) ter pé-direito mínimo de dois metros e sessenta centímetros (2,60);
b) ter área mínima de nove metros quadrados (9,00m2);
c) ter uma forma que permita a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de
dois metros e cinqüenta centímetros (2,50).

Art. 81 - Os compartimentos de utilização transitórias mais as cozinhas, copas e


comedouros, deverão atender as seguintes condições:
I - cozinhas, copas, despensas, depósitos e lavanderias de uso doméstico:
a) ter pé-direito mínimo de dois metros e quarenta centímetros (2,40);
b) as cozinhas deverão ter a área mínima de cinco metros quadrados (5,00m2),
com forma tal que permita a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de dois
metros (2);
c) nas cozinhas de Kitchinetes, lavanderias, depósitos, despensas, a área
mínima será de três metros quadrados (3,00m2) e ter forma tal que permita a
inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de um metro e cinqüenta centímetros
(1,50);
d) ter pavimento com material liso, lavável, impermeável e resistente;
e) ter as paredes revestidas, até altura mínima de um metro e cinqüenta
centímetros (1,50), com material liso, lavável, impermeável e resistente.
II - comedores (somente admissíveis quando houver salas de jantar ou de estar):
a) ter pé-direito mínimo de dois metros e sessenta centímetros (2,60);
b) ter área de cinco metros quadrados (5,00m2 );
c) ter forma tal que permita a inscrição e um círculo de diâmetro de dois metros
(2).
III - vestiários:
a) ter pé-direito mínimo de dois metros e quarenta centímetros (2,40); ter área
mínima de nove metros quadrados (9,00m2), podendo ser, inferior quando
amplamente ligado a dormitórios e dele dependentes, quanto ao acesso, ventilação,
iluminação, devendo neste caso, as aberturas do dormitório serem calculadas
incluindo a área dos vestiários, nunca podendo ser inferior a um metro e cinqüenta
centímetros quadrados (1,50m2);
c) ter forma tal que permita que a inscrição de um círculo de diâmetro de dois
metros e cinqüenta centímetros (2,50), quando a área for igual ou superior a nove
metros quadrados (9,00m2).
IV - gabinetes sanitários:
a) pé-direito mínimo de dois metros e vinte centímetros (2,20);
b) área mínima, em qualquer caso, não inferior a um metro e cinqüenta
centímetros (1,50);
c) dimensões tais que permitam às banheiras, quando existirem, dispor de uma
área livre, num de seus lados maiores onde se possa inscrever um círculo de
sessenta centímetros(60) de diâmetro; aos boxes, quando existirem, uma área
mínima de oitenta decímetros quadrados (80) e uma largura mínima de oitenta
centímetros (80); os lavatórios, vasos e bidês observar um afastamento mínimo
entre si, de quinze centímetros (15) e um afastamento mínimo das paredes de vinte
centímetros (20).
A disposição dos aparelhos deverá garantir uma circulação geral de acesso aos
mesmos de largura não inferior a sessenta centímetros (60). Para efeito de cálculo
dos afastamentos dos aparelhos serão consideradas as seguintes medidas:
lavatório - 0,55m x 0,40m;
vaso - 0,40m x 0,60m;
bidê - 0,40m x 0,60m;
d) paredes internas divisórias com altura não excedente a dois metros e dez
centímetros (2,10), quando num mesmo compartimento for instalado mais de um
vaso sanitário;
e) piso pavimentado com material liso, lavável, impermeável e resistente;
f) paredes revestidas com material liso, Lavável, impermeável e resistente, até
a altura mínima de um metro e cinqüenta centímetros(1,50);
g) ventilação direta por processo natural ou mecânica, por meio de dutos,
podendo ser feita através de apoio;
h) incomunicabilidade direta, com cozinhas, copas e despensas.
V - vestíbulos, halls e passagens:
a) ter pé-direito mínimo de dois metros e vinte centímetros (2,20);
b) ter largura mínima de um metro (1).
VI - corredores:
a) ter pé-direito mínimo de dois metros e vinte centímetros (2,20);
b) ter largura mínima de um metro (1);
c) ter largura mínima de um metro e vinte centímetros (1,20),quando comuns a
mais de uma economia;
d) ter largura mínima de um metro e cinqüenta centímetros (1,50), quando a
entrada de edifícios residenciais ou comerciais com até quatro pavimentos;
e) ter largura mínima de um metro e oitenta centímetros (1,80), quando a
entrada de edifícios residenciais ou comerciais com mais de quatro pavimentos;
f) ter quando com mais de quinze metros (15) de comprimento, ventilação por
chaminé ou poço, para cada extensão de quinze metros (15) ou fração.
VII - halls de elevadores:
a) ter uma distância mínima, medida normalmente, entre as portas dos
elevadores e a parede fronteira, de um metro e cinqüenta centímetros (1,50) quando
em edifícios residenciais e de dois metros (2) quando comerciais;
b) ter acesso às escadas sociais e de serviço.
Parágrafo único - Estarão dispensadas das exigências dos incisos "b" e "c" do
item 1 deste artigo os depósitos, despensas e lavanderias, quando existir dormitório
para empregada nas condições previstas no item VII do artigo 79.

Art. 82 - Em compartimentos de utilização prolongada ou transitória, as paredes


não poderão formar ângulo diedro inferior a sessenta graus (60).

CAPÍTULO XVII - DO SÓTÃO, DAS GALERIAS INTERNAS, DA


SUBDIVISÃO DE COMPARTIMENTOS, DOS VÃOS DE ILUMINAÇÃO E
VENTILAÇÃO

Art. 83 - Os compartimentos situados nos sótãos que tenham pé-direito médio de


dois metros e cinqüenta centímetros (2,50) poderão ser destinados a permanência
prolongada, com mínimo de dez metros quadrados (10,00m2), desde que sejam,
obedecidos os requisitos mínimos de ventilação e iluminação e não tenham, em
nenhum ponto, pé-direito inferior a um metro e oitenta centímetros (1,80).

Art. 84 - É permitida a construção de jiraus ou galerias em compartimentos que


tenham pé-direito mínimo de quatro metros (4) desde que o espaço aproveitável
com essa construção fique em boas condições de iluminação e não resulte prejuízo
para as condições de ventilação e iluminação de compartimentos onde essa
construção for executada.

Art. 85 - Os jiraus ou galerias deverão ser construídos de maneira a atenderem às


seguintes condições:
I - permitir passagem livre, por baixo, com altura mínima de dois metros e dez
centímetros (2,10);
II - terem parapeito;
III - terem escada fixa de acesso.
§ 1º - Quando os jiraus forem colocados em lugares freqüentados pelo público a
escada a que se refere o inciso III do presente artigo será disposta de maneira a não
prejudicar a circulação do respectivo compartimento, atendendo as demais
condições que lhe forem aplicáveis.
§ 2º - Não será concedida licença para construção de jiraus ou galerias, sem que
sejam apresentadas, além das plantas correspondentes à construção dos mesmos,
planta detalhada do compartimento onde estes devam ser construídos,
acompanhados de informações completas sobre o fim a que se destinam.

Art. 86 - Não será permitida a construção de jiraus ou galerias que cubram mais de
25% (vinte e cinco por cento) da área do compartimento em que forem instalados,
salvo no caso de constituírem passadiços de largura não superior a oitenta
centímetros (80) ao longo das paredes.

Art. 87 - Serão tolerados jiraus ou galerias que cubram mais de 25% (vinte e cinco
por cento) do compartimento em que foram instalados até um limite máximo de
50% (cinqüenta por cento), quando obedecidas as seguintes condições:
I - deixarem passagem livre, por baixo, com altura mínima de três metros (3);
II - terem pé-direito mínimo de dois metros e cinqüenta centímetros (2,50).

Art. 88 - Não será permitido a construção de galerias em compartimentos


destinados a dormitórios em casas de habitação coletiva.

Art. 89 - Não será permitido o fechamento das galerias ou jiraus com paredes ou
com divisões de qualquer espécie.

Art. 90 - A subdivisão de compartimentos, em caráter definitivo, com paredes


chegando ao forro, só será permitida quando os compartimentos resultantes
satisfizerem as exigências deste código, tendo em vista a sua finalidade.
§ 1º - Não será permitida a subdivisão de compartimentos por meio de tabiques
em prédio de habitação.
§ 2º - Para colocação de tabiques, deverá o projeto ser submetido a análise e a
aprovação dos órgãos competentes, devendo o processo ser instruído de plantas e
cortes com indicação do compartimento a ser subdividido e dos compartimentos
resultantes desta subdivisão com suas respectivas utilizações.

Art. 91 - Na será permitida a colocação de forro constituindo teto sobre


compartimentos, formados por tabiques, podendo tais compartimentos entretanto
serem guarnecidos na parte superior, com elementos vazados decorativos que não
prejudiquem a iluminação e ventilação dos compartimentos resultantes.
Parágrafo único - O dispositivo deste artigo não se aplicará aos compartimentos
dotados de ar condicionado.

Art. 92 - Salvo os casos expressos, todo o compartimento deve ter aberturas para o
exterior, satisfazendo às prescrições deste código.
§ 1º - Estas aberturas deverão ser dotadas de dispositivos que permitam a
renovação de ar, com pelo menos 50% (cinqüenta por cento) da área mínima
exigida.
§ 2º - Em nenhum caso a área das aberturas destinadas a ventilar e iluminar
qualquer compartimento poderá ser inferior a quarenta decímetros quadrados (40),
ressalvados os casos de tiragem mecânica previstos no artigo 95.

Art. 93 - O total da superfície dos vãos (esquadrias) para o exterior, em cada


compartimento, não poderá ser inferior a:
I - 1/5 (um quinto) da superfície do piso, tratando-se de compartimento de
permanência prolongada noturna;
II - 1/7 (um sétimo) da superfície do piso, tratando-se de permanência prolongada
diurna;
III - 1/12 (um doze avos) da superfície do piso, tratando-se de compartimento de
utilização transitória.
§ 1º - Essas relações serão de 1/4 (um quarto), 1/6 (um sexto) e 1/10 (um décimo),
respectivamente, quando os vãos (esquadrias) se localizarem sob qualquer tipo de
cobertura cuja projeção horizontal, medida, perpendicularmente ao plano do vão,
for superior a um metro e vinte centímetros (1,20). Essa profundidade será
calculada separadamente em cada pavimento.
§ 2º - A área das compartimentos cujos vãos se localizem a profundidade superior
a um metro e vinte centímetros (1,20) será somada à porção da área externa ao vão,
situada entre aquela profundidade e o vão.
§ 3º - Salvo os casos de lojas ou sobrelojas cujos vãos dêem para a via pública e
se localizem sob marquises ou galerias cobertas, o máximo de profundidade a que
se refere o § 1º será determinado pela intercessão do plano do piso do
compartimento com um plano inclinado a 45º que não intercepte qualquer elemento
da cobertura.
§ 4º - Sempre que os vãos se localizarem em reentrâncias cobertas, estas deverão
satisfazer às seguintes condições
I - ter sua abertura para a área iluminante ou para via pública igual a uma vez e
meia a profundidade da reentrância quando para esta abrirem somente vãos
paralelos à abertura;
II - ter sua abertura para a área iluminante ou para via pública largura mínima
igual ao dobro da profundidade da reentrância, quando nesta se situem vãos
perpendiculares à abertura;
III - ter essa abertura uma área mínima igual ao somatório das áreas exigíveis
para os vãos que através dela iluminem ou ventilem compartimentos;
IV - ter a abertura da reentrância 50% (cinqüenta por cento) da ventilação
efetiva, quando for envidraçada;
V - ter a viga que encime a abertura nível não inferior ao permitido para as
vergas dos vãos interessados.

Art. 94 - As relações referidas no artigo 93 serão de 1/3 (um terço), 1/5 (um quinto)
e 1/8 (um oitavo) respectivamente, quando os planos dos vãos se localizarem
oblíqua ou perpendicularmente à linha limite da cobertura, ou à face de uma
reentrância.
§ 1º - No caso de vãos localizados sob passagens cobertas, estas passagens
deverão ter aberturas para o exterior, com área mínima igual à superfície do piso
dos compartimentos que através delas iluminam e ventilam. Neste caso, um dos
lados de qualquer daqueles vãos deverá distar o máximo um metro e cinqüenta
centímetros (1,50) da projeção da cobertura.
§ 2º - Quando parte do vão não se localizar sob a passagem coberta, a cada parte
deste serão aplicadas as relações correspondentes.

Art. 95 - Os compartimentos de utilização transitória ou especial, cuja ventilação,


por dispositivo expresso deste código, possa ser efetuada através de poço, poderão
ser ventilados por meio de dutos formados por baixo de laje ou dutos verticais com
o comprimento máximo de três metros (3) e o diâmetro mínimo de trinta
centímetros (3). Nos casos em que o comprimento de três metros (3) for excedido,
far-se-á obrigatório o uso de processo mecânico devidamente comprovado,
mediante especificações técnicas e memorial descritivo da aparelhagem a ser
empregada.
Art. 96 - Não será permitido o envidraçamento de terraços de serviço ou passagens
comuns a mais de uma economia quando pelos mesmos se processar iluminação ou
ventilarão de outros compartimentos.

Art. 97 - Em cada compartimento, uma das vergas das aberturas, pelo menos,
distará do teto no máximo 1/7 (um sétimo) do pé-direito deste compartimento, não
ficando nunca a altura inferior a dois metros e vinte centímetros (2,20), a contar do
piso deste compartimento.
§ 1º - Caso a abertura de verga mais alta de um compartimento for dotada de
bandeirola, esta deverá ser dotada de dispositivo que permita a renovação de ar.
§ 2º - Estas distâncias poderão ser modificadas, em casos excepcionais, ajuízo do
departamento competente, desde que sejam adotados dispositivos permitindo a
renovação do colchão de ar entre as vergas e o forro.

Art. 98 - O local das escadas será dotado de janelas em cada pavimento.


§ 1º - Será permitida a ventilação de escadas através de poços de ventilação ou por
lajes rebaixadas conforme o disposto do artigo 96.
§ 2º - Será tolerada a ventilação das escadas no pavimento térreo através do
corredor de entrada.

Art. 99 - Poderá ser dispensada a abertura de vãos para o exterior de cinemas,


auditórios, teatros, salas de cirurgia em estabelecimentos industriais e comerciais,
desde que:
I - sejam dotados de instalação centrais de ar condicionado, cujo projeto completo
deverá ser apresentado junto com o projeto arquitetônico;
II - tenham iluminação artificial conveniente;
III - possuam gerador elétrico próprio.

CAPÍTULO XVIII - DAS ÁREAS DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO DOS


POÇOS DE VENTILAÇÃO

Art. 100 - As áreas de iluminação e ventilação, para efeitos do presente código, são
divididas em: áreas principais fechadas, áreas principais abertas e áreas secundárias.

Art. 101 - A área principal fechada deverá satisfazer as seguintes condições:


I - ser de dois metros (2), no mínimo, o afastamento de qualquer vão à face da
parede que lhe fique oposta, afastamento este medido sobre a perpendicular tratada
em plano horizontal no meio do peitoral ou soleira do respectivo vão;
II - permitir a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de dois metros (2);
III - ter uma área de dez metros quadrados (10,00m2);
IV - permitir, a partir do primeiro pavimento serviço pela área, quando houver
mais de um, a inscrição de um círculo cujo diâmetro em metros seja dado pela
fórmula:
D = H/6 + 2,00m, sendo "D" o diâmetro procurado e "H" a distância em metros do
forro do último pavimento, que por sua natureza e disposição no projeto deve ser
servido pela área, os pavimentos abaixo deste, e que forem abrangidos pelo
prolongamento desta área e dela possam prescindir, não serão computados no
cálculo da altura "H" .

Art. 102 - A área principal aberta deverá satisfazer as seguintes condições:


I - ser de um metro e cinqüenta centímetros (1,50) no mínimo o afastamento de
qualquer vão a face da parede que lhe fique oposta, afastamento este medido sobre
a perpendicular traçada em plano horizontal, no meio do peitoral ou soleira do
referido vão;
II - permitir a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de um metro e
cinqüenta centímetros (1,50);
III - permitir, a partir do primeiro pavimento servido pela área, quando houver
mais de uma inscrição de um círculo cujo diâmetro em metros, seja dado pela
fórmula:
D = H/10 + 1,50m, sendo "D" o diâmetro procurado e "H" a distância em metros do
forro do último pavimento ao nível do piso do primeiro pavimento, que por sua
natureza e disposição no projeto, deve ser servido pela área; os pavimentos abaixo
desde que forem abrangidos pelo prolongamento desta área e dela possam
prescindir, não serão computados no cálculo de altura "H".

Art. 103 - A área secundária, deverá satisfazer as seguintes condições:


I - ser de um metro e cinqüenta centímetros (1,50) no mínimo, o afastamento de
qualquer vão a face da parede que fique oposta afastamento este medindo sobre a
perpendicular, traçada plano horizontal, no meio do peitoral ou soleira do referido
vão;
II - permitir a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de um metro e
cinqüenta centímetros (1,50);
III - ter área mínima de seis metros quadrados (6,00m2);
IV - permitir, a partir do primeiro pavimento servido pela área, quando houver
mais de uma inscrição de um círculo cujo diâmetro em metros, seja dado pela
fórmula:
D = H/15 + 1,50m, sendo "D" o diâmetro procurado e "H" a distância em metros o
forro do último pavimento ao nível do piso do primeiro pavimento, que por sua
natureza e disposição no projeto, deve ser servido pela área; os pavimentos abaixo
desde, que forem abrangidos pelo prolongamento desta área e dela possam
prescindir, não serão computados no cálculo da altura "H".

Art. 104 - Os poços de ventilação admitidos nos casos expressos neste código,
deverão satisfazer as seguintes condições:
I - serem visitáveis na base;
II - terem largura mínima de um metro (1) devendo os vãos localizados em
paredes opostas, quando pertencentes a economias distintas, ficarem afastadas no
mínimo, de um metro e cinqüenta centímetros (1,50);
III - terem área mínima de um metro e cinqüenta centímetros quadrados
(1,50m2);
IV - serem revestidos internamente.
CAPÍTULO XIX - DAS CASAS DE MADEIRAS, DAS HABITAÇÕES
POPULARES; DOS PRÉDIOS COMERCIAIS DAS GALERIAS
COMERCIAIS

Art. 105 - Ser permitido edificar em madeira, na zona rural nas localidades com
perímetro urbano, já delimitado e na sede municipal na zona suburbana desde que
os requerentes estejam de acordo com o estabelecimento no presente código:
I - distar no mínimo, um metro e cinqüenta centímetros (1,50) das divisas laterais
e dos fundos do lote e quatro metros (4) no mínimo do alinhamento do logradouro;
II - ter em lote de esquina, recuo de quatro metros (4) no mínimo por testada de
dois metros (2), no mínimo pela outra a escolha do órgão competente;
III - observar um afastamento mínimo de três metros (3), de qualquer outro prédio
construído em madeira no mesmo lote;
IV - para ser construído sobre pilares ou embasamento de alvenaria, com o
mínimo de sessenta centímetros (60) de altura;
V - ter o pé-direito mínimo de dois metros e cinqüenta centímetros (2,50)
VI - ter as divisões internas a mesma altura do pé-direito;
VII - ter os compartimentos de permanência prolongada, exclusive cozinha, copa
e comedor área mínima de nove metros quadrados (9,00m2);
VIII - ter no mínimo, um dormitório com nove metros quadrados (9,00m2),
podendo os demais terem, no mínimo sete metros quadrados (7,00m2);
IX - ter os demais compartimentos, no mínimo as áreas estabelecidas neste
código;
X - ser dotadas de cozinha e gabinetes sanitários, satisfazendo as exigências desde
código;
XI - atender a todos os requisitos de ventilação estabelecidos neste código;
XII - ter forro, sob o telhado, em toda a sua área construída.

Art. 106 - Entende-se por "habitações populares" a economia residencial, destinada


exclusivamente a moradia de uma única família, constituída apenas de dormitórios,
salsa, cozinha, banheiro e circulação.

Art. 107 - Entende-se por "casa popular", a habitação popular de um único


pavimento e uma única economia, entende-se por "apartamento popular", a
habitação popular integrante de prédio de habitação múltipla.

Art. 108 - A habitação popular, deverá apresentar as seguintes características e


satisfazer as seguintes condições:
I - acabamento não superior ao padrão da PHB-140, da ABNT;
II - área construída máxima de setenta metros quadrados (70,00m2);
III - as áreas úteis mínimas dos compartimentos poderão ser reduzidas;
IV - um dormitório com nove metros quadrados (9,00M2);
V - demais dormitórios, com sete metros e cinqüenta centímetros quadrados
(7,50m2);
VI - sala com nove metros quadrados (9,00m2);

VII - ter a cozinha e gabinete sanitário revestido com material liso, resistente,
lavável e impermeável Até uma altura mínima de um metro cinqüenta centímetros
(1,50) nas paredes correspondentes ao local do fogão e do balcão da pia e no local
de instalação do banho, respectivamente.

Art. 109 - A construção da habitarão popular será permitida nas zonas


determinadas pelo Plano Urbanístico e, quando fora dos limites abrangidos pelo
zoneamento, a critério do Conselho do Plano Diretor se houver.

Art. 110 - Quando as casas populares, sofrerem obras de aumento, e ultrapassarem


a área máxima estipulada de setenta metros quadrados (70,00m2), deverá a
construção daquele aumento reger-se pelas exigências normais deste código.

Art. 111 - Os apartamentos populares só poderão integrar projetos de entidades


públicas, de economia mista ou cooperativas vinculadas ao sistema nacional de
habitação deverão apresentar as seguintes características e satisfazer as seguintes
condições:
I - cada apartamento deverá conter, no mínimo de uma sala, um dormitório, uma
cozinha, um gabinete sanitário, e uma área de serviço;
II - quando o prédio tiver mais de quatro (4) pavimentos ou conter mais de
dezesseis (16) economias, deverá ter um apartamento não inferior ao acima
especificado, destinado ao zelador;
III - ter no pavimento térreo, caixa receptora de correspondência, de acordo com
as normas da EBCT;
IV - ter reservatório de água de acordo com a disposições vigentes deste código;
V - ter instalações preventivas contra incêndios, de acordo com as disposições
legais e vigentes;
VI - prever na edificação um depósito de lixo hermeticamente fechado, em local
de acesso fácil para o recolhimento pelo Serviço de Limpeza Pública Municipal,
não permitindo o depósito de lixo no passeio público;
VII - ter uma área coberta de estacionamento de no mínimo dois metros e
quarenta centímetros (2,40) x cinco metros (5), para cada unidade habitacional, com
condições de manobra do automóvel.

Art. 112 - As edificações destinadas a prédios de apartamento, além das


disposições do presente código que forem aplicáveis, deverão ainda satisfazer as
seguintes condições:
a) cada apartamento deverá conter, no mínimo, de uma sala, um dormitório, uma
cozinha, um gabinete sanitário e uma área de serviço;
b) quando o prédio tiver mais de quatro (4) pavimentos ou conter mais de
dezesseis(16) economias, deverá ter um apartamento, não inferior ao acima
especificado, destinado ao zelador;
c) ter no pavimento térreo, caixa receptora de correspondência, de acordo cem as
normas da EBCT;
d) ter reservatório de água, de acordo com as disposições vigentes;
e) prever na edificação um depósito de Lixo hermeticamente fechado, em local de
acesso fácil para o recolhimento pelo Serviço de Limpeza Pública, não permitindo
o depósito de lixo no passeio público;
f) ter uma área coberta de estacionamento de no mínimo dois metros e quarenta
centímetros (2,40), x cinco metros (5), para cada unidade habitacional, com
condições de manobra móvel.

Art. 113 - As edificações destinadas a comércio em geral além das disposições do


presente código que lhe forem aplicáveis, deverão ainda satisfazer as seguintes
condições:
I - serem construídas de alvenaria;
II - ter no pavimento térreo, pé-direito mínimo de:
a) área até cinqüenta metros quadrados (50,00m2) pé-direito de três metros (3);
b) área até cento e cinqüenta metros quadrados (150,00m2), pé-direito de três
metros e cinqüenta centímetros (3,50);
c) área maior de cento e cinqüenta metros quadrados (150,00m2), pé-direito de
quatro metros (4).
III - ter nos demais pavimentos, a distância mínima de dois metros e noventa e
cinco centímetros (2,95) entre dois pisos consecutivos de destinação comercial, e
pé-direito mínimo de dois metros e sessenta centímetros (2,60), este pé-direito
poderá ser reduzido, até dois metros e quarenta centímetros (2,40) de área inferior a
oitenta metros (80) de outras dependências por razões decorativas ou outras;
IV - deverão ter pé-direito mínimo de dois metros e trinta centímetros (2,30) e
passagem mínima de dois metros e dez centímetros (2,10) ;
V - ter piso de material adequado ao fim que se destinar;
VI - ter vãos de iluminação e ventilação com área não inferior a um décimo (1/10)
da área útil dos compartimentos;
VII - ter as portas gerais de acesso ao público, com uma largura mínima de um
metro e cinqüenta centímetros (1,50), mais um milímetro e dois décimos (1,2), para
cada metro quadrado de área útil, computados todos os compartimentos;
VIII - ter, quando a área não for superior a oitenta metros quadrados (80,00m2)
no mínimo um gabinete sanitário composto de vaso e lavatório ou, quando área for
superior a oitenta metros quadrados (80,00m2), no mínimo um conjunto de dois
gabinetes sanitários (gabinete masculino, vaso sanitário, lavatório e mictório)
(gabinete feminino: vaso e lavatório) na proporção de um conjunto para cada
trezentos metros quadrados (300,00m2) ou fração de área útil;
IX - ter reservatório d'água de acordo com as disposições vigentes;
X - ter instalações preventivas contra incêndio de acordo com as disposições
legais vigentes.

Art. 114 - As galerias comerciais, além das disposições do presente código que
forem aplicáveis, deverão satisfazer as seguintes condições:
I - possuir uma largura e um pé-direito mínimo de quatro metros (4) e nunca
inferiores a um doze avos do seu maior percurso;
II - ter suas lojas, quando com acesso principal pela galeria, uma área mínima de
dez metros quadrados (10,00m2), podendo ser ventilados, através deste e
iluminados artificialmente;
III - possuírem instalações sanitárias de acordo com as prescrições estabelecidas
para as lojas de prédios comerciais;
§ 1º - Os pés-direitos previstos do presente artigo poderão ser reduzidos para dois
metros e sessenta centímetros (2,60), três metros (3), três metros e cinqüenta
centímetros (3,50) respectivamente, quando o compartimento for dotado de
instalação de ar condicionado, nas condições previstas no art.
§ 2º - Quando não existir a instalação de, ar condicionado, será tolerada a redução
do pé-direito para dois metros e sessenta centímetros (2,60) em somente 25% da
área do estabelecimento comercial.
§ 3º - O pé-direito poderá ser reduzido para até dois metros e quarenta centímetros
(2,40) por forro de materiais removíveis, em compartimento de área inferior a
oitenta metros quadrados (80,00m2) ou até 25% (vinte e cinco por cento) da área de
outras dependências por traz decorativas ou outras.

CAPÍTULO XX - DOS HOTÉIS E CONGÊNERES, DOS PRÉDIOS DE


ESCRITÓRIOS, DOS ARMAZÉNS, DAS ESCOLAS, DOS AUDITÓRIOS,
CINEMAS E TEATROS

Art. 115 - As edificações destinadas a hotéis e congêneres, além das disposições do


presente código que forem aplicáveis, deverão ainda satisfazer as seguintes
condições:
I - ter, além dos compartimentos destinados a habitação (apartamentos, quartos,
etc.), mais as seguintes dependências:
a) vestíbulo, com local para instalação de portarias;
b) das sala de estar coletiva;
c) entrada de serviço;
II - ter, no mínimo dois elevadores (2) sendo um social e outro de serviço quando
o prédio tiver mais de três (3) andares;
III - ter local para coleta de lixo situado no pavimento térreo ou subsolo, com
acesso pela entrada de serviço, quando o prédio tiver, quatro (4) ou menos
pavimentos, e quando tiver mais de quadro (4) pavimentos deverá ter instalação de
despejo de lixo, perfeitamente vedado, com a boca de fechamento automática, em
cada pavimento e dotada de dispositivos de lavagem ou de incinerarão;
IV - ter em cada pavimento, instalações sanitárias separadas por sexo na
proporção de um vaso sanitário, um lavatório e um chuveiro no mínimo, para cada
grupo de seis (6) hóspedes que não possuam instalações privativas;
V - tem vestiário e instalação sanitária privativa para pessoal de serviço;
VI - ter reservatório de água de acordo com as disposições legais e vigentes;
VII - ter instalações preventivas contra e acordo com as disposições legais e
vigentes.

Art. 116 - Os dormitórios deverão possuir uma área mínima de nove metros
quadrados (9,00m2).
Parágrafo único - os dormitórios que não dispuserem de instalações sanitárias
privativas deverão possuir lavatórios.

Art. 117 - os corredores e galerias de circulação deverão ter largura mínima de um


metro e cinqüenta centímetros.

Art. 118 - As cozinhas, copas, dispensas, lavanderias e similares deverão ter as


paredes, até a altura mínima de dois metros (2) e os pisos revestidos com material
liso, resistentes, lavável e impermeável.

Art. 119 - As edificações destinadas a escritórios, consultórios, e estúdios de


caráter profissional, além das disposições do presente código que forem aplicáveis,
deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
I - as salas isoladas deverão ter área mínima de quinze metros quadrados
(15,00m2);
II - os conjuntos deverão ter área mínima de vinte metros quadrados (20,00m2);
III - ter no pavimento térreo, caixa receptora de correspondência de acordo com
as normas da EBCT;
IV - ter hall de entrada, com local destinado a instalação de portaria, e quando a
edificação tiver mais de vinte (20) salas ou conjuntos;
V - ter as salas com o pé-direito mínimo de dois metros e sessenta centímetros
(2,60);
VI - ter no mínimo em cada pavimento, quando a soma das áreas úteis privativas
das salas e conjuntos, for inferior a setenta metros quadrado (70,00m2), um
gabinete sanitário composto de vaso e lavatório, ou quando a área for superior
aquele limite, um conjunto de dois gabinetes, um para cada sexo, na proporção de
conjunto para cada setenta metros quadrados (70,00m2) ou fração de área útil
privativa, não computada aquela que for servida de gabinete sanitário privativo;
VII - ter quando o prédio tiver mais de quatro pavimentos (4) instalação de
despejo de lixo, perfeitamente vedada, com a boca de fechamento automático em
cada pavimento e dotada de dispositivo de lavagens e limpeza ou de incinerados;
VIII - ter reservatório da água de acordo com as disposições legais vigentes
IX - ter instalações preventivas contra incêndio de acordo com as disposições
legais vigentes.

Art. 120 - As edificações destinadas a armazéns considerados como tais, apenas os


depósitos de mercadorias, além das disposições do presente código que forem
aplicáveis, deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
I - ser construídos de material incombustível, sendo tolerados o emprego de
madeira ou material similar, apenas nas esquadrias, forro e estrutura de cobertura:
a) área até cinqüenta metros quadrados (50,00m2), pé-direito de três (3);
b) área de cinqüenta metros quadrados (50,00m2), até cento e cinqüenta metros
quadrados (150,00m2), pé-direito de três metros e cinqüenta centímetros e (3,50);
c) área maior que cento e cinqüenta metros quadrados, pé-direito de quatro
metros (4).
II - ter pisos revestidos com material adequado ao fim a que se destinam.
III - ter vão de iluminação de ventilação com área não inferior a um vinte avos
(1/20) da superfície do piso;
IV - ter no mínimo, um gabinete sanitário composto e vaso, lavatório, mictório e
chuveiro;
V - ter instalações preventivas contra incêndios, de acordo com as disposições
vigentes.

Art. 121 - As edificações destinadas à escolas, das disposições do presente código


que lhe forem aplicáveis, deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
I - serem construídas de material incombustível, tolerando-se o emprego da
madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias, lambris, parapeitos e
estruturas da cobertura;
II - terem as instalações sanitárias na proporção de:
a) meninos, um vaso sanitário e um lavatório para cada cinqüenta (50) alunos e
um mictório para cada vinte e cinco (25) alunos;
b) meninas, um vaso sanitário para cada vinte (20) alunas e um lavatório para
cada cinqüenta (50) alunas;
c) terem bebedouros automáticos, com água filtrada;
d) ter chuveiro, quando houver vestiários para a educação física;
e)terem reservatório de água de acordo com as disposições vigentes.
f) terem instalações preventivas contra incêndio de acordo com a legislação ou
disposição vigentes.

Art. 122 - As salas de aulas deverão satisfazer as seguintes condições:


a) terem comprimento máximo de dez metros (10);
b) terem largura não superior a duas vezes a distância do piso à verga das janelas
principais;
c) terem pé-direito mínimo de dois metros e oitenta centímetros (2,80);
d) terem área útil calculada à razão de um metro e cinqüenta centímetros
quadrados (1, 50m2), no mínimo por aluno, não podendo entretanto ter área inferior
a quinze metros quadrados (15,00m2);
e) terem os vãos de iluminação uma área mínima equivalente a um quinto(1/5) da
área útil da sala;
f) terem os vãos de ventilação uma área mínima equivalente a um quarto (1/4) da
área útil da sala;
g) terem contra piso de concreto, revestido com material indicado a seu uso.

Art. 123 - Os corredores e as escadas deverão ter uma largura mínima de um metro
e cinqüenta centímetros (1,50) e, quando atenderem a mais de quatro salas de aula,
uma largura mínima de dois metros (2).
Parágrafo único - As escadas não poderão se desenvolver em leque ou caracol.

Art. 124 - As escolas que possuam internatos deverão ainda satisfazer as seguintes
condições:
I - terem os dormitórios área de no mínimo, seis metros quadrados para o primeiro
aluno, mais três metros quadrados para cada aluno excedente, até o máximo de oito
alunos por dormitório;
II - terem as instalações sanitárias privativas do internato, na seguinte proporção:
a) masculino, um lavatório para cada cinco alunos, um vaso sanitário para cada
dez alunos, um chuveiro para cada dez alunos e um mictório para cada vinte alunos;
b) feminino, um lavatório para cada cinco alunas, um vaso sanitário para cada
dez alunas, um chuveiro para cada dez alunas e um bidê para cada vinte alunas.

Art. 125 - As edificações destinadas à auditórios, cinemas e teatros, além das


disposições do presente código que lhes forem aplicadas, deverão ainda satisfazer
as seguintes condições:
I - serem construídos de material incombustível, tolerando-se o emprego de
madeira ou outro material incombustível. apenas nas esquadrias, lambris,
parapeitos, forros e estruturas da cobertura;
II - terem instalações sanitárias para uso de ambos os sexos, devidamente
separados com fácil acesso, na proporção mínima de um gabinete sanitário
masculino (um vaso, um lavatório, e dois mictórios) e um gabinete sanitário
feminino (um vaso e um lavatório), para cada quinhentos lugares, devendo o
primeiro gabinete sanitário feminino ter dois vasos sanitários;
III - terem instalações preventivas contra incêndios de acordo com as disposições
vigentes;
IV - terem os corredores, escadas e portas, que deverão abrir no sentido do
escoamento, dimensionados em função da lotação máxima obedecendo o seguinte:
a) terem largura mínima de um metro e cinqüenta centímetros, até uma lotação
máxima de cento e cinqüenta pessoas;
b) terem largura aumentada na proporção de cinco milímetros por pessoa
considerada a lotação total e quando esta for superior a cento e cinqüenta pessoas;
V - Terem as poltronas distribuídas em setores, separados por um corredor não
podendo cada setor ultrapassar o número de duzentos e cinqüenta poltronas, as
filas, não poderão profundidade superior a oito (8) poltronas.

Art. 126 - Os auditórios deverão ter vão de iluminação e ventilação, com uma área
mínima equivalente a um décimo (1/10) da área útil dos mesmos exceto quando
dotados de instalação de renovação mecânica de ar.

Art. 127 - os cinemas e teatros deverão ainda satisfazerem as seguintes condições:


a) serem equipados, no mínimo, com instalação de renovação de ar mecânico;
b) terem sala de espera contígua e de fácil acesso à sala de espetáculos, com uma
área mínima de quinhentos centímetros quadrados por pessoa, considerada a
capacidade total;
c) terem instalações de emergência para fornecimento de luz e força.

Art. 128 - Os projetos arquitetônicos dos cinemas e teatros deverão ser


acompanhados de detalhes explicativos de distribuição de localidades, visibilidade
e das instalações elétricas e mecânicas para ventilação e ar condicionado.

Art. 129 - As cabines de projeção deverão ser construídas inteiramente de material


incombustível e serem completamente independentes da sala de espetáculos, com
exceção das aberturas de projeção e visores estritamente necessários, e contarem
com dispositivos que permitam exaustão.

Art. 130 - Os teatros deverão ainda satisfazer as seguintes condições:


a) terem tratamento acústico adequado;
b) terem camarim para ambos os sexos, com acesso direto ao exterior e
independente da parte destinada ao público;
c) terem nos camarins instalações sanitárias privativas para ambos os sexos.

TÍTULO II - DISPOSIÇÕES ESPECIAIS


CAPÍTULO I - DOS TEMPLOS, DOS GINÁSIOS ESPORTIVOS, DAS
SEDES SOCIAIS E SIMILARES, DAS PISCINAS, DOS HOSPITAIS,
ASILOS E SIMILARES

Art. 131 - As edificações destinadas a templos, além das disposições do presente


código que lhes forem aplicáveis deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
a) terem as paredes de sustentação de material incombustível;
b) terem os vãos que permitam ventilação permanente;
c) terem portas, corredores e escadas dimensionados de acordo com as normas
estabelecidas para cinemas e teatros;
d) terem instalações preventivas contra incêndio de acordo com as disposições
vigentes.

Art. 132 - As edificações destinadas à Ginásios Esportivos, além das disposições


do presente código que lhes forem aplicáveis e daquelas estabelecidas
especificamente para auditórios, deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
a) terem vestiários separados por sexos e com as seguintes instalações sanitárias
mínimas, privativas dos mesmos;
b) masculino, cinco vasos, cinco lavatórios, cinco mictórios e dez chuveiros;
c) feminino, dez vasos, cinco lavatórios, e dez chuveiros;
d) terem, as arquibancadas de material incombustível e resistente.
Parágrafo único - Em estabelecimento de ensino poderão ser dispensadas as
instalações sanitárias destinadas ao público e aos atletas, uma vez havendo a
possibilidade de uso dos sanitários existentes e adequadamente localizados.

Art. 133 - As Edificações destinadas as sedes sociais, recreativas, desportivas,


culturais e similares, além de disposições do presente código que lhes forem
aplicáveis, deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
I - serem construídas de material incombustível, tolerando-se o emprego de
madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias, lambris, parapeitos,
forros e estruturas da cobertura;
II - ter instalações sanitárias para uso de ambos os sexos, devidamente separados,
com fácil acesso, na proporção mínima de um gabinete sanitário masculino (um
vaso, um lavatório e dois mictórios) e um gabinete sanitário feminino (um vaso e
um lavatório) para cada quatrocentas pessoas, devendo o primeiro gabinete
sanitário feminino ter dois vasos sanitários;
III - terem quando houver departamentos esportivos, vestiários e respectivas
instalações sanitárias de acordo com as disposições estabelecidas especificamente
para ginásios;
IV - terem instalações preventivas contra incêndios de acordo com as disposições
vigentes.

Art. 134 - As piscinas em geral deverão satisfazer as seguintes condições:


a) terem as paredes e o fundo revestidos com azulejos ou material equivalente;
b) terem as bordas elevando-se acima do terreno circundante;
c) terem quando destinadas a uso coletivo, instalação de tratamento e renovação
da água, comprovadas pela apresentação do respectivo projeto.

Art. 135 - As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares, asilos,


orfanatos, albergues e similares além das disposições do presente código que lhes
forem aplicáveis deverão ainda satisfazer as disposições específicas estabelecidas
para os mesmos pelos órgãos competentes.

CAPÍTULO II - DOS PRÉDIOS INDUSTRIAIS, DOS DEPÓSITOS DE


INFLAMÁVEIS, DOS DEPÓSITOS DE EXPLOSIVOS, DAS GARAGENS,
DO ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS

Art. 136 - As edificações destinadas à instalação de fábricas e oficinas em geral,


além das disposições do presente código, ainda devem satisfazer as seguintes
condições:
I - serem construídas de material incombustível, tolerando-se o emprego de
madeira ou outro material combustível, apenas nas esquadrias forros e estruturas de
cobertura;
II - terem área até cem metros quadrados (100,00m2), pé-direito três metros e
cinqüenta centímetros e quando a área for maior de cem metros quadrados
(100,00m2), pé-direito mínimo de quatro metros (4);
III - terem os locais de trabalho vãos de iluminação e ventilação com área mínima
equivalente a um décimo (1/10) da área útil;
IV - terem instalações sanitárias, separadas por sexos na seguinte proporção:
a) até vinte operários: um vaso, um lavatório e um chuveiro (e um mictório,
quando masculino) para cada grupo de vinte operários;
b) um conjunto para cada grupo de trinta operários excedentes;
c) terem vestiários separados por sexo;
d) terem reservatório de água de acordo com as disposições em vigor;
e) terem instalações preventivas contra incêndios de acordo com as disposições
vigentes;
f) terem paredes afastadas no mínimo três metros (3), quando da divisa;
g) terem uma área de uso coletivo para abrigo de operários, com área mínima
de vinte e cinco centímetros quadrados por operário, coberto, próximo da fábrica.

Art. 137 - A edificações destinadas a depósitos de inflamáveis, além das normas


específicas e das disposições do Presente código que lhes forem aplicáveis, deverão
ainda satisfazer as seguintes condições:
a) terem os pavilhões um afastamento mínimo de quatro metros (4) entre si e um
afastamento mínimo de dez metros (10) das divisas do lote;
b) terem as paredes, a cobertura e o respectivo vigamento construído em material
incombustível;
c) serem divididos em seções, contendo cada uma no máximo duzentos mil litros,
devendo ter os recipientes resistentes localizados, no mínimo, a um metro das
paredes com capacidade máxima de duzentos litros;
d) terem as paredes divisórias das seções do tipo corta-fogo, elevando-se no
mínimo um metro (1) acima da calha ou rufo, não podendo haver continuidade de
beirais, vigas, terças e outras peças construtivas;
e) terem as portas de comunicação entre as seções ou com outras dependências do
tipo corta-fogo e dotadas de dispositivos de fechamento automático;
f) terem os vãos de ventilação a iluminação uma área não inferior a um vinte avos
da área útil do respectivo compartimento;
g) terem ventilação mediante aberturas ao nível do piso, em oposição às portas e
janelas, quando o líquido armazenado ocasionar a produção de vapores;
h) terem instalação elétrica blindadas, devendo os focos incandescentes serem
providos de globos impermeáveis ao gás e protegidos com tela metálica;
i) terem fações preventivas contra incêndios de acordo com as disposições
vigentes;
j) terem os pisos afundados, ou solução afim, de modo que formem um
reservatório de retenção de líquidos inflamáveis com capacidade de 1,15 volume
depositado.
Parágrafo único - O pedido de aprovação de projeto, deverá ser instruído com a
especificação da instalação, e mencionado o tipo do inflamável, a natureza e
capacidade dos tanques ou recipientes, aparelhos de sinalização, assim como, todo
o aparelhamento ou maquinário a ser empregado na instalação.

Art. 138 - As edificações destinadas a depósitos explosivos, além das normas


especificadas e das disposições do presente código que lhes forem aplicáveis,
deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
a) terem os pavilhões um afastamento mínimo de cinqüenta metros (50) entre si e
as divisas do lote;
b) terem as paredes, a cobertura e o respectivo vigamento de material
incombustível;
c) terem o piso resistente e impermeabilizante;
d) terem os vãos de iluminação e ventilação com áreas não inferior a um vinte
avos da área útil;
e) terem instalações preventivas contra incêndios de acordo com as disposições
vigentes;
f) deverão serem levantados, na área de isolamento, merlões de terra, de dois
metros (2), de altura, no mínimo, onde serão plantadas árvores para formação da
cortina florestal.

Art. 139 - As edificações destinadas a garagem particulares individuais, além das


disposições do presente código que lhes forem aplicáveis, deverão ainda satisfazer
as seguintes condições:
a) terem as paredes de material incombustível;
b) terem pé-direito mínimo de dois metros e vinte centímetros (2,20);
c) terem vãos de ventilação com área mínima equivalente a um vinte avos da área
útil;
d) terem dimensões mínimas de dois metros e cinqüenta centímetros (2,50) x
quatro metros e cinqüenta centímetros (4,50) (largura e profundidade);
e) não terem comunicação direta com compartimentos de permanência prolongada
noturna;
f) ter as rampas, quando houver, situadas totalmente no interior do lote com a
declividade máxima de vinte por cento (20%).

Art. 140 - As edificações destinadas a garagens particulares e coletivas,


consideradas aquelas que forem construídas no lote, em subsolo ou em um ou mais
pavimentos de edifícios de habitação coletiva ou de uso comercial, além das
disposições do presente código e aquelas estabelecidas especificamente para
garagens individuais que lhes forem aplicáveis, deverão ainda satisfazer as
seguintes condições:
I - terem os locais de estacionamento (boxes) largura mínima de dois metros e
quarenta centímetros (2,40) e profundidade mínima de cinco metros (5);
II - terem vão de entrada com largura mínima de três metros (3), quando a
capacidade da garagem for igual ou inferior a trinta carros e no mínimo, dois vãos
quando superior;
III - terem corredores de circulação largura mínima de três metros (3), três metros
e cinqüenta centímetros, cinco metros (5) quando os locais de estacionamento
formarem relação aos mesmos, ângulos de trinta graus (30º), quarenta e cinco graus
(45º) ou noventa graus (90º) respectivamente.
Parágrafo único - Não serão permitidas quaisquer instalações de abastecimento,
lubrificações ou reparos em garagens particulares e coletivas.

Art. 141 - A instalação de equipamentos para abastecimento de combustível


somente será permitida em:
I - posto de serviços;
II - garagens comerciais, quando estas tiverem uma área útil igual ou superior a
setecentos metros quadrados (700,00m2), ou uma capacidade de estacionamento
normal, igual ou superior de cinqüenta carros;
III - estabelecimentos comerciais, industriais, empresas de transportes de
entidades públicas, quando tais estabelecimentos possuírem no mínimo, dez
veículos de sua propriedade.

Art. 142 - As edificações destinadas as instalações de equipamentos para


abastecimento de combustível, além das disposições do presente código que lhes
forem aplicáveis, deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
a) serem construídas de material incombustível, tolerando-se um emprego de
madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias e estruturas de
cobertura;
b) ter as colunas de abastecimento um afastamento mínimo de quatro metros (4)
do alinhamento da rua, sete (7) metros das divisas laterais do lote, doze metros (12)
da divisa dos fundos do lote e quatro (4) de qualquer parede;
c) ter os reservatórios subterrâneos, metálicos e hermeticamente fechados, com
capacidade máxima de quinze mil litros e terem um afastamento mínimo de dois
metros (2) de qualquer parede;
d - Os depósitos de combustíveis e as colunas de abastecimento não podem se
situar a distância menor que 60m (sessenta metros) de estabelecimentos hospitalares
e de escolas.

Alterada pela LM 2330/2006, de 26/01/2006.


Redação anterior:
d) terem os reservatórios um afastamento mínimo de oitenta metros (80) do
terreno de qualquer escola;
e) terem instalações preventivas contra incêndios de acordo com as disposições
vigentes.

Art. 143 - Os postos de serviços e as garagens comerciais, além das disposições do


presente código que lhes forem aplicáveis e daqueles estabelecidos
especificamente, deverão satisfazer as seguintes condições:
a) terem instalações sanitárias franquiadas ao público com chuveiro privativo para
os funcionários;
b) terem muro, com altura de um metro e oitenta centímetros (1,80) sobre as
divisas não edificadas do terreno;
c) terem instalações para suprimento de água e ar condicionado;
d) é proibido qualquer tipo de edificação sobre os postos de abastecimento.

Art. 144 - Os postos de serviço deverão ter instalações para limpeza e conservação
de veículos, podendo ainda existir serviços de reparos rápidos.
Parágrafo único - Os serviços de lavagem e lubrificação, quando localizados a
menos de quatro metros (4) das divisas, deverão estar em recinto coberto e fechado
nestas divisas.

CAPÍTULO III - DOS TOLDOS, DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS,


SANITÁRIAS, ELÉTRICAS, DAS TELEFÔNICAS, DE ANTENAS, DE
ELEVADORES, E DA NUMERAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

Art. 145 - Será permitida a colocação de toldos ou passagens cobertas sobre os


passeios e recuos fronteiros nos prédios comerciais, observado o seguinte:
a) serão permitidos apoio sobre os passeios;
b) a altura livre não poderá ser inferior a dois metros e cinqüenta centímetros.

Art. 146 - Nos prédios destinados a funcionamento de hotéis, hospitais, clubes,


cinemas, teatros e abrigos destinados a embarque de ônibus, os toldos ou passagens
cobertas só serão permitidos nas partes fronteiras às entradas principais e deverão
observar o seguinte:
a) os apoios, quando necessários junto ao meio fio, deverão guardar um
afastamento invariável, de trinta centímetros do mesmo;
b) a altura livre não poderá ser inferior a dois metros e cinqüenta centímetros
(2,50).

Art. 147 - As edificações abastecíveis pela rede pública de distribuição de água


deverão ser dotadas de instalações hidráulicas de acordo com as normas vigentes e
deverão obedecer as normas da CORSAN e ABNT, que lhe forem aplicáveis.

Art. 148 - Nas edificações destinadas ao uso residencial ou comercial, as


instalações hidráulicas deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
a) as edificações com um (1) ou dois (2) pavimentos poderão ter abastecimento
direto, indireto ou misto;
b) nas edificações com mais de dois pavimentos poderão ter abastecimento direto
ou misto;
c) em qualquer caso, as lojas deverão ter abastecimento independente, relativo ao
restante da edificação;
d) nas edificações com três ou quatro pavimentos será obrigatória a instalação de
reservatório inferior, reservatório superior;
e) nas edificações com mais de quatro pavimentos será obrigatória a instalação de
reservatório inferior, de reservatório superior, e bomba de recalque.
Parágrafo único - Para a garantia do abastecimento e suprir imprevistos, poderá a
administração municipal determinar, por Decreto genericamente, a obrigatoriedade
da instalação de um reservatório elevado de água e respectiva capacidade mínima,
dosada em função da utilização e dimensões da construção.

Art. 149 - Nas edificações destinadas a hotéis, asilos, escolas e hospitais, as


instalações hidráulicas deverão ainda satisfazer as seguintes condições:
I - em qualquer caso, independente do número de pavimentos, só o pavimento
térreo poderá ter abastecimento misto, devendo os demais ter abastecimento
indireto, não sendo permitido em hipótese alguma o abastecimento direto;
II - nas instalações com até quatro pavimentos, será obrigatória, a instalação de
reservatório superior dependente da instalação de reservatório inferior e de bomba
de recalque, das condições piezométricas reinantes no distribuidor, a juízo dos
órgãos competentes, em qualquer caso entretanto, serão previstos locais para
reservatórios inferior e bombas de recalque mesmo que não sejam inicialmente
necessários, afim de fazer face a futuros abaixamentos de pressão;
III - nas edificações com mais de quatro pavimentos, serão obrigatoriamente
instalados reservatórios superior e inferior e bombas de recalque.

Art. 150 - A capacidade total mínima dos reservatórios, deverá ser dimensionada
na proporção de:
a) seis litros por metro quadrado de área construída, nas edificações destinadas ao
uso residencial ou comercial, ou hotéis, asilos eu escolas;
b) oito litros por metro quadrado de área construída nas edificações destinadas a
hospitais;
c) o reservatório superior quando houver deverá ter capacidade mínima de
quarenta por certo (40%) de capacidade total dos reservatórios;

Art. 151 - As instalações sanitárias deverão obedecer as normas da ABNT. Onde


não existir rede cloacal, será obrigatória a instalação de fossas sépticas para
tratamento de esgoto cloacal, distinguindo-se os seguintes casos:
I - quando não houver rede de esgoto cloacal e o terreno não permitir filtração
suficiente, a fossa séptica deverá conter um biodigestor, com capacidade de
retenção para cinqüenta dias;
II - quando não houver rede de esgoto cloacal, o efluente da fossa deverá ser
conduzido a um poço absorvente (sumidouro) não podendo o extravasor (ladrão)
deste ser ligado à sarjetas, vala ou cursos de água.

Art. 152 - As edificações deverão ser providas de instalações elétricas, calculadas e


executadas de acordo com as normas vigentes e as disposições da ABNT e CEEE,
que lhes forem aplicáveis.

Art. 153 - Os circuitos de instalações elétricas que atenderem teatros, cinemas e


similares deverão ser inteiramente independente dos demais circuitos da edificação.

Art. 154 - As edificações destinadas a hospitais deverão ter obrigatoriamente,


instalações de gerador de emergência com potência mínima igual a vinte e cinco
por cento (25%) da potência instalada, estes geradores deverão atender as salas de
cirurgias, pronto socorro, equipamentos essenciais, corredores, no mínimo, um
ponto de luz no aposento destinado a enfermos.

Art. 155 - Nas edificações destinadas ao uso coletivo em geral, será


obrigatoriamente a instalação de tubulações para serviços telefônicos, na proporção
mínima de um aparelho por economia, de acordo com as normas vigentes e as
disposições CRT, que lhes forem aplicáveis.

Art. 156 - Nas edificações destinadas a uso comercial em geral, será obrigatória a
instalação de tabulações para antenas de televisão, na proporção mínima de um
aparelho por economia.

Art. 157 - As instalações de elevadores deverão obedecer às normas da ABNT. Nas


edificações que apresentarem uma circulação vertical superior a quatro pavimentos
ou doze metros será obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador, e quando
superior a oito pavimentos ou vinte e dois metros, de, no mínimo dois elevadores.
Parágrafo único - Não serão computados:
a) o pavimento térreo, quando destinado exclusivamente a área coberta;
b) o pavimento imediatamente inferior ao térreo;
c) o último pavimento, quando destinado exclusivamente ao zelador.

Art. 158 - O dimensionamento dos elevadores, em número e capacidade, dependerá


sempre do cálculo de tráfego e das disposições vigentes.
Art. 159 - Em caso algum, os elevadores constituir o único meio de circulação
vertical.

Art. 160 - As edificações de uso misto deverão serem servidas por elevadores
exclusivos para apartamentos, devendo o cálculo de tráfego ser feito separadamente
e, pelo menos dois elevadores servirem os pavimentos superiores ao sexto andar.

Art. 161 - A exigência de instalarão de elevadores é extensiva às edificações que


sofrerem aumento de circulação vertical.

Art. 162 - A numeração das edificações será efetuada pelo órgão competente,
sendo obrigatória a afixação, em lugar visível, da respectiva placa.
Parágrafo único - As placas ou outras formas adotadas para numeração de
prédios dependem da aceitação ou não do órgão competente, podendo o mesmo
também exigir a daqueles que se encontram danificadas.

Art. 163 - A numeração das edificações de uso coletivo obedecerão ás seguintes


orientações, para as economias que não tiverem acesso direto do logradouro:
a) quando não houver mais de nove economias por pavimento: no térreo de 1 a 9,
no 1º andar 11 a 19, no 2º andar de 21 a 29, etc.;
b) quando houver mais de nove economias por pavimentos: no térreo de 1 a 19, no
1º andar de 101 a 199, no 2º andar de 201 a 299, etc.;
c) os pavimentos localizados no sub-solo obedecerão a mesma orientação,
antepondo-se porém um zero ao respectivo número;
d) horizontalmente, a numeração se fará, sempre que for possível, da esquerda
para a direita, daquele que estiver de costas para o elevador ou topo do alcance de
escadas.

CAPÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 164 - Os casos omissos e as dúvidas de interpretação do presente código de


Obras e Edificações do Município de Parobé, serão resolvidos pelo Prefeito
Municipal e a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Saneamento.

Art. 165 - Para todos os efeitos constituirão parte integrante do presente código às
disposições, resoluções, recomendações e demais atos da Associação Brasileira de
Normas Técnicas da ABNT.

Art. 166 - Fica autorizado o Poder Executivo do Município, expedir Decretos para
a regulamentação de qualquer dispositivo deste Código de Obras e Edificações do
Município.

Art. 167 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE PAROBÉ, em 06


de junho de 1991.
Irton Bertoldo Feller
Prefeito Municipal

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