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ÁREA LIVRE - Superfície de lote não ocupado pela edificação, considerada por
sua projeção horizontal.
ÁREA ABERTA - Área cujo perímetro é aberto em um dos seus lados de no
mínimo de 1,50 metros para um logradouro.
ÁREA FECHADA - Área cujo perímetro é fechado pela construção ou pela linha
divisória do lote.
BEIRADO OU BEIRAL - Parte da cobertura que faz saliência sobre o prumo das
paredes externas.
LOTE - Porção de terreno que faz frente ou testada para um logradouro, descrita e
legalmente assegurada por uma prova de domínio.
TELHEIRO - Construção constituída por uma cobertura sem forro, suportada por
meio de pilares podendo ser fechado parcialmente, no máximo em duas faces.
TERRAÇO - Cobertura de edificação, constituída de piso utilizável.
TOLDO - Proteção contra o sol ou chuva, para portas ou janelas, geralmente com
armação metálica.
Art. 4º - No local das obras deverão ser afixadas as placas dos profissionais
intervenientes, de acordo com a legislação vigente.
Art. 12 - As multas serão impostas pelo Prefeito Municipal, tendo em vista o auto
de embargo ou ato de infração lavrado pelo Fiscal e serão arbitradas nas seguintes
condições:
I - de 1 a 100 VR do Município, quando a obra for executada em desacordo com
Plano Diretor ou Código de Obras e Edificações do Município, sem pedido de
aprovação do projeto ou executada, estando o projeto indeferido;
II - multas de 1 a 100 VR do Município para os demais casos.
§ 1º - Em caso de reincidência, a multa será em dobro e será dobrada a cada nova
reincidência, até o máximo de 10 (dez) vezes o seu valor.
§ 2º - A reincidência também será aplicável a cada dez dias, contados a partir da
aplicação da multa anterior, enquanto não for sanada a infração que originou a
multa inicial.
§ 3º - A graduação das multas far-se-á tendo em vista:
a) a maior ou menor gravidade da infração;
b) suas circunstâncias;
c) antecedentes do infrator;
§ 4º - Os casos de reincidências só poderão aplicáveis à mesma infração.
Art. 18 - A demolição parcial ou total será imposta toda vez que for infringido
qualquer dispositivo do presente Código.
Art. 19 - A demolição não será imposta nos casos em que sejam executadas
modificações que a enquadrem nos dispositivos da legislação em vigor.
Parágrafo único - Tratando-se de obra julgada em risco, aplicar-se-á ao caso o
disposto no Código de Processo Civil.
Art. 22 - A licença para construir terá seis meses de validade, findo este prazo e
não tendo sido iniciado a construção, a licença perderá a sua validade.
Parágrafo único - antes de terminar o prazo, a licença poderá ser renovada, uma,
unidade a vez, mediante requerimento, por mais um período de seis meses, desde
que ainda válido projeto aprovado.
Art. 30 - Para fins de fiscalização, o projeto aprovado deverá ser mantido no local
da obra.
Art. 39 - Nos terrenos edificados ou não, poderá ser exigido dos proprietários:
I - muros de arrimo ou tratamento de taludes sempre que o nível dos terrenos não
coincidir com o do logradouro;
II - canalização de águas pluviais, águas servidas ou drenos;
III - aterro do terreno, quando o mesmo não permitir uma drenagem satisfatória;
IV - os terrenos não edificados deverão serem mantidos limpos, capinados e
drenados, e podendo para isso a Prefeitura determinar as obras necessárias;
V - colocar alturas máximas para muros nas divisas dos terrenos e logradouros.
Art. 47 - Durante a execução das obras deverão serem postos em práticas todas as
medidas necessárias, para que os leitos dos logradouros no trecho fronteiriço da
obra, sejam mantidos em permanentes estado de limpeza e conservação.
Parágrafo único - Da mesma forma deverão serem tomadas as medidas
necessárias, no sentido de evitar o excesso de poeira e a queda de detritos nas
propriedades vizinhas.
Art. 50 - Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem a vistoria dos órgãos
competentes e a concessão do respectivo HABITE-SE.
Art. 51 - Após a conclusão das obras, deverá ser requerida a vistoria aos órgãos
competentes, assinada pelo proprietário e responsável técnico pela execução.
Parágrafo único - Uma obra será considerada concluída quando estiver em
condições de ser habitada.
Art. 52 - Se, por ocasião da vistoria for constatado que a edificação não foi
construída, aumentada reconstruída, ou reformada de acordo com o projeto
aprovado, o proprietário ou responsável técnico, além das sanções previstas no
presente código, será intimado a regularizar o projeto, caso as alterações possam ser
aprovadas, ou a demolir ou a fazer as modificações necessárias, para repor a obra
de acordo com o projeto aprovado.
Art. 69 - A escadas não terão pé-direito inferior a dois metros e dez centímetros
(2,10) (medidos no canto externo do degrau) e largura inferior
I - um metro (1) nas edificações de dois pavimentos destinados a uma única
economia;
II - um metro e vinte centímetros (1,20) nas edificações com dois ou mais
pavimentos, destinados a diversas economias;
III - sessenta centímetros (60) nas escadas de uso nitidamente secundário e
eventual (depósitos, garagens dependências de empregada e similares).
Art. 72 - Sempre que a altura a vencer for superior a três metros e vinte centímetros
(3,20), será obrigatório intercalar um patamar com extensão mínima de oitenta
centímetros (80).
Art. 86 - Não será permitida a construção de jiraus ou galerias que cubram mais de
25% (vinte e cinco por cento) da área do compartimento em que forem instalados,
salvo no caso de constituírem passadiços de largura não superior a oitenta
centímetros (80) ao longo das paredes.
Art. 87 - Serão tolerados jiraus ou galerias que cubram mais de 25% (vinte e cinco
por cento) do compartimento em que foram instalados até um limite máximo de
50% (cinqüenta por cento), quando obedecidas as seguintes condições:
I - deixarem passagem livre, por baixo, com altura mínima de três metros (3);
II - terem pé-direito mínimo de dois metros e cinqüenta centímetros (2,50).
Art. 89 - Não será permitido o fechamento das galerias ou jiraus com paredes ou
com divisões de qualquer espécie.
Art. 92 - Salvo os casos expressos, todo o compartimento deve ter aberturas para o
exterior, satisfazendo às prescrições deste código.
§ 1º - Estas aberturas deverão ser dotadas de dispositivos que permitam a
renovação de ar, com pelo menos 50% (cinqüenta por cento) da área mínima
exigida.
§ 2º - Em nenhum caso a área das aberturas destinadas a ventilar e iluminar
qualquer compartimento poderá ser inferior a quarenta decímetros quadrados (40),
ressalvados os casos de tiragem mecânica previstos no artigo 95.
Art. 94 - As relações referidas no artigo 93 serão de 1/3 (um terço), 1/5 (um quinto)
e 1/8 (um oitavo) respectivamente, quando os planos dos vãos se localizarem
oblíqua ou perpendicularmente à linha limite da cobertura, ou à face de uma
reentrância.
§ 1º - No caso de vãos localizados sob passagens cobertas, estas passagens
deverão ter aberturas para o exterior, com área mínima igual à superfície do piso
dos compartimentos que através delas iluminam e ventilam. Neste caso, um dos
lados de qualquer daqueles vãos deverá distar o máximo um metro e cinqüenta
centímetros (1,50) da projeção da cobertura.
§ 2º - Quando parte do vão não se localizar sob a passagem coberta, a cada parte
deste serão aplicadas as relações correspondentes.
Art. 97 - Em cada compartimento, uma das vergas das aberturas, pelo menos,
distará do teto no máximo 1/7 (um sétimo) do pé-direito deste compartimento, não
ficando nunca a altura inferior a dois metros e vinte centímetros (2,20), a contar do
piso deste compartimento.
§ 1º - Caso a abertura de verga mais alta de um compartimento for dotada de
bandeirola, esta deverá ser dotada de dispositivo que permita a renovação de ar.
§ 2º - Estas distâncias poderão ser modificadas, em casos excepcionais, ajuízo do
departamento competente, desde que sejam adotados dispositivos permitindo a
renovação do colchão de ar entre as vergas e o forro.
Art. 100 - As áreas de iluminação e ventilação, para efeitos do presente código, são
divididas em: áreas principais fechadas, áreas principais abertas e áreas secundárias.
Art. 104 - Os poços de ventilação admitidos nos casos expressos neste código,
deverão satisfazer as seguintes condições:
I - serem visitáveis na base;
II - terem largura mínima de um metro (1) devendo os vãos localizados em
paredes opostas, quando pertencentes a economias distintas, ficarem afastadas no
mínimo, de um metro e cinqüenta centímetros (1,50);
III - terem área mínima de um metro e cinqüenta centímetros quadrados
(1,50m2);
IV - serem revestidos internamente.
CAPÍTULO XIX - DAS CASAS DE MADEIRAS, DAS HABITAÇÕES
POPULARES; DOS PRÉDIOS COMERCIAIS DAS GALERIAS
COMERCIAIS
Art. 105 - Ser permitido edificar em madeira, na zona rural nas localidades com
perímetro urbano, já delimitado e na sede municipal na zona suburbana desde que
os requerentes estejam de acordo com o estabelecimento no presente código:
I - distar no mínimo, um metro e cinqüenta centímetros (1,50) das divisas laterais
e dos fundos do lote e quatro metros (4) no mínimo do alinhamento do logradouro;
II - ter em lote de esquina, recuo de quatro metros (4) no mínimo por testada de
dois metros (2), no mínimo pela outra a escolha do órgão competente;
III - observar um afastamento mínimo de três metros (3), de qualquer outro prédio
construído em madeira no mesmo lote;
IV - para ser construído sobre pilares ou embasamento de alvenaria, com o
mínimo de sessenta centímetros (60) de altura;
V - ter o pé-direito mínimo de dois metros e cinqüenta centímetros (2,50)
VI - ter as divisões internas a mesma altura do pé-direito;
VII - ter os compartimentos de permanência prolongada, exclusive cozinha, copa
e comedor área mínima de nove metros quadrados (9,00m2);
VIII - ter no mínimo, um dormitório com nove metros quadrados (9,00m2),
podendo os demais terem, no mínimo sete metros quadrados (7,00m2);
IX - ter os demais compartimentos, no mínimo as áreas estabelecidas neste
código;
X - ser dotadas de cozinha e gabinetes sanitários, satisfazendo as exigências desde
código;
XI - atender a todos os requisitos de ventilação estabelecidos neste código;
XII - ter forro, sob o telhado, em toda a sua área construída.
VII - ter a cozinha e gabinete sanitário revestido com material liso, resistente,
lavável e impermeável Até uma altura mínima de um metro cinqüenta centímetros
(1,50) nas paredes correspondentes ao local do fogão e do balcão da pia e no local
de instalação do banho, respectivamente.
Art. 114 - As galerias comerciais, além das disposições do presente código que
forem aplicáveis, deverão satisfazer as seguintes condições:
I - possuir uma largura e um pé-direito mínimo de quatro metros (4) e nunca
inferiores a um doze avos do seu maior percurso;
II - ter suas lojas, quando com acesso principal pela galeria, uma área mínima de
dez metros quadrados (10,00m2), podendo ser ventilados, através deste e
iluminados artificialmente;
III - possuírem instalações sanitárias de acordo com as prescrições estabelecidas
para as lojas de prédios comerciais;
§ 1º - Os pés-direitos previstos do presente artigo poderão ser reduzidos para dois
metros e sessenta centímetros (2,60), três metros (3), três metros e cinqüenta
centímetros (3,50) respectivamente, quando o compartimento for dotado de
instalação de ar condicionado, nas condições previstas no art.
§ 2º - Quando não existir a instalação de, ar condicionado, será tolerada a redução
do pé-direito para dois metros e sessenta centímetros (2,60) em somente 25% da
área do estabelecimento comercial.
§ 3º - O pé-direito poderá ser reduzido para até dois metros e quarenta centímetros
(2,40) por forro de materiais removíveis, em compartimento de área inferior a
oitenta metros quadrados (80,00m2) ou até 25% (vinte e cinco por cento) da área de
outras dependências por traz decorativas ou outras.
Art. 116 - Os dormitórios deverão possuir uma área mínima de nove metros
quadrados (9,00m2).
Parágrafo único - os dormitórios que não dispuserem de instalações sanitárias
privativas deverão possuir lavatórios.
Art. 123 - Os corredores e as escadas deverão ter uma largura mínima de um metro
e cinqüenta centímetros (1,50) e, quando atenderem a mais de quatro salas de aula,
uma largura mínima de dois metros (2).
Parágrafo único - As escadas não poderão se desenvolver em leque ou caracol.
Art. 124 - As escolas que possuam internatos deverão ainda satisfazer as seguintes
condições:
I - terem os dormitórios área de no mínimo, seis metros quadrados para o primeiro
aluno, mais três metros quadrados para cada aluno excedente, até o máximo de oito
alunos por dormitório;
II - terem as instalações sanitárias privativas do internato, na seguinte proporção:
a) masculino, um lavatório para cada cinco alunos, um vaso sanitário para cada
dez alunos, um chuveiro para cada dez alunos e um mictório para cada vinte alunos;
b) feminino, um lavatório para cada cinco alunas, um vaso sanitário para cada
dez alunas, um chuveiro para cada dez alunas e um bidê para cada vinte alunas.
Art. 126 - Os auditórios deverão ter vão de iluminação e ventilação, com uma área
mínima equivalente a um décimo (1/10) da área útil dos mesmos exceto quando
dotados de instalação de renovação mecânica de ar.
Art. 144 - Os postos de serviço deverão ter instalações para limpeza e conservação
de veículos, podendo ainda existir serviços de reparos rápidos.
Parágrafo único - Os serviços de lavagem e lubrificação, quando localizados a
menos de quatro metros (4) das divisas, deverão estar em recinto coberto e fechado
nestas divisas.
Art. 150 - A capacidade total mínima dos reservatórios, deverá ser dimensionada
na proporção de:
a) seis litros por metro quadrado de área construída, nas edificações destinadas ao
uso residencial ou comercial, ou hotéis, asilos eu escolas;
b) oito litros por metro quadrado de área construída nas edificações destinadas a
hospitais;
c) o reservatório superior quando houver deverá ter capacidade mínima de
quarenta por certo (40%) de capacidade total dos reservatórios;
Art. 156 - Nas edificações destinadas a uso comercial em geral, será obrigatória a
instalação de tabulações para antenas de televisão, na proporção mínima de um
aparelho por economia.
Art. 160 - As edificações de uso misto deverão serem servidas por elevadores
exclusivos para apartamentos, devendo o cálculo de tráfego ser feito separadamente
e, pelo menos dois elevadores servirem os pavimentos superiores ao sexto andar.
Art. 162 - A numeração das edificações será efetuada pelo órgão competente,
sendo obrigatória a afixação, em lugar visível, da respectiva placa.
Parágrafo único - As placas ou outras formas adotadas para numeração de
prédios dependem da aceitação ou não do órgão competente, podendo o mesmo
também exigir a daqueles que se encontram danificadas.
Art. 165 - Para todos os efeitos constituirão parte integrante do presente código às
disposições, resoluções, recomendações e demais atos da Associação Brasileira de
Normas Técnicas da ABNT.
Art. 166 - Fica autorizado o Poder Executivo do Município, expedir Decretos para
a regulamentação de qualquer dispositivo deste Código de Obras e Edificações do
Município.
Art. 167 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.