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1.1. INTRODUÇÃO
Pode-se definir risco como sendo um “evento incerto ou de data incerta que
independe da vontade das partes contratantes e contra o qual é feito o seguro.
O risco é a expectativa de sinistro”. No que diz respeito às operações de seguros,
acrescenta que “risco é a possibilidade de ocorrência de um evento aleatório que
cause danos de ordem material, pessoal ou mesmo de responsabilidades”. No
entanto, nem todos os riscos podem ser segurados. Para que exista seguro, o
risco precisa ser possível, futuro, incerto, acidental, mensurável e causador de
prejuízos.
Para efeito das operações de seguros, os riscos são classificados em:
• Risco puro: risco em que só existem duas possibilidades: perder (caso ele
ocorra) ou não perder (caso ele não ocorra). Exemplos: a possibilidade de morte
dos indivíduos é um risco puro. Se ocorrer a morte de alguém, há perda e, se
não ocorrer, não há perda. O roubo de um veículo também. Se for roubado, o
proprietário perde. Se não for, não perde. Esses riscos são seguráveis.
• Risco especulativo: risco que envolve as possibilidades de perder, não perder
ou ganhar. Exemplos: o investimento em bolsa de valores ou apostas em jogos
de azar.
• Riscos particulares: são aqueles que afetam apenas indivíduos ou empresas
em particular, e não a sociedade coletivamente, e para os quais, também, só
existem duas possibilidades: perder ou não perder. Exemplos: a morte de uma
pessoa ou o incêndio em uma empresa. Esses riscos são seguráveis.
• Riscos fundamentais: assim são chamados os riscos impessoais, resultantes
de mutações sociais e econômicas, afetando a coletividade. Exemplos: perdas
decorrentes de guerra ou de inflação. Esses riscos não são seguráveis e o seu
tratamento compete ao Estado.
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O fato de uma pessoa ou uma empresa estar exposta a riscos nos leva a
imaginar que, se ocorrer um evento danoso, haverá perdas ou prejuízos. Os
danos decorrentes do evento podem ser de natureza material, corporal, moral
ou geradores de responsabilidades de reparação. Podem, ainda, implicar em
perda de renda à pessoa física ou redução parcial ou total das atividades de uma
pessoa jurídica (lucros cessantes). Portanto, tratar os riscos significa prevenir
perdas ou reduzir as consequências financeiras quando elas ocorrem.
O processo de gerenciamento ou de tratamento de riscos é baseado em
método científico similar ao processo de tomada de decisões gerais em negócios,
e comporta cinco etapas lógicas, sistemáticas e contínuas:
Vimos acima que os riscos podem e devem ser tratados. Isso não significa,
necessariamente, que estejam controlados. Para manter os riscos sob controle,
devem ser utilizadas as cinco técnicas descritas a seguir:
Por outro lado, para os que tratam seus riscos, os custos com seguros
podem ser reduzidos através de descontos, mas esta é apenas uma das
consequências da existência ou não de um programa de gerenciamento de
riscos. Para competir, tanto no mercado internacional como no mercado
brasileiro, as empresas não conseguirão repassar os custos de perdas que
podem ser controladas. Elas significam desperdício e os clientes não irão pagar
por isso.
Com base nas avaliações feitas para a frequência e a severidade esperadas para
cada uma das situações de perigo (que foram identificadas no local em análise),
é possível classificar os respectivos riscos. Isso se faz através de uma matriz de
riscos, do tipo ilustrado a seguir:
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a) Risco de incêndio:
Frequência: classificado como categoria B (remota) no quadro 1.
Severidade: classificado como categoria III (crítica) no quadro 2.
Grau de risco: 2 – menor (obtido na figura 6 com entrada dos parâmetros
acima).
b) Risco de vendaval:
Frequência: classificado como categoria D (provável) no quadro 1.
Severidade: classificado como categoria III (crítica) no quadro 2.
Grau de risco: 4 – sério (obtido no quadro anterior com entrada dos
parâmetros acima).
4 Quais dos parâmetros a seguir são necessários para que o risco seja segurável:
a) ( ) Somente deve independer da vontade das partes.
b) ( ) Deverá causar prejuízo de ordem financeira e deve ser mensurável.
c) ( ) Deve ser mensurável e incerto, em alguns casos.
d) ( ) Deve ser mensurável e depender da vontade das partes.
e) ( ) Deve ser possível, futuro e incerto.