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TDAH: o transtorno que atinge crianças e adultos

Quem não conhece aquela criança agitada, que vive no mundo da lua, não presta

atenção na escola, não para quieta? Você sabia que algumas delas sofrem com um

problema chamado TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade?

Esse é o transtorno mais comum em crianças, ocorrendo de 3 a 5% da população

infantil por todo o mundo. Mesmo assim, muita gente ainda não acredita que isso seja

realmente um problema de saúde, o que dificulta muito a adesão ao tratamento e traz

danos ao indivíduo que sofre com o transtorno. Vamos conhecer um pouco mais

sobre o TDAH? Continue lendo!

O que é o TDAH?
Basicamente, o TDAH é um transtorno neurobiológico que tem como principais

características falta de atenção, agitação e impulsividade. Surge na infância e em

muitos casos acompanha o indivíduo na vida adulta.

Leia também: Transtorno de Aprendizagem: o que é?

Os portadores de TDAH têm alterações na região frontal e suas conexões com o resto

do cérebro. Essa parte do cérebro é responsável por inibir comportamentos

inadequados, como também pela memória, atenção, autocontrole, organização e

planejamento. O transtorno é reconhecido pela OMS e há o Consenso Internacional,

publicado depois de um profundo debate sobre o tema, com profissionais, instituições

e grupos de especialistas.

Como diagnosticar o TDAH?


O TDAH possui 18 sintomas divididos em 3 grupos: 9 relacionados à desatenção, 6 à

hiperatividade e 3 à impulsividade. Durante a infância, o TDAH se manifesta através de

dificuldades na escola e no relacionamento com os colegas, pais e professores.


Geralmente os meninos apresentam mais sintomas de hiperatividade e impulsividade,

mas meninos e meninas com TDAH são desatentos.

Na adolescência, o transtorno pode ser caracterizado por dificuldades em lidar com

regras e limites. Já na vida adulta, surgem problemas com desatenção, falta de

memória e impulsividade. Muitos adultos com TDAH têm outros problemas

associados, como abuso de drogas, álcool, ansiedade e depressão. É muito comum

também que a predominância dos sintomas mude durante a vida, ou seja, uma

criança muito hiperativa pode se tornar um adulto muito desatento.

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O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é bastante

complexo, sendo predominantemente clínico, baseado na observação e relato dos

sintomas pelo paciente e pelos seus responsáveis. Para começar a validar a hipótese

do transtorno, é necessário que se faça presente, no mínimo, 6 sintomas de

desatenção ou hiperatividade-impulsividade em crianças e 5 em adultos.

É completamente normal que pessoas saudáveis apresentem alguns sintomas do

TDAH, mas quando eles são muitos e apresentam prejuízos funcionais, aí sim deve-se

considerar procurar ajuda de um profissional.

O que causa o TDAH?


Ainda não se tem uma resposta exata para essa pergunta e acredita-se que é a

combinação de alguns fatores ambientais, genéticos e biológicos. Como o transtorno

aparece em diferentes regiões do mundo, acredita-se que o transtorno não é

secundário a fatores culturais ou conflitos psicológicos.

Alguns genes parecem estar relacionados a uma predisposição para o TDAH, muito

mais do que a criação dos pais, que parece não influenciar muito. Estudos também

apontam que consumir álcool e nicotina durante a gravidez pode causar alterações no

cérebro do bebê, que levam ao desenvolvimento do transtorno, assim como o

sofrimento fetal na hora do parto, mas nada muito conclusivo

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