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I- INTRODUÇÃO
O interior de uma loja Maçônica (Templo) é dividido em quatro partes, onde a mesma
simboliza o Universo. Assim temos o Oriente, o Norte e o Sul.
Assim, quando um Irmão, em Loja está Entre a Coluna do Norte e a do Sul, e não entre as
Colunas B e J. Mesmo próximo à grade que separa o Oriente do resto da Loja, o Irmão
estará Entre Colunas. Desta forma é extremamente incorreto dizer que o passo ritualístico
dos maçons tem que começar entre as Colunas B e J.
• Em sentido figurado, são os recursos físicos, financeiros morais e humanos, que mantêm
uma instituição maçônica em pleno funcionamento;
• Quando a Porta-Bandeira, com a Bandeira apoiada no ombro, entra no templo este por
sua vez se põe Entre Colunas;
II – DESENVOLVIMENTO
Sendo o Obreiro impedido de falar, ou sofra algum desrespeito a seus direitos, poderá
solicitar ao Venerável Mestre que o conduza ”Entre Colunas”, e se autorizado pelo
Venerável o mesmo poderá falar sem ser interrompido desde que haja um decoro de um
Maçom.
Se, para estar Entre Colunas é necessária a autorização do Venerável Mestre, em contra
partida, nenhum Irmão pode se negar de ocupar aquela posição, quando legalmente
solicitado pela Loja, sob pena de punição.
Não há regulamentação; tal vez por isso, cada dia esse direito vem sendo eliminado dos
trabalhos maçônicos.
Estando Entre Colunas, um Irmão pode acusar, defender a sua ou outrem, pedir e julgar,
assim como comunicar algo que necessite sigilo absoluto, devendo estar consciente da
posição que está revestido, isto é, grande responsabilidade por tudo que disser ou vier a
fazer.
Estando Entre Colunas, o Irmão NÃO poderá se negar a responder a qualquer pergunta,
por mais íntima que seja e também não poderá mentir ou omitir sobre a verdade dos fatos,
pois desta forma o Irmão perde sumariamente os seus direitos maçônicos, pelo que deve
ser julgado não importando os motivos que o levaram a tal atitudes.
Por motivos pessoais, um maçom pode se negar a responder a quem quer seja, aquilo que
não lhe convier, mas se a indagação for feita Entre Colunas, nenhuma razão justificará
qualquer resposta infiel.
Igual crime comete aquele que obrigar alguém a confessar coisas Entre Colunas
injustificadamente, aproveitando-se da posição em que se encontra o Irmão sem que haja
razão lícita e necessária, por perseguição ou com intuito de ofender, agravar ou humilhar
desnecessariamente.
Quando um irmão está Entre Colunas e indaga os demais Irmãos sobre qualquer questão,
de forma alguma lhe pode ser negada uma resposta e nenhuma razão justificará que seja
mantido silêncio por aquele que tenha algo a responder.
Uma aplicação prática do Entre Colunas pode ser referentes a assuntos de fora do mundo
maçônico. É lícito e muito útil pedir informações Entre Colunas, sejam sociais, morais,
comerciais, etc., sobre qualquer pessoa, Irmão ou Profano, desde que haja razões válidas
para tal fim. Qualquer dos presentes que tiver conhecimento de algo está obrigado a
declarar, sob pena de infração ás leis Maçônicas.
O Irmão que solicitou as informações poderá fazer uso das mesmas, porém deve guardar o
mais profundo silêncio sobre tudo que lhe for revelado e jamais poderá, com as
informações recebidas, praticar qualquer ato que possa comprometer a vida dos
informantes ou a própria Loja. Se não agir dessa forma será infrator das Leis Maçônicas
Universais.
Suponhamos que um Irmão tenha algum negócio a realizar em outra cidade e necessita
informações, mesmo comerciais, sobre alguma pessoa ou firma. A ele é lícito indagar
essas informações Entre Colunas e todos os demais Irmãos, se souberem de algo a
respeito, são obrigados a darem respostas ao solicitante.
Outro meio Lícito e útil de se obter informações é através de uma prancha, endereçada a
uma determinada Loja, para se lidar Entre Colunas.
Neste caso, a Loja é obrigada a responder, guardar o mais profundo silêncio sobre o
assunto, cabendo a ela todos os direitos, obrigações e cabendo todos os direitos,
obrigações e responsabilidades ao solicitador, que deverá guardar segredo sobre tudo o
que lhe foi respondido e a fonte de informações.
III – CONCLUSÃO
Muitas são acepções que norteiam sobre os ensinamentos do significado de Estar entre
Colunas, porém, deve o Maçom sempre edificar suas Colunas interiores embasado pelos
Princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, primando pelo bem-estar da família e
pelo aperfeiçoamento da sociedade através do trabalho e do estudo, para com isso
perfazer-se um homem livre e de bons Costumes.
Como dissemos no início, não há mais regulamentação ou Leis Normativas para o uso do
Entre Colunas; e se não há normas que sejam encontradas nos livros maçônicos, é porque
pura e simplesmente os princípios da condição de “Estar Entre Colunas”, é de que
somente a verdade pode ser dita. Obedecido este princípios tudo mais é decorrência.
Este, alegoricamente, talvez seja o real significado no bojo dos ministérios que regem as
Colunas da Maçonaria, pois Estar entre Coluna é estar entre Irmãos.
BIBLIOGRAFIA