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Introdução à Convecção

1
Convecção de calor
• A convecção é o processo de transferência de
calor executado pela movimentação de um
fluido.
• O fluido atua como agente transportador da
energia que é transferida de uma superfície (ou
para uma superfície), desde que haja uma
diferença de temperaturas.

2
Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite de velocidade

3
Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite de velocidade
• A grandeza δ é chamada de espessura da
camada-limite e em geral assume-se que seja
limitada para o valor de y tal que
u  0,99 u

– Sendo u∞ a velocidade do escoamento livre.


• Como δ está relacionada à velocidade, esta é a
chamada camada-limite de velocidades,
cinética ou fluidodinâmica.
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Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite de velocidade
• Nota-se que com o aumento da distância x a
partir do bordo de ataque, os efeitos da
viscosidade penetram cada vez mais no
escoamento livre e a espessura da camada-limite
cresce.
• No caso de escoamentos externos, a camada-
limite possui relação direta com a tensão de
cisalhamento da superfície e, consequentemente,
com os efeitos de atrito superficiais.
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Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite de velocidade
• Define-se, então, o coeficiente de atrito local:
s
Cf 
 u2 2
• Este é um parâmetro adimensional chave para
a determinação do arrasto viscoso.
• Supondo-se um fluido newtoniano, a tensão
cisalhante pode ser avaliada por
du
s  
dy y  0
6
Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite térmica
• Considerando-se, então, o escoamento sobre
uma placa plana, no qual as temperaturas da
superfície da placa e do fluido são diferentes:

7
Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite térmica
• Define-se, assim, a chamada camada-limite
térmica, cuja espessura δt é definida
tipicamente como sendo o valor de y tal que
Ts  T
 0,99
Ts  T
• Para qualquer ponto da superfície, o fluxo
térmico local pode ser avaliado empregando-
se a lei de Fourier no fluido, em y = 0

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Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite térmica
• Tem-se, desse modo:
dT
qs   k f
dy y 0

• Tal expressão é válida uma vez que na


superfície da placa não há movimento relativo
do fluido e, portanto, ocorre apenas condução
de calor.

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Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite térmica
• Observa-se, contudo, que para o fluido como
um todo, a lei de Newton do resfriamento
continua válida e assim:

qs  h Ts  T 

• Combinando-se, então, as relações anteriores:


T
 kf
y y 0
h
Ts  T 10
Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite térmica
• Nota-se, assim, que as condições no interior da
camada-limite térmica influenciam fortemente
o gradiente de temperaturas na superfície e
determinam a taxa de transferência de calor
através da camada-limite.
• Como a diferença de temperaturas Ts ‒ T∞ é
uma constante, enquanto δt cresce com o
aumento de x, os gradientes de temperatura
diminuem com x.
11
Camadas-limite da convecção
1 - Camadas-limite térmica

• Deste modo, tem-se que tanto qs quanto h


diminuem com o aumento de x.
• Analogamente ao que ocorre para o perfil de
velocidades e de temperaturas, tem-se também
a camada-limite de concentração.

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Coeficientes convectivos local e médio

• Considerando-se um 
fluido em escoamento,
com velocidade V e temperatura T∞ sobre
superfícies isotérmicas (mantidas a uma
temperatura Ts, diferente de T∞) .
𝑞" 𝑞"
𝑉, 𝑇∞ 𝑑𝐴 𝑢∞ , 𝑇∞ 𝑑𝐴 𝐴𝑠 , 𝑇𝑠

𝐴𝑠 , 𝑇𝑠 𝑥 𝑑𝑥

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Coeficientes convectivos local e médio
• Em ambas as situações, como há diferença de
temperatura entre a superfície e o fluido,
ocorrerá a transferência de calor por
convecção:

q  h Ts  T 
– Sendo h o coeficiente convectivo local.
• Observa-se que as condições de escoamento
podem variar ao longo da superfície.
14
Coeficientes convectivos local e
médio
• Nesse caso, a taxa total de transferência de
calor pode ser obtida integrando-se o fluxo
local para toda a superfície do corpo

q   q dAs
As

– Ou seja,

q  Ts  T  h dAs
As

15
Coeficientes convectivos local e médio

• Para muitas situações práticas, define-se então


um coeficiente convectivo médio h para toda a
superfície de tal modo que

q  h As Ts  T 

– De modo que o coeficiente médio está relacionado


ao coeficiente local pela expressão:
1
h
As As
h dAs
16
Coeficientes convectivos local e médio
• Um caso especial para a determinação do
coeficiente convectivo médio ocorre para o
escoamento sobre uma placa plana. Para essa
geometria particular, o coeficiente convectivo
h varia somente com a distância x a partir do
bordo de ataque. Desse modo
1 L
h   h dx
L 0

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Coeficientes convectivos local e médio
Exemplo 1: Segundo resultados experimentais o
coeficiente de transferência de calor local h, para o
escoamento sobre uma placa plana com superfície
extremamente rugosa segue a relação

Onde a é um coeficiente (W/(m².K)) e x (m) é a


distância da aresta frontal da placa. Desenvolva uma
expressão matemática para a razão entre o coeficiente de
transferência de calor médio hx , em uma placa com
comprimento x e o coeficiente de transferência de calor
local hx em x.

18
Coeficientes convectivos local e médio
Exemplo 1:

19
Coeficientes convectivos local e médio
Exemplo 1:

20
Coeficientes convectivos local e médio
Exemplo 1:

21
Escoamentos laminares e turbulentos

• A caracterização dos regimes de escoamento


foi feita inicialmente por O. Reynolds, no fim
do séc. XIX. Através de experimentos,
Reynolds dividiu os escoamentos em
laminares e turbulentos.
• Escoamentos laminares:
– As partículas do fluido escoam em camadas,
formando uma sequência ordenada (organizada).

22
Escoamentos laminares e turbulentos
– No caso da transferência de calor, o mecanismo
principal é a condução molecular do calor através
das camadas de fluido.

• Escoamentos turbulentos:
– O caminho de uma partícula qualquer é aleatório,
mesmo que no conjunto haja um escoamento
macroscopicamente uniforme e regular.

23
Escoamentos laminares e turbulentos
• Desenvolvimento da camada-limite de
velocidades sobre uma placa plana:
𝑣
𝑦, 𝑣 Linha de corrente
𝑢 𝑢∞

𝑥, 𝑢
Região
𝑢∞ 𝑢∞ turbulenta

Camada
amortecedora
Subcamada
laminar
𝑥
Laminar Transição Turbulenta

24
Escoamentos laminares e turbulentos
• A transição entre escoamentos laminares e
turbulentos ocorre devido a mecanismos de
gatilho, que compreendem a geometria e a
rugosidade da superfície e o nível de
perturbação do escoamento, entre outros
fatores.
• Para a caracterização do regime de
escoamento, utiliza-se um agrupamento
adimensional de parâmetros chamado número
de Reynolds. 25
Escoamentos laminares e turbulentos
• Número de Reynolds (Re):
 u x
Rex 

• Frequentemente é razoável supor que a
transição entre os regimes laminar e turbulento
ocorra a partir de um certo local xc.Esse local
determina o chamado número de Reynolds
crítico.

26
Escoamentos laminares e turbulentos
• Usualmente, admite-se:
– Para escoamento sobre placa plana:

Re x , c  5  105

– Para escoamento interno em duto circular:


Rex, c  2300

27
Escoamentos laminares e turbulentos

• A natureza do escoamento também possui uma


profunda influência sobre as taxas de
transferência de calor.

• Da mesma forma que induz grandes gradientes


de velocidade em y = 0, a mistura turbulenta
promove grandes gradientes de temperatura.

28
Escoamentos laminares e turbulentos
• Assim, existe um aumento nos coeficientes de
transferência de calor ao longo da região de
transição, conforme pode ser notado a seguir.

29
Escoamentos laminares e turbulentos
• Exemplo 2: Água escoa com uma velocidade de u∞=1 m/s sobre
uma placa plana de comprimento L = 0,6 m. Considere dois casos,
um no qual a temperatura da água é de aproximadamente 27oC e o
outro para uma temperatura da água de 77oC. Nas regiões laminar e
turbulenta. Medidas experimentalmente mostram que os coeficientes
convectivos locais são bem descritos por

onde x está em metros. A constante C depende da temperatura do


fluido e do regime do escoamento, como se mostra abaixo.
Determine o coeficiente
convectivo médio hx sobre
a placa inteira nas duas
temperaturas.

30
Escoamentos laminares e turbulentos
• Exemplo 2:

31
Escoamentos laminares e turbulentos
• Exemplo 2:

32
Escoamentos laminares e turbulentos
• Exemplo 2:

33
Números Adimensionais
Em estudos de convecção é prática comum
adimensionalizar as equações e combinar as
variáveis que se agrupam em números
adimensionais para reduzir o número total de
variáveis :
– Número de Reynolds (Re):
• Está relacionado à razão entre as forças de inércia e as
forças viscosas
 u L u L
ReL  
 

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Números Adimensionais
– Número de Nusselt (Nu):
• Representa a razão entre a convecção e condução em
uma camada de fluido
hL
Nu 
kf


O número de Nusselt representa o aumento da transferência de calor
através da camada de fluido como resultado da convecção em relação a
condução do mesmo fluido em toda camada
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Números Adimensionais
– Número de Prandtl (Pr):
• Está relacionado à razão entre as difusividades de
momento e térmica
cp  
Pr  
kf 
• Relaciona as espessuras das camadas limites
hidrodinâmica e térmica

Onde:
 Nos gases Pr  1
 Nos óleos Pr >> 1
 Nos metais líquidos Pr << 1
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O Problema da Convecção
- O fluxo local e a taxa de transferência total de calor são de
capital importância em problemas de convecção;
- As equações para determinação do fluxo e da taxa
dependem dos coeficientes convectivos local h e médio
- A transferência por convecção é influenciada pelas
camadas-limite;
- Os coeficientes convectivos dependem de várias
propriedades dos fluidos como, densidade, viscosidade,
condutividade térmica e calor específico;
- Os coeficientes convectivos são funções, também, da
geometria da superfície e das condições do escoamento;
- A DETERMINAÇÃO DESTES COEFICIENTES É O
PROBLEMA DA CONVECÇÃO

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ESCOAMENTO EXTERNO

38
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.1 - Método Empírico
 Transferência de Calor

 f Re x , Pr 
hL
Nu 
kf
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.1 - Método Empírico

 Transferência de Calor
m
Nu L  C ReL , Pr n
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.1. Escoamento Laminar Sobre uma Placa Isotérmica

 Lembrando que  é o valor de y para o qual u  0 ,99


u
tem-se que:
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.1. Escoamento Laminar Sobre uma Placa Isotérmica

 O número de Nusselt local tem a forma:

 A razão das espessuras das camadas limites de velocidade e


térmica tem a forma:
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.1. Escoamento Laminar Sobre uma Placa Isotérmica

 Coeficiente de atrito médio

Como então:
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.1. Escoamento Laminar Sobre uma Placa Isotérmica

 Número de Nusselt médio

Nu x  2 Nu x
Obs.: Avaliar as propriedades na temperatura do filme
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.1. Escoamento Laminar Sobre uma Placa Isotérmica

 Número de Nusselt para Pr  0,05

Onde é o Número de Peclet

 Número de Nusselt para Qualquer Número de Prandtl

Nu x  2 Nu x
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.2. Escoamento Turbulento Sobre uma Placa Isotérmica

 Coeficiente de Atrito Local

 Espessura da Camada Limite

 Número de Nusselt Local


CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.3. Condições de Camada Limite Mista

 Número de Nusselt Médio

onde
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.3. Condições de Camada Limite Mista

 Coeficiente de Atrito Médio

Obs.: Avaliar as propriedades na temperatura do filme


CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.4. Condições de Fluxo Térmico Constante

 Número de Nusselt – Escoamento Laminar

 Número de Nusselt – Escoamento Turbulento


CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.4. Condições de Fluxo Térmico Constante

 Temperatura Superficial Local

 Temperatura Superficial Média

onde
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.2. Placa Plana em Escoamento Paralelo


7.2.4. Condições de Fluxo Térmico Constante

 Temperatura Superficial Média

onde

Os valores de utilizados podem ser aqueles


determinados considerando a condição de temperatura
superficial uniforme sem incorrer em grandes erros.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

1 - Óleo de motor a 100C e a uma velocidade de 0,1 m/s


escoa sobre as duas superfícies de uma placa plana com 1
m de comprimento mantida a 20C. Determine:
a) As espessuras das camadas-limite de velocidade e
térmica na aresta de saída da placa.
b) O fluxo térmico local e tensão de cisalhamento na
superfície local na aresta de saída da placa.
c) A força de arrasto e a taxa de transferência de calor
totais, por unidade de largura da placa.

Propriedades do óleo (Tf = 333K):  = 864 kg/m3,  = 86,1 x


10-6 m2/s, k = 0,140 W/mK e Pr = 1081.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.1. Considerações sobre o Escoamento

 Ponto de estagnação
 du/dx > 0 quando dp/dx < 0 (gradiente de pressão favorável)
 du/dx < 0 quando dp/dx > 0 (gradiente de pressão adverso)
 du/dy|y=0 = 0 (ponto de separação)
 Separação da Camada Limite
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.1. Considerações sobre o Escoamento

 Ponto de estagnação
 du/dx > 0 quando dp/dx < 0 (gradiente de pressão favorável)
 du/dx < 0 quando dp/dx > 0 (gradiente de pressão adverso)
 du/dy|y=0 = 0 (ponto de separação)
 Separação da Camada Limite
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.1. Considerações sobre o Escoamento

Número de Reynolds

V D V D
ReD  
 

Onde D é o diâmetro do cilindro

ReD  2  105  Camada limite permanece laminar


 Separação ocorre em   80

ReD  2  105  Ocorre transição na Camada limite


 Separação é retardada até   140
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.1. Considerações sobre o Escoamento

ReD  2  105  Camada limite permanece laminar


 Separação ocorre em   80

ReD  2  105  Ocorre transição na Camada limite


 Separação é retardada até   140
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.1. Considerações sobre o Escoamento

Coeficiente de Arrasto
FD
CD  (7.50)
 V 2 
Af  
 2 
 
Onde Af é a área frontal do cilindro

FD  Contribuição devido a tensão de cisalhamento da


camada limite sobre a superfície
 Contribuição devido ao diferencial de pressão no
sentido do escoamento resultante da formação
da esteira
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.1. Considerações sobre o Escoamento

Coeficiente de Arrasto

Arrasto de pressão
Arrasto de pressão
Arrasto viscoso

Camada limite
turbulenta
+
Arrasto viscoso
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.2. Transferência de Calor por Convecção
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.2. Transferência de Calor por Convecção
Número de Nusselt no ponto de Estagnação

Nu D   0   1,15 Re1D/ 2 Pr 1 / 3 para Pr  0,6 (7.51)

Número de Nusselt Médio


hD m
Nu D   C ReD Pr 1 / 3 para Pr  0,7 (7.52)
k

Onde
Para (7.51) e (7.52)
as propriedades
são avaliadas na
temperatura do
filme
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.2. Transferência de Calor por Convecção
Cilindros com seção transversal não-circular
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.2. Transferência de Calor por Convecção

Correlação proposta por Zukauskas


1/ 4 0 ,7  Pr  500 
m n  Pr    (7.53)
Nu D  C Re D Pr   6
 s
Pr  1  ReD  10 

Todas as propriedades são avaliadas em T exceto Prs,


que é avaliada a Ts

Se Pr  10 , n  0 ,37
Pr  10 , n  0 ,36
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.4. O Cilindro em Escoamento Cruzado
7.4.2. Transferência de Calor por Convecção

Correlação proposta por Churchill e Bernstein

4/5
0 ,62 Re 1D/ 2 Pr 1 / 3   Re 
5 / 8
Nu D  0 ,3  1     (7.54)
1/ 4  
  0 ,4  2 / 3    282 000 

1    
  Pr  

Válida para ReD Pr  0 ,2

* Todas as propriedades são avaliadas na temperatura do


filme
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.5. A Esfera
Efeitos semelhantes aos que ocorrem na camada-limite
do cilindro
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.5. A Esfera
 Para número de Reynolds pequeno

24
CD  Válida para ReD  0 ,5 (7.55)
Re D

 Correlação proposta por Whitaker

 
1/ 4
1/ 2 2/3 0 ,4    (7.56)
Nu D  2  0 ,4 ReD  0 ,06 ReD Pr  
 s 
 0 ,71  Pr  380  * Todas as
Válida para  4
propriedades são
 3 ,5  Re  7 ,6  10  avaliadas em T
 1 ,0   /    3 ,2  exceto s, que é
 s  avaliada em Ts
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

• Matrizes de tubos são frequentemente encontradas em


aplicações industriais, como na geração de vapor em caldeiras
ou no resfriamento de ar na serpentina de um condicionador de
ar.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

• As fileiras (colunas) de tubos estão alternadas ou alinhadas na


direção da velocidade do fluido V.

• A configuração (arranjo) é caracterizada pelo diâmetro dos


tubos D, e pelos passos transversal ST e longitudinal SL,
medidos entre os centros dos tubos.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

• Arranjo dos tubos em uma matriz tubular: (a) alinhado; (b)


alternado.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

• O coeficiente de transferência de calor associado a


um tubo é determinado por sua posição na matriz.

• Um tubo na primeira coluna possui transferência de


calor semelhante àquele observado para um único
tubo em escoamento cruzado.

• Já tubos localizados em colunas mais internas


apresentam maior troca térmica.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

• Zukauskas propôs uma correlação na forma:

1/ 4  N L  20
 Pr  
Nu D  C Re m
D , max Pr 0 , 36
  0,7  Pr  500
 Prs  1.000  Re
 D , max  2  10 6
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

– As constantes C e m são avaliadas por:


CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

– Para uma matriz de tubos com menos de 20 colunas (NL <


20), é necessário utilizar um fator de correção de tal modo
que

Nu D  C 2 Nu D
( N L  20 ) ( N L  20 )

– Valores de C2:
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

– Número de Reynolds

 Vmax D Vmax D
ReD,max  
 
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

– A velocidade máxima para o arranjo alinhado pode ser


avaliada por
ST
Vmax  V
ST  D
ST  D
– Já no caso do arranjo alternado, caso SD  :
2
ST
Vmax  V
2S D  D 

– Se a condição não for satisfeita, utiliza-se a mesma


expressão para Vmax do arranjo alinhado.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

• Como o fluido pode experimentar uma grande variação de


temperatura à medida que escoa através da matriz tubular, torna-
se necessário definir uma forma mais apropriada para se avaliar a
diferença de temperaturas.
• Para tanto, será definida a média logarítmica das diferenças de
temperatura:

Ts  Tent   Ts  Tsai 


Tml 
 Ts  Tent 
ln  
 Ts  Tsai 
• Na expressão anterior, Tent e Tsai são as temperaturas do fluido na
entrada e na saída da matriz de tubos, respectivamente.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

– A temperatura Tsai pode ser estimada pela expressão:

Ts  Tsai  DN h 

 exp  
Ts  Tent  V N T S T c p 
 

– Nessa expressão, N é o número total de tubos na matriz e


NT é o número de tubos em cada fila.
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

• A taxa de transferência de calor, por unidade de comprimento


dos tubos, pode então ser avaliada por

q  N h  D Tml 

• Outro parâmetro importante é a queda de pressão através da


matriz, estimada através da relação

 Vmax
2 
p  N L   f

 2 
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

– Fator de atrito f e fator de correção 


(matriz de tubos
alinhados)
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

7.6. Escoamento Cruzado em Feixes Tubulares

– Fator de atrito f e fator de correção  (matriz de tubos


alternados)
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo
2 – Com frequência, água pressurizada está disponível a
temperaturas elevadas e pode ser usada para o aquecimento
ambiental ou em processos industriais. Em tais casos é
comum se utilizar um feixe de tubos no qual a água é
passada pelo interior dos tubos, enquanto o ar escoa
cruzado pelo lado externo dos tubos. Considere um arranjo
alternado, no qual o diâmetro externo dos tubos é de 16,4
mm e os passos longitudinal e transversal são SL = 34,3 mm
e ST = 31,3 mm. Há sete filas de tubos na direção do
escoamento do ar e oito tubos por fila. Sob condições
operacionais típicas, a temperatura na superfície externa dos
tubos é de 70C, enquanto a temperatura e a velocidade do ar
na corrente a montante do feixe são 15C e 6 m/s,
respectivamente. Determine o coeficiente de transferência de
calor por convecção no lado do ar e a taxa de transferência
de calor no feixe de tubos. Qual é a queda de pressão na
corrente de ar?
CAPÍTULO 7 – Escoamento Externo

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