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Ação Penal
1.2.1 Classificação subjetiva – levando em conta o sujeito que a promove, a ação penal se
classifica em pública e privada.
Art. 100, do CP – a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara
privativa do ofendido.
Art. 100, §1º – distingue ação pública promovida pelo MP, sem subordinar a manifestação de
vontade de quem quer que seja da semipública, isto é, daquela que a atividade do MP fica
condicionada à manifestação de vontade.
Como saber se determinado crime é de ação pública ou privada?
R.: O artigo 100, do CP, fala que a ação penal é pública, salvo quando a lei a declara privativa
do ofendido. Assim, quando for privada, o próprio texto da lei declarará como tal.
A. Incondicionada
B. Condicionada
A) Incondicionada
Oficialidade – o MP tem o dever de promover ação penal pública de ofício, isto é, por
iniciativa própria, sem qualquer interferência alheia (salvo nos casos de APPC e APPrivada).
Indisponibilidade – não pode o MP dispor da ação penal, não pode o MP desistir da ação
penal, transigindo ou acordando (art. 42, CPP – vedação expressa). Exceção: Juizado
Especial Criminal – quando realizada a transação prevista no art. 76, da Lei n. 9.099/95.
Indivisibilidade – ação penal, seja pública, seja privada, é indivisível, no sentido de que
abrange todos aqueles que cometeram a infração penal. O promotor não pode escolher em
relação a quem ela deva ser proposta. Deve ser proposta a ação penal contra todos aqueles
que cometeram a infração penal.
B) Condicionada
É aquela cujo exercício se subordina a uma condição.
Essa condição é a manifestação de vontade no sentido de
proceder, externada pelo ofendido ou por quem legalmente o
represente, ou é a requisição do Ministro da Justiça.
1. Ação penal
Representação – é feita pelo ofendido ou por seu representante legal – art. 24, do CPP.
Prazo para a representação – seis meses e se inicia na data em que o ofendido vier a
saber quem foi o autor do crime.
1.5 Ação penal privada
Distinção entre ação penal pública e ação penal privada
É única e exclusivamente na legitimidade de agir.
Mesmo sendo privada, o direito de punir continua
pertencendo ao Estado.
Na ação pública, é o MP quem tem legitimidade para
promovê-la. Já na privada, a iniciativa cabe ao ofendido
ou seu representante legal.
1. Ação penal
b) APP subsidiária da pública – aquela que se intenta nos crimes de ação penal pública
condicionada ou incondicionada se o órgão do MP não oferecer denúncia no prazo legal
(CPP, art. 29).
c) APP personalíssima – cujo exercício compete única e
exclusivamente ao ofendido. Só existe um caso de APP
personalíssima no nosso ordenamento pátrio (parágrafo
único, do art. 236, do CP) no crime de induzimento a erro
essencial e ocultação de impedimento matrimonial. Nesse tipo
de ação penal privada, a morte do cônjuge extingue a
punibilidade, não podendo as pessoas arroladas no art. 31
promovê-la. Trata-se de direito personalíssimo e
intransmissível.
Interatividade
Guliver, servidor público municipal, foi vítima de crime de injúria em razão de suas funções. Em
decorrência desse fato, foi instaurado inquérito policial para investigar a notícia crime, sendo
identificado o acusado. Analisando esse fato narrado e de acordo com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
a) Guliver poderá optar por ofertar a queixa-crime assistido por um advogado ou oferecer
representação ao Ministério Público, para que seja analisada a possibilidade de oferecimento
de denúncia.
b) Caberá exclusivamente a Guliver dar prosseguimento à ação, assistido por um advogado,
mediante queixa-crime.
c) Caberá ao Ministério Público oferecer denúncia,
independentemente da representação de Guliver.
d) Caberá ao Ministério Público oferecer denúncia após a
representação da pretensa vítima, mas Guliver não poderá
optar por oferecer queixa-crime.
e) Guliver deverá apresentar perante o juízo processante a
representação, o que pode ser feito sem a necessidade de
advogado, externando seu desejo de dar prosseguimento
ao feito.
Resposta
Guliver, servidor público municipal, foi vítima de crime de injúria em razão de suas funções. Em
decorrência desse fato, foi instaurado inquérito policial para investigar a notícia crime, sendo
identificado o acusado. Analisando esse fato narrado e de acordo com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
a) Guliver poderá optar por ofertar a queixa-crime assistido por um advogado ou oferecer
representação ao Ministério Público, para que seja analisada a possibilidade de oferecimento
de denúncia.
1. Ação penal
1.6 Denúncia
Nos termos do art. 24, do CPP, a ação penal pública (condicionada ou incondicionada) se
inicia por meio da denúncia.
Com o oferecimento da denúncia é que se formaliza o direito de ação.
1) O indiciado ou alguém por ele poderá impetrar uma ordem de HC, alegando estar preso por
mais tempo que o determinado por lei.
2) A vítima ou pessoa que legalmente a represente poderá dar início à ação penal por meio de
queixa, substituindo assim o promotor desidioso, nos termos do art. 29, do CPP.
3) O promotor perderá nos termos do art. 801, do CPP, tantos dias de vencimento quantos
forem os excedidos.
4) Conforme o caso concreto, poderá, ainda, incorrer o órgão do MP faltoso nas sanções do
art. 319, do CP (prevaricação).
Guarda em cartório – pode acontecer que o IP verse sobre crime de exclusiva ação penal
privada. Assim, recebendo os autos do IP, deve o promotor de justiça, nos termos do art. 19,
do CPP, requerer que os autos do IP permaneçam em cartório, aguardando a iniciativa da
vítima ou de quem de direito para o início da ação penal privada.
Aditamento de denúncia
Pode ocorrer a qualquer momento do processo, antes da sentença para o fim de suprir suas
omissões como: data do crime, local, instrumento utilizado, nome da vítima, nome do réu etc.
(art. 569, do CPP).
Jorge foi preso em flagrante pela prática do delito de roubo. Durante as investigações,
descobriram-se mais vítimas dessa prática criminosa, angariando-se mais documentação que
comprovariam esses demais delitos praticados por Jorge. Como se sabe, esses autos são
enviados ao Ministério Público, que é quem tem, por lei, a função privativa de promover a ação
penal pública. Em relação à ação penal, assinale a alternativa correta.
a) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da
data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15
dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
c) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da
data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 20
dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
d) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 10 dias, contado da
data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15
dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
Jorge foi preso em flagrante pela prática do delito de roubo. Durante as investigações,
descobriram-se mais vítimas dessa prática criminosa, angariando-se mais documentação que
comprovariam esses demais delitos praticados por Jorge. Como se sabe, esses autos são
enviados ao Ministério Público, que é quem tem, por lei, a função privativa de promover a ação
penal pública. Em relação à ação penal, assinale a alternativa correta.
a) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da
data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15
dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
ATÉ A PRÓXIMA!