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Fichas formativas _ FQA – FISICA 11ºANO

Ficha 1 – Tempo, posição e velocidade

Grupo I

Um corredor parte do repouso, acelerando até atingir uma certa velocidade, mantém essa velocidade
durante algum tempo e, na parte final do seu movimento, trava até parar. O movimento do corredor
é retilíneo.
Considere que o corredor pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula
material). O eixo dos 𝑥𝑥 escolhido coincide com a direção da trajetória do corredor e tem como
sentido positivo o do movimento inicial.

1. Selecione o gráfico posição-tempo, 𝑥(𝑡), que pode descrever o movimento do corredor.


(A) (C)

(B) (D)

2. Numa representação estroboscópica regista-se a posição em intervalos de tempos iguais.


Selecione a representação estroboscópica que pode corresponder à posição do centro de massa
do corredor no movimento descrito.
(A)

(B)

(C)

(D)
3. O corredor parte da posição 𝑥0 = −5,0 m e acelera no sentido positivo do eixo dos 𝑥𝑥 durante
4,0 s, percorrendo 16,0 m. Depois mantém uma velocidade constante, de 8,0 m s−1 , durante
6,0 s. De seguida trava demorando mais 3,0 s a parar.

3.1 A componente escalar da posição do corredor no instante 𝑡 = 9,0 s é dada pela seguinte
expressão numérica:
(A) (−5,0 + 8,0 × 9,0) m . (C) (−5,0 + 16,0 + 8,0 × 6,0) m .
(B) (−5,0 + 16,0 + 8,0 × 3,0) m . (D) (−5,0 + 16,0 + 8,0 × 5,0) m .

3.2 Durante os 13,0 segundos considerados, o treinador mede para o módulo da velocidade
média 5,43 m s −1 .
Determine a distância percorrida pelo corredor enquanto esteve a travar.

Grupo II

No estudo do movimento de queda de uma bola, inicialmente em repouso, com um sensor de


movimento ligado a uma calculadora gráfica obteve-se o respetivo gráfico posição-tempo, 𝑦(𝑡).
Fez-se coincidir o eixo dos 𝑦𝑦 com a direção do movimento da bola.
Na figura seguinte representa-se a bola e o sensor, assim como o gráfico obtido para o movimento de
descida da bola.

1. Indique, justificando, qual foi o sentido arbitrado como positivo.

2. Caracterize o vetor velocidade média da bola para o intervalo de tempo em que foram obtidos os
dados registados no gráfico.

3. Com base no gráfico posição-tempo, determine geometricamente a componente escalar da


velocidade da bola no instante 0,66 s.
Na resposta apresente um esboço da construção geométrica que fundamenta os cálculos.
Grupo III

Um atleta treina numa pista retilínea. A


seguir apresenta-se, para um intervalo de
tempo de 10,0 s, o gráfico da componente
escalar da velocidade de um movimento desse
atleta em função do tempo, 𝑣𝑥 (𝑡). O eixo O𝑥
escolhido tem a direção do seu movimento.

1. O atleta inverte o sentido do movimento no


instante…
(A) 𝑡 = 1,5 s . (B) 𝑡 = 3,0 s
. (C) 𝑡 = 5,5 s . (D) 𝑡 = 7,5 s .

2. Entre os instantes 5,0 s e 6,0 s o atleta…


(A) esteve em repouso. (C) moveu-se com velocidade máxima.
(B) tem energia cinética mínima. (D) tem deslocamento nulo.

3. Indique, justificando, qual é o intervalo de tempo em que o movimento foi retardado, movendo-se
o atleta no sentido negativo do eixo dos 𝑥𝑥.

4. Qual é a componente escalar do deslocamento do atleta, ∆𝑥, para o intervalo de tempo [3,0; 5,0] s?

5. Determine a rapidez média do atleta no intervalo de tempo [6,0; 10,0] s. Apresente todas as etapas
de resolução.

6. Qual dos seguintes gráficos pode corresponder à componente escalar da posição do atleta, 𝑥, em
função do tempo, 𝑡?

(A)
(C)

(B) (D)
Resolução FICHA 1 – TEMPO, POSIÇÃO E VELOCIDADE

GRUPO I
1. (A)
O corredor move-se no sentido positivo dado que 𝑥(𝑡) é crescente. Parte do repouso (𝑣0 = 0, dado
que para 𝑡 = 0, o declive da tangente ao gráfico 𝑥(𝑡) é nulo), e inicialmente acelera (a velocidade
aumenta, dado que o declive das tangentes ao gráfico 𝑥(𝑡) aumenta). A seguir mantém velocidade
constante durante algum tempo (o declive das tangentes ao gráfico 𝑥(𝑡) é constante). No final trava
(o declive das tangentes ao gráfico 𝑥(𝑡) diminui) até parar (𝑣f = 0, dado que no final o declive da
tangente ao gráfico 𝑥(𝑡) é nulo).
2. (C)
O movimento é no sentido positivo que, nas quatro opções, é o sentido que aponta para a esquerda.
Em (C) as sucessivas posições estão, numa primeira região, cada vez mais afastadas, o que indica
um aumento de velocidade, numa segunda região igualmente espaçadas, o que indica velocidade
constante, e no final cada vez mais próximas, o que indica uma diminuição de velocidade
(travagem).
Em (A) as sucessivas posições estão, numa primeira região igualmente espaçadas, o que indica
velocidade constante, e no final, cada vez mais próximas, o que indica uma diminuição de velocidade
(travagem). Em (B) as sucessivas posições estão, numa primeira região, cada vez mais afastadas, o que
indica um aumento de velocidade, e a seguir igualmente espaçadas, o que indica velocidade
constante. Em (D) as posições estão igualmente espaçadas, o que indica uma velocidade constante.
3.1 (D)
Dado que nos primeiros 4,0 s o corredor percorre 16,0 m no sentido positivo, segue-se que
𝑥(4,0) − 𝑥0 = 16,0 m ⇒
𝑥(4,0) = 𝑥0 + 16,0 m = (−5,0 + 16,0) m .
No intervalo [4,0; 9,0] s, o corredor move-se a 8,0 m s−1 durante (9,0 − 4,0) s, logo o deslocamento
é ∆𝑥 = 𝑣 ∆𝑡 ⇒
𝑥(9,0) − 𝑥(4,0) = 8,0 × 5,0 m ⇒
𝑥(9,0) = 𝑥(4,0) + 8,0 × 5,0 m ⇒
𝑥(9,0) = (−5,0 + 16,0 + 8,0 × 5,0) m . ]
3.2 A componente escalar do deslocamento do corredor durante 13,0 s é ∆𝑥total = 𝑣m ∆𝑡 = 5,43 m
s−1 × 13,0 s = 70,6 m.
Nos primeiros 4,0 s, o deslocamento é 16,0 m. Nos 6,0 s seguintes, no intervalo [4,0; 10,0] s, o
corredor move-se a 8,0 m s−1 logo o seu deslocamento é ∆𝑥 = 𝑣 ∆𝑡 = 8,0 × 6,0 m = 48 m.
O deslocamento durante a travagem determina-se pela diferença em relação ao deslocamento
total:
∆𝑥travagem = ∆𝑥total − 16,0 m − 48 m = (70,6 − 16,0 − 48) m ≈ 7 m.
Como não há inversão de sentido, a distância percorrida, 𝑠, é igual ao módulo da componente
escalar do deslocamento, |∆𝑥|: 𝑠 = |∆𝑥| = 7 m .

GRUPO II
1. 𝑦 diminui quando a bola desce, logo, o sentido descendente é o negativo, assim, o sentido arbitrado
positivo é o ascendente.
2. A velocidade média tem a direção e o sentido do movimento, vertical e para baixo, respetivamente.
∆𝑦 (0,08−1,06) m
Como a componente escalar da velocidade média é 𝑣m = ∆𝑡
= (0,69−0,26) s
= −2,3 m s−1 , o

módulo da velocidade média é 2,3 m s−1 .


3. A componente escalar da velocidade da bola no instante 0,66 s é igual ao declive da tangente ao
gráfico 𝑦(𝑡) nesse instante:
∆𝑦 (0,04−1,20) m −1,16 m
𝑣𝑦 (𝑡) = ∆𝑡
= (0,70−0,42) s
= 0,28 s
= −4,1 m s−1 .

GRUPO III
1. (B)
A inversão de sentido ocorre quando, num certo instante, a componente escalar da velocidade
muda de sinal (o sinal desta componente indica o sentido do movimento, positivo ou negativo, ou
seja, se a componente escalar da posição, 𝑥(𝑡), aumenta ou diminui, respetivamente), o que ocorre
para 𝑡 = 3,0 s e 𝑡 = 7,0 s .
2. (C)
De 5,0 s a 6,0 s o atleta move-se no sentido negativo com velocidade de módulo 4,0 m s−1 , o que
corresponde ao valor máximo da velocidade e, portanto, da energia cinética, dado que no sentido
positivo o máximo atingido se situa entre 2 m s−1 e 3 m s−1 .
3. [6,0; 7,0] s. O movimento é no sentido negativo (𝑣𝑥 < 0) no intervalo [3,0; 7,0] s, sendo retardado
quando o módulo da velocidade diminui, ou seja, consoante o tempo avança, 𝑣𝑥 deverá aproximar-
se de zero, o que no sentido negativo só sucede de 6,0 s a 7,0 s .
4. −4,0 m .
A componente escalar do deslocamento, ∆𝑥, no intervalo [3,0; 5,0] s é a área compreendida entre o
eixo das abcissas e a linha do gráfico (área de um triângulo de base 2,0 s e altura −4,0 m s−1 ), a que
(5,0−3,0) s×(−4,0) m s−1
se atribui sinal negativo, dado que nesse intervalo 𝑣𝑥 é negativo: ∆𝑥 = 2
=

−4,0 m .
5. No intervalo [6,0; 10,0] s ocorre inversão do sentido do movimento no instante 7,0 s (𝑣𝑥 muda de
sinal). As áreas do gráfico 𝑣𝑥 (𝑡) acima e abaixo do eixo horizontal são iguais à componente escalar
do deslocamento no sentido positivo ou negativo, respetivamente.
(7,0−6,0) s×(−4,0) m s−1
O deslocamento no sentido negativo, de 6,0 s a 7,0 s , é ∆𝑥1 = = −2,0 m
2

(área de um triângulo).
No sentido positivo, de 7,0 s a 10,0 s, é
(7,5−7,0) s×2,0 m s−1
∆𝑥2 = 2
+ (10,0 − 7,5) s × 2,0 m s−1

= 5,5 m (soma da área de um triângulo e de um retângulo).


Segue-se que a distância percorrida no intervalo [6,0; 10,0] s é
𝑠 = |∆𝑥1 | + |∆𝑥2 | = 2,0 m+5,5 m = 7,5 m.
𝑠 7,5 m
Assim, a rapidez média naquele intervalo é 𝑟m = = (10,0−6,0) = 1,9 m s−1 .
∆𝑡 s

6. (B)
Entre o instante inicial e o instante 𝑡 = 3,0 s, 𝑣𝑥 > 0, o que significa que o movimento é no sentido
positivo, 𝑥(𝑡) é crescente, o que apenas ocorre em (B).
Nos instantes 0,0 s, 3,0 s e 7,0 s, 𝑣𝑥 = 0, o que implica que o declive das tangentes ao gráfico 𝑥(𝑡) ,
nesses instantes, é nulo, o que apenas ocorre em (B).
Entre os instantes 3,0 s e 5,0 s, 𝑣𝑥 < 0, o que significa que o movimento é no sentido negativo, 𝑥(𝑡)
é decrescente, o que apenas ocorre em (B).

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