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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
CURSO DE DIREITO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I
SÃO PAULO
2022
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo estudar o ordenamento jurídico acerca da Lei Maria
da Penha diante da realidade social no cotidiano da sociedade. Apesar do avanço após a
implantação da Lei Maria da Penha, e apesar de trazer novos mecanismos, com respostas
mais efetivas do Estado, o que possibilita encorajar um maior número de mulheres a
formalizar denúncias. Ainda se faz necessária a adoção de medidas que tornassem realmente
eficaz. Desta forma, buscamos verificar a aplicação da Lei em suas medidas de segurança
com a proteção da mulher enfrentando a violência doméstica e familiar contra a mulher, bem
como os de punição para os agressores. Visando sempre a dignidade da pessoa humana e as
peculiaridades dos fundamentos da Lei e dos Direitos Humanos.
PALAVRAS CHAVES: Violência contra a Mulher; Lei Maria da Penha; Direitos Humanos.
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ABSTRACT
The present work aims to study the legal system about the Maria da Penha Law in face of the
social reality in the daily life of society. Despite the progress after the implementation of the
Maria da Penha Law, and despite bringing new mechanisms, with more effective responses
from the State, which makes it possible to encourage a greater number of women to formalize
complaints. It is still necessary to adopt measures that would make it really effective. In this
way, we seek to verify the application of the Law in its security measures with the protection
of women facing domestic and family violence against women, as well as those of
punishment for the aggressors. Always aiming at the dignity of the human person and the
peculiarities of the foundations of the Law and Human Rights.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA....................................................................................................6
1. A BREVE HISTÓRIA DA LEI MARIA DA PENHA..................................................................7
1.1 A Constituição Federal e a Violência Contra a mulher....................................................................8
1.2 Os Tipos de Violência......................................................................................................................9
1.2.1 Violência física............................................................................................................................10
1.2.2 Violência Sexual..........................................................................................................................11
1.2.3 Violência Moral...........................................................................................................................12
1.2.4 Violência Psicológica..................................................................................................................13
1.2.5 Violência Patrimonial..................................................................................................................14
1.2.6 A Violência doméstica e o feminicídio durante a pandemia.......................................................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................34
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INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
Este trabalho tem como objetivo mostrar o surgimento e as medidas da legislação no sistema
brasileiro. A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, dispõe sobre a proteção
da mulher contra a violência doméstica e familiar. A violência também é qualquer ato ou
conduta que cause danos, morte, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral à
mulher. O Estado brasileiro criou mecanismos para abster este tipo de violência, tornando
mais rigorosas as punições para os agressores. Pois, todos os dias tomamos conhecimento ou
até mesmo vemos a violência contra a mulher no âmbito doméstico. Os aspectos analisados
virão desde o surgimento da lei, explicando quais as formas de violência até as medidas
protetivas adotadas no caso do descumprimento por parte do agressor. A violência doméstica
contra a mulher é um problema que atinge mulheres, crianças e adolescentes em todo o
mundo. Decorre da discriminação de gênero ainda presente na sociedade e nas relações de
poder entre os homens e as mulheres. Desta forma, buscamos verificar a aplicação da Lei em
suas medidas de segurança com a proteção da mulher enfrentando a violência doméstica e
familiar contra a mulher, bem como os de punição para os agressores. Visando sempre a
dignidade da pessoa humana e as peculiaridades dos fundamentos da Lei e dos Direitos
humanos.
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1. BREVE HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Conforme cita Porto (2007, página 9), em 29 de maio de 1983, foi protagonizado um caso de
violência doméstica contra a mulher. A biofarmacêutica Maria da Penha Fernandes, foi
espancada de forma brutal e violenta pelo marido durante os seis anos de casamento.
A Lei Maria da Penha 11.340/2006, foi sancionada em 07 de agosto de 2006 pelo Presidente
da República, Luís Inácio Lula da Silva, passando a vigorar em 22 de setembro de 2006,
como uma grande conquista para as mulheres vítimas de maus tratos, por preservar de forma
eficaz a sua integridade física, moral, e a sua dignidade humana.
A criação da Lei Maria da Penha, que tem como objetivo reduzir a violência contra as
mulheres.
A Lei Maria da Penha é considerada uma das três leis mais importantes do mundo. A referida
lei estabeleceu as formas de violência doméstica, abrangidas pela Lei 9.099/95 do Código de
Processo Penal, onde tipificou o atendimento da autoridade policial, possibilitou a prisão em
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flagrante e a decretação de prisão preventiva em caso de risco à integridade física e
psicológica da mulher, criou meios para que as vítimas possam solicitar e ser atendida pelas
Medidas Protetivas de Urgência, designando-se limites de distância entre o agressor, vítima e
familiares, podendo proibir que ele mantenha qualquer tipo de contato.
A Constituição Federal destaca no inciso I do artigo 5º que homens e mulheres são iguais em
direitos e obrigações. No art. 226, § 5º, a Constituição estabelece que os direitos e deveres
referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. No
entanto, foi com base na lei Maria da Penha em 2006 que a violência de gênero começou ser
combatida com mais efetividade, ainda que esteja muito longe do ideal.
A criação da lei foi alvo de diversas críticas no que diz respeito a sua constitucionalidade, que
foram debatidos nos seguintes pontos: a violação ao Princípio da Igualdade (art. 5º, I, da CF),
acompanhado de o Princípio da Dignidade Humana; no que diz respeito à violação da
competência dos juizados especiais (art. 98, I, da CF) e por fim, o suposto afrontamento em
relação à invasão da competência para fixar a organização judiciária local (art. 125, § 1c/c art.
96, II, d, da Constituição Federal de 1988.
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A Lei Maria da Penha gerou diversas discussões a respeito de sua constitucionalidade
baseando-se principalmente no Princípio da Igualdade, mas a lei supracitada tem o objetivo
exatamente de garantir a igualdade que a Constituição determina.
Desta forma, podemos afirmar que a Lei 11.340/06 está em total harmonia com a
Constituição Federal de 1988 e que o seu principal objetivo é buscar a igualdade social entre
homens e mulheres além da diminuição da violência doméstica.
Muitas vezes, mulheres submetidas à violência doméstica mantêm certa cumplicidade com as
atitudes agressivas do parceiro. Algumas delas vêm de famílias onde a violência em todos os
seus segmentos já fazia parte do cotidiano; e repetem este contexto, em suas relações atuais,
na escolha de um parceiro agressor. Estas mulheres podem escolher homens mais agressivos,
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admirados por elas nos tempos de namoro. O namorado brigão era visto como protetor e o
ciúme exagerado que ele expressava era considerado uma prova ‟de amor”. (BALLONE,
ORTOLANI, 2003)
A violência física não apenas causa prejuízos na saúde e na vida da mulher, mas também, em
sua vida produtiva. Há casos de homens que agridem fisicamente ou verbalmente suas
companheiras no setor de trabalho delas e até mesmo diante dos colegas das mesmas.
A violência sexual abrange uma variação de atos ou tentativas de relação sexual, seja
fisicamente forçada, ou coagida, que se dá tanto no casamento bem como em outros tipos de
relacionamentos. O fato de os autores serem geralmente cônjuges é fator que contribui para
que esse tipo de violência permaneça invisível.
Tais agressões, provocam nas vítimas, não raras vezes, culpa, vergonha e medo, o que as faz
decidir, quase sempre, em não denunciar.
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Quem sofre violência sexual tem o direito à: registro de ocorrência policial, inquérito policial
e à realização de exames periciais junto ao Departamento Médico Legal, recebimento gratuito
de assistência médica com indicação de contracepção de emergência para evitar a gravidez
indesejada; recebimento de profilaxia para HIV e para Doenças Sexualmente Transmissíveis;
aborto legal em caso de gravidez decorrente de estupro, de acordo com a legislação vigente
do Código Penal no artigo 128; promoção da Ação Penal para responsabilização do agressor
(processar o agressor) pelo Ministério Público quando a violência sexual for praticada com
abuso do pátrio poder ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador; ou quando a vítima não
tiver condições de prover as despesas do processo.
Para Nucci (2015), a definição de violência sexual estabelecida neste inciso é ampla,
abrangendo desde o constrangimento físico até a indução ao comércio da sexualidade, dentre
outras formas. Muitas dessas formas já estão previstas no Código Penal como agravantes
(crime praticado contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: art. 61, II, e) ou como
causas de aumento de pena (crime cometido por ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão,
cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer
outro título tenha autoridade sobre ela: art. 226, II). Além disso, a definição feita no inciso III
de violência sexual pode alcançar situações nem mesmo tipificadas pela lei penal (por
exemplo, o pai impede que a filha saia com o namorado para manter relação sexual,
constituindo uma limitação ao exercício do seu direito sexual.
Nesta ocasião, não configura constrangimento ilegal ou sequestro, inexistindo tipo penal
apropriado, porém é considerado violência contra a mulher segundo a lei 11.340/2006).
Entende- se como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou
total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos
ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
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Pode caracterizar o ato de o responsável: controlar o dinheiro, deixar de pagar a pensão
alimentícia, furto, extorsão ou dano, causar danos propositais a objetos das mulheres ou
privar de bens.
Quando se trata de violência patrimonial contra a mulher, a definição legal é prescrita como
reter, subtrair, destruir de forma parcial ou total os objetos da vítima, bem como de seus
instrumentos de trabalho. Também, no rol do legislador, estatui proteção aos seus documentos
pessoais, bens, recursos econômicos, valores e direitos, abrangendo, ainda, o que pertencer à
vítima que for destinado à satisfação de suas necessidades (LEI 11.340/06, Art. 7o, IV).
Existem situações nas quais as mulheres são vítimas dos comportamentos abusivos e acabam
por desenvolver sequelas à sua saúde física e mental, mesmo tendo obtido a medida protetiva,
muitas vezes, questões patrimoniais mal resolvidas, como, por exemplo, posse e registro de
bens móveis e imóveis, corroboram na necessidade de decretação da busca e apreensão do
bem pela vítima, uma vez que a manutenção de posse de bens do casal perpetua o vínculo
entre as partes envolvidas.
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É considerada qualquer conduta que cause danos emocionais e diminuição da autoestima ou
seja que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher ou vise degradar ou
controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.
A violência psicológica é uma prática que nem sempre é fácil de se identificar, afinal, os
comportamentos entre as mulheres são por conta da convivência afetiva nos relacionamentos
amorosos, é de situação de abuso psicológico. O qual é praticado com atos, sendo eles
agressões verbais, tratamento com desprezo por seu namorado/marido, ou qualquer ação que
traga sofrimento emocional como humilhação, afastamento do convívio familiar ou restrição
à liberdade de expressão; bem como submeter a pessoa idosa a condições de humilhação,
ofensas, negligência, promovendo insultos, ameaças e gestos que afetem a autoimagem, a
identidade e a autoestima do ofendido, é considerado violência psicológica. É importante
destacar que a violência psicológica não afeta somente a vítima. Ela atinge a todos que
presenciam ou convivem com a situação de violência. Por exemplo, os filhos que
testemunham a violência psicológica entre os pais podem passar a reproduzi-la por
identificação ou transformação, passando a agir de forma semelhante com a irmã, colegas de
escola e, futuramente, com a namorada e sua esposa.
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1.2.5 Violência Moral:
Como cita:
Artigo 7º, inciso V - a violência moral, entendida como qualquer
conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
A violência moral está intimamente ligada à violência psicológica, que pode ser entendida
como comportamentos ofensivos como humilhações, ofensas, gritos, xingamentos, entre
outros, que causam danos emocionais e que diminuem a autoestima das mulheres. Os crimes
contra a honra normalmente ocorrem dentro de seu próprio lar.
Os crimes cometidos contra a honra, nos casos de violência doméstica estão configurados
também no código penal, quais sejam, os crimes de calúnia, difamação e injúria.
Tráfico de Mulheres: O Tráfico de Mulheres tem por base o conceito de tráfico de pessoas,
que deve ser entendido como o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o
acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação,
ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à
entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa
que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a
exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou
serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de
órgãos (Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Seres Humanos, 2007).
Há ainda a Lei n.º 13.146/2015 que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a qual também ressalta que a pessoa com
deficiência deverá ser protegida de toda forma de violência, dentre outras coisas.
O Estatuto do Idoso, fundamentado na Lei n.º 10.741/2003 descreve, por sua vez, em seu:
Art. 4.º que: “Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência,
discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus
direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”. Segundo a
OMS (2020), há a estimativa de que um entre seis idosos no mundo é
submetido a alguma forma de violência.
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1.2.6 A Violência Doméstica e o Feminicídio durante a pandemia de COVID-19
Porém, enquanto o isolamento representa proteção diante da Covid-19, para muitas mulheres
tal situação se configura como ameaça, violência dentro de seu próprio lar.
É sempre difícil para as mulheres falarem contra os homens, protestar ou denunciar, porque
dependem dos homens para viver. Principalmente mulheres com filhos ou que não tem
dinheiro ou trabalho pelo simples fato de o homem proibir e querer que a mesma seja dona de
casa.
O feminicídio não se efetiva de forma única, a violência sofrida já vem sendo feita em
diversas formas e contextos (ENGEL, 2020). Deste modo, se entende que o feminicídio, para
Débora Prado (2017) vem a ser considerado, como resultado da série de violências já sofridas
antecedentemente à morte. Desta forma, entende-se, que a maior parte dos feminicídios
decorrem da violência doméstica, conhecida como feminicídio íntimo, em desvantagem ao
sentimento de posse que o homem estabelece sobre a mulher.
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É possível observar que grande parte dos casos de feminicídio
ocorrem no âmbito familiar e doméstico, evidenciando a ligação
entre a violência doméstica e os crimes praticados no contexto
conjugal. O maior número de casos está principalmente entre
casais heteroafetivos, levando em consideração as relações entre
os gêneros (CANAL; ALCANTARA; MACHADO, 2019).
O número de casos de violações aos direitos humanos de mulheres, acima apresentados, são
maiores do as denúncias recebidas, pois uma única denúncia pode conter mais de uma
violação de direitos humanos. Os dados referem-se à violência doméstica ou familiar contra
mulheres brasileiras até a primeira semana de julho de 2022, conforme ilustra o gráfico
abaixo.
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Em 2020 o Brasil registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher
(MARTELLO, 2021). Esse número não pode ser comparado com anos anteriores,
pois segundo o Ministério da Mulher apud Martello (2021), houve mudança na
metodologia adotada em 2020 para apuração dos casos de violência contra a mulher,
o que impede a comparação com anos anteriores.
Com base ao COVID-19 quando optamos pelo isolamento social em casa nos vem revelando
desafios, sobretudo para as mulheres ao enfrentamento à violência contra as mulheres. Além
da violência que aumenta com a quarentena, o fato de as pessoas estarem em casa escancara a
desigual economia do cuidado, em que a responsabilidade e sobrecarga do trabalho
doméstico e dos cuidados com doentes, crianças e idosos são das mulheres.
De acordo com a pesquisa do Data Senado (2020), a 9a edição da pesquisa nacional sobre
violência doméstica e familiar contra a mulher, revela que o percentual de mulheres que
percebem aumento na violência cometida contra pessoas do sexo feminino no último ano
segue em linha crescente e chega a 86%. O dado representa aumento de 4 pontos percentuais
em relação ao levantamento anterior, realizado em 2019. Para apenas 10% das brasileiras, a
violência contra mulheres permaneceu igual nos últimos 12 meses, enquanto 2% apontam
redução.
A taxa de mulheres que alegam já ter sofrido algum tipo de violência doméstica chega a 29%
em 2021. Os homens surgem como autores em 94% dos casos de agressão expostas pelas
brasileiras, portanto, o percentual de mulheres que declaram já ter sofrido algum tipo de
violência doméstica por um homem foi de 27%. Ainda de acordo com a pesquisa, 20%
revelam ter passado por algum tipo de agressão doméstica nos últimos 12 meses e 36%
declaram ter buscado assistência à saúde por conta da violência sofrida. Entre elas, 18%
convivem com o agressor.
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O estudo se baseia em informações das secretarias estaduais de segurança pública. No ano
passado, cerca de 1.340 mulheres morreram por serem mulheres, enquanto em 2020 o
número de vítimas foi pouco mais de 1.350. O anuário mostra que, no Brasil, 1 mulher é
vítima de feminicídio a cada 7 horas.
Tal cenário, considerado pela Organização Mundial de Saúde, como de saúde pública
mundial, propiciou o enfrentamento de uma realidade inexorável que é o aumento da
violência doméstica praticada contra a mulher, culminando, por vezes, no crime mais grave e
letal que é o feminicídio.
A ONUBR (Nações Unidas no Brasil) noticiou em julho de 2018 que a violência doméstica
contra as mulheres é um dos maiores desafios enfrentados no Brasil para promover a
igualdade de gênero. Como resultado de pesquisa divulgou que 40% das mulheres já
sofreram algum tipo de violência provocada por homens, e 29% relatam sofrer ou já terem
sofrido violência doméstica. Menciona ainda que apenas aproximadamente 11% dessas
mulheres procuraram uma delegacia.
A Lei nº 11.340/2006, ficou conhecida como A Lei Maria da Penha, ela entrou em vigor em
2006, no combate à violência contra a mulher. Uma das formas de coibir a violência e
proteger a vítima asseguradas pela norma é a garantia das chamadas medidas protetivas.
As medidas protetivas de urgência são leis criadas para coibir e prevenir violência doméstica
e familiar, assegurando que toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação
sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana e tenha oportunidades e facilidades para viver sem violência, com
a preservação de sua saúde física, mental e moral.
Diante disso, a Lei prevê dois tipos de medidas protetivas de urgência: as que obrigam o
agressor a não praticar mais determinados atos e as que são direcionadas à mulher e seus
filhos, com intenção de protegê-los.
A Lei 11.340/2006, no artigo 22, III, traz as condutas que podem ser proibidas para o suposto
agressor, são elas:
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a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando
o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
As medidas para auxiliar e amparar a vítima de violência seguem no artigo 23 e 24, da Lei
Maria da Penha.
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
O juiz deve agir com prudência e observar com razoabilidade e proporcionalidade ao aplicar
a medida, porque ela causa uma proibição à liberdade de locomoção do suposto agressor,
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devendo ser aplicada quando for estritamente necessária para assegurar a segurança da
vítima.
Para os efeitos desta Lei, configura como violência doméstica e familiar contra a mulher
“qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial” (BRASIL, 2006, p.01).
E por fim para que sejam solicitadas essas medidas a mulher deve procurar uma delegacia de
polícia da mulher e relatar a violência, assim, será registrada no boletim de ocorrência
requerendo as medidas protetivas.
Podendo ser solicitada por meio da autoridade policial, ou do Ministério Público, que
encaminhará o pedido ao juiz. A lei prevê que a autoridade judicial deverá decidir o pedido
de liminar no prazo de 48 horas após o pedido da vítima ou do Ministério Público.
Conforme cita Saffioti (1994) advertiu que a violência contra a mulher é realidade entre todas
as classes sociais, a prática não escolhe classe social. O fenômeno da violência é enviesado à
sociedade, eliminando a divisão de classe social e de raça/etnia, claramente com observação
que: “É visível que as classes abastadas possuem de muitos recursos, políticos e econômicos
para omitir a violência doméstica”. (SAFFIOTI, 1994 p.168).
No que diz respeito aos dispositivos para combate à violência doméstica contra a mulher no Brasil, a
Lei Maria da Penha possui grande relevância, sendo considerada um marco na luta pelos direitos das
mulheres e pela criminalização da violência doméstica no Brasil (MACIEL et al, 2019).
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Para Souza (2007 DIAS, 2010), para que seja configurada a violência doméstica, não é
necessário que as partes sejam marido e mulher, tampouco que estejam ou tenham sido
casados ou conviverem em união estável. Para que a violência seja considerada como
doméstica, o sujeito ativo pode ser um homem ou uma mulher, basta estar caracterizado o
vínculo de relação doméstica, familiar ou de afetividade, visto que o legislador priorizou a
criação de mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica contra a mulher, sem
importar o gênero do agressor.
Nos anos de 1970, a força dos movimentos feministas era muito grande e eles eram muito
atuantes. Na época, o SOS Mulher catalogou 722 crimes impunes cometidos por homens
contra mulheres por ciúmes. Diante dos dados coletados e do crime cometido contra Ângela
Diniz em 1976, que foi morta pelo seu companheiro com quatro tiros que abalou a sociedade
brasileira, houve uma comoção nacional. Como resultado, a mobilização da ala feminista e da
sociedade, o agressor foi condenado e o caso se tornou um marco na história da luta das
mulheres mostrando que elas não estavam mais dispostas a aceitar inertes os desmandos de
uma sociedade patriarcal, em que o homem é dono de sua vida e dela pode dispor (DIAS,
2010).
Em 2013, através do Decreto n. 8.086, o governo brasileiro criou o programa "Mulher Segura
e Protegida”. Segundo Maciel (2019), o programa se destacou pela criação de unidades da
Casa da Mulher Brasileira, que são espaços públicos de acolhimento e atendimento, que tem
por objetivo geral a prestação de assistência multiprofissional e humanizada às mulheres em
situação de violência, facilitando o acesso destas aos serviços especializados
2. A Lei retira dos juizados especiais criminais (Lei n. 9.099/95) a competência para julgar
os crimes de violência doméstica contra a mulher ao criar os juizados de violência doméstica
e familiar contra a mulher;
3. Em seu artigo 2 a lei determina que a violência doméstica contra a mulher independe de
sua orientação sexual;
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4. Em seu artigo 5, a Lei tipifica e define a violência doméstica e familiar contra a mulher,
sendo configurada como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, que tenha
ocorrido no âmbito da unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto
(BRASIL, 2006);
7. Em seu artigo 16, a Lei determina que a mulher somente poderá renunciar à denúncia,
quando se tratar de ação penal pública condicionada à representação
8. Em seu artigo 17, a Lei determina que ficam proibidas as penas pecuniárias
9. Em seu artigo 22, altera a lei de execuções penais para permitir ao juiz que
recuperação e reeducação;
10. Em seu artigo 44, altera o Código penal para, caso a violência doméstica seja
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2.2 Aplicabilidades da Lei Maria da Penha
A lei 11.340/06 foi um marco fundamental para mudar o conceito de violência doméstica.
Trouxe punições mais severas e dentre os principais avanços estão as medidas de proteção.
As medidas protetivas são aquelas que visam garantir que a mulher possa agir livremente ao
optar por buscar a proteção estatal, em especial, a jurisdicional, contra o seu suposto agressor.
Para que haja a concessão dessas medidas, é necessária a constatação das práticas de
condutas que caracterizam violência contra a mulher, desenvolvidas no âmbito das relações
domésticas ou familiares dos envolvidos (SOUZA, 2009, online)
A Lei 11.340/2006, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha, tem como escopo o
cumprimento de um preceito constitucional, bem como de tratados internacionais, onde
versam sobre a proteção da mulher vítima de violência doméstica. Porém, o objetivo desta
Lei não é somente a proteção dos meios de apuração e punição para o cometimento deste tipo
de violência, mas também a diminuição desta violência.
A aplicabilidade da lei Maria da Penha estende a toda violência praticada em razão de relação
amorosa, abrangendo assim namoro, noivado, casamento e união estável. A Lei Maria da
Penha dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher; alterando o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal,
além de dar outras providências necessárias e cabíveis. O direito fundamental à proteção, que
se mostra ante a iniciativa da vítima em requerer as medidas, impõe esta celeridade que não
inverte a ordem dos fatores. Eles tão somente sobrepõem à substância, que é a defesa da
mulher ao formalismo processual (PORTELA, 2011, online)
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2.3 Delegacias de Atendimento à Mulher em situação de violência doméstica.
Com a Lei 11.340/06, todo o procedimento policial em relação à violência doméstica a vítima
comparecendo à delegacia para pedir socorro deverá receber proteção policial; quando
necessário, ser encaminhada para receber atendimento médico, será acompanhada para
recolher seus pertences e ainda deverá receber transporte para abrigo seguro, quando houver
risco de morte. São essas as providências a serem tomadas de imediato, conforme reza o
artigo 11:
Ainda assim, a vítima pode requerer as medidas protetivas de urgência, pelo simples fato de
temer por sua vida e sua integridade física, requerendo o afastamento de seu agressor de seu
próprio lar e a proibição de qualquer meio de contato, sendo ele via e-mail e telefone.
Essas medidas cautelares somente podem ser aplicadas na presença dos requisitos das
cautelares em geral, ou seja, a fumaça do bom direito e o perigo na demora, bem como,
devem durar somente o tempo necessário para garantir a proteção das vítimas e seus
familiares.
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Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento
policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do
sexo feminino - previamente capacitados.
Maria Berenice Dias (2007) em seus estudos, afirma que a Lei Maria da Penha veio para
corrigir uma perversa realidade em tudo agravada pela ausência de uma legislação própria, e
também pelo inadequado tratamento que era dispensado à mulher que se dirigia à delegacia
de polícia na busca por socorro. Pois o que se constatou anteriormente era que as vítimas se
dirigiam às delegacias e de lá saiam com um simples boletim de ocorrência, sem que
nenhuma solução fosse apresentada para diminuir o quadro de violência apresentado
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2.5 ENCAMINHAMENTO A PROGRAMAS DE PROTEÇÃO À MULHERES.
Casas-Abrigo
As Casas-Abrigo são locais seguros que oferecem moradia protegida e atendimento integral a
mulheres em risco de morte iminente em razão da violência. É um serviço de caráter sigiloso
e temporário, no qual as usuárias permanecem por um período determinado, durante o qual
deverão reunir condições para retomar suas vidas.
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princípios do Estado Democrático de Direito. Com a promulgação da Lei Maria da Penha, as
delegacias passam a desempenhar novas funções que incluem, por exemplo, a expedição de
medidas protetivas de urgência ao juiz no prazo máximo de 48 horas.
A Casa da Mulher Brasileira integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais
diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial;
delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia
econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de
transportes.
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3. A EFETIVIDADE DA LEI MARIA DA PENHA NO ORDENAMENTO
JURÍDICO
A Lei Maria da Penha expressa em seu Art. 1º a razão de sua existência, pois veio para inibir,
ao mesmo tempo em que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e
familiar contra a mulher, nos termos do parágrafo 8º do artigo 226 da Constituição Federal
A implantação da Lei Maria da Penha gerou e gera até hoje mudanças e melhorias quanto à
proteção da vítima e das penalidades dos agressores, sendo considerado um divisor de águas
tanto no sistema jurídico brasileiro, quanto na concepção de sociedade sobre o que é
violência doméstica e familiar. Representando um marco histórico na história das Leis Penais
Brasileiras, pois com ela é possível obter resultados quanto a violência doméstica e familiar.
Sendo criada então medidas protetivas e formas de acolhimento de emergência para as
vítimas e segurança da distância do agressor, como também foram criadas assistências para
essas vítimas.
Segundo Stela Valéria Soares Farias, em seus estudos sobre a Violência Doméstica (2007,
p.176) afirma que não há dúvida de que o texto aprovado constitui um avanço para a
sociedade brasileira, representando um marco considerável na história da proteção legal
conferida às mulheres. Entretanto, não deixa de conter alguns aspectos que podem gerar
dúvidas na aplicação e, até mesmo, opções que revelam uma formulação legal afastada da
melhor técnica e das mais recentes orientações criminológicas e de política criminal, daí a
necessidade de analisá-la na melhor perspectiva para as vítimas, bem como discutir a melhor
maneira de implementar todos os seus preceitos.
A lei cumpriu um papel relevante para conter a violência de gênero, ainda que sua efetividade
não tenha se dado de maneira uniforme no país, uma vez que a sua eficácia depende da
institucionalização de vários serviços protetivos nas localidades, que se deu de forma
desigual no território.
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4. A IMPORTÂNCIA DA LEI MARIA DA PENHA PARA O COMBATE AO
FEMINICÍDIO.
A lei do feminicídio foi formulada especificamente para os homicídios em que as vítimas são
do sexo feminino, pela condição de gênero. Sendo abordada na perspectiva do enfrentamento
da violência contra mulher, com o propósito de evitar que esses crimes ocorram. Embora as
leis Maria da Penha e do Feminicídio versem casos de violência contra a mulher, são
legislações distintas, que podem ser consideradas complementares. É indispensável a
aplicação da Lei Maria da Penha nos juizados especializados em violência contra a mulher, as
medidas protetivas, os desafios postos para a efetivação desta lei.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, pelo menos uma em cada três mulheres já
foi ou será vítima de violência de gênero, tendo sofrido alguma forma de abuso durante a
vida, o fator substancial é que o agressor geralmente é um membro de sua própria família, ou
alguém da convivência domiciliar. “A ideia sacralizada de família e a inviolabilidade do
domicílio sempre serviram de justificativa para barrar qualquer tentativa de coibir o que
acontecia entre quatro paredes” (DIAS, 2018, p.35)
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Todos os dias, um número significativo de mulheres, jovens e meninas são submetidas a
alguma forma de violência no Brasil. Assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência
psicológica, agressões por parceiros ou familiares, perseguição, feminicídio. Sob diversas
formas e intensidades, a violência de gênero é recorrente e se perpetua nos espaços públicos e
privados, encontrando nos assassinatos a sua expressão mais grave. (Dossiê Agência Patrícia
Galvão).
O amparo à mulher vítima de violência doméstica é o primeiro passo para combater todas as
outras formas de violência que assolam nossa sociedade, pois a criminalidade, muitas vezes,
começa dentro de lares nos quais não se pode viver em paz.
Compreendendo que a violência doméstica pode ser ação ou omissão física, psicológica,
sexual, patrimonial, as normas de competência, definidas na Lei “Maria da Penha”, podem
ser encontradas nos artigos, 14, 15 e 33 da referida lei, que assim dispõem:
o art. 14. “Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da
Justiça de competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito
Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução
das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher”.
Conforme citado:
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
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Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar possuem competência tanto criminal como
cível. A opção por criar um juizado com uma gama de competências tão ampla está vinculada
à ideia de proteção integral à mulher vítima de violência, de forma a facilitar o acesso dela à
Justiça, bem como possibilitar que o juiz da causa tenha uma visão integral de todo o aspecto
que a envolve, evitando adotar medidas contraditórias entre si, como ocorre no sistema
tradicional, no qual as adoções de medidas criminais contra o agressor são de competência do
Juiz Criminal, enquanto que aquelas inerentes ao vínculo conjugal são de competência, em
regra, do Juiz de Família (SOUZA, 2007).
a) Lesão corporal;
b) Injúria;
c) Ameaça;
d) Furtos;
e) Estelionato;
f) Estupro.
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3.3 A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM DEFESA DAS
MULHERES
A Lei Maria da Penha identifica o Ministério Público como uma das instituições do Estado
brasileiro com a obrigação de atuar no escopo da Lei, tanto na esfera judicial como na
extrajudicial. Pois, tem a obrigação de intervir nas causas que são decorrentes de vítimas de
violência contra a mulher.
O Ministério Público entende que é preciso ampliar essa luta para que todos os direitos e
prerrogativas das cidadãs brasileiras sejam preservados, conforme prevê nossa Constituição.
Ninguém melhor do que elas próprias para assumir essa liderança e apontar as melhores
diretrizes para a construção de uma sociedade mais igualitária. As promotoras de Justiça e
procuradores têm se engajado em grupos de trabalho específicos para levar conscientização
sobre empoderamento das mulheres, tanto junto às comunidades quanto para outros órgãos
públicos. O empenho por parte das mulheres representantes do MP é inegável, há muita
vontade de fazer acontecer. (Membros do MP, representados pela Associação Nacional dos
membros do Ministério Público)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho é uma pesquisa de natureza qualitativa, pois a pesquisa tem por objetivo
argumentar os conceitos e os significados da pesquisa.
A pesquisa tem por objetivo o caráter qualitativo, pois visa identificar o que motivam ou
colaboram para a ocorrência da violência doméstica.
Além disso, o trabalho se dá no método dialético, ou seja, o método a ser utilizado vem
propor uma análise de lutas, contradições e de forças.
A relevância para a realização desta pesquisa se dá pelo fato de que a violência doméstica
contra a mulher consiste em uma recorrente problemática que aflige a nossa sociedade.
Contudo, a tão frequente violência a qual as mulheres são muitas vezes vistas com
preconceitos, pelas circunstâncias na sociedade, onde a violência é tratada de forma
“normal”.
Portanto, o empenho à realização desta monografia se deu diante do interesse sobre a questão
de violência de gênero que abarca a sociedade como um todo. Assim, é de suma importância
pesquisar como está sendo efetivada a Lei Maria da Penha no atendimento às mulheres em
situação de violência, pois a Lei nos traz uma ferramenta de luta e de proteção para essas
mulheres.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-eprodutos/
https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/perguntas-frequentes/quetipo-
https://www.tjdft.jus.br/informacoes/cidadania/nucleo-judiciarioda-
https://www2.senado.leg.br
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=6d4e8fdbeb396191JmltdHM9
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