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16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria

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sexta-feira, 6 de abril de 2018 Blog sem fins lucrativos para


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Psicanálise (lacaniana): livros,
Atualidade do corpo histérico - Serge Cottet textos, documentários, entrevistas,
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Serge Cottet, neste texto (inédito em português) extraído de uma de suas
conferências na ECF em 2016, diz que é o momento de reanimar o corpo da
histérica. "Falávamos sempre menos do corpo do que do discurso histérico". Postagens populares
Ele afirma que o paradigma da histeria contemporânea poderia ser fornecido, por
Série PSI (HBO) por
exemplo, pelo movimento feminista, onde a colocação em cena substitui a Contardo Calligaris
conversão. Psi é uma série de
Ele faz ainda uma aproximação hoje entre o discurso da ciência e o discurso da televisão brasileira,
histérica, onde ambos contestam as leis "naturais" do sexo e da biologia. do canal HBO, criada
Encontramos aqui um sujeito complacente ao discurso da ciência em sua tentativa por Contardo Calligaris. Narra a
de se “refazer um corpo” em nome da liberdade do sujeito em reivindicar a vida do psicólogo, psi...
propriedade inalienável de seu corpo
Parece que hoje o corpo da histérica se deforma, dominado pela imagem fálica. Livros de Lacan
Cottet ressalta a importância de não confundir a mascarada feminina e o corpo Seminários em
Português Livro (-1)
fetichizado das bonecas Barbie. Do mesmo modo, há uma distinção entre a
Seminário sobre o
feminilidade e a histeria. O corpo histérico hoje não atualiza necessariamente o homem dos lobos
sintoma de um outro corpo, mas o corpo próprio, inteiro, a título de ser o corpo (duas versões, uma milleriana e
d’A mulher. uma em espanhol) Livro Zero -
Podemos dizer que o outro corpo que preocupava a histérica era o corpo do ...

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16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria
homem, e especialmente o do pai, cuja deficiência fálica ela evidenciava com SEMINARIO DE
seus sintomas, mas com o ativismo da indústria do fantasma, cujo objetivo é a PSICANÁLISE DE
transformação de seu próprio corpo, o fantasma de um outro corpo é reconduzido CRIANÇAS - Françoise
Dolto
ao corpo próprio.
Neste livro,
Ele diz que não se trata mais da mascarada enganando o Outro ou de uma
psicoterapeutas fazem a
dialética do ser e do ter; não é mais questão de se alojar na falta do Outro, de Françoise Dolto perguntas
tomar a falta do Outro por objeto, tal como o parceiro castrado do sintoma relativas a casos específicos que
freudiano, mas de ser si mesmo esse corpo a mutilar. O corpo, ao invés de fazer lhes causam dificuldade. A partir
semblante na mascarada, se sacrifica no real. do...
Hoje, as margens da sexualidade entram em conivência com o bisturi. Passa-se do
acontecimento de corpo ao acontecimento de borda, o que constitui uma nova Paul B. Preciado -
versão da complacência somática do sujeito ao discurso da ciência. Intervenção na 49ª
Jornada da Escola Da
É possível escutar ao registro de áudio dessa conferência abaixo. Causa Freudiana
  (17/11/19)
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Bom dia, queridas damas,
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his…
Actualité du corps his…
de psicanálise da França, damas
e cavalheiros da Escola da Causa
Freudiana, e...

As psicoses não-
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241 decididas da
infância: um estudo
psicanalítico - Leda
Fischer Bernadino
Atualidade do corpo histérico* "Temos, finalmente, com a
Serge Cottet publicação deste livro, um
documento de trabalho
Durante muito tempo, se tratando da histeria, falávamos menos do corpo do que do inestimável para o diagnóstico e
discurso histérico. Hoje a anatomia não tem uma boa reputação quando se trata de diferenciar tratamento psicanalí...
homem e mulher pelo real do corpo. A distinção desaparece em favor do gênero. É o triunfo do
simbólico e é também o resgate do sucesso da psicanálise. Na pior das hipóteses, homem e
mulher seriam apenas significantes cujo significado seria arbitrário ou convencional. É o momento Arquivo do blog
de reanimar o corpo da histérica. A atualidade do Rio nos convida.
Em sua versão clássica, o sintoma histérico se caracteriza pela inscrição de um significante ▼ 2020 (33)
no corpo, pela conversão de um pensamento em uma linguagem metafórica traduzida pelo corpo: ▼ Novembro (4)
a carne e as funções corporais se tornam elementos significantes, sem levar em consideração o
El tratamiento psicoanalítico
real da anatomia. De acordo com os conselhos que Lacan dá no Seminário, livro XVI, retorno às
de la psicosis manía...
vinhetas clínicas clássicas da psiquiatria e dos anais médico-legais, aqueles que, no século XIX,
ilustravam os paradoxos constituídos por dores, espasmos, crises, contraturas e até estigmas. O corpo na anorexia - Nieves
Soria
Usos das neurociências pela
Psicanálise - Éric Lau...
O que há de constante no
autismo? - Jean-Claude
Ma...

► Outubro (2)
R$ 49,90 R$ 18,49 ► Setembro (4)
► Agosto (2)
► Julho (14)
Para constar, extraio um exemplo de Pierre Janet: “Na idade de quinze anos, ela ► Junho (2)
experimenta uma grande emoção por uma causa fútil. Um dia ao entrar em um celeiro onde ela
acreditava que não encontraria ninguém, ela pisa em um homem que dormia. Esse homem, que ► Abril (1)
era seu pai em estado de embriaguez, como de costume, se levanta, a chama e quer se juntar a
► Março (2)
ela. A criança aflita, não reconhecendo seu pai, foge a toda velocidade. Um mês após essa
emoção, ela começa a ter crises de histeria que nunca desapareceram, mas que se desenvolveram ► Fevereiro (2)
de diversas maneiras, acompanhadas de sonambulismo, tiques, dores de cabeça, anorexia, etc.
Em todos esses ataques e sonambulismos ela vê um indivíduo ‘com uma cabeça desgrenhada e ► 2019 (24)
olhos terríveis’ que a persegue. Ela se esforça para se salvar virando a cabeça para trás para ver

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aquele que a persegue. Aos vinte e dois anos, as crises eram quase cotidianas. Mas na sequência ► 2018 (67)
das crises se desenvolve, no início de modo passageiro e depois de modo permanente, uma
atitude que a figura 36 mostra claramente [ver na nota 27]. O tronco é fortemente inclinado para a ► 2017 (95)
esquerda, a barriga é dobrada para a esquerda [...], enfim a cabeça está virada para a esquerda e
► 2016 (31)
apoiada sobre o ombro esquerdo pela contratura dos músculos cervicais e do trapézio”[1].
Evidentemente, o autor não dá nenhum sentido a esse sintoma, senão um bloqueio devido à
emoção, e não, como diz Freud, a comemoração de um evento traumático, ou seja, um
congelamento da imagem, que fixa um gozo impossível de alcançar e que, no entanto, está muito
próximo, tal como Aquiles perseguindo a tartaruga: aqui, a frustração do gozo do pai persegue a
filha.
Outros exemplos encantadores são fornecidos pelos grandes alienistas do final do século
XIX que colocam em cena todo um teatro da crueldade, com automutilações e lesões corporais
atribuídas a ataques. A mitomania e a difamação correm livre no imaginário para simular uma
agressão ou um estupro. É a época onde se considera que a mentira e a extravagância são as
características principais da histeria, quase sempre feminina. Henri Legrand du Sauller, em sua
obra escrita em 1891, “As histéricas”, faz uma antologia de todas as excentricidades histéricas:
provocação, contestação, ninfomania, escândalo em via pública [2]. O pior da mentira histérica é Seu lucro
a difamação; é o avesso da fórmula lacaniana: la femme, on la diffâme! [3]
O paradigma da histérica conforme Legrand du Saulle seria fornecido hoje pelas Femen precisa de um
[grupo de ativismo feminista]; é pelo menos esse o sintagma que se impõe “no popular” nesse tipo
de ocasião. A colocação em cena substitui a conversão. Essa extensão da histeria à provocação sta ?
dissolve o tipo clínico em um comportamento e faz esquecer o corpo. Seguindo Babinski, o
caráter histérico, totalmente de simulação, prevalece sobre a patologia charcotiana do corpo.
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EU QUERO EU QUERO EU QUERO

Freud, ao continuar fazendo da paralisia histérica o paradigma da conversão histérica, se


afasta, como sabemos, da causalidade traumática em favor do fantasma. O Outro em questão é o
suporte de uma identificação a um traço, o traço unário, que faz um corte significante. Ele não
deixa de descrever o retorno da libido na descarga motora com o ataque histérico: esse concerne
a todo o corpo e não mais somente ao corpo recortado pelas zonas histerogênicas. Em 1909, em
“Considerações sobre o ataque histérico”, Freud inverte a fórmula antiga que dizia “o coito é uma
pequena epilepsia” para “o ataque convulsivo histérico é um equivalente do coito”[4]. No
fantasma, é o corpo do Outro que é convocado sobre a vertente sensível da relação sexual
impossível.
Durante os anos de 1920 a 1930, esse deslocamento continua, e o sintoma de conversão
do corpo fragmentado se faz esquecer em favor da repetição, a repetição da decepção. A
doutrina da pulsão de morte e do masoquismo coloca em cena personagens com destinos
funestos onde o infortúnio e a insatisfação imperam. A repetição dos maus golpes, que não é
sempre metafórica, concerne tanto ao corpo doente de mil e uma maneiras, quanto ao corpo que
apanha, onde domina a fantasia “bate-se numa criança” em certos casos de masoquismo feminino.
Em “Análise terminável e interminável”[5], Freud dá o exemplo de uma análise interminável de
uma mulher que abandona seu corpo à cirurgia; tratada anteriormente pela psicanálise por dores
violentas nas pernas, ela encontra, depois de doze anos, uma série de catástrofes familiares
seguidas de graves afecções orgânicas, tais como “um mioma que justificava a remoção total do
útero” antes de se apaixonar pelo próprio cirurgião.
Foi Helène Deutsch que generalizou o conceito de masoquismo feminino em relação a
uma clínica da histeria onde predomina um destino mortal. Falaremos então de uma complacência
do sujeito à pulsão de morte ao invés de uma complacência somática. Essa última expressão é
contestada por Lacan, notadamente no Seminário onde ele formula o contrário: “é antes, da
recusa do corpo que se trata. Seguindo o efeito do significante-mestre”[6]. A contestação do
mestre, do falo, da dominação masculina e finalmente, da relação sexual.
Essa retificação gerou um novo par na clínica: a histérica e seu mestre.
A histeria e a ciência: é um capítulo que abre novamente a questão do corpo, seja do
binário imagem fálica e real do corpo. A promoção do discurso histérico não anula então essa

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referência, a marca sobre o corpo resta como um dos fundamentos da histeria em Lacan: “o
sintoma histérico sob sua forma mais simples, não tem que ser considerada como um mistério,
mas como o princípio mesmo de toda possibilidade significante (...). O corpo é feito para
inscrever alguma coisa que se chama a marca (...). O corpo é feito para ser marcado” [7].

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É nesse ponto que se coloca o problema do corte: é ele simbólico ou real? O imaginário
do corte evoca inevitavelmente a castração. Durante toda uma parte de seu ensino, Lacan se
baseou na oposição do ser e do ter como alternativa para a mulher frente ao falo; é a ocasião de
esclarecer a especificidade do corpo histérico em relação à identificação imaginário ao falo.
Sobre esse ponto, podemos ser sensíveis às variantes modernas que sucedem ao corpo
elástico da histeria e à sua retórica; um corpo deformado como por anaformose, onde domina a
imagem fálica. Enquanto o corpo lesado, até mesmo mutilado, que engendra a cirurgia
contemporânea produz um corpo menos eloquente.
Várias observações de Lacan sobre a anatomia do corpo feminino são preciosas para
alimentar nosso debate. Apoiando-se sobre a equação de Otto Fenichel “garota=falo”
[mädchen], Lacan deduz a imagem narcísica da falta do pênis que ela vem compensar: aquilo que
ela não tem como órgão, ela é como símbolo do desejo. Toda uma estética pode ser deduzida
daí, tendo seu ponto de partida nas propriedades anatômicas, especialmente no que Lacan chama
de “a forma grácil da feminilidade”[8], aquela que é representada entre púbere e impúbere. Lacan
privilegia então a pintura maneirista no barroco italiano. Podemos completar as referências de
Lacan com as de Daniel Arasse sobre a retórica do corpo; um sintagma que nos é muito bem-
vindo no momento [9]. Podemos encontrar formas gráceis mais apropriadas na demonstração de
Lacan que se baseia no quadro de Jacopo Zucchi, comentado no Seminário VIII [10]. A imagem
fálica substitui o pênis que falta na imagem de Eros. Psique, com a espada nas mãos, está um
pouco rechonchuda. Seria necessário falar do maneirismo italiano em relação ao maneirismo
alemão gótico. Pensemos nas “Três Graças” de Lucas Cranach que realiza essa ambiguidade
entre púbere e impúbere, corpo fetichizado, erotizado por véus: barrigas redondas, quadris
estreitos, tez de porcelana, corpos longilíneos. D. Arasse nos mostra que as representações
barrocas do corpo feminino são contemporâneas da dissecção e dos tratados de anatomia. No
entanto, a concepção das proporções não é matemática, mas amplamente imaginária. Ela
transgride a observação biológica como transgride também a alegoria religiosa da Idade Média.
Deformam-se se os corpos alongando-lhes, o que chamamos de forma serpentina do corpo
feminino, o alongamento do pescoço, os dedos afilados.
É como se o discurso da ciência sobre a anatomia fosse contradito pela estilização dos
corpos, incluindo os órgãos internos. Eles não são somente embelezados, mas exibidos pelo
próprio sujeito, que está presente na composição; o sujeito esfolado mantém um sorriso, parece
que o desenho anatômico, tão preciso quanto ele seja, não apaga o sujeito que está presente
como se ele se recusasse a sair de seu corpo; é como se o próprio sujeito apresentasse seu corpo
e seus órgãos ao público.
Esta é a ocasião para distinguirmos a mascarada feminina e a fetichização do corpo. Eu os
remeto ao comentário que Lacan fez de Lolita, a famosa ninfeta de Vladimir Nabokov. Lacan
denuncia uma confusão em 1960, sobre uma conferência de Simone de Beauvoir que confundiu
os sex-symbols do cinema da época: Marylin Monroe, Marlène Dietrich, Audrey Hepburn.
Lacan considera que essas imagens não têm nada a ver: “a distância que existe entre o
desabrochar completo do charme feminino e o que é propriamente o mecanismo da atividade
erótica de Lolita, parece-me constituir uma hiância total, a coisa mais fácil de se distinguir no
mundo”[11]. Sobre essa fetichização do corpo da impúbere, podemos nos referir ao fenômeno da
hipersexualização das meninas, as pequenas misses dos EUA que são produzidas em cena com
maquiagem, meia arrastão e salto alto para os concursos de beleza: uma verdadeira mise-en-
scène da pedofilia norte americana. O corpo fetiche da ninfeta e as identificações que ela inspira,
relançadas pela cirurgia, não devem ser confundidos com a mascarada e o semblante feminino:
uma distinção hoje apagada pela insurreição do feminismo contra essa bagunça que designa o
sintagma “mulher-objeto”.

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Conhecemos os excessos contemporâneos aos quais se presta esse corpo falicizado


quando ele cessa de ser uma garantia de vida, o corpo da anoréxica goza com a morte, tal como
o falo alongado do quadro de Hans Holbein, a anamorfose de um crânio. Hoje, as novas bonecas
Barbie em circulação no mercado não são nem mais nem menos do que esqueletos vestidos.
Até então, nós temos tratado do corpo da histérica a partir da imagem fálica, mas não
dizemos tudo sobre isso se temos como único princípio que “é o falo que dá corpo ao gozo”,
fórmula relativizada por Jacques-Alain Miller no seu curso “Coisas de fineza em psicanálise”[12].
Com efeito, com o Seminário “Mais, ainda”, a dialética do ser e do ter não esgota o sujeito e
relança a questão do gozo e da linguagem, e também o corpo histérico em sua relação à
castração.
O paradigma do corpo barroco nos conduz assim ao corpo recortado ou mutilado dos
torturados; ora, há casos que um tratamento do corpo pode atravessar a cortina de papel do
fantasma para produzir lesões e cicatrizes bem reais.
O discurso histérico, podemos dizer, apresenta uma proximidade com o discurso da
ciência. Um e outro estão associados em sua contestação comum das leis assim-ditas naturais do
sexo e da procriação. Encontramos um sujeito complacente ao discurso da ciência em sua
tentativa de se “refazer um corpo” em nome da liberdade do sujeito em reivindicar a propriedade
inalienável de seu corpo. A indústria do bodybuilding, que faz o sucesso da cirurgia estética,
atesta a fantasia histérica de reparar a falta simbólica por uma nova glorificação do corpo que não
é menos do que o avesso de uma recusa do corpo em se inscrever na relação sexual. Assim, a
histeria contemporânea implica diretamente o corpo no gozo tirânico desses novos imperativos
[13]. A aceitação do significante-mestre médico mascara uma recusa de toda simbolização da
castração: a histérica se engaja “em tentativas para se fazer um corpo reparado da falta simbólica
e que seria o signo de sua feminilidade enfim reconhecida”[14]. Ela é capaz de sacrificar sua
carne, de impor ao seu corpo uma privação real a fim de “realizar sua castração”[15]. No lugar
de uma aceitação da castração simbólica, o sujeito prefere um corpo ferido, abismado, como se
ele se recusasse a satisfazer, como objeto a, o fantasma do Outro. Em sua reivindicação de um
gozo absoluto, o sujeito histérico se reencontra estritamente “igual a esse objeto a e a nada
mais”[16]. Passamos pelo argumento matemático que Lacan desenvolve sobre esse sujeito – a
série de Fibonacci-, para concluir sobre “a hiância irredutível de uma castração realizada”[17].
Na Revista “A Causa do Desejo” dedicada ao corpo [18] destaca-se uma mudança operada por
Lacan entre 1975 e 1977 sobre o sintoma histérico. O paradigma da escritura subverte a palavra
do sintoma; se um sintoma se limita à uma pura escritura sobre o corpo, ele não fala. Uma nova
definição da histeria se baseia no texto “Joyce o sintoma”[19]: seu sintoma é letra de gozo e não
comunicação.
Não vamos confundir, portanto, o corpo falante com todo o efeito de somatização, na
mesma época em que Lacan se ocupa do PPS – fenômenos psicossomático – recorrendo ao
modelo da escritura. Em sua conferência de Genebra, ele formula: “tudo se passa como se alguma
coisa estivesse escrita no corpo”[20]. É uma outra versão da complacência somática. No entanto,
é necessário distinguir a escritura do fenômeno psicossomático da escritura histérica. No
comentário que J.-A. Miller faz, ele distingue corpo e organismo, para opor dois conceitos
vizinhos [21]. Na histeria estamos lidando com um órgão incorpóreo marcado pela falta de
objeto, e temos o contrário no fenômeno psicossomático: se trata de uma libido corporificada. O
que Lacan chamava de hieróglifos da histeria, nos Escritos, era também uma escritura, porém
decifrável [22]. A escritura do fenômeno psicossomático refere-se apenas ao número e não ao
sentido inconsciente. Quanto ao que chamamos sintoma contemporâneo da histeria, o que o
caracteriza é a marca sobre o corpo como traço unário de gozo.
É necessário reforçar a oposição entre feminilidade e histeria a esse respeito [23]. Assim,
o corpo histérico hoje não atualiza necessariamente o sintoma de um outro corpo, mas o corpo
próprio, inteiro, a título de ser o corpo d’A mulher. Podemos dizer que o outro corpo que
preocupava a histérica era o corpo do homem, e especialmente o do pai, cuja deficiência fálica
ela evidenciava com seus sintomas, mas com o ativismo da indústria do fantasma, cujo objetivo é

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a transformação de seu próprio corpo, o fantasma de um outro corpo é reconduzido ao corpo
próprio.

Não se trata mais da mascarada enganando o Outro ou de uma dialética do ser e do ter;
não é mais questão de se alojar na falta do Outro, de tomar a falta do Outro por objeto, tal como
o parceiro castrado do sintoma freudiano, mas de ser si mesmo esse corpo a mutilar.
Isso resulta às vezes na dificuldade em distinguir entre histeria e psicose, entre transformação do
corpo ou despersonalização. Lembremos que Tausk havia isolado o delírio de influência na
esquizofrenia, onde um corpo sofre um deslocamento no espaço e se modifica; olhamos para ele
como se estivesse sob a influência de uma máquina: é o retorno do real da foraclusão do falo.
Freud opunha a isso um sujeito histérico que ignora, no fato de revirar os olhos compulsivamente,
uma metáfora de amor. Da mesma forma, as automutilações se prestam a equívocos diagnósticos.
Deve-se ver no caso a caso. No transexualismo feminino principalmente: a remoção dos seios e a
prótese peniana seriam um sinal de histeria ou psicose? A questão foi trabalhada anteriormente
por Catherine Millot que discutiu sobre isso com um colega psiquiatra de Saint-Anne nos anos
75.
Assim, é preciso compreender a oposição entre feminilidade e histeria: o corpo, ao invés
de fazer semblante na mascarada, se sacrifica no real.
O conceito de corte em Lacan varre o campo do simbólico, do imaginário e do real. Em
relação ao real do corpo, o interesse pela anatomia é frequentemente confirmado. Assim, no
Seminário “A angústia”, retornando ao questionável aforisma de Freud, “a anatomia é o destino”,
Lacan acrescenta a seguinte nuance: essa fórmula “se torna verdadeira se atribuirmos ao termo
‘anatomia’ seu sentido estrito e, digamos, etimológico, que valoriza a anatomia, a função de corte.
Tudo o que sabemos de anatomia está ligado, de fato, à dissecação”. [24]. A articulação clássica
entre os cortes significantes, que Lacan chama ainda de “fragmentação mental” nos Escritos, e a
anatomia imaginária, sofre um curioso destino: os cortes se tornam reais e a aposta de uma
indústria do fantasma.
No Brasil, especialmente, a vaginoplastia se encontra em pleno andamento, e
particularmente o relooking da anatomia do sexo feminino através da ninfoplastia, a saber, a
redução cirúrgica do volume dos lábios vaginais. Se trata de redesenhar um sexo pré-púbere a
golpes de bisturi. A incidência do cinema pornô é evidente na constituição desse fantasma. Não
se trata de uma excisão ritual que sacrifica as aberrações de uma simbolização arcaica da
diferença dos sexos. Nos concentramos antes em redesenhar as bordas, é pelas bordas que o
sujeito pretende se refazer um corpo. Conhecemos a função erótica da margem e da borda no
campo da pulsão [25]. Mas uma coisa é sublinhar uma borda por uma mascarada e outra é
redesenhar o corpo com a ajuda do bisturi. Não se trata de ressaltar a fenda da pálpebra com
maquiagem, mas de abrir os olhos com o bisturi como fazem os adolescentes japoneses,
indiferentes ao orgulho nacional, anulando o traço unário da diferença entre o oriente e o ocidente.
O interesse de Lacan pelas bordas ou por tudo que faz limite entre interno e externo,
como as membranas [26], é notável; esses limites são ilustrados, metaforicamente, é claro, nas
margens que constituem as minorias sexuais, como a comunidade LGBT, onde nem todos são
histéricos, certamente, mas a complacência histérica nesse discurso é muito maior. Hoje, as
margens da sexualidade entram em conivência com o bisturi. Passa-se do acontecimento de
corpo ao acontecimento de borda, o que constitui uma nova versão da complacência somática do
sujeito ao discurso da ciência. Novamente, testemunhas especialmente do Brasil, vêm confirmar
esse diagnóstico.
Para concluir eu diria que se ‘onde isso fala, isso goza’, a recíproca não é sempre verdadeira.
Onde isso goza, nem sempre isso fala. A tradição sustenta que a histérica fala com seu corpo
enquanto retorno do recalcado, mas nesses casos extremos, os limites da simbolização são
franqueados com o encorajamento da ciência que contribui para fazer calar. Há como um desafio
que nos reenvia às origens da psicanálise - recusa e complacência do corpo -: é o inconsciente
real em exercício. Mas em um sentido inverso: a bela açougueira de Freud acaba nas mãos do
açougueiro

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16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria

Tradução: Arryson Zenith Jr.

Notas

*Conferência feita durante o 4º Encontro “As segundas-feiras da AMP, em direção ao Rio” sobre
“O corpo falante”, encontro animado na ECF por Laure Naveau, com C. Lazarus-Matet e S.
Cotter, 4 de abril de 2016, é possível escutar o áudio em:
http://www.radiolacan.com/fr/topic/778/3
[1] Janet P., Névroses e t idées fixes, Paris, Masson, 1914, pp. 296-297.
[2] Legrand du Saulle H., «Les hystériques. Etat physique et mental. Actes insolites, délictueux et
criminels. », Paris, J.-B. Baillière et fils, 1883.
[3] Lacan J., Le Séminaire, livre XX, Encore, Paris, Seuil, 1975, p. 79.
[4] Freud S., «Considérations générales sur l’attaque hystérique», Névrose, psychose et
perversion, Paris, PUF, 1973, p. 165.
[5] Freud S., Résultats, idées, problèmes II, Paris, PUF, 1985, P. 237.
[6] Lacan, J. Seminário, Livro 17, O avesso da psicanálise. Rio de Janeiro, Zahar, 1992 p. 88
[7] Lacan, J. O Seminário, Livro 14, A lógica do fantasma. Recife, Centro de estudos freudianos
de recife, 2008, p. 362
[8] Lacan, J.O Seminário, Livro 8, A transferência. Rio de Janeiro, Zahar, 2010 p. 303
[9] Arasse D., Histoire du corps, sous la direction de Georges Vigarello, Tome I, p.431.
[10] Lacan, J. O Seminário, Livro 8, A transferência. Rio de Janeiro, Zahar, 2010 275
[11] Lacan, J. O Seminário, Livro 9, A identificação, lição 9 de maio de 1962. Recife, Centro de
estudos freudianos de recife, 2003, p. 313
[12] Miller J.-A., «A economia do gozo», curso de 13 e 20 de maio, 3 e 10 de junho de 2009
de «A orientação lacaniana – Coisas de fineza em psicanálise», em A Causa freudienne, n°77,
Paris, Navarin, fevereiro de 2011, p. 143.
[13] Vinciguerra R.P., Femmes lacaniennes, Paris, Michèle, 2014, pp. 92-93.
[14] Ibid., p. 88.
[15] Ibid.
[16] Lacan, J. O Seminário, Livro 16. De um Outro ao outro. Rio de Janeiro, Zahar, 2008, p.
325
[17] Ibid
[18] La Cause du désir, n°91, Revue de psychanalyse, Paris, Navarin,
2015.
[19] Lacan, J. Joyce o sintoma, Outros Escritos Rio de Janeiro, Zahar, 2003, p.560
[20] Lacan J., Conferência em Genebra sobre o sintoma, publicado na revista opcao lacaniana
nº23 p. 6-16
[21] Miller J.-A., «Quelques réflexions sur le phénomène psychosomatique», Greps, Le
phénomène psychosomatique et la psychanalyse, 1986, Anolytica, pp. 125-126.
[22] Lacan J., «...»?, Écrits, Paris, Seuil, 1966
[23] Podemos ler comentários de Éric Laurent sobre esse sujeito no livro “O avesso da
biopolítica, uma escrita para o gozo”, publicado pela editora Contracapa, 2016.
[24] Lacan, J. O Seminário, Livro 10. A Angústia. Rio de Janeiro, Zahar, 2005, 259
[25] Lacan, J. “Subversão e dialética do desejo no inconsciente freudiano”, Escritos, Zahar,
1998, p.807
[26] Bichat X., Traité des membranes en général et de diverses membranes en particulier,
Richard, Caille et Ravier (Paris), 1799, [avec plusieurs rééditions ultérieures et posthumes]
[27]

Texto original em francês:

COTTET, Serge. "Actualité du corps hystérique". Quarto, Revue de Psychanalyse, n. 114.


Publiée en Belgique, Octobre 2016. pp 17-22, disponível em: https://goo.gl/1w8Eot

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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Da histeria sem Nome do Pai - Juan Carlos Indart (org.)


[ES]

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Continuamos uma investigação iniciada há mais de dez anos, quando discutimos as


elucubrações de saber sobre a histeria como um triângulo, como um discurso ... e
como um nó. Depois de ponderar o alcance e os efeitos da substituição do regime
paterno pelo discurso universitário, com referência especial aos casos de
mulheres, e derrubar os resultados da investigação das psicoses ordinárias como
subjacentes em geral, procuramos especificar na clínica atual o surgimento do
sintoma fora da castração freudiana, em relação direta à frustração. Agora é uma
questão de acompanhar esses sintomas com uma nova noção de histeria, porque,
apesar do ar paradoxal de que enuncia esse tema, pode ser uma maneira
proveitosa de fazer valer os últimos ensinamentos de Lacan na prática. Expressões
como "histeria incompleta", "histeria rígida" ou "histeria perfeita" serão discutidas
nas duas primeiras noites, em preparação para a discussão de três vinhetas
clínicas nas noites seguintes. Por que não considerar que hoje existem novos picos
de ouro que novamente falam e falam e falam, sem saber o que dizem, à espera
de uma reinvenção da posição do analista, uma posição que também fosse
verdadeiramente sem Nome do Pai?

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EU QUERO EU QUERO EU QUERO

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terça-feira, 28 de julho de 2020

A histeria, sua língua, seus dialetos e seus vínculos -


Colette Soler [Curso 2002-2003]

O que dizer da histeria no campo lacaniano? A histeria tem estado como um peixe
na água no campo freudiano. Entendo o "campo freudiano" como definido,
setorizado pelo desejo de Freud, o desejo que a prática de Freud implica. As
histéricas foram uma parte importante; elas não inventaram a psicanálise, mas
sem elas Freud não a teria inventado. A questão é saber o que podemos dizer
sobre isso no campo lacaniano, que não é o campo do desejo freudiano, mas o
campo do gozo. Isso significa que a histeria mudou? Seria possível pensar que ela
também muda algo no campo lacaniano? Em outras palavras, os desenvolvimentos
anteriores me levam à questão da relação da histeria com o gozo.

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Título original: 
La histeria, su lengua, sus dialectos y sus vínculos

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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Fantasia inconsciente de gravidez em um homem com a


aparência de uma histeria traumática. Uma contribuição
clínica ao erotismo anal - Michel Joseph Eisler (1921)

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O texto "Fantasia inconsciente de gravidez em um homem com a aparência de


uma histeria traumática. Uma contribuição clínica ao erotismo anal" foi
originalmente publicado em 1921 no International Journal of Psycho-Analysis
(1921, 3/4, 255, Press, London – Vienna – New York), pelo psicanalista húngaro
Michel Joseph Eisler. Trata-se de um caso clínico de histeria em um homem
comentado por Jacques Lacan no Seminário, III: As psicoses. Segundo Hugo Bento*
(2017): 

"No Seminário, Livro III, Lacan utilizou o caso publicado por Eisler para expor suas
considerações acerca da diferença clínica e diagnóstica entre a neurose histérica
e a psicose. Uma vez que no caso trabalhado por Freud em 1911 – O caso
Schreber (1911/2010) –, encontramos a manifestação explícita de uma ideia
delirante de procriação , diferenciar a fantasia de gravidez, presente no caso de
Eisler, do enlouquecimento paranoico, tornou-se propício. Em síntese, podemos
afirmar que, enquanto na psicose de Schreber a ideia de gravidez responde a uma
certeza peculiar, a fantasia do homem atendido por Eisler aponta para a questão
fundamental da estruturação histérica: “Quem sou eu? Um homem ou uma
mulher?, e, Sou eu capaz de gerar?” (LACAN, 1955-56/1997, p.196)." (BENTO,
2017, p.36-37) 

* BENTO, Hugo Leonardo Goes. O desejo de filho na adoção homoparental: uma


perspectiva psicanalítica. Rio de Janeiro: Editora Gramma, 2017.

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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Estruturas Clínicas na Clínica: A Histeria - Cíntia


Palonsky

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A bibliografia já existente sobre histeria poderia nos isentar do esforço de


apresentar mais um texto, uma vez que não se trata nem de uma análise exaustiva
de toda a bibliografia conhecida, nem de uma obra que apresente grande
novidades teóricas. No entanto. a importância do quadro, a enorme dimensão de
suas consequências e a freqüência com que aparece em nossos consultórios,
justificam este trabalho. Nosso propósito estará cumprido se a maneira particular
com que organizamos o material permitir entender melhor uma certa lógica da
estrutura que apresentamos. 
Já na apresentação da estrutura histérica como tal, organizamos o material em
função da questão do saber, quase como um jogo de pergunta e respostas,
partindo do que consideramos os pontos de estrutura que permitem, facilitam e
até talvez justifiquem o surgimento da problemática histérica. Essas perguntas, no
lado da posição do sujeito diante da castração do Outro, orientarão na clínica a
identificação da estrutura histérica. São perguntas que dizem respeito a: O que
desejar? A quem desejar? O que é ser mulher? O que os homens desejam nas
mulheres? O que as mulheres desejam nos homens? Muito mais do que uma simples
curiosidade, estas perguntas básicas vão funcionar como eixo e guia da vida da
histérica, que vai se dedicar a tentar achar uma resposta para elas. Porém, a
maneira como o sujeito histérico vai procurar as respostas é bastante particular:
se de um lado ele procura saber, do outro ele realmente não quer chegar a saber.
E o que a histérica está procurando é alguma definição da feminilidade que vá
além do falo. Grande parte, senão toda a problemática histérica, vai girar em
tomo da impossibilidade de uma resposta que não o falo e a transformação dessa
impossibilidade estrutural numa insatisfação. 
Deparar-se com a castração própria e a do Outro, com os limites da possibilidade
simbólica através da inclusão do real, é o caminho difícil e angustiante que o
sujeito histérico tem para percorrer numa análise, se o analista que está
conduzindo a cura sabe do que se trata. Não sendo assim. resta a possibilidade de
continuar na insatisfação e na reivindicação, e que a psicanálise e o psicanalista
passem a engrossar a lista dos impotentes que nada conseguiram fazer com o seu
sofrimento. 

Cíntia Palonsky - psicanalista argentina que, junto ao seu trabalho em Buenos


Aires, vem desenvolvendo atividades em Belo Horizonte, coordenando
seminários, seminários de estruturas clínicas, oficinas de clínica psicanalítica e
outros cursos

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quarta-feira, 9 de maio de 2018

A CORRESPONDÊNCIA COMPLETA DE
SIGMUND FREUD PARA WILHELM FLIESS 1887-
1904

É provável que as cartas de Sigmund Freud a seu amigo mais íntimo, Wilhelm
Fliess, constituam, isoladamente, o mais importante conjunto de documentos da
história da psicanálise. Sem que jamais houvesse intenção de publicá-las, as
cartas vão de 1887 a 1904, período que abarca o nascimento e desenvolvimento
da psicanálise. Durante os dezessete anos da correspondência, Freud escreveu
algumas de suas obras mais revolucionárias: Estudos sobre a Histeria, A
Interpretação dos Sonhos, “A Etiologia da Histeria” e o famoso caso clínico de
Dora. 
Aqui apresentados, sem nenhum corte, acham-se 133 documentos nunca trazidos a
público anteriormente, e mais 139 antes publicados apenas em parte. A tradução
se baseia num texto alemão novo e corrigido e as notas discretas auxiliam o leitor
nas alusões difíceis, mas permitem uma interpretação individual do material
apresentado. É raro o criador de um campo totalmente novo do conhecimento
humano revelar, tão abertamente e com tantos detalhes, os processos de
pensamento que conduziram a suas descobertas. Nenhum dos escritos posteriores
tem o imediatismo e o impacto dessas primeiras cartas, nem tampouco revela tão
dramaticamente os pensamentos mais profundos de Freud em pleno ato da
criação. Aqui vemos Freud esboçar e aperfeiçoar suas teorias, sentir a rejeição
dos colegas de ciência e vivenciar seu isolamento profissional. À medida que a
amizade com Fliess cresce e se aprofunda, os dois homens se encontram
periodicamente para trocar idéias e apoiar-se mutuamente em seus esforços.
Freud se volta cada vez mais para o amigo enquanto “platéia de uma só pessoa”,
mas, no final, é desdenhado também por Fliess.

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16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria
Entremeados nas atividades intelectuais de Freud acham-se trechos referentes aos
acontecimentos do cotidiano — as artimanhas de seus filhos, suas férias de longas
caminhadas, suas preocupações financeiras e seus esforços para deixar de fumar.
Nenhuma biografia conseguiria retratar tão integralmente o homem multifacetado
que ganha vida no texto dessas cartas.

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quinta-feira, 22 de março de 2018

Estrutura e perversões - Joël Dor

Saibamos ou não, a perversão é uma questão que diz respeito a cada um de nós,
pelo menos a título de desejo , já que um " núcleo perverso" coexiste na própria
dimensão de qualquer desejo . Quer dizer, pois , que não há perversões que não
sejam sexuais e que a gênese das perversões deve ser inscrita no seio mesmo da
sexualidade dita normal (Freud) . 
Isso leva a crer que se possa conferir às perversões a identidade de uma estrutura
cuja lógica se decifra no terreno da metapsicologia freudiana e lacaniana. Um
ponto de ancoragem das perversões pode então se definir sob a influência de
elementos indutores ligados à problemática do falo na dialética edipiana. 
No campo clínico, a evidenciação da estrutura perversa fundamenta assim a
possibilidade de uma radical discriminação diagnóstica diferencial . De fato, torna
compreensível a proximidade estrutural de algumas organizações
psicopatológicas, tais como as psicoses e o transexualismo. A hipotética perversão
feminina encontra-se, deste modo, igualmente esclarecida.

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Sumário

Introdução

Primeira Parte ESTRUTURA. TRAÇOS ESTRUTURAIS. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 

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Capítulo 1 - A NOÇÃO DE "AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA" NA CLINICA PSICANALÍTICA
Capítulo 2 - SINTOMA E DIAGNÓSTICO
Capítulo 3 - SINTOMAS E TRAÇOS ESTRUTURAIS - Ilustração de sua diferenciação
em um caso clínico de histeria
1. Entrevistas preliminares
2. Relato do tratamento
Capítulo 4 - A NOÇÃO DE ESTRUTURA EM PSICOPATOLOGIA
Capítulo 5 - ESTRUTURAS PSÍQUICAS E FUNÇÃO FÁLICA

Segunda Parte LÓGICA ESTRUTURAL DO PROCESSO PERVERSO 

Capítulo 6 - A CONCEPÇÃO CLÁSSICA DAS PERVERSÕES


Capítulo 7 - A NOÇÃO DE PULSÃO NO PROCESSO PERVERSO
Capítulo 8 - RECUSA DA REALIDADE, RECUSA DA CASTRAÇÃO E CLIVAGEM DO EU
Capítulo 9 - IDENTIFICAÇÃO FÁLICA E IDENTIFICAÇÃO PERVERSA
Capítulo 10 - PONTO DE ANCORAGEM DAS PERVERSÕES E ATUALIZAÇAO DO
PROCESSO PERVERSO
Capítulo 11 - O HORROR DA CASTRAÇÃO E A RELAÇÃO COM AS MULHERES. O
DESAFIO E A TRANSGRESSÃO
Capítulo 12 - A AMBIGÜIDADE PARENTAL INDUTORA DO PROCESSO PERVERSO E O
HORROR DA CASTRAÇÃO - Fragmento clínico
Capítulo 13 - A RELAÇÃO COM AS MULHERES. O DESAFIO. A TRANSGRESSÃO -
Elementos de diagnóstico diferencial entre as perversões, a neurose obsessiva e a
histeria
1. A relação com as mulheres
2. O desafio. A transgressão
Capítulo 14 - O GOZO PERVERSO E O TERCEIRO CUMPLICE - O SEGREDO E O AGIR

Terceira Parte NAS FRONTEIRAS DAS PERVERSÕES 

Capítulo 15 - PROXIMIDADE ESTRUTURAL DAS PSICOSES E DAS PERVERSÕES


Capítulo 16 - SEXUAÇÃO - IDENTIDADE SEXUAL E AVATARES DA ATRIBUIÇÃO FÁLICA
1. O processo da sexuação segundo Lacan
2. A identidade sexual e os avatares da atribuição fálica 
Capítulo 17 - TRANSEXUALISMO E SEXO DOS ANJOS
1. Transexualismo masculino 
2. Transexualismo feminino 

Conclusão: PERVERSÃO E MULHERES PERVERSAS


Bibliografia
Índice onomástico 
Índice terminológico 

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terça-feira, 13 de março de 2018

O desejo de Lacan - Jacques-Alain Miller

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16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria

"Creio que, para nós, seus discípulos, Lacan está próximo, muito próximo,
demasiadamente próximo talvez. É preciso distanciá-lo um pouco, de maneira
que ele possa, para nós, tornar a ser Outro, um Outro desconhecido. Creio que
isso é conveniente ao desejo de Lacan. Talvez possamos, então, dizer que Lacan
tinha algo de histérico. 
A demonstração própria da histeria é a impotência do saber. O oferecimento da
histérica é algo do tipo 'goza de meu enigma'. E assim é Lacan. Com sua obra,
com seus Escritos, com seu estilo, Lacan suscita comentários que justificam os
seminários, conferências e colóquios para saber o que ele quis dizer. Existe quase
uma indústria mundial - os colóquios sobre o enigma de Lacan - da qual nós todos
fazemos parte, que demonstra a histeria de Lacan. 
Penso que seus textos, seus Escritos, seu estilo de múltiplas facetas, permitem
torná-lo sempre um desconhecido para o leitor. Pelo menos é assim comigo. Para
mim, Lacan continua sendo um desconhecido. 
Falar do desejo de Lacan é, para mim, uma maneira de distanciá-lo um pouco.
Todo o mundo está de acordo com Lacan! É extraordinário pensar que todos nós
pensamos o que Lacan pensava... Talvez seja isso um efeito de identificação.
Usar todos os significantes de Lacan talvez seja o resultado, no âmago de cada
um, de uma certa identificação com ele. Mais ainda: talvez seja um obstáculo, um
obstáculo ao trabalho. 
Introduzir a expressão 'o desejo de Lacan' e propô-la como tema é, para mim,
procurar produzir um certo efeito de des-identificação".

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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Sándor Ferenczi - Obras completas, diário clínico e


correspondência com Freud e Jones (PT/ES/EN)

Títulos disponíveis:

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16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria

Em Espanhol:

Publicaciones Preanalíticas (1899-1904)

Obras completas en español (1908-1933)

Diário Clínico (1932)

Em Português [confira o índice de textos no final da página]


Obras completas vol 1 (1908-1912)

Obras completas vol 2 (1913-1919)

Obras completas Vol 3 (1919-1926)

Obras completas Vol 4 (1927-1933) + Artigos póstumos

Diário Clínico (1932)

Em inglês

A correspondência completa entre Sigmund Freud e Sándor Ferenczi (EN) - VOL 1


(1908-1914)

Cartas entre Sándor Ferenczi e Ernest Jones (EN) (1911-1933)

Índice de textos em português:


– Volume I 
Prefácio do Dr. Michaël Balint 
Nota dos tradutores franceses 
I. Do alcance da ejaculação precoce 
II. As neuroses à luz do ensino de Freud e da psicanálise 
III. Interpretação e tratamento psicanalíticos da impotência psicossexual 
IV. Psicanálise e pedagogia 
V. A respeito das psiconeuroses 
VI. Interpretação científica dos sonhos 
VII. Transferência e introjeção 
VIII. Palavras obscenas. Contribuição para a psicologia do período de latência 
IX. Anatole France, psicanalista 
X. Um caso de paranoia deflagrada por uma excitação da zona anal 
XI. A psicologia do chiste e do cômico 
XII. Sobre a história do movimento psicanalítico 
XIII. O papel da homossexualidade na patogênese da paranoia 
XIV. O álcool e as neuroses 
XV. Sonhos orientáveis 
XVI. O conceito de introjeção 
XVII. Sintomas transitórios no decorrer de uma Psicanálise 
XVIII. Um caso de déjà vu 
XIX. Notas diversas 
XX. A figuração simbólica dos princípios de prazer e de realidade no mito de
Édipo 

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16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria
XXI. Filosofia e psicanálise 
XXII. Sugestão e psicanálise 
XXIII. Notas diversas 
XXIV. O conhecimento do inconsciente 
XXV. Contribuição para o estudo do onanismo 

– Volume II 
Prefácio do dr. Michaël Balint 
Nota dos tradutores franceses 
I. Importância da psicanálise na justiça e na sociedade 
II. Adestramento de um cavalo selvagem 
III. A quem se contam os sonhos? 
IV. A gênese do jus primae noctis 
V. Liébault, sobre o papel do inconsciente nos estados psíquicos mórbidos 
VI. Excertos da psicologia de Hermann Lotze 
VII. Fé, incredulidade e convicção sob o ângulo da psicologia médica 
VIII. O desenvolvimento do sentido de realidade e seus estágios 
IX. O simbolismo dos olhos 
X. O complexo do avô 
XI. Um pequeno homem-galo 
XII. Um sintoma transitório: a posição do paciente durante o tratamento 
XIII. Averiguação compulsiva de etimologia 
XIV. Simbolismo dos lençóis 
XV. A pipa, símbolo de ereção 
XVI. Parestesias da região genital em certos casos de impotência 
XVII. Os gases intestinais: privilégio dos adultos 
XVIII. Representações infantis do órgão genital feminino 
XIX. Concepção infantil da digestão 
XX. Causa da atitude reservada de uma criança 
XXI. Crítica de Metamorfoses e símbolos da libido, de Jung 
XXII. Ontogênese dos símbolos 
XXIII. Algumas observações clínicas de pacientes paranoicos e parafrênicos 
XXIV. O homoerotismo: nosologia da homossexualidade masculina 
XXV. Neurose obsessiva e devoção 
XXVI. Sensação de vertigem no fim da sessão analítica 
XXVII. Quando o paciente adormece durante a sessão de análise 
XXVIII. Efeitos psíquicos dos banhos de sol 
XXIX. Mãos envergonhadas 
XXX. Esfregar os olhos: substituto do onanismo 
XXXI. Os vermes: símbolo de gravidez 
XXXII. O horror de fumar charutos e cigarros 
XXXIII. O esquecimento de um sintoma 
XXXIV. Ontogênese do interesse pelo dinheiro 
XXXV. Análise descontínua 
XXXVI. Progresso da teoria psicanalítica das neuroses 
XXXVII. A psicanálise do crime 
XXXVIII. Contribuição para o estudo dos tipos psicológicos (Jung) 
XXXIX. Anomalias psicogênicas das fonação 
XL. O sonho do pessário oclusivo 
XLI. A importância científica dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, de
Freud 
XLIII. Uma explicação do déjà-vu, por Hebbel 
XLIV. Análise das comparações 
XLV. Dois símbolos típicos fecais e infantis 
XLVI. Espectrofobia 
XLVII. Fantasias de Pompadour 
XLVIII. Loquacidade 
XLIX O leque como símbolo genital 
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L. Policratismo 
LI. Agitação em fim de sessão de análise 
LII. A micção, meio de apaziguamento 
LIII. Um provérbio erótico anal 
LIV. Supostos erros 
LV. A psicanálise vista pela escola psiquiátrica de bordéus 
LVI. A era glacial dos perigos 
LVII. Prefácio para a obra de Freud: Sobre os sonhos 
LVIII. A propósito de la représentation dês personnes Inconnues ET dês lapsus
linguae (Claparède) 
LIX. Inversão de afetos em sonho 
LX. Uma variante do símbolo calçado para representar a vagina 
LXI. Dois tipos de neurose de guerra (histeria) 
LXII. Formação compostas de traços eróticos e de traços de caráter 
LXIII. O silêncio é de ouro 
LXIV. Ostwald, sobre a psicanálise 
LXV. Polução sem sonho orgástico e orgasmo em sonho sem polução 
LXVI. Sonhos de não iniciados 
LXVII. As patoneuroses 
LXVIII. Consequências psíquicas de uma castração na infância 
LXIX. Compulsão de contato simétrico do corpo 
LXX. Pecunia olet 
LXXI. Minha amizade com Miksa Schächter 
LXXII. Crítica da concepção de Adler 
LXXIII. A psicanálise dos estados orgânicos (Groddeck) 
LXXIV. A propósito de um sonho que satisfaz um desejo orgânico, de Claparède 
LXXV. A psicologia do conto 
LXXVI. Efeito vivificante e efeito curativo do ar fresco e do bom ar 
LXXVII. Consulta médica 
LXXVIII. Neuroses do domingo 
LXXIX. Pensamento e inervação muscular 
LXXX. Repugnância pelo café da manhã 
LXXXI. Cornélia, a mãe dos Gracos 
LXXXII. A técnica psicanalítica 
LXXXIII. A nudez como meio de intimidação 
– Volume III
Introdução
I. Dificuldades técnicas de uma análise de histeria
II. A influência exercida sobre o paciente em análise
III. Psicanálise das neuroses de guerra
IV. A psicogênese da mecânica
V. Fenômenos de materialização histérica
VI. Tentativa de explicação de alguns estigmas histéricos
VII. Psicanálise de um caso de hipocondria histérica
VIII. Psicanálise e criminologia
IX. Suplemento à psicogênese da mecânica
X. Reflexões psicanalíticas sobre os tiques
XI. O simbolismo da ponte
XII. Prolongamentos da técnica ativa em psicanálise
XIV. Os três ensaios sobre a teoria da sexualidade (4ª edição revista e aumentada,
1920)
XV. Georg Groddeck: o explorador de almas
XVI. A propósito da crise epiléptica
XVII. Para compreender as psiconeuroses do envelhecimento
XVIII. A psicanálise dos distúrbios mentais da paralisia geral (teoria)
XIX. Psicanálise e política social
XX. O simbolismo da ponte e a lenda de Dom Juan
XXI. A psique como órgão de inibição
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XXII. Psicologia de grupo e análise do ego, de Freud
XXIII. Considerações sociais em certas psicanálises
XXIV. Nota de leitura: Contribuições clínicas para a Psicanálise, do Dr. Karl
Abraham
XXV. Ptialismo no erotismo oral
XXVI. Os filhos de alfaiate
XXVII. A materialização no globus hystericus
XXVIII. A atenção durante o relato de sonhos
XXIX. Arrepios provocados pelo ranger do vidro, etc
XXX. Simbolismo da cabeça da Medusa
XXXI. Tremedeira e auto-observação narcísica
XXXII. Um pênis anal oco na mulher
XXXIII. O sonho do bebê sábio
XXXIV. Compulsão de lavagem e masturbação
XXXV. A psicanálise a serviço do clínico geral
XXXVI. Prefácio da edição húngara da Psicopatologia da vida cotidiana, de S.
Freud
XXXVII. Prefácio da edição húngara de Para além do princípio de prazer
XXXVIII. Perspectivas da psicanálise
XXXIX. As fantasias provocadas
XL. Ciência que adormece, ciência que desperta
XLI. Ignotus, o compreensivo
XLII. Thalassa: ensaio sobre a teoria da genitalidade
XLIII. Psicanálise dos hábitos sexuais
XLIV. Charcot
XLV. Contraindicações da técnica ativa
XLVI. As neuroses de órgão e seu tratamento
XLVII. Para o 70º aniversário de Freud
XLVIII. A importância de Freud para o movimento da higiene mental
XLIX. O problema da afirmação do desprazer
L. Crítica do livro de Rank: técnicas da Psicanálise
LI. Fantasias gulliverianas
Bibliografia

– Volume IV
Prefácio: Vizir secreto e cabeça de turco
Introdução: As experiências técnicas de Sándor Ferenczi: perspectivas para uma
evolução futura
Nota dos tradutores franceses

1928
I. A adaptação da família à criança
II. O problema do fim da análise
III. Elasticidade da técnica psicanalítica

1929
IV. Masculino e feminino
V. A criança mal acolhida e sua pulsão de morte

1930
VI. Princípio de relaxamento e neocatarse

1931
VII. Análise de crianças com adultos

1933
VIII. Influência de Freud sobre a medicina
IX. Confusão de língua entre os adultos e a criança
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Artigos Póstumos:
X. Reflexões sobre o trauma
XI. Apresentação sumária da psicanálise
XII. Novas observações sobre a homossexualidade (c. 1909)
XIII. Da interpretação das melodias que nos acodem ao espírito (c. 1909)
XIV. Riso (c. 1913)
XV. Matemática (c. 1920)
XVI. Paranóia (c. 1922)
XVII. Psicanálise e criminologia (c. 1928)
XVIII. O processo da formação psicanalítica
XIX. O tratamento psicanalítico do caráter
XX. A metapsicologia de Freud
XXI. Notas e fragmentos
Bibliografia

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Marcadores: espanhol, Ferenczi

terça-feira, 28 de julho de 2020

Coleção Conceitos da Psicanálise - Viver Mente e


Cérebro

Volumes 18/21

Afetos e emoções
Angústia

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Associação livre
Castração
Complexo de Édipo
Culpa
Eros
Exibicionismo
Fantasia
Fobia
Histeria
Inconsciente
Inveja
Libido
Narcisismo
Perversão
Sadomasoquismo
Superego

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domingo, 12 de abril de 2020

Freud: além da alma (1962) Legendas PT

Vídeo indisponível
Este vídeo pode não existir mais, ou você não tem permissão
para visualizá-lo.
Saiba mais

Esta cinebiografia se concentra nos cinco anos iniciais da carreira de Sigmund


Freud, a partir de 1885, quando entra em contato com os primeiros casos de
histeria e, ao contrário do que diziam seus colegas da época, ele passa a
investigar as causas deste mal através de questionamentos psicológicos, e não
físicos. A ida para França, o casamento e a formulação das primeiras teorias a
respeito do Complexo de Édipo e da influência da sexualidade no histórico mental
de uma pessoa são questões que o filme aborda, tendo como ponto de partida a
relação especial que o doutor desenvolve com uma de suas pacientes, vítima de
profundos transtornos originados por traumas na infância.

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Marcadores: Filmes, freud

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Filme A Princesa Marie (Princesse Marie) (2004) Legenda


PT
Filme feito pela TV francesa em dois episódios, que relata todo o período do
encontro da princesa Marie-Bonaparte, com Freud. Apresentando o processo de
análise da princesa e mostra de maneira exemplar um importante período da
história da Psicanálise. Marie Bonaparte, neta de Napoleão Bonaparte, sofre de
histeria. É uma intelectual que sempre gostou da verdade e a liberdade. Quando
encontra Freud em 1925, rapidamente torna-se a sua amiga mais íntima, sua
confidente, sua seguidora. A psicanálise a liberta de sua neurose e lhe permite
exercer seus inúmeros papéis, de mãe, de esposa, de amante, de nobre e, por
fim, de psicanalista. Em 1938, com muito esforço e usando sua riqueza e
influência, consegue retirar Freud, sua esposa, Martha, e sua filha, Anna, da
Áustria ocupada pelos nazistas, salvando suas vidas.

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Postado por Lacan em PDF às 09:42 Um comentário:


Marcadores: filme, freud

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Variáveis do fim da análise - Colette Soler

https://lacanempdf.blogspot.com/search?q=histeria 23/27
16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria

Este livro equipara o fim da análise a uma equação e estabelece as variáveis que
a compõem. O destino do sintoma na psicanálise é a principal variável desta
equação final. A autora retoma o destino do sintoma trabalhado por Freud em
"Análise finita,análise infinita" para articular a complexa definição de Lacan -
surpreendente - de que o final da análise seria a identificação do sujeito com o
sintoma. Há que se discutir a definição de sintoma e suas nuances particulares: a
mulher como sintoma, sintomas no feminino, histeria e feminilidade, entre outros
temas da atualidade e do futuro da clínica psicanalítica.

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Postado por Lacan em PDF às 08:20 Nenhum comentário:


Marcadores: colette soler

sábado, 24 de junho de 2017

Deslocamentos do feminino - Maria Rita Kehl

https://lacanempdf.blogspot.com/search?q=histeria 24/27
16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria
Para a Psicanálise, em suas origens, feminilidade acaba sendo equivalente a
histeria e há uma valorização da mulher histérica como a que sabe colocar-se na
posição feminina frente ao homem.
"Realizar" o desejo, sabemos desde Freud, é dotá-lo de expressão. Foi o que as
histéricas fizeram, inaugurando a psicanálise, foi o que Freud escutou, mesmo que
não pudesse apreender todo o sentido - foi o que criou, ao mesmo tempo, o
embrião de um outro luar para as mulheres e uma teoria que até hoje tenta curá-
las, readaptando-as a uma feminilidade que há mais de um século não nos serve
mais.

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Postado por Lacan em PDF às 20:42 6 comentários:

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Novas formas clínicas no início do terceiro milênio -


Charles Melman

Os desafios da psicanálise diante da mutação cultural em curso é o tema deste


livro que aborda as novas formas de organização social e suas incidências clínicas.
Face à depressão, à histeria, às toxicomanias, à psicose e aos psicofármacos, qual
a posição do psicanalista e o que pode propor ao analisante? Em tempos de
"politicamente correto", fanatismos, utopias, ideologia liberal, Internet e com
unitarismo, o que causa o desejo no homem e na mulher? O que faz os casais se
manterem juntos? E a adoção de filhos por casais homossexuais? Essas perguntas
de Charles Melman desencadearam instigantes debates entre psicanalistas de
diversas regiões do país, reunidos na Associação Psicanalítica de Curitiba e na
Biblioteca Freudiana de Curitiba.

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Postado por Lacan em PDF às 15:24 Nenhum comentário:

sábado, 1 de outubro de 2016

https://lacanempdf.blogspot.com/search?q=histeria 25/27
16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria

Revista Stylus

A revista Stylus é uma publicação semestral da Escola de Psicanálise dos Fóruns do


Campo Lacaniano. Está em circulação desde 2000 e veicula artigos de integrantes
das comunidades brasileira e internacional do Campo Lacaniano, bem como de
outros colegas que orientam sua leitura da psicanálise principalmente pelos textos
de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Também apresenta artigos provenientes de
outros campos de saber que tomam a psicanálise como eixo de suas conexões
reflexivas.

Vocês podem acessar o material online pelo site: http://issuu.com/epfclbrasil.


(ou fazer o download em pdf no link abaixo)

Caderno de Styllus 01 (O corpo falante)


Caderno de Styllus 3 (Histeria e Neurose Obssessiva)
Caderno Styllus 04 (A escolha das identificações)

Styllus 01 (O passe - uma experiência brasileira)


Styllus 02 (Escola, tempo de elaboração)
Styllus 03 (Lacan no século)
Styllus 04 (O que se espera de um psicanalista)
Styllus 05 (O real da clínica)
Styllus 06 (Angústia e Sintoma)
Styllus 08 (Sujeito e gozo)
Styllus 09 (Trauma e fantasia)
Styllus 10 (Saber-fazer com o real da clínica)
Styllus 11 (As escolhas do sujeito no sexo, na vida e na morte)
Styllus 13 (Gozo modalidades e paradoxos)
Styllus 14 (Amor, desejo e gozo)
Styllus 15 (Família e inconsciente I)
Styllus 16 (Família e inconsciente II)
Styllus 17 (O tempo na Psicanálise)
Styllus 18 (O tempo na psicanálise)
Styllus 19 (Alíngua e o inconsciente real)
Styllus 20 (Corpo e inconsciente)
Styllus 21 (Corpo e inconsciente II)
Styllus 22 (A política do sintoma I)
Styllus 23 (A política do sintoma II)
Styllus 24 (A lógica da interpretação I)
Styllus 25 (A lógica da interpretação II)
Styllus 26 (O que responde o psicanalista - Ética e clínica I)
Styllus 28 (A causa do desejos e suas errâncias I)
Styllus 29 (A causa do desejo e suas errâncias II)
Styllus 30 (Amor e Sexo)
Styllus 31 (Laços)
Sytllus 32 (Clínica Psicanalítica)

https://lacanempdf.blogspot.com/search?q=histeria 26/27
16/01/2021 Lacan em PDF: Resultados da pesquisa histeria
Styllus 33 (Psicanálise e atualidade)

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Postado por Lacan em PDF às 09:05 2 comentários:

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