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ESPECIAL
1 de 93 João Castellano/Istoé
Vera Ondei e Darlene Santiago | Colaboraram Bruno
Santos e Fábio Moitinho ASSINE
Para os otimistas que apostam no agronegócio brasileiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do
setor deve crescer 4% em 2014, movimentando R$ 1,03 trilhão. Se levados em conta os
últimos dez anos, o crescimento foi de 34%, de acordo com dados do Ministério da
Agricultura. As previsões menos otimistas para este ano dão como certo um avanço de
3,8%, frente ao desempenho de 2013. Qualquer que seja o resultado, ele é positivo, e
assegura mais uma vez que o posto de âncora da economia do País está nas
atividades econômicas que passam pelo campo.
Agricultura
Atualmente, o Brasil produz cerca de 195 milhões de toneladas de grãos e bras, 15
milhões de toneladas de papel e celulose e 50 milhões de sacas de café, além de
uma gigantesca cesta de alimentos básicos fornecidos pela agricultura familiar. Essa área
total cultivada soma apenas 8,6% das terras brasileiras. Dos 851 milhões de hectares do
território nacional, as culturas anuais ocupam 50 milhões de hectares; as permanentes, 17
milhões; e as orestas plantadas, seis milhões. Os números mostram o quanto os
agricultores brasileiros são e cientes e de que maneira esse setor pode, ainda, contribuir
para o crescimento de uma produção sustentável. Aos agricultores, o desa o que rege o
futuro está em produzir mais e melhor, em um ritmo muito mais veloz que o aumento da
área cultivada. Com produtividade, en m.
Gilberto Goellner
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Eduardo Logemann
Eraí Maggi
Marcelo Castelli
Blairo Maggi
O produtor Blairo Maggi, do grupo Amaggi, de Mato Grosso, se prepara para voltar
aos negócios da família, um dos maiores produtores eASSINE
exportadores de grãos do País.
Maggi, que já foi governador e atualmente é senador pelo PR, de niu uma data para sair
de cena: 2017. Na Amaggi, ele quer acompanhar a internacionalização do grupo, que já
aportou na Argentina e Europa, está indo para a China e pretende se instalar nos EUA. A
holding Amaggi fatura US$ 5 bilhões por ano.
José Carlos Grubisich
Maior exportador de suco de laranja do mundo, José Luís Cutrale está no comando da
Cutrale, dona de uma receita anual de US$ 3,4 bilhões, baseada em Araraquara (SP).
Atualmente, a companhia é a segunda maior processadora da fruta no Brasil e responde
por cerca de 60% das exportações do suco. Diante das perspectivas de baixo crescimento
do setor, Cutrale decidiu diversi car seus negócios. Ele se juntou ao Grupo Safra para
comprar a americana Chiquita Brands, a maior produtora de bananas do mundo, com
uma oferta inicial de US$ 610 milhões.
Raul Padilla
Pecuária
A produção de proteína animal das mais variadas fontes, de boi a aves, suínos, ovinos,
caprinos e peixes, sem contar as carnes exóticas e de caça, sempre foi uma
vocação brasileira. As três principais – bovinos, suínos e aves – elevaram o País aos
primeiros lugares entre os maiores exportadores mundiais de proteína. Em 2014, o valor
bruto da produção pecuária foi de R$ 151 bilhões, segundo o Mapa. A previsão para 2014
é de crescimento, empurrado pela demanda de Rússia e China, mas não se pode
descartar o mercado interno mais comprador. O mercado Externo, que sempre foi mais
exigente em termos de qualidade de produtos, e a grande transformação pela qual passa
o consumidor brasileiro estão empurrando o setor para uma pro ssionalização
sem precedentes. Para aves e suínos, o bemestar está na ordem do dia. Para bovinos, a
questão é a maciez da carne.
Adir do Carmo Leonel
Adir do Carmo Leonel começou na pecuária com o gir leiteiro, mas foi com o nelore, a
partir de 1960, que se tornou um nome respeitado no setor. Adir é um defensor
incansável da pureza racial do nelore Hoje, além do melhoramento genético de seu
próprio gado, ele assessora a inseminação arti cial na fazenda Nova Piratininga, em Goiás,
que tem entre seus sócios o CEO de grupo Hipermarcas, João Alves Queiroz Filho. A
operação envolve 90 mil nascimentos por inseminação nas próximas safras e é o maior
negócio já fechado, no País, diretamente entre duas fazendas.
Marcos Jank
Fernando Queiroz
No nal dos anos 1980, Fernando Galletti de Queiroz, administrador de empresas, foi se
dedicar a um negócio recém-adquirido pelo pai, Edvar Queiroz, a massa falida do
frigorí co Minerva, em Barretos (SP). Desde então, sob a sua batuta, emergiu o que hoje é
a Minerva Foods, uma empresa que faturou R$ 5,45 bilhões no ano passado.
Jovelino Carvalho Mineiro Filho
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Aos 63 anos, o empresário Jovelino Carvalho Mineiro Filho pode se dar ao luxo de contar a
história de sua vida sob vários ângulos. Entre eles o de economista, sociólogo, vice-
presidente de várias entidades ou sócio em empresas como a Recepta, de pesquisa
contra o câncer. Mas é como criador de gado que Mineiro Filho gosta de se identi car.
Neste ano, a criação de nelore da fazenda Sant’Anna completa 40 anos.
Alexandre Grendene
Sérgio Rial
Em 2012, o executivo Sérgio Rial foi escolhido a dedo pelo empresário Marcos Molina,
controlador do grupo Marfrig, para dirigir a Seara Foods. Com a venda da empresa ao JBS,
Molina não teve dúvida: neste ano, alçou Rial ao posto de presidente do Marfrig, com a
missão de gerir uma dívida de cerca de R$ 6,7 bilhões e recolocar o grupo no caminho do
crescimento. Advogado e conomista, Rial já passou pela Cargill e por bancos de
investimentos.
Jônadan Min Ma
Carlos Viacava
Em julho, o criador Carlos Viacava promoveu em Paulínia (SP), onde está localizada uma
de suas fazendas, o 53° leilão Nelore Mocho Marca CV.ASSINE
Na pecuária, é grande o prestígio
do economista que já ocupou diversos cargos no governo federal e foi por duas gestões o
presidente da ACNB. Atualmente, Viacava tem duas metas: produzir mil touros por ano
e mostrar que a criação, na integração lavoura- pecuária, pode ser realizada com sucesso
em terras fracas.
Felipe Picciani
Paulo Horto
Uma das principais alavancas por trás dos bons projetos de agricultura ou pecuária está
nas mãos de um setor que atua do lado de dentro da porteira. Proteger animais e
culturas, fertilizar a terra e contar com insumos é papel de um batalhão de técnicos,
engenheiros agrônomos, zootecnistas e médicos veterinários que se deslocam de fazenda
em fazenda com uma nova missão proposta por eles mesmos: a de serem agentes de
mudança através da informação. A essa legião de pro ssionais, uma venda bem-sucedida
não se restringe à compra de um determinado produto, mas a um pacote tecnológico
proposto. Esses pacotes, cada vez mais so sticados, podem ajudar o produtor a elevar a
produtividade de uma cultura, a mudar o padrão zootécnico de uma fazenda de criação
de animais ou mesmo ajudar na gestão de ideias. Esses pacotes vêm se tornando
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indispensáveis.
Norival Bonamichi
Norival Bonamichi é um mineiro de modos simples que traçou uma trajetória singular.
Juntamente com o amigo de infância Jardel Massari, ele fundou uma empresa, que batizou
de Ouro no, em 1987. Da atividade em um galpão de 300 metros quadrados, a Ouro no
se transformou na maior empresa de capital nacional de saúde animal e defensivos para a
agricultura, com receita superior a R$ 600 milhões. Atualmente, a Ouro no está se
preparando para abrir o capital na Bolsa de Valores de São Paulo.
Jorge Espanha
Eduardo Leduc
Welles Pascoal
O agrônomo Welles Pascoal assumiu a presidência da Dow AgroSciences no Brasil, em
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maio deste ano. Antes disso, desempenhou várias funções de liderança na empresa
americana, onde, desde 2007, ocupava a diretoria comercial, responsável pela equipe de
vendas de Crop Protection da Dow AgroSciences e Customer Services, além de cargos
líderes na Colômbia e no México.
Gerhard Bohne
Rodrigo Santos
Laércio Giampani
Produtor de café em Minas Gerais, Laércio Giampani divide sua rotina entre a fazenda e a
cidade. O agrônomo Giampani é o presidente da suíça Syngenta no Brasil, umas das
maiores fabricantes de defensivos agrícolas do mundo. Atualmente, com pesados
investimentos em cana-de-açúcar, ele tem como desa o levar a empresa ao faturamento
de US$ 1 bilhão até 2018. Sem tempo para descansar, o executivo ocupa, ainda, a posição
de presidente do conselho diretivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).
Lair Hanzen
Edival Santos
Cooperativas
Trabalhar em conjunto, em benefício de todos. A fórmula resumida do cooperativismo cai
muito bem ao agronegócio brasileiro. No País, segundo dados da Organização das
Cooperativas do Brasil (OCB), cerca de dez milhões de pessoas estão ligadas a esse
sistema de governança. No agronegócio, considerado um segmento importante desse
setor, a pro ssionalização está colocando muitas cooperativas em pé de igualdade
com grandes empresas privadas.
Itacir Pozza
Mário Lanznaster
Antonio Chavaglia
Instituições Financeiras
Jorge Hereda
Pedro Coutinho
Erik Peek
Alexandre Figliolino
Ademar Schardong
Osmar Dias
Engenheiro agrônomo e ex-senador pelo PDT no Paraná, Osmar Dias é uma referência
no meio nanceiro. Desde 2011, ele é o vice-presidente de Agronegócios e Micro e
Pequenas Empresas do Banco do Brasil. Isso signi ca que está sob sua responsabilidade a
área de crédito rural do BB, líder desse segmento, com 65% de participação de mercado.
Para a safra 2014/15, que começou no dia 1º de julho e seguirá até 31 de junho de 2015, o
BB vai emprestar R$ 81,5 bilhões à agricultura.
Rúben Osta
Universidade e Pesquisa
Roberto Rodrigues
Pedro de Felício
Máquinas e tecnologias
Paulo Herrmann
Valentino Rizzioli
Leonardo de Sá
Cristina Palmaka
Jorge Nishimura
Biocombustíveis
Bernardo Gradin
Elizabeth Farina
Luiz de Mendonça
Erasmo Battistella
Fábio Venturelli
Governo
Acada quatro anos, a corrida eleitoral pela Presidência da República, desata a discussão
sobre os novos rumos a serem imprimidos ao País. É a oportunidade que os diferentes
setores da economia encontram para promover um balanço do que foi feito pelo
governo vigente e apresentar suas reivindicaçõe aos candidatos. A boa-nova é que nunca
o agronegócio mereceu tanto a atenção dos postulantes – dadas as suas
peculiaridades, em nenhum lugar do mundo a agricultura e a pecuária podem prescindir
das políticas e da ação de governo, seja em termos de nanciamento, seja em termos de
seguro, infraestrutura logística e preços mínimo. A ocupação bem-sucedida do Centro-
Oeste, hoje o principal celeiro brasileiro de grãos, é a prova mais eloquente disso. Graças
às políticas e ao esforço de milhões de homens e mulheres, o Brasil se tornou um gigante
produtor mundial, com 196 milhões de toneladas de grãos.
Glauber Silveira
Kátia Abreu
Roberto Azevêdo
O engenheiro baiano Roberto Azevêdo é um dos mais in uentes diplomatas brasileiros,
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com larga experiência em negociações comerciais. Representante do País na OMC, desde
2008, Azevêdo já participou de litígios vencidos pelo País, como o contencioso do algodão,
contra os Estados Unidos, e o do açúcar, contra a União Europeia. Desde setembro de
2013, ele é o diretor-geral da OMC, sendo o primeiro latino-americano a ocupar o cargo.
Neri Geller
Mônika Bergamaschi
Entidades do agronegócio
Almir Dalpasquale
Carlos Lovatelli
Gilson Pinesso
Antônio Camardelli
Eduardo Riedel
Desde 2010, o biólogo e mestre em zootecnia Eduardo Riedel é presidente da Federação
da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, uma ASSINE
das 27 entidades que integram
a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Ele também é vice-presidente da CNA e
presidente do conselho deliberativo do Sebrae MS. Além disso, em agosto, Riedel assumiu
a Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacionais, do Ministério da Agricultura.
Gustavo Junqueira
Francisco Turra
Neste mês, o veterinário e criador de cavalos José Luiz Lima Laitano assumiu a presidência
de uma das maiores entidades de uma raça equina no País, a Associação Brasileira de
Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), com sede em Pelotas (RS). Antes disso, Laitano
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atuava como vice-presidente de comunicação e marketing da entidade. O rebanho do
crioulo, atualmente na casa dos 300 mil animais, está em franca expansão. A ABCCC
estima que, por ano, nascem no País cinco mil cavalos da raça.
Alysson Paulinelli
Iniciativa Sustentável
Mais do que mitigar impactos ambientais e minimizar os riscos à saúde humana, as
iniciativas sustentáveis no agronegócio vêm promovendo efeitos econômicos e sociais
positivos. Soluções verdes para os desa os da produção
não somente têm melhorado a imagem do setor perante os consumidores urbanos, como
também estão ajudando os agricultores e pecuaristas na gestão mais e ciente de sua
atividade.
Mateus Paranhos
João Campari
Desde que se mudou para o Brasil em 1997, o texano John Carter, produtor rural
e ambientalista, declarou guerra às queimadas, no entorno de sua fazenda em
Mato Grosso. Em 2004, com um grupo de fazendeiros, Carter criou a Aliança da Terra,
uma organização não governamental voltada à disseminação de práticas agrícolas
sustentáveis. Atualmente, 712 propriedades que ocupam 1,4 milhão de hectares
dedicados à pecuária e agricultura mantêm 1,5 milhão de hectares de orestas no Centro-
Oeste do País. Desde 2007, já foram investidos R$ 22 milhões em melhorias ambientais.
Consultorias
Marcelo Prado
Alcides Scot
TÓPICOS 100 NOMES ADIR DO CARMO LEONEL EDUARDO LOGEMANN ERAÍ MAGGI FERNANDO QUEIROZ
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