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SUMÁRIO
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS ...................................................................................................... 2
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO ................................................................................... 2
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE................................................................................................................ 2
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE ...................................................................... 2
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA .......................................................................................................................... 2
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ............................................................................. 3
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA............................................................................................................ 3
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA ....................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS


PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
Esse princípio, juntamente com o princípio da indisponibilidade do interesse público,
reflete a base do Direito Administrativo, pautando todas as condutas da Administração
Pública, que sempre agirá sob a ótica desses postulados norteadores.
De acordo com esse princípio, o interesse público, isto é, da coletividade, é mais
importante que os interesses privados. Dele extraímos os poderes da Administração Pública,
que a coloca em situação de superioridade em face dos administrados, de modo a poder
exercer o seu mister, a proteção do interesse público.

PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
Esse princípio, implicitamente previsto na Constituição Federal, trata da
indisponibilidade inerente aos bens e serviços públicos, que pertencem à coletividade, e não à
Administração Pública (ou a seus agentes), que apenas atuam em prol da sociedade. A
Administração Pública não é a titular do interesse público, sendo na verdade a guardiã do
mesmo, não podendo, desse modo, renunciar injustificadamente ao mesmo, de modo a onerar
a coletividade.
O administrador público é um mero gestor da coisa pública, não podendo dispor (abrir
mão) dos interesses públicos, sendo esse princípio o fundamento dos deveres da
Administração.

PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE


Esses princípios refletem limitações impostas aos atos discricionários, sendo que o
administrador público, ao exercer a margem de escolha dada pela lei, deverá sempre fazê-lo
de forma proporcional e razoável. Assim, esse princípio tem o condão de evitar os excessos na
discricionariedade administrativa.
Caso um ato administrativo não guarde a relação entre a adequação da medida utilizada
e o fim pretendido, teremos um ato excessivo, passível de ser invalidado.
Trata-se de uma relação entre meios e fins, isto é, para o alcance de determinado fim
almejado, deve ser utilizado um meio adequado e proporcional para tanto.

PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
Este princípio proporciona a Administração o poder para revisar seus próprios atos,
assegurando um meio adicional de controle de sua atuação, reduzindo o congestionamento do
Poder Judiciário.
A autotutela administrativa difere do controle judicial, sendo que a sua execução é feita
pela própria Administração que praticou o ato independente de provocação.
A autotutela autoriza o controle, pela Administração, sob dois aspectos: o da legalidade,
onde ela irá anular seus atos ilegais e o de mérito, onde ela poderá revogar seus atos que,
embora válidos, se mostrarem inoportunos ou inconvenientes.
Assim, esse princípio permite que a Administração Pública exerça o controle sobre seus
próprios atos. Esse controle pode ser realizado sob dois aspectos:
1) Critério de Legalidade → Quando o ato for ilegal ou ilegítimo a Administração Pública
deve ANULAR esse ato (de ofício ou quando provocada). Essa anulação do ato ilegal possui
efeitos ex tunc (retroativos).

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2) Critério de Mérito → Nesse caso a Administração Pública pode REVOGAR seus


próprios atos por conveniência ou oportunidade. Na revogação os são atos válidos (ela é feita
por razões de interesse público, e não por ilegalidades) e gera apenas efeitos “ex nunc” (não
retroativos).
A súmula 473 do STF também trata desse assunto:
“A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS
TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE
CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS
CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL.”

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS


Os serviços públicos têm como destinatário a coletividade, devendo a sua prestação ser
feita de modo contínuo e de maneira que atenda às necessidades da população.
Desse modo, os serviços públicos devem ser prestados de maneira adequada e
ininterrupta, somente podendo haver a paralisação da prestação dos mesmos em casos
excepcionais, como em situações de emergência ou havendo aviso prévio.
Esse princípio aplica-se tanto para os entes da Administração Pública como também
para os particulares delegatários de serviços públicos.
No caso de a Administração Pública descumprir sua parte, os serviços prestados pelo
delegatário não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em
julgado, não se aplicando a cláusula de exceção de contrato não cumprido (essa cláusula
define que a parte que não cumpriu sua parcela no contrato, não pode exigir que a outra parte
cumpra a sua).
Assim, o delegatário de serviço público não pode interromper a prestação alegando que
a Administração Pública não cumpriu sua parte no contrato, somente podendo rescindir o
contrato mediante decisão judicial com trânsito em julgado (aquela que não comporta mais
nenhum recurso, tornou-se definitiva).
Não será considerado descontinuidade sua interrupção quando:

 I-EMERGÊNCIA (sem aviso prévio);


 II-DESRESPEITO ÀS NORMAS TÉCNICAS (com aviso prévio);
 III-INADIMPLEMENTO (com aviso prévio). Supremacia do Interesse Coletivo.

PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA


Esse princípio protege as expectativas legítimas, impedindo que o administrado seja
surpreendido por uma situação inesperada. Ele visa dar credibilidade e estabilidade nas
relações travadas com o Estado, vedando que seja aplicada retroativamente uma nova
interpretação da lei. Esse princípio está intimamente relacionado com aos princípios da
boa-fé e da confiança. Conforme já disse o STF, esse princípio reflete a necessidade de
respeitar situações consolidadas pelo tempo e amparadas pela boa-fé dos administrados.

PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA


A ampla defesa deve ser assegurada sempre que a decisão administrativa afetar
interesses de terceiros. Como exemplo, podemos citar o direito à ampla defesa no PAD
(processo administrativo disciplinar), que poderá culminar na penalização de um servidor.

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Em procedimentos em que inexista a restrição de direitos, não há que se falar em direito


à ampla defesa, como no caso da sindicância investigativa (cuidado, não confunda com a
sindicância, que é uma modalidade de PAD, na qual é exigida a ampla defesa) ou no inquérito
civil ou policial.

EXERCÍCIOS
1. Embora não estejam previstos expressamente na Constituição vigente, os princípios da
indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a atividade
da Administração Pública.
Certo ( ) Errado ( )
2. Acerca do Direito Administrativo, julgue o item a seguir: O princípio administrativo da
autotutela expressa a capacidade que a Administração tem de rever os próprios atos,
desde que provocada pela parte interessada, independentemente de decisão judicial.
Certo ( ) Errado ( )
3. A Administração deve, em caso de incompatibilidade, dar preferência à aplicação do
princípio da supremacia do interesse público em detrimento do princípio da legalidade.
Certo ( ) Errado ( )
4. O regime jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado em dois princípios dos
quais todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse
público sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público.
Certo ( ) Errado ( )
5. O princípio da autotutela possibilita à Administração Pública anular os próprios atos,
quando possuírem vícios que os tornem ilegais, ou revogá-los por conveniência ou
oportunidade, desde que sejam respeitados os direitos adquiridos e seja garantida a
apreciação judicial.
Certo ( ) Errado ( )
6. As restrições impostas à atividade administrativa que decorrem do fato de ser a
Administração Pública mera gestora de bens e de interesses públicos derivam do
princípio da indisponibilidade do interesse público, que é um dos pilares do regime
jurídico-administrativo.
Certo ( ) Errado ( )
7. A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, embora consista em um
princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a mesma força dos
princípios que estão explícitos no referido texto, como o princípio da moralidade e o
princípio da legalidade.
Certo ( ) Errado ( )
8. O princípio da razoabilidade apresenta-se como meio de controle da discricionariedade
administrativa, e justifica a possibilidade de correção judicial.
Certo ( ) Errado ( )
9. A discricionariedade administrativa não é limitada pelo princípio da razoabilidade.
Certo ( ) Errado ( )

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10. A autotutela é entendida como a possibilidade de a Administração Pública revogar atos


ilegais e anular atos inconvenientes e inoportunos sem a necessidade de intervenção do
Poder Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO
01 - C
02 - E
03 - E
04 - C
05 - C
06 - C
07 – C
08 – C
09 – E
10 – E

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