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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAX PLANCK

Direito administrativo - 8º Semestre - Professor: Paulo Braga

Caroline Oliveira Ferraz RA: 51914029

Gabriela Vitória dos Santos RA: 51914037

Kauane Vitória Alves de França RA: 51913341

Rafaela Amá Sadocco RA: 51913515

Claudio Victor Silva Vitebro RA: 52015632

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
HISTÓRIA:
O Direito Administrativo tem sua origem na França, no século XVIII e no início do
século XIX, sendo reconhecido como um ramo autônomo do direito no início do
processo de desenvolvimento do Estado de Direito, baseado no princípio da legalidade e
da separação. Vale destacar que devido ao desenvolvimento do Estado de Direito e sua
decorrente necessidade de garantir segurança na relação entre Administração Pública e
os administrados, foi necessário criar ramos autônomos do direito para que fosse
possível regular a relação supracitada.
Assim, restou ao Direito Administrativo delimitar funções e organizar as ideias
governamentais, que antes mal saíam do papel, tendo como objetivo assegurar os
direitos consequentes da referida relação, garantindo assim, os interesses de forma geral
da coletividade, chamados hoje de interesse público.
Desse modo, o Direito Administrativo originou-se em um período pós-revolucionário,
com o Estado de Direito, época a qual era tomada pela revolta presente em relação às
ideias políticas que eram juridicamente aceitas.

CONCEITO:
Função administrativa é a atividade do Estado de dar cumprimento aos comandos
normativos para realização dos fins públicos, sob regime jurídico administrativo em
regra, e por atos passíveis de controle. A função administrativa é exercida tipicamente
pelo Poder Executivo, mas pode ser desempenhada também pelos demais Poderes, em
caráter atípico.
Para a identificação da função administrativa, os autores se têm valido de critérios de
três ordens: 1º subjetivo ou orgânico, que dá realce ao sujeito ou agente da função; 2º
objetivo material, pelo qual se examina o conteúdo da atividade; e 3º objetivo formal,
que explica a função pelo regime jurídico em que se situa a sua disciplina. Nenhum
critério é suficiente, se tomado isoladamente. Devem eles combinar-se para suscitar o
preciso contorno da função administrativa.
Por conseguinte, também o Judiciário e o Legislativo, não obstante suas funções
jurisdicional e legislativa e fiscalizatória típicas, praticam atos administrativos, realizam
suas nomeações de servidores, fazem suas licitações e celebram contratos
administrativos, ou seja, tomam medidas concretas de gestão de seus quadros e
atividades.

FINALIDADE:
A finalidade da função administrativa é proteger o interesse público, o que não deve ser
confundido com o interesse estatal, uma vez que, o poder público age em prejuízo da
coletividade.

ATOS ADMINISTRATIVOS

ESPÉCIES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:


Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da administração pública
que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato resguardar, adquirir, modificar,
extinguir e declarar direitos ou impor obrigação aos administrados ou a si própria.
Os atos administrativos são espécie do gênero atos jurídicos que se caracterizam por
serem os mesmos praticados pela administração pública na prática de suas atividades.
Se diferem dos atos legislativos e dos atos judiciais por sua natureza, conteúdo, forma
e atribuições a que se destinam. São praticados pelos órgãos executivos, da
Administração Direta ou por dirigentes das pessoas da Administração Indireta.

As espécies de atos administrativos são divididas em 5: atos normativos, atos


ordinatórios, atos negociais, atos enunciativos e atos punitivos.
Normativos são os atos administrativos marcados pela existência concomitante de
abstração quanto ao conteúdo e generalidade quanto aos seus destinatários. São
aqueles que contém comandos, em regra, gerais e abstratos para viabilizar o
cumprimento da lei. Para alguns autores, tais atos seriam leis em sentido material. Ex.
Decretos, deliberações incluem-se, nessa moldura, os seguintes atos normativos: a)
regimentos; b) instruções ministeriais; c) decretos regulamentares; d) instruções
normativas; e) resoluções.

Negociais são atos destituídos de imperatividade, eis que seus efeitos são desejados
pelo administrado. Manifestam a vontade da Administração em concordância com o
interesse de particulares. Exemplos: a) licença; b) autorização; c) admissão; d)
permissão; e) nomeação; f) exoneração a pedido.

Ordinários são atos internos que, baseando-se no poder hierárquico, são direcionados
aos próprios servidores públicos. São manifestações internas da Administração
decorrentes do poder hierárquico disciplinando o funcionamento de órgãos e a
conduta de agentes públicos. Assim, não podem disciplinar o comportamento de
particulares por constituírem determinações internas. Exemplos: a) circulares; b)
avisos; c) portarias; d) instruções; e) provimentos; f) ordens de serviço; g) ofícios e h)
despachos.

Enunciativos são atos por meio dos quais a Administração atesta ou reconhece uma
situação de fato ou de direito. Também chamados atos de pronúncia, certificam ou
atestam uma situação existente, não contendo manifestação de vontade da
Administração Pública. Exemplos: a) certidões; b) atestados; c) informações; d)
pareceres; e) apostilas.

Punitivos são aqueles que, lastreados no poder disciplinar ou poder de polícia,


impõem sanções sobre os servidores e particulares. Aplicam sanções a particulares ou
servidores que pratiquem condutas irregulares. Atos punitivos externos: multas,
interdição de atividade, destruição de coisas. Atos punitivos internos: advertência,
suspensão, demissão, cassação de aposentadoria, etc.
Regimento = (atos normativos internos que, baseados no poder hierárquico, destinam-
se a reger órgãos colegiados ou corporações legislativas).

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