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5 AÇÕES

PARA
PROMOÇÃO DO

AUTOCUIDADO
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jade.falcao@yahoo.com.br @jade.falcao
Apresentação

Olá, eu me chamo Jade


Falcão, graduada em
psicologia no centro
universitário UniFanor e
atuo como psicóloga clínica
com leitura em terapia
analítico comportamental.

A partir de observações e demandas recentes, pude


perceber o quanto o processo de autocuidado se faz
necessário na vida das pessoas.
Diante disto, decidi compartilhar com vocês algumas
ações que contribuem nesse processo e consequentemente,
influenciam na saúde psicológica.
O que é autocuidado?

Porque ele é importante?

Esse termo tem sido muito presente nos últimos


anos devido ao crescente número de pessoas
diagnosticadas com alguma disfunção psicológica,
mas afinal, do que se trata o autocuidado?
Bem, esse termo é bem abrangente, porém, de
modo geral designa que a partir de uma
autopercepção o sujeito busca praticar de ações
em cuidados visando a promoção do seu bem-estar
físico e psicológico de modo singular (BUB, et al.,
2006) .
Antes de procurar práticas padronizadas, busque
compreender quais são suas reais necessidades. É
importante entender que o processo de
autocuidado é extremamente pessoal. Existem
algumas estratégias que podem contribuir nesse
processo, entretanto, é necessário ter a
compreensão que nem tudo que o outro pratica
como autocuidado cabe a você.
As seguintes ações são sugestões de atividades
para o desenvolvimento do autocuidado, baseadas
em pesquisas científicas sobre a promoção de um
bem-estar bio-psico-social.  Portanto, é
necessário analisar se as ações a seguir fazem
sentido para você e para sua rotina.
Assertividade

É provável que você não conheça esse termo, mas


deve compreender o seu significado. A
assertividade trata-se de uma estratégia de
comunicação, onde uma pessoa procura relatar e
expressar seus sentimentos de forma socialmente
adequada, levando em consideração os direitos e
interesses tanto daquele que fala, quanto daquele
que escuta (MARCHEZINI-CUNHA, TOURINHO,
2010).
A assertividade contribui em uma prática de
autocuidado quando somos honestos com nós
mesmos e também com aqueles à nossa volta.
Deste modo, essa competência emocional nos faz
compreender que não precisamos fazer ou aceitar
algo que não queremos, bem como, não devemos
impor isso a outras pessoas (MARCHEZINI-
CUNHA, TOURINHO, 2010). Ou seja, quando
compreendemos os nossos limites e conseguimos
expressa-los, facilita a compreensão e a empatia
pelo outro.
Nem sempre ser assertivo é uma tarefa fácil,
porém é preciso que você se disponha a se
comunicar de forma mais horizontalizada,
compreendendo que a relação o meio a sua volta
tem influência direta sobre o seu bem-estar
psicológico.
Escrita terapêutica

A escrita terapêutica é algo que ainda é pouco


conhecido, mas que pode trazer vários benefícios.
Essa é uma das minhas ferramentas preferidas,
pois como já dizia Fernando Pessoa (1982): “Se
escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre
de sentir”.  Para algumas pessoas a escrita pode se
considerar algo infantilizado, no entanto, recentes
estudos vêm comprovando cada vez mais a eficácia
dessa prática.
A escrita terapêutica foi caracterizada como um
método para que os indivíduos pudessem se
expressar, bem como, uma forma de enfrentar expe-
riências, traumas e queixas emocionais
(FIGUEIRAS, MARCELINO, 2008). Desse modo,
a escrita tem grande valor terapêutico, já que
auxilia no processo reflexivo através das vivências
e das emoções, trazendo muitas vezes uma
sensação de alívio. Quando você torna o ato de
escrever sobre si, algo cotidiano, contribui no
processo de autoconhecimento, facilitando o
reconhecimento dos sentimentos e diminuído o
constrangimento em relação ao que se sente.
Para que possa trazer muitos resultados, o ideal
é tornar a escrita um processo livre, sabendo que
não necessita uma ordem especifica. Nesta
ferramenta o ideal é colocar na ponta do lápis
aquilo que se sente, buscando um sentido singular
de acordo com suas
emoções. Então, separe alguns minutos do seu dia
e experimente os benefícios que a escrita
terapêutica pode trazer para você.
Hábitos saudáveis

Eu sei que esse ponto parece bem clichê, mas um


estilo de vida mais saudável tem influência direta
com o nosso bem-estar psicológico. A falta de
cuidado com a alimentação, assim como a falta de
cuidado com o corpo físico, influencia a saúde
negativamente. Então, é necessária uma
manutenção em saúde entendo que é fundamental
para qualquer aspecto da vida.
Diversas pessoas não sabem ou não dão
importância para um comportamento alimentar
equilibrado. Aquilo que comemos afeta o que
sentimos, e o que sentimos afeta o que comemos
(VIANA, 2002). Então, dependendo do alimento
que consumimos teremos emoções distintas.  Um
dos exemplos mais comuns relacionados a essa
questão, é uma pessoa que sofre de ansiedade
comer muito doce em momentos de crise, buscando
uma sensação de prazer e alívio. O comportamento
alimentar está diretamente ligado a região, faixa
etária, fatores sociais e biológicos (VIANA,
2002). Portanto, o ideal é manter uma rotina de
alimentação equilibrada buscando o que é melhor
para o seu organismo, priorizando uma alimentação
com ingredientes naturais. É importante lembrar de
buscar acompanhamento profissional para
identificar quais as suas necessidades.
Outro hábito que contribui para um bom
funcionamento psicológico é a prática de atividade
física. Existem várias pesquisas no meio acadêmico
que abordam a relação de uma rotina de exercícios
físicos e bem-estar psicológico. Uma das principais
teorias acerca desse tema é a teoria da endorfina.
Ela indica que as atividades físicas causam uma
liberação de endorfina no nosso cérebro, e com isso
uma sensação natural de euforia, trazendo alívio e
diminuição dos desconfortos psicológicos (COSTA;
SOARES; TEIXEIRA, 2007). É preciso colocar o
corpo em movimento, atividades como caminhada,
yoga, dança, entre tantas outras, pode trazer além
de uma melhora no seu condicionamento físico, um
cuidado em saúde mental. Lembre-se de buscar um
profissional   qualificado e realizar suas avaliações
regularmente.
Lazer

Outro ponto que é fundamental, porém não é


dado a devida importância, é o lazer. Esse termo
refere-se a momentos na rotina das pessoas com
função de diversão, descanso e entretenimento
(AQUINO; OLIVEIRA-MARTINS, 2007).
Durante o período da infância atribuímos mais o
nosso tempo com lazer e menos com obrigações,
quando a idade adulta chega acontece uma inversão
desse papeis. A rotina, na maioria dos casos,
intensa de trabalho, acaba nos tirando esses mo-
mentos. É preciso levar em consideração que tirar
um tempo para fazer o que gosta é super
importante para o nosso bem-estar psicológico.
Muitas pessoas acreditam que o lazer se define
apenas com viagens e festas, mas na verdade
pequenas práticas frequentes contribuem para o
lazer das pessoas. Separar alguns minutos do dia
para ler um livro, aprender algo novo, conversar
com os amigos, tudo isso entre outras coisas,
também são atividades de lazer. O importante não
é o objetivo da atividade, e sim, a sensação de
prazer e bem-estar proporcionado por ela.
Autoconhecimento

Esse, na minha opinião é o principal ponto no que


se refere ao autocuidado. Falar sobre
autoconhecimento é algo ainda recente, assim
como a psicologia em si. O autoconhecimento
trata-se de um processo crítico-reflexivo, baseado
na habilidade descritiva e avaliativa, no qual o
sujeito expressa conhecimento sobre o próprio
comportamento (BRANDENBURG; WEBER,
2005).
Então, quando alguém conhece a si mesmo,
compreende melhor aquilo que sente, bem como
passa a ter um domínio maior sobre suas emoções,
ou seja, a prática de autoconhecimento nos
proporciona uma melhor relação com sentimentos de
ansiedade, frustração, baixa autoestima e muitas
formas de desconforto emocional.
Portanto, quando exercemos o autoconhecimento
tendemos a procurar alternativas, visando o nosso
bem-estar psicológico e evitando desgastes
emocionas desnecessários.
Acredito que atualmente a principal ferramenta
para o desenvolvimento do autoconhecimento, é a
psicoterapia. A psicoterapia é um processo
terapêutico realizado por profissionais de psicologia,
que visa atuar com diversas queixas, tais como,
depressão, ansiedade, fobias, relacionamentos, entre
outras questões que causam sofrimento psíquico.
Essa forma de atuação também é conhecida como
psicologia clínica, onde o psicólogo junto ao cliente
busca a promoção de bem-estar e saúde psicológica.
Considerações finais da

autora

Este escrito teve como objetivo apresentar


algumas estratégias para uma prática em
autocuidado visando sempre o bem-estar bio-
psico-social. O intuito dessas práticas é estimular
as pessoas a realizar e identificar ações que lhe
fazem bem. Tudo que foi apresentado baseia-se em
pesquisas científicas com respaldo presentes no
meio acadêmico.
Como foi dito anteriormente, essas ações são
sugestões, porém cada pessoa deve avaliar se as
atividades propostas lhe trazem benefícios,
portanto mais importante do que a atividade são os
efeitos que elas podem trazer. Espero que de
alguma forma tenha contribuído com o seu bem-
estar. Um grande abraço!
Referências
BUB, Maria Bettina Camargo et al. A noção de cuidado de si mesmo e o
conceito de autocuidado na enfermagem. Texto & Contexto-Enfermagem,
v. 15, n. SPE, p. 152-157, 2006.

MARCHEZINI-CUNHA, Vívian; TOURINHO, Emmanuel Zagury.


Assertividade e autocontrole: Interpretação analítico-
comportamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 26, n. 2, p. 295-304,
2010.

PESSOA, Fernando et al. Livro do desassossego. Ática, 1982.

FIGUEIRAS, Maria João; MARCELINO, Dália. Escrita terapêutica em


contexto de saúde: Uma breve revisão. Análise Psicológica, v. 26, n. 2,
p. 327-334, 2008.

VIANA, Victor. Psicologia, saúde e nutrição: Contributo para o estudo do


comportamento alimentar. Análise Psicológica, v. 20, n. 4, p. 611-624,
2002.

COSTA, Rudy Alves; SOARES, Hugo Leonardo Rodrigues; TEIXEIRA,


José Antônio Caldas. Benefícios da atividade física e do exercício físico
na depressão. Revista do Departamento de Psicologia. UFF, v. 19, n. 1, p.
273-274, 2007.

AQUINO, Cássio Adriano Braz; DE OLIVEIRA MARTINS, José Clerton.


Ócio, lazer e tempo livre na sociedade do consumo e do trabalho. Revista
Subjetividades, v. 7, n. 2, p. 479-500, 2007.

BRANDENBURG, Olivia Justen; WEBER, Lidia Natalia Dobrianskyj.


Autoconhecimento e liberdade no behaviorismo radical. Psico-USF, v.
10, n. 1, p. 87-92, 2005.

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