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RESUMO
➢ SONS/FONEMAS/GRAFEMAS:
- estamos perante fonemas diferentes sempre que num par mínimo, a substituição
de um som pelo outro der origem a palavras diferentes, com significados
diferentes. As palavras gato e pato formam um par mínimo, isto é, em tudo
foneticamente idênticas com exceção apenas num som: [g] e [p]. Se substituirmos
estes dois sons um pelo outro, no mesmo contexto, neste caso –ato, verificamos
que, apesar de não terem sentido próprio, dão origem a duas palavras com
significados diferentes.
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➢ ORTOÉPIA/PROSÓDIA/ORTOGRAFIA
- a adequada e correta ligação das palavras na frase. Por exemplo: “No fim da
avenida há um túnel esburacado, que atravessamos perigosamente. Àquela noite,
o que mais tive medo, era aquilo ser um assaltante.”
➢ MORFEMAS/PALAVRA/GRUPO DE
PALAVRAS/CLÁUSULA/FRASE/ORAÇÃO/PERÍODO/TEXTO
texto
oração
cláusula
grupo de palavras
palavra
morfema
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casa, homem. Também pode integrar uma palavra complexa, isto é, uma palavra
constituída pela união de dois ou mais morfemas: vice-presidente, infelizmente.
São os elementos que compõem a estrutura lexical e gramatical dos vocábulos.
Os morfemas podem ser classificados em morfemas lexicais e morfemas
gramaticais: casa e –s.
- as palavras são elementos que fazem parte do léxico da língua e que utilizamos
num enunciado para comunicar, quer pelo seu significado quer pela sua função
gramatical.
• FRASE - geralmente diz-se que é a maior unidade linguística sobre a qual pode
operar uma regra da gramática;
- O João saiu de casa a correr e foi para a escola. será também uma só frase, pela
interdependência que todos os elementos estabelecem entre si;
- no entanto, em O João saiu de casa. Saiu a correr e foi para a escola . temos
duas frases, pela relativa independência das duas unidades linguísticas que
constituem este enunciado;
- pode ser simples ou complexa; pode ou não conter uma forma verbal:
“Cuidado!”;
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- define-se pelo propósito de comunicação, e não pela sua extensão. O conceito
de frase, portanto, abrange desde estruturas linguísticas muito simples até
enunciados bastante complexos.
- composto quando é constituído de duas ou mais orações: O João anseia que haja
um julgamento justo, pois o último obviamente não o foi;
- o período termina sempre por uma pausa conclusiva que recebe, na linguagem
escrita, um sinal de pontuação.
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é “especificativo” (porque serve para opor um boi manso a outros bois que
não são mansos);
➢ CONCORDÂNCIA/REGÊNCIA/COLOCAÇÃO
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regência implica uma relação de dependência entre elementos, uma relação de
interdependência de um regido relativamente a um regente. O termo regido
é o termo que é exigido pelo outro;
- Ordem direta (SVO): como já sabemos, cada proposição é formada por uma ou
mais palavras dispostas numa certa ordem. Não é, porém, indiferente a
colocação dos elementos da proposição, como vamos ver nos exemplos
seguintes:
1.º O meu pai cultivou o jardim. O Dr. Manuel de Arriaga, primeiro presidente
da República Portuguesa, foi eleito pelo Congresso.
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Na primeira oração, colocou-se o sujeito e depois o predicado com o seu
complemento.
2.º Tenho muito amor a minha mãe. Dei um abraço ao meu primo, ao encontrá-
lo no centro comercial.
?São as frutas maduras excelente alimento, em vez de: As frutas maduras são
alimento excelente.
Deve dizer-se ou escrever-se com clareza, o que importa mais do que obedecer ou
não à ordem direta. O que é preciso é dispor as palavras de modo que todos
entendam.
➢ COESÃO/COERÊNCIA
- não coerente é também o enunciado que diz que Hoje é domingo, mas
simultaneamente segunda-feira, pois a coerência pressupõe que o enunciado não
seja contraditório;
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- é a coerência discursiva que me permite concluir que Não tenho fome possa
constituir uma resposta à pergunta Queres almoçar?, pergunta que constitui
tipicamente uma interrogativa global em que se espera uma resposta de sim ou
não.
- as frases:
serão enunciados coesos, uma vez que as partes que os constituem se revelam em
sequência possível de um mesmo sujeito. Também a informação de que O João
entrou se mostra coerente com a ideia de voltar a sair. Observe-se a falta de coesão
das seguintes frases:
➢ HIPERTAXE/HIPOTAXE/PARATAXE/ANTITAXE
- no verbo aterrar , o radical terr- remete logo para o significado de aterrar- , que tem
a ver com terra ;
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• HIPOTAXE OU SUBORDINAÇÃO /PARATAXE OU COORDENAÇÃO –
Hipotaxe - do grego “organização sob”, diz-se da relação entre elementos em que um
depende do outro. A hipotaxe opõe-se, assim, à parataxe, palavra também do grego,
significando “organização ao lado de”;
- Hipotaxe verifica-se, pois, nos casos em que existe uma relação de subordinação;
- Parataxe verifica-se nas situações em que existe uma relação de coordenação;
- Hipotaxe é a propriedade oposta à hipertaxe: possibilidade de uma unidade de um nível
linguístico superior poder funcionar num inferior, ou em níveis inferiores. Por exemplo,
uma oração independente, valendo como texto, pode passar a funcionar como “membro”
de outra oração: isso é a “subordinação oracional” na gramática.
- por exemplo, o falante não diz: *A fruta, a fruta está madura está na cozinha. Diz:
A fruta que está madura está na cozinha. Há uma restrição: de toda a fruta só quero a
que está madura;
- para evitar repetições, usamos palavras que substituem outras. Quais? Neste caso: que.
O que é o que?- É o pronome relativo (não a conjunção), porque está a substituir fruta;
• JUÍZO DE VALOR – é frequente ouvir um falante nativo dizer que “isso não é
português”, ou “isso não se diz assim em português”, ou “ seria melhor dizer assim em
português” – isto demonstra que os aspetos de juízos de valor devem merecer especial
atenção do falante nativo, bem como do linguista e do gramático. São juízos de valor
referentes às conformidades do falar com o respetivo saber linguístico.
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• LÍNGUA COMUM/LÍNGUA PADRÃO –
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