PROJETO
PEDAGÓGICO
SALA DO BERÇÁRIO
SALA DE AQUISIÇÃO DA MARCHA (INTERMÉDIA)
OS PIRILAMPOS
índice
Introdução
1Diagnóstico
1.1 - Caracterização Teórica do Grupo
1.1.1Berçário
1.1.2- Aquisição de Marcha
1.2 - Caracterização Real do Grupo
1.2.1Berçário
1.2.2- Aquisição de Marcha
2. Equipa Pedagógica
3. Organização do Ambiente Educativo
3.1 - Espaço (berçário e aquisição de marcha
3.2 – Tempo (berçário e aquisição de marcha)
RECURSOS
4. Intenções de
trabalho para o ano letivo
4.1 - Competências a desenvolver no berçário
4.2- Competências a desenvolver na Aquisição de Marcha
5. Projeto Individualizado
6. Planificação das Atividades
7.Avaliação
7.1- Com as crianças
7.2- Com a equipa pedagógica
7.3- Com a família
Bibliografia…………
INTRODUÇÃO
1-Diagnóstico
1.1- Caraterização teórica do grupo
1.1.1- Berçário
Sabemos que as experiências das crianças nos seus primeiros anos de vida estão muito
relacionadas com a qualidade dos cuidados que recebem. Também sabemos que estas
experiências podem ter um verdadeiro impacto no seu desenvolvimento futuro. Os cuidados
adequados durante a primeira infância trazem benefícios para a toda a vida. A infância é a etapa
fundamental da vida das crianças sendo os primeiros 36 meses de vida particularmente
importantes para o seu desenvolvimento físico, afetivo e intelectual.
Após os primeiros 3 meses, período em que há uma espécie de reconhecimento inicial, o bebé
começa então a aperfeiçoar a sua comunicação e, para isso, mostra grande interesse tanto pelos
objetos como pelas pessoas. Nesta fase inicia as suas explorações, querendo agarrar, apalpar e
aproximar-se das coisas. Podemos falar já de um certo controlo por parte da criança de algumas
das partes do seu corpo, sendo um passo muito importante para a criança. Os períodos de vigília
vão-se tornando mais longos e gosta de se sentar apoiada para ver tudo e manipular o que está ao
alcance das suas mãos.
Desenvolvimento motor
- Controla a cabeça;
- Senta-se com apoio;
- Agarra os pés;
- Rasteja;
- Agarra com a mão toda;
- Levanta a cabeça e o tronco quando deitado de barriga para baixo;
- Já se consegue virar;
- Manipula objetos;
- Brinca e agarra os seus pés;
- Destapa-se dando aos pés;
Desenvolvimento social- emocional
- Estende os braços para a pessoa que conhece;
- Segue com atenção os movimentos e a conversa do adulto;
- Chora perante pessoas desconhecida;
- Sorri ao ver a sua imagem no espelho;
- Grita para chamar a atenção;
Desenvolvimento Intelectual
- Agarra objetos que estão no seu campo visual;
- Passa objetos de uma mão para a outra;
- Brinca com as suas mãos e pé;
- Bate com as mãos nos objetos e dá gritos de alegria;
- Deixa cair objetos voluntariamente;
DOS 0 AOS 6 MESES SINAIS DE ALERTA
Problemas na alimentação:
Rejeição do peito ou biberão;
Regressões no desenvolvimento:
Apatia;
Ausência de sorriso;
Manifestações de desprazer, com rejeição das tentativas de o confortar.
Não reconhecimento das pessoas mais próximas (por ex., não haver distinção entre a mãe
e um estranho);
Não imita sons.
Dos 7 aos 9 meses
Nesta fase, aparecem as primeiras aprendizagens quase intencionais (o bebé repete um
comportamento dirigido ao meio ambiente em que está inserida). Inicialmente este comportamento
era feito ao acaso, agora já é intencional. O bebé começa a entender as pessoas e os objetos
como algo fora dos limites do seu próprio corpo – a consciência da existência de uma realidade
externa é cada vez mais clara. O bebé revela já algum equilíbrio e controlo do seu corpo; senta-se,
vira-se, pode começar a gatinhar apoiando-se nas mãos e pernas e já se mantém de pé com a
ajuda do adulto. Um marco importante nesta altura é o aparecimento do palrar. O bebé diverte-se
em exercícios vocais como o balbucio, lalação e soltar gritos.
Desenvolvimento motor
- Senta-se sozinho sem apoio e mantém a cabeça ereta;
- Põe-se na posição de gatinhar balançando o tronco para a frente e para trás;
- Agarra-se a objetos para se colocar de pé;
- Transporta objetos de uma mão para a outra;
- Senta-se sem apoio :
- Rasteja;
- Rola de costas para barriga e de barriga para costas;
- Mantém-se de pé quando agarrado;
Desenvolvimento social-emocional
- Começa a demonstrar agrado ou desagrado pelas pessoas ou objetos;
- Localiza pessoas familiares;
- Mostra desagrado se lhe tiram um brinquedo;
- Grita, ri e palra;
- Ri para a sua imagem no espelho;
- Estende os braços para a pessoa que conhece;
- Reage com ansiedade ao separar-se dos pais;
- Brinca sozinha;
- Diz adeus com a mão;
- Formação de um forte laço afetivo com a figura materna (cuidadora) - Vinculação;
-Presença de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe, mesmo que
por breves instantes, trata-se de uma ansiedade normal no desenvolvimento emocional do bebé;
- Nesta fase, é comum os bebés mostrarem preferência por um determinado objeto (um cobertor
ou um peluche, por ex.), o qual terá um papel muito importante na vida do bebé - ajuda a
adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, etc.;
Desenvolvimento Intelectual
- Fixa o olhar em objetos e segue-os com o olhar quando caem;
- Atira os objetos para que lhos apanhem;
- Encontra um brinquedo escondido;
- Imita gestos conhecido;
- Tapa e destapa caixas;
- Mete e tira uma bola de uma caixa, uma argola de um suporte…
- Ecolalia: imita e repete a primeira silaba de ouve;
- Compreende frases simples;
- Reconhece vozes familiares;
Desenvolvimento motor
- Bebe pelo copo;
- Começa a explora a comida com as mãos;
- Começa a comer com as mãos
- Gosta de abrir e fechar portas;
- Gatinha bem;
- Põe-se de pé sozinho;
- Fica em pé apoiado;
- Anda com ajuda do adulto;
- Estando de pé, agacha-se para apanhar um objeto;
- Consegue fazer “pinça” com o polegar e o indicador;
Desenvolvimento Social/emocional
- Responde/reage quando chamam o seu nome;
- Imita ações simples do adulto;
- Gosta de se ver ao espelho;
- Expresso medo ou ansiedade perante pessoas que lhe são estranhas;
- Procura afeto ou ajuda junto de um conhecido;
- Dá brinquedos, mas quer imediatamente de volta;
- Repete atos que causam riso nos outros;
Desenvolvimento Intelectual
- Emite as primeiras palavras: papá, mamã, nené, dadá…;
- Diz uma palavra com significado para expressar uma frase: pede, recusa;
- Compreende bem a proibição;
- Dança ao som da música;
- Interessa-se por imagens coloridas nos livros;
- Bate palmas e diz adeus se o adulto pedir;
- Gosta de meter objetos uns dentro dos outros
Ao adquirir a marcha – marco muito importante que acontece nesta altura. Marco este
que vai mudar para sempre a vida da criança, passando para a posição bípede. Esta etapa
caracteriza-se pelo facto de a criança explorar as propriedades reais e as potenc ialidades dos
objetos de forma muito ativa e intencional por experiência-erro, fundamentalmente à procura de
novas e diversas formas de atuar sobre os mesmos. A criança aproxima-se do mundo que a rodeia
de forma experimental. Quando se depara com um objeto/brinquedo novo, tentará pôr a nu as suas
propriedades estruturais e funcionais de forma ativa, ao experimentar com ele várias formas de
atuar, obtendo novas formas de brincar a partir de outras por ela já conhecidas. É capaz de repetir
os jogos que funcionaram melhor de forma intencional e deliberada. Relativamente à linguagem, a
criança já é capaz de entender muitas das palavras que lhe dizemos e obedece a ordens por
gestos.
Desenvolvimento motor
- Pega corretamente na colher para comer;
- Adquire a marcha;
- Folheia páginas de um livro
- Sobe escadas com ajuda do adulto
- Arrasta um brinquedo enquanto caminha
- Abre e fecha caixas;
- Dança, mexendo todo o corpo sem se deslocar;
Desenvolvimento social/emocional
- Leva o adulto até ao objeto que deseja; - Imita o que vê; - Distingue entre tu e eu; - Reage às
mudanças de rotina e a qualquer transição brusca; - Pergunta pelas pessoas ausentes; - Diz
“obrigada” e “adeus”;
Desenvolvimento intelectual
- Identifica uma figura familiar num livro;
- Entrega objetos familiares que lhe pedem;
- Indica as partes do corpo: nariz, olhos, cabelo, orelhas…;
- Constrói torres;
- Reconhece o de desenho de um cão, peixe, carro, bola…;
- Mete qualquer tipo de peça num encaixe de figuras geométricas;
- Diz “não” e acompanha-o com a cabeça;
- Combina o uso de palavras com gestos para se expressar;
1 ano aos 2 anos sinais de alerta
Aquisição de Marcha
18 Aos 24 meses:
Desenvolvimento motor
- Caminha rapidamente com passo firme;
- Dá pequenos saltos;
- Atira/chuta uma bola;
- Rabisca com lápis;
- Sobe a uma cadeira de adulto;
- Come sozinho com a colher;
- Lava as mãos com ajuda;
- Abre porta, gavetas e caixas;
- Anda de costas;
Desenvolvimento Social/emocional
- Olha para a pessoa que fala com ele;
- Pergunta pela mãe e pelo pai;
- Imita o que vê;
- Inicia sozinha a sua própria brincadeira;
- Cumprimenta e diz adeus;
- Fica angustiado por se separar dos pais;
- Disputa brinquedos com outras crianças;
- Reconhece-se no espelho ou em fotografias;
- É egocêntrico;
- Reclama “meu” (seu);
Desenvolvimento intelectual
- Tem um vocabulário de 10 palavras;
É mais fácil manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para
desenhar ou uma colher para comer sozinha;
Desenvolvimento Intelectual
Desenvolvimento Social
A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não gostando
de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada
da mãe, para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este
progresso com menos ansiedade do que outras;
Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a loiça,
maquilhar-se, etc.;
É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por exemplo ouvir
histórias;
Desenvolvimento Emocional
Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até à raiva frustrada.
Embora a capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a
crianças necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos
são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;
Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a atenção. Podem
dever-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras
costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar
de forma eficaz);
O grupo de crianças que frequentam o berçário é constituído por 10 crianças, com idades
compreendidas entre os 5 e os 12 meses entrarão outros bebes até ao número de 10.
Neste momento no berçário estão 3 meninos e 7 meninas, as idades vão dos 4 meses aos 12
meses.
O grupo em questão, apresenta algumas características comuns, nomeadamente algumas
competências já adquiridas.
Ao nível da área de desenvolvimento pessoal e social praticamente todos demonstram um
autoconceito positivo, ou seja, demonstrando preferência por objetos e pessoas, expressando as
emoções adequadas perante várias situações e usando gestos físicos ou sons para obter ajuda
dos adultos. Na área da aprendizagem é um grupo muito interessado no mundo que os rodeia,
tentando explorar todos os objetos e espaços à sua volta e mostrando prazer e alegria quando o
adulto interage com eles.
No que diz respeito às competências físicas e motoras já quase todo o grupo se mantém sentado
exceto os bebés de 4 e de 5 meses.
Gatinham e agarram-se às coisas para se manterem de pé. É um grupo que também já consegue
atirar, carregar, empurrar e puxar objetos, usando muito as mãos para mexer em tudo o que está
à sua volta.
CARATERIZAÇÃO DO GRUPO
Sala da aquisição da marcha, intermédia
O grupo é composto por dezassete crianças com alguma diversidade no ponto de vista da
faixa etária quer ao nível do desenvolvimento psicomotor, quer ao nível do desenvolvimento
cognitivo e psicossocial. Atendendo a esta diversidade etária ter – se – à sempre de ter em atenção
os pontos que caracterizam cada criança.
Desenvolvimento cognitivo: As crianças nesta faixa etária encontram – se, segundo Jean
Piaget no estádio sensório – motor, sendo que aprendem acerca de si próprios e do mundo que
os rodeiam através da sua atividade sensorial e motora, desde a fase de bebés até,
aproximadamente aos 24 meses, as crianças vão –se tornando cada vez mais seres com
objetivos.
Nesta faixa etária, as crianças revelam muita curiosidade acerca do que as rodeia, por
isso variam muito as suas ações e atingem objetivos através da sucessão tentativa e erro. À
medida que se aproximam dos 24 meses conseguem representar momentaneamente os
acontecimentos, realizando combinações mentais que lhes permitem variar uma série de ações,
abandonando de certa forma a repetibilidade ocasional dessas mesmas ações.
As crianças entre os 12 e os 24 meses adquirem, ao longo desta etapa da sua vida a capacidade
de imitação diferida, sendo que começam a ser capazes de imitar ações que não estão a visualizar
no momento, iniciando portanto algumas brincadeiras de faz – de – conta, envolvendo pessoas e
situações imaginárias.
Desenvolvimento físico: As crianças entre os 12 e os 20 meses alternam o gatinhar e o
andar para se deslocarem. Numa fase de início de marcha ainda procuram muito o apoio de
móveis e outras estruturas para adquirir confiança das deslocações. Esta necessidade de apoiar
as mãos vai diminuindo à medida que acresce a confiança em si mesmo e no espaço físico
envolvente. À medida que se aproximam dos 24 meses são capazes de correr, chutar e começar
a saltar.
Desenvolvimento psicossocial: As crianças estão numa fase muito egocêntrica, que
segundo Piaget “ é a incapacidade para ver as coisas de um ponto de vista que não o
próprio”. “ O egocentrismo é uma forma de centração […] as crianças estão tão centradas
no seu próprio ponto de vista, que não conseguem ver o ponto de vista do outro.
O grupo da sala de um ano é composto maioritariamente por crianças de sexo feminino,
13 meninas e 4 meninos sendo maioritariamente composto por crianças vindas da sala do
berçário. É portanto um grupo que na sua essência já se conhece.
Neste ano letivo ingressaram quatro crianças pela primeira vez. Os membros novos já
estão perfeitamente adaptados quer aos adultos, quer aos colegas. Esta boa adaptação permite
também que nesta fase do ano letivo já estejam também muito bem adaptados à rotina diária e
dinâmica da sala.
As crianças da sala interagem bem entre elas. Nesta fase do ano letivo já se conhecem os
pares mais próximos. Estão numa fase de exploração de objetos, espaços e relações o que por
vezes provoca algum tipo de conflitos tais como mordidas, nomeadamente na disputa por
brinquedos. São crianças muito ativas exploram e manipulam todos os objetos, brinquedos,
gostam imenso de brincar com pratos e colheres, de ver dvs de musica infantil aos quais prestam
bastante atenção e com os quais interagem. Chamam-se uns aos outros ou pedem para dar as
mãos para formar uma roda e dançar. Sempre que dizemos que vamos colocar uma música nova
ou que já não ouvem há algum tempo, eles reagem imenso, ficam muito contentes, e vêm logo a
correr para a frente do rádio ou a tv. São capazes também de identificar sons de animais
conhecidos, já acompanham canções que cantamos diariamente (repetindo a terminação pois
ainda não se expressam muito bem). Esta é uma área que será sempre muito explorada até
porque potencia o desenvolvimento da linguagem. Mais tarde introduziremos alguns instrumentos
musicais para as crianças se irem familiarizando.
É um grupo que já começa a ter noção do que é certo e do errado, pois revelam atitudes
desafiadoras quando por exemplo atiram brinquedos e olham para o adulto para ver a sua reação.
Demonstram atitudes de amizade e de carinho e já uma enorme capacidade de estabelecer
relações entre si, perante os colegas quando estão a brincar, pedindo frequentemente as suas
mãos para dançar ou fazer alguma atividade. Contudo, é uma fase marcada também pelo
egocentrismo, que se traduz na dificuldade que a criança revela em compreender o ponto de vista
do outro, como já foi referido.
Ao Nível Motor, para as crianças que adquiriram a marcha esta está consolidada,
deslocando-se para todo o lugar, sobem e descem estruturas.
Na Rotina da Alimentação a maioria do grupo necessita ainda de auxílio do adulto, contudo
mostram interesse em pegar na colher sozinhos, algumas crianças utilizam a mão para comer.
Ao Nível da Linguagem, embora todas vocalizem, algumas crianças começam a exprimir-
se verbalmente, embora ainda com pouca variedade de palavras mas cada dia que passa vai
sendo uma conquista a nível de vocabulário. Uma das características desta idade são os grandes
progressos que a criança faz na aquisição de vocabulário prático: preferencialmente ligado ao
corpo, alimentos, animais e brinquedos. O grupo encontra-se numa fase de aquisição de
vocabulário e tentam repetir palavras se o adulto pedir (repetindo a terminação dessa). Todos
entendem o que o adulto diz ou pede, como também são capazes de exprimir sentimentos,
vontades e desejos.
Na Rotina da Higiene todas as crianças usam fralda. Já todas se sentam no bacio e
entendem para que serve, embora não o solicitem.
Na Rotina do Repouso, a maioria do grupo revela-se difícil de adormecer de permanecer
na cama acordada. De um modo geral têm o seu objeto de transição, desde chupetas, casacos e
bonecos de tecido. Relativamente à sua concentração, o tempo deste grupo ainda é muito
reduzido, mas são muito interessados pelas atividades que lhes são propostas.
Assim podem-se destacar as seguintes características deste grupo:
- O grupo é ativo bastante, expressivo e bem-disposto.
- Interessam-se por bolas, livros e canções mimadas. Visualização de DVDs de música
infantil. Colheres e pratos, brinquedos.
- Todas reconhecem o seu nome; identificam os seus colegas.
- Egocentrismo muito presente nas suas brincadeiras;
- Algumas crianças já dizem sim e não.
- Algumas crianças realizam pequenos recados.
Equipa Pedagógica
“ O trabalho em equipa entre adultos, que permanentemente subjaz a toda a ação,
cria um enquadramento propício para o envolvimento das crianças numa comunidade ativa
e participante” (Educar a Criança, Hohmann M. E. Weikart D. 2007) O trabalho em equipa é
algo que influencia o funcionamento de qualquer instituição e a qualidade da resposta educativa
prestada às crianças e às famílias. O diálogo, a compreensão, a troca de informação, o debate de
ideias e o respeito pela singularidade de cada um, é fundamental para se efetuar um trabalho em
parceria positivo. Toda a equipa deverá trabalhar para um mesmo fim, por isso, para que se tenha
sucesso, é indispensável a consciência que são um grupo e que precisam funcionar em conjunto
para atingir intencionalidades educativas, articulando e completando ideias.
Uma equipa precisa discutir questões relacionadas com a planificação e avaliação do
trabalho desenvolvido com as crianças, organizar e reformular/melhora a ação educativa, partilhar
saberes, conhecimentos e sentimentos. A equipa pedagógica da sala do Berçário e Aquisição de
Marcha é composta por uma educadora, três auxiliares de sala e duas auxiliares de apoio, que
apoiam durante as refeições.
Equipa esta que partilha entre si toda a ação pedagógica, procurando que as interações
tenham como sustentáculo uma comunicação aberta, em que a honestidade desempenha um
papel primordial.
O berçário e a sala da marcha, intermédia, recebe as crianças das 8 h até às dez da manhã
e encerra às 18.30h. Com este grupo de crianças estão duas auxiliares permanentes. Durante no
período das refeições há uma terceira pessoa que dá apoio. O Berçário é supervisionado
periodicamente pela educadora que planifica semanalmente as atividades e é também
responsável pelo grupo da sala de aquisição da marcha.
Organização do tempo
As rotinas são muito importantes nesta fase do desenvolvimento do bebé. São geradoras
de segurança para o bebé e devem incluir todos os aspetos do seu bem -estar físico; São uma
componente importante do dia do bebé, pois proporcionam experiências de aprendizagem a todos
os níveis. Devem ser programadas mas flexíveis. Orientadas para cada bebé, considerando a
higiene e a alimentação de cada um; Utilizadas para promover e aprofundar a relação interpessoal,
sendo oportunidades de estimulação e aprendizagem.
A rotina diária corresponde a uma sucessão de acontecimentos que se repetem ao longo
do dia. Esta sucessão de acontecimentos é planeada pelo educador tendo em vista a total
integração das crianças no tempo/ espaço educativo. Só com esta integração por parte do grupo
é possível dar um ambiente de segurança a cada criança individualmente e ao grupo em geral.
Esta situação tem por base o princípio educacional presente nas Orientações curriculares
Para a educação de infância, - “O tempo educativo tem, em geral, uma distribuição
flexível embora corresponda a momentos que se repetem com uma certa periodicidade.”
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Horas Rotina
8.00h- 10.00h Chegada das crianças/ Acolhimento − Aceitação da separação.
− Identificação das pessoas e da organização da sala.
− Interesse pela relação afetiva.
− Adaptação aos ritmos e às rotinas da sala.
− Respeito pelo ritmo de cada criança.
− Manifestações das necessidades.
− Expressão verbal ou gestual de sentimentos, interesses e
necessidades
12.30.h-14.30h Repouso
- Proporcionar o repouso que o seu organismo necessita;
respeitando o seu horário natural.
- Possibilitar ao bebé a utilização dos seus hábitos para adormecer
como:
-Bonecos
- Fraldas de pano;
- Chuchas;
- Outros…procurando que haja continuidade do ambiente familiar e
respeito pelos hábitos do bebé (Objetos de transição).
15.00h-15.45h Alimentação
- Satisfazer as necessidades alimentares dos bebés.
Horas Rotina
8.00h- 10.00h Acolhimento
− Aceitação da separação.
− Identificação das pessoas e da organização da sala.
− Interesse pela relação afetiva.
− Adaptação aos ritmos e às rotinas da sala.
− Respeito pelo ritmo de cada criança.
− Manifestações das necessidades.
− Expressão verbal ou gestual de sentimentos, interesses e
necessidades.
11.00h-11.45h- Alimentação
- Aprender a ter autonomia nas refeições.
- Sentar-se bem à mesa e não se distrair.
- Respeitar o ritmo de cada criança.
- Expressar as suas necessidades.
-aprender a comer todo o tipo de alimentos.
11.45h-12-30h Higiene- lavar mãos e cara .
Controlo dos esfíncteres (respeitando o tempo de cada criança).
- Respeitar a higiene de cada criança
- Cooperação da criança no ato de vestir e despir
- Fazer com que a criança se sinta segura e feliz neste momento tão
Íntimo que é a muda da fralda
12.30.h-14.30h
Repouso
- Identificar e dirigir-se para a sua cama.
- Respeitar o ritmo de cada criança.
- Utilizar os objetos pessoais para acalmar e adormecer.
- Saber estar em silêncio quando acordada.
- Respeitar as outras crianças.
- Adormecer com o menos possível de apoio dos adultos
- Desenvolver a capacidade de calçar os sapatos sozinha
14.30h-15.00h
-levantar as crianças
- Controlo dos esfíncteres (respeitando o tempo de cada criança).
- Respeitar a higiene de cada criança
- Cooperação da criança no ato de vestir e despir
- Fazer com que a criança se sinta segura e feliz neste momento tão
Íntimo que é a muda da fralda
Crianças,
Recur
huma
nos
sos
Instituição.
Salas dos grupos,
Recursos físicos
Espaços circundantes,
Equipamento das salas.
Material didáticos (livros, jogos, imagens)
Material estandardizado (brinquedos, carros,
peças de encaixe, material para
desenvolvimento o jogo simbólico)
Material de desgaste, papel, lápis de cera.
-Nomear as diferentes
partes do corpo
-Histórias
- Reconhecimento de sentimentos e
emoções , faciais
Desenvolvimento motor
Objetivos Conteúdos Estratégias
- Pintura
-amachucar papel, manusear livros
-Explorar os objetos quanto à - Exploração de objetos Jogos de exploração dos objetos
sua forma, tamanho, cor, Tamanhos e cores diversa texturas
diferente, puzzles jogos de encaixe
texturas
de empilhar
- Compreender a correta - Raciocínio prático -Realização de pequenas tarefas do
utilização dos objetos e saber (saber- fazer) quotidiano
manuseá-los
adequadamente
Estimular o Ser capaz de expressar iniciativa: iniciar contacto físico com o outro
sentido de si (adulto/criança);
próprio Selecionar ou rejeitar determinado brinquedo para explorar;
Deslocar-se com persistência até alcançar determinada pessoa ou
objeto;
Ser capaz de dizer não a determinadas escolhas propostas por
outrem;
Ser capaz de distinguir o “eu” dos outros (reclamar algo ou alguém
como “meu”, espontaneamente identificar-se no espelho ou numa
fotografia;
Ser capaz de resolver problemas com que se depara ao explorar ou
brincar: repetir ações para os acontecimentos se repetirem;
Ser capaz de fazer coisas por si próprio, pequenas tarefas de
autoajuda como beber por um copo.
Ser capaz de expressar as suas emoções, perante situações,
pessoas (chorando, rindo, abanando-se com prazer, ficando hirta ou
virando as costas alguém, afastando-se ou abraçando algo ou
alguém…);
Promover o Gostar de estar acompanhado;
desenvolvimento
Ser capaz de brincar com os amigos num ambiente calmo e sereno;
da socialização:
Ser capaz de reagir ao seu nome e ir de encontro ao outro;
Ser capaz de se relacionar com o adulto (rir, atirar-se para o seu colo,
sorrir, …);
Ser capaz de distinguir as pessoas que lhe são familiares, das
pessoas que lhe são estranhas;
Ser capaz de saber o nome dos seus amigos e adultos da sala;
Ser capaz de brincar com os amigos partilhando os materiais da sala.
Ao nível da
visão:
Ser capaz de reagir a estímulos visuais, tais como: luz, cor e
movimento (de pessoas, objetos, mobiles);
Ser capaz de se reconhecer em fotografias, espelho, bem como
reconhecer os adultos e amigos da sala;
Ser capaz de reconhecer objetos grandes e objetos pequenos como
Ao nível da
bolas, legos,
audição:
Ser capaz de identificar e descrever objetos e imagens. (grande/
pequeno).
Promover o
desenvolvimento
da atenção Ser capaz de estar atenta às atividades, mostrando interesse pelas
mesmas, através de reações gestuais (expressões faciais e corporais)
e de reações verbais.
Domínio da Matemática
Promover o
conhecimento Ser capaz de distinguir o grande do pequeno, dentro de fora, em cima
das noções
e em baixo, á frente atrás
topológicas:
Estimular o Ser capaz de reconhecer os espaços que estão à sua volta (sala, área
conceito de
mundo: de refeições, parque);
Ser capaz de se deslocar nos espaços que estão à sua volta;
Ser capaz de reagir, de ter curiosidade perante o que é novo e
desconhecido;
Ser capaz de observar, explorar e experimentar tudo o que a rodeia
Ser capaz de se movimentar pela instituição;
Ser capaz de identificar os diferentes cantos da sala e os respetivos
objetos;
Promover o Ser capaz de saber e reagir ao seu nome próprio;
desenvolvimento
da descoberta de Ser capaz de saber a sua idade;
si mesmo: Ser capaz de identificar e reconhecer os seus objetos pessoais
Identificação:
(mochila, casaco, chupeta, …).
Gostos e
preferências: Ser capaz de selecionar jogos e brincadeiras, livros, músicas, frutos,
cores…
Estimular o
conceito dos
outros e das Ser capaz de reconhecer os adultos da sala;
instituições:
Ser capaz de reconhecer os amigos da sala;
Escola:
Ser capaz de estabelecer relações de afeto (rir, sorrir, abraçar…) com
os adultos e amigos;
Ser capaz de participar na arrumação dos brinquedos.
Família
Ser capaz de reconhecer os seus familiares: pais, irmãos, avós, tios,
Metodologia
Para o desenvolvimento deste Projeto não será utilizado nenhum modelo pedagógico em
exclusivo. Tal como nos anos letivos anteriores, teremos como base a Pedagogia de Projeto no
que diz respeito à organização do espaço e do tempo, tal como na planificação do trabalho.
Contudo, a forma de desencadear e gerir cada Projeto é, invariavelmente, a resposta e a sua
concretização no terreno, de acordo com as linhas orientadoras do Projeto Educativo e a realidade
institucional.
A metodologia de trabalho de projeto está relacionada com uma visão interdisciplinar e
transdisciplinar do saber. A necessidade de um plano de ação tem como objetivo uma antevisão,
um momento de reflexão em grupo, mas este plano será flexível e aberto a reajustamentos de
conteúdos, de metodologias, de calendários, sempre que necessário. Os objetivos mais
específicos surgirão no desenrolar do projeto e no projeto de sala/grupo, conforme as prioridades
que o grupo irá definindo bem como as necessidades e interesses da criança.
Utilizaremos então uma metodologia centrada na criança, onde esta é o centro emissor e
recetor da atividade pedagógica.
É valorizado o trabalho de grupo, respeitando-se e estimulando-se a partilha bem como o
respeito e a valorização de culturas diferentes, a troca de saberes e a troca de afeto.
A fim de promover nas crianças um desenvolvimento que lhes permita atingir os objetivos
definidos anteriormente, serão utilizadas várias estratégias, nomeadamente:
Contar histórias; com duas ou três sequências
Observar e explorar materiais e o ambiente que as rodeia;
Aplicar diversas técnicas de expressão plástica;
Canções mimadas; adequadas aos temas e datas festivas
Cartões de imagens; com animais, com objetos de vida diária
Escutar musica, infantil, clássica entre outra
Facultar e estimular o manuseamento de livros adequados às crianças
Estímulos individuais e de grupo;
Exemplificar e repetir com as crianças as atitudes e comportamentos a desenvolver;
Valorizar as crianças pelas suas vitórias;
Atribuir pequenas tarefas às crianças; e elogiá-las sempre.
Transmitir carinho, afetos e segurança;
Criar momentos de convívio com as crianças da sala de 2 anos
Repetição diária/semanal de novos conceitos ou assuntos;
Facultar, jogos didáticos puzzles, de empilhar, de encaixe, tamanhos graduados, cores
diferentes
Fomentar o jogo simbólico
promover atividades plásticas, a garatuja, carimbagem com mãos, pés, esponjas.
Visualização de DVDs coleção primeiras impressões, os sons , os animais , corpo humano.
cada criança, do seu contexto familiar e social é condição para que a educação pré -
escolar proporcione um ambiente estimulante de desenvolvimento e promova atividades
diversificadas que contribuam para uma igualdade de oportunidade” (Ministério da
Educação, 2002:26)
Primeiramente, o educador antes de fazer a sua planificação precisa refletir e conhecer o grupo
e as características individuais de cada criança desse grupo. A partir daí pode então pensar nas
suas intenções educativas e a forma de as abordar promovendo situações e experiencias de
aprendizagem. A planificação no contexto Creche é flexível, permitindo ao educadora pensar e
repensar as atividades, procurando sempre novos significados na sua prática pedagógica. Por
exemplo, uma atividade inicialmente pensada para ser concretizada de determinada maneira pode
não funcionar para ser feita dessa mesma maneira, e por isso nesse mesmo momento, o educador
ou adota outra estratégia ou depois quando avaliar essa mesma atividade, terá que repensá-la de
outra maneira futuramente.
Ao longo deste ano letivo serão propostas várias atividades planeadas previamente, bem como
outras que surgem de forma espontânea. Apresento de seguida as atividades que, A priori, estão
planeadas para serem desenvolvidas:
Avaliar é uma forma de consciência sobre o que foi posto em prática e de melhor planear as
atividades futuras. Avaliar consiste em recolher, ao longo do processo de aprendizagem, dados
que permitam obter informação acerca da forma como se está a desenvolver o processo, de modo
a poder ajustar a intervenção educativa.
Com as crianças
Para a avaliação das crianças, serão úteis os vários documentos utilizados, nomeadamente,
o registo de acolhimento inicial, o perfil de desenvolvimento e o plano individual. Para além destes
será feita uma avaliação maioritariamente por observação direta. Resumindo a avaliação irá sendo
realizada.
- Observação sistemática das crianças.
- Constante avaliação das práticas, do desenvolvimento individual de cada criança e do
funcionamento e gestão do grupo
- O PDI trimestral será dado a ler aos pais e que no final do ano será entregue.
- O PDI Final, é um somatório de todas as Avaliações realizadas até então.
- Conversas formais e ou informais com os pais e família para colher informações e prestar
esclarecimentos sobre o processo educativo da criança.
- Como suporte das Avaliações encontram-se os trabalhos realizados e os registos
fotográficos.
Com a família
A família é um ponto muito importante no desenrolar deste projeto e, como tal, a avaliação
vai sendo contínua, em conversas diárias, para além de contarmos com os documentos acima
mencionados que vão sendo acompanhados e assinados pela família. Como tal a educadora
reunirá com os pais pelo menos quatro vezes durante o ano: a reunião de pais de início de ano, a
de fim de ano e as reuniões intercalares para avaliação dos perfis de desenvolvimento, podendo
estas ser individuais ou em grande grupo. Ao longo do ano letivo vamos procurar estabelecer uma
ligação próxima com as famílias, permitindo-lhes fazer parte também do dia-a-dia na Creche com
a colaboração em alguma atividade, manter uma comunicação aberta nos momentos de entregas
e receções da criança. Para além disto, estão previstas reuniões de atendimento aos pais, sempre
que o necessitarem, para troca de informação.
AVALIAÇÃO DO PROJETO
Cada atividade planificada e desenvolvida com e pelas crianças será constante objeto de
avaliação tendo em conta o nível de implicação de todos os sujeitos envolvidos na ação, bem
como a concretização dos objetivos pré definidos para a mesma. Existirão com certeza aspetos a
modificar, consoante o decorrer do ano e das próprias atividades. Para tal foi elaborada uma
avaliação diagnóstica a cada criança, e elaborado um plano individual de desenvolvimento,
O Plano Individual (PI) é um instrumento formal que visa organizar, operacionalizar e
integrar todas as respostas às necessidades e expectativas da crianças e da sua família. Tem
como principais objetivos promover: A aquisição de competências que a criança ainda não adquiriu
face à sua faixa etária e a manutenção das competências já adquiridas
É importante estar consciente que nem todos os bebés se desenvolvem ao mesmo ritmo.
Nesse sentido é importante não se ficar ansioso, e respeitar o ritmo de desenvolvimento de cada
criança Ou seja:
O trabalho livre e criador desenvolve atitudes sociais, intelectuais e expande o
espírito. É a forma mais completa e eficiente da educação.
Todos os seres humanos são originais e diferentes entre si, cada um com as suas
características muito especiais.
A educação deve centrar-se nas potencialidades de cada criança.
Nesse sentido será importante proporcionar ás crianças experiências enriquecedoras que
estimulem e desenvolvam as crianças aos três grandes níveis de desenvolvimento Psicomotor,
Intelectual e Afetivo.
A avaliação do Projeto é feita em conjunto pelos intervenientes, tendo em conta três
aspetos fundamentais:
No decorrer do processo:
Em avaliação contínua, voltando atrás, procurando novas respostas, reajustando e refazendo a
planificação inicial sempre que necessário;
A avaliação do trabalho:
A forma como os intervenientes se empenharam no desenvolvimento do projeto, no decorrer do
processo e no produto final; o que resultou e o que será necessário alterar.
GESSEL, Arnold. (Out. 2000). A Criança dos 0 aos 5 anos. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote;
Lisboa
PROJETO “LUA CHEIA” – Material de apoio didático (0-1ano) e (1-2 anos). Mundicultura
VASCONCELOS, Teresa (coord.); Rocha, Carla; Loureiro, Cristina; Castro, Joana de;
Menau, João; Sousa, Otília; Hortas, Maria João; Ramos, Mercês; Ferreira, Nuno; Mel,
Nuno; Rodrigues, Paulo Ferreira; Mil-Homens, Purificação; Fernandes, Sandra Rosado;
Alves, Susana:
TRABALHO POR PROJETOS NA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA:
MAPEAR APRENDIZAGENS/INTEGRAR METODOLOGIAS Lisboa: Direção-Geral da Educação
(DGE), 2012.