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ESTADO DE SANTA CATARINA

MUNICÍPIO DE JARAGUÁ DO SUL


SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PORTARIA Nº 106/2021/SEMSA
REGULAMENTA O REGIMENTO INTERNO DA
COMISSÃO DE AUDITORIA – CA, DO COMPONENTE
MUNICIPAL DE AUDITORIA DO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE – CMA/SUS, INSTITUÍDO PELA LEI
MUNICIPAL Nº 2347/1997.

REGIMENTO INTERNO
COMPONENTE MUNICIPAL DE AUDITORIA
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – CMA/SUS

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DE JARAGUÁ DO SUL, no uso de suas atribuições


legais e, com fundamento na Lei nº 8080/90 de 19 de setembro de 1990, Artigos 16, item XIX
e 17 item II e XI, Lei 8689/93 de 27 de julho de 1993, Artigo 6 § 1º e 2º, Decreto 1.651, de 28
de setembro de 1995 e Lei Municipal Nº 2347/1997, regulamenta o Regimento Interno da
COMISSÃO DE AUDITORIA – CA/SUS do Componente Municipal de Auditoria do Sistema
Único de Saúde – CMA/SUS;

CAPITULO I

DA NATUREZA, DA JURISDIÇÃO, DA FINALIDADE,


DA COMPOSIÇÃO, DA ORGANIZAÇÃO E DA ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE AUDITORIA
CA/SUS

SEÇÃO I
DA NATUREZA

Art.1º – A COMISSÃO DE AUDITORIA – CA/SUS, será regulamentada por este regimento.

§ 1º - Na efetivação do CA/SUS será observada a subordinação administrativa, de acordo com


este regimento.

Art.2º – Para efeito deste Regimento considera-se:


I – AUDITORIA o exame analítico e operativo:
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I - Da legalidade e da economicidade dos atos de que resultam a realização, a


criação, a modificação ou a extinção de direitos e obrigações referentes ao
SUS.
II - Dos atos de gestão com o propósito de certificar a exatidão das contas
apresentadas em relação às informações constantes dos documentos técnicos
e contábeis do SUS.
c) Da qualidade e resolutividade das ações e serviços de saúde, públicos e
privados contratados pelo SUS.
d) Das ações públicas quanto às diretrizes do Sistema Único de Saúde no que
tange a regulação dos sistemas de saúde, da atenção à saúde, do acesso à
assistência e dos direitos e deveres dos usuários SUS.

SEÇÃO II
DA JURISDIÇÃO

Art.3º – A CA/SUS tem sua jurisdição no Município de Jaraguá do Sul/SC, sobre todos os
atos, despesas, investimentos e obrigações verificados no âmbito do SUS ou alcançados
pelos recursos a ele vinculados, abrangendo:

I. Pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que atuem na área


hospitalar, ambulatorial, de apoio diagnóstico e terapêutico, sujeitos ao controle e
fiscalização do SUS;
II. Aqueles que derem causa, perda ou outra irregularidade de que resulte dano ao
usuário, quebra de fluxos regulatórios e de processos de gestão.
III. Todos aqueles que estejam sujeitos às regras e legislação do SUS cujos atos
estejam sujeitos à sua fiscalização por expressa disposição da lei.

SEÇÃO III
DA FINALIDADE

Art.4º – São finalidades específicas do CA/SUS:


I. Observar o cumprimento das normas inerentes à organização e funcionamento do
SUS;
II. Acompanhar a execução e desempenho das unidades prestadoras de serviços
junto ao SUS;
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III. Antecipar-se ao cometimento de erros, abusos, práticas antieconômicas e fraude;


IV. Contribuir com a implementação de programas, projetos, atividades, visando a
qualidade, eficiência, eficácia e economicidade na utilização de recursos
destinados às ações e serviços de saúde do SUS;
V. Auxiliar os Gestores do SUS a implementar de maneira eficaz, suas atribuições;
VI. Acompanhar as ações regulatórias, fiscalizando todos os entes envolvidos na
prestação dos serviços de saúde.

Art.5º – A CA/SUS, realizará Auditoria, de forma contínua e permanente no âmbito do SUS,


sem prejuízo da fiscalização exercida pelos Tribunais de Contas do Estado, da União e pelos
órgãos de Controle Interno do Estado e dos Municípios.

SEÇÃO IV
DA COMPOSIÇÃO

Art.6º – A CA/SUS será composta de servidores efetivos, atuantes na função de auditor e


designados através de portaria, pelo Secretário Municipal de Saúde para o exercício das
respectivas funções, mediante indicação da Diretoria de Gestão Técnica.

§ 1o Mediante a necessidade de profissionais de saúde específicos para auditorias pontuais,


estes deverão ser solicitados pela CA/SUS, indicados pela Diretoria de Gestão Técnica e
convocados pelo Secretário a compor a CA/SUS através de ato de nomeação por portaria.

SEÇÃO V
DA ORGANIZAÇÃO

Art.7º – A CA/SUS ficará subordinada ao Secretário Municipal de Saúde, sob a Direção da


Diretoria de Gestão Técnica – DGT e gerenciada pela Gerência de Auditoria, Controle e
Avaliação – GACA.

SEÇÃO VI
DA ATUAÇÃO DO CA/SUS

Art.8º – A atuação da CA/SUS no Sistema Único de Saúde deverá processar-se por:


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I - análise:
a) Do contexto normativo referente ao SUS;
b) De sistemas de informação ambulatorial, hospitalar e de regulação;
c) De indicadores epidemiológicos e de produção;
d) De instrumentos e critérios de avaliação dos serviços assistenciais de saúde;
e) Da conformidade das informações cadastrais e das centrais de assistência
ambulatorial e hospitalar - SUS;
f) Do desempenho da rede de serviços de saúde;
g) Dos mecanismos de regulação, hierarquização, referência, contrarreferência e
regionalização da rede de serviços de saúde;
h) Dos serviços de saúde prestados nas redes públicas e instituições contratadas e
conveniadas;
i) De extrato de atendimento e prontuários de atendimento ambulatorial e hospitalar;
j) Dos relatórios de assistência de saúde/SUS;
k) Dos relatórios financeiros e contábeis do Fundo Municipal de Saúde;
l) Dos relatórios emitidos pelos prestadores de serviço ao SUS;

II - verificação:
a) De revisão das contas hospitalares e/ou ambulatoriais apresentadas;
b) Dos tetos financeiros e de procedimentos de alto custo - APACS;
c) De fatos ocorridos e apresentados;
d) Da regularidade na utilização de recursos financeiros no âmbito do SUS;
e) Da avaliação da eficácia e eficiência da assistência e dos serviços;
f) De processos de regulação, nos níveis de atenção primária, ambulatorial e
hospitalar;
g) Do uso dos recursos disponibilizados na rede pública em sua totalidade.

CAPITULO II

DAS COMPETÊNCIAS E DAS ATRIBUIÇÕES

SEÇÃO I
DAS COMPETÊNCIAS
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Art.9º – Observadas a Constituição Federal e as legislação federal, estadual e municipal de


auditoria, compete a CA/SUS verificar:

I - As ações e serviços do Sistema Único de Saúde/SUS;


II - Os serviços de saúde, sob gestão do Município de Jaraguá do Sul/SC, públicos,
privados, contratados e conveniados.
III - A regularidade na utilização dos recursos financeiros geridos no Fundo Municipal de
Saúde e serviços conveniados e/ou contratados.
IV – O acesso aos serviços de saúde, através do cumprimento dos fluxos regulatórios.

§ 1º - À Secretaria Municipal de Saúde, como órgão gestor do SUS compete:


a) Estabelecer diretrizes e normas sobre os procedimentos, ações e atividades da
CA/SUS e garantir os recursos necessários para o seu desenvolvimento;
b) Proferir a decisão sobre o objeto do processo de auditoria, quando couber;
c) Analisar recursos hierárquicos ou de revisão, decorrentes de conclusões de
processos relativos a CA/SUS;
d) Designar servidores para o exercício da função de auditor, mediante indicação da
DGT;
e) Encaminhar, em caso de irregularidade cujo objeto envolva questões de ordem
administrativa municipal ou fora do âmbito da gestão da Semsa, cópia do Processo
de Auditoria do CA/SUS à Secretaria Municipal de Transparência e Integridade
Pública/Semtip, cabendo a esta encaminhar, mediante apuração, ao Ministério
Público, Órgãos de Classe e Conselhos que se fizerem necessários;
f) Encaminhar quadrimestralmente ao Conselho Municipal de Saúde e à Câmara de
Vereadores o Relatório com resumo das auditorias concluídas ou iniciadas no
período.

§ 2º - Compete à Diretoria de Gestão Técnica e Gerência de Auditoria, Controle e Avaliação da


Semsa:
a) Cumprir e fazer cumprir no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde as ações e
normas de auditoria/SUS de acordo com o Sistema Nacional de Auditoria – SNA;
b) Proceder a AUDITORIA em órgãos e entidades integrantes e participantes do SUS;
c) Definir os programas e cronogramas de auditorias;
d) Indicar os auditores para execução de auditorias;
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e) Promover a formação, qualificação e treinamento específico dos servidores do


CMA/SUS no âmbito do SUS, em conjunto com as unidades da área de recursos
humanos do Município ou outras;
f) Organizar, manter arquivo dos processos de auditoria do SUS e da legislação
pertinente;
g) Receber denúncias sobre a assistência prestada pelo SUS, comunicando ao
denunciante o resultado final da apuração;
h) Notificar os gestores, servidores públicos e prestadores de serviços ao SUS, aos
órgãos públicos e entidades de classes envolvidas a instauração de processo de
auditoria para fins de conhecimento e prestação de
esclarecimentos/justificativas/argumentações no intuito de coleta de informações
para instrução do processo, estabelecendo prazos para manifestação quanto aos
apontamentos da auditoria.
i) Determinar o monitoramento dos serviços e da assistência prestada visando a
melhoria e o cumprimento dos critérios estabelecidos pela legislação do SUS;
j) Velar pela estrita observância dos princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade e publicidade no trato doa assuntos que lhe são afetos;
k) Avaliar o desempenho quantitativo e qualitativo dos serviços assistenciais de
saúde/SUS quando solicitado;
l) Recomendar encaminhamentos administrativos cabíveis, quando detectada em
auditoria a existência de irregularidade de que resulte dano ao erário, provocado
por entidades contratadas ou conveniadas, ou por servidor ou pessoa que, agindo
nessa qualidade, tenham causado ou contribuído para o dano;
m) Avaliar o desenvolvimento das atividades de auditoria com vista ao seu
aperfeiçoamento;
n) Propor medidas que objetivem promover a integração da CA/SUS com outros
sistemas de Controle Interno da Administração Federal, Estadual e Municipal;
o) Apresentar quadrimestralmente, ao Secretário Municipal de Saúde, para análise e
ampla divulgação, relatório, contendo o resumo das auditorias concluídas ou
iniciadas no período.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES

Art.10 – Cabe ao Secretário Municipal de Saúde:


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I. Aprovar a programação das atividades da CA/SUS;


II. Dar encaminhamento e exigir execução das conclusões dos processos do CA/SUS;
III. Propor à autoridade superior do Município a suspensão ou redução, quando for o
caso, da prestação de serviços ao SUS, de prestador contratado ou conveniado, até
a correção da irregularidade apontada pela auditoria.
IV. Rever suas próprias decisões em despacho fundamentado;
V. Propor à autoridade superior do Município a aplicação de penalidade de rescisão de
credenciamento/habilitação, contrato ou convênio e outros ajustes, conforme
apontamentos no processo de auditoria, respeitadas as disposições legais;
VI. Apreciar pedido de revisão de processo de auditoria quando necessário;
VII. Encaminhar aos órgãos competentes/autoridade superior do Município os despachos
e decisões técnicos do Setor de Auditoria.

Art.11 – À Diretoria de Gestão Técnica e à Gerência de Auditoria, Controle e Avaliação


cabe:
I. Garantir o encaminhamento das conclusões dos processos do CA/SUS;
II. Sugerir ao Secretário Municipal de Saúde e concomitantemente ao Gestor e Fiscal de
Contratos a notificação, a suspensão temporária ou definitiva de prestadores de
serviços ao SUS, que cometerem penalidades passíveis das sanções constantes
neste regulamento;
III. Zelar pela eficiência e eficácia do CA/SUS;
IV. Dar encaminhamento aos processos do CA/SUS através de memorando/ofício, dando
ciência da instauração de processo e realizando questionamentos, solicitação de
documentos e esclarecimentos/justificativas e demais informações que se fizerem
necessárias para instruir o processo;
V. Sugerir ao Secretário o ressarcimento de valores recebidos indevidamente pelo
prestador de serviços, detectados por meio da atividade de Auditoria;
VI. Fornecer cópia do processo, após conclusão, ao Secretário de Saúde anexando - a
ao Relatório de Auditoria quando couber;
X. Fornecer cópia do processo, após conclusão, para a Secretaria Municipal da
Transparência e Integridade Pública/Semtip ou ao Ministério Público se
formalmente autorizado pela Diretoria de Gestão Técnica, devendo ser mantida no
processo e em arquivo próprio cópia da solicitação com a respectiva autorização e
protocolo de recebimento.
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Art.12 – Ao Auditor cabe:


I. Realizar, de acordo com as normas e roteiros específicos, as auditorias, elaborando o
Relatório de Auditoria;
II. Participar de cursos, treinamentos e reciclagens promovidos pelo CA/SUS e/ou
Sistema Nacional de Auditoria e outros de interesse ao cargo de auditor;
III. Manter a Gerência de Auditoria, Controle e Avaliação informada sobre o andamento
dos processos de auditoria sob sua responsabilidade;
IV. Fundamentar as irregularidades apontadas no processo de auditoria de acordo com a
legislação vigente;
V. Preencher com clareza e fidelidade, os roteiros de auditoria, bem como os demais
documentos próprios de seu trabalho;
VI. Manter uma postura discreta junto aos gestores e prestadores de serviços do SUS;
VII. Realizar auditoria nas unidades de saúde próprias, credenciadas, instituições
conveniadas vinculadas ao SUS.

CAPITULO III

DO FUNCIONAMENTO

Art.13 – A AUDITORIA processar-se-á, dividindo-se:


I – Quanto ao objeto:
- Sobre sistema de Saúde - Gestão
- Sobre serviços de saúde
- Sobre ações de saúde

II – Quanto à execução:
Analítica: consiste na análise de documentos comprobatórios da assistência
prestada (laudos, relatórios gerenciais, banco de dados etc.), sendo componente
básico da preparação das auditorias operacionais. Do
relatório de análise saem as conclusões.
Operativa: consiste na avaliação do atendimento às normas e diretrizes do SUS,
realizada junto aos gestores e prestadores, mediante verificação "ïn loco" de
documentação, laudos pertinentes ao serviço etc.
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III – Quanto à natureza:


Programada: consta de programação com plano de ação e cronograma
aprovados;
Especial: desencadeada a partir de denúncias formalizadas.

IV – Quanto à forma:
Direta: quando realizada por auditores do Componente Municipal de Auditoria.
Integrada: quando realizada com a participação de auditores dos Componentes
Estadual e/ou Federal de Auditoria.
Compartilhada: quando realizada por auditores de outras instâncias de controle.

V – Quanto à consequência da ação:


Orientadora/Preventiva: tendente a evitar violação de normas, objetivando
orientação e esclarecimento, bem como reconhecer e avaliar a relevância e
significação dos desvios em relação às boas práticas, para se chegar a soluções
viáveis;
Corretiva: tendente a corrigir as infrações ou distorções nas ações de saúde e de
faturamento;
Punitiva: tendente a aplicar penalidades.

§ 1º - As auditorias especiais serão objeto de relatório de natureza sigilosa quando se tratar de


situação que imponha perícia especial e pronta interveniência de autoridade competente para
salvaguarda de interesse do SUS. Os auditores podem emitir relatório parcial, sem prejuízo do
relatório final a ser apresentado, quando concluídos os trabalhos.

§ 2º - A apresentação dos relatórios de auditoria far-se-á nos termos deste parágrafo:


I- O relatório depois de elaborado e examinado será encaminhado à Gerência de
Auditoria, Controle e Avaliação que o analisará e o apresentará à Diretoria de
Gestão Técnica;
II - Será encaminhada uma cópia do relatório preliminar de auditoria ao órgão ou à
instituição auditada;

§ 3º - O relatório conterá, em títulos específicos, análise e avaliação relativas aos seguintes


aspectos:
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a) Falhas, irregularidades ou ilegalidades constatadas, indicando as providências


necessárias para sua correção;
b) Irregularidades ou ilegalidades que resultaram em prejuízo, indicando as medidas a
serem implementadas com vistas ao pronto ressarcimento ao SUS;
c) Recomendações relativas ao cumprimento das determinações e princípios do SUS
pelo ente envolvido no processo;
d) Legislações.

CAPITULO IV

DO PROCESSO DE AUDITORIA, SEU REGISTRO E DA NOTIFICAÇÃO

SEÇÃO I
DO PROCESSO DE AUDITORIA E SEU REGISTRO

Art.14 – Todo e qualquer expediente recebido pela Gerência de Auditoria, Controle e Avaliação
será registrado de acordo com a data do recebimento.

§ 1º - A Gerência de Auditoria, Controle e Avaliação após receber o expediente, deverá


encaminhá-lo para formalização do processo de auditoria se couber.
§ 2º - Na formalização do processo observar-se-ão as seguintes rotinas:

I - Abertura e autuação do processo com o respectivo registro no banco de dados


PSUS/SMS;
II – Instrução do processo de auditoria;
III – Execução da auditoria;

§ 3º - Todas as informações registradas nos autos do processo, bem como despachos e


manifestações de unidades da Semsa, deverão ser registradas em folhas separadas, e os
espaços em branco deverão ser inutilizados com a expressão "em branco”;

§ 4º - Ao prestar informações nos autos, o informante subscreverá após assinatura, o seu


nome completo, número de sua matrícula e/ou CPF e o cargo que ocupa, além de observar a
respectiva numeração das folhas.
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§ 5º - O fornecimento de cópia de processo, após conclusão, deverá ser formalmente


autorizado pela Diretoria de Gestão Técnica, devendo ser mantida no processo e em arquivo
próprio cópia da solicitação com a respectiva autorização.

§ 6º - Será responsabilizada administrativamente a CA/SUS e a Gerência de Auditoria,


Controle e Avaliação e/ou auditor que der motivo para postergação ou não cumprimento de
prazos, sem justificativa em tempo hábil.

SEÇÃO II
DA NOTIFICAÇÃO

Art.15 – A notificação, sob a competência da Gerência de Auditoria, Controle e Avaliação e da


Diretoria de Gestão Técnica, objetiva dar conhecimento da instauração do processo de
auditoria e encaminhamento do Relatório Preliminar ao auditado/responsável, informar sobre
as irregularidades apontadas, solicitar a prestação de informações, apresentação de
documentos e manifestações, na forma prevista neste Regimento, obedecida a seguinte
ordem:
I. Pessoalmente e/ou procurador constituído;
II. Por via postal, com Aviso de Recebimento - AR;

§ 1º - Será concedido prazo de 15 (quinze) dias úteis, a contar do recebimento da notificação,


para defesa ou correção das irregularidades informadas, de acordo com a gravidade do fato
notificado, podendo ser prorrogado quando julgado necessário, mediante solicitação por
escrito do auditado.

§ 2º - Decorrido o prazo estipulado para as manifestações/justificativas, e sendo estas


analisadas e acatadas, parcialmente ou não acatadas, o processo será encerrado, sendo o
auditado comunicado do encerramento e seus desdobramentos caso houver.

§ 3º - Decorrido o prazo estipulado para a manifestação/justificativas, não havendo


manifestação do auditado, será o relatório considerado concluído. As medidas a serem
adotadas serão recomendadas ao auditado, com os respectivos prazos para correção.

§ 4º - O não cumprimento nos prazos estabelecidos implicará nas sanções previstas.


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§ 5º - Os demais setores ou órgãos envolvidos serão comunicados e o processo será


encerrado.

CAPITULO V

DOS ENCAMINHAMENTOS

Art.16 – A CA/SUS poderá recomendar ao Secretário de Saúde os encaminhamentos


cabíveis, aos prestadores de serviços de saúde ao SUS ou servidores públicos mediante
irregularidades apontadas na auditoria.

CAPITULO VI

DA DENÚNCIA

Art.17 – A denúncia poderá ser feita por qualquer pessoa física ou jurídica junto à Secretaria
Municipal de Saúde, através de documento oficial (ofício, memorando, ouvidoria, e-mail),
sobre irregularidades ou ilegalidades nos atos praticados por prestadores participantes ou
integrantes do SUS, inclusive autônomos sujeitos a sua jurisdição.

Art.18 – A denúncia sobre irregularidade ou ilegalidade será objeto de apuração, desde que
seja formulada por escrito.

Art.19 – A denúncia será protocolada e autuada para depois ser encaminhada à CA/SUS, para
promover a diligência ou verificação "in loco", e concluir os trabalhos.

§ 1º - Quando o fato narrado não for considerado procedente, a denúncia deverá ser
arquivada, por falta de objeto a perseguir, devendo ser informado o denunciante.

§ 2º- A apuração da denúncia poderá resultar em:


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I -Arquivamento do processo;
II - Aplicação de encaminhamentos administrativos cabíveis, após julgamento da
autoridade competente.

Art.20 – O denunciante, o denunciado ou autoridade competente poderão, por escrito, solicitar


informações do processo e/ou ser informados do resultado da apuração da denúncia, não
cabendo emissão de cópia antes da conclusão do processo.

CAPITULO VII

DO DIREITO DE VISTAS OU OBTENÇÃO DE CÓPIA DO PROCESSO

Art.21 – Ao interessado no processo é assegurado o direito de vista dos autos ou cópia do


processo após conclusão deste, mediante expediente dirigido à Diretoria de Gestão Técnica –
DGT.

CAPITULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.22 – Quando forem detectadas irregularidades ou distorções em Unidades assistenciais


próprias, a Diretoria de Gestão Técnica e/ou Gerência de Auditoria, Controle e Avaliação do
CMA/SUS promoverá as medidas saneadoras, em consonância com a legislação vigente,
buscando a apuração da responsabilidade.

Art.23 – Poderá a Diretoria de Gestão Técnica e/ou Gerência de Auditoria, Controle e


Avaliação, a pedido de qualquer das partes, corrigir as inexatidões materiais devidas a lapso
manifesto ou a erros evidentes de escrita ou cálculo.

Art.24 – Os fatos detectados em auditoria e que tiverem natureza ética, podendo caracterizar
imperícia, imprudência ou negligência, deverão ser encaminhado através do Relatório de
Auditoria ao Secretário de Saúde com cópia à Secretaria Municipal da Transparência e
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Integridade Pública/Semtip com sugestão de serem comunicados às respectivas entidades de


classes.

Art.25 – Este Regimento poderá, a qualquer tempo, ser alterado.

Art.26 – Os casos omissos e dúvidas surgidas na aplicação deste Regimento, serão dirimidos
pela Procuradoria Geral do Município/PGM, mediante encaminhamento da Diretoria de Gestão
Técnica.

Art.27 – Fica revogado o Regimento Interno do Componente Municipal de Auditoria do


Sistema Único de Saúde –CMA/SUS publicado no Diário Oficial do Município de Jaraguá do
Sul - DOM em 26 de novembro de 2020, Edição Nº 333 – Extrato do Ato Nº 2731534.

Art.28 – Este Regimento entrará em vigor na data de publicação da Portaria que o institui.

REGISTRE-SE, COMUNIQUE-SE e CUMPRA-SE.

Jaraguá do Sul, 12 de abril de 2021.

ALCEU GILMAR MORETTI


Secretário Municipal de Saúde

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