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emoções
(inconsciente)
Papez propôs que o circuito constituído pelo giro do cíngulo, giro parahipocampal, hipocampo,
fórnix, corpo mamilar, núcleos anteriores do tálamo se constituísse no circuito básico das emoções.
Esse circuito é conhecido hoje como “Circuito de Papez”. Atualmente se sabe que as estruturas e
processos por trás das emoções compreende mais estruturas, além das propostas por Papez, e mesmo
para o sistema límbico.
Este circuito encontra-se mais relacionado com a memória do que com as emoções.
Sistema Límbico
As flechas espessas constituem o circuito proposto por Papez. Mas outras conexões
foram descobertas posteriormente, representadas pelas flechas finas.
A imagem abaixo envolve um estudo onde as pessoas são induzidas a experimentar emoções a
partir de figuras que evocam diferentes emoções enquanto estão em um aparelho de imageamento
encefálico.
Embora o termo sistema límbico seja ainda comumente utilizado em discussões sobre as estruturas
relacionadas as emoções, atualmente acredita-se que não existe um sistema único e bem
delimitado para as emoções. Pois as estruturas associadas a cada uma das emoções varia.
Para um texto provocador sobre o papel da amigdala no comportamento
humano ver:
https://institutoconectomus.com.br/estudo-compara-cerebro-de-criancas-
psicopatas-e-
bandidos/#:~:text=Os%20psicopatas%20tinham%20am%C3%ADgdalas%202
0,fosse%20generalizada%20entre%20os%20criminosos.
Mas ainda não são conhecidas todas as estruturas envolvidas no processamento emocional.
Técnicas de imagem fornecem figuras da atividade encefálica associada a diferentes emoções. Mas
essas figuras não permitem informar como ou quais áreas encefálicas contribuem para a experiência
ou para a expressão de uma emoção.
Estes animais apresentaram drásticas mudanças de comportamento. Por exemplo, eles se tornaram
dóceis, praticamente não apresentavam medo, pareciam necessitar colocar os objetos na boca para
poder identificá-los e apresentavam hipersexualização (excesso de impulsos sexuais).
Posteriormente, este conjunto de anomalias comportamentais bizarras foram coletivamente
denominadas síndrome de Klüver-Bucy.
A ausência da expressão de medo nestes macacos era observada na presença de outros
animais normalmente temidos por eles como cobras. Mas mesmo após a aproximação e o
ataque de uma cobra ele voltaria e tentaria examiná-la novamente.
Muitos impulsos sensoriais vindos diretamente do tálamo sensorial ou das áreas sensoriais do
córtex cerebral convergem para a amígdala para informá-la sobre os perigos potenciais em seu
ambiente.
A amígdala recebe impulsos de diferentes áreas do cérebro. Ela é capaz de integrar as informações
sensoriais e cognitivas e, em seguida, determinar se haverá ou não resposta de medo (que envolve
respostas motoras, endócrinas e fisiológicas). Mas ela atua em emoções positivas também.
Numerosos estudos em seres humanos têm examinado os efeitos de lesões que incluem a
amígdala sobre a capacidade de reconhecer expressões faciais de emoção.
Pontos utilizados por uma pessoa com amigdalas normais ao visualizar uma expressão de medo.
Pessoas sem amigdala não olham nos olhos, por isso não reconhece esta expressão facial.
Quando S.M foi orientada a olhar os olhos de uma pessoa, ela o fazia e era capaz de reconhecer
corretamente o medo.
A hipótese é que o medo normalmente é reconhecido por uma interação de duas vias entre a
amígdala e o córtex visual: a informação visual é levada para a amígdala, que, então, instrui o sistema
visual para mover os olhos e examinar os sinais visuais para determinar a expressão emocional em
uma face.
O que ocorre quando a amígdala é muito ativa? Por exemplo, quando uma amígdala intacta é
estimulada eletricamente?
Dependendo do local de estimulação na amigdala, isso pode levar a efeitos diferentes.
Tem sido relatado que a estimulação elétrica da amígdala em seres humanos leva à
ansiedade e ao medo. O que não surpreende que a amígdala figure sempre em destaque
nas teorias atuais sobre transtornos de ansiedade como a Síndrome do Pânico.
Além da amígdala, uma variedade de estruturas encefálicas estão envolvidas na
raiva e na agressividade, como: córtex orbitofrontal, córtex cingulado anterior
e hipotálamo entre outras.
O hipotálamo lateral envia axônios para a área tegmentar ventral (VTA) no mesencéfalo. E uma
estimulação em qualquer uma destas duas áreas pode provocar comportamentos característicos da
agressividade predatória.
Por outro lado, lesões na VTA podem fazer cessar os comportamentos agressivos.
Tem sido relatado que a estimulação elétrica da amígdala em seres humanos leva à ansiedade e
ao medo.
Entretanto, outros estudos relataram ativação da amígdala em resposta a outras expressões faciais,
incluindo felicidade, tristeza e raiva. A função que a amígdala desempenha nessas várias emoções
não foi ainda esclarecida.
Amigdalas exercem papel no processamento da memória, tomada de decisão e respostas
emocionais.
Nos adultos, amígdala é maior em homens do que mulheres, devido a maior quantidade
de testosterona.
Estudos tem mostrado que quando as pessoas olham para fotos de rostos com medo e
raiva, o fluxo sanguíneo entre as áreas visuais (córtex visual e núcleo pulvinar) e a
amígdala aumenta. Especialmente em indivíduos com mais axônios conectando estas
regiões.
Quanto mais axônios melhor o reconhecimento quando um rosto estava com medo.
O grau de conexões entre essas regiões é variável, pessoas com autismo respondem
menos a rostos com medo, enquanto pessoas com ansiedade respondem mais.