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Stuart Hall foi um professor de sociologia e teórico cultural de excelência, nasceu na

Jamaica no dia 3 de fevereiro de 1932, mas em 1951 foi viver na Inglaterra.

O autor ajuda-nos a ter uma maior perceção sobre o mundo quando fala representação,
por ser algo que une membros pertencentes a mesma cultura. Além disso, o autor
desenvolve uma análise política da cultura a partir da noção de representação, de
“significados compartilhados”, onde são conceituados e relacionados os conceitos de
cultura, significado, semiótica, signos, discurso, linguagem, etc.

Este trabalho tem como objetivo analisar a sua obra Cultura e Representação.

Em 1957 o autor inicia a sua carreira como professor, dando aulas para operários e
adultos.

No contexto pós-guerra em que verifica-se um aumento significativo na indústria


cultural e verifica-se um apoio a alta cultura.

O seu livro originalmente intitulado como “Representation: Cultural Representations


and Signifying Practices” foi primeiramente publicada em 1997 na língua inglesa pela
editora americana independente SAGE Publishing.

Atualmente, este texto possui uma segunda edição revisada e publicada em 2016.

A edição na língua portuguesa lida para realizar este trabalho é uma tradução brasileira
Editora Apicuri.

O autor divide a leitura em cinco tópicos principais: 1. Representação, sentido e


linguagem (no qual explica as principais teorias em torno de signos, significados e
sentidos); 2. O legado de Saussure (no qual apresenta a “virada linguística” nos estudos
sociais); 3. Da linguagem à cultura: da linguística à semiótica (no qual apresenta a
abordagem da semiótica quanto à construção de sentido); 4. Discurso, poder e sujeito
(no qual localiza a importância de Foucault para pensar poder/política/causa e efeito); e
5. Onde está o sujeito? (no qual toma para si a responsabilidade de localizar o sujeito na
estrutura).

No início do livro, encontramos uma breve introdução onde o autor revela os


temas/assuntos que serão tratados ao longo do livro.

Num primeiro momento, Hall fala sobre o circuito da cultura para exemplificar o modo
que a linguagem constrói significados.
Na perceção de Hall, a linguagem é detentora de uma capacidade de construir
significados, isso porque a linguagem funciona como um sistema representacional.
Segundo Hall “A linguagem é um dos meios através do qual pensamentos, ideias e
sentimentos são representados numa cultura” (2016, p.18).

Para transmitir os nossos pensamentos por meio da linguagem utilizamos símbolos e


signos, para representar para os outros as nossas ideias e conceitos.

No circuito da cultura, o autor também fala sobre a representação. A representação diz


respeito aos significados que concedemos a objetos, pessoas ou eventos através da
interpretação que tiramos sobre eles.

As pessoas pertencentes a mesma cultura partilham entre si um conjunto de conceitos e


ideias que faz com que sintam e reflitam sobre o mundo através de “códigos culturais”.

Podemos então dizer que a representação tem um papel fundamental porque a


linguagem exprime oque o falante quer dizer, pode tratar-se de um escritor ou pintor.

Quando falamos sobre a representação é necessário entender o sistema de representação.

Este sistema de representação trata-se das diferentes formas de organizar ou classificar


um determinado conceito. Por isso, falamos da representação mental que são os ditos
conceitos que possuímos dentro de nós. Por exemplo, o conceito de anjos, demónios e
sereias.

Em suma, através dos signos que são organizados em linguagem, estas representam os
conceitos e as relações entre elas que carregam em nossas mentes e um sentido.

Hall utiliza a abordagem construtiva da imagem. O autor apresenta duas visões


apresentadas por dois autores diferentes. Por um lado, temos uma semiótica abordada
por Saussure e a outra discursiva associada a Foucault.

Segundo o Legado de Saussure, o signo pode ser analisado através de dois elementos.

O primeiro diz respeito ao significante, que é a forma como a informação é apresentada


(palavras, fotos, etc).

O segundo elemento é o significado que é conceito resultante por meio de ideias que são
desencadeadas em nossas mentes.
Os dois elementos ao bastante importantes e necessários para produzirem sentido em
nós, mas é a relação entre eles, conforme uma determinada cultura que obtemos a
representação.

Mas é importante realçar que os sentidos não são algo fixos, são assim convenções
sociais. Por exemplo, os semáforos (exigem significados).

Em seguida, Hall introduz Foucault e a sua perceção da representação, colocando em


destaque o conceito de discurso, a relação com o poder e a questão do sujeito. O
discurso tem um papel fundamental na cultura porque ajuda a construir/adquirir
conhecimento através de imagens e ideias.

Para Foucault só é possível adquirir o conhecimento sobre as coisas se elas tiverem


sentido e constituírem uma forma de poder.
Bibliografia:

 https://eclass.aueb.gr/modules/document/file.php/OIK260/S.Hall%2C%20The
%20work%20of%20Representation.pdf?
source=post_page---------------------------
 Cultura e Representação-Stuart Hall, 2016

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