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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
PRINCÍPIOS E TÉCNICAS DE
IDEAÇÃO – DESIGN THINKING
Autor: Esp. Anderson Marcolino Pereira de Oliveira
Revisor: Rafael Araújo
INICIAR
introdução
Introdução
Caro(a) estudante, iniciaremos aqui uma jornada de imersão sobre a
criatividade, como desenvolver ideias e reconstruir princípios, sob a
perspectiva de um modelo de pensamento que se propõe, de maneira
estruturada, apontar um caminho para a construção de soluções para os
desafios da vida moderna, de forma criativa, inovadora e sob o olhar de vários
ângulos.
O objetivo geral desta unidade é nos aproximarmos desse conceito que nos
auxilia no desenvolvimento da criatividade e da capacidade de propor
soluções inovadoras para a realidade que é apresentada pelo mercado 4.0. Ao
longo dessa jornada, apresentaremos como surgiu a ideia do design thinking
e como essa metodologia nos auxilia na construção de novos modelos
mentais de produção de ideias e soluções.
Podemos observar essa realidade quando visitamos uma loja de varejo: uma
infinidade de marcas e modelos, em que podemos observar que quase não
existe diferença entre os produtos! Por exemplo, o que difere um celular da
marca A para a marca B? Software? Hardware? Aparência? Robustez? Status?
Preço? Qual critério para a SUA decisão de compra? O fato é que o modelo de
produção vigente ainda está estagnado nesse mesmo jeito há anos! Todos os
celulares possuem características (inclusive as peças internas!) semelhantes, e
nós nos deixamos levar por critérios aleatórios para definir nossa tomada de
decisão, como recomendações de amigos, vendedores... até de consumidores
na internet!
reflita
Reflita
Como está seu padrão de consumo atual? Quais fatores o
levam a tomar a decisão de compra?
ASSISTIR
Para Idris Mootee (2013), o design thinking pode ser descrito como a relação
de simbiose entre sentimentos antagônicos, tal como: arte e negócio,
estrutura e caos, lógica e intuição, ludicidade e formalidade, controle e
empoderamento.
BROWN, T.
Design thinking
: uma metodologia poderosa para decretar o fim das
velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
a)
O design thinking centra-se exclusivamente na criatividade e ignora outros
saberes do homem.
b)
O design thinking foca apenas na resolução de problemas novos.
c)
A frase “pensar como o designer pensa” significa observar o mundo à sua
volta e propor soluções que atendam necessidades das pessoas, alinhando
sempre com os recursos disponíveis.
d)
Considerando a natureza e a aplicação do design thinking, recomenda-se
que sua aplicação seja realizada apenas por designers.
e)
O design thinking é um modelo de solução de problemas fechado, no qual
todos os passos descritos são essenciais para o sucesso do planejamento.
Design Thinking –
Aplicações
Assim, o conceito de
design
, segundo Margolin e Buchanan (1995), vem sendo
ampliado ao longo do tempo, conforme as descrições a seguir:
Um projeto de design, como qualquer outro projeto, precisa ter começo, meio
e fim. A partir desse entendimento, constata-se que os envolvidos
compreendem melhor a realidade com essas restrições. A identificação
dessas limitações torna-se mais clara quando analisam-se três critérios sobre
boas ideias: praticidade (aqui, verifica-se se o que se propõe tem
funcionalidade no futuro); viabilidade (se a ideia se tornará parte de modelos
de negócios sustentáveis); e, por fim, desejável (se o que está sendo
desenvolvido fará sentido para as pessoas. Afinal, essas últimas precisam
abraçar a ideia encontrar uma razão naquele produto, serviço ou ideia).
Aplicação da Metodologia DT
A cada passo, o designer lança mão de algumas técnicas, que podem auxiliá-
lo(a) a construir o entendimento correto sobre as ações a serem tomadas. As
técnicas que são mais utilizadas estão listadas a seguir:
Reenquadramento.
Pesquisa exploratória.
Pesquisa
desk
.
Entrevistas.
Mapa de empatia.
2. Observar
Um dia na vida.
Sombra.
3. Definir
Cartões de insight.
Mapas conceituais.
Critérios norteadores.
Personas
.
Jornada do usuário (UX –
User Experience
).
Blueprint
.
4. Idealizar
Essa é a etapa que tornou o design thinking famoso! É nesse passo que as
ideias são geradas. O principal objetivo nesse instante é imaginar a maior
quantidade de soluções possíveis para o problema delimitado nas etapas
anteriores. Por mais absurdo que pareça, todas as ideias são válidas nesse
processo, pois podem oferecer insights que as ideias “normais” (baseadas nos
princípios mais racionais) não conseguem oferecer.
Brainstorming
.
Matriz de posicionamento.
Cardápio de ideias.
Workshop
de cocriação.
5. Prototipar
Storyboards
.
Maquetes.
Encenações.
Protótipos de papel.
Diagrama de processos.
6. Testar
Cartões de insights.
Mapas conceituais.
Critérios norteadores.
praticar
Vamos Praticar
Sabe-se que a aplicação do design thinking, como qualquer projeto, parte da
perspectiva de que há um começo, um meio e um fim. Isso constrói uma percepção
mais real das circunstâncias, e assim os envolvidos permanecem cientes dos
compromissos firmados. Considerando o texto, assinale a alternativa correta a
partir do texto.
a)
As restrições caracterizam-se como ferramenta que ajuda a manter a
viabilidade, a desejabilidade e a praticabilidade de um projeto.
b)
O planejamento não contempla restrições, pois elas não contribuem para
manter a viabilidade, a desejabilidade e a praticabilidade de um projeto.
c)
A prioridade no planejamento de uma solução contempla a manutenção
da viabilidade, a desejabilidade e a praticabilidade de um projeto, evitando as
restrições, que apenas ajudam no planejamento.
d)
A viabilidade, a desejabilidade e a praticabilidade de um projeto não
possuem relação com restrições.
e)
Começo, meio e fim são características de projetos e não se aplicam à
metodologia de DT.
Design Thinking – Técnica
dos Cartões de Insights
De acordo com Vianna et al. (2012), logo após a imersão na realidade que
envolve os produtos/serviços e a verificação do contexto relacionado ao
mercado no qual a empresa atua, os dados são identificados e analisados, e
as informações são cruzadas para checar padrões e possíveis oportunidades.
Características de cartões de insights:
Identificação de ideias.
Facilitação de acesso aos dados.
Clareza e objetividade.
Organização de ideias.
Divisão em categorias.
saiba mais
Saiba mais
A técnica dos cartões de insight é essencial
para o planejamento via design thinking,
visto que é uma ferramenta muito
importante na fase de definição do
problema.
ASSISTIR
Conceitos
Palavras/frases de ligação
Palavras ou frases que constroem as ligações entre as ideias que se inter-
relacionam, descrevendo-as. São atribuídas às linhas que conectam os balões
no mapa. Essas palavras/frases precisam ser o mais sucintas possível, sendo
descritas por uma ação (linguisticamente, um verbo).
Estrutura proposicional
Estrutura hierárquica
Ponto focal/central
Estacionamento
É uma lista previamente ordenada dos conceitos (do mais geral até o mais
específico) que são identificados como essenciais e necessariamente serão
incluídos à medida do desenrolar da construção do mapa.
Links cruzados
São as relações entre conceitos de diferentes áreas do mapa conceitual, que
permitem ao usuário visualizar graficamente como os conceitos diferentes
estão interligados. São os links cruzados que evidenciam os momentos de
criatividade da equipe.
Compreensão visual.
Síntese das informações.
Incentivo às discussões de alto nível.
Descoberta de novos conceitos e suas conexões.
Inter-relação entre conceitos complexos.
Difusão da criatividade.
Avaliação de conceitos críticos.
Promoção do trabalho colaborativo.
indicações
Material
Complementar
LIVRO
FILME
TRAILER
conclusão
Conclusão
Diante de todo o conteúdo exposto ao longo da unidade, pudemos perceber
que o design thinking é uma metodologia poderosa na promoção da
criatividade para oferecer soluções viáveis para as pessoas, com foco total da
aplicação da metodologia.
Por fim, faz-se necessário ressaltar que essa metodologia moderna, criativa e
inovadora ganha espaço nos ambientes voltados para a exploração do novo,
evidenciando-se como um dos pilares de sustentação dos negócios que
pretendem estar inseridos no contexto mercadológico atual. Não há mais
espaço para combater novos problemas com velhas soluções e atitudes
retrógradas.
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referências
Referências
Bibliográficas
ALT, L.; PINHEIRO, T.
Design thinking Brasil
. Rio de Janeiro: Editora Campus,
2011.
BROWN, T.
Design thinking
– uma metodologia poderosa para decretar o fim
das velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
MOOTEE, I.
Design thinking for strategic innovation
: what they can't teach
you at business or design school. [S.l.]: John Wiley & Sons, 2013.
PICANÇO, C. T.
Uma metodologia para melhoria de processos baseada em
design thinking
. Recife: UFPE, 2017.
TOFFLER, A.
O choque do futuro
. Rio de Janeiro: Artenova, 1973.
VIANNA, M. et al.
Design thinking
: inovação em negócios. [S.l.]: Design
thinking, 2012.