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ISBN 978-85-224-5142-5
93-3004 CDD-300.72
índices para catálogo sistemático:
1. Pesquisa social: Ciências sociais 300.72
2. Pesquisa social: Planejamento : Ciências sociais 300.72
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3.1 Definição
Pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de desenvol-
vimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir
respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos.
A partir dessa conceituação, pode-se, portanto, definir pesquisa social como
o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a obtenção de novos
conhecimentos no campo da realidade social.
Realidade social é entendida aqui em sentido bastante amplo, envolvendo
todos os aspectos relativos ao homem em seus múltiplos relacionamentos com
outros homens e instituições sociais. Assim, o conceito de pesquisa aqui adotado
aplica-se às investigações realizadas no âmbito das mais diversas ciências sociais,
incluindo Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Psicologia, Economia etc.
A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com
a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu
desenvolvimento; todavia, tem como característica fundamental o interesse na
aplicação, utilização e conseqüências práticas dos conhecimentos. Sua preocupa-
ção está menos voltada para o desenvolvimento de teorias de valor universal que
para a aplicação imediata numa realidade circunstancial. De modo geral é este o
tipo de pesquisa a que mais se dedicam os psicólogos, sociólogos, economistas,
assistentes sociais e outros pesquisadores sociais.
pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a iden-
tificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficien-
temente descrito e detalhado.
As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase que exclusiva-
mente do método experimental. Nas ciências sociais, em virtude das dificuldades
já comentadas, recorre-se a outros métodos, sobretudo ao observacional. Nem
sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em
ciências sociais, mas em algumas áreas, sobretudo da Psicologia, as pesquisas re-
vestem-se de elevado grau de controle, chegando mesmo a ser designadas "qua-
se-experimentais".
c) delineamento da pesquisa;
d) operacionalização dos conceitos e variáveis;
e) seleção da amostra;
f) elaboração dos instrumentos de coleta de dados;
g) coleta de dados;
h) análise e interpretação dos resultados;
i) redação do relatório.
A sucessão destas fases nem sempre é rigorosamente observada, podendo
ocorrer que algumas delas não apareçam claramente em muitas pesquisas. Con-
tudo, esse encadeamento de fases parece ser o mais lógico, e com base nele é que
serão desenvolvidos os demais capítulos deste livro.
Leitura recomendada
THIOLLENT Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
Este livro apresenta a pesquisa-ação como alternativa metodológica aplicável em diferen-
tes áreas de conhecimento e de atuação.