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EM | Setembro / Outubro | 2022 3

S umário
uil er Willia ia u ersto

E M 5 0 anos
D e s d e o m o d e lo e s t a t a l e c e n t r a liz a d o d o s a n o s 1 9 7 0 a t é e s t e m o m e n t o e m q u e s e e n s a ia
a lib e r a liz a ç ã o t o t a l d o m e r c a d o d e e n e r g ia , a e v o lu ç ã o d o s e t o r e lé t r ic o v e m s e n d o
a c o m p a n h a d a d e p e r t o p o r E l etri c i d a d e M od ern a . E , n o u n i v e r s o d a s in s t a la ç õ e s e lé t r ic a s ,

24
a r e v is t a r e g is t r o u e c o la b o r o u c o m o d e s e n v o lv im e n t o d a s n o rm a s
t é c n ic a s , d a s e g u r a n ç a d e in s t a la ç õ e s e p r o d u t o s , d o m e r c a d o e d o s s e u s
rofissionais e a u relato essa tra et ria

S E G U R A N Ç A

A cionamentos C . A . e soft-starters D etecç ã o e alarme de incê ndio em


O le v a n t a m e n t o d e s c r e v e a o f e r t a d e v á r ia s
centros e og stica
e m p r e s a s d e a c io n a m e n t o s C .A . d e v e lo c id a d e C o m a g lo b a liz a ç ã o , u m in c ê n d io e m u m
c o n t r o la d a (t a m b é m c h a m a d o s d e in v e r s o r e s entro e lo sti a o e n o ter onse u n ias
e re u n ia e a es eletr ni as e arti a a p e n a s lo c a is m a s a f e t a r t o d a u m a c a d e ia d e
c o n h e c i d a s c o m so s a e s. P a r a o s p r i m e i r o s , s u p r im e n t o s . D e a c o r d o c o m a s s e g u r a d o r a s ,
etal a ara ter sti as o o aixa e ot n ia os re u os or e ento so a il o
te nolo ia e ti o e on ersor e e ontrole e ra i a ente atin e il es uan o
c o m p u t a d a a in t e r r u p ç ã o d a s o p e r a ç õ e s . N e s t e

4 0
e n t r e o u t r a s . P a r a a s c h a v e s , t r a z in f o r m a ç õ e s
en rio a onfiabili a e a se uran a ontra

4 2
o o te nolo ias utili a as
p ro te ç ã o e fu n ç õ e s . in c ê n d io é f u n d a m e n t a l.

PR O T E Ç Ã O
E mpresas de eng enharia,
E letrocalhas, dutos, b andej as, oor ena o entre s os ti os e nsta a es e ser os técn cos
canaletas e leitos para cab os rote o contra s rtos arte especializ ados
U m r e t r a t o d a o f e r t a d e f a b r ic a n t e s e P u b lic a d o p o r E M e uas artes o arti o
c o m e n t a a s p e c t o s d a s in t e r a ç õ e s D P S – D P S O le v a n t a m e n t o r e la c io n a p r e s t a d o r e s d e
im p o r t a d o r e s d e c o n d u t o s (c a n a le t a s ,
e D P S – e q u ip a m e n t o s , c o m e s p e c ia l a t e n ç ã o s e r v iç o s n o s s e g m e n t o s d e g e r a ç ã o , lin h a s
eletro utos eletro al as ban e as e leitos
p a r a a d iv is ã o d e e n e r g ia . A a b o r d a g e m t r a z d e t r a n s m is s ã o , s u b e s t a ç õ e s , r e d e s d e
p ro d u to s q u e d e v e m p ro te g e m o s c o n d u to re s
p e r c e p ç õ e s im p o r t a n t e s e ú t e is q u e p o d e m s e r istribui o eletrifi a o rural instala es
c o n t r a s o lic it a ç õ e s m e c â n ic a s e e lé t r ic a s e
a d a p t a d a s a s it u a ç õ e s r e a is . N e s t a e d iç ã o s e el tri as rote o ontra raios efi ienti a o
er itir a esso s lin as ara trabal os e
abor a onex es e interli a es entre P ener ti a uali a e a ener ia ilu ina o
anuten o e a lia o uia etal a ti os
s e g u r a n ç a , s e g u r a n ç a d o t r a b a lh o e a u t o m a ç ã o .

4 6 4 8
m a t e r ia is e m p r e g a d o s e a s n o r m a s t é c n ic a s a e na r xi a ser a e a oor ena o entre

5 8
D P S e e q u ip a m e n t o s . A s c o m p a n h ia s e s t ã o a g r u p a d a s p o r U n id a d e s
q u e o s p ro d u to s a te n d e m .
d a F e d e ra ç ã o o n d e e s tã o
in s t a la d a s .

S E Ç Õ E S
C apa
6 C arta ao Leitor 7 6 E M E x Roberto onti elli W
c o m fo to s d o b a n c o d e
ra

8 N o C ircuito 7 8 Produtos i a ens u ersto

20 E M S intonia Pub licaç õ es s o ini es os arti os assina os n o

7 2
s ã o n e c e s s a r ia m e n t e a s a d o t a d a s p o r
A g enda Í ndice de A nunciantes E M p o d e n d o m e s m o s e r c o n t r á r ia s
a e s ta s .
7 4 E M A terramento 82 M omento
Eletrocentro
Solução integrada para
flexibilizar a sua obra.
Vantagens de se optar por um eletrocentro:
Redução do risco de projeto, menor tempo de
implantação, custos de obra reduzidos, baixo risco
de acidentes, comissionamento, parametrização e
testes de plataforma em fábrica realizado antes da
entrega dos equipamentos.

Conheça mais sobre eletrocentros, acesse


nosso site e entre em contato com nossa
equipe de engenharia.

stielectric.com.br
6 EM | Setembro / Outubro | 2022

DIRETORES
Edgard Laureano da Cunha Jr.,
José Roberto Gonçalves e José Rubens

C arta ao Leitor
Alves de Souza (in memoriam)

REDAÇÃO
Editor: Mauro Sérgio Crestani
(jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)
Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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U m cinq uentenário
Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti
Contatos: Eliane Giacomett
eliane.giacomett@arandaeditora.com.br
Ivete Lobo

de ob rig ados
ivete.lobo@arandaeditora.com.br
Tel. (11) 3824-5300

REPRESENTANTES BRASIL
Interior de São Paulo e Rio de Janeiro: Guilherme
Freitas de Carvalho – cel. (11) 98149-8896;
guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br
Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R.
Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160
Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31)
Os 50 anos da revista Eletricidade Moderna são uma efeméride a ser 99975-7031; oadc@terra.com.br

J u c e le R e is e comemorada em grande estilo. E aqui a celebramos com uma extensa Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – Rua
Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000
Ma u r o C r e s t a n i matéria, baseada principalmente em minuciosas consultas a nossos Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel.
arquivos, verdadeiros mergulhos no material publicado durante 50 anos, (41) 99728-3060; romildoparana@gmail.com
d a R ed a ç ã o d e EM entre reportagens, notícias, artigos técnicos, guias, pesquisas, enquetes,
Rio Grande do Sul: Maria José da Silva
tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 981-799-661;
análises, perfis, rankings, colunas, etc. etc. sobre todo segmento e assuntos maria.jose@arandaeditora.com.br
da área elétrica. É tanta coisa que, como escrevemos no próprio texto da INTERNATIONAL ADVERTISING
matéria, muito teve de ficar de fora. Por outro lado, como dito aqui em SALES REPRESENTATIVES
China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 2-601 Huandong
outras ocasiões, para contar adequadamente a história da revista só mesmo Gongyu, Hangzhou, Zhejiang 310004 (86-571)
em um livro, e dos bem volumosos. Mas a essência, o espírito da revista, a 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide);
jweng@foxmail.com
profundidade de sua abordagem e o rigor de seus métodos, a isenção com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker
que sempre tratou a informação, queremos crer, conseguimos retratar. Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal
tel.: +49 202 27169 13. fax: +49 202 27169 20
Uma celebração do que fomos, somos e queremos ser. www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de
Italy:Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7
Convidamos expoentes da comunidade técnica para nos ajudar na 20148 Milan – tel.: +39 2 39216180, fax: +39 2 39217082
celebração. A eles agradecemos por essa fundamental colaboração e pela grquaini@tin.it
gentileza evidenciada em seus depoimentos. Todos eles têm um traço Japan:Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina
Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome,
em comum: conheceram EM quando ainda estavam na universidade Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073 – tel: +81-(0)3-3263-5065, fax:
ou por essa época e mantiveram com a revista relação duradoura. E +81-(0)3-3234-2064
aso@echo-japan.co.jp
invariavelmente se referem a José Rubens Alves de Souza, nosso editor, de Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn
saudosa memória, que imprimiu sua marca na revista e na normalização 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu
Seoul 134-070 – tel: +82 2 481-3411, fax: +82 2 481-3414.
técnica de instalações elétricas, principalmente a NBR 5410 – e a quem jesmedia@unitel.co.kr
também prestamos aqui nossa singela homenagem. Switzerland:Rico Dormann - Media Consultant Marketing
Moosstrasse 7,CH-8803 Rüschlikon
O fazer diário da revista nos ensinou muitas coisas, principalmente tel.: +41 44 720-8550, fax: +41 44 721-1474.
dormann@rdormann.ch
a conhecer o nosso leitor. Especializado, cioso de pertencer a uma Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King
comunidade técnica respeitada, exigente, ávido de informação de 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1; Taichung, 408
tel.: +886 4 2325-1784, fax: +886 4 2325-2967.
qualidade. Se a EM alcançou prestígio, tornou-se notória pelo cuidado com global@acw.com.tw
seu conteúdo e seriedade no trato da informação, em grande parte isso se UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands,
Norway, Sweden):Mr. Edward J. Kania - Robert G Horsfield
deve ao nível de exigência que nos é imposto pelo público a cada edição. International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks,
Portanto, vai aqui um preito de agradecimento aos leitores, por ajudar a Derbyshire SK23 6DA
tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188
ser o que somos. De nossa parte, nos comprometemos a continuar nosso ekania@btinternet.com
empenho para satisfazê-lo, atentos inclusive às novas exigências colocadas USA:Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick,
NY 11566-5209 – tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607;
pelas novas gerações de engenheiros e técnicos de eletricidade. mobile: (516) 476-5568. arandausa@gmail.com

Uma celebração precisa também ser visualmente atraente (que festa ADMINISTRAÇÃO
de sucesso não cuida de sua decoração?). E por isto nesta edição do Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.

cinquentenário EM vem com um projeto gráfico reformado, mais arejado. PRODUÇÃO


Se não faz alterações radicais no visual anterior, o novo projeto torna a Sarah Esther Betti, Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva.

leitura mais fluida, agradável. Mas com o cuidado de preservar a estrutura CIRCULAÇÃO
que dá identidade à revista, suas seções e formas de apresentação que a Clayton Santos Delfino
Tel.: (011) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br
identificam para o leitor. Enfim, a mudança foi feita ao “estilo EM”, por
assim dizer, com um olho no futuro e outro na tradição. SERVIÇOS
Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica e Editora
Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima
Por fim, vai aqui um reconhecimento especial a todos os colaboradores
que fizeram de EM o que é hoje: tanto aos já mencionados, quanto às PROJETO
RudekWydra
dezenas de outros que assinaram colunas e artigos, foram fontes de site: www.rudekwydra.com.br
matérias e reportagens, que nos prestaram consultoria técnica, rotineira Roberto Monticelli Wydra
atendimento@rudekwydra.com.br
ou pontualmente. E também às várias gerações de redatores, repórteres,
revisores, fotógrafos, diagramadores, produtores gráficos e apoiadores TIRAGEM
12 000 exemplares
em geral que passaram pela revista. E ainda aos colegas profissionais do
departamento comercial da Aranda Editora, sem cuja dedicação não ELETRICIDADE MODERNA, revista brasileira de
eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da
teríamos chegado até aqui. Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda.

E obrigado, enfim, à Eletricidade Moderna, uma bela aventura profissional Redação, publicidade, administração
e correspondência:
da qual muito nos orgulhamos. Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil.
TEL. + 55 (11) 3824-5300
em@arandaeditora.com.br | www.arandaeditora.com.br
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N o C ircuito

C T G Brasil oo era o m ra ro o e rog n o er e


vai criar h u b a artir o etano

de H 2V A Shell, a Raízen, a empresa especializada em tecnologia de hidrogênio Hytron, além da Universidade de São
Paulo (USP) e o Senai Cetiqt, assinaram acordo de cooperação para desenvolvimento de plantas de produção
de hidrogênio renovável a partir do etanol. A parceria visa validar a tecnologia por meio da construção de
A geradora chinesa CTG Brasil anunciou duas unidades dimensionadas para produzir 5 kg/h de hidrogênio e, posteriormente, a implementação de
que vai criar no Complexo Industrial Por- uma dez vezes maior, de 44,5 kg/h.
tuário de Suape, em Pernambuco, um hub Segundo comunicado da Raízen, o acordo inclui também uma estação de abastecimento veicular (HRS -
tecnológico para desenvolver a cadeia do Hydrogen Refuelling Station) no campus da USP, na cidade de São Paulo. Um dos ônibus utilizados pelos es-
tudantes e visitantes da cidade universitária deixará de utilizar diesel e os tradicionais motores a combustão
hidrogênio verde (H2V). O projeto, bati- interna para começar a utilizar hidrogênio produzido a partir do etanol e motores equipados com células a
zado de TechHub Hidrogênio Verde, é fei- combustível (Fuell Cell). O início dessa operação é previsto para 2023.
to em cooperação com o Senai e o governo
O hidrogênio a partir de etanol será produzido com biocombustível fornecido pela Raízen com tecnologia
pernambucano. A iniciativa concentrará desenvolvida pela nacional Hytron, que atualmente pertence ao grupo alemão Neuman & Esser Group (NEA
em Suape a implementação de projetos Group). O projeto terá suporte do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras do Senai Cetiqt e
inovadores focados na produção, trans- contará com financiamento da Shell Brasil, por meio da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento da ANP,
porte, armazenamento e gestão de H2V. com investimento de aproximadamente R$ 50 milhões.

Os projetos financiados receberão ini-


cialmente investimentos de até R$ 45 mi-
lhões. As propostas foram selecionadas
de alimentação da planta é proveniente
de energia 100% renovável, abrindo ainda
ar as e o t m
na chamada pública “Missão Estratégica
Hidrogênio Verde”, promovida pelo Senai
mais portas para a comercialização deste
que é considerado o combustível do futu-
no a meto o og a
e pela CTG Brasil, cujo resultado foi di-
vulgado em fevereiro de 2022. A iniciativa
ro”, afirma José Renato Domingues, vice- ec c o
presidente corporativo da CTG Brasil.
faz parte da estratégia de investimento do A Aneel autorizou a nova metodologia de
programa de P&D Aneel da CTG. O papel do Senai será de colaborar na im-
cálculo das Tarifas de Uso do Sistema de
plantação dos projetos, que devem con- Transmissão (TUST) e das Tarifas de Uso
Para conectar as plantas piloto implemen- tribuir para a elevação da atratividade de
tadas no TechHub, será desenvolvida uma do Sistema de Distribuição para centrais
investimentos do estado, segundo a dire- de geração conectadas em 88 kV e 138 kV
plataforma digital de comercialização para
tora-regional do Senai Pernambuco, Ca- (TUSD-g). Ao longo de cinco ciclos tarifá-
o H2V. “É fundamental rastrear e certifi-
mila Barreto. “Enxergamos no Complexo rios, de 2023 a 2028, a agência promoverá
car a origem da energia para a produção
Industrial Portuário de Suape uma forma a gradual intensificação do sinal locacio-
do hidrogênio, assegurando que a fonte
de testar a viabilidade desses projetos em nal, ou seja, o realinhamento dos custos
um cenário real, agregando outras empre- de transmissão de modo a equilibrar a
sas e criando um verdadeiro hub de ino- cobrança pelo uso do Sistema Interligado
vação”, explica. O porto de Suape é con- Nacional (SIN), fazendo com que os agen-
siderado o mais estratégico do Nordeste, tes que mais a oneram paguem proporcio-
com 90% do PIB da região a um raio de nalmente mais pelo serviço.
800 quilômetros. Para a Aneel, a decisão corrige distorção ve-
Por conta do projeto, o governo estadual, rificada nos últimos anos, após a entrada em
a CTG Brasil e o Senai Pernambuco assi- operação da UHE Belo Monte e de outras
naram um memorando de entendimento gerações nas regiões Norte e Nordeste. Isso
para avaliar o desenvolvimento e a imple- porque essas regiões eram importadoras de
mentação de diversos projetos da cadeia energia elétrica há duas décadas, quando a
de hidrogênio em Suape. Segundo comu- Aneel definiu a metodologia anterior de cál-
nicado da CTG, trata-se de um acordo que culo da TUST e da TUSD-g, mas se torna-
ram na atualidade exportadoras de energia.
Em parceria com o Senai e o governo
pretende unir a expertise da companhia, o
pernambucano, no local serão implementados potencial energético do estado e o posicio- Já os consumidores dessas regiões, antes
projetos que venceram chamada pú blica namento estratégico do porto. afastados dos centros de carga, hoje estão
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ne s on a “A conta de energia é sempre uma grande


preocupação para nossos clientes e saber
s m a or e quanto consome cada aparelho eletrônico
para poder escolher quando usar e eco-
cons mo nomizar é muito importante”, afirma o
responsável por mercado na Enel Distri-
A distribuidora Enel passou a disponibi- buição São Paulo, André Oswaldo. Segun-
lizar para seus clientes em São Paulo um do ele, o simulador permite entender, por
simulador online para estimar o consumo exemplo, que aparelhos de ar-condiciona-
elétrico das residências. A partir da seleção do, máquina de secar roupa, chuveiro elé-
dos cômodos e equipamentos utilizados trico e torneira com água quente chegam
nas casas, com a informação de potência a representar entre 29% e 67% do custo de
P elo novo método aprovado pela Aneel, será e tempo de uso de cada aparelho, a fer- consumo de energia de um único cômodo
promovida a gradual intensificação do sinal da casa.
locacional, favorecendo consumidores do ramenta faz uma estimativa do custo de
N orte e N ordeste consumo. O simulador pode ser acessado no site da
próximos e oneram menos o sistema do Por meio de um link na plataforma onli- Enel, www.enel.com.br.
que era considerado no cálculo. Com a ne, o consumidor identifica os aparelhos
nova regulamentação, espera-se um alívio instalados que mais pesam no valor da
médio de 2,4% nas tarifas dos consumi-
dores do Nordeste e de 0,8% para os con-
conta de luz no final do mês. Com esta in-
formação, é possível controlar ou reduzir
emens amesa
sumidores do Norte, totalizando redução o consumo de alguns eletrodomésticos,
evitando sustos na despesa mensal com
esen o e
próxima a R$ 1,23 bilhão anuais.
A nova metodologia começará a ser apli-
energia elétrica. reciclável de
cada no ciclo tarifário 2023/2024, no qual Em uma simulação, por exemplo, é possí-
vel avaliar o consumo de uma sala de estar
aerogera or
90% do cálculo seguirá a contabilização
composta por ventilador de teto, ilumina- A Siemens Gamesa instalou a primeira
de custos anterior e 10%, o cálculo orien-
ção, ar-condicionado, luminária, televi- turbina eólica com pás 100% recicláveis.
tado pela intensificação de sinal locacio-
são, home theater, vídeo game, aparelho Com projeto próprio, a tecnologia, batiza-
nal. A aplicação do cálculo será aumenta- de TV a cabo e aparelho de som. Se utili-
da em 10 pontos percentuais a cada ciclo, da de ReyclableBlade, foi entregue em pás
zados diariamente por um período variá- de 81 metros de comprimento do aeroge-
até que se chegue, no ciclo 2027-2028, ao vel, o consumo total desses equipamentos rador modelo SG 8.0-167 DD, de 8 MW de
equilíbrio de 50% do cálculo consideran- no final do mês custaria R$ 179,22, sen- potência, do parque eólico offshore Kaska-
do o custo nacional e 50%, o custo regio- do o ar-condicionado o responsável pela si, da geradora RWE, no mar do Norte da
nal de transporte da energia. maior parte dos gastos, com R$ 82,72 do Alemanha.
custo total.
As tarifas flutuantes serão calculadas con- Neste parque de 342 MW de capacidade,
siderando os limites superiores e inferio- localizado a 35 km ao norte da ilha Heli-
res móveis, associados à variação da in- goland, da Alemanha, serão entregues ao
flação medida pelo Índice de Atualização todo 38 aerogeradores com a tecnologia de
da Transmissão (IAT) e ao risco imediato pá reciclável. Esse sistema é considerado
de expansão da transmissão. O voto do disruptivo na indústria eólica, já que até
diretor-relator do assunto, Hélvio Guer- o momento as pás inutilizadas, depois de
ra, durante a decisão na reunião da dire- seus 20 anos em média de vida útil, eram
toria da agência no dia 20 de setembro, descartadas em aterros ou incineradas.
argumenta que a sinalização eficiente de Com o sistema desenvolvido pela Siemens
preços, por meio da tarifa flutuante, evita Gamesa, os materiais das pás, que ficam
subsídios cruzados e favorece a otimiza- aglomerados, são separados por processo
ção da expansão do sistema de transmis- P lataforma o n l i n e permite avaliar o consumo
por tempo de uso e potê ncia de equipamentos
químico ácido. São aproveitadas as resinas,
são e da operação do sistema interligado. eletrodomésticos fibras de vidro, madeiras e outros compo-
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N o C ircuito

S enado aprova
PL da g eraç ã o de
energ a o s ore
A comissão de serviços de infraestrutura
do Senado aprovou em agosto o projeto P rojeto de lei regulamenta autoriz ação e
de lei que cria o marco regulatório para a concessão para aproveitamento do potencial
energético do alto-mar
exploração de energia — eólica, solar ou
Tecnologia inovadora foi instalada no M ar do das marés — em alto mar no Brasil. O PL Segundo Portinho, o objetivo da mudança
N orte da Alemanha em parque eó lico o s ore 576/21, de autoria do senador Jean Paul visa facilitar a interpretação da futura lei
Prates (PT-RN) regulamenta a autorização e possibilitar uma melhor tradução para
nentes, como poliéster ou fibra de carbono. e concessão para aproveitamento do poten- outros idiomas. A oferta permanente se
As pás da turbina eólica são compostas de cial energético offshore e foi aprovado na caracteriza pela apresentação de proposta
uma combinação de materiais embutidos forma do substitutivo do senador Carlos por interessados em investir, com suges-
na resina para formar uma estrutura forte Portinho (PL-RJ) em caráter terminativo. tão de prisma contendo estudos com de-
e rígida. finição locacional, potencial energético e
A proposta aprovada permite a concessão
Segundo comunicado da Siemens Ga- análise de impacto ambiental. Já a oferta
do direito de uso dos bens da União, fora
mesa, a tecnologia permite a recuperação planejada se refere ao procedimento rea-
da costa brasileira – o mar territorial, a
total dos componentes da pá no final da lizado pelo governo de oferta de prisma
plataforma continental e a Zona Econômi-
vida útil do produto. “Os materiais podem pré-delimitado via procedimento licita-
ca Exclusiva (ZEE) – para geração de ener-
então entrar na economia circular, criando tório.
gia ou a outorga mediante autorização. São
novos produtos sem a necessidade de re- No caso da oferta permanente, com a ma-
definidos dois tipos de outorga passíveis de
correr a mais recursos brutos”, afirmou a nifestação de interesse sobre determinado
serem celebradas entre o empreendedor e a
empresa. prisma energético, o poder público deve-
União. No seu voto complementar, Carlos
O sistema também está disponível para Portinho redefiniu a terminologia de ou- rá dar publicidade e realizar abertura de
outras turbinas da empresa, em pás de 108 torgas para duas modalidades de oferta: processo de chamada pública, com prazo
e 115 metros de comprimento. permanente e planejada. de 30 dias, para identificar a existência de
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E D F e Prumo assinam acordo para eó lica o s ore outros interessados. Não havendo demais
A EDF Renewables assinou memorando de entendimento (MoU, na sigla
interessados, o poder público poderá rea-
em inglês) com a Prumo Logística, responsável pelo desenvolvimento do lizar a outorga àquele primeiro agente que
Porto do Açu, no Rio de Janeiro, para estudar o desenvolvimento e a in- iniciou o procedimento, com a manifesta-
fraestrutura de parques eólicos offshore na região Norte Fluminense.
ção de interesse, por meio de autorização.
O acordo prevê o uso do Porto do Açu como hub logístico e de energia re-
novável, possibilitando também a produção de hidrogênio verde (H2V) no Antes do PL, em 25 de janeiro, foi publi-
complexo porto-indústria. A EDF vai contribuir com sua expertise em proje-
cado o Decreto Presidencial 10.948/22,
M emorando de entendimento tos offshore globalmente e sua atuação no mercado eólico onshore brasileiro.
visa desenvolvimento do P orto Com uma carteira de 1,7 GW em projetos de geração eólica onshore e solar no para também regulamentar a geração de
do Açu como h u b log stico e de Brasil, a EDF mira também projetos híbridos que combinem eólicas offshore energia offshore. Como a lei se sobrepõe ao
energia renová vel e H2V no País.
decreto, considerado instrumento infrale-
“Acreditamos na complementaridade da Prumo e da EDF. Atualmente contamos com mais de 1 GW em
operação e mais de 10 GW em construção e em desenvolvimento de projetos offshore ao redor do mundo.
gal, há possibilidade de este ser revogado,
Toda a infraestrutura logística portuária e a experiência em licenciamento da Prumo na região somados a caso os dois entrem em conflito. Apesar
nossa ampla e sólida experiência de 10 anos em projetos offshore agregarão ainda mais valor ao projeto”, disse de ter pontos congruentes entre os dois
André Salgado, CEO da EDF Renewables do Brasil.
textos, o senador Carlos Portinho consi-
Pelo lado da Prumo, a parceria é importante por conta da infraestrutura portuária operacional do complexo
e da localização geográfica do Porto do Açu, próximo a uma das três melhores regiões do Brasil em incidên-
dera o decreto um estatuto frágil para a
cia de ventos offshore e aos principais centros econômicos do país. adoção de medidas de longo prazo, sem
“Quando se trata de instalações offshore, é necessária a existência de uma estrutura portuária que suporte a devida segurança jurídica que os inves-
todo o serviço de construção, montagem e transporte. Entre outras vantagens comparativas, o Porto do Açu timentos em infraestrutura demandam.
conta com mais de 60 km² de área disponível para crescimento, calado de 25 metros de profundidade e uma
robusta infraestrutura logística e de exportação”, afirmou o CEO da Prumo, Rogério Zampronha.
Para ele, a importância do assunto merece
tratamento por lei.
1 2 EM | Setembro / Outubro | 2022

N o C ircuito

E nel X W ay ra rma arcer as ara


investe em mob ilidade elé trica
carreg adores de A montadora Jaguar Land Rover e a distribuidora de combustíveis
Vibra (ex-BR Distribuidora) assinaram memorando de entendimen-

carros elé tricos to (MOU) para desenvolver projetos e novos negócios relacionados
à mobilidade elétrica no Brasil. A parceria visa compartilhamento Iniciativa visa apoiar o
de conhecimento e tecnologias e potencial integração de negócios. desenvolvimento de pro etos de
As prioridades iniciais incluem a troca de experiências sobre a im- recarga de ve culos elétricos
A Enel X Way, área de negócios do grupo plementação da rede de eletropostos da Vibra em Postos Petrobras.
de energia italiano voltada para a mobili- O plano prevê implementar corredor elétrico com a instalação de 70 estações de recarga ultrarrápida que
dade elétrica, firmou parceria com o banco conectarão mais de sete estados brasileiros. O objetivo da empresa é fornecer o serviço de recarga de veículos
elétricos em 25% de sua rede de postos até 2030.
norte-americano Citi Brasil para disponi-
Para a Jaguar Land Rover, a parceria também ajuda em suas metas de descarbonização. No início deste ano,
bilizar carregadores de veículos elétricos
a empresa se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em suas operações e na cadeia de
para funcionários e clientes. O serviço está valor até 2030. “O caminho para a inovação, eletrificação e construção de um futuro mais sustentável é cole-
disponível no Citi Center, sede do banco na tivo. A Jaguar Land Rover e a Vibra têm discutido a importância de unir forças para oferecer iniciativas que
Avenida Paulista, em São Paulo. ajudem nossas empresas a alcançar seus compromissos estratégicos e de sustentabilidade”, disse o diretor de
Desenvolvimento de Negócios & Inovação Latam da Jaguar Land Rover, Gabriel Patini.
Os equipamentos são de carregamento in- Além disso, em parceria com a EZVolt, startup com participação da Vibra Energia, a rede de lanchonetes
teligente semirrápido e abastecem 80% da de origem norte-americana Burger King vai instalar 20 estações inteligentes para recarga rápida de veículos
bateria de um automóvel totalmente elé- elétricos em seus restaurantes. As duas primeiras unidades que receberão os pontos de recarga serão em
Barueri, na região metropolitana de São Paulo, e no Rio de Janeiro (RJ).
trico ou híbrido plug-in em aproximada-
A escolha inicial pelos estados do Rio de Janeiro e São Paulo se devem ao fato de serem os locais com mais
mente três horas. Segundo a Enel X Way,
pontos de recarga e também por haver alta demanda, não só residencial mas também de empresas com veí-
porém, nos grandes centros urbanos 90% culos elétricos. No total, serão dez pontos na Grande São Paulo (SP), cinco em Belo Horizonte (MG) e cinco
das cargas necessárias para garantir o re- no Rio de Janeiro (RJ).
torno para casa são de apenas 30 minutos. De acordo com a Burger King, a iniciativa tem como meta otimizar a experiência do cliente e contribuir
para a redução das emissões de carbono no trajeto dos clientes aos seus restaurantes. A EZVolt será res-
Ao todo, foram instalados oito carregado- ponsável pela operação e manutenção dos eletropostos, que serão todos conectados à internet para que os
res no Citi Center, sendo dois por subsolo usuários façam reservas e consultas por meio de aplicativo.
do estacionamento. Do total, seis são de
uso exclusivo dos funcionários da insti- e contam com a segurança de profissio- A partir do acordo, a Enel X Way também
tuição e dois carregadores são disponíveis nais para o gerenciamento das instalações, passa a integrar a Aliança pela Mobilidade
também para visitantes. Estes últimos se manutenção da rede e gerenciamento por Sustentável, iniciativa liderada pela 99 para
encontram no primeiro subsolo do prédio meio de tecnologia e software que permi- impulsionar a infraestrutura voltada a veí-
do Citibank. tem o funcionamento dos equipamentos. culos sustentáveis no País. Entre as metas
Os carregadores ficam em vagas exclusi- Para fazer o uso dos carregadores, tanto da 99 para a coalizão, que reúne outras 10
vas, sinalizadas para os veículos elétricos, para visitantes como para funcionário, empresas, estão aumentar a participação
não é preciso fazer reserva, basta que o dos veículos elétricos para 10% das vendas
carregador esteja disponível. até 2025 (hoje o índice é de 2%) e instalar
10 mil estações públicas de carregamento
A companhia também assinou um acordo
(atualmente existem cerca de 1500).
com a 99, empresa de aplicativo voltada
à mobilidade urbana e de conveniência,
visando a troca de informações para es-
timular a adoção de carros elétricos no M W M lanç a
linha de torres de
País. No documento, as duas empresas
assumem o compromisso de discutir as
melhores práticas para o desenvolvimento
da eletromobilidade e a potencial imple- iluminaç ã o
Os e uipamentos ficam em vagas exclusivas mentação de veículos elétricos em grande
na sede do banco Citi na venida aulista, escala, para torná-los disponíveis aos mo- A MWM, fabricante de motores e grupos
em ão aulo toristas parceiros do aplicativo. geradores de energia, lançou linha pró-
1 4 EM | Setembro / Outubro | 2022

N o C ircuito

tível por área iluminada e reduzida emis-


são de ruído.

BN D E S lib era
recursos para
e c nc a energética
O BNDES autorizou seis instituições fi-
nanceiras a operar com recursos do seu
Programa de Garantia a Créditos para
fabricante de motores e geradores de energia
Eficiência Energética – FGEnergia. Fo-
desenvolveu torres nas versões a diesel e a ram beneficiadas a gerir recursos do ban-
energia solar fotovoltaica co de fomento as instituições ABC Brasil,
pria de torres de iluminação, que poderão BTG Pactual, Banrisul, Safra, Votoran-
ser utilizadas em construção, mineração, tim e Cresol.
indústria, agricultura e em eventos.
As torres são disponíveis nas versões a
diesel (LT1400-D) e fotovoltaica (LT-
300-S). A linha de montagem e o processo
produtivo serão compartilhados com os
existentes para grupos geradores da mar-
ca. A linha de produção atual tem capaci-
dade de 7 mil unidades/ano, entre grupos
geradores e as novas torres de iluminação.
Assim como as demais linhas de produ-
tos, as torres serão destinadas ao mercado
local e para a exportação, com destaque
para os países da América Latina, como
C om recursos captados do
Argentina, México, Chile e Paraguai, rocel, expectativa é viabili ar
além dos mais de 45 países que a com- mais de 3 milhões para MEs
panhia já exporta seus produtos. Mas,
Com R$ 40 milhões em recursos capta-
segundo a empresa, a primeira intenção
dos junto ao Procel - Programa Nacional
é reforçar a presença da MWM no mer-
de Conservação de Energia Elétrica, há a
cado brasileiro, em um contexto de alta
expectativa de viabilizar mais de R$ 300
demanda por torres de iluminação e de
milhões em créditos para o setor de mi-
carência de produtos nacionais.
cro, pequenas e médias empresas (PMEs),
As torres com módulo fotovoltaico têm que agora podem contar com a garantia
sistema exclusivo de abertura de placas de 80% do valor do financiamento de pro-
por trilhos deslizantes e sistema de eleva- jetos de eficiência energética, ao custo de
ção de refletores igual ao da torre a die- 1% sobre o valor garantido. A partir dessa
sel. Além disso, elas têm células de carga iniciativa, o risco de crédito dos agentes fi-
estacionária com diagnóstico de vida e nanceiros é mitigado, viabilizando meno-
substituição individual e capacidade de res taxas finais aos tomadores de crédito.
iluminação de 3 mil m², com acionamen-
to fotossensível. Já a de diesel, segundo a O tíquete das operações de crédito pode
MWM, tem menor consumo de combus- variar de R$ 50 mil até R$ 3 milhões, que
EM | Setembro / Outubro | 2022 1 5

também é o limite para o somatório de co, que vão agregar no total 456 MW de
financiamentos garantidos pelo FGEner- capacidade instalada ao seu portfólio.
gia para uma mesma empresa. Os prazos Trata-se dos complexos Ventos do Ara-
de cobertura podem variar entre 12 e 84 ripe, no Piauí, de 210 MW, o Caetés, em
meses, com carência de até 24 meses. Pernambuco, de 182 MW, e o Cassino, no
Rio Grande do Sul, de 64 MW.
Alguns exemplos de projetos a serem fi-
nanciados com os recursos são de ilumi- Todos os três complexos estão contratados
N egociação de R $ 2 bilhõ es com a C ubico
nação, refrigeração, calefação, condicio- no ambiente regulado, em plena operação amplia por lio da geradora para ,
namento de ar, troca de motores e retrofit e com suprimento garantido até 2035. Com
de fornos e caldeiras, entre outros. a aquisição, no valor total de R$ 2 bilhões, 2022). Segundo comunicado da AES, com o
a AES dobra sua capacidade instalada de negócio a empresa se posiciona em três dos
cinco anos atrás, passando a contar com mais relevantes clusters eólicos do Brasil.

A E S Brasil 5,2 GW de potência instalada de energia


renovável, sendo 57% de eólica e solar e
“Estamos em busca de boas oportunida-
des, sejam elas greenfield ou M&A [fusão e
compra trê s 43% de hidrelétricas. Desse total, 4,2 GW
estão operacionais e 1 GW em construção.
aquisição]. A excelente capacidade opera-

complex os eó licos Do valor total da operação de compra dos


cional da companhia nos permite assumir
desafios com a compra de ativos operacio-
ativos, R$ 1,1 bilhão são de equity e os res- nais que sob nossa operação maximizarão
A AES Brasil adquiriu três complexos eó- tantes R$ 900 milhões de assunção de dí- a sua rentabilidade,” afirma Bernardo Sa-
licos da empreendedora de energia Cubi- vida líquida (data-base de 30 de junho de cic, diretor de M&A da AES Brasil.
1 6 EM | Setembro / Outubro | 2022

N o C ircuito

E D P instala rede de energia. O novo empreendimento está


sendo executado pelo consórcio formado
Atualmente, o grupo atua em geração re-
novável centralizada, geração distribuí-
sub terrâ nea em entre a HT Cabos, subsidiária do Grupo
Hengtong, e as empresas Drilling Com-
da, comercialização de energia, eficiência
energética, medição setorizada e gestão de
G uarulhos pany Construções, responsável pelas obras
civis e Lima Empreendimentos e Incorpo-
consumidores no mercado livre.

radora, responsável pela montagem eletro-


A distribuidora de energia de Guarulhos,
São Paulo, uma concessionária da portu-
mecânica.
Pry smian
lanç a g uia para
guesa EDP, iniciou em agosto as obras de
implantação de uma linha subterrânea e
C omerc adq uire
de dois setores de alta tensão nas subes-
dimensionamento
tações Iporanga e Gopoúva, na Vila Gal-
empresa de
vão. O investimento total será de R$ 53
de cab os M T
milhões e está previsto para ficar pronto
em março de 2023, beneficiando 177 mil
soluç õ es em
clientes. energ ia O grupo Prysmian lançou nova versão do
seu guia de dimensionamento de cabos
isolados para média tensão. Elaborado
A Comerc Energia comprou 70% das
pela equipe de engenharia de aplicação
ações da Soma Energia, gestora e consul-
do grupo, trata-se de material de con-
tora de soluções em energia com atuação
sulta para profissionais do setor elétrico,
no Nordeste. A aquisição, segundo a em-
sobretudo projetistas e instaladores na
presa, visa complementar os negócios de
categoria de média tensão (acima de 1kV
ambas as empresas e faz parte dos planos
até 36,2 kV).
de expansão na região, onde atualmente a
Comerc faz gestão de energia de clientes e A nova versão tem mais conteúdos em re-
atua nas gerações solar e eólica. lação ao guia original, lançado em 2008.
Linha terá aprox imadamente 3 quilô metros Como diferencial, a publicação já está
e contempla dois setores de alta tensão em A Soma tem carteira com mais de 100
subestaçõ es alinhada à recente atualização da norma
clientes, em aproximadamente 300 uni-
técnica que orienta e regula as instalações
dades consumidoras. Com isso, a Comerc
A linha subterrânea terá aproximadamen- elétricas de média tensão, a norma ABNT
passa a ter 300 clientes e mais de 600 uni-
te 3 quilômetros de extensão, com tensão NBR 14039:2021.
dades consumidoras no Nordeste, detendo,
de isolação de 138 kV. O sistema contem-
segundo estimativas da própria empresa, Com referenciais para cabos de cobre e
pla monitoramento em tempo real da dis-
tribuição, através dos serviços do centro participação de cerca de 19% das unidades de alumínio, o guia orienta, por exemplo,
de operações integrado (COI) da EDP. Se- consumidoras livres e especiais dentro do sobre a melhor escolha de tensão de isola-
gundo a empresa, a tecnologia possibili- mercado livre de energia na região. mento do cabo levando em conta o sistema
tará estratégias inteligentes de operação, elétrico, além de determinar as seções do
“Estamos atentos a diversas oportunida-
manutenção e tomada de decisão pela con- condutor e da blindagem metálica, consi-
des de mercado, principalmente aquelas
cessionária, para ampliar a confiabilidade que possuam complementariedade com os
de atendimento. nossos negócios e geografias. E este clara-
Os dois novos setores de alta tensão vão mente foi o objetivo da Comerc ao se asso-
tornar mais robusta a transmissão e a dis- ciar à Soma”, afirmou o CEO da Comerc,
tribuição de energia elétrica à população Andre Dorf. Todos os serviços e soluções
de Guarulhos, segundo a EDP. A estação em energia da plataforma da Comerc, in-
de chaveamento, na ET Iporanga, vai ocu- cluindo tecnologias de descarbonização,
par uma área de 500 metros quadrados e a estarão à disposição dos clientes da Soma.
estação de transição, na atual ET Gopoú- A Comerc tem sob sua gestão de comercia-
va, terá cerca de 400 metros quadrados. lização e de serviços de energia cerca de 3,8
Atualmente Guarulhos conta com 18 su- mil unidades de consumo, fechando em M aterial já está alinhado com recente
bestações de transmissão e distribuição 2021 com faturamento de R$ 3,8 bilhões. atualiz ação da norma AB N T N B R 14 03 9 :2021
1 8 EM | Setembro / Outubro | 2022

N o C ircuito

derando os critérios mais determinantes. Nos últimos três meses, 30 profissionais tentável (ODS), alcançar a igualdade de
Há ainda várias informações sobre insta- receberam lições de empoderamento e li- gênero e empoderar todas as mulheres e
lação de cabos. derança feminina para serem estimuladas a meninas até 2030”, disse a coordenadora
se desenvolverem na área. De acordo com da mentoria pelo programa PotencializEE,
O manual se aplica a todos os tipos de ca-
dados do Banco Mundial, as mulheres re- Carolyna Crepaldi.
bos de média tensão, mas foi especialmen-
te desenvolvido para auxiliar a aplicação presentam apenas 20% de toda a força de
trabalho na área de energia na América La-
N otas
de produtos fabricados pela Prysmian e
similares, auxiliando o cálculo de parâme- tina. No universo dos cargos de diretoria e
tros elétricos. Para realizar o download do presidência de empresas, o percentual é ain-
guia, acesse https://conteudo.br.prysmian- da menor, de 7%, e de alta gestão, de 17%. Postes recicláveis – A Neoenergia instalou
group.com/dimensionamento-cabos-de- O programa realizou recentemente um postes de distribuição de energia total-
media-tensao. projeto de mentoria para mulheres da efi- mente recicláveis em Salvador, na Bahia.
ciência energética, a segunda iniciativa de A companhia espera ampliar a produção
equidade de gênero do PotencializEE. A desse tipo de postes no estado, e levar a
Prog rama primeira ação para mulheres foi estabele- ideia para outras áreas de concessão onde

ncenti a
cer uma meta de inclusão de, ao menos, atua. Os postes recicláveis são produzidos
30 engenheiras no curso de especialização com resíduos de outros postes. As estrutu-

mulheres do setor de eficiência energética, que aconteceu no


início deste ano. Parte das especialistas já
ras, que seriam descartadas como sucata,
são reaproveitadas: desde os componentes
de energ ia atua no âmbito do programa nos diagnós-
ticos energéticos para as pequenas e mé-
agregados, como brita e pó de concreto,
até a estrutura metálica. Para produzir a
dias indústrias localizadas no interior de estrutura 100% reciclada, a distribuidora
Desenvolvido em parceria do Senai-SP São Paulo. desenvolveu, em parceria com empresa es-
com a agência alemã de cooperação in- pecializada, uma máquina para separar os
ternacional, a GIZ, o programa Potencia- “Nosso objetivo é garantir o acesso e o em-
componentes dos postes danificados.
lizEE, voltado para implantar eficiência poderamento das mulheres no setor, por
energética em pequenas e médias indús- isso oferecemos módulos sobre assuntos Subestações móveis – Foi entregue à Ce-
trias do estado de São Paulo, está inves- como liderança, desenvolvimento pessoal mig - Companhia Energética de Minas
tindo na mentoria de carreira de mulheres e profissional, tendo como foco o ODS 5 Gerais as duas primeiras subestações mó-
engenheiras do setor de energia. dos Objetivos de Desenvolvimento Sus- veis desenvolvidas pelo consórcio TSEA
EM | Setembro / Outubro | 2022 1 9

e TS Infraestrutura, produzidas no novo do para apoiar o compromisso 100% ver- dível), WhatsApp, entre outros – com
complexo das empresas em Betim (MG). de da companhia de atingir zero emissões cartões de crédito, débito, e carteiras
Cada subestação, que têm capacidade líquidas até 2050, sem o uso de compen- digitais de mercado. Os usuários ainda
para fornecer energia a 20 mil residên- sações tradicionais. Por meio dele, tem poderão parcelar as faturas em até 24
cias e atender aproximadamente 60 mil investido em eVTOLs e aeronaves elétri- vezes.
pessoas, entrará em operação sempre que cas, motores com célula de combustão
Caminhão elétrico – A bioMérieux,
ocorrer alguma manutenção corretiva a hidrogênio e combustível de aviação
empresa francesa que atua na área de
(emergencial) ou mesmo quando houver sustentável. A Eve também está criando
diagnóstico in vitro, está substituindo
uma manutenção/obra programada. uma solução de gerenciamento de tráfego
veículos movidos a combustíveis fósseis
aéreo.
eVTOLs – A United vai investir US$ 15 por veículos 100% elétricos nas entregas
milhões na Eve Air Mobility e assinou Canais de pagamento – A Voltz, fintech de seus produtos na capital paulista. Fo-
um contrato de compra condicional para do Grupo Energisa, agregou mais um ram adicionados à frota dois pequenos
200 aeronaves elétricas de quatro lugares parceiro, a Bemobi, empresa de tecnolo- caminhões elétricos, que não têm restri-
e mais 200 opções, com as primeiras en- gia de soluções móveis de serviços digi- ções de circulação. A estimativa é que, a
tregas previstas em 2026. Pelos termos do tais, microfinanças e pagamentos. Por princípio, essa iniciativa reduza em 1 to-
acordo, as empresas pretendem trabalhar meio da parceria, clientes de empresas de nelada as emissões de CO2. Para apoiar a
em projetos futuros, incluindo estudos utilities que buscam renegociação, par- estratégia de sustentabilidade mundial,
sobre o desenvolvimento, uso e aplicação celamento e outras opções de facilidade a empresa estabeleceu metas ambientais
das aeronaves da Eve e do ecossistema de poderão contar com novas formas de pa- específicas para 2030, que incluem a re-
mobilidade aérea urbana (UAM). A Uni- gamento. A plataforma permitirá pagar dução das emissões de gases de efeito es-
ted criou um fundo de capital de risco, o contas a partir de qualquer canal – site, tufa em mais de 50% até 2030 em com-
United Airlines Ventures (UAV), projeta- app, URA (Unidade de Resposta Au- paração com 2019 (em valor absoluto).
20 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M S intonia

E tanol e H 2 O tes de energia no varejo esmeram-se em do-


minar questões de como identificar o novo
O Brasil, em matéria de etanol, tem guiado cliente, abordar e entregar o produto, além
passos de programas similares na Índia. Me- de quais serviços prestar no pacote. A medi-
nos incipiente, a trajetória hindu já assinala da beneficia 106 mil unidades consumidoras
resultados e o país deve crescer exponencial- em território nacional a partir de janeiro de
mente na direção de produzir o combustível 2024, que dependiam apenas de uma cane-
(possivelmente na rota do Hidrogênio, eleito tada esperada desde meados dos anos 90 do
o target do futuro). século passado, quando o Poder Concedente
criou o mercado livre de energia.

Bandeira verde
rans o e o tica
A bandeira verde no preço final da energia
elétrica no País, vigente desde 16 de abril, energética
prorroga-se por outubro, no sistema criado O consultor técnico da EPE - Empresa de
em 2015. Portanto não haverá valor adicio- Pesquisa Energética, Caio Leocádio, rela-
nado à tarifa (mormente a de aplicação so- ciona a transição energética com a política
cial) em todo o Sistema Interligado Nacional em vigor no País, na qual estão em curso:
(SIN) – lembrando-se que o consumidor a Política Nacional sobre Mudança do Cli-
chegou a pagar R$ 14,20/100 kWh na crise ma - PNMC; a Contribuição Nacionalmen-
hídrica anterior. A arrecadação desses extras te Determinada - NOC; a Política Nacional
nomeados bandeiras é rateada proporcio- de Biocombustíveis - RenovaBio; o Novo
nalmente para as distribuidoras, de modo Mercado de Gás; a Modernização do Se-
a reembolsar majorações nas suas compras tor Elétrico; o Combustível do Futuro; e o
junto às geradoras. Programa Nacional do Hidrogênio (PNH).
Leocádio crê que o biogás/biometano tem
crescido a taxas bastante superiores que a
H idrog ê nio e eó lica média das outras fontes e que a evolução dos
mercados aumenta as oportunidades de ne-
É significativo o acordo firmado entre a Pru- gócio e o desenvolvimento de projetos. Além
mo e a Neoenergia para produção de hidro- disso, acredita que não há um modelo único
gênio verde a partir de 2030 e energia eólica de negócio, ambos participam ativamente de
offshore (300 GW), em frente ao Porto de leilões de energia nova com preços competi-
Açu (RJ). É uma combinação assemelhada à tivos e também mais do mercado livre.
da Prumo com a EDF-RE em busca de hi-
drogênio verde. A localização no litoral flu-
minense se deve à potencialidade de expor- mér ca atina
tação do Hidrogênio, e à instalação de toda
a cadeia satélite ao projeto em sua periferia. Em encontro em Montevidéu no fim de
setembro, o CIER - Centro de Integração
Energética da América Latina debateu avan-
M ercado livre ços na sua missão. Há assimetrias de co-
mandos legais (meio ambiente, trabalhistas,
Com a entrada em vigor da Portaria do tributários, etc.) e diferenças geopolíticas e
MME - Ministério de Minas e Energia, em ideológicas entre os países membros. Tro-
27 de setembro de 2022, dando acesso a to- caram-se então experiências na distribuição
dos os consumidores em alta tensão (grupo e comercialização de energia elétrica. Celso
A) ao mercado livre (idem a consumidores Torino (ex-Itaipu) representou o Brasil e foi
com carga igual ou menor do que 500 kW, eleito um dos vice-presidentes do Cier. Tulio
selados na categoria de varejistas), os ofertan- Machado segue como diretor.
24 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M 5 0 anos

O j ub ileu E l etri c i d a d e M od ern a t e s t e m


d a in d ú s t r ia d e e le t r ic id a d e
u n h o u a e v o lu ç ã o
n o P a ís , d o m o d e lo

de uma g rande
e s t a t a l e c e n t r a liz a d o d o s a n o s 1 9 7 0 a té
h o je , q u a n d o s e e n s a ia a lib e r a liz a ç ã o t o t a l
d o m e r c a d o d e e n e r g ia . N o u n iv e r s o d a s

revista in s t a la ç õ e s e lé t r ic a s , r e g is t
o d e s e n v o lv im e n t o d a s n o r
s e g u r a n ç a d e in s t a la ç õ e s e
r o u e c o la b o r o u c o m
m a s t é c n ic a s , d a
p ro d u to s , d o m e rc a d o
Ma u r o C r e s t a n i e J u c e l e R e i s , e d o s s e u s p r o f is s io n a is . A q u i, u m r e la t o d e s s a
d a R e d a ç ã o d e E M t r a je t ó r ia d e s u c e s s o .

N ascida em outubro de 1972, a re-


vista Eletricidade Moderna tes-
temunhou o apogeu do Estado como
na década de 1990, a instituição de um
novo marco regulatório em 2004, as
reordenações (inclusive as “barbeira-
te, modernizar o funcionamento do
setor elétrico ampliando o acesso ao
mercado livre de energia para todos os
controlador da geração, transmissão e gens” legais) que se realizaram a partir consumidores brasileiros, inclusive os
distribuição, nos anos 1970 e 1980, que daí, tudo isso passou pela páginas de de baixa tensão, em até 42 meses após a
foi seguido pelo movimento de desre- EM, em reportagens, artigos e análises. entrada em vigor da lei.
gulamentação e retorno parcial do se- Inclusive o sistema atual, que preserva
tor ao controle privado, na década de o sistema de expansão da oferta por
90. E, a partir dos anos 2000, acompa- meio de leilões do mercado regulado Proj etos especiais
nhou o ciclo em que empresas públicas mas no qual também é crescente a im-
Em sua evolução, a indústria de ele-
e privadas passaram a coexistir num portância do mercado livre de energia,
tricidade mereceu da revista diversos
ambiente de “competição regulada”, e num momento em que o Congresso
projetos especiais, como o “Perfil do
com dinâmica e evolução conduzidas Nacional cozinha um novo marco legal
Setor de Energia Elétrica” e o “Prêmio
pelo Estado. Desde os grandes planos de energia elétrica no País ― o proje-
Eletricidade”. O primeiro, publica-
de expansão da Eletrobras, passando to de lei no 414/21, conhecido como o
do ininterruptamente de 1994 a 2018,
pelo processo de reestruturação, as pri- “projeto da portabilidade da conta de
trazia estatísticas, indicadores e dados
vatizações e introdução de competição eletricidade”, promete, resumidamen-
atualizados anualmente sobre as em-
uil er Willia ia u ersto
presas e organismos com atuação na
área. O segundo, um ranking das distri-
buidoras brasileiras de energia elétrica
no que se refere a qualidade do atendi-
mento, confiabilidade e continuidade
do fornecimento, foi realizado de 1997
a 2018. Ambos foram criados com o fito
de auxiliar o usuário de energia elétri-
ca, considerado até nos anos 1990 me-
ramente um consumidor compulsório,
a se posicionar na então nova condição
de “cliente”: no primeiro caso, ofere-
cendo-lhe informações detalhadas do
mercado e dos seus personagens, anti-
gos e novos; no segundo, apontando as
distribuidoras que se esforçavam em
aprimorar a qualidade do produto que
EM fe reportagens sobre praticamente todas as obras marcantes de geração hidrelétrica, lhe era entregue e do atendimento a ele
detalhando pro etos de impon ncia, como Itaipu dispensado. Um detalhe importante é
EM | Setembro / Outubro | 2022 25

u as aral ia u ersto
MW, foi registrado nas páginas de EM
sob o aspecto econômico, evidentemen-
te, mas principalmente pelo ângulo das
tecnologias de geração de eletricidade.
Suas páginas apresentaram ao leitor,
além das muitas possibilidades da hidro
e termeletricidade clássicas e da já men-
cionada energia nuclear, praticamente
todas as alternativas a estas: usinas re-
versíveis, grupos bulbo (abordadas pela
revista ainda nos anos 80, bem antes
de sua implantação nas UHEs Santo
Antonio, Jirau e Belo Monte), centrais a
ar comprimido, usinas de ondas e ma-
rés, geração eólica, fotovoltaica, células
combustíveis e muitas mais. Décadas
antes de o mundo acordar para a de-
gradação do meio ambiente, EM distin-
guiu-se pela abordagem das fontes reno-
váveis de energia e a defesa das formas
mais eficientes de produção elétrica,
antecipando inclusive tendências mun-
diais, como a da geração fotovoltaica
distribuída, autoprodução e cogeração.
A revista fez reportagens sobre prati-
camente todas as obras marcantes de
O alvorecer da indústria de energia e lica no a s, a partir dos anos , e seu desenvolvimento geração hidrelétrica, detalhou projetos
também foram relatados por E M par ue e lico Tramanda de imponência, como Itaipu, dissecou
obras caracterizadas pela grande econo-
que “Prêmio Eletricidade” permanece zado (um depoimento de Ludmer sobre
micidade, a exemplo de Itumbiara, pe-
como a única pesquisa integralmente o assunto está na página 37).
las dificuldades logísticas, como Santo
independente já realizada nessa área, Já a cobertura do desenvolvimento do Antônio e Jirau, ou pelo enorme passi-
não vinculada a entidades de classe ou próprio parque de geração, transmissão vo ambiental, como Balbina. Também
órgãos oficiais. e distribuição sempre foi feita do ângu- relatou o renascimento das termelétri-
A história das leis e regulamentos do lo da engenharia e dos bens necessários cas e sua expansão, sobretudo quan-
setor de energia elétrica foi acompa- à expansão. A revista notabilizou-se do se precisou agregar rapidamente
nhada por EM sempre sob o prisma do pelo acompanhamento da implanta- mais oferta durante o racionamento de
interesse do consumidor, a parte mais ção do parque industrial brasileiro de 2001/2002 ― uma crise gigantesca que
fragilizada dessa relação e em cujas cos- equipamentos para GTD e, em várias também motivou reportagens, debates e
tas se deposita amiúde todo o ônus da ocasiões, transformou-se em franco artigos publicados pela revista.
ineficiência de empresas e do Estado. palco de debates, expondo as diferentes
Da mesma forma, EM relatou o alvo-
Entre as muitas reportagens, artigos e frentes de opinião, como no caso do po-
recer da indústria de energia eólica no
análises realizadas nessa linha, figura lêmico acordo nuclear firmado em 1975
País, a partir dos anos 2000, e seu de-
a que hoje é provavelmente a mais lon- com a Alemanha.
senvolvimento. E também da energia
geva coluna da imprensa brasileira, as-
solar fotovoltaica e sua forte evolução a
sinada por um mesmo profissional em
partir de 2015 ― a tal ponto que levou
um mesmo veículo. Dede 1989, em seu ers ca o as ontes à criação de uma publicação spin-off,
espaço “Momento”, o jornalista, enge-
No que se refere ao parque gerador bra- dedicada exclusivamente a essa fonte:
nheiro e professor Paulo Ludmer rea-
sileiro, o impressionante salto da capa- a revista FotoVolt, que alcançou gran-
liza diagnósticos precisos da realidade
cidade instalada, de pouco mais 11 mil de prestígio no segmento (veja boxe na
energética do Brasil e elabora prognós-
MW em 1970 para os atuais 185 mil página 34). Estas e outras novas fontes
ticos assertivos com olhar crítico abali-
26 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M 5 0 anos

O leg ado do mestre


EM conserva o espí rito e o rigor que Z é R ubens a ela imprimou.
M auro S. C restani, editor
Em 5 de julho de 2016 Eletricidade Moderna ficou órfã. Aliás, não só a revista como também boa parte
da comunidade de eletricidade no Brasil, em particular a dedicada à normalização técnica. Morria nesse
dia o jornalista e engenheiro José Rubens Alves de Souza, que se não fundou EM (a qual fora criada dois
anos antes de seu ingresso na equipe, no então grupo de revistas técnicas da Editora Abril), dela fez o seu
principal projeto profissional e a sua trincheira moral ― primeiro como repórter e redator, depois como
editor e empresário.
I z i l d a F r a n ç a / a r q u i v o EM Zé Rubens tinha apenas 23 anos em 1976, quando cofundou o gru-
po da Aranda Editora e passou a publicar títulos antes pertencentes
à Abril, entre os quais a Eletricidade Moderna. À frente da revista,
empenhou-se em virar do avesso a linha editorial. Até então uma
publicação autodenominada “de negócios”, que praticava um jor-
nalismo econômico setorizado, EM passou a priorizar aspectos
tecnológicos e utilitários do interesse direto do profissional de ele-
tricidade.
Nunca estudou jornalismo, e nesse sentido fez parte de uma lon-
ga lista de grandes profissionais de imprensa formados na práti-
ca, como era comum décadas atrás. Mas concluiu em São Paulo o
curso de engenharia elétrica (outra de suas paixões) iniciado anos
antes em Lins (SP). Com essa dupla bagagem cultural ― jornalis-
mo e engenharia ―, fez de EM aquela que considerava a revista
O jornalista e engenheiro J osé ideal, dedicada a levar informação de qualidade e contribuir para
R ubens Alves de Souz a, nosso a evolução do profissional de eletricidade, das normas e práticas da
eterno editor engenharia, do mercado de produtos e serviços elétricos. Para ele,
cada número da revista tinha de se revestir da maior utilidade pos-
sível, por isso era exigente com a apuração precisa, a checagem e rechecagem de dados, fatos e números,
o rigor técnico do texto publicado. Costumava dizer que a revista devia ser feita para que o leitor tivesse
motivos para guardá-la. De fato, muitos leitores tinham por hábito colecionar as edições, e mesmo hoje
é possível encontrar quem o faça, ainda que as dos anos mais recentes estejam disponíveis na Internet.
Aproximou-se cedo da atividade de normalização, convencido de que normas técnicas de qualidade
eram fundamentais para a evolução da segurança e eficiência das instalações elétricas do País. Por sua
iniciativa, a revista teve papel importante na divulgação de sucessivas edições ABNT NBR 5410, a co-
meçar pela de 1980. Tornou-se ele próprio coordenador da comissão de estudos de instalações de baixa
tensão do Cobei, a CE 003:064:001, e sua atuação foi decisiva para a consolidação da norma, com as
edições de 1990, 1997 e 2004, bem como de outros avanços normativos. E ainda criou o ENIE - Encontro
Nacional de Instalações Elétricas (hoje Eletrotec+EM Power), primeiro fórum dedicado aos assuntos da
comunidade de instalações elétricas no Brasil, com destaque para as normas técnicas.
No início dos anos 2000 afastou-se do fazer diário de EM mas continuou a orientar a pauta. Seus
excelentes artigos e matérias tornaram-se menos frequentes porque ele passou a se dedicar mais à
função de publisher, criando outras publicações igualmente bem-sucedidas. Nos últimos anos,
mesmo muito debilitado pela doença que acabou por levá-lo, fazia questão de ler e comentar cada
edição de EM, embora não pudesse mais cuidar de seu planejamento e linha editorial. Frequentou
nossa redação até 10 dias antes de partir. Não foi só sua cadeira que ficou vazia.

renováveis foram esmiuçadas na revista O s avanç os da transmissã o e


não apenas sob as perspectivas de mer-
cado, normativas, de regulamentação e
distrib uiç ã o
tecnologias, mas também da segurança, Com as grandes usinas gradativamente
como no caso da proteção contra raios e afastando-se dos centros de carga, EM
surtos, aterramento e prevenção e com- contribuiu ainda com a apresentação de
bate a incêndios, que mereceram repor- tecnologias, cada qual a seu tempo, ino-
tagens e artigos já a partir dos anos 1990 vadoras para transmissão, por exemplo
e, sendo assuntos sempre atuais, perma- subestações a SF6, compensadores está-
necem firmes em nossa pauta. ticos, para-raios de óxido de zinco ou
28 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M 5 0 anos

rbans u ersto
os sistemas FACTS. Além disso, regis-
trou as discussões técnico-econômicas
e acompanhou as obras de transmissão
de corrente contínua em alta tensão
(CCAT) da energia de Itaipu, do Rio
Madeira e de Belo Monte. Isso sem falar
das inúmeras reportagens, monogra-
fias e estudos de caso que enriqueceram
a engenharia de transmissão e de su-
bestações, cobrindo um vasto leque de
assuntos.
Mas é na área da distribuição que se
concentra a maior parte do que EM
publicou sobre a indústria de energia
elétrica. No que se refere a tecnologias,
a automação das redes, por exemplo,
mereceu sua primeira reportagem em
1981, e o primeiro artigo sobre sistemas
eletrônicos de medição foi publicado na eportagens, monografias e estudos de caso enri ueceram a engenharia de transmissão e de
subestações
edição de novembro de 1991. Mas antes
disso Eletricidade Moderna já tratava vadores como microrredes, redes ati- registros na revista desde o início dos
de conceitos como telemedição, medi- vas, usinas virtuais de energia e outras anos 1990.
ção inteligente, leitura automática com destinadas a gerir recursos energéticos A revista também não se furtou ao de-
comunicação bidirecional, gerencia- cada vez mais distribuídos. Têm sido bate sobre a atuação e o papel das dis-
mento interativo da demanda e outros exemplares, nesse campo, os relatos tribuidoras e as mudanças nessa área ao
― os quais foram depois incorporados de soluções para lidar com o número longo de cinco décadas. Desde os tem-
e/ou rebatizados no âmbito do que hoje crescente de pequenas instalações de pos das estatais monopolistas, passan-
se chama de smart grids. Também foi geração intermitente conectadas às re- do pelo advento do mercado livre para
por intermédio da revista que a maior des, ou com carregamento de maiores grandes consumidores, o avanço da au-
parte da comunidade técnica nacional quantidades de carros elétricos — por toprodução de grande e pequeno por-
tomou conhecimento de conceitos ino- sinal, o veículo a eletricidade é objeto de tes, até o momento em que se prepara
EM | Setembro / Outubro | 2022 29

irra e u ersto

a “portabilidade da conta de energia”,


foram muitos os artigos e reportagens,
boa parte fruto de coberturas dos gran-
des congressos do setor de distribuição
de energia, tanto no Brasil quanto no
exterior. Dos eventos brasileiros, o
melhor exemplo é o Sendi - Seminário
Nacional de Distribuição de Energia
Elétrica, que EM cobre ininterrupta-
mente desde pelo menos a década de
1980. Internacionalmente, um exce-
lente exemplo é a relação de mais de
30 anos já entre a revista e a prestigiosa
Cired – Conferência Internacional de
Distribuição de Eletricidade, evento ma das principais reali ações o E IE, ponto de encontro dos profissionais de instalações elétricas
bienal realizado alternadamente pela
AIM - Association des Ingénieurs de ca, regularmente e com exclusividade isoladas e iluminação pública, gerando
Montefiore, da Bélgica, e pela IET - no Brasil, vários dos excelentes artigos edições que marcaram época, e também
Institution of Engineering and Tech- técnicos lá apresentados. a realizar vários encontros, seminários,
nology, do Reino Unido. Media partner A vocação para fomentar debates levou congressos e simpósios em praticamente
da conferência desde a 10a edição, em ainda a revista a promover suas próprias todas as áreas da engenharia elétrica. De
1989, a revista tem realizado cobertu- mesas-redondas sobre temas importan- inestimável contribuição, por exemplo,
ras in loco do evento e também publi- tes, como distribuição subterrânea, redes foram as discussões que EM promoveu
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E M 5 0 anos

E M e a A BN T N BR 5 4 1 0 R e p ro d u ç ã o

o ae o a i a o da e is a om a o ma asi ei a de i s a a es .
A normalização técnica de produtos e serviços da área eletroeletrônica, conforme ABNT e IEC, sua divulgação,
aplicações e atualizações, sempre ocuparam um lugar privilegiado na pauta de Eletricidade Moderna, seja como
artigos de fundo, seja como contribuições da Redação das mais diversas formas. Não podia ser diferente em
julho de 1980, por ocasião do lançamento da nova NB-3, pela primeira vez publicada como ABNT NBR 5410.
Nessa edição, EM refere-se a esse documento normativo, respeitadas as devidas proporções, como uma nova
Constituição para o projeto e execução das instalações elétricas de baixa tensão, tais a amplitude e a profundida-
de do texto, de extensão inédita até então no meio eletrotécnico.
Não era o caso de uma mera atualização da edição de 1960 (inspirada no NEC de 1950), agora fundamentada
na norma francesa NF-C15-100, alinhada com a IEC 364. Tratava-se, antes, do aporte de conceitos até então
ausentes, como as prescrições para os esquemas de aterramento e de proteção contra choques elétricos, que
introduziram no Brasil os dispositivos diferenciais-residuais (DR); as influências externas; a segurança contra
incêndio; um robusto capítulo sobre a seleção e instalação de componentes; e a verificação final e manutenção,
entre outros. G uia EM da N B R 54 10: uma das mais
Com a colaboração inestimável de Ademaro Cotrim, professor da Escola de Engenharia Mauá que havia partici- bem-sucedidas iniciativas da revista
pado dos trabalhos da comissão que elaborou a norma, iniciados já em 1970, EM passou a publicar uma série de
artigos abordando os novos requisitos da NB-3, numa contribuição fundamental para o seu esclarecimento e assimilação. E a revista foi além: por um acordo
com o Comitê Brasileiro de Eletricidade da ABNT (Cobei), editou e publicou o texto da norma em formato de livro, com grande tiragem, e em 1981 deu início
à realização de seminários sobre a norma em todo o Brasil. Esta iniciativa ganharia reforço com o lançamento, pela Aranda Eventos, do ENIE – Encontro Na-
cional de Instalações Elétricas (hoje Eletrotec+EM Power), que se constituiu no grande foro de debates e de disseminação de conhecimento das normas para
os profissionais de instalações.
Decorrida uma década de publicações dedicadas à consolidação da NBR 5410, EM divulga com destaque, na edição de junho de 1990, o resultado da primeira
revisão da norma. Depoimentos de alguns dos membros da comissão responsável por esse trabalho, coordenada por José Rubens Alves de Souza, editor da
revista, permitem compor um panorama das principais inovações. Na abertura dessa matéria, Milton Ferreira, então presidente do Cobei, comenta o impacto
da NBR 5410 e a lei que tornaria seu uso compulsório, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, então já aprovado na Câmara dos Deputados e em
vias de ser votado no Senado Federal. Entre as atualizações da norma, vale ressaltar: novos métodos de instalar linhas elétricas e requisitos para circuitos de
segurança (Ademaro A. M. B. Cotrim); revisão dos critérios para pontos de luz e tomadas, e para fatores de demanda (Paulo E. Q. M. Barreto); ampla revisão
dos requisitos para instalação de motores elétricos (Paulo Cavalcanti de Albuquerque); alteração dos critérios de proteção contra sobretensões em subestações
de responsabilidade do consumidor (Gilberto J. Capeletto); unificação dos aterramentos de energia, antenas e SPDA, e revisão das exigências do NEC para os
meios de seccionamento (Celso L. P. Mendes), além de outros tópicos tratados pela Redação de EM.
Esse conjunto de iniciativas voltaria a se repetir, em grande medida, por ocasião de todas as edições seguintes da NBR 5410. Em 2001, o rico acervo acumulado
sobre o assunto somou-se a material inédito e resultou em uma das mais bem-sucedidas iniciativas da revista: o “Guia EM da NBR 5410”. Publicado em formato
livro, o guia tornava as prescrições da norma mais inteligíveis, orientava sua aplicação e explicava também as razões dessas prescrições, como interpretá-las,
e suas relações com outros requisitos normativos. O sucesso foi grande, como dito, e até hoje a Aranda Editora, casa publicadora de EM, recebe consultas de
interessados em adquirir exemplares, os quais estão esgotados há muito tempo. A boa notícia é que em 2023 o Guia deverá ter uma nova edição, revista e atua-
lizada com as alterações introduzidas pela revisão da norma ora em curso, e que deve ser encerrada no ano que vem.

sobre eletrotermia, nos anos 1980, e so- tro por excelência” dos profissionais go do tempo, outros assuntos foram
bre a legislação do fator de potência das da área, chegando, em suas edições de se impondo, acompanhando a evo-
instalações consumidoras, nos 1990, que maior sucesso, a receber em São Paulo lução das próprias instalações, como
contaram com a participação de várias mais de 8000 participantes de todo o o dos geradores solares fotovoltaicos,
autoridades de então. Brasil. incorporado ao temário fixo do con-
O congresso ENIE foi realizado com gresso em 2010. Já em 2012, através de
esse título até a edição de 2018, quando um acordo internacional, o congresso
A evoluç ã o das se tornou Eletrotec+EM Power – Feira e contou com a realização simultânea
instalaç õ es elé tricas Congresso, pela necessidade de adapta- da Intersolar South America, primeira
ção a novas realidades e formatos. Em edição sul-americana da maior feira e
Uma das principais realizações da re- termos de conteúdo, sempre se dedicou congresso de energia solar do mundo.
vista foi um congresso exclusivamente não apenas à instalação, propriamente Atualmente, após umas tantas fusões e
dedicado aos interesses e necessidades dita, mas a tudo que diz respeito à uti- adaptações, Intersolar e Eletrotec+EM
da comunidade que atua no segmento lização de energia elétrica, incluindo o Power fazem parte do hub de energia
de sistemas elétricos industriais e pre- que a tradição identifica como cargas inteligente The smarter E South Ameri-
diais. Criado em 1982, o ENIE - Encon- “de luz” e cargas “de força motriz”, isto ca, realizado anualmente em São Paulo
tro Nacional de Instalações Elétricas, é, iluminação e motores/acionamentos, e que inclui ainda eventos dedicados a
constituído por congresso e feira, al- que também sempre figuraram entre armazenamento de energia e veículos
cançou o status de “o ponto de encon- os temas preferenciais de EM. Ao lon- elétricos.
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E M 5 0 anos
Pin o Pro rasert u ersto

Tanto o hoje Eletrotec quanto a revis- na difusão da normalização técnica de


ta EM sempre se notabilizaram por instalações. É possível mesmo afirmar
promover o debate e a divulgação das que sua contribuição foi decisiva para
normas técnicas. Em 1980 o País ga- elevar a consciência sobre a importân-
nhou uma norma de instalações de cia do respeito às normas nas últimas
baixa tensão radicalmente nova, e o cinco décadas.
envolvimento da revista com o debate
e a divulgação da NBR 5410 constituiu
um marco em sua própria história e na S eg uranç a como prioridade
das instalações no Brasil. Sua edição de
Sobre a NR-10, a norma regulamentado-
julho de 1980 faria, de forma inédita,
ra do Ministério do Trabalho que trata
a primeira apresentação da nova nor- Seg ura n ç a : E M s e n ota bi l i z ou p el a a mp l a
de segurança em instalações e serviços
ma e, pelos dois anos seguintes, publi- d i v ul g a ç ã o d a s p res c ri ç õ es d a N R 1 0
em eletricidade, EM publicou em diver-
caram-se artigos aprofundando seus
sas oportunidades material riquíssimo feras explosivas data de 1976. De lá para
diferentes capítulos (veja boxe sobre a
e manteve, de 2005 a 2008, uma coluna cá o tema foi exaustivamente explora-
longa relação de EM com a NBR 5410
permanente denominada “Painel NR- do, cobrindo equipamentos, materiais
na página 28).
10”, dedicada a esclarecer para seus leito- e instalações. A revista teve papel-cha-
EM acumulou nos seus 50 anos um res as grandes alterações introduzidas no ve na difusão de técnicas como segu-
acervo grande também sobre outras documento na revisão de 2004. Assinada rança intrínseca, segurança aumen-
normas relevantes, como a NBR 14039, por João Gilberto Cunha, diretor da em- tada, pressurização, encapsulamento
de instalações de média tensão, NBR presa Mi Omega e grande batalhador da em resina, e outras pouco conhecidas
5419, de proteção contra descargas at- causa de normalização, a coluna figurou dos técnicos brasileiros até o início dos
mosféricas, a NBR IEC 60079-14, de entre as mais lidas da revista ― a exem- anos 90. Não faltaram também relatos
instalações em atmosferas explosivas, plo também da coluna “EM Média”, ou- sobre a situação e progresso das nor-
apenas para citar algumas. Os artigos tra que levou a assinatura de Cunha e mas da área. O assunto também sus-
e reportagens anteriores à publicação que se dedicava a esmiuçar a norma NBR citou a publicação da coluna “EM Ex”,
das normas e suas revisões, reportan- 14039 e assuntos relacionados (ver depoi- publicada ininterruptamente desde a
do as mudanças em curso, e as análises mento de Cunha na pág. 36). edição de fevereiro de 2003 e assinada
posteriores, esmiuçando as prescri- A primeira incursão mais específica de pelo especialista Estellito Rangel Jr
ções, fizeram da revista uma referência EM nas instalações elétricas em atmos- (veja depoimento na pág. 36).
EM | Setembro / Outubro | 2022 3 3

EM é também parte indissociável da atmosféricas”, promovido ininterrup- pliando ainda mais a abordagem do
história da proteção contra raios no tamente durante quase duas décadas. tema instalações, têm-se os estudos
Brasil — e de áreas afins ou dela de- E o aterramento, em particular, que é de casos, as descrições de práticas e
rivadas, como aterramento, proteção uma fonte de inesgotável interesse, des- técnicas de instalação, a exposição de
contra sobretensões e compatibilidade de o ano passado é assunto preferencial métodos de cálculo e os registros sobre
eletromagnética. Por exemplo, através de uma coluna na revista intitulada segurança das instalações.
das páginas da revista, ganhou força a justamente “EM Aterramento”, assi-
Também nesse campo, o da segurança,
partir de 1985 o questionamento dos nada pelo especialista Sergio Roberto
a contribuição da revista não se limitou
para-raios radioativos, o que resulta- Silva dos Santos (o depoimento do co-
ao trabalho de informação. EM enga-
ria no banimento desses dispositivos lunista está na pág. 37).
jou-se diretamente em várias campa-
em 1989. Outra incursão pioneira diz Para além dos limites das normas de nhas pela redução dos riscos elétricos,
respeito à apresentação e discussão da procedimentos, é extensa também a re- como a que resultou na obrigatorieda-
técnica de aterramento usando ferra- lação de trabalhos sobre equipamentos de do uso de dispositivos DR nas ins-
gens das fundações e do concreto. Des- e componentes das instalações, como talações prediais. Mas talvez o melhor
taque-se ainda o trabalho em torno da disjuntores, dispositivos fusíveis, dis- exemplo dessa vocação seja o esforço
norma NBR 5419, com o acompanha- positivos de proteção contra surtos, da revista em prol do estabelecimen-
mento dos processos de suas revisões, transformadores, quadros e painéis, to e, posteriormente, da implantação
de 1993, 2001, 2005 e 2015, cada qual fios e cabos, terminações, eletrodutos, de fato da padronização brasileira de
merecedora de matérias com expli- relés de proteção, plugues e tomadas, plugues e tomadas prediais. EM pro-
cações pormenorizadas do conteúdo. dispositivos de seccionamento, etc. — pugnou pela criação da norma, rela-
Outra iniciativa de sucesso na área foi o e os produtos elétricos, como se sabe, tou o andamento da sua elaboração,
seminário “Proteção contra descargas têm cada um sua própria norma. Am- detalhou seus conteúdos. Depois de
3 4 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M 5 0 anos

m cra e o time
publicado o documento, fez questão de A importâ ncia de C elso M endes para o sucesso da revista.
registrar e saudar os primeiros fabri-
cantes a colocar no mercado tomadas M auro S. C restani, editor
segundo o padrão, tanto jornalistica- A história de EM, como todas, é uma história dos relacionamentos: com o leitor, com as fontes, os anun-
mente quanto com a cessão de anúncio ciantes e, evidentemente, os colaboradores. Entre os nomes de profissionais que emprestaram sua ca-
pacidade e prestígio para construir o nome da revista, destaca-se o do consultor Celso Luiz Pereira
publicitário gratuito.
Mendes, nosso colaborador desde 1986. Na ocasião, no primeiro artigo de sua longa série publicada
em EM, escreveu sobre proteção contra faltas a arco em conjuntos de manobra, a convite do nosso edi-
tor José Rubens. Já contava então com background de quase duas décadas de Siemens e experiência de
I luminaç ã o e f orç a motriz normalização no Cobei/ABNT. Logo, sua colaboração estendeu-se para a comissão de revisão de 1990
Iz ild a F r a n ç a
da NBR 5410, então presidida por Zé Rubens e cujos trabalhos foram
No segmento da iluminação, a revista amplamente discutidos e divulgados por EM.
apresentou ao mercado brasileiro muitas Em 2005, após 10 anos atuando como diretor geral das alemãs Klock-
das tecnologias surgidas ao longo des- ner-Moeller (atualmente Eaton) e Flender Brasil (atualmente Sie-
mens), assumiu a coordenação técnica do nosso ENIE – Encontro
ses 50 anos, começando pelas lâmpadas Nacional de Instalações Elétricas (hoje Eletrotec+EM-Power) e pas-
fluorescentes compactas, as lâmpadas sou a se dedicar à realização de acordos de cooperação internacional
de alta pressão compactas, os reatores para a Aranda Editora. Desse trabalho, destacam-se: a consolidação
eletrônicos, as lâmpadas de indução, as do acordo vigente com o Cired (Bélgica), a mais importante confe-
rência sobre redes de distribuição da Europa; os acordos de publica-
tubulares T5, os LEDs de alta potência, ção de conteúdo com as tradicionais editoras alemãs Huss Medien,
os OLEDs e assim por diante. Também Hüthig GmbH, Pflaum Verlag e Strobel Verlag; e as negociações com
nestas páginas se tratou, desde muito as empresas alemãs Solar Promotion International e a FMMI que re-
cedo, de divulgar os conceitos e critérios sultaram na criação da Intersolar South America, inaugurada em São
C elso L .P. Mendes:
Paulo em 2012.
luminotécnicos mais atuais, os métodos componente- chave da equipe
Estudioso dos temas de segurança das instalações elétricas,
de projeto e de avaliação recomendados em particular da prevenção e proteção contra incêndios e explosões de origem elétrica, Celso
pelas entidades mais respeitadas da área, Mendes há anos seleciona e traduz para EM trabalhos publicados na Alemanha, com frequência
casos reais de instalações modelares, a comparando as normas brasileiras com as da VDE. Ele, aliás, é Senior Member da VDE e Life Senior
experiência internacional e as iniciativas Member do IEEE.
E desde 2020 é também um componente-chave da equipe de EM que já organizou quase 70 webinars técni-
brasileiras visando a eficientização ener- cos, atuando na articulação com especialistas convidados e também como palestrante em diversas edições.
gética e a incorporação de controles e de
recursos de automação para o gerencia- (micromáquinas), o CCM inteligente, o velocidade variável e de soft-starters, há
mento de instalações de iluminação, a motor de ímãs permanentes, o motor de alguns anos a revista vem publicando o
exemplo do sistema DALI. Valer mencio- relutância, o motor elétrico sem man- seu guia de motores de alto rendimen-
nar, ainda, as muitas matérias e artigos cais, os motores de alto rendimento e to (normas ABNT NBR 17094-1 e IEC
dedicados à iluminação de segurança e concepções originais de motores, como, 60034-30-1), dessa forma contribuindo
sinalização de rotas de fuga em edifica- por exemplo, o motor de polo inscrito. para a disseminação do conceito e para
ções, sempre atualizando os conceitos e O objetivo de prover orientação técnica a eficientização do consumo industrial.
as prescrições das mais modernas nor- prática aos leitores gerou diversos artigos Por falar em guias de compras, vale
mas e regulamentos sobre o tema. e guias: ensaios de recepção de motores, também mencionar os muitos deles pu-
No universo dos motores elétricos, cálculo do tempo de partida, especifica- blicados ao longo de toda a trajetória da
acionamentos e comandos, a contri- ção de motores de alta potência, seleção revista, visando a aproximar usuários e
buição de EM também se distribui em e aplicação de motores elétricos, e cálcu- fornecedores dos mais diversos produ-
diversas frentes: apresentação das no- lo das perdas para diversas condições de tos e serviços do universo da eletricida-
vidades tecnológicas; fornecimento de carga são alguns exemplos. Isso além de de, facilitando a seleção e o contato. Este,
orientação prática e subsídios úteis aos matérias que trataram das característi- aliás, é mais um exemplo da notória vo-
profissionais; discussão sobre as melho- cas, da normalização e dos critérios de cação da revista de extrapolar seu papel
res soluções técnico-econômicas para seleção de componentes como conta- de veículo de informação de qualidade,
os problemas de força motriz; acom- tores, relés de sobrecarga, softstarters e agregando a este o de promover negó-
panhamento dos trabalhos de norma- outros. Independentemente da maior cios e contribuir para o desenvolvimen-
lização da área, etc. Entre as principais ou menor especificidade do assunto, to do mercado elétrico do País. São hoje
inovações tecnológicas relatadas em 50 um traço comum à grande maioria do dezenas os levantamentos ativos, publi-
anos pela revista podem-se destacar os material que EM publicou é a preocu- cados e também disponíveis no website
avanços dos motores lineares, dos acio- pação com a eficiência energética. Aliás, de EM, com acesso livre. Entram ainda
namentos eletrônicos, os micromotores além do guia de acionamentos c.a. de nessa lista de contribuições as pesquisas
Solução completa em dispositivos de
proteção, comando e medição elétrica

Qualidade japonesa
com ótimo custo-benefício na sua instalação
Referência mundial em automação industrial, a Mitsubishi Electric fornece também
produtos e soluções para proteção elétrica de instalações, que podem ser aplicados em
diversos segmentos, de grandes indústrias e edifícios a painéis e residências, inclusive
no canteiro de obras.
Nossa família de produtos de baixa tensão é composta por disjuntores, contatores, relés
de sobrecarga e multimedidores. São mais de cinco mil itens fabricados no Japão, de
fácil instalação e manutenção, além de alta qualidade, confiabilidade e custo-benefício.
São disjuntores até 6.300A e partidas de motores até 800A que seguem as principais
normas internacionais de segurança, atendendo inúmeros clientes ao redor do mundo.
No Brasil, contamos com uma vasta rede de distribuidores e integradores de sistemas
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3 6 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M 5 0 anos

ma s n o e s cesso a so to
anuais “Os Produtos do Ano” e “Prêmio H á s ete a n os E M l a n ç a v a F otoV ol t,
Qualidade”, realizadas interruptamente d ed i c a d a à en erg i a s ol a r f otov ol ta i c a .
desde 1976 e que detectam, respectiva-
mente, as marcas de produtos elétricos Em junho de 1974, Eletricidade Moderna, então publi-
cada pela Editora Abril (a revista só passaria ao con-
mais vendidos no canal de distribuição trole do grupo da Aranda Editora em 1976), trouxe a
e as marcas top-of-mind entre os profis- reportagem “Mercado aberto para a energia do sol”,
sionais de eletricidade. relatando pesquisas e experimentos realizados, no
mundo e no Brasil, envolvendo as diversas formas de conversão e aplicação então consideradas para a
energia solar. A revista tinha menos de dois anos de existência, e a reportagem já previa a diminuição
N ovos f ormatos – novas dos custos da tecnologia de conversão fotovoltaica, até então só possível de ser utilizada em espaçona-
ves, e alertava sobre a necessidade de “proteger o meio ambiente contra os efeitos da poluição”, para
possib ilidades justificar o incremento das pesquisas para conversão da energia solar.
Nessa época, o interesse pela energia solar fotovoltaica quase se restringia aos centros de alta tecnolo-
Tanto no tradicional formato impres-
gia, como agências espaciais e alguns outros. Para os demais, o tema não passava de mero futurismo.
so quanto no formato digital, e ainda Além disso, a questão ambiental ainda nem sequer existia. EM acompanhou de perto a transição tec-
através de seu website, Eletricidade Mo- nológica que se operou nos mais de 40 anos seguintes, até que, em agosto de 2015, ficou evidente que
derna continua firme em sua missão a evolução da energia solar no Brasil demandava mais espaço e ainda maior especialização. A revista
lançou então FotoVolt, sua publicação exclusiva sobre o universo fotovoltaico e assuntos afins, como
de bem informar e também contribuir
armazenamento de energia e veículos elétricos.
para formar profissionais de eletricida-
FotoVolt veio ampliar e aprofundar a cobertura de EM nessas áreas, englobando evolução tecnológica,
de cada vez mais preparados e tecnica- normas, empresas, novidades em produtos e serviços, guias e aspectos político-institucionais. E tam-
mente capacitados. Os novos formatos, bém, evidentemente, o crescimento do mercado. Em agosto de 2015, só havia ocorrido um leilão com
aliás, são um dos traços da diversifica- a participação da fonte solar, no ano anterior, e a potência fotovoltaica instalada no País era ainda em
torno de 35 MW. Sete anos depois, já temos mais de 1,2 milhão de sistemas solares fotovoltaicos, 13
ção que a revista vem empreendendo
GW de capacidade instalada em geração solar distribuída e mais de 6 GW em geração solar centraliza-
nos últimos anos. Além das muitas da (com previsão de ultrapassar os 40 GW de potência total FV em 2030), e a revista FotoVolt tornou-se
atividades e iniciativas paralelas aqui uma das mais prestigiadas publicações de seu segmento.
relatadas, e outras tantas que a limita-
ção de espaço não permitiu mencionar, Gilberto Cunha, diretor da Mi Omega proteção contra choques, proteção con-
EM passou a produzir em 2020 uma sé- Engenharia, já são mais de 65 os webi- tra raios e sobretensões, termografia,
rie de webinars (seminários online) com nars realizados ao vivo, com quase cin- segurança contra incêndio, eficiência
especialistas, visando manter seu públi- co dezenas de palestrantes, cobrindo energética, qualidade da energia, mi-
co sempre a par de novas tecnologias e temas como energia solar fotovoltai- crorredes, BIM e muitos mais. E todos
das respectivas tendências normativas. ca, eletromobilidade, hidrogênio ver- estão disponíveis com livre acesso no
Realizados com a colaboração de João de, aterramento e equipotencialização, canal da Aranda Eventos no Youtube.
EM | Setembro / Outubro | 2022 3 7

sto oto u ersto

aspectos relevantes de projeto, execu- e talvez nunca seja, contar essa histó-
ção e comissionamento de instalações, ria toda na própria revista. Quanto
normalização, boas práticas, formação mais se pensa no que se incluiu, mais
profissional, tecnologias e o que mais for se constata o quanto se deixou de fora.
importante para a comunidade técnica Por exemplo, não mencionamos as nu-
de eletricidade. O formato compreende merosas coberturas, tanto no Brasil
um artigo técnico e também um vídeo quanto no exterior, de feiras e congres-
e um podcast com o autor, dessa forma sos técnicos de praticamente todos os
ampliando o alcance e enriquecendo segmentos da cadeia da eletricidade.
o conteúdo. Tanto texto (novamente, Nem foi possível prestar a justa home-
disponível na forma impressa, para lei- nagem a muitos dos especialistas que
M otores e acionamentos: a grande maioria do tura online e também para download) assinaram colunas em EM ao longo
material que EM publicou teve como mote a
quanto vídeo e podcast trazem os links e destes 50 anos. O compromisso com
efici ncia energética o prazo e, novamente, o espaço dis-
QR codes que permitem ao leitor, espec-
Outra iniciativa que se vale dos novos ponível nos impõem limites, e é bom
tador ou ouvinte acessar o assunto nas
recursos da tecnologia da informação e que seja assim. Até porque essa história
outras duas mídias.
comunicação é a seção multimídia “EM nunca estará completa. Ela continua e
Especialistas”. Como desdobramento Num tempo em que tudo se torna ra- continuará a ser escrita pelas próximas
natural dos formatos, a seção estabele- pidamente obsoleto, é com orgulho décadas, a várias mãos: pelos redatores
ce um link entre conteúdo impresso e que Eletricidade Moderna celebra seus e pelos colaboradores de Eletricidade
audiovisual de EM, por meios indepen- 50 anos de trajetória. A incongruência Moderna, mas sobretudo pelos seus lei-
dentes e inter-relacionados. Nela, pro- deste longo texto de celebração, que tores ― que são, afinal, a razão de ser
fissionais de destaque no setor abordam aqui encerramos, é que não é possível, da revista.
3 8 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M 5 0 anos

M uitas histó rias na histó ria de E M


Da R edação
A jornalista de Eletricidade Moderna Jucele Reis colheu de diversos profis- A primeira dúvida que surgiu foi: para uma coluna inédita sobre um tema
sionais da área elétrica depoimentos sobre o envolvimento deles com a revis- que até então contava com apenas dois livros publicados no Brasil, conse-
ta. São todos renomados, e não por acaso são na maioria colunistas de EM, guiríamos assunto novo para abordar a cada mês? Após 220 publicações,
ou nela publicam com frequência, ou já publicaram. Os depoimentos, que e prestes a completar, em fevereiro de 2023, os 20 anos da primeira coluna
estão nesta página e na seguinte, têm em comum a menção à importante fi- brasileira totalmente dedicada ao tema Ex, só tenho a agradecer à Eletrici-
gura de José Rubens Alves de Souza, que durante décadas foi editor e diretor dade Moderna pela oportunidade que permitiu não só me aprofundar no
de EM e também teve destacada atuação como coordenador da comissão de assunto, mas também ajudar os profissionais que trabalham nas instala-
instalações de baixa tensão do Cobei/ABNT. ções em áreas classificadas com informações e análises atualizadas.
Parabéns e vida longa, Eletricidade Moderna! Só temos a agradecer e
C redib ilidade aplaudir os 50 anos de sua marcante e importantíssima presença na comu-
nidade técnica brasileira!
é caracter stica
Minha relação com Eletricidade Moderna é de longa D if usã o atravé s de
data. Tive a oportunidade de conhecer e trabalhar conceitos e estudos
com José Rubens, então editor da revista e coorde-
nador da comissão de estudos da NBR 5410 - Insta- Fui colunista de Eletricidade Moderna por muitos
lações elétricas de baixa tensão – função que depois anos, escrevendo sobre assuntos relacionados à
assumi. Publiquei na revista diversos artigos e par- norma de média tensão e à NR-10, e acompanhei
ticipei de vários eventos promovidos por EM, con- Eduardo Daniel, a elaboração de diversas outras normas. Mas co-
vidado como palestrante e também coordenador de coordenador nheço a história anterior da revista e da normali-
sessões. Aprendi muito com a revista e também com- da C E 03 :6 4 – zação. Por exemplo, quando a NBR 5410 de 1980
partilhei conhecimento. I nstalaçõ es foi publicada, trouxe uma mudança radical. A
Ainda tenho exemplares antigos, pois são fonte de elétricas de norma de instalações anterior, a NB-3, era basea- J oão G ilberto
consulta. Uma característica da Eletricidade Moder- baix a tensão do da em uma antiga edição do NEC e muito enxuta. C unh a, diretor da M i
C omitê B rasileiro
na, que se mantém até hoje, é publicar artigos bem A revista foi um importante meio de divulgação O mega Engenharia,
científicos e de qualidade, com fontes. É um tipo de de Eletricidade membro das
(C B - 03 ) da AB N T,
e de explicação do novo documento, que fora ba-
publicação que não se descarta, e sim se guarda para comissõ es da AB N T
professor do I P O G seado na norma francesa NFC 15-100. Cheguei a
estudos e análises. A tecnologia sempre se atualiza, responsá veis pelas
e membro do ouvir em um grupo de discussão que a NBR 5410
mas muitos fundamentos não mudam. Eletricidade normas N B R 54 10,
AB N T C B 116 - de 1980 foi baseada na norma francesa porque Zé N B R 14 03 9 e N B R
Moderna nunca perdeu sua identidade. A credibili- G estão de energia. Rubens sabia falar francês muito bem. Na reali- 16 3 8 4 , é autor
dade é coisa de valor, e é uma característica que a dade, ele aprendeu francês para poder estudar a fre uente de artigos
revista mantém ao longo do tempo. NFC 15-100 e outros documentos que permitis- em E M e colabora
sem melhor explicar a nova NBR 5410 aos leitores na estruturação de
A tualiz aç ã o com té cnicas da revista, e isto dá a medida no nível de compro- nossos congressos
metimento que o Zé Rubens tinha. Foi somente e webinars, nos
de paí ses desenvolvidos bem depois disso que ele se tornou coordenador quais também
da comissão de revisão, justamente por causa des- é palestrante
Conheci Eletricidade Moderna quando estava na faculdade, mas só me destacado.
se envolvimento da revista com a normalização. E
tornei um leitor assíduo após ingressar na Petrobras, que possuía um siste-
quando foram publicadas as versões de 1990 e 1997, EM também organi-
ma de divulgação de publicações técnicas para as áreas de engenharia. Em
zou diversos eventos para explicá-las.
várias edições da revista, encontrei informações interessantes sobre temas
do meu dia-a-dia, como baterias, motores, proteção A revista também teve muito destaque na disseminação do padrão bra-
de sistemas elétricos e outros. A revista também se sileiro de plugues e tomadas residenciais. Mas pode-se dizer que Eletrici-
destacava por publicar artigos de autores estrangei- dade Moderna sempre teve um papel essencial na disseminação de infor-
ros, traduzidos para o português, o que nos colocava mações sobre normalização. E sempre primou pela qualidade técnica dos
atualizados com as técnicas mais recentes praticadas artigos e pelo cuidado de explicar a normalização não pelo “achismo”,
nos países mais desenvolvidos. mas sim por conceitos, através de estudos. Essa preocupação e seriedade
sempre nortearam o trabalho da revista.
Um dia, após ler na revista artigo de um autor fran-
cês sobre atmosferas explosivas, escrevi para Ele-
tricidade Moderna questionando alguns pontos a I mportante para a
Estellito R angel
J ú nior, en g en h ei ro
meu ver “truncados”, possivelmente derivados de disseminaç ã o da
el etri c i s ta , p ri mei ro
dificuldades do tradutor com o jargão específico do
segmento Ex. Pelo detalhamento das sugestões que
normaliz aç ã o
rep res en ta n te
bra s i l ei ro d o apresentei, as quais referenciei, uma a uma, com as Escrevi artigos para Eletricidade Moderna principalmente na época da
T ec h n i c a l seções das normas IEC aplicáveis, acabei recebendo revisão da norma NBR 5410, publicada em 2004, na qual trabalhamos
Committee 31 da um telefonema do então editor da revista, o saudoso desde 1993. A partir daí, comecei a participar dos eventos sobre normas
I E C , es c rev e em ativo membro do Cobei/ABNT, José Rubens, não só realizados pela revista. O Enie e o Enershow [congressos realizados por
E M a s eç ã o “ E M agradecendo as sugestões como convidando-me a EM] eram extremamente importantes na vida técnica nacional. Rece-
Ex” desde 2003. escrever uma coluna mensal. biam participantes de todo o País, atraídos pelo renome dos palestrantes,
EM | Setembro / Outubro | 2022 3 9

e por outro lado proporcionavam visibilidade a esses de Moderna se confunde com a própria história da eletricidade e da enge-
palestrantes, contribuindo para o crescimento da nharia elétrica no Brasil, pois ela criou um padrão de excelência no acesso
engenharia nacional. E sigo participando de eventos às informações. Nenhum outro meio de difusão de conhecimento teve a
promovidos pela revista, com palestras relacionadas relevância, importância e sucesso obtidos pela publicação.
à atual revisão da norma NBR 5419. Eletricidade Moderna foi muito importante na mi-
Eletricidade Moderna sempre teve papel importante nha vida profissional. Comecei a participar das co-
na disseminação da normalização. Inclusive, lembro missões das normas técnicas NBR 5410 e 5419, e os
de um guia elaborado pela revista sobre a NBR 5410 profissionais que escreviam para a revista e com ela
[a propósito, veja boxe na pág. 28], o qual até hoje é interagiam também atuavam nessa comissões. Nas
J obson Modena, fonte de consulta para profissionais. Essa publicação reuniões, conheci o José Rubens, que estimulava
coordenador foi fundamental para o setor e um facilitador no mer- muito a participação das pessoas. Apresentei um
da comissão de cado. trabalho pela primeira vez em um evento promo-
revisão da norma Além disso, a revista também teve papel ativo na di- vido pela revista, específico para a área de geração
de proteção vulgação da norma ABNT NBR 14136, que definiu e transmissão. Nos anos seguintes, participei do
contra descargas o novo padrão de plugues e tomadas. O Zé Rubens ergio oberto Enie - Encontro Nacional de Instalações Elétricas,
atmosféricas, a ilva dos antos, o que foi um marco na minha carreira e sou mui-
abraçou essa causa, o que foi bastante importante.
AB N T N B R 54 19 , e engenheiro da M P S to grato. Quem gosta realmente da profissão quer
EM também foi fundamental no esclarecimento so-
diretor da G uismo Energia, instrutor interagir com seus pares, pois é uma oportunidade
Engenharia. bre a norma de minidisjuntores, em que parte era da Termotécnica
baseada nas normas internacionais (IEC) e outra na de se qualificar e ter uma noção de pertencimento.
P ara- R aios e Recentemente, quando fui chamado para participar
normalização americana (Nema). Tanto os fabricantes de origem europeia mestrando do I EE-
quanto os de origem norte-americana queriam que seus respectivos pro- dos webinars promovidos atualmente pela revista,
U SP , escreve em
dutos predominassem, e a revista, como bom veículo de comunicação, não fiquei muito feliz pois ela até hoje é um veículo com
E M a coluna
tomou partido, mas sim contribuiu para a divulgação do assunto. “ EM - Aterramento” . tradição. E no ano passado fui convidado a escrever
a coluna “EM Aterramento”, o que me traz muita
satisfação e responsabilidade, pois provavelmente os leitores de hoje leem
I mparcialidade meus textos com o mesmo sentimento de admiração que eu tinha pelos
como caracter stica profissionais renomados que escreviam na publicação.
Muitas vezes, até em função da variedade de informações disponíveis atual-
Na década de 1970, eu trabalhava numa empresa mente em diversos meios, o profissional fica perdido, mas a revista traz os
francesa e lia Eletricidade Moderna. Depois fui du- assuntos mais relevantes, oferecendo um direcionamento. Os meios de co-
rante muito tempo presidente da União Certificado- municação digitais são importantes, mas a leitura permite uma interação
ra, entidade de certificação na área eletroeletrônica, muito mais qualificada com a informação e torna-se um complemento da
me dedicando à normalização e certificação, e Ele- formação e atualização profissional. Para resumir a importância da revista,
tricidade Moderna sempre acompanhou os traba- posso dizer que ela tem um papel fundamental de organizar o setor e trazer
lhos, sendo que o José Rubens foi a pessoa que mais referências, sempre mantendo seu rigor técnico.
se dedicou à área eletroeletrônica.
Entre as publicações, Eletricidade Moderna é a que
oferece mais suporte, principalmente em razão dos
D ocumento indispensável
artigos, muitos dos quais são internacionais e nos os ebastião iel,
para a historicidade
trazem informação sobre o que acontece em outros superintendente
países. Além disso, os artigos são bem fundamen- O convite para escrever na Eletricidade Moderna partiu de José Rubens,
do C obei - C omitê
tados e sem apelos comerciais. Uma das principais que tinha a intenção de introduzir na revista essencialmente técnica um
B rasileiro de
características da revista é a imparcialidade. Eletricidade, pouco de política energética. Assim começou a seção “Momento”, em 1989.
Mas lembro que, quando eu estudava na Poli-USP, todo mundo queria pu-
A padronização internacional é importante para Eletrô nica, blicar artigos técnicos na revista. Os espaços eram motivos de disputas e
que não sejam criadas barreiras técnicas. E a re- I luminação e de orgulho.
vista sempre abordou a questão da normalização, Telecomunicaçõ es –
C B - 03 / AB N T. Durante todos esses anos, abordei na coluna diver-
acompanhando a evolução tanto no âmbito nacional
como internacional. sos assuntos, como os rumos da cadeia produtiva da
energia, tendências de preço e conflitos políticos, as
vantagens da biodigestão e das PCHs, os leilões do
R ef erê ncia em governo... Várias previsões foram negativas, o que,
eng enharia e muitas vezes, me causava angústia, ao observar que
as decisões não eram as melhores para o País. Em
tecnolog ias elé tricas função da importância e abrangência, os textos da
coluna viraram livros e fonte permanente de con- aulo udmer,
Quando comecei a atuar profissionalmente, em 1988, não tínhamos in-
sulta. O mais recente é “Placebos Elétricos”, publi- jornalista,
ternet e todos os meios e a quantidade de informações hoje existentes. A
cado pela Artliber. engenheiro,
revista EM era o principal meio de atualização. Como sempre publicou tra-
balhos de excelente qualidade, ajudava a elevar o padrão dos profissionais A revista é um documento indispensável para a professor, consultor
da área elétrica. A publicação filtrava as informações, oferecendo acesso historicidade. E um País não pode viver sem his- e autor de diversos
a boas iniciativas realizadas no Brasil e também no exterior – neste caso, tória. É um veículo virtuoso. Não compromete pu- livros. Escreve
blicidade com textos, adotando todas as melhores em E M a coluna
por meio de artigos internacionais. Além disso, ajudou a criar referências
regras do jornalismo. Defende a ética e liberdade “ M omento” desde
do setor e o contato com profissionais de renome, como João Cunha e José
de expressão. 19 8 9 .
Rubens, por meio das colunas. Pode-se dizer que a trajetória de Eletricida-
4 0 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 1

A cionamentos C A e V e ja a q u i u m a lis t a d e f o r n e c e d o r e s d e
s o lu ç õ e s q u e t ê m a f u n ç ã o d e a ju s t a r

soft-starters a v e lo c id a d e d o s m o t o r e s e lé t r ic o s à s
n e c e s s id a d e s d in â m ic a s d a p r o d u ç ã o ,
p r o m o v e n d o p a r t id a s u a v e , a u m e n t o d a v id a
ú t il e d a e f ic iê n c ia e n e r g é t ic a . A p r im e ir a
t a b e la t r a z e s p e c if ic a ç õ e s d o s a c io n a m e n t o s
C A d e v e lo c id a d e c o n t r o la d a , c o m o f a ix a d e
p o t ê n c ia , t e c n o lo g ia e t ip o d e c o n v e r s o r e d e
c o n t r o le , e n t r e o u t r a s ; a s e g u n d a , d e d ic a d a
a o s s of t- s ta rters , d e t a l h a c a r a c t e r í s t i c a s
c o m o t e c n o lo g ia u t iliz a d a , p r o t e ç ã o e
Da Redação de EM fu n ç õ e s , e tc .

A cionamentos C A d e velocid ad e controlad a


Tipo d e Tipo d e Tipo d e
Tecn olog ia motor con v ersor Retificador con trole V etoria l
Empresa I mporta d ora exclusiv a

S e n s o r l e s s (8 )
Telef on e d o f a brica n te / F a ixa d e F a ixa d e

Com sen sor (7)


E - m a il Pa í s potê n cia s f req uê n cia s
F a brica n te

(k w ) d e sa í d a (Hz )

An á log ico
Dig ita l (4)
PW M (3)

sin cron o
retulâ n cia
I n d uç ã o

F O C (5)
Esca la r

DTC(6)
Tiristor

Tiristor
CS I (1)
V S I (2)

O utro

O utro

O utro
I GBT

I GBT
ABB Motion – 08 00 014 9 111
con ta ct.cen ter@br.a bb.com • 0, 5 a 6.000 • • • • • • 0 a 59 8 • • • • • • • • •

Meta ltex – (11) 568 3-5700


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Motron ics – (54) 9 9 9 32-2515


ed ua rd o.g a z z i@motron ics.com.br
0, 25 a 500 • • • • • • • •

MS A Con trol – (11) 9 8 526-8 111


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S EW – 08 00 770049 6
sew @sew .com.br • 0, 25 a 315 • • • 0 a 59 9 • • • • • • • •

V ed er – (11) 2341-3132
v en d a s@v ed er.com.br V eich i/ Ch in a 0, 75 a 1.500 • • • • 0 a 600 • • • • • • • • • •

Y a sk a w a – (11) 358 5-1100


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W EG – (47) 3276-4000
a utoma ca o@w eg .n et • 0, 18 a 630 • • 0 a 500 • • • • • •
Notas: (1) I n v ersor d e corren te. (2) I n v ersor d e ten sã o. (3) I n v ersor d e ten sã o con trola d o por PW M. (4) I n d iq ue o n o d e bits utiliz a d o. (5) Por orien ta ç ã o d e ca mpo. (6) Con trole d ireto d o torq ue.
(7) Com sen sor mecâ n ico. (8 ) S em sen sor mecâ n ico, isto é, com estima ç ã o d a v elocid a d e a pa rtir d os sin a is d e ten sã o e corren te. (9 ) Tiristores em a n tipa ra lelo por f a se. (10) E nerg y sav e.
Obs.: O s d a d os con sta n tes d este g uia f ora m f orn ecid os pela s pró pria s empresa s q ue d ele pa rticipa m, d e um tota l d e 74 empresa s pesq uisa d a s.
Fonte: Rev ista Ele t r ic id ad e M o d e r n a, setembro/ outubro d e 2022. Este e muitos outros g uia s estã o d ispon í v eis o n -lin e , pa ra con sulta .
Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão o n -lin e de todos estes guias.
EM | Setembro / Outubro | 2022 4 1

Soft Starters
Tecn o-log ia F usí v el Relé F un ç õ es Propri- Aberta (fieldbus)
ultra rrá pid o térmico etá ria
I mporta d ora I HM
Empresa

Ra mpa d e ten sã o (RT)

Limite d e corren te (LC)


Tiristores - a n tipa ra lelo
exclusiv a d o F a ixa d e

Con trola d or d e coso


Telef on e

F ren a g em por CC
f a brica n te / potê n cia s

Pulso d e ten sã o-
E - m a il

(poten ciô metro)


Pa í s

O pera ç ã o só n a
(k w )

Pa ra d a sua v e

(pa râ metros)
perma n emte

I n terf a ce PC
I n corpora d o

in corpora d o
F a brica n te

O pera ç ã o

O pcion a l

O pcion a l

An a ló g ica
extern o

extern o

RT+ LC

Bá sico

Bá sico
O utra s

Dig ita l
Ra mpa

pa rtid a
O utra

(10)
(9 )
ABB Motion – 08 00 014 9 111
con ta ct.cen ter@br.a bb.com • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Meta ltex – (11) 568 3-5700
v d s@meta ltex.com.br • 2, 2 a 45 • • • • • • • • • •
Motron ics – (54) 9 9 9 32-2515
ed ua rd o.g a z z i@motron ics.com.br
7 a 750 • • • • • • • • • • •
MS A Con trol – (11) 9 8 526-8 111
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Prov olt – (47) 3036-9 666
porta l@prov olt.com.br 11 a 400 • • • • • • • • • • • •
S EW – 08 00 770049 6
sew @sew .com.br •
V a rixx – (19 ) 3424-4000
v en d a s5@v a rixx.com.br
200 a 8 00 • • • • • • • • • •
V ed er – (11) 2341-3132 V eich i / Ch in a
v en d a s@v ed er.com.br
W EG – (47) 3276-4000
a utoma ca o@w eg .n et • • • • • • • • • • • • • • • •
Notas: (1) I n v ersor d e corren te. (2) I n v ersor d e ten sã o. (3) I n v ersor d e ten sã o con trola d o por PW M. (4) I n d iq ue o n d e bits utiliz a d o. (5) Por orien ta ç ã o d e ca mpo. (6) Con trole d ireto d o torq ue.
o

(7) Com sen sor mecâ n ico. (8 ) S em sen sor mecâ n ico, isto é, com estima ç ã o d a v elocid a d e a pa rtir d os sin a is d e ten sã o e corren te. (9 ) Tiristores em a n tipa ra lelo por f a se. (10) E nerg y sav e.
Obs.: O s d a d os con sta n tes d este g uia f ora m f orn ecid os pela s pró pria s empresa s q ue d ele pa rticipa m, d e um tota l d e 74 empresa s pesq uisa d a s.
Fonte: Rev ista Ele t r ic id ad e M o d e r n a, setembro/ outubro d e 2022. Este e muitos outros g uia s estã o d ispon í v eis o n -lin e , pa ra con sulta .
Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão o n -lin e de todos estes guias.
4 2 EM | Setembro / Outubro | 2022

S eg uranç a

D etecç ã o e U m d o s e f e it o s d a g lo b a liz a ç ã o é q u e u
in c ê n d io n u m c e n t r o d e lo g ís t ic a p o d e
m

alarme de incê ndio n ã o t e r a p e n a s c o n s e q u ê n c ia s lo c a is , m


a f e t a r t o d a u m a c a d e ia d e s u p r im e n t o s . D
a s
e

em centros de a c o r d o c o m a s s e g u r a d o r a s , o s p r e ju íz o
e v e n t o s o m a m e m m é d ia U S $ 1 ,5 m ilh ã
s p
o , e
o r

og stica r a p id a m e n t e a t in g e m U S $ 3 m ilh õ e s q u
c o m p u t a d a a in t e r r u p ç ã o d a s o p e r a ç õ e
N e s t e c e n á r io , a c o n f ia b ilid a d e d a s e g u
s .
a n

r a n
d o

ç a
D e t le f S o la s s e , c o n t r a in c ê n d io d e s s a s e d if ic a ç õ e s é
d a H e k a t r o n B r a n d s c h u t z (A le m a n h a ) f u n d a m e n t a l.

D epósitos e centros de logística são [N. da R.: A seguir são mencionadas as de detectores múltiplos que combi-
objetos complexos. De um lado, si- normas europeias (EN) correspondentes nam dispersão de luz e sensor térmico
tuam-se as áreas e os sistemas de arma- aos diversos tipos de detectores de incên- conforme EN 54-29 (figura 1). Estes
zenamento com suas diversas condições dio. No Brasil aplica-se a série ABNT últimos oferecem a vantagem de ser
ambientais. De outro, encontram-se os NBR ISO 7240, que abrange 14 normas. menos suscetíveis a alarmes falsos. Por
escritórios e setores administrativos, Ver https://www.abntcatalogo.com.br/] meio da central de alarme de incêndio,
refeitórios, copas para café e demais pode ser ajustada a temporização da
ambientes sociais, mas também salas sensibilidade. Durante o dia, quando
D etectores b ásicos fatores interferentes estão presentes,
técnicas e salas dos servidores. Cada um
desses locais apresenta requisitos pró- A “tarefa básica” de detecção de incên- somente o sensor térmico está ativo,
prios no tocante aos equipamentos de dio fica em geral a cargo de detectores por exemplo. À noite, na ausência de
proteção contra incêndio, que podem de fumaça pontuais que atuam segun- tais fatores, o sensor de dispersão de
ser satisfeitos por meio de detectores do o princípio da dispersão de luz, de luz também é ativado. Há também
adequados. acordo com a norma DIN EN 54-7, ou sensores múltiplos com função acústi-
ca, com alarme sonoro integrado para
H e k a t r o n V e r t r ie b s G m b H avisar as pessoas presentes. Seu campo
de aplicação são as áreas administrati-
vas e áreas de estoque com pé direito
inferior a 12 m sem requisitos ambien-
tais rigorosos.

D etectores por aspiraç ã o


Estoques verticais impõem requisitos
especiais à detecção de incêndio, já de-
vido à altura dos galpões e da dificul-
dade de acesso às prateleiras. Para estas
aplicações, os detectores por aspiração
conforme EN 54-20 são particularmen-
te adequados. Eles dispõem de um mó-
dulo de análise com ventilador embuti-
do, e de um a dois sensores de fumaça,
além de um sistema de tubos provido
de aberturas de aspiração (figura 2).
EM | Setembro / Outubro | 2022 4 3

hold up - Part 2: Requirements for fire


alarm systems.
Sistemas de estocagem com prateleiras
rotativas verticais (Paternosterlager) são
equipamentos com até 30 m de altura,
revestidos de chapa de aço. Também
aqui aplicam-se detectores por aspira-
ção. Os tubos são instalados no revesti-
mento de chapa, e o módulo de análise
externamente, em local acessível.
F ig. 1 – Em escritó rios são geralmente
aplicados detectores pticos por dispersão de Em câmaras frigoríficas, com tem-
luz , com ou sem sensores térmicos peraturas extremas de até 30 °C ne-
gativos, não podem ser aplicados de-
Estoques verticais são protegidos tanto
tectores de fumaça ditos “normais”.
por supervisão de teto, quanto por su-
Neste caso, um sistema de tubos de F ig. 3 – Depó sitos com pé direito elevado são
pervisão de prateleira. Nesta, os tubos
aspiração é instalado no recinto de ar- o campo de aplicação ideal para detectores
são instalados nas prateleiras. O mó- lineares por feix e de luz
mazenagem, e o módulo de análise –
dulo de análise pode ser montado num
devido ao perigo de congelamento – é res ópticos são muito seguros quanto a
local de fácil acesso, protegido contra
montado na mesma zona climática. alarmes falsos.
danos. Com o reconhecido software
Aquecedores nas aberturas de aspi-
da VdS [Associação das Seguradoras
ração contribuem para evitar conge-
Alemãs], denominado ASD-Pipeflow,
lamento. O acesso remoto ao módulo D etectores lineares té rmicos
o projeto dos detectores por aspiração
de análise possibilita a manutenção Nas rampas de carga e no entorno dos
pode ser otimizado – especialmente
simples e rápida. centros de logística, correntes de ar ou
em caso de instalação assimétrica dos
tubos. Detalhes para seleção e insta- fumaça do escapamento de caminhões
lação de detectores de incêndio em etectores neares ticos podem causar alarmes falsos. A escolha
estoques verticais podem ser consulta- correta para estas aplicações consiste
Para galpões logísticos de grande al- em detectores lineares térmicos confor-
dos na norma DIN VDE 0833-2:2022
tura e extensão são recomendados de- me EN 54-22. Eles também se destinam
- Alarm systems for fire, intrusion and
tectores de fumaça lineares, também a locais com ambientes agressivos, tais
designados detectores óp- como alta umidade do ar, poeira, etc.
ticos de feixe de luz, con-
soante EN 5412 (figura 3),
que operam pelo princípio O b turadores com
de detecção reflexiva. Eles ec amento a tom tico
são construídos como uma
A partir de certas dimensões, galpões
cortina de luz e supervi-
de logística devem ser divididos em
sionam longas distâncias
compartimentos de incêndio. Abertu-
mediante um emissor,
ras nas paredes desses compartimentos
um receptor e um módulo
devem ser obturadas para evitar a pro-
eletrônico de análise. Um
pagação de gases letais por toda a edifi-
feixe de luz infraverme-
cação. Portas e portões nessas paredes
lha partindo do emissor
devem estar fechados, constituindo
atravessa o espaço a ser
barreiras corta-fogo.
supervisionado, e capta
nesse percurso informa- Por outro lado, portas corta-fogo pro-
ções sobre a existência de vidas de dispositivos de fechamento
um eventual incêndio. O automático certificados podem per-
receptor analisa o feixe de manecer abertas, por exemplo, para o
ig. Conforme as dimensões do esto ue vertical são
necessários múltiplos detectores por aspiração, para cobrir todo luz recebido. Conforme o
trânsito de empilhadeiras, desde que o
o volume a ser protegido produto, detectores linea- fechamento esteja garantido em caso
4 4 EM | Setembro / Outubro | 2022

S eg uranç a

de incêndio (figura 4). Tais dispositi-


vos compreendem no mínimo um de-
tector de incêndio, um disparador, um
acionamento mecânico e uma fonte de
alimentação.

O b turadores para esteiras


transportadoras
Muitos centros de logística são dotados
de sistemas de transporte de produ-
tos conectados a uma ferrovia. Nestas
aplicações, as esteiras transportadoras
passam através de barreiras corta-fogo, ig. ispositivos de fechamento automático em caso de inc ndio mant m portas corta-fogo
abertas para o tr nsito de materiais
que devem ser providas de obturadores
especiais a fim de evitar a propagação meio de cortinas de luz, que atua sobre a automático não supervisionado devem
de incêndio. Aqui vale observar que, em liberação de movimento da esteira, para adotar procedimento análogo.
caso de incêndio, pode haver mercado- assegurar o correto fechamento do obtu-
rias ou materiais dentro do obturador, rador. Esse sistema de controle é ligado a S istemas de alarme de voz
o que impediria seu fechamento. Por- uma fonte de alimentação de emergên-
tanto, tais obturadores devem possuir cia, em geral disponível nas instalações Precisamente em situações de alarme de
um sistema de supervisão e controle por transportadoras. Sistemas de transporte incêndio aumenta o desafio de abando-
EM | Setembro / Outubro | 2022 4 5

nar o prédio rápida, ordenada e segu- informações importantes durante a ininterrupta 24 h/dia, de modo que o
ramente. Até mesmo funcionários que operação normal do prédio. pessoal técnico responsável possa rea-
conhecem bem o local e se utilizam gir sem perda de tempo aos sinais de
sempre de um caminho costumeiro, alarme ou de defeito.
em caso de alarme frequentemente C entrais de alarme
de incê ndio intelig entes Um grupo definido de pessoas recebe
não sabem qual a melhor rota de fuga
informações em dispositivos móveis e
a seguir. A resposta para tais situações Centrais de alarme constituem o cé- pode encaminhar procedimentos pre-
chama-se alarme de voz – considera- rebro do sistema de detecção de in- viamente estabelecidos. O instalador ou
velmente mais eficiente do que sirenes cêndio. Elas recebem todos os sinais o técnico de manutenção podem diag-
e outros sinais sonoros. Um estudo dos detectores e iniciam as medidas nosticar um defeito e efetuar o reparo
do British Standards Institute (BSI) programadas, como o alarme para os à distância. Quando uma intervenção
demonstra que o tempo de reação das ocupantes da edificação e para os bom- onsite for necessária, as características
pessoas perante avisos de voz gravados beiros. Além disso, assumem funções da instalação podem ser visualizadas
se reduz em 50% comparado a sinais de comando de equipamentos técnicos num portal de serviços, permitindo
sonoros comuns. Esse efeito acentua- de proteção contra incêndio, tais como que a manutenção seja preparada pre-
se mais ainda diante de avisos de voz as instalações de extinção de fogo, etc. viamente, assim como os equipamentos
ao vivo, por exemplo, dos bombeiros,
e eventuais peças de reposição.
aos quais as pessoas reagem até qua- Há alguns anos, as centrais se torna-
tro vezes mais rápido do que aos sinais ram “inteligentes”, o que para o insta-
sonoros. Alarmes de voz não apenas lador e o usuário, durante a colocação
permitem o abandono seguro do local em serviço e a operação cotidiana, traz Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das
em caso de emergência, mas também muitas vantagens. Uma delas é o aces- Elek trohandwerk , edição 11/ 2021. C opy right Hü thig G mbH, Heidelberg
e M ü nchen. www.elek tro.net. P ublicado por EM sob licença dos editores.
servem para transmissão de avisos e so remoto, que possibilita a supervisão Tradução e adaptação de C elso M endes.
4 6 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 2

E letrocalhas, E s t e g u ia lis t a a o f e r t a d e f a b r ic a n t e s e
im p o r t a d o r e s d e c o n d u t o s (c a n a le t a s ,

dutos, b andej as, e le t r o d u t o s , e le t r o c a lh a s , b a n d e ja s e le it o s ),


o s q u a is v is a m p r o t e g e r o s c o n d u t o r e s c o n t r a

canaletas, s o lic it a ç õ e s m e c â n ic a s e e lé t r ic a s q u e lh e s s ã o
i ostas e er itir a esso s lin as el tri as e

eletrodutos e leitos d e c o m u n ic a ç ã o p a r a t r a b a lh o s d e m a n u t e n ç ã o
e a m p lia ç ã o . S ã o a p r e s e n t a d a s in f o r m a ç õ e s
os ro utos o o ti o aterial e nor as
D a R e d a ç ã o d e EM t é c n ic a s n a c io n a is a q u e a t e n d e m .

Tipo construtivo Material Normas


Eletro-
Eletroca lh a Ba n d eja
I mporta d ora d utos

Aç o g a lv a n iz a d o a f og o
Duto d e piso elev a d o
Empresa – Telef on e exclusiv a d o

NBR I EC 6108 4(1)


NBR I EC 61537(2)
f a brica n te /

Aç o pré-z in ca d o
E - m a il

Aç o com pin tura

NBR 15708 (7)


Aç o in oxid á v el

NBR 118 8 8 (6)


NBR 6323(3)
NBR 7008 (4)
NBR 7013(5)
Pa í s
Duto d e piso

eletrostá tica
F a brica n te

perf ura d a

Polí mero
Alumí n io
perf ura d a
a ra ma d a

exíveis
Ca n a leta

rí g id os
Leito
lisa

lisa

Alumbra – (11) 439 3-9 300


sa c@a lumbra .com.br • • • •
Ca lh a s K en n ed y – (11) 2126-3333 • • • • • • •
v en d a s@ca lh a sk en n ed y .com.br • • • • • • • • • • • •
Cog umelo – (21) 3408 -9 000 • • • • • • •
v en d a s@cog umelo.com.br • • • •
Delta Perfilados (11) 9 9 607-8 700
contato@deltaperfilados.com.br • • • • •
Dispa n – (19 ) 3466-9 300 • • • • • • •
comercia l@d ispa n .com.br • • • • • • • • • • • • •
Dutopla st – (11) 2524-9 055
q ua lid a d e@d utopla st.com.br • • • • • •
Dutotec – (51) 318 1-08 66
v en d a s@d utotec.com.br • • • • • • •
Elecon – (11) 9 7472-5002 • • • • •
comercia l@elecon .com.br • • • • • • • • • • • • • • • • •
En g ed uto – (21) 9 9 9 8 7-3046 • •
v en d a s@en g ed uto.com.br • • • • • • • • • • • •
Hellerma n n Ty ton – (11) 2136-9 09 0
v en d a s@h ellerma n n ty ton .com • • • •
I n d usma ck – (12) 39 35-4545
v en d a s@in d usma ck .com.br • • •
I n pol – (48 ) 9 9 02-0060
comercia l@in polpolimeros.com.br • • •
Kana ex (11) 9 8 602-29 07
mkt@kana ex.com.br • • • •
K ron a – (47) 3431-78 00
con ta to@k ron a .com.br • • • •
Ma rv itec – (11) 248 7-5500 • • • • • • •
v en d a s2@ma rv itec.com.br • • • • • • • • • • • • •
Ma sster – (47) 9 9 78 5-0103
g eren tecomercia l@ma ssterpla sticos.com.br • • •
Ma stery – (11) 2023-6260 •
con ta to@ma stery a ra ma d os.com.br • • • • • • •
Ma xtil – (11) 9 8 354-2158 • • • •
v en d a s@ma xtil.com.br • • • • • • • • • • • • • •
EM | Setembro / Outubro | 2022 4 7

Tipo construtivo Material Normas


Eletro-
Eletroca lh a Ba n d eja
I mporta d ora d utos

Aç o g a lv a n iz a d o a f og o
Duto d e piso elev a d o
Empresa – Telef on e exclusiv a d o

NBR I EC 6108 4(1)


NBR I EC 61537(2)
f a brica n te /

Aç o pré-z in ca d o
E - m a il

Aç o com pin tura

NBR 15708 (7)


Aç o in oxid á v el

NBR 118 8 8 (6)


NBR 6323(3)
NBR 7008 (4)
NBR 7013(5)
Pa í s

Duto d e piso

eletrostá tica
F a brica n te

perf ura d a

Polí mero
Alumí n io
perf ura d a
a ra ma d a

exíveis
Ca n a leta

rí g id os
Leito
lisa

lisa
Nied a x-Mopa – (11) 2413-109 9 • • • • • • •
v en d a s@mopa .com.br • • • • • • • • • • • •
O BO Betterma n n – (15) 3335-138 2 O BO Betterma n n /
mk t.in f o@obo.com.br • Alema n h a
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Politejo – (19 ) 9 9 9 49 -5670
erick .ca pon e@politejo.com • • • (* )
Real Perfil (11) 2134-0002 • • • • • • • •
vendas@realperfil.com.br • • • • • • • • • • •
S ptf – (11) 2065-38 20
v en d a s@sptf .com.br • • • • •
S tra tus – (12) 2139 -6550 • •
comercia l@stra tusf rp.com • • • • • •
Notas: (1) Sistemas de canaletas e condutos perfilados para instalações elétricas. (2) Encaminhamento de cabos - Sistemas de eletrocalhas para cabos e sistemas de leitos para cabos.
(3) Ga lv a n iz a ç ã o por imersã o a q uen te d e prod utos d e a ç o e f erro f un d id o. (4)Ch a pa s e bobin a s d e a ç o rev estid a s com z in co ou lig a z in co-f erro pelo processo con tí n uo d e imersã o a q uen te. (5) Ch a pa s e bobin a s d e a ç o
revestidas pelo processo contínuo de imersão a quente. (6) Bobinas e chapas finas a frio e a quente de aço-carbono e de aço de alta resist ncia e baixa liga. (7) Ind strias do petr leo e g s natural - Perfis pultrudados -
Pa rte 4: S istema d e ba n d eja men to.
(* ) NBR 15715
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas pr prias empresas que dele participam de um total de 123 empresas pesquisadas.
Fonte: Rev ista Ele t r ic id ad e M o d e r n a, setembro/ outubro d e 2022. Este e muitos outros g uia s estã o d ispon í v eis on-line, pa ra con sulta .
Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão o n -lin e de todos estes guias.
4 8 EM | Setembro / Outubro | 2022

Proteç ã o

C oordenaç ã o P u b l i c a d o p o r EM e m
c o m e n t a a s p e c to s d a
d u a s p a r t e s , e s t e a r t ig o
s in t e r a ç õ e s D P S – D P S e

de energ ia entre D P S – e q u ip a m e n t o s ,
d iv is ã o d e e n e r g ia . A
c o m e s p e c ia l a t e n ç ã o p a r a a
a b o rd a g e m tr a z p e rc e p ç õ e s

D PS – Parte 1
im p o r t a n t e s e ú t e is q u e p o d e m s e r a d a p t a d a s a
s it u a ç õ e s r e a is . A q u i s e a b o r d a m o s e f e it o s d a s
c o n e x õ e s e in t e r lig a ç õ e s e n t r e D P S . N a p r ó x im a
J o s é C la u d io d e O liv e ir a e S ilv a , e d iç ã o , a c o o r d e n a ç ã o e n t r e D P S e e q u ip a m e n t o
c o n s u lt o r e a s c o n c lu s õ e s .

H oje ouve-se muito falar em coorde-


nação de dispositivos de proteção
contra surtos (DPS), ou em sistema
necer esse tipo de informação. No caso
de DPS de marcas diferentes, a situação
fica um pouco mais fora de controle.
produto. Mesmo sem saber exatamente
o que poderá ser colocado no lado de
fora do seu equipamento, o projetista
coordenado de DPS, entre os profissio- De maneira geral, apesar da aparente não pode deixar de considerar algumas
nais da área de proteção contra raios, falta de rigor quanto à divisão de ener- possibilidades no projeto.
estimulados pela NBR 5419-4 [1] ― gia entre os DPS nas instalações, não
embora a NBR 5410 [2] já chamasse a existe um caos em termos de danos de C onsideraç õ es g erais
atenção para a questão há mais tempo, DPS e de equipamentos. Provavelmen-
sem, porém, associar o termo energia à te, o que salva, em grande medida, são Os resultados apresentados são mera-
coordenação de DPS. A seleção e o po- as distâncias entre os DPS, pois, como mente exemplos baseados em simula-
sicionamento dos DPS numa instalação veremos, as interligações (cabos) têm ção de circuitos, para os DPS escolhidos
com base apenas em tensão e corrente um papel importante na redução da e simplificações feitas, e não devem ser
podem não ser suficientes para garan- energia de surtos à medida que pene- generalizados, portanto. Recomendo
tir a coordenação entre DPS ligados em tram na instalação. que o leitor se lembre sempre disso, até
cascata, incluindo-se as proteções inter- o final do artigo. As análises e simula-
nas dos equipamentos. É necessário le- Um problema, no entanto, é a coor- ções se limitam a circuitos de alimenta-
var em conta a coordenação de energia, denação de energia entre um DPS e a ção c.a. em baixa tensão. As simulações
prescrita nas seções C.2.1.8 a) e C.3.4 da proteção interna de um equipamento. foram feitas no programa ATP-EMTP.
NBR 5419-4 [1], que remetem o leitor à Como coordenar um DPS com algo
IEC 61643-12 [3], no caso de DPS para desconhecido, como normalmente é
linhas de energia, e à IEC 61643-22 [4], o caso dos circuitos e componentes de C onex õ es e
para linhas de sinais. proteção internos de um equipamento? interlig aç õ es de D PS
Além das metodologias de análise e De qualquer forma, uma análise cui- Consideremos um pequeno trecho de
ensaios da IEC 61643-12 [3], a NBR dadosa da coordenação de energia é uma estrutura muito ampla e comple-
5419-4 [1] e a NBR 5410 [2] recomen- recomendável para a proteção de equi- xa que é uma instalação elétrica, ligada
dam que o fabricante de DPS disponi- pamentos sofisticados e que desempe- a linhas externas, envolvida por um
bilize informações e instruções sobre nham funções críticas. Uma situação SPDA e interagindo com uma descarga
como obter coordenação entre os DPS crítica se dá quando o equipamento é atmosférica. Este pequeno trecho é re-
dispostos ao longo da instalação. Isso instalado praticamente junto ao DPS presentado aqui na figura 1, que mostra
deve funcionar quando os DPS em classe I na entrada da instalação, sujeita dois DPS interligados por dois conduto-
todos os níveis da cadeia de proteção a descargas atmosféricas frequentes. No res de um circuito de alimentação c.a.:
num circuito (cascata) são da mesma lado do projetista de equipamentos, no um condutor vivo (F ou N) e o condutor
marca, pois o fabricante tem controle meu entender, não basta atender às nor- de proteção (PE), de comprimento l1. Os
sobre seus dispositivos e consegue for- mas de imunidade a surtos aplicáveis ao DPS podem, por exemplo, representar
EM | Setembro / Outubro | 2022 4 9

Tab. I - C orrente e energia má x imas


dos varistores
Varistor I má x .
E má x .
(J )

S 2 0 K 2 3 0 1 3 0
S 2 0 K 2 5 0 8 k A 1 4 0
S 2 0 K 2 7 5 8 / 2 0 s 1 5 1
S 2 0 K 3 2 0 1 8 4
F ig. 2 – V aristores Epcos S20K (disco) e B 4 0 K 2 3 0 4 6 0
B 4 0K (bloco)
B 4 0 K 2 5 0 4 0 k A 4 9 0
Note que, considerando as dispersões, B 4 0 K 2 7 5 8 / 2 0 s 5 5 0
as curvas podem se sobrepor de tal for- B 4 0 K 3 2 0 6 4 0

ma que, a rigor, uma análise de coor-


denação de energia deve considerar tais E f eito das
dispersões. interlig aç õ es de D PS
ig. 1 Circuito simplificado para análise da
divisão de energia entre 1e Foram considerados, nas simulações, Os gráficos das figuras 4 a 6 mostram
os DPS instalados em diferentes painéis três impulsos de corrente: 8/20 s, alguns resultados interessantes de si-
de distribuição, ou um DPS externo e a 10/350 s e 1/100 s. Essas ondas, por mulação, conforme esquema da figura
proteção interna de um equipamento. simplicidade, serão denominadas 8/20, 1. A informação comum a todos esses
Para uma análise da influência da in- 1/100 e 10/350. As ondas 8/20 e 10/350 gráficos é o importante efeito da fiação
terligação nas energias dissipadas nos são comuns na indústria de DPS [5] e na redução da energia no DPS a jusante
DPS, foi estabelecida, arbitrariamente, na série NBR 5419:2015. A onda 1/100 (DPS2). Outros pontos importantes:
a geometria dos condutores, indicada foi adotada arbitrariamente para repre- a) A seção do cabo tem pouca influên-
na mesma figura, onde de é o diâmetro sentar as primeiras descargas negativas cia (figura 4), uma vez que a in-
externo da isolação do cabo e a linha (parecida com o impulso 1/200 em [6]), dutância é o componente da impe-
horizontal inferior representa um pla- para se avaliar os efeitos de subidas de dância predominante no controle da
no condutor. corrente mais rápidas nas sobreten- corrente e, portanto, na redução da
Foram considerados os varistores Ep- sões. As descargas subsequentes têm energia. Enquanto a relação entre a
cos dos tipos indicados na figura 2. A alta taxa de variação (di/dt), sendo mais maior e a menor seção de cabos é 20
razão de usar esses componentes é a críticas em termos de tensão induzida, (50/2,5 mm2), a relação das indutân-
disponibilidade das curvas caracte- especialmente nas conexões dos DPS, cias do circuito é 0,7 (0,7/1 H/m);
rísticas VX I e dados fornecidos pelo mas as altas tensões associadas ao di/ b) O cabo tem que ser muito comprido
fabricante para criação de modelos de dt dessas descargas têm duração muito para ajudar efetivamente na redu-
simulação de circuitos. Os varistores curta e, portanto, não contribuem sig- ção de energia no DPS2, quando se
S20K têm características básicas que nificativamente na energia dissipada trata de impulsos de longa duração
nos permitem, para fins de análise, nos DPS. (figura 5, pág. 52); e
considerá-los como DPS classe III c) No caso de varistores, que são
ou como componentes internos do tipo limitadores de tensão, a di-
de proteção de equipamento. Os ferença entre as tensões residuais
varistores B40K têm característi- desses dispositivos afeta fortemen-
cas típicas de DPS classe II e serão te a distribuição de energia entre
aqui considerados como DPS a eles. A figura 6 (pág. 53) mostra
montante dos varistores S20K. esta situação para varistores com
tensões próximas (vizinhos na lista
As características básicas dos mo- de produtos).
delos escolhidos são apresentadas
na tabela I e na figura 3. As cur- Observe nas curvas da figura 3
vas características VX I da figura que um varistor S20K em parale-
3 correspondem aos valores cen- lo com um B40K de mesmo valor
trais (médios), sendo que a disper- (mesma tensão) já proporciona
são é de 10 % @ 1 mA e pode ig. 3 Caracter sticas I dos varistores Epcos e
uma divisão de corrente favorável
atingir cerca de 25 % @ 100 A. considerados à coordenação de energia entre
5 0 EM | Setembro / Outubro | 2022

Proteç ã o

eles. A tabela II (pág. 54) mostra essa


característica, onde os varistores B40K
e S20K de mesma tensão não dependem
de separação por cabo para a coordena-
ção de energia (exceto os varistores de
275 V, que requerem 1,1 m de cabo en-
tre eles, para cabos de 16 mm2, no caso
apresentado na tabela). Porém, como já
foi mencionado, há que se ter cuidado
com a tolerância (dispersão) dos valores
de tensão desses componentes.
Esses efeitos são muito bem descritos
em [7], um artigo com seus 30 anos, que
chama a atenção para a ideia comum F ig. 4 – R elação entre energia dissipada
em cada DP S e a energia total aplicada
de que o nível de proteção de um DPS no circuito em função do comprimento
deve ser menor que o do DPS a mon- dos cabos, para onda 8 / 20 e
tante, mas que encontra dificuldades de cabos 2,5, 16 e 50 mm2;
DP S1 = DP S2 = B 4 0K 250
coordenação quando os impulsos têm
longa duração e as distâncias entre DPS L no trecho a-b-c (na verdade a in-
são curtas. dutância mútua entre o trecho a-b-c,
aqui considerado retilíneo, e a área
A2) é um pouco menor que a soma das
C ondutores de indutâncias próprias dos condutores
conex ã o do D PS do referido trecho. Para a b 0,5 m,
condutores de 6 a 16 mm2 e d variando
Na figura 7 (pág. 54) temos uma ver-
de 0,1 a 1 m, tal indutância fica entre
são um pouco mais detalhada do cir-
0,34 e 0,53 H (quanto menor d, me-
cuito da figura 1, onde são mostradas
nor L, o que é bom). Para as conexões
as áreas A1, A2 e A3 para análise das
típicas de DPS em painéis, a adoção
conexões do DPS, oscilações, induções
de L 1 H/m é uma boa aproxima-
e seus efeitos na divisão de energia
ção. Os fabricantes normalmente não
entre os DPS. O DPS2 aparece como
informam a indutância interna dos
proteção interna dentro de um equi-
seus DPS e, possivelmente, medem
pamento. A linha tracejada x indica
suas tensões residuais de forma a mi-
uma eventual ligação do equipamento
nimizar o acoplamento indutivo. Para
a partes aterradas da instalação, por
o trecho c, fica a sugestão prática de se
outro caminho que não pelo condutor
considerar a metade do valor acima,
PE, o qual, nesta análise, faz parte do
ou seja, 0,5 H/m, o que equivale a
contorno da área A3.
considerar a metade do comprimento
As ligações F-DPS (ou N-DPS) e DPS- do DPS (distância entre terminais) nas
PE são identificadas por a e b, em sin- suas conexões.
tonia com a figura 15 a) da NBR 5410
A tensão desenvolvida nas conexões
[2], incluindo-se o trecho c, que cor-
do DPS é dada por L di/dt. Essa ten-
responde ao próprio corpo do DPS, e a
são, sobreposta à tensão no DPS, pode
distância d, que participa da definição
ser crítica para as isolações no local de
da área de indução A2.
instalação do DPS que está na linha
Além da tensão residual no DPS, trata- de frente do combate aos surtos, nor-
da como UP na NBR 5419-4 [1], temos malmente um DPS classe I no painel
a tensão indutiva devido à passagem de distribuição principal de uma ins-
de corrente pelos trechos a e b (tensão talação ligada diretamente à rede de
U na figura C.1 em [1]). A indutância distribuição em BT.
5 2 EM | Setembro / Outubro | 2022

Proteç ã o

A taxa de variação das correntes de mais curtas possíveis e/ou com geo-
surto cai muito à medida que pene- metrias elaboradas para reduzir a
tram na instalação (10x ou mais, com indutância das ligações (reduzir A2,
apenas 10 m de cabo), de modo que figura 7), especialmente nos painéis
as tensões indutivas nas conexões de de entrada das instalações.
DPS mais internos não são tão críti-
O impulso de tensão que se dá na
cas, mas não dispensam o cuidado
indutância das conexões dos DPS
que se deve ter com as ligações a e b,
conforme a NBR 5410. Simulações é preocupante do ponto de vista de
preliminares indicam di/dt menores isolação, mas quanto à coordena-
que 1 kA/ s em cada DPS, para en- ção de energia com um DPS a ju-
trada trifásica da instalação em BT sante, esse impulso tem efeito des-
e primeiras descargas (atmosféricas) prezível, pois sua duração é muito
negativas, e na faixa de 1 a 2 kA/ s curta, uma vez que está associado
F ig. 5 – R elação entre energia dissipada em cada DP S e a
para descargas subsequentes, consi- energia total aplicada no circuito em função do comprimento ao tempo de subida da corrente da
derando parâmetros medianos das do cabo, para cabo de 16 mm2 e diferentes formas de onda; descarga. As variações de energia
descargas [6]. Em casos extremos DP S1 = DP S2 = B 4 0K 250 no DPS2 foram de apenas 2% (l1 =
(parâmetros da descarga com proba- abaixo da suportabilidade a impulso 1 m) e 0,01% (l1 = 10 m), para a
bilidade de ocorrência menor que 10% e de equipamentos na entrada da insta- indutância das ligações do DPS1 (L)
certas características da rede externa), os lação (categoria IV, tabela 31 da NBR variando de 0 para 0,5 H, e di/dt =
valores acima podem exceder 2 kA/ s 5410). Porém, para di/dt = 6 kA/ s, 2,8 kA/ s.
para descargas negativas e 6 kA/ s para chegamos a 3 kV só nas conexões, o As tensões no DPS1 (com e sem suas
descargas subsequentes. Esses valores que, junto com UP, pode exceder os conexões) e DPS2 são mostradas na
são para descargas diretas na instalação. 4 kV da categoria IV (127/220 V) e se
figura 8. Note que a tensão na in-
aproximar perigosamente dos 6 kV
Se considerarmos a b = 0,5 m, con- dutância L é quase o dobro da tensão
(220/380 V). Para entradas monofási-
forme NBR 5410, L = 1 H/m X 0,5 no DPS1 (curva azul – curva marrom:
cas, os valores de di/dt devem ser ainda
m 0,5 H e os valores de di/dt acima 2 kV – 0,7 kV 1,3 kV). A tensão no
mais altos, algo como 50 % mais altos.
para descargas de intensidades media- DPS e nas suas conexões (curva azul)
nas, as tensões de impulso (somadas a Os dados acima demonstram a impor- são definidas como UP/F
= U P U
(ver
valores típicos de UP dos DPS) ficam tância de fazer as conexões dos DPS as Figura C.1 em [1]).
EM | Setembro / Outubro | 2022 5 3

forme figura 1, pág. 49). As oscilações


levam a tensão da linha a quase dobrar,
justificando a relação UW  2UP/F da
F ig. 6 – R elação entre energia nota 6 em C.2.1.8 [1]. Enquanto a tensão
dissipada em cada DP S e a energia
total aplicada no circuito em função
entre F-PE (ou N-PE) oscila livremente
do comprimento do cabo, para onda na extremidade aberta da linha, o DPS1
1/ 100 e cabo de 16 mm2; mantém essa oscilação sob controle no
DP S1 > DP S2: DP S1 = B 4 0K 275 e
DP S2 = B 4 0K 250;
início da linha.
DP S1 < DP S2: DP S1 = B 4 0K 250 e
DP S2 = B 4 0K 275;
Oscilações desse tipo também podem
DP S1 = DP S2 = B 4 0K 250 ocorrer, mesmo em linhas curtas, em
circuitos terminados por uma capaci-
tância. Por exemplo, colocando-se um
capacitor de 10 nF no final de uma linha
O scilaçõ es de apenas 10 m, a oscilação de tensão,
to ou da isolação F-PE ou N-PE de um excitada pelo mesmo impulso de cor-
Um ponto interessante a se destacar, equipamento, sem DPS entre esses pon- rente das figuras 8 e 9, atinge 3,3 kV de
embora sem importância para a ques- tos). Para demonstrar o efeito através pico. Eliminando-se a indutância L das
tão da coordenação de energia, é o de simulação, o DPS2 foi removido e o conexões do DPS1, a oscilação na ponta
efeito de múltiplas reflexões de tensão circuito ficou aberto no final da linha da linha atinge 1,25 kV, quase o dobro
quando se tem uma linha muito longa (figura 7). O resultado é mostrado na fi- da tensão no DPS1 (curva marrom da
terminada em aberto (caso de uma to- gura 9 (pág. 56) para uma linha de 60 m figura 8). Capacitores desse tipo, liga-
mada sem uso na ponta de um circui- (16 mm2, com geometria da linha con- dos entre F e PE (modo comum) são
5 4 EM | Setembro / Outubro | 2022

Proteç ã o

Tab. II – C omprimento mí nimo de cabo


( 16 mm2) entre DPS1 e DPS2 para
garantir coordenação de energia, para
i A, F ig. 7 – C ircuito mostrando
as á reas A1, A2 e A3 para
DPS2
aná lise das conex õ es do
DPS1 S20K S20K S20K S20K DP S, oscilaçõ es, induçõ es e
23 0 25 0 27 5 3 20 outros efeitos
B 4 0 K 2 3 0 < 0 ,0 1 < 0 ,0 1 < 0 ,0 1 < 0 ,0 1
B 4 0 K 2 5 0 2 0 ,5 0 ,0 1 < 0 ,0 1 < 0 ,0 1
B 4 0 K 2 7 5 5 0 2 9 1 ,1 < 0 ,0 1
B 4 0 K 3 2 0 > 1 0 0 7 6 ,7 5 8 ,5 < 0 ,0 1
do, obviamente) são mostradas na dução do circuito (área A1, no caso).
comuns em filtros de linha na entrada tabela III (pág. 57), considerando a Trançar os fios torna essa redução de
de equipamentos (capacitores tipo Cy). geometria dos condutores conforme fi- área ainda mais efetiva (cabos PP são
gura 1, cabo de 16 mm2 e l1 = 10 m. Os muito bons nesse sentido). Cabos sobre
varistores, como no caso anterior, são bandejas metálicas ou blindados e ater-
I ndução na á rea A1
DPS1 = B40K250 e DPS2 = S20K250. rados nas duas extremidades também
Vimos que mesmo que a tensão no São mostradas apenas as induções com reduzem bastante esse tipo de acopla-
DPS a montante, incluindo suas cone- polaridades que causam aumento da mento.
xões, seja adequada para proteger um dissipação de energia no DPS2.
equipamento, existem oscilações nos Apesar de a indução causar variações I ndução na á rea A3
circuitos que podem causar sobreten- instantâneas de dezenas de kW nos
sões perigosas na extremidade despro- DPS, sua duração normalmente é cur- Para fechar essa análise sobre a distri-
tegida da linha. Além disso, a ligação ta e, consequentemente, a variação de buição de energia entre DPS dispostos
entre os dois DPS (área A1 na figura 7) energia é pequena. No entanto, como em cascata numa instalação, vamos a
pode sofrer indução, que se insere no vemos na tabela III, para os condutores uma questão importante que envolve o
circuito (loop) que contorna essa área. com maior separação, as ondas mais trecho de comprimento l3 e área A3 (fi-
Essa tensão induzida é denominada UI longas depositaram mais energia no gura 7). A influência do trecho l3 sobre
em [1] (figura C.1 da norma). DPS2, mesmo que a cauda do impul- a proteção contra surtos é ignorada nas
so decaia lentamente e da baixa tensão normas [1] e [2], pelo menos nas partes
No caso da linha aberta (sem DPS2), que tratam da proteção contra sobre-
a tensão induzida aparece no final da induzida por causa da subida lenta no
caso 10/350. tensões através de DPS. Os efeitos da
linha, sobreposta à tensão no DPS1. tensão indutiva nesse trecho são trata-
Com DPS2 instalado, a tensão indu- A diferença de resultados entre os dois dos em [8], sobre centelhamento entre
zida dá lugar a uma corrente que cir- espaçamentos entre condutores na ta- equipamento e piso, incluindo sobre-
cula no circuito fechado, passando por bela III é importante e confirma a boa tensão nos terminais do equipamento,
DPS1 e por DPS2 em sentidos contrá- prática de aproximar os condutores quando há circulação de corrente, e em
rios, de modo que, normalmente, a ao máximo, para reduzir a área de in- [9], sobre segurança contra potencial
energia num DPS aumenta e no outro
DPS diminui, ou o contrário, depen-
dendo do sentido da corrente que cau-
sou a indução. A variação de energia
mencionada é com relação às energias
dissipadas sem ocorrência de indução F ig. 8 – C orrente total (curva
em A1, figura 7. vermelha), tensõ es no DP S1 e
no DP S2 (curvas marrom e verde) e
Consideremos, então, a indução entre tensão no DP S1 incluindo a tensão
os condutores da linha (área A1, figu- nas suas conex õ es (az ul);
DP S1 = B 4 0K 250 e
ra 7) devido a um impulso de corrente DP S2 = S20K 250;
de 10 kA passando num condutor em l1 = 10 m; di/ dt = 2,8 k A/ µ s
paralelo com a linha, a 1 m de distân-
cia. As tensões de circuito aberto (vOC)
induzidas na linha e as variações de
energia ( E) no DPS2 (circuito fecha-
nucleotcm
5 6 EM | Setembro / Outubro | 2022

Proteç ã o

de toque. Vamos avaliar aqui se tal in-


fluência é significativa sob o ponto de
vista de energia nos DPS.
Se considerarmos, por exemplo, l3 = 5 m
e que, por enquanto, a ligação x da figu-
F ig. 9 – C orrente aplicada no
ra 7 não existe, a tensão desenvolvida na
iní cio da linha (curva vermelha)
indutância da ligação l3, durante a pas- e tensõ es no DP S1 (az ul) e na
sagem do impulso de corrente, irá apa- ex tremidade de uma linha
de comprimento l1 = 6 0 m
recer integralmente em x (assumindo,
terminada em aberto (verde)
obviamente, que o circuito é eletrica-
mente curto a ponto de permitir o uso
da teoria de circuitos). Observe que l3 é
10 vezes maior que o trecho a+b 0,5 m
e possui indutância por unidade de
comprimento ainda maior, por não ter
restrição de área, como tem a área A2, A1), só que neste caso a indução é mais na figura 8 (l1 = 10 m, 16 mm2, DPS1 =
de tal sorte que a tensão induzida em A3 intensa porque a corrente que causa a B40K250 e DPS2 = S20K250; di/dt =
tem outra ordem de grandeza. Observe, indução circula num dos condutores 2,8 kA/ s) resultou numa tensão de
também, que a área A3 pode ser muito da própria linha (condutor PE), ou seja, circuito aberto em x (figura 7) de 18 kV.
grande uma vez que x pode ser uma não poderia estar mais próxima. Note Fechando a ligação x com um cabo de
ligação equipotencial com partes metá- que o condutor PE faz parte do loop que 5 m, 35 mm2, de modo que a corrente
licas aterradas da instalação, distantes contorna a área A3 (figura 7). No fundo, circule livremente no loop da área A3,
da barra PE onde o DPS1 está ligado, trata-se de indução na área A1 devido verificamos um impulso de tensão de
tais como estruturas metálicas, massas à corrente induzida em A3. Nesse caso circuito aberto de 6 kV induzido em A1.
metálicas de outros equipamentos (in- não adianta trançar os cabos, pois a É uma tensão considerável, em modo-
clusive através de blindagens de cabos) corrente induzida flui em espiral no PE, comum, nos terminais de um equipa-
ou o próprio eletrodo de aterramento, sempre induzindo tensão com mesma mento desprotegido.
formando uma grande área de indução. polaridade em A1.
Com o DPS2 no circuito, a tensão fica
O problema não deixa de ter semelhan- Para exemplificar, uma simulação fei- sob controle e a energia nesse varistor
ça com o caso anterior (indução na área ta nas mesmas condições indicadas é 11 % maior do que no caso sem essa
EM | Setembro / Outubro | 2022 5 7

[1] ABNT NBR 5419-4:2015 – Proteção contra


Tab. III – Tensão de circuito aberto e variação de energia dissipada no DPS2 descargas atmosféricas – Parte 4: Sistemas elétricos
causada por uma corrente de 10 kA passando a 1 m da interligação dos DPS; e eletrônicos internos na estrutura; 1ª Edição; 2015.

l1 = 10 m, 16 mm2 [2] ABNT NBR 5410:2004 (+ errata 2008) - Instalações


elétricas de baixa tensão.
[3] IEC 61643-12 – Low-voltage surge protective devices
Espaçamento entre – Part 12: Surge protective devices connected to low-
Impulso de 10 kA vOC (kV) + E (%) DPS2
condutores da linha voltage power systems – Selection and application
principles; Ed. 3.0, 2020.
8 / 2 0 0 ,0 5 8 0 ,0 6
[4] IEC 61643-22 – Low-voltage surge protective devices
1 / 1 0 0 2 d 0 ,5 3 0 ,3 2 – Part 22: Surge protective devices connected to
e
Telecommunications and signalling networks –
1 0 / 3 5 0 0 ,0 5 0 1 ,5 Selection and application principles; Ed. 2.0, 2015.
[5] IEC 61643-11 – Low-voltage surge protective devices
8 / 2 0 0 ,2 8 1 ,4 – Part 11: Surge protective devices connected to low-
1 / 1 0 0 1 0 c m 2 ,7 2 ,7 voltage power systems – Requirements and test
methods; Ed. 1.0, 2011.
1 0 / 3 5 0 0 ,2 5 8 ,1 [6] ABNT NBR 5419-1:2015 – Proteção contra descargas
atmosféricas – Parte 1: Princípios gerais; 1ª Edição;
indução. A variação de energia no DPS o artigo da referência [8] fornece medi- 2015.

é muito dependente da tensão induzida das de proteção específicas para mini- [7] Lai and Martzloff: Coordinating Cascaded Surge
Protection Devices: High-Low versus Low-High.
na área A3. Num dos casos, a variação mizar este tipo de acoplamento. “IEEE Transactions on Industry Applications”,
Vol. 29, No. 4, July/August 1993.
de energia no DPS2 chegou a 25 %, que [8] A.R. Panicali; J. Pissolato Filho; C.F. Barbosa;
é uma variação significativa. Imagine Continua na pr xima edição de EM) J.C.O. Silva; N.V.B. Alves: Protection of Electronic
Equipment Inside Buildings: A Hidden Source of
circuitos de grandes extensões verticais Damages. 33rd Internationa l Conference on
Lightning Protection (33rd ICLP); Estoril,
próximos a descidas de SPDA. Por isso, Portugal; Set., 2016.
R EF ER Ê N C I A S
é muito importante limitar esse modo [9] A.R. Panicali; Silva, J.C.O.: High touch voltages
inside small buildings due to direct lightning strikes.
de acoplamento nas instalações. Além ota do utor s refer ncias apresentadas são as ue
estavam dispon veis durante a elaboração do artigo. International Conference on Grounding and
das recomendações na NBR 5419-4 [1], lgumas refer ncias podem estar desatuali adas e algumas Earthing (Ground ’2020/21) and 6th Lightning
Physics and Effects – LPE; Web Conference; Jun.
normas IEC podem ter e uivalentes .
2021.
5 8 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 3

E mpresas de O le v a n t a m e n t o r e la c io n a p r e s t a d o r e s d e
s e r v iç o s t é c n ic o s e m d iv e r s o s s e g m e n t o s

eng enharia, d a á r e a e lé t r ic a , c o m o g e r a ç ã o , lin h a s


d e t r a n s m is s ã o , s u b e s t a ç õ e s , r e d e s d e

instalaç õ es e istribui o eletrifi a o rural instala es


el tri as rote o ontra raios efi ienti a o

serviç os té cnicos ener ti a uali a e a ener ia ilu ina o


s e g u r a n ç a , s e g u r a n ç a d o t r a b a lh o e

especializ ados a u t o m a ç ã o . A s c o m p a n h ia s e s t ã o a g r u p a d a s
d e a c o r d o c o m a s U n id a d e s d a F e d e r a ç ã o
F on e est o instala as a fi e a ilitar
D a R e d a ç ã o d e EM sua lo ali a o

Áreas de atuação
S erv iç os of erecid os I n sta la ç õ es elétrica s I lumi- S eg ura n ç a Auto-
S ubesta ç õ es

nação ma ç ã o

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


S istema s f otov olta icos (9 )
Con sultoria , estud os (1)

Projeto e especificação

Inspeção e certificação

Lin h a s d e tra n smissã o


Execuç ã o / in sta la ç ã o

Red es d e d istribuiç ã o

pruma d a coletiv a (13)


Comission a men to (3)

d e sistema s elétricos
Q ua lid a d e d a en erg ia
S istema s eó licos (8 )
Gera ç ã o térmica (6)

Empresa U F
Geren cia men to (2)

En erg ia a uxilia r (7)

Eficientização (15)
Eletrificação rural

An ti-in cê n d io (18 )
An ti-in trusã o (19 )
Hid relétrica s (5)

I lumin a ç ã o (17)
Ma n uten ç ã o

Pred ia is (12)
d e h ospita is
Ref orma (4)

priv a d a (16)

Pred ia l (21)
S PDA (14)
in d ustria is

CPDs (11)

AT MT
Ex (10)

pú blica
Precisã o En erg ia AC • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
E3fix AL • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Gobbi AL • • • • • • • • • • • •
Automus AM • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
CRM En g en h a ria AM • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elétrica Nun es AM • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
En g ecrim AM • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
i9 En g en h a ria AM • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
MEI I n sta la ç ã o AM • • • • • • •
• • • • • • • • • • • •
3A En g e BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Abela rd o Bra n d ã o BA • • • • • • • •
Ama r En g en h a ria BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ara n d a BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Arco Ba h ia BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
BD En g en h a ria BA • • • • • • • • •
Compa c BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elek tren g BA • • • • • • • • • • • • • • •
Elek troba BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
ES O BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ma protec BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
MCA BA • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Q ua lity BA • • • • • • • • • • • • • • •
EM | Setembro / Outubro | 2022 5 9

Áreas de atuação
S erv iç os of erecid os I lumi- Auto-
I n sta la ç õ es elétrica s S eg ura n ç a

S ubesta ç õ es
nação ma ç ã o

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


S istema s f otov olta icos (9 )
Con sultoria , estud os (1)

Projeto e especificação

Inspeção e certificação

Lin h a s d e tra n smissã o


Execuç ã o / in sta la ç ã o

Red es d e d istribuiç ã o

pruma d a coletiv a (13)


Comission a men to (3)

d e sistema s elétricos
Q ua lid a d e d a en erg ia
S istema s eó licos (8 )
Gera ç ã o térmica (6)
Empresa U F
Geren cia men to (2)

En erg ia a uxilia r (7)

Eficientização (15)
Eletrificação rural

An ti-in cê n d io (18 )
An ti-in trusã o (19 )
Hid relétrica s (5)

I lumin a ç ã o (17)
Ma n uten ç ã o

Pred ia is (12)
d e h ospita is
Ref orma (4)

priv a d a (16)

Pred ia l (21)
S PDA (14)
in d ustria is

CPDs (11)
AT MT

Ex (10)

pú blica
Rtep BA • • • • • • • • • • •
S erta ute BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S olla rTec BA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
AMP CE • • • • • • • • • • •
Essen CE • • • • • • •
Pulso En g en h a ria CE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S elg CE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Z eus CE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ma is En erg ia DF • • • • • • • • • • •
RCO DF • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tereme ES • • • • • • • • • • • • • • •
Acin on y x GO • • • • • • • • • • • • • • • •
Crista l Con sultoria GO • • • • • •
GR I n d ustria l GO • • • • • • • • • • • • • • • • •
V olg a GO • • • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • •
Algiztech MG • • • • • • •
Alv o S ola r MG • • • • • • • • • •
ATMC MG • • • • • • • • • • • • • • • • •
Automa ton MG • • • • • • • • • • • • • • • • •
Cemin a s MG • • • • • • • • • • • • • •
Elbi En g en h a ria MG • • • • • • •
• • • • • • • • • •
Eletromeca n MG • • • • • • • • •• •• • • • • • • • • • •
En g epa rc MG • • • • • • •• • • • • • • • • • • • •
Escopo Tecn olog ia MG • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • • • • • •
G2M MG • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • •
Grupo Eletro MG • • • • • •• • • • • • • •
I tce S oluç õ es MG • • • • • • • •• •• • • • • • • • • • • • • • • • • • •
JPC I n sta la ç õ es MG • • • •• • • • •
L& G En g en h a ria MG • • • • • • • • •• • • • • • •
Ma q sy stem MG • • • • • • • • • • • •
Projetec-Projetos MG • • • •• • • • • • • • • • • •
RLC En g en h a ria MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S a lv ia n o MG • • • • • • • •
S M& A MG • • • • • • • • • • • • • •
S ola ry s MG • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S q uema MG • • • • • • • • • • • • • •
TecTerra MG • • • • • • • •
Termotécn ica MG • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
6 0 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 3

Áreas de atuação
S erv iç os of erecid os I lumi- Auto-
I n sta la ç õ es elétrica s S eg ura n ç a

S ubesta ç õ es
nação ma ç ã o

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


S istema s f otov olta icos (9 )
Con sultoria , estud os (1)

Projeto e especificação

Inspeção e certificação

Lin h a s d e tra n smissã o


Execuç ã o / in sta la ç ã o

Red es d e d istribuiç ã o

pruma d a coletiv a (13)


Comission a men to (3)

d e sistema s elétricos
Q ua lid a d e d a en erg ia
S istema s eó licos (8 )
Gera ç ã o térmica (6)
Empresa U F
Geren cia men to (2)

En erg ia a uxilia r (7)

Eficientização (15)
Eletrificação rural

An ti-in cê n d io (18 )
An ti-in trusã o (19 )
Hid relétrica s (5)

I lumin a ç ã o (17)
Ma n uten ç ã o

Pred ia is (12)
d e h ospita is
Ref orma (4)

priv a d a (16)

Pred ia l (21)
S PDA (14)
in d ustria is

CPDs (11)
AT MT

Ex (10)

pú blica
Tritec MS • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Apolus MT • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eletro Ta rta ri MT • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Globa l Con strutora MT • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
JMG PA • • • • • • • • • •
Repla com PA • • • • • • • • • • • • • • • •
En iil PE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
JC En g en h a ria PE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Proscel PE • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S a n ta n a En g en h a ria PE • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S ta rt Elétrica PE • • • • • • • • • • • • • • • •
BR S oluç õ es PI • • •
• • • • • • • • •
AS En g en h a ria PR • • • • • • • • • • •
Ccpg PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Engebrazil PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
F on seca s PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Forza PR • • • • • • • • • • • • • •
F uruk a w a Electric PR • • • • • •
I n sta lo En g en h a ria PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ma ster S ola r PR • • • • • •
EM | Setembro / Outubro | 2022 6 1

Áreas de atuação
S erv iç os of erecid os I lumi- Auto-
I n sta la ç õ es elétrica s S eg ura n ç a

S ubesta ç õ es
nação ma ç ã o

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


S istema s f otov olta icos (9 )
Con sultoria , estud os (1)

Projeto e especificação

Inspeção e certificação

Lin h a s d e tra n smissã o


Execuç ã o / in sta la ç ã o

Red es d e d istribuiç ã o

pruma d a coletiv a (13)


Comission a men to (3)

d e sistema s elétricos
Q ua lid a d e d a en erg ia
S istema s eó licos (8 )
Gera ç ã o térmica (6)
Empresa U F
Geren cia men to (2)

En erg ia a uxilia r (7)

Eficientização (15)
Eletrificação rural

An ti-in cê n d io (18 )
An ti-in trusã o (19 )
Hid relétrica s (5)

I lumin a ç ã o (17)
Ma n uten ç ã o

Pred ia is (12)
d e h ospita is
Ref orma (4)

priv a d a (16)

Pred ia l (21)
S PDA (14)
in d ustria is

CPDs (11)
AT MT

Ex (10)

pú blica
O MS En g en h a ria PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Pa toeste PR • • • • • • • • • • • •
Pon tech PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
PW M Automa ç ã o PR • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S olf us En g en h a ria PR • • • • • • • • • • • • • • •
En a tel RJ • • • • • • • • • • • • • •
Hin eltec RJ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ma sa lupri RJ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Rca Tec RJ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S eltec RJ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tecn o Rea d y RJ • • • • • • • • • • • • •
Torres En g en h a ria RJ • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ald eia S ola r RS • • • • • • • • • •
6 2 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 3

Áreas de atuação
S erv iç os of erecid os I n sta la ç õ es elétrica s I lumi- S eg ura n ç a Auto-

S ubesta ç õ es
nação ma ç ã o

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


S istema s f otov olta icos (9 )
Con sultoria , estud os (1)

Projeto e especificação

Inspeção e certificação

Lin h a s d e tra n smissã o


Execuç ã o / in sta la ç ã o

Red es d e d istribuiç ã o

pruma d a coletiv a (13)


Comission a men to (3)

d e sistema s elétricos
Q ua lid a d e d a en erg ia
S istema s eó licos (8 )
Gera ç ã o térmica (6)
Empresa U F
Geren cia men to (2)

En erg ia a uxilia r (7)

Eficientização (15)
Eletrificação rural

An ti-in cê n d io (18 )
An ti-in trusã o (19 )
Hid relétrica s (5)

I lumin a ç ã o (17)
Ma n uten ç ã o

Pred ia is (12)
d e h ospita is
Ref orma (4)

priv a d a (16)

Pred ia l (21)
S PDA (14)
in d ustria is

CPDs (11)
AT MT

Ex (10)

pú blica
Automa sul RS • • • • • • • • • • • • •
Ca rlos Hird es RS • • • • • • • • • • • • • •
CCM Automa ç ã o RS • • • • • • • • • • • • • • •
CF En erg ia RS • • • • • • • • • •
Con d ucta RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
DF La ra RS • • • • • • • • • • • • • • • • •
Dif eren cia l S oluç õ es RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elith e RS • • • • •
Energizar RS • • • • • • • • •
Giron d i RS • • • • • • • • • • • • • •
I d ea l Home RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Mov v a RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Prolux RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S a f ety W ork RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S a ly RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S erro En g en h a ria RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S ul En g en h a ria RS • • • • • • • • • • • •
V a len cia En erg ia RS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Z en ith RS • • • • • • • • • • • • •
Ch a pecó S C • • • • • • • • • • • • • • • • •
Dv olk S C • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
K ra f t S C • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
K rieg er S C • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Moneretto Luz S C • • • • • • • • • • • • • • • •
Ouroluz S C • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
P3 En g en h a ria S C • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Proelt S C • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Rier Ca libra ç ã o S C • • • • • •
S ol Cen tra l S C • • • • • •
S teck ert S C • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tecn oEletro S C • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
V ieira S a n tos S C • • • • • • • • • • • • •
F CM I n sta la d ora S E • • • • • • • • • • •
4B Projetos S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
ABB Eletrificação S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Af ron tt S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Alper S P-G • • • • • • • •
6 4 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 3

Áreas de atuação
S erv iç os of erecid os I lumi- Auto-
I n sta la ç õ es elétrica s S eg ura n ç a

S ubesta ç õ es
nação ma ç ã o

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


S istema s f otov olta icos (9 )
Con sultoria , estud os (1)

Projeto e especificação

Inspeção e certificação

Lin h a s d e tra n smissã o


Execuç ã o / in sta la ç ã o

Red es d e d istribuiç ã o

pruma d a coletiv a (13)


Comission a men to (3)

d e sistema s elétricos
Q ua lid a d e d a en erg ia
S istema s eó licos (8 )
Gera ç ã o térmica (6)
Empresa U F
Geren cia men to (2)

En erg ia a uxilia r (7)

Eficientização (15)
Eletrificação rural

An ti-in cê n d io (18 )
An ti-in trusã o (19 )
Hid relétrica s (5)

I lumin a ç ã o (17)
Ma n uten ç ã o

Pred ia is (12)
d e h ospita is
Ref orma (4)

priv a d a (16)

Pred ia l (21)
S PDA (14)
in d ustria is

CPDs (11)
AT MT

Ex (10)

pú blica
Appoio S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Areté S P-G • • • • •
Atik S P-G • • • • • • • • • • • • • •
Ba ur S P-G • • • • • • • • • • • • • •
Ca n a lli S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • •
CNC En g en h a ria S P-G • • • • • • • • • • • • • • • •
Coli S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Con sa g ri S P-G • • • • • • •
Con serv En erg ia S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Con sultiv a S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Costa n obre S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Da lo Eletrotécn ica S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
DAP S P-G • • • • • • • • •
Dexxtra S ola r S P-G • • • • • • • • • • • • • • • •
Direct Tecn olog ia S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • •
EHM S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elek tra k ed S P-G • • • • • • • • • • •
Elta n S P-G • • • • • • • • • • • • • •
En .S is S P-G • • • • • • • • • •
En a rq S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
En erg ec S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
En g ein d S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
En g elc S P-G • • • • • •
En prel S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Esprel S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Etsp S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
F a n En g en h a ria S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
F ig ueired o & Ma tos S P-G • • • • • • • • • • • •
HZ S oluç õ es S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
I mpa cto Assessoria S P-G • • • • • • • • • • • •
I n coteq S P-G • • • • • • • • • • • • • •
JC Pa sserin i S P-G • • • • •
Jelcorp S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
JTR S P-G • • • • • • • • • • • • • • • •
LCS Lin k S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Lpen g S P-G • • • • • • • • • • • • • • • •
Ma mn S P-G • • • • • • • •
Ma tos Dia d ema S P-G • • • • • •
PHE
Nef a g

S elg i
Pg ma k

Rew a ld
Procion

Rev ima q
Netclea r

Recomex
Multien erg ia
MDL Projetos

NV En g en h a ria
Empresa

S ME I n sta la ç õ es
U F

S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G
S P-G






Con sultoria , estud os (1)
Geren cia men to (2)



• • •

• • •

Projeto e especificação



• •
• •
• • • •
Execuç ã o / in sta la ç ã o

• •
• • • • •
Inspeção e certificação




S erv iç os of erecid os

Comission a men to (3)


Ref orma (4)

• •

• • •

• •
• •

• • •
Ma n uten ç ã o


Hid relétrica s (5)


Gera ç ã o térmica (6)



En erg ia a uxilia r (7)
S istema s eó licos (8 )



• S istema s f otov olta icos (9 )


• •

Lin h a s d e tra n smissã o

S ubesta ç õ es


• •

• •

AT MT

Red es d e d istribuiç ã o
Eletrificação rural







• • • •

in d ustria is
Áreas de atuação

Ex (10)




d e h ospita is

CPDs (11)







• • • • •
• •

Pred ia is (12)
I n sta la ç õ es elétrica s

pruma d a coletiv a (13)


• •
• •

• •
• •
• •

S PDA (14)

• • •
• •

Eficientização (15)
• • •

• • • •

Q ua lid a d e d a en erg ia

pú blica
I lumi-
nação

priv a d a (16)
• •

• •
• •
• •

• •

• • • • • • •

I lumin a ç ã o (17)
• • •

• • •

An ti-in cê n d io (18 )
S eg ura n ç a


An ti-in trusã o (19 )



• •

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


EM | Setembro / Outubro | 2022



d e sistema s elétricos
Auto-
ma ç ã o

• • •
• • •


• • • •

• •

Pred ia l (21)
6 5
6 6 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 3

Áreas de atuação
S erv iç os of erecid os I lumi- Auto-
I n sta la ç õ es elétrica s S eg ura n ç a

S ubesta ç õ es
nação ma ç ã o

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


S istema s f otov olta icos (9 )
Con sultoria , estud os (1)

Projeto e especificação

Inspeção e certificação

Lin h a s d e tra n smissã o


Execuç ã o / in sta la ç ã o

Red es d e d istribuiç ã o

pruma d a coletiv a (13)


Comission a men to (3)

d e sistema s elétricos
Q ua lid a d e d a en erg ia
S istema s eó licos (8 )
Gera ç ã o térmica (6)
Empresa U F
Geren cia men to (2)

En erg ia a uxilia r (7)

Eficientização (15)
Eletrificação rural

An ti-in cê n d io (18 )
An ti-in trusã o (19 )
Hid relétrica s (5)

I lumin a ç ã o (17)
Ma n uten ç ã o

Pred ia is (12)
d e h ospita is
Ref orma (4)

priv a d a (16)

Pred ia l (21)
S PDA (14)
in d ustria is

CPDs (11)
AT MT

Ex (10)

pú blica
S olution s S P-G • • • • • • • • • • • •
S sen g econ S P-G • • • • • • • • • • • • • • • •
Técn ica En g en h a ria S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tecpro S P-G • • • • • • • • • • • • • •
Tesla comm S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tsutomu S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
V L S a uter S P-G • • • • • • • • • • • •
W M Con struç õ es S P-G • • • • • • • • • • • • • • •
W NG En g en h a ria S P-G • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ath omic S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ba sí lio S P-I • • • • • • • • • • •
C_ Nepo S P-I • • • • • • • • • • • • •
• • • • • •
Ca d lif S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • •
Coelte S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • • •
Dbtec S P-I • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • •
DHG S P-I • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • •
Eletro H-3 S P-I • • • • • • • • • • • • • •• • • • • •
EletroAlta S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • •
Eletron S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • •
Eletrota u S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • •
GS I S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • •
I n box S P-I • • • • • • • •
I n el S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
JR En g en h a ria S P-I • • • • • • • • • • • • • • •
K 9 Automa ç ã o S P-I • • • • • • • • • • • • • • •
MA Con eg lia n S P-I • • • • • • • • • • • • • • •
Ma ex S P-I • • • • •
Ma rin S imõ es S P-I • • • • • • • • • • •
Mi O meg a S P-I • • • • • • • • • • • • •
Moreproj S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Mproj S P-I • • • • • • • • • • • • • •
Mult Lig h t S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Na d a i S P-I • • • • • • • • • • • • • •
Nortec S P-I • • • • • • • • • • • • • •
Pa iol S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Polis S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Prime Tra f f os S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Riotech S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
EM | Setembro / Outubro | 2022 6 7

Áreas de atuação
S erv iç os of erecid os I lumi- Auto-
I n sta la ç õ es elétrica s S eg ura n ç a

S ubesta ç õ es
nação ma ç ã o

S eg ura n ç a d o tra ba lh o (20)


S istema s f otov olta icos (9 )
Con sultoria , estud os (1)

Projeto e especificação

Inspeção e certificação

Lin h a s d e tra n smissã o


Execuç ã o / in sta la ç ã o

Red es d e d istribuiç ã o

pruma d a coletiv a (13)


Comission a men to (3)

d e sistema s elétricos
Q ua lid a d e d a en erg ia
S istema s eó licos (8 )
Gera ç ã o térmica (6)
Empresa U F
Geren cia men to (2)

En erg ia a uxilia r (7)

Eficientização (15)
Eletrificação rural

An ti-in cê n d io (18 )
An ti-in trusã o (19 )
Hid relétrica s (5)

I lumin a ç ã o (17)
Ma n uten ç ã o

Pred ia is (12)
d e h ospita is
Ref orma (4)

priv a d a (16)

Pred ia l (21)
S PDA (14)
in d ustria is

CPDs (11)
AT MT

Ex (10)

pú blica
Rossi S erv ice S P-I • • • • • • • • • • • • •
RS En g en h a ria S P-I • • •
RS E En g en h a ria S P-I • • • • • • • • • • • • • • • •
Seizerteck S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S erv Mil S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S GM S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
S olstí cio S P-I • • • • • • •
Teca ut Automa ç ã o S P-I • • • • • • • •
Telel S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Terw a n S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
V a rixx S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
V iew tech S P-I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
W iretech S P-I • • • • •
Notas: (1) Con sultoria , estud os e d ia g n ó sticos; (2) Geren cia men to d e projetos e/ ou d a execuç ã o; (3) Comission a men to e pa rtid a (start-up) (4) Reforma e modernização de instalações
(5) I n cluin d o a s peq uen a s, min i e microcen tra is h id relétrica s; (6) Cen tra is térmica s a v a por, a g á s, ciclo combin a d o, cog era ç ã o (in cluin d o bioma ssa e biog á s); (7) Tipica men te, g era ç ã o d iesel pa ra suprimen to d e seg ura n ç a , reserv a ou em
hor rios de ponta (8) Geradores e licos incluindo os instalados em ind strias propriedades rurais e edificações (9) Geradores fotovoltaicos incluindo os instalados em edificações industriais comerciais residenciais rurais e outras
(10) I n sta la ç õ es elétrica s em a tmosf era s explosiv a s; (11) Ta mbém con h ecid os como data centers (12) Instalações elétricas de edificações em geral comerciais de escrit rios residenciais etc. (13) Prumadas utilizando barramentos
blindados conectando todos os consumidores de uma edificação (14) Proteção contra raios aterramento proteção contra surtos detecção de descargas atmosféricas (15) Efici ncia energética diagn stico energético an lise das
faturas de energia elétrica projetos de otimização energética e de economia de energia gerenciamento e controle de energia correção do fator de pot ncia tipicamente rea de atuação das chamadas Escos (16) Para ind strias
edificações lojas etc. (17) Iluminação de segurança ou de emerg ncia (18) Instalações de detecção e alarme de inc ndio. (19) Controle de acesso alarmes CFTV etc. (20) Segurança do trabalho em eletricidade (NR-10) (21) Para
edificações comerciais e residenciais (edifício e casa inteligentes)
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas pr prias empresas que dele participam de um total de 3.457 empresas pesquisadas.
Fonte: Rev ista Ele t r ic id ad e M o d e r n a setembro outubro de 2022. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta.
Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão o n -lin e de todos estes guias.
6 8 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 3

Empresa UF Telefone E-mail Empresa UF Telefone E-mail


Precisã o En erg ia AC (68 ) 9 9 9 42-8 8 21 precisa oeletricid a d e@h otma il.com Globa l Con strutora MT (66) 9 9 9 79 -59 9 9 g loba lcon strutora ro@terra .com.br
E3fix AL (82) 98200-6522 e3fix.engenharia@gmail.com JMG PA (9 1) 9 8 116-8 9 9 6 con ta t@jmg serv icos.com.br
Gobbi (8 2) 9 9 603-6112 g obbien g en h a ria @uol.com.br Repla com (9 1) 9 9 116-1414 repla com.en g en h a ria @y a h oo.com.br
Automus AM (9 2) 9 8 430-3037 comercia l@a utomusen g en h a ria .com.br En iil PE (8 1) 9 9 9 61-58 71 en iil@en iil.com.br
CRM En g en h a ria (9 2) 9 9 461-2656 crm_ en g en h a ria @y a h oo.com JC En g en h a ria (8 1) 9 9 9 74-3029 con ta to@jcen g en h a ria .n et.br
Elétrica Nun es (9 2) 9 9 341-8 153 jn _ f a ria s@h otma il.com Proscel (8 1) 9 9 9 54-638 1 proscelen g en h a ria @y a h oo.com.br
En g ecrim (9 2) 9 9 500-39 38 en g ecrim@en g ecrim.com.br S a n ta n a En g en h a ria (8 1) 9 8 421-6067 comercia l@sa n ta n a pa in eis.com.br
i9 En g en h a ria (9 2) 9 8 426-2325 con ta to@i9 en g en h a ria .com S ta rt Elétrica (8 1) 9 9 161-0642 sta rt.eletrico@g ma il.com
MEI I n sta la ç ã o (9 2) 2126-4713 con ta to@i3m.com.br BR S oluç õ es PI (8 6) 9 8 8 72-8 675 brun olba ra ujo@g ma il.com
3A En g e BA (73) 9 9 9 8 1-5408 3a en g e@3a en g e.com.br AS En g en h a ria PR (42) 98811-0690 alexsebaje@crea.pr.org.br
Abela rd o Bra n d ã o (71) 9 9 106-48 49 en g en h a ria @a bela rd obra n d a o.en g .br Ccpg (42) 9 9 9 72-1206 in f o@ccpg .en g .br
Ama r En g en h a ria (71) 9 8 8 05-8 137 a n d rema rg a lh o.en g @g ma il.com En g ebra z il (43) 9 9 117-9 430 bra z il@en g ebra z il.com.br
Ara n d a (71) 9 9 9 8 1-1574 k elv in en g en h a ria @uol.com.br F on seca s (41) 9 9 9 9 2-7250 robson f on seca @h otma il.com.br
Arco Ba h ia (71) 9 9 19 9 -558 2 a rco.g a ld in o@h otma il.com F orz a (41) 9 9 8 9 1-7236 comercia l01@f orz a -in d .com.br
BD En g en h a ria (71) 9 9 9 47-18 42 a ten d imen to@bd en g en h a ria .com.br F uruk a w a Electric (41) 3341-7534 brun a .h of f ma n n @f uruk a w a electric.com
Compa c (71) 9 8 8 58 -3678 w cl2013@h otma il.com
I n sta lo En g en h a ria (41) 3333-6262 con ta to@ in sta lo.com.br
Elek tren g (71) 9 9 121-1609 f ra n cisco.oliv eira @elek tren g .com.br
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Elek troba (71) 9 9 9 8 2-3050 a d m@elek troba .com.br
O MS En g en h a ria (41) 9 9 646-4265 oms@omsen g en h a ria .com.br
ES O (73) 9 8 8 27-1617 esoen g en h a ria @y a h oo.com.br
Pa toeste (42) 3621-3366 roberto@pa toeste.com.br
Ma protec (71) 9 9 147-8 122 f a lecon osco@ma protec.com.br
Pon tech (43) 9 9 150-9 8 75 con ta to@pon tech .com.br
MCA (71) 328 8 -7236 mca q ua d ros@mca q ua d ros.com.br
PW M Automa ç ã o (41) 9 8 702-4551 comercia l@pw ma utoma ca o.com
Q ua lity (71) 3341-1414 q ua lity @q ua lity ltd a .com.br
S olf us En g en h a ria (41) 9 8 405-1530 comercia l@solf us.com.br
Rtep (71) 9 8 718 -5671 rta d eu@rten g en h a ria .com.br
S erta ute (71) 9 9 68 9 -5219 a n ton ioca rlos@serta ute.com.br En a tel RJ (21) 9 9 9 63-58 9 4 en a tel@terra .com.br
S olla rTec (71) 9 9 160-1630 con ta to@solla rtec.com.br Hin eltec (21) 9 7532-7569 comercia l@h in eltec.com.br
Ma sa lupri (21) 9 7530-6222 ma sa lupri@ma sa lupri.com.br
AMP CE (8 5) 3221-5169 con ta to@a mp.en g .br
Essen (8 8 ) 9 9 9 65-1450 lin oa a @g ma il.com Rca Tec (21) 4119 -0262 comercia l@rca tecen g en h a ria .com.br
Pulso En g en h a ria (8 5) 9 9 626-0108 con ta to@pulsoen g en h a ria .com.br S eltec (21) 9 7305-2261 comercia l@seltecen g en h a ria .com.br
S elg (8 5) 9 8 123-8 58 5 roch ele@selg .com.br Tecn o Rea d y (21) 9 9 8 59 -3704 suporte@tecn orea d y .com.br
Z eus (8 5) 9 9 19 1-39 8 1 z eusen g en h a ria eserv icos@g ma il.com Torres En g en h a ria (21) 9 9 9 11-78 04 tec@torresen g en h a ria .com.br
Ma is En erg ia DF (61) 9 9 260-8 016 ma isen erg ia @outlook .com.br Ald eia S ola r RS (51) 9 9 8 49 -0223 con ta to@a ld eia sola r.com.br
RCO (61) 9 9 9 8 1-19 8 4 con ta to@rcoen g en h a ria .com Automa sul (54) 2103-08 00 a utoma sul@a utoma sul.com
Ca rlos Hird es (51) 9 9 9 8 7-4309 cf h ird es@g ma il.com
Tereme ES (27) 9 9 8 8 2-6550 tereme@tereme.com.br CCM Automa ç ã o (53) 9 9 9 72-9 233 v en d a s@ccma utoma ca o.com.br
Acinonyx GO (62) 99625-1234 contato@acinonyx.com.br CF En erg ia (54) 9 9 9 44 368 5 comercia l@cf en erg ia .com.br
Crista l Con sultoria (62) 9 234-0334 comercia l@crista l.en g .br Con d ucta (54) 3462-29 8 0 con ta to@con d ucta .en g .br
GR I n d ustria l (64) 3018 -4040 con ta to@g rin d ustria l.com.br DF La ra (51) 99968-0330 d ara@d ara.com
V olg a (62) 308 9 -3559 comercia l@v olg a .com.br Dif eren cia l S oluç õ es (51) 9 8 118 -2663 d if eren cia lplus@g ma il.com
Alg iz tech MG (31) 9 9 18 6-08 22 sola r@a lg iz tech .com.br Elith e (55) 9 9 9 9 2-738 7 elith e.en erg ia sola r@g ma il.com
Alv o S ola r (35) 9 9 9 57-59 59 comercia l@a lv osola r.com.br En erg iz a r (51) 9 8 444-1222 en erg iz a r@en erg iz a r.com.br
ATMC (31) 3244-6220 comercia l@a utoma ton .com.br Giron d i (54) 3452-2366 g iron d i.serv icos@y a h oo.com.br
Automa ton (31) 3244-6220 comercia l@a utoma ton .com.br I d ea l Home (51) 9 9 451-2220 a ten d imen to@id ea lh ome.com.br
Cemin a s (31) 3333-2366 pla n eja men to@cemin a s.com.br Mov v a (54) 9 9 638 -09 07 con ta to@mov v a en g en h a ria .com.br
Elbi En g en h a ria (31) 359 6-0025 elbi@elbieletrica .com.br Prolux (51) 99962-6040 comercial@prolux.com.br
Eletromeca n (31) 9 9 222-229 9 v en d a s@eletromeca n .com.br S a f ety W ork (53) 9 8 011-39 13 sa f ety @smosc.com.br
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Escopo Tecn olog ia (31) 9 9 214-7537 comercia l@escopotecn olog ia .com S erro En g en h a ria (55) 9 9 68 8 -2537 serroen g @terra .com.br
G2M (37) 9 9 9 28 -6000 comercia l@g 2mprojetos.com.br S ul En g en h a ria (51) 9 9 9 8 -9 364 ma rch etti@sulen g e.com.br
Grupo Eletro (31) 9 8 464-0712 orca men to2@g rupoeletropa in el.com.br V a len cia En erg ia (51) 2160-6001 con ta to@v a len cia en erg ia .com.br
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JPC I n sta la ç õ es (31) 9 9 9 77-119 0 v en d a s@jpcltd a .com.br Ch a pecó SC (49 ) 9 9 9 11-4176 in a cio@ch a pecocme.com.br
L& G En g en h a ria (31) 9 8 236-7149 leg @leg en g en h a ria .com.br Dv olk (47) 9 9 117-79 53 d v olk .en g @outlook .com
Ma q sy stem (33) 9 9 02-679 9 ca rloa n ton io@h otma il.com K ra f t (47) 9 9 18 1-4048 v en d a s@k ra f tn et.com.br
Projetec-Projetos (35) 9 9 9 8 4-9 544 projetec@projetec.en g .br K rieg er (47) 9 9 8 5 049 9 k rieg er@k rieg er.en g .br
RLC En g en h a ria (34) 9 9 9 71-69 56 con ta to@rlc.en g .br Mon eretto Luz (48 ) 9 9 9 57-38 9 4 orca men tos@mon erettoluz .com.br
S a lv ia n o (35) 9 9 8 25-79 22 con ta to@sa lv ia n oeletricista .com.br O uroluz (49 ) 3555-228 5 a d m@ouroluz .com.br
S M& A (31) 329 2-5113 con ta to@sma -en g .com.br P3 En g en h a ria (47) 9 9 19 7-2506 p3en g en h a ria @p3en g en h a ria .com.br
S ola ry s (33) 9 8 455-68 36 con ta to@sola ry sen g en h a ria .com.br Proelt (47) 3177-2200 v en d a s@proelt.com.br
S q uema (31) 339 5-1363 sq uema .bh @sq uema en g en h a ria .com.br Rier Ca libra ç ã o (47) 9 8 8 08 -1537 comercia l@rier.com.br
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Tritec MS (67) 9 9 8 8 0-1511 euclid es.tritec@g ma il.com Tecn oEletro (48 ) 9 8 8 09 -8 8 8 8 comercia l03@tecn oeletro.com
Apolus MT (65) 9 9 9 8 2-29 9 5 a polus@terra .com.br V ieira S a n tos (47) 9 8 412-9 556 g v @v ieira sa n tosen g en h a ria .com
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7 0 EM | Setembro / Outubro | 2022

G uia – 3

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4B Projetos SP-G (11) 3257-2160 4bprojetos@uol.com.br Selgi SP-G (11) 99972-2499 selgiltd@yahoo.com.br
ABB Eletrificação (11) 3688-9111 contact.center@br.abb.com SME Instalações (11)97411-3915 contato@manutencaosme.com
Afrontt (11) 97555-1565 afrontt@afrontt.com Solutions (11) 99936-2523 solutionsengenharia18@gmail.com
Alper (11) 3018-4680 thais.ferreira@alper.com.br Ssengecon (11) 99879-4451 ssengecon@ssengecon.com.br
Appoio (11) 4122-1717 appoio@appoio.com.br Técnica Engenharia (11) 2606-1933 tecnica@tecnicaprojetos.com.br
Areté (11) 95064-0676 areteengenharia@areteengenharia.com.br Tecpro (11) 96224-1806 contato@tecproenergia.com.br
Atik (11)3721-7849 contato@atikengenharia.com.br Teslacomm (11) 97164-6006 comercial@teslacomm.com.br
Baur (11) 94503-1718 atendimento@baurdobrasil.com.br Tsutomu (11) 4746-2696 tsutomueng@tsutomu.com.br
Canalli (11) 95088-6709 engfrancisco@canalliengenharia.com.br VL Sauter (11) 94798-8378 paulo@vlsauter.com.br
CNC Engenharia (11) 99948-5647 cassio@cncengenharia.com.br WM Construções (11) 94971-5229 ilmar@wmconstrucoesemontagens.com.br
Coli (11) 2063-2323 coli@coli.com.br WNG Engenharia (11) 99610-7332 orlando@wngengenharia.com.br
Consagri (11) 4449-2662 ruialonso47@gmail.com Athomic SP-I (19) 98132-2701 contato@athomicpararaios.com.br
ConservEnergia (11) 99945-3718 comercial@conservenergia.com.br Basílio (16) 99256-0425 luiseletro@yahoo.com.br
Consultiva (11) 99647-3577 vendas@consultiva.srv.br C_Nepo (12) 99144-7495 c.nepomuceno59@gmail.com
Costanobre (11) 95876-9781 contato@costanobreengenharia.com.br Cadlif (16) 99961-6635 cadlif@gmail.com
Dalo Eletrotécnica (11) 94742-1927 dalo@dalo.com.br Coelte (12) 98160-3003 sergio@coelte.com.br
DAP (11) 95058-7534 dapinstal@gmail.com Dbtec (12) 98208-0356 comercial@dbtec.com.br
Dexxtra Solar (11) 2063-7428 contato@dexxtrasolar.com.br DHG (16) 99129-9743 dhgoncalves@yahoo.com.br
Direct Tecnologia (11) 94746-4584 contato@directecnologia.com.br Eletro H-3 (16) 99999-4880 eletroh3@eletroh3.com.br
EHM (11) 99763-0361 gpa@ehm.com.br EletroAlta (16) 3615-3601 maurin@eletroalta.com.br
Elektraked (11) 99271-1691 electraked@electraked.com.br Eletron (12) 99168-3182 eletronpinda@uol.com.br
Eltman (11) 99104-6981 comercial@eltman.com.br Eletrotau (12) 99143-0290 comercial@eletrotau.com.br
En.Sis (11) 5053-3800 en.sis@ensis.com.br GSI (12) 98125-0327 gsi@gsiconsultoria.com.br
Enarq (11) 99612-9145 enarq.eng@uol.com.br Inbox (16) 99246-4998 vendas@inboxpaineis.com.br
Energec (11) 3873-3366 energec@energec.com.br Inel (19) 3875-4269 inel@terra.com.br
Engeind (11) 99990-5480 engeind@uol.com.br JR Engenharia (19) 99677-1531 jrengenharialtda@gmail.com
Engelc (11) 96310-7655 engelc@engelc.com.br K9 Automação (16) 98111-8880 sergio@k9automacao.com.br
Enprel (11) 97337-9489 enprel@enprel.com.br MA Coneglian (14) 99772-7277 maconeglian@maconeglian.com.br
Esprel (11) 99289-6373 esprel@uol.com.br Maex (19) 99302-0358 vendas@maex.com.br
Etsp (11) 97552-1236 comercial@etspeng.com.br Marin Simões (19) 99158-1593 contato@marinsimoes.com.br
Fan Engenharia (11) 95720-7641 moliveira@fanengenharia.com.br Mi Omega (12) 99125-8875 comercial@miomega.com.br
Figueiredo & Matos (11) 97661-3470 fm.consultoria.ltda@terra.com.br Moreproj (13) 99711-4276 moreproj@gmail.com
HZ Soluções (11) 91361-9038 comercial@hzpaineis.com.br Mproj (19) 3362-1640 contato@mproj.com.br
Impacto Assessoria (11) 9653-0582 impacto_e@terra.com.br Mult Light (16) 3630-2600 geraldo@multlight.com.br
Incoteq (11) 9 8578 0871 incoteq@incoteq.com.br Nadai (19) 99255-0304 contato@nadaiinstalacoes.com.br
JC Passerini (11) 99399-5641 jcpasserini@jcpasserini.com.br Nortec (17) 991517243 nortec@norteceletrica.com.br
Jelcorp (11) 91036-3929 solucoes@jelcorp.com.br Paiol (19) 3844-4488 paulofreire@paiolengenharia.com.br
JTR (11) 99975-5220 jtrengenharia@jtrengenharia.com.br Polis (12) 99656-6705 comercial@polisengenharia.com.br
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Multienergia (11) 95767-2440 alexandre@multienergiasp.com.br Seizerteck (19) 97409-1324 eng.seizer@seizer.com.br
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7 2 EM | Setembro / Outubro | 2022

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N o Brasil ções Rebouças, em São Paulo, SP, a segunda


edição do Encontro Nacional Absolar, voltada
para os profissionais de toda a cadeia de valor
Leitura e interpretação de diagramas elétricos
(1 e 2 de dezembro). Mais informações em
https://conprove.com.
R e d e s s u b t e r r â n e a s – A 17a edição do solar, que visa abordar tendências e estraté- C a p a c i t a ç ã o t é c n i c a – Por meio da plata-
evento Redes subterrâneas de energia elétrica, gias para o mercado fotovoltaico. O evento forma Centro de Treinamentos, a Schneider
composto por fórum e exposição, será reali- terá mais de 15 sessões de conteúdo e negó- Electric oferece capacitações e cursos nas
zada nos dias 24 e 25 de outubro de 2022, no cios, 60 palestrantes e interação entre poten- áreas técnicas para engenheiros, eletricistas,
Centro de Convenções Frei Caneca, em São ciais fornecedores, clientes e parceiros. Mais técnicos, operadores e estudantes da área de
Paulo, SP, sob o tema “A retomada da implan- informações em eventos@absolar.org.br. tecnologia. Os cursos – com duração média
tação das novas tecnologias para a expansão F I EE – A FIEE - Feira Internacional da In- de dois dias – podem ser realizados no for-
das redes subterrâneas de energia elétrica”. O dústria Elétrica, Eletrônica, Energia, Au- mato online (com aulas ao vivo), presencial
objetivo é reunir os principais players desse tomação e Conectividade, organizada pela (no Centro de Distribuição Inteligente e In-
mercado para promover debates, discutir Reed Exhibitions, está marcada para 18 a 21 novation Hub de Cajamar – SP) ou nas loca-
tendências, apresentar soluções tecnológicas de julho de 2023, no São Paulo Expo, em São ções dos clientes. São oferecidos cursos sobre
e cases de sucesso aos profissionais da área. Paulo, SP. A exposição é considerada um dos controladores lógicos, interfaces gráficas, sis-
Informações em http://www.rpmbrasil.com. principais eventos de soluções em automa- temas de supervisão, relés de proteção, equi-
br/r22_chamada_de_trabalhos.pdf ção, conectividade, equipamentos elétricos pamentos de média e baixa tensão, sistemas
C B G D – O CBGD - Congresso Brasileiro de e eletrônicos de alta tecnologia para insta- de energia ininterrupta e monitoramento e
Geração Distribuída e a Expo GD - Feira Bra- lações industriais. Conta com presença de ar-condicionado de precisão. Mais informa-
sileira de Geração Distribuída, organizados diversos segmentos entre os visitantes: GTD ções sobre os treinamentos estão disponíveis
pelo grupo FRG Mídias e Eventos em parce- de energia, óleo e gás, alimentos & bebidas, em https://loja.se.com/software- e-servicos.
ria com a ABGD - Associação Brasileira de agronegócio, automotivo, transporte & logís- P r o t e ç ã o – A Termotécnica Para-raios vai
Geração Distribuída, acontecerão em con- tica, papel e celulose, química e farmacêutica, realizar diversos cursos voltados a profissio-
junto nos dias 9 e 10 de novembro, em Belo siderurgia e metalurgia, mineração, cidades nais da área. De 24 a 26 de outubro, está pro-
Horizonte, MG. Informações: www.expogd. inteligentes, prefeituras e órgãos públicos. gramado o curso online Medidas de proteção
com.br e www.cbgd.com.br. Mais informações sobre o evento podem ser contra surtos para sistemas fotovoltaicos, que
3 6 0 S o l a r – Com organização da ElektSolar, obtidas no site www.fiee.com.br. vai abordar os pontos de vulnerabilidade dos
empresa de treinamentos para profissionais componentes de um SFV aos surtos de ten-

C U R S O S
do mercado fotovoltaico, o evento Conec- são e corrente para concepção de proteção
tando a energia fotovoltaica com o futuro vai eficaz contra os efeitos das descargas atmos-
contar com palestras sobre o setor e apresen- féricas. O curso SPDA + MPS (Pleno), tam-
tação de novas tecnologias. Será realizado em G e r a d o r e s , t r a n s f o r m a d o r e s – A Con- bém online, previsto para 21 de novembro a 5
Florianópolis, SC, em 24 e 25 de novembro. prove Engenharia, de Uberlândia, MG, rea- de dezembro, vai abordar as recomendações
Informações: https://360solar.com.br. liza diversos treinamentos para qualificação da norma que regulamenta a proteção contra
R e d e s i n t e l i g e n t e s – O 14o Fórum Latino- profissional. O curso online Ensaios e testes de descargas atmosféricas, NBR 5419/2015, com
Americano de Smart Grid acontecerá nos dias comissionamento e manutenção em geradores o objetivo de capacitar técnicos e engenhei-
29 e 30 de novembro, no Centro de Conven- síncronos (teoria e prática), dirigido a enge- ros a identificar as necessidades de proteção
ções Frei Caneca em São Paulo, SP. O tema nheiros, tecnólogos e técnicos, será realizado em estruturas, analisar inconformidades em
central será “A energia renovável, a livre co- em 3 e 4 de novembro. Já Critérios para re- instalações com PDA e desenvolver projetos
mercialização e a digitalização das empresas cebimentos e ensaios realizados no campo em inteligentes que garantam a proteção de vidas
e dos consumidores, trazendo novos papéis e transformadores de potência de alta tensão humanas e patrimônio. A empresa também
desafios aos agentes”. O evento tem o objetivo está marcado para 7 e 8 novembro. Por sua vai ministrar de 12 a 15 de dezembro o trei-
de acelerar a introdução de novas tecnologias vez, o curso Baterias e carregadores – manu- namento Aterramento de sistemas elétricos,
e inovações nos serviços de energia do Brasil tenção e dimensionamento acontecerá em 9 e que vai tratar de sistemas de aterramento em
e dos demais países da América Latina. In- 11 de novembro. Também serão realizados instalações de baixa e média tensão, proteção
formações em www.smartgrid.com.br. os treinamentos Automação de subestações contra descargas atmosféricas e compatibi-
En c o n t r o A b s o l a r – Nos dias 7 e 8 de de- (9 a 11 de novembro), Sistema de excitação de lidade eletromagnética. Informações: www.
zembro, será realizada no Centro de Conven- máquinas síncronas (10 e 11 de novembro) e tel.com.br.
EM | Setembro / Outubro | 2022 7 3

S is t e m a s in d u s t r ia is , r e lé s d ig it a is –A posição materiais de apoio para download


SEL, de Campinas, SP, vai realizar o curso e recebem um certificado na conclusão do
Proteção de sistemas elétricos industriais de treinamento. As inscrições devem ser feitas
média e baixa tensão de 17 a 20 de outubro, no site https://pts-schmersal.talentlms.com/
o qual visa oferecer um estudo completo catalog/info/id:218.
dos métodos clássicos e modernos para F i o s e c a b o s – A IFC/Cobrecom oferece
projetos de proteção de sistemas elétricos diversos treinamentos gravados, entre os
industriais, incluindo os efeitos das faltas quais o de Cabos para instalações em siste-
em sistemas elétricos industriais, proteções mas fotovoltaicos. Para requisitar o conteú-
de sobrecorrente e diferencial e proteção de do, o interessado deve enviar e-mail para
motores, barramentos e geradores. No dia marketing@cobrecom.com.br.
1 de dezembro, a empresa vai realizar em
formato online e presencial (Belo Horizon-
te, MG) o treinamento Manutenção de relés
digitais, que tem o objetivo de capacitar os
N o ex terior
participantes a realizarem manutenções En l i t Eu r o p a – A versão europeia da Enlit,
preventivas e corretivas em relés de prote- evento do setor de energia que visa discu-
ção microprocessados, possíveis de serem tir as principais questões relacionadas à
realizadas em campo, bem como procedi- transição energética, vai ser realizada em
mentos de atualização de firmware, verifi- Frankfurt, Alemanha, de 29 de novembro
cação da correta aplicação e armazenagem a 1o de dezembro. Serão realizadas apresen-
do relé e resolução de problemas. Mais in- tações técnicas e exposições de produtos e
formações sobre esses e outros cursos po- soluções. O foco da edição são descarboni-
dem ser acessadas em https://selinc.com/pt/ zação, descentralização, democratização e
selucalendario/. digitalização. Mais informações em www.
A t m o s f e r a s e x p l o s i v a s – A Schmer- enlit-europe.com.
sal oferece o treinamento online Experts C a r r e g a m e n t o d e V Es – O EV Char-
Schmersal – Conhecimentos básicos em at- ging Infrastructure 2022 será realizado em
mosferas explosivas, que tem o objetivo de Berlim, Alemanha, nos dias 21 e 22 de no-
difundir os conceitos sobre atmosferas po- vembro. O evento pretende reunir desen-
tencialmente explosivas com a presença de volvedores de pontos de recarga elétrica,
gases inflamáveis e poeiras combustíveis. operadores de redes elétricas e planejadores
O treinamento é ministrado por Ricardo de cidades e formuladores de políticas para
Zanata, engenheiro especialista de produtos explorar e estabelecer infraestrutura elétri-
Ex da Schmersal. A iniciativa é destinada ca robusta e pontos de recarga para atender
aos profissionais de nível profissionalizan- às necessidades da nova geração de veícu-
te, técnico e superior, como engenharia, los elétricos. Mais informações em www.
equipes de instalações, manutenção, proje- evcharging-infrastructure.com/index.
to e segurança no trabalho, além de outros T h e s m a r t e r E/ I n t e r s o l a r Eu r o p e –
envolvidos na segurança das instalações Principal evento, composto por feira e con-
elétricas em áreas com potencial risco de gresso, mundial do setor de energia solar, a
explosões. Com duração de três horas, o Intersolar Europe 2023 vai acontecer de 13
treinamento apresenta os fundamentos a 16 de junho de 2023 no centro de expo-
sobre atmosferas explosivas, onde estão sições Messe München, em Munique, na
presentes as áreas classificadas, regula- Alemanha, sob a plataforma de soluções de
mentação e normas vigentes, definição das energia The smarter E Europe. Mais infor-
zonas, passos para uma instalação segura, mações podem ser obtidas em https://www.
entre outros. Os participantes têm à dis- thesmartere.de.
7 4 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M A terramento

O s princí pios b ásicos


b) As barras de equipotencialização de-
vem ser conectadas ao sistema de ater-

da eq uipotencializ aç ã o
ramento pelo caminho mais curto e
retilíneo possível;
c) Os materiais e dimensões das barras
e condutores de equipotencialização
S erg io R ob erto S antos devem estar de acordo com as reco-
mendações das normas de instalação
elétrica aplicáveis ao projeto: de média
A equipotencialização é fundamental para tência do condutor que os equipotencializa. tensão, de baixa tensão e de descargas
a proteção contra sobretensões transitórias. Além disso, deve-se considerar que, assim atmosféricas;
Quando aplicada corretamente, é muito efi- como o aterramento, a equipotencialização d) As conexões dos DPS às barras de
caz na redução da vulnerabilidade das ins- atende a diferentes necessidades de uma ins- equipotencialização e aos condutores
talações elétricas aos surtos de tensão ou talação elétrica, devendo o projetista consi- vivos devem ser as mais curtas possí-
corrente, objetivo que deve ser perseguido derar as diferentes correntes que o condutor veis, minimizando assim as quedas de
por todo profissional da área elétrica. de equipotencialização deverá conduzir, por tensão indutivas; e
exemplo correntes contínuas, correntes em e) A jusante da instalação dos DPS, no
Como é muito mais fácil conduzir do que in- 60 Hz ou correntes de surto. lado protegido do circuito, os efeitos
terromper uma corrente de surto, em razão de indução mútua devem ser minimi-
da sua intensidade e velocidade de propaga- As observações acima se aplicam especial- zados através da diminuição da área
ção, o princípio básico das medidas de prote- mente aos dispositivos de proteção con- do laço ou pela utilização de cabos
ção contra surtos (MPS) é facilitar o que não tra surtos (DPS), já que a função destes é blindados ou dutos blindados.
pode ser evitado, fornecendo, por isso, um equipotencializar condutores normalmente
caminho alternativo para que as correntes energizados, que não podem ser interligados Finalizando, o sistema de equipotenciali-
de surto não passem através de elementos da (equipotencializados) diretamente ao BEP zação de uma instalação elétrica é parte da
instalação que não sejam capazes de supor- ou BEL da instalação. Os DPS fornecem um sua infraestrutura, devendo estar dispo-
tar a energia que elas conduzem. caminho alternativo para que as correntes nível já no início das operações, pois nem
de surto sejam retiradas dos condutores de sempre será viável melhorá-lo quando no-
A equipotencialização, assim como a blin- energia ou sinal em um ponto seguro da ins- vos equipamentos forem instalados. Como
dagem e o roteamento de cabos, possui talação, equipotencializando indiretamente a redução da vulnerabilidade às sobreten-
uma característica geométrica, onde a posi- condutores energizados entre si (proteção de sões transitórias é uma necessidade inques-
ção, forma e trajeto dos condutores utiliza- modo diferencial), ou individualmente cada tionável, é necessário que o responsável
dos serão determinantes para que os resul- condutor ao eletrodo de aterramento da ins- pela instalação tenha a consciência de que a
tados esperados sejam obtidos. Nesse caso o talação (proteção de modo comum). equipotencialização não é um conceito va-
onde vale mais do que o quanto, o que signi- zio, devendo ser ela implementada correta-
fica que o projetista da instalação deverá es- Como conceitos devem ser aplicados corre- mente, levando-se em conta a relação entre
tudar o posicionamento das barras de equi- tamente, uma equipotencialização eficiente o posicionamento de todos os componentes
potencialização (BEP e BEL) e o trajeto dos depende de o projetista da instalação adotar da instalação elétrica e a eficiência do seu
cabos. Em um projeto de MPS, a planta da as recomendações a seguir: sistema de equipotencialização.
instalação é tão importante quanto o dia-
grama elétrico — ou, em sentido figurado, a a) O conjunto de condutores de equipo-
trena vale mais do que o ohmímetro. tencialização deve ter a menor impe-
dância possível;
Como se trata de um conceito que vem ad-
quirindo crescente importância, é neces-
sário evitar que a equipotencialização seja
contaminada por ideias equivocadas, como, Engenheiro eletricista da M P S Energia, instrutor da Termotécnica P ara- R aios e mestrando
por exemplo, de que é válido equipotencia- do Instituto de Energia e mbiente da , S erg io R ob erto S antos apresenta e analisa
nesta coluna aspectos de aterramento e proteção contra descargas atmosféricas e
lizar edificações independentes, ou de que sobretensões transit rias, temas aos uais se dedica há mais de anos. Os leitores
podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em aterramento@
é possível avaliar a equipotencialização de arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM- terramento.
dois elementos através da medição da resis-
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7 6 EM | Setembro / Outubro | 2022

E M E x

M otores
E stellito R ang el J ú nior

Quando instalados em áreas classifica- melhor eficácia de sua atuação. Eles tam- projetado. Há casos especiais, como no
das, os motores elétricos precisam aten- bém precisarão passar pelo ensaio de resis- acionamento de certas válvulas motoriza-
der diretrizes de segurança, que incluem tência de isolamento. das utilizadas em parada de emergência
não só a responsabilidade do fabricante de processos, onde o motor não pode ter
no desenvolvimento do projeto, como do
C aix as de lig aç ã o proteção contra sobrecarga, exigindo do
usuário, desde a instalação até a operação As caixas de ligação podem incluir pa- usuário uma avaliação de risco quanto às
e manutenção do motor ao longo de sua ra-raios, capacitores de surto, transforma- possíveis elevações de temperatura.
vida útil. dores de corrente e outros dispositivos. As
distâncias de isolamento e escoamento pre-
A seguir, são listados pontos que merecem cisam atender aos requisitos normativos,
I nspeç õ es
atenção especial, tanto dos fabricantes tanto para as condições fase-fase quanto A operação segura de motores em áreas
quanto dos usuários, para a utilização de fase-terra. classificadas exige um plano periódico de
motores elétricos em áreas classificadas. inspeção, para verificar, por exemplo, se a
A carcaç a lubrificação está adequada, se o eixo pode ser
E nrolamentos dos Os cuidados na construção do invólucro girado manualmente, se o aquecedor anti-
motores de alta tensã o do motor, normalmente feito de ferro fun- condensação está funcional, se os filtros de
Para suportar um eventual aumento de dido, compreendem não só os esforços ar estão limpos, se a vibração está dentro da
torque devido a curto-circuito, e para mi- para “segurar” todas as peças rotativas, faixa aceitável, se os dados de placa estão sen-
nimizar a vibração na extremidade do mas também os impactos devido à ope- do respeitados, dentre outros parâmetros.
enrolamento, é empregado um contraven- ração em baixa temperatura ambiente e à
tamento reforçado. As bobinas são projeta- ressonância na velocidade nominal, bus- Resumindo: o fabricante deve considerar
das com um isolamento mais resistente a cando-se, neste último caso, o nível sono- os itens de segurança ao projetar um mo-
picos de tensão, especialmente nos casos de ro mais baixo. tor para áreas classificadas, porém cabe
acionamento por variadores de velocidade, ressaltar que nem todos eles estão previstos
onde são esperadas frequências considerá-
R olamentos nas normas. O usuário deve cuidar que a
veis de comutação. A operação segura do motor e uma longa especificação técnica do motor cubra as si-
vida útil dependem da seleção correta dos tuações ambientais e de operação que serão
Os efeitos corona e descargas parciais são rolamentos, especialmente no caso de mo- encontradas na planta industrial específica,
minimizados com o uso de fitas especiais tores verticais. O atendimento ao plano de pois as normas apenas expressam os requi-
nas ranhuras, que suavizam os gradientes lubrificação é essencial para que sejam obti- sitos mínimos a serem seguidos.
de tensão. das longas campanhas de operação.
A responsabilidade do usuário não termi-
Maiores distâncias de isolamento em rela-
R elé s de proteç ã o na na especificação de compra, mas segue
ção à terra são adotadas para melhores re- Os relés são instalados para proteger o mo- por toda a vida útil do motor, pois cabe a
sultados nos ensaios de rigidez dielétrica e tor e minimizar os danos. Existe uma gran- ele fazer a instalação correta e prover a ma-
para garantir a segurança do pessoal. de gama de itens a proteger, como contra nutenção adequada para garantir a segu-
rotor bloqueado, sobrecarga, diferencial, rança do motor e, do processo industrial e
Caso sejam instalados detectores de tempe- sobretemperatura, bem como para evitar das pessoas, especialmente no caso de áreas
ratura embutidos nas ranhuras, eles tam- um número de partidas por hora além do classificadas.
bém precisarão ser aprovados nos ensaios
dielétricos aplicáveis.
A cessó rios
E stellito R ang el J ú nior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de
Dispositivos anti-condensação são usual- Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a
instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas
mente empregados nos motores operando brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos e análises
de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo
em ambientes agressivos ou úmidos, e seu e- mail em@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.
espaçamento deve ser determinado para a
ENERGIA TOTAL,
EFICIÊNCIA TOTAL
A exposição de infraestrutura elétrica
e gestão de energia

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7 8 EM | Setembro / Outubro | 2022

Produtos

Lâ mpadas intelig entes 6.7 litros de cilindrada, possuem nas execuções monopolar, bipolar
A Ourolux ampliou recentemente a sistema de injeção de combustível e tripolar e nas curvas B e C, com
linha de lâmpadas inteligentes Con- XPI que fornece maior pressão de instalação simples e rápida. Já os
troled, que passa a ter sete modelos injeção, resultando em uma quei- modelos 5SL3 e 5SL6 são utiliza-
e funções diversificadas. Segundo ma eficiente para emissões limpas e dos em instalações de médio por-
a empresa, os produtos apresentam economia de combustível otimiza- te, como hotéis, supermercados,
baixo consumo de energia, eficiên- da, afirma a fabricante. Além disso, shoppings, etc., e estão disponíveis
cia energética, fácil instalação e a nova série conta com grupos ge- nas correntes nominais de 0,3 A
podem ser controladas diretamente sivas, sendo utilizadas nas zonas 2 radores mais compactos, menores e até 63 A, nas curvas B e C. Contam
do interruptor após colocadas no (ambientes sujeitos a gás) e 21 e 22 mais eficientes. A redução de peso também com uma ampla gama de
soquete. A lâmpada “Sensor de Pre- (áreas com poeiras combustíveis), foi de 11% e a dimensão dos novos acessórios, como bloco de conta-
sença”, por exemplo, acende ao per- encontradas em refinarias, silos, modelos também diminuiu 14%. tos auxiliares, contatos de alarme,
ceber movimento e, após 3 minutos empresas alimentícias, químicas, Por sua vez, a linha B3.3 recebeu bloqueios de segurança, etc. Já a
sem movimento, apaga novamente. farmacêuticas, entre outras. Os linha de minidisjuntores 5SY e
Já a “Sensor de Luminosidade” é in- produtos são fabricados com corpo 5SP é utilizada principalmente nas
dicada para ambientes com luz na- em alumínio injetado sob pressão, instalações industriais e de infraes-
tural, uma vez que a lâmpada conta a fim de reduzir peso, e têm acaba- trutura. Os produtos seguem as
com fotocélula integrada que acen- mento com pintura eletrostática a normas NBR NM 60898 e a NBR
de à noite e apaga de dia. Por sua pó, na cor cinza, para aumentar a IEC 60947-2 e se enquadram em
vez, a “Autodimerizável” permite a durabilidade. Possuem ainda visor normas ambientais do mercado
dimerização das lâmpadas por meio em policarbonato com resistência nacional e internacional em con-
UV, ajuste angular de 15° até 180° melhorias de eficiência na queima dições exigidas pela diretiva RoHS.
para facilitar a instalação, e junta de combustível e ajustes da bom- www.reymaster.com.br
de vedação em silicone e parafusos ba, além da tendência downsizing
e conexões de aço inox. São forne- do motor, com o uso de materiais E stab iliz adores
cidos com cabos. As luminárias mais resistentes. Segundo a empre- de tensã o
atendem às normas brasileiras da sa, os modelos da série apresentam A linha de estabilizadores
de toques no interruptor, com uma ABNT - Associação Brasileira de redução de custo de operação e de tensão PowerEst, da TS
intensidade de 10% a 100%. A linha Normas Técnicas e estão em con- manutenção, com economia de Shara, conta com design
ainda conta com os modelos: “2 em cordância com as normas interna- combustível em 2,2%, consumo moderno e disponível nas
1 Anti-Inseto”, que possibilita a tro- cionais IEC - International Electro- de óleo lubrificante e do líquido de potências 300 VA e 500 VA.
ca da luz branca para luz amarelada technical Commission, assegura a arrefecimento em 37,9% e 21,3%, Apresenta dois recursos
para evitar a presença indesejada fabricante. respectivamente. Os geradores da para proteger e aumentar a vida útil
de insetos; “3 Tons de Branco”, que www.tramontina.com.br Cummins têm garantia padrão dos dispositivos a ele conectados:
proporciona a troca do tom, alte- de 2 anos para aplicações Standby Autodiagnóstico de Partida (AP),
rando entre as luzes branca; “3 Tons G rupos g eradores (1.000 horas) ou de 1 ano em Prime que faz a análise prévia da rede
de Luz”, que viabiliza a mudança da A Cummins Brasil fornece os gru- e contam com o suporte de distri- elétrica antes de liberar a saída, a
intensidade da luz, disponibilizan- pos geradores emissionados, com buidores autorizados. fim de evitar a queima dos apare-
do três opções de luminosidade; e motor eletrônico QSB7 e B3.3. A www.cummins.com.br lhos domésticos quando a energia
“RGBW Multicolors”, que oferece família QSB7 é composta por três é reestabelecida; e Partida com
mais de 15 combinações de cores e modelos C170D6E, C185D6E e M inidisj untores Cruzamento Zero (PCZ), que ape-
intensidades, que podem ser esco- C200D6E, de 60Hz, e potências de termomagnéticos nas permite que o estabilizador seja
lhidas através do controle remoto. 170 kW, 185 kW e 208 kW, respecti- A Reymaster fornece as linhas 5SL, energizado quando a tensão ins-
www.ourolux.com.br vamente. Já a B3.3 tem potência de 5SY e 5SP de minidisjuntores ter- tantânea estiver igual a zero, o que
40 kW (50 kVA) e 60 kW (75 kVA). momagnéticos fabricados pela Sie- evita ser ligado no pico de tensão.
Luminárias E x Segundo a empresa, ambas as sé- mens. Os minidisjuntores da linha Além disso, o equipamento ainda
A Tramontina Ex lançou recente- ries receberam atualizações para 5SL1 foram projetados para utili- apresenta filtro de linha integrado,
mente a linha de luminárias LED redução significativa de emissões zação em instalações residenciais quatro tomadas com tensão de en-
LLEx Série A, com potências até de poluentes, atendendo à norma e comerciais de pequeno e médio trada 115V/220V, tensão de saída
50 W, indicadas para locais onde americana EPA Tier 3. Os mo- porte, e estão disponíveis nas cor- 115V e garantia de quatro anos.
há a presença de atmosferas explo- delos com motorização QSB7, de rentes nominais de 2A até 80A, https://tsshara.com.br/
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EM | Setembro / Outubro | 2022 81

Pub licaç õ es

C a b o s e lé t r ic o s B T interpretação mais adequada das exigências da


NBR 13570. Trata de tipos de cabos elétricos e
A IFC/Cobrecom lançou recentemente o condutos admitidos em locais de afluência de
livro técnico Cabos elétricos de baixa tensão público; uso exclusivo de condutores de cobre
para locais de afluência de público, escrito em locais de afluência de público; escolha das
pelo professor e engenheiro eletricista Hilton linhaselétricasemlocaisdeafluênciadepúblico
Moreno. De acordo com o autor, a motivação de acordo com as influências externas; linhas
para escrever a obra surgiu a partir da elétricas embutidas e aparentes em locais de
publicação, em dezembro de 2021, da revisão afluência de público; ligação de equipamentos
da norma ABNT NBR 13570, que trata de móveis ou estacionários em locais de afluência
instalações elétricas em locais de afluência de de público; uso barreiras corta-fogo; produtos
público, da qual foi coordenador do grupo de da Cobrecom para instalações elétricas em
trabalho na ABNT. Ainda segundo Moreno, de indução trifásicos, visando transferir um
locais de afluência de público, entre outros. A
conteúdo prático, porém com embasamento
o livro é baseado nos requisitos das várias publicaçãotambémapresentaexemplos,figuras
normas técnicas que envolvem o segmento acadêmico. Em função dessa abrangência,
e tabelas, e é destinada a profissionais que a publicação pode ser utilizada tanto para
dos condutores e procura disponibilizar a lidam, direta ou indiretamente, com projeto, cursos quanto para profissionais do segmento
instalação, operação, manutenção, consultoria,de motores elétricos, como também na
inspeção, comercialização e ensino na área área acadêmica, em dissertações ou teses
de instalações elétricas como engenheiros, que abordem a operação de motores de
técnicos, eletricistas, vendedores de lojas deindução trifásicos. O livro trata de tipos de
elétrica e material de construção, professoresacionamentos elétricos, conjugados atuantes
e alunos, profissionais da construção civil, em um acionamento elétrico, características
entre outros. O livro está disponível no site da
elétricas, mecânicas e térmicas de motores de
Cobrecom, na aba de downloads. indução trifásicos com rotor do tipo gaiola e
www.cobrecom.com.br acionamentos não controlados com motores
de indução trifásicos com rotor do tipo gaiola.
Escrito por Jocélio Souza de Sá, Délvio Franco
Mo t o r e s t r i f á s i c o s
Bernardes e Juliana Cortez de Sá Camposilvan,
O livro Especificação de motores de indução a obra tem 232 páginas.
trifásicos, lançado recentemente pela editora https://artliber.com.br/index.php?route=
Artliber, trata da especificação de motores product/product&product_id=130

Í n d i c e d e a n un c i a n tes
C la m p e r ..............................................................................................................3 7 M i O m e g a ............................................................................................................6 9
C o b r e c o m ...........................................................................................................5 5 M it s u b is h i........................................................................................................... 3 5
D is p a n ..................................................................................................................2 1 N o v e m p ................................................................................................................. 7
D u t o p la s t ...................................................................................................2 a C a p a O liv o ....................................................................................................................5 7
D u t o t e c .............................................................................................................. 3 6 P a s c o p a in é is ......................................................................................................7 3
E d e n t e c ................................................................................................................1 9 P e x t r o n ...............................................................................................................4 1
E m b r a s t e c ...........................................................................................................2 6 P o ly e x c e l ................................................................................................... 1 5 e 4 4
E q u a c io n a l...........................................................................................................6 7 PPE Fios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3
E x a t r o n ................................................................................................................ 5 6 P r o c o n s u lt .......................................................................................................... 6 0
G a z q u e z ...............................................................................................................4 7 Real Perfil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7
G o n z a g a I m p o r t a ç ã o ........................................................................................1 8 R it z ....................................................................................................................... 6 3
G r u p o Z ilo c c h i....................................................................................................5 2 R o m a g n o le ......................................................................................3 3 e 3 a C a p a
G t e c h ...................................................................................................................6 1 S E W ......................................................................................................................3 1
H e lle r m a n n t y t o n ............................................................................................. 3 2 S o p r a n o ..............................................................................................................5 1
In d e le c ..................................................................................................................1 4 S T I E le c t r ic ..................................................................................................... 4 e 5
In d ú s t r ia G o m e s .............................................................................................. 4 4 T a k a f e r .................................................................................................................7 3
Instituto HF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 0 T r a e l ......................................................................................................................1 0
Kanaflex. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 T r e e t e c h ............................................................................................................. 4 5
K it A c e s s ó r io s ................................................................................................... 2 8 V o lt s a n d B o lt s .................................................................................................. 2 0
K r o n a ....................................................................................................................1 7 V is io n ....................................................................................................................6 5
L o ja E lé t r ic a ....................................................................................................... 2 9 W e g ............................................................................................................. 4 a c a p a
M G T r a f o s ........................................................................................................... 5 3 Wireflex Cabos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 e 2 3
82 EM | Setembro / Outubro | 2022

M omento

Biomassa:
rota acética), biogás e biometano, pellets de 24 e 28 mil hectares em 2030/31, anotando
bagaço, integração com etanol de milho, le- um aumento de 18% a 39,9%. Isso significa

caminho
veduras de fermentação (alimentos e ração), sair de uma produção de 87.902 mil tonela-
captura de CO2, bioquímica (combustíveis das para algo entre 143 e 182 mil toneladas
de aviação e outros produtos). Em 2030, de grãos. Vale dizer, em bilhões de litros por

sustentável e
sem afetar a oferta de alimentos, o mercado ano, no Brasil, a produção (2021) de 2,57
potencial previsto é de 1,2 mil milhões de tende a alcançar em 2030 a casa dos 13,75.

promissor
toneladas/ano, segundo a Datagro, a IEA - Plinio Nastari sustenta para o Brasil (e simi-
Agência Internacional de Energia e a Irena -
lares) que os veículos elétricos sejam híbri-
International Renewable Energy Agency.
dos com etanol. Essa rota dispensa metais
Paulo Ludmer Ou seja, na visão de 19 países (metade da raros. E os 41.700 postos de distribuição de
população e 37% do PIB mundial): a par- etanol no País são potencialmente distri-
Há muitos anos, celebro, metabolizo e con- ticipação da biomassa na matriz de energia buidores de hidrogênio (ele vem contido e
fio nos constantes ensinamentos de Plinio global deve dobrar e a de biocombustíveis utilizado via etanol). Também minimiza
Nastari, presidente da consultoria Datagro, de baixo carbono, triplicar. Em números, problemas enfrentados pelas baterias. No
representante da sociedade civil nos emba- cerca de 500 bilhões de litros de biocom- ritmo atual, desde logo, o etanol vem subs-
tes da política energética nacional. Nesta bustíveis serão demandados, em 2030, e tituindo – sem novos investimentos – 164
coluna, transcrevo deduções e indicações 1 trilhão, em 2050, na busca das metas do milhões de barris de gasolina, de 1975 a
oriundas deste mestre, também presidente Acordo do Clima de Paris. 2021, ou 3,43 bilhões de litros de gasolina.
da Ibio - Brazilian Institute of Bioenergy & Nesta direção, no centro-sul do Brasil, des- Este fato salvou divisas na balança comer-
Bioeconomy. de 2007, foram treinados e requalificados cial, considerando também a dívida externa
Poucos sabem ou realizam que, diante de 415 mil trabalhadores no setor sucroalcoo- evitada, da ordem de US$ 626,37 bilhões,
uma produção brasileira de 2,905 milhões leiro energético e, na safra 20/21, 98,5% da conforme cálculo da Datagro.
A solução, entre nós, não requer nova frota

“A participação da biomassa na
ou infraestrutura; implementação e resul-
tados imediatos; não oferece dificuldades à

matriz de energia global deve


replicação; pode ser expandida; traz bene-
fícios à saúde eficazes comprovados; pro-

dobrar e a de biocombustíveis de move emprego e renda; e sustentabilidade


da cadeia tradicional sem dificuldades para

baixo carbono, triplicar”. metas restritivas.


O etanol e o biometano são hidrogênio en-
Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça velopado na forma de combustível, sendo
Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber,
2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.
práticos, fáceis, seguros, eficientes para ar-
mazenagem e distribuição. Computando-
de barris de petróleo por dia em 2021, o colheita foi mecanizada. O consumo de se que – numa molécula de etanol – estão
País, na safra 20/21, entregou 657,5 milhões água para aproveitar industrialmente a to- 3 átomos de H para cada um de Carbono;
de t/dia de cana de açúcar ou 2,16 milhões nelada de cana caiu de 5 metros cúbicos/t, haverá 4 de H para 1 de C, no biogás; e
de barris equivalentes de petróleo/dia (ob- em 1990, para 0,92, em 1997, e, nos dias de 1,62 de H para 1 de C, na gasolina. Então
serve que 1 tonelada métrica de cana equi- hoje, para menos de 0,40 metros cúbicos/t numa carreta de 45 mil litros se carregam
vale a 1,2 barril de petróleo). Em detalhes, do líquido. Ressalte-se que, entre 1990 e 7700 kg de H com etanol, 4 mil kg de H
na energia contida em 1 t de cana, há 512 2020, nada menos do que 280 mil hectares com amônia e 1500 kg de H sob a forma de
mil quilocalorias de palha, 598 mil quiloca- de matas ciliares e mais de 9 mil nascentes gás comprimido.
lorias de bagaço e 608 mil quilocalorias de foram recuperadas e protegidas pelo setor O mundo está caminhando para a era do
açúcar/etanol. no País. hidrogênio. O derivado da eletrólise gasta
Da vaca se aproveita tudo? Saibam aqui da É relativamente recente a chegada do milho, energia solar e eólica, precisa ser guardado
complexidade e do valor da diversificação especialmente no Matopiba (Mato Grosso, em tanques de titânio em alta atmosfera,
da transformação da cana: vai além do açú- Tocantins, Piauí e Bahia). Diz a Datagro entre 500 e 900 bar. Caros e perigosos. Te-
car e do álcool, bioeletricidade, etanol de se- que, da área colhida em 2021 (20.274 mil mos na biomassa tudo para trilhar um bom
gunda geração, bioplásticos (rota do etileno, hectares), caminhamos para números entre caminho. A ver.
A energia que transforma o mundo,
passa por uma de nossas soluções.

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