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Texto e questões para 4ª aula do 2º ano total

TEXTO: O NAZI - FASCISMO

Noções iniciais

O fascismo encontrou, na Europa do período entre guerras


(1919-1939), um ambiente favorável para se desenvolver: crise econômica, social e política
caracterizada pelo desemprego, a inflação, a descrença nos valores democráticos e liberais e o avanço
das idéias socialistas que preocupavam políticos conservadores, empresários, banqueiros, proprietários
rurais e classes médias. OBS: O fascismo prospera, em meio, ao temor dos movimentos operários de
esquerda que almejam, como na Rússia em 1917, chegar ao poder.
A palavra fascismo, empregada para designar os regimes totalitários de extrema-direita, vem do latim
fasces, isto é, um feixe de varas paralelas amarradas a um machado. À época do Império Romano, o
fasces era utilizado como símbolo de poder e autoridade.

O termo fascismo designa, em geral, um regime político totalitário que defende a importância do Estado
sobre os interesses dos cidadãos, ou seja, a subordinação total do indivíduo. Nesse regime, o Estado tem
um governo forte, capaz de controlar os diversos setores da vida social: os meios de comunicação, os
órgãos de segurança, os sindicatos dos trabalhadores e a educação. Prega o fim da democracia e a
eliminação das oposições por meio de uma propaganda agressiva ou através da violência física. A linha
política do Estado é determinada por um único partido. OBS: Tais ideais influenciaram vários governos no
mundo, nesse período. Na América Latina, Vargas, Perón e Cárdenas são exemplos, respectivamente de
influência fascista, no Brasil, Argentina e México. Nesses casos específicos difundiu-se a partir desse
modelo um regime tipificado como “populismo”.

Características principais

Pode-se destacar como características do fascismo:

• o nacionalismo extremado;
• o totalitarismo;
• o militarismo;
• a antidemocracia;
• o antiliberalismo;
• o anticomunismo;
• o unipartidarismo;
• o irracionalismo;
• o desprezo da razão e o culto da força física;
• a crença na infalibilidade do líder;
• a visão de mundo segundo a qual os melhores, os mais aptos e os mais fortes devem governar;
• a forte intervenção na economia;
• o controle da cultura, da educação e do movimento operário.

O caso italiano (O caso italiano é emblemático, pois representa um universo referencial a todos os
modelos fascistas do mundo).

Apesar de ter participado do lado vencedor na Primeira Guerra, a Itália saiu profundamente abalada do
conflito: dívida de mais de 4 bilhões de dólares, inflação, queda da produção agrícola e industrial. As
esperadas compensações territoriais prometidas antes da guerra não foram obtidas, causando uma grande
frustração nacional.
A crise fomentava fortes agitações operárias, causando preocupação ao empresariado e ao governo.
Dessa forma, o empresariado estava insatisfeito com os rumos da economia, o avanço do movimento
operário e o governo liberal, o qual julgava excessivamente brando no trato com o movimento operário.
Em março de 1919, um ex-militante socialista, Benito Mussolini, criou um grupo paramilitar, fasci di
combattimento, financiado pela burguesia. Seu principal objetivo era combater as organizações
operárias. Os militantes desse nascente movimento ficaram conhecidos como fascistas.

Com o crescimento do movimento operário, organizado pelos socialistas e pelos comunistas, e com a
incapacidade dos governos liberais de controlá-los, aumentava o prestígio dos fascistas.
OBS: O movimento fascista italiano prosperou financiado pela burguesia, como instrumento não oficial
de combate ao avanço operário, diante da incapacidade dos governos liberais controlarem as ações
criticas de socialistas e comunistas.
Eles recebiam apoio do empresariado, dos grandes proprietários, de setores médios e demais grupos
sociais assustados com o crescimento da esquerda. Os fascistas contavam ainda com a simpatia de
membros do governo e do Exército.
Com esse apoio, Mussolini realizou, em 22 de outubro de 1922, a Marcha sobre Roma dando uma
grande demonstração de força e da capacidade de mobilização política dos fascistas.
OBS: Nesse mesmo ano, 1922 o Partido Fascista Italiano participou ativamente do processo eleitoral e
promoveu ações e desencadeou campanhas que o projetaram como terceira maior força política da
Itália. O vencedor do processo eleitoral foi o Partido Liberal liderado pelo Rei Vitor Emanuel III. Esse
partido apesar de ter força eleitoral era marcado pela baixa mobilização de seus militantes, se
contrapondo a forte mobilização das forças socialistas e comunistas. Os fascistas se apresentavam como
opção de massa de mobilização anti-comunista e anti-socialista.
Cinco dias depois, o rei Vítor Emanuel III (a Itália continuava uma monarquia parlamentar desde a
unificação) convidou Mussolini para formar um novo governo(Mussolini torna-se Primeiro Ministro). Do
fim do ano de 1922 ao início de 1925, Mussolini suprimiu todas as liberdades constitucionais e
instalou uma ditadura totalitária. OBS: Nos três anos iniciais do seu primeiro ministério Mussolini
formatou uma aliança anti-comunista, que unia burguesia, latifundiários, Igreja Católica, militares e
camadas médias. Em nome dessa máxima anti-comunista, “a ameaça vermelha”, Mussolini eliminou os
instrumentos democráticos, cassou as oposições e deu inicio a um discurso de força e expansionismo
que remobilizaria o exército italiano. Em 1925, as vésperas de uma nova eleição Mussolini deu um golpe
e instaurou uma ditadura de partido único, onde ele assume o papel de Duce. Vitor Emanuel III é
transformado em uma figura simbólica e se mantém prisioneiro no castelo.
O Estado passou a ser confundido com o Duce (condutor), como era chamado o ditador. Para
compreender essa relação, o melhor é recorrer a uma frase do próprio Mussolini: "... tudo para o
Estado, nada contra o Estado, ninguém fora do Estado...". – O fascismo é um modelo capitalista de
estado.

O controle do movimento operário deu-se com a instauração do sistema corporativo, marca distintiva
do fascismo italiano: o Estado intermediava as relações entre os sindicatos patronais (capital) e os
operários (trabalho), evitando os conflitos de classe.
A classe média era cooptada por meio de apelos nacionalistas de forte conteúdo emocional. Dessa forma, o
discurso fascista tinha uma forte dose de irracionalismo, explorando as frustrações da pequena burguesia.
Comunistas, socialistas, liberais e outros setores potencialmente oposicionistas eram duramente
reprimidos.
O militarismo serviu para justificar o incremento da indústria bélica, que, por sua vez, possibilitou uma
recuperação industrial. As indústrias monopolistas eram beneficiadas, já que o Estado fascista fazia grandes
encomendas de armas a elas. Esse militarismo levou os italianos a uma política externa agressiva do tipo
expansionista. Invadiram a Etiópia, em 1935, intervieram na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), em 1936, e
anexaram a Albânia, em 1939.

O caso alemão

A Alemanha foi o país mais afetado pela guerra. Derrotada, foi obrigada a assinar uma rendição
incondicional e, depois, o humilhante Tratado de Versalhes. O governo provisório estava nas mãos
dos setores moderados do Partido Social Democrata (República de Weimar). No entanto, essa
liderança não foi capaz de controlar os setores mais radicais do partido. Do final de 1918 e ao início de
1919, ocorreram vários motins e manifestações de rua.
Obs: A Alemanha no pós Primeira GG encontrava-se mergulhada em uma crise econômica sem
precedentes e em uma falência crônica de suas instituições políticas, sociais e principalmente
filosóficas. Os alemães médios careciam de estima própria e incorporavam uma imagem derrotista, e
de uma verdadeira descrença dos fundamentos que constituem historicamente o universo germânico.
O super-homem alemão, o germanista, o branco normando, estava derrotado e inferiorizado. O
nazismo se apresentava como remédio para esse contexto ideológico.

A crise provocada pelo esforço de guerra e pela derrota, somada à influência da Revolução Russa de
1917, desencadeou uma série de revoltas. Operários e ex-soldados assumiram o controle de grandes
centros industriais. Um levante comunista foi duramente reprimido
(Levante Espartakista - Comunista). E a República de Weimar, como ficou conhecida o período da
história da Alemanha entre 1919 e 1923, foi extremamente tumultuado. Até 1923, a situação econômica
e social se caracterizou pela instabilidade.

Em 1920, um austríaco desconhecido fundara o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães.
Seu nome era Adolf Hitler e o partido ficaria conhecido, mais tarde, como Partido Nazista.
Em 1923, a Alemanha ainda não havia conseguido pagar as parcelas da dívida de guerra e, em
represália, foi invadida pela França e pela Bélgica, que se apossaram da região industrializada do vale do
Ruhr. Com isso, a situação econômica desencadeou uma hiperinflação: 1 dólar chegava a valer 8 bilhões
de marcos. A inflação penalizava a classe operária e proletarizava a pequena burguesia. O desemprego
atingia ou ameaçava todas as famílias de trabalhadores.
Apoiados por oficiais do Exército e por veteranos de guerra, Hitler e seu grupo tentaram dar um golpe
para tomar o poder, mas fracassaram. Hitler foi preso e, no cárcere, redigiu o livro Minha Luta (Mein
Kampf), que contém os fundamentos do pensamento nazista.

OBS: Tal imagem mascara o fato de boa parte do pensamento nazista ter se originado de uma elite
intelectual que escondia-se por de trás da imagem popular e de certa forma simplória como o povo
alemão médio e dos ex-militares em geral que representavam Hitler.
Entre 1925 e 1934, a República de Weimar era presidida por Hindenburg, um velho marechal e herói da
Primeira Guerra. Um primeiro-ministro exercia as funções de governo, dividindo-as com o Parlamento
(Reichstag).

Quando a bolsa de valores de Nova Iorque quebrou (1929), os efeitos sobre a Alemanha foram mais
desastrosos do que em outros países europeus. Os financiamentos norte-americanos foram cortados, o
que obrigou o governo alemão a pagar os empréstimos contraídos. A economia entrou novamente em
recessão, deixando milhões de trabalhadores desempregados. Com a crise, renasceram as agitações
políticas.
Aumentava o medo dos grupos privilegiados e o desespero das classes populares. Esse clima favoreceu o
crescimento do Partido Nazista. Ele ganhava, rapidamente, a adesão da classe média e mesmo de setores
operários.

As teses defendidas pelos nazistas podem ser resumidas da seguinte forma:

• Discriminação e perseguição aos judeus (anti-semitismo);


• Os alemães eram uma raça superior (ariana) e preservar a pureza dessa raça era fundamental para o
futuro da Alemanha (racismo);
• Os comunistas eram inimigos da pátria e da civilização;
• A Alemanha precisava de um espaço vital, que deveria ser conquistado no Leste (Polônia e URSS) para
expansão do seu povo;
• A Alemanha deveria vingar-se da França, responsável pela divisão do território alemão e pela humilhação de
Versalhes;
• O movimento operário, com suas greves e conduzido pelos partidos de esquerda, impedia a
recuperação econômica da Alemanha e dividia a nação;
• Era fundamental o combate ao individualismo e a promoção da idealização da comunidade germânica;
• Organização de grupos paramilitares (Sociedade de Assalto - SA - e Sociedade de Segurança - SS);

Na eleição de 1930, os nazistas conseguiram eleger 107 deputados e, na de 1932, 230, superando a
representação do Partido Social Democrata e a do Partido Comunista no Reichstag. No dia 30 de janeiro
de 1933, o presidente Hindenburg convidou Hitler para assumir o cargo de chanceler (primeiro-ministro)
na formação de um novo governo.
Com o governo em mãos, Hitler tomou uma série de medidas para neutralizar a oposição. Todos os
partidos, com exceção do Nazista, foram postos fora-da-lei. Comunistas e social-democratas foram
perseguidos e presos. Instituiu-se um governo ditatorial centrado na pessoa do Führer (líder). A
economia da Alemanha começou a recuperar-se graças ao programa de rearmamento criado por Hitler
(apesar das restrições impostas pelo Tratado de Versalhes). Assim, e ainda com uma bem montada
máquina de propaganda, os nazistas conseguiram que a grande maioria da população alemã apoiasse o
regime.

Os fascismos ibéricos

Espanha

A Espanha era, até 1931, uma monarquia. Neste ano, eleições gerais puseram fim ao sistema
monárquico, implantando-se a República.
No entanto, as contradições sociais e políticas do período monárquico não foram resolvidas com o novo
regime. Um forte movimento operário e camponês exigia transformações, as quais as classes
conservadoras e tradicionalistas procuraram, por todos os meios, evitar. Em 1936, a Frente Popular
(formada por socialistas, burguesia progressista e comunista) ganhou as eleições - OBS: As forças
tradicionais temiam as reformas da esquerda e optaram em depor o governo recém eleito. Essa vitória
transformou os conflitos políticos em luta armada (Guerra Civil Espanhola – 1936 a 1939 – Laboratório
da Segunda GG).
Em julho de 1936, iniciou-se a Guerra Civil espanhola, que se estenderia até março de 1939. Neste
período de quase três anos de sangrenta guerra, a Espanha ficou dividida em duas áreas: uma
governada pelos republicanos – Liderados por socialistas, comunistas e liberais progressistas e outra,
pela direita nacionalista (Junta de Defesa Nacional) – influencia fascista eram conhecidos como
falangistas ou franquistas.
Os republicanos constituíam todas as forças políticas e sociais que, de uma forma ou de outra, apoiavam
o governo legal republicano (burguesia liberal-democrática, operários comunistas, socialistas e
anarquistas, camponeses, setores do exército fiéis ao governo republicano).
Os nacionalistas representavam os setores conservadores: latifundiários, Igreja, alto escalão do exército
e monarquistas.
As forças nacionalistas, lideradas pelo general Francisco Franco, tiveram a ajuda da Alemanha nazista e
da Itália fascista.

http://www.youtube.com/watch?v=cdh7XCynH5I&feature=fvwrel

Guernica é um símbolo da indignação ao genocídio nacionalista do fascismo espanhol.

A Divisão Condor, da aviação alemã, testou novos modelos de aviões, bombardeando várias cidades do
território espanhol sob o governo republicano. Entre elas, Guernica*, que praticamente desapareceu
sob as bombas nazistas.
Em março de 1939, as forças conservadoras de Franco entraram em Madri, capital espanhola. Estava
terminada a Guerra Civil e iniciava-se a sangrenta ditadura franquista, que perdurou até 1975.

Exercícios
01. Considere os textos a seguir, que se referem a dois momentos distintos da história alemã:
respectivamente, à unificação do Estado nacional, no século XIX, e ao período nazista, no século XX.
"O próprio Bismarck parece não ter-se preocupado muito com o simbolismo, a não ser pela criação de
uma bandeira tricolor, que unia a branca e preta prussiana com a nacionalista liberal preta, vermelha e
dourada (...)."
(Eric Hobsbawn. "A invenção das tradições". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 281)
"Hitler escreve a propósito da bandeira: 'como nacional-socialistas, vemos na nossa bandeira o nosso
programa. Vemos no vermelho a idéia social do movimento, no branco a idéia nacionalista, na suástica a
nossa missão de luta pela vitória do homem ariano e, pela mesma luta, a vitória da idéia do trabalho
criador que como sempre tem sido, sempre haverá de ser anti-semita'."
(Wilhelm Reich. "Psicologia de massas do fascismo". São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 94-5)
A composição das duas bandeiras a que os textos se referem presta-se, nos dois casos, a
a) representar o caráter socialista do Estado alemão moderno, daí a presença do vermelho nas duas
bandeiras.
b) identificar o projeto político vitorioso e dominante com o conjunto da sociedade e com o Estado
alemão.
c) defender a paz conquistada após os períodos de guerra, daí a presença do branco nas duas bandeiras.
d) valorizar a diversidade de propostas políticas existentes, caracterizando a Alemanha como país
democrático e plural.
e) demonstrar o caráter religioso e cristão do Estado alemão, daí a presença do preto nas duas
bandeiras.

02. "O Fascismo italiano e o Nazismo alemão conquistaram o respaldo de muitos setores da população,
conseguindo um financiamento junto à alta burguesia. Assim puderam resolver a crise do capitalismo,
com a instalação de ditaduras de direita que garantiram a ordem do sistema, os lucros e as
propriedades."
Servindo de exemplo a muitos países também atingidos pelos efeitos da Grande Depressão, o
totalitarismo
a) reforçou o desenvolvimento armamentista, preparando o terreno para a eclosão da Segunda Guerra
Mundial.
b) transformou a Alemanha no país mais rico e poderoso da Europa, ameaçada em sua supremacia
apenas pela Dinamarca.
c) organizou e contribuiu para a evolução do bloco capitalista, sob o controle dos Estados Unidos.
d) desenvolveu a tendência de cooperação entre os Estados.
e) reacendeu as velhas disputas nacionalistas existentes, desde o século XIX, entre a Grécia e a Turquia.

03. "Os verdadeiros chefes não têm nenhuma necessidade de cultura e ciência".
(H. Goering)
"Quando ouço a palavra cultura, ponho a mão no revólver."
(J. Goebbels)
"Os intelectuais são como as rainhas que vivem das abelhas trabalhadoras."
(A. Hitler)
"Sem espírito militar a escola alemã não poderá existir. Um professor pacifista é um palhaço ou um
criminoso. Deve ser exterminado."
(Ministro Schewemm - Bavária)
"Professores alemães ... nenhum menino e nenhuma menina da escola devem sair de vossas aulas sem
o sagrado propósito de ser um inimigo mortal do bolchevismo judeu, na vida e na morte."
(F. Weachter)
Contextualizando historicamente as declarações anteriores, de lideranças nazistas na Alemanha, pode-
se afirmar que
a) o nazismo não tinha nenhum projeto para as áreas de educação e cultura, pois dentro da perspectiva
do culto ao corpo e da obediência sem questionamentos, aquelas lhes eram completamente
indiferentes.
b) ao contrário da produção cultural, à qual eram refratários, os nazistas permitiram a permanência das
diretrizes educacionais da República de Weimar.
c) tanto a educação como a cultura foram áreas enquadradas dentro dos pressupostos básicos do
regime transformando-se em instrumentos ideológicos de controle e propaganda.
d) o Estado nazista interveio fortemente somente nas escolas freqüentadas por alunos não-arianos e
filhos de pais bolcheviques.
e) educação e militarização da sociedade eram projetos excludentes dentro do projeto nazista de
dominação.

04. “'Foi o senhor quem fez isso?', perguntou a Picasso o embaixador alemão em Paris, durante a
Segunda Guerra Mundial, diante de uma foto do quadro Guernica.
'Não, foram vocês', respondeu o artista".
"Um momento, senhores: vocês falam de Guernica? Ah, sim, lembro. Foi uma espécie de banco de
provas da Luftwaffe. [...] Sim, foi lamentável. Mas não podíamos fazer outra coisa. Naquela época,
experiências assim não podiam ser feitas em outra parte."
(Hermann W. Goering, interrogado em Nüremberg.)
Os relatos anteriores referem-se à questão da internacionalização da Guerra Civil Espanhola.
Paradoxalmente, um dos elementos mais importantes para se entender o desfecho do conflito foi
a) o apoio soviético aos comunistas do POUM, o que provocou profundas divisões entre os setores
republicanos.
b) a total ausência de solidariedade internacional com a República espanhola, contrastando com o apoio
explícito de Hitler e Mussolini à sublevação da direita antidemocrática.
c) a "política de não-intervenção" anglo-francesa, justificada pelo que aquelas potências consideravam
ser um conflito interno dos espanhóis.
d) a incorporação militar da Espanha ao Eixo, no início da Segunda Guerra Mundial.
e) a falta de espírito de luta dos setores republicanos que, mesmo tendo armamento soviético,
claudicaram rapidamente.

Gabarito:

1. B
2. A
3. C
4. C

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