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505 anos de reforma protestante:

O que foi a reforma protestante?


Foi um movimento politico e religioso que rompeu a unidade da igreja católica;
essa ruptura se deu pelas heresias que eram pregadas e influenciadas pela
liderança da igreja (o Papa). O Cristianismo estava distorcido e era utilizado
para benefício próprio da igreja ou Reis.
Qual foram os motivos?
O principal motivo da reforma protestante foram a venda de indulgências e o
poder do Papa para “perdoar” pecados entre outras atitudes. Indulgências eram
formas de pagar por seus pecados, e eram feitos através de confissões,
orações, meditação e caridade, mas, para pagar pela construção da basílica de
são Pedro o Papa começou a vender essas indulgências. E isso foi além,
chegaram a fazer frases incentivando a compra e vender para diminuir o tempo
no purgatório de parentes já mortos. (quando uma moeda tilinta na caixa, uma
alma saí do purgatório.
História:
Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou na porta da igreja de
Witemberg 95 teses que criticavam a conduta da igreja católica. Essas teses
foram reimpressas e lidas para o povo. Isso Causou a revolta contra a igreja.
Lutero foi aconselhado a voltar atrás com suas teses, mas ele não cedeu. Após
3 anos, ainda se negando reconsiderar, ele recebeu uma bula exigindo sua
retratação vinda do próprio Papa, não reconhecendo mais o Papa como a
autoridade da igreja, Lutero queimou a bula em público. 1 anos depois, ele foi
considerado um herege pelo imperador, mas, muitos nobres simpatizavam com
as suas ideias e o acolheram. Nesse tempo, Lutero se dedicou a traduzir a
bíblia do latim para o alemão e a desenvolver os princípios da nova igreja.
Anos de guerra se seguiram entre os (agora chamados) protestantes e
católicos. Em locais onde a maioria era católico, protestantes eram queimados,
e nas regiões de maioria protestante os católicos eram mortos. Muitos monges
e freiras abandonaram o catolicismo e se juntaram aos protestantes, assim que
abandonavam, logo se casavam como forma de protesto contra a igreja
católica e aos monarcas (pois era honroso ter filhos monges e freiras).
A paz chegou em 1555, quando um acordo foi feito para que cada governante
pudesse escolher livremente sua religião e a de seus súditos, sem a
interferências do imperador.
A reforma protestante gerou várias igrejas, a principal delas é a igreja luterana,
fundada na Alemanha por Lutero, outras igrejas como a presbiteriana de
Calvino, a anglicano do rei Henrique VIII, e a Batista dos reformadores radicais
anabatistas também surgiram nesse período. A diferença das igrejas
protestantes para a católica são os 5 solas, não reconhecer o Papa como
autoridade da igreja, não possuir muitas decorações nos seus templos, rejeitam
a tradição oral, usam a bíblia como fonte de fé, aceitam só dois sacramentos:
batismo e ceia, e a bíblia na língua do povo e nas mãos do povo.
Reformadores:
Martinho Lutero: Nascido 10/11/1483, Eisleben, Alemanha, Lutero foi um
monge católico, teólogo e professor da Universidade de Wittenberg. Teve uma
educação cristã, e até seus 14 anos nunca tinha visto uma bíblia (em latim).
Seu pai queria que ele fosse advogado, e o enviou para uma universidade,
onde ele aprendeu artes, gramatica, musica, entre outros.
Sua conversão ocorre em um dia chuvoso com muitos raios, ele caminhava
para sua universidade quando é quase atingido por um raio, nesse momento
Martinho faz um voto com Deus, que se ele chegasse vivo a universidade ele
se tornaria monge (falar da teologia do medo do inferno que era pregada). A
partir desse momento ele devota sua vida a Deus, se junta a ordem
Agostiniana e se torna monge. Seu mosteiro focava no estudo das escrituras, e
Lutero, já sabendo ler em latim (pelos seus estudos na universidade), se aplica
na leitura da bíblia.
Ao ser enviado a Roma, Lutero se depara com toda imoralidade da igreja
católica, ao ver isso ele se revolta, e volta decidido a escrever contra isso, ele
teve uma revelação em Romanos 1:17, que diz: “o justo viverá pela fé”. Lutero
não precisava mais das indulgências, não precisava do Clero ou do Papa para
se ligar a Deus e ser salvo, mas da fé em Cristo. Após se tornar doutor em
teologia, ele começa a escrever contra todos os erros da igreja católica e a
debater com seus alunos. Quando se depara com a venda de indulgencias na
sua cidade, ele escreve suas 95 teses e as prega na porta da igreja de
Witemberg. Nesse momento ele debate com muitos católicos, e mostra ao
povo a justificação pela fé e não pelo dinheiro.
Lutero não queria dividir a igreja, queria reforma-la, mas como a igreja não
admitia seus erros, ele perdeu todo o respeito que tinha por ela e o Papa,
assim lutando pela separação e criação de uma nova igreja.
João Calvino: Nascido 10 de julho de 1509, Noyon, França, Calvino cresceu
em meio a reforma protestante. Sua conversão ocorreu entra 1532 e 1533,
quando, segundo ele sua mente se abriu para o evangelho e Deus a
transformou trazendo uma docilidade. Visto como um prodígio, Calvino
aprendeu latim, grego e hebraico bem jovem. Ele começou a sua reforma em
Genebra, escreveu suas institutas com base em algumas obras de Lutero e as
escrituras. Ele se tornou pastor de uma igreja em Genebra. Ele se colocou
como meio termo sobre a discussão sobre a ceia, discordando de Lutero que
dizia que Jesus se vazia presente nos elementos, se ligava aos elementos, e
discordava de Zuínglio, que via a ceia e os elementos todos como simbólico.
Calvino disse que Jesus está à direita do Pai, e enviou o Espirito Santo para se
fazer presente em nosso meio e na ceia. Em seus Cultos, a igreja cantava os
Salmos que foram traduzidos e colocados em um hinário. Todos possuíam um
e todos cantavam juntos, homens e mulheres, esse é o canto congregacional.
Não utilizavam instrumentos, e não gostava de divisão de vozes. Diferente de
Lutero.
Ulrico Zuínglio, Henrique VIII entre outros.
Reformadoras:

Os 5 solas:
Os solas são o que define uma igreja como protestante. Os Cinco Solas foram
desenvolvidos ao longo de um processo árduo em que historiadores e teólogos
definiram tais valores comuns a luteranos, calvinistas, batistas, metodistas, etc.
Sola Fide (Somente a Fé):
Ao contrário do pensamento moderno, as Escrituras ensinam que o homem é
essencialmente mal, e isso, evidentemente, qualquer um ancorado na própria
realidade pode perceber. Então, como a pessoa nessa situação de miséria
moral e espiritual é declarada inocente diante do Justo Juiz? O protestantismo
diz: somente pela fé, ou seja, a justificação vem pela confiança no Cristo
Crucificado, naquele que assume toda a nossa culpa e responsabilidade. "O
justo viverá da fé, disse o profeta hebreu Habacuque ressoado pelo apóstolo
Paulo. A justiça de Cristo é imputada em nós.
Sola Scriptura (Somente a Escritura):
Em matéria de fé, a autoridade do protestante não é a palavra do clérigo, a
tradição dos seus avós, a visão do profeta, as resoluções de um concilio, os
delírios do vidente, a revelação do carismático, as utopias do revolucionário ou
as teorias do cientista social. É tão somente as Sagradas Escrituras, a Palavra
do Santo Deus. A Palavra é a autoridade, e não uma determinada escola de
interpretação. O livre exame das Escrituras não significa a livre interpretação
ou uma criatividade exegética. Como texto, a Escritura possui uma só
mensagem que nos desafia a cada dia.
Sola Christus (Somente Cristo):
Não há nenhum outro mediador entre Deus e o homem, senão Cristo. O que
liga o homem a Deus não é o sacerdócio do líder religioso. Todos os homens
podem ter o livre acesso a Deus por meio de Jesus Cristo. Todo homem
nascido de novo é um sacerdote. O véu do templo já está rasgado!
Sola Gratia (Somente a Graça):
A salvação, entendida como a comunhão eterna com Deus, não é fruto do
mérito, do esforço ou das obras humanas. É mérito, esforço e obra apenas e
tão somente de Cristo Jesus. Graça é a palavra certa para definir esse novo
relacionamento com Deus. É o favor imerecido vindo do Todo-Poderoso, o
Senhor Soberano que se derrama em misericórdia.
Soli Deo Gloria (Somente a Deus a Glória):
A glória pertence somente a Ele. Não a um líder religioso, político ou militar que
merece as honras que a Deus é devida. Nem os homens virtuosos do passado,
nem os virtuosos do presente merecem a exaltação que é dada ao Nome que
está acima de todos os nomes.

Pentecostalismo e a Reforma:
Mas qual é a importância de conhecermos a reforma? É importante pois somos
filhos da reforma, não fomos uma das igrejas criadas na época da reforma,
mas viemos de uma igreja reformada. Surgimos do avivamento da rua Azusa,
movimento da Igreja Metodista, e a essa igreja descende da igreja Anglicana.
Além disso, também seguimos os 5 solas, fator crucial para uma igreja
protestante. Ser protestante é voltar ao ensino dos Apóstolos, o
pentecostalismo resgata a parte carismática do ensino dos apóstolos. Cremos
naquilo que está nas escrituras, as curas, a profecia, o batismo com o Espirito
Santo e os outros dons. Sem o carisma a igreja não cresce, por isso somos a
maior denominação protestante no mundo. Mas isso não significa que não
tenha erros em nosso meio, por isso temos que sempre estar atentos,
buscando confirmação na palavra de Deus. E por fim, somos protestantes, não
reformados.

Aplicando a reforma em nossos dias:


Uma igreja reformada continua se reformando, temos o dever de lutar pelo
verdadeiro evangelho, se tiver algo errado, algo sendo pregado ou praticado
dentro de nossas igrejas que não está na bíblia, somos chamados a protestar e
questionar. A reforma não terminou, a cada dia temos que nos reformar como
cristões, nosso coração é enganoso, se não formos confrontados pelas
escrituras somos levados pelas palavras de falsos cristões, somos enganados
pelos nossos desejos e pecamos contra Deus. Os reformadores lutaram e
deram suas vidas para trazer a bíblia na língua do povo, temos a palavra de
Deus em nossas mãos, mas continuamos sendo enganados por um falso
evangelho e falsas doutrinas.
Falar sobre Dietrich Bonhoeffer.

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