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PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021


ADOLESCENTES - Tema: Cremos
Comentarista: Marcelo Oliveira de Oliveira
Comentário: Prof.ª Jaciara da Silva
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO IPIRANGA - SEDE - SÃO PAULO/SP

Lição 2 - Em Deus nosso Pai

Texto Bíblico: Jo 3.16,17; Mt 6.9-13

Para refletir
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a
Jesus Cristo, a quem enviaste.”

Objetivos
Relacionar os atributos de Deus.
Destacar as formas de revelação divina.
Associar a natureza de Deus aos seus nomes e atributos.

Deus e seus atributos


Só conhecemos de Deus, aquilo que Ele a nós nos revela.
O que é atributo? O dicionário Aulete assim define: “Atributo é aquilo que é
próprio de alguém ou de algo;” Exemplos: “nuvens negras” – “negras” é
atributo de nuvens. Também se aplica nos sinais distintivos, nos emblemas,
ícones e símbolos. Por exemplo: “A coroa e o cetro são os atributos do rei”.
Podemos então concluir que são características de uma pessoa.

Quem é Deus? Mesmo que não haja uma resposta a contento, todavia há
uma vastidão de respostas, a filosofia responde a psicologia também da sua
colaboração, a ciência de modo geral procura responder a pergunta. Ainda
há as respostas culturais, folclóricas, as coloquiais, que vão aumentando a
curiosidade de cada vez mais saber de fato quem é Deus. O que de fato
sabemos a respeito de Deus? Para muitos, ele é um ser omisso, que não
está preocupado, com a humanidade, outros acreditam ser ele um Ser
parcial, algumas coisas ele cuida e de outras não. E há ainda aqueles que
dizem: “Deus não existe”, estes se denominam ateus, mas a Bíblia os chama
de “loucos”.
Deus é um Ser infinito, não há possibilidades do ser humano conhecê-lo
como ele é. Porém, Ele mesmo usando de sua infinita bondade, se revelou
ao homem com uma linguagem compreensível. Com seus nomes, para que
conhecêssemos a qualidade de seu ser e com seus atributos, revelando seu
caráter de forma particular ao ser humano. O pastor e escritor Myer
Pearlman, disse que procurar entender Deus na sua plenitude é tão difícil
como encerrar o Oceano Atlântico numa xícara. O pouco que conhecemos de
Deus, já é o suficiente para esgotar a nossa capacidade de pensar.

Os atributos divinos se classificam em três categorias

1 – Atributos não relacionados são os que fazem parte de sua natureza


intima, pode-se também chamá-los de características naturais.

a) Deus é Espírito (Jo 4.24), numa única palavra define quem Deus é.
Portanto não é tão simples assim se considerarmos as próximas
perguntas; O que é um espírito? O que está envolvido nesta
espiritualidade? Quais as características desse espírito? Está bem claro
que não se trata de um conceito fácil de explicar. É como querer
esgotar o Oceano, no entanto o pouco que Deus se revela a nós já é o
suficiente para esgotar nossa capacidade. O que podemos afirmar
sobre Deus é o que a Bíblia diz:
• Deus é dotado de um ser singular – uma substancia distinta de tudo
quanto existe no mundo (Ef 4.6; Cl 1.15-17), não há outro igual a
ele.
• Deus é substancial – invisível (1Tm 1.17), imaterial, não se compõe
de partes (Lc 24.39), não tem limitações, ele habita na luz
inacessível (1Tm 6.15,16).
• Deus é uma pessoa real – de natureza infinita que não pode ser
jamais compreendida pelo ser humano.

b) Deus é infinito – em relação ao espaço, sua imensidade é revelada


(1Rs 8.27), em qualquer parte do Universo ele está presente de modo
igual. Nenhum acontecimento escapa de sua influencia, ele está ciente
de tudo. Sua infinidade também se dá em relação ao tempo, ele é
Eterno. Todas as pessoas têm antepassados, Deus não. Deus nunca
começou a existir, ele sempre existiu (Gn 21.33; Ex 15.18; Ne 5.5; Sl
90.2; Jr 10.10), para Deus tanto o passado, quanto ao futuro é o
mesmo que o agora, ele está fora da progressão do tempo, para ele o
tempo não passa.
c) Deus é Uno e ao mesmo tempo Trino – Deus é o único Deus (Ex 20.3;
Dt 4.35,39; 6.4; 1Tm 1.17), ao mesmo tempo Deus também é Trino.
Não há nenhuma contradição entre os conceitos, quando fala em
unidade, ela é absoluta e composta. Um só Deus = idéia de unidade
absoluta, porque se refere a uma pessoa, Deus é uma pessoa. No
entanto essa unidade é a união de três pessoas, o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, portanto uma unidade composta (Gn 22.2,12; Jz
11.34).

2 – Atributos ativos que relacionam com o universo

a) Onipotência – (Gn 18.1-15), Deus é o Todo-poderoso, ele pode fazer


qualquer coisa, no entanto, ele não faz coisas absurdas e nem coisas
incoerentes a sua natureza. Onipotência de Deus se caracteriza em:
sua liberdade e poder para fazer tudo o que esteja em harmonia com a
sua natureza e em segundo lugar Onipotência divina revela seu
controle e sabedoria sobre tudo o que existe ou pode ainda existir.
b) Onipresença – (Gn 28.15; Ef 1.23), Deus esta presente em todos os
lugares (Sl 139.7-10), não significa que ele tenha o mesmo tipo de
relacionamento com todas as pessoas. Com aqueles que o amam seu
relacionamento é de abençoador e encorajador, mas com aqueles que
opõem a sua vontade seu relacionamento é de castigador e
repreendedor.
c) Onisciência – (Gn 18.18; Hb 4.13), Deus conhece todas as coisas, Ele
conhece tudo o que realmente é fato, e, tudo quanto é apenas
possível. Deus não aprende e não há nada que precisa ser ajustado a
seus planos e propósitos. Ele não precisa prever ele já sabe tudo o que
vai acontecer no futuro, mesmo sabendo ele não interfere no livre
arbitro do homem (Gn 4.6,7).
d) Sabedoria – (Sl 104.24; Ef 3.10), o conhecimento humano não é o
suficiente para resolver os problemas humanos. Não há no homem
sabedoria necessária para saber com clareza os problemas da
sociedade. A sabedoria sonda o conhecimento, procurando descobrir o
mais elevado propósito. Deus é todo sábio, ele faz bem todas as
coisas, em sua perfeita sabedoria.
e) Soberania – (Dn 4.35), o direito absoluto é o de Deus, ele é
infinitamente superior a todas as coisas.

3 – Atributos morais – o relacionamento divino para com suas criaturas.

a) Santidade – (Js 24.19; Lc 1.49; 1Pe 1.15), Deus é perfeitamente


Santo, separado de todas as suas Criaturas. A santidade é a
demonstração da absoluta pureza moral de Deus, ele não pode pecar e
nem tolerar o pecado.
b) Justiça – (Gn 18.25; 1Jo 1.9), é a obediência a uma norma reta, é a
conduta reta em relação a outrem. Deus é o único que julga retamente
a todas as causas.
c) Fidelidade – (Nm 23.19; 1Pe 4.19), Deus é fiel, ele é absolutamente
digno de confiança.
d) Amor – (Ef 2.4; Rm 5.5), Deus é amor, amar faz parte de sua
natureza, ele ama o mundo.
e) Bondade – (Sl 25.8; Na 1.7), a vida e outras bênçãos que nós
recebemos é proveniente da bondade divina, pois não somos
merecedores.

Como Deus se revela a nós?


Como já afirmamos, o homem é um ser finito sem condições de conhecer a
Deus na sua infinidade. O que conhecemos é o que ele nos revela de si
mesmo, mesmo assim encontramos um grande problema para compreendê-
lo (Jó 11.7). Não dispomos de meios para conhecer o Ser de Deus, temos
um desvendamento parcial, embora seja exato. Sendo Deus Espírito,
infinito, eterno e imutável. Ele se revela a nós por meio do som de seus
nomes.

a) Elohim – é o Deus-Criador, significa a plenitude de Deus, é a forma


plural que representa a Trindade.
b) Jeová – é traduzido por Senhor, tem sua origem no verbo ser, nas três
formas: aquele que era – aquele que é – aquele que há de ser. Jeová
é o Deus que se revela a si mesmo e ao homem – Eu me manifesto,
Eu me manifestei, Eu ainda me manifestarei. Jeová-Rafá = o Senhor
cura (Ex 15.26); Jeová-Nissi = o Senhor nossa Bandeira (Ex 17.8-
15); Jeová-Shalom = o Senhor nossa paz (Jz 6.24); Jeová-Ra`ah = o
Senhor meu pastor (Sl 23.1); Jeová-Tsidkenu = o Senhor nossa
justiça (Jr 23.6); Jeová-Jireh = o Senhor que prove (Gn 22.14);
Jeová-Shammah = o Senhor está ali (Ez 48.35)
c) El – Deus, nome que também é usado com algumas combinações: El-
Elyon (Gn 14.18-20), uma referencia ao Deus Altíssimo, aquele que é
exaltado sobre todos os deuses. EL-Shaddai (Ex 6.3), aquele que é
suficiente. El-Olam (Gn 21.33), para expressar a eternidade de Deus.
d) Adonai – Senhor ou Mestre significa aquele que domina que governa
(Is 10.16,33)
e) Pai – tanto no AT, quanto no NT, descreve Deus como fonte de todas
as coisas e Criador do homem (At 17.28)
f) Filho – o ponto culminante de revelação foi quando ele se revelou
através de seu Filho (Hb 1.2)

Natureza associada aos atributos


Seus nomes é uma forma de Deus se revelar a nós, Deus é amor e por amor
ao seu nome não abandonará o seu povo. Quando a Bíblia o revela como
Criador, demonstra o seu cuidado com as suas criaturas. A razão disto é que
como criador ele conhece o principio o meio e o fim, nada lhe escapa. Seus
nomes com já vimos expressam suas qualidades por inteiro, enquanto que
seus atributos demonstram o seu caráter.

Seria muito difícil fazer uma associação entre a natureza de Deus sem
falarmos um pouquinho da Trindade divina. Como poderia Deus ter
comunhão com alguém caso não houvesse em sua pessoa o Pai, o Filho e o
Espírito Santo? O Pai Cria, o Filho redime e o Espírito Santo santifica, fazem
isto numa cooperação unida e em um mesmo propósito.

O amor do Pai fez com que enviasse o Filho, a obediência do Filho o fez vir e
voltar para o Pai, o Pai e o Filho, envia o Espírito Santo. Deus sabe tudo o
que fazemos, o que pensamos, conhece toda a nossa estrutura devido a sua
Onisciência, que é o poder de saber todas as coisas. Ao mesmo tempo Deus
está presente em todo o Universo devido a sua Onipresença. Ai,
perguntamos: Porque não somos consumidos? Visto que pecamos
constantemente, erramos nada merecemos. A resposta vem quando
entendemos sobre a intercessão do Espírito Santo junto ao Pai, que devido à
morte de Jesus na cruz do calvário e sua ressurreição, somos alcançados
pela misericórdia de Deus.

Deus é um ser pessoal dotado da capacidade de sentir, pensar e tomar


decisões. Ele comunica com os outros seres, podendo ser afetado pelas
reações deles. É imprescindível ver como ele age, na sua eternidade,
qualquer variação de tempo é desconhecida, ele sabe tudo exatamente com
detalhes, mas sua natureza, não permite que haja interferência no livre
arbítrio do homem. A historia de Jonas é um exemplo disto, ele tomou o
navio para outra região e Deus já sabia que faria aquilo. Porque não impediu
antes? Que culpa tinha os demais viajantes do navio? O assunto de Deus
não era com Jonas? Aonde se aplica bondade ai? E o amor? Uma vez que se
permite que outras pessoas sofram sem terem cometidos os atos do
fugitivo.

Em primeiro lugar devemos entender que Deus é absoluto em suas ações, e


nada faz que venha a ferir a sua justiça. Segundo em tudo há um propósito
e as vezes este propósito é desconhecido pelo homem e por fim devemos
entender que as tempestades, as catástrofes, também tem seu lado bom.
Não gostamos perdemos com elas, mas elas reflorestam, da oportunidade
para reconstruir, mudam a direção das coisas e todo o controle esta nas
mãos de Deus, que tudo faz bem. Todos os acontecimentos estão dentro de
seu saber, nada acontece de modo aleatório.
Conclusão
Por mais que se procure explicar ficará sempre algo para dizer. É impossível
o ser finito desvendar o Ser infinito que é Deus.

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profa. Jaciara da Silva

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