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1. Termodinâmica de Solução
Composição da solução
a. Concentração molar: [ ] ⁄ , onde ni é o número de mol
do soluto “i”, e V é o volume da solução.
b. Concentração em massa: ⁄ , onde mi é a massa do
soluto “i” em gramas, e V é o volume da solução.
c. Fração molar: ⁄ , onde ni é o número de mol
do soluto “i”, e ntotal é o número de mols total.
d. Concentração molal ou molalidade: ⁄ ,
onde ni é o número de mol do soluto “i”, e msolvente é a massa
de solvente em Kg.
Sejam V*m,1, V*m,2, ...., V*m,r os volumes molares das substâncias puras
genéricas 1, 2,... e r. Seja V* o vo lume total das sustâncias genéricas
puras a T e P constantes:
∑
(1)
(2)
volume da solução
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(3)
2
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( ) ( ) ( )
( ) (4)
̅ ( ) (5)
( ) ( ) ∑ ̅ (6)
̅ ̅ (7)
Figura 1. Adição de dnj mols de uma substância j a uma solução a T e P constantes provoca uma
variação dV no volume da solução. O volume parcial molar de j na solução é igual a . Ref. Ira
Levine, Físico-Química, vol 1, Editora LTC, 6ªedição.
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̅ (8)
É importante observar que substância pura pode ser tratada como um “caso
especial” de solução:
̅̅̅ (9)
∑ ̅ (10)
∑ ̅ (11)
O caminho que nos trouxe até a definição do volume parcial molar se aplica
às demais propriedades extensivas: energia interna, entalpia, entropia,
capacidade calorífica, energia livre molar. Por esta razão, sugiro que você
liste as definições parciais molares para estas grandezas.
̅ ( ) (12)
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̅ ̅̅̅ ̅ (13)
Outro exemplo:
( ) (14)
( ) * ( ) + [ ( ) ]
Então
( ) ̅ (15)
( ) ̅ (16)
D. Grandezas de mistura
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Sugiro que você identifique nas expressões acima quais grandezas são
propriedades da solução.
∑ (̅ ) (17)
Figura 2. Propriedades termodinâmicas de mistura para soluções de água e dietilamina a 49°C e 1atm.
Note que n é o número de mols total. Ref. Ira Levine, Físico-Química, vol 1, Editora LTC, 6ªedição.
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2. Solução Ideal
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molécula por outra não altera a estrutura (arranjo molecular) espacial, tão
pouco a energia de interação intermolecular na solução.
∑ ∑
∑ ∑
Estado Padrão
é o líquido “i” puro na mesma T e P da solução
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Grandezas de misturas:
( )
( ) ∑
Como , portanto:
{J/mol}
Fração molar de B
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(a)
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(b)
(c)
(e)
A equação acima foi deduzida considerando uma solução líquida ideal, vapor
ideal e pressão não muito alta. Esta última condição é a que permite que a
relação (d) seja válida.
Observe que:
i) Quando , ;
ii) Quando aumenta, ambos e aumentam.
(f)
Observe que:
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A verificação deste fato pode ser feita pela resolução do exemplo dado a
seguir.
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Solução ideal: limite em que os componentes são tão similares uns aos
outros, a ponto de que as interações .
(j)
Como o ambiente mudou muito pouco para o solvente, seu potencial químico
é dado por:
(h)
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A medida que uma solução real não eletrolítica torna-se mais diluída, os
potenciais químicos de “i” e “A” se aproximam das relações (j) e (h) acima.
Estado padrão:
Figura 3. Potencial químico do soluto i em função de ln xi. A reta tracejada extrapola o comportamento
idealmente diluído até o limite de . Ref. Ira Levine, Físico-Química, vol 1, Editora LTC, 6ªedição.
Pi: pressão parcial do soluto “i” na fase vapor em equilíbrio com uma solução
idealmente diluída;
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Considere a fase vapor como uma mistura de gás ideal, portanto podemos
escrever para os componentes desta fase a seguinte relação:
No equilíbrio:
( ) ( )
exp [ ( )]
exp [ ( )]
Resposta:
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Finalmente, quero apontar que, sob alta diluição, todas as soluções não
eletrolíticas tornam-se idealmente diluídas.
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Figura 4. Pressão de vapor parcial de etanol em fase vapor, representada neste gráfico por
°
sua fugacidade, em equilíbrio com uma mistura líquida binária de etanol e água a 25 C e
1bar.Ref.:https://chem.libretexts.org/Bookshelves/Physical_and_Theoretical_Chemistry_T
extbook_Maps/DeVoe's_%22Thermodynamics_and_Chemistry%22/09%3A_Mixtures/9.4_
Liquid_and_Solid_Mixtures_of_Nonelectrolytes acessado em 22 de maio de 2020 às
13:20h.
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Figura 5. Pressão de vapor em função da composição da fase líquida de um sistema binário genérico
formado pelos componentes A e B. Fonte da imagem:
http://staff.um.edu.mt/jgri1/teaching/che2372/notes/05/02/02/mixtures.html acessado em 25 de maio de
2020 às 15:15h.
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Neste gráfico:
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“i” H2 N2 O2 CO Ar CH4
(kbar) 71,7 86,2 44,1 58,8 40,3 40,4
(kbar) 3,93 2,27 1,24 1,52 1,15 0,49
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Tabela 2. Coeficientes de solubilidade de Bunsen de alguns gases a 20°C em diferentes solventes.
Ref. Luiz Pilla, Físico-Química, vol.II, @a edição revista e atualizada, Editora UFRGS, 2010.
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( ⁄ )
̅̅̅̅̅
Para o caso de que tanto P (pressão total), quanto a pressão parcial do gás é
constante, a fração molar do gás na fase vapor também é constante, assim:
( ) ̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅
Se nós assumirmos que a solução formada com a dissolução do gás é ideal, o calor
de dissolução do gás em um líquido é igual ao calor de liquefação. A dissolução
ocorre em duas etapas:
1° liquefação do gás;
Observe que:
̅̅̅̅̅
Link para o Wolfram Demonstrations Project “Lei de Henry para gases dissolvidos
em água”.
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4. SOLUÇÕES REAIS
A. Definição termodinâmica
, onde
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∑ ∑
∑ ∑
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( )
( )
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Figura 8. Curvas típicas para G, GE e típicas para uma mistura binária a 25°C que apresenta
desvio positivo da idealidade. Ref. Ira Levine, Físico-Química, vol 1, Editora LTC, 6ªedição.
O mesmo caminho que nos levou a Lei de Raoult e a Lei de Henry nos
mostra que:
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Onde é a atividade do componente i. Note que aqui, solução real, tanto a pressão
de vapor do solvente, quanto à pressão de vapor do soluto seguem a expressão
acima em termos da atividade.
Figura 10. Dois sistemas binários clássicos. a) Acetona + clorofórmio: desvio negativo da lei de Raoult;
b) Acetona + disulfeto de carbono: desvio positivo da lei de Raoult. Ref. Ira Levine, Físico-Química, vol
1, Editora LTC, 6ªedição.
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Por outro lado, se o coeficiente de atividade for maior que 1, a energia livre de
excesso será positiva (GE>0), G > Gideal, ou seja, o processo de formação da mistura
foi “menos” espontâneo que o correspondente ideal, o que significa que a solução é
menos estável.
A partir daqui, nós iremos discutir o equilíbrio líquido-vapor tendo como referência a
regra das fases e as implicações práticas dos comportamentos/modelos
apresentados nesse material. O equacionamento apresentado aqui aparecerá
novamente algumas vezes na discussão que se seguirá. Assim como os aspectos
conceituais que trabalhamos até aqui. Os objetivos na próxima etapa são: i)
construir qualitativamente e quantitativamente os diagramas de fase a partir de
dados experimentais; ii) extrair as características fundamentais de sistemas
clássicos a partir de seus diagramas de fase de equilíbrio líquido-vapor; aplicar a
regra das fases e a regra da alavanca a estes sistemas e, iii) a partir do perfil do
diagrama de fase inferir sobre a possibilidade da separação dos componentes da
mistura a partir de destilação fracionada.
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