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Conteúdo licenciado para Bruno Martins do Carmo - bmctjsp2018@gmail.

com
antes de mais nada
Desde quando comecei no mercado e quando criei o SST,
procurei fazer algo diferente do que existia. Ser igual aos
demais não me levaria onde queria chegar. E dessa vez,
não é diferente!

Ao terminar este livro você, além de ter o conhecimento


necessário para sair da estatística, terá também acesso
ao nosso grupo exclusivo do Discord, em que vamos nos
juntar e evoluir juntos.

Traremos os trades do dia, detalhes, insights, debates e


conteúdo de mercado para te acompanhar nessa jornada.
Participe, interaja e evolua num ambiente que privilegia o
espírito do skin in the game no mercado, e não o show.

Não deixe para depois, entre agora mesmo no nosso grupo:

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Prefácio
“Você tem que estar pronto para morder a bunda de um
urso todas as manhãs.”

Antes de começarmos, preciso te contar um pouco da


história. Será bom para sua compreensão posterior sobre
mercados, trading e investimentos.

Desde 2006, foram 15 anos apenas fazendo o meu dinheiro


no meu mercado, sem me preocupar em passar nada sobre
estratégias e operacionais ao público. Nunca havia tentado
ensinar algo a alguém, de forma pensada e organizada.

Em 2021, após intenso trabalho e dedicação, com foco em


detalhar tudo e ser o mais didático possível, criei o curso
da Clássica, um operacional que utilizo há bastante tempo
e que além de ser bem confiável, traz uma excelente
proporção de risco/retorno.

Foi incrível ver os resultados gerados após a criação deste


meu primeiro conteúdo didático!

Foi incrível ver os resultados gerados após a


criação deste meu primeiro conteúdo didático!
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O objetivo do treinamento vai além de passar um
operacional para que as pessoas aprendam uma forma de
rentabilizar seu capital no mercado. Eu o criei para trazer
confiança às pessoas de que existe, sim, algo que funciona
neste mercado.

Quando começamos a aprender a operar e nos dedicamos


a replicar setups que aprendemos em livros ou cursos,
ficamos frustrados ao ver que nada daquilo funciona. A
Clássica foi criada para colocar as pessoas de volta no jogo,
ensinando algo que funciona e, além disso, ampliando a
percepção de mercado das pessoas.

Sendo assim, quer você tenha feito a Clássica ou não, este


pequeno livro é meu segundo projeto rumo a este objetivo,
e você está de parabéns por ter colocado esta leitura em
sua jornada para bater o mercado!

Se você fez a Clássica, certamente este conteúdo vai


ampliar ainda mais sua visão, e se você não fez, não se
preocupe, pois este pode ser o seu primeiro passo num
mundo totalmente diferente das narrativas de cursos e
livros.

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“Tudo em minha vida se dá por
um processo de tentativa e erro.
Errando, identificando o que fiz de
errado, criando novos princípios e
finalmente tendo sucesso.”

Ray Dalio

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Introdução
Bem-vindo ao mundo real do mercado!

Neste livro, vou te mostrar como desenvolvi o meu famoso


(dentro da comunidade) Trade da VWAP, um operacional
totalmente pensado e desenvolvido por mim. Não aprendi
esse operacional em livros ou cursos, aprendi vendo os
preços se movimentarem dia após dia, comendo tela o dia
inteiro, testando, errando e corrigindo, até que encontrasse
uma fórmula vantajosa na equação entre as variáveis Risco,
Retorno e Probabilidade.

A proposta aqui é te ensinar como desenvolvi este


operacional, para que você possa não apenas usá-lo, mas
também para que você tenha a capacidade de entender
como desenvolver os seus próprios operacionais.

Eu só preciso que você leia todo o livro com empolgação e


atenção. Quanto mais atenção a cada detalhe, mais você
conseguirá absorver, independentemente do seu nível de
conhecimento de mercado.

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Na verdade, se você acha que tem algum conhecimento de
mercado, gostaria que se despisse dele agora e abrisse a
cabeça para aceitar algo novo, diferente, original e testado
no campo de batalha, não nas páginas de livro com gráficos
estáticos.

Fato é que este conteúdo poderá ir muitas vezes de


encontro com alguma teoria que tenha aprendido sobre
mercados, mas avance junto e verá que o mundo se
ampliará à sua frente. Foram as informações contidas aqui
que me ajudaram a sobreviver o bastante no mercado, para
que eu tivesse tempo pra entender como funciona o jogo.

Um operacional que eu mesmo desenvolvi, bem simples,


que tinha uma taxa de acerto baixa, que era rígido, mas que
me fez entender que o dinheiro não vem do quanto você
acerta, ele vem do resultado positivo da equação
fundamental do trader:

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Edge é a vantagem matemática que o seu operacional tem
acima do breakeven. Ou seja, um operacional com risco/
retorno de 1:1 e taxa de acerto 50% não é lucrativo, pois no
longo prazo o seu resultado será de zero, sem considerar
taxas. Então nesse caso você precisa melhorar alguma parte
da equação, ou a taxa de acerto ou o risco:retorno.

O %breakeven também pode ser escrito da seguinte forma:


(Risco / (Retorno + Risco) *100

Você acabou de encontrar a Pedra Filosofal do trade, a


equação onde tudo começa e termina. Faça bom uso!
Desenvolva seus operacionais sobre ela e vai anotando aí,
que ainda tem muito mais coisas para abrir sua mente nas
próximas páginas.

Leia este livro já! Não agende para começar a leitura na


segunda! Avance já em sua jornada! Descole-se dos 90%
que esperam que o day trade depende apenas de aprender
um setup que algum autor ou marketeiro escreveu! Não
postergue o conhecimento!

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Lembre-se: Você precisa apenas de tempo de
sobrevivência para entender e, enfim, ser rentável com
seus próprios trades. Não gaste tempo com outra coisa
agora que não seja este livro. O relógio está correndo!

Boa leitura!

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João Homem
por Caio Bertola

Nascido na periferia de Belo Horizonte-MG, João Homem


começou a se interessar cedo por Economia, Finanças e
Mercado Financeiro. Desde sua adolescência, vendo e
vivendo a luta intensa dos pais para proporcionar o melhor,
dentro do cenário em que estavam, percebeu que “apenas”
trabalhar como se não houvesse amanhã era insuficiente
para o que queria na sua vida. Sim, isso era e se manteve
durante a vida toda um pré-requisito para qualquer ação
que fosse tomar, desde vender biscoitos, trabalhar com
carros, trader e empresário.

Assim começou a usar a seu favor um hábito que,


infelizmente, poucos têm: a leitura. Passou a devorar livros
e absorver o conhecimento passado por grandes nomes do
mercado, lidando assim como se fosse uma conversa com
eles.

Momentos que para muitos seriam de diversão, como ir à


praia em um feriado, eram considerados uma oportunidade
para focar e conseguir terminar mais um livro.

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Apesar da grande vontade e interesse, não tinha condições
financeiras para realizar aportes na Bolsa de Valores, isso
sem contar as taxas altíssimas cobradas naquela época. Até
que em 2006 realizou seu primeiro investimento. Era o
sonho começando a tomar forma.

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O que é conhecido por fazer hoje, o day trade, só foi
aparecer em sua vida em 2014, quando trabalhava em
uma concessionária de veículos. Seu objetivo era usar a
alavancagem para melhorar a performance nos
investimentos.

Após algum tempo de estudo e algumas planilhas mágicas,


criou uma meta para si mesmo: entrar na sala do seu chefe e
deixar o crachá, para nunca mais voltar. Mas a meta se
mostrou mais difícil do que parecia.

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Inicialmente, tentava replicar o que aprendia em cursos e
livros, mas sem êxito. Porém, como passava boa parte do
tempo com os olhos vidrados na tela, começou a perceber
alguns padrões, que aliados a uma boa gestão de riscos,
forneceram a base para criar diversos modelos operacionais,
além de terem dado também a confiança necessária em si
para construir suas próprias estratégias.

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Já em 2016, passou a depender profissionalmente e
exclusivamente do Mercado, graças ao operacional daVWAP,
seu primeiro operacional lucrativo. Hoje, além de trading, é
responsável também pela gestão do seu portfólio focado no
longo prazo.

Além de se dedicar ao Mercado, também é o criador e líder


da maior comunidade gratuita do Mercado Financeiro no
Brasil, o Special Squad Traders (SST). Comunidade que
vem revolucionando o mercado desde 2016, conquistando
melhores condições para traders e investidores do varejo na
Bolsa de Valores.

Conheci o SST por indicação de amigos e a primeira


impressão ao ver os vídeos do João foi no mínimo exótica…
Era muito diferente do que existia disponível nas redes
sociais. Então comecei a acompanhar o João e o SST, mas
segui meu caminho no mercado, estudando e tentando de
diversas formas fazer dar certo com cursos e livros.

Algum tempo depois surgiu a oportunidade de ir para a SST


Tower e operar no mesmo ambiente que o João, Garufi e
outros traders.

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Corri para aproveitar a oportunidade de ser um dos primeiros
a ter a experiência de estar próximo deles e seria a primeira
vez que teria contato com pessoas que de fato vivem de
mercado todos os dias e se não fosse verdade, iria descobrir
logo ali dentro.

A pessoa que sempre tive vontade de conversar e entender


a forma que enxergava o mercado era o João. Ele que
sempre falou em uma linguagem própria que ninguém
conseguia entender! Não seria uma missão fácil!

Sabia que iria de pouco em pouco, mas tinha certeza de que


queria aprender quais indicadores ele usava, por qual motivo
escolheu e qual a diferença entre eles.

Eu queria saber como ele enxergava os candles e as


movimentações e como isso iria de encontro ou totalmente
contrário ao conhecimento que eu já tinha adquirido. Está
sendo uma experiência única poder ter acesso a alguém com
tanta bagagem e experiência.

Aprender e entender como alguém enxerga o mercado é


algo muito rico, abre a sua cabeça e amplia sua visão para
um outro patamar, mesmo que você não aplique aquilo na
íntegra e te traz novas possibilidades.

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Isso é válido para todas as pessoas, mas quando é com
alguém que construiu formas próprias de enxergar é algo
muito mais intenso. Os detalhes, as informações que muitas
vezes não são completas e geram discussões, tudo isso é
uma experiência única.

Hoje, o João é uma grande fonte de inspiração na minha


jornada. Ver a transformação de vida que ele teve, através
do trade, é inspirador e admirável. Costumo dizer que é só
esperar o Netflix conhecer a história, que vira filme.

Muitos iriam parar por aí, mas o João decidiu mudar de


patamar. Tinha um capital acumulado que conseguiu ao
longo dos anos fazendo day trade e decidiu, a partir de
então, criar uma carteira de gestão própria, indo a fundo nos
estudos e no conhecimento desse assunto que é muito
extenso.

Desde a nossa primeira conversa até hoje, após toda


conversa que temos, saio com um novo aprendizado. Então,
se puder deixar uma sugestão minha, para você leitor, é que
aproveite esse ponto de contato com o João e todos os
outros que terão, eles valem cada segundo dedicado.

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“A coisa mais importante a fazer
se você se encontrar em um buraco
é parar de cavar.”

Warren Buffett

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A história
Minha carreira de operador de day trade na bolsa de valores,
começou como a da grande maioria: economizei o dinheiro
do meu trabalho, comprei alguns livros, fiz diversos cursos
e nada parecia funcionar. O dinheiro sempre acabava entre
os stops e o preço dos cursos. Por mais que estudasse e
tentasse aplicar o que era ensinado, o resultado não vinha.

Até que, no final de 2015, mesmo sem falar e entender


inglês, encontrei um material de duas páginas em língua
inglesa que falava sobre um indicador que até então não
conhecia, a VWAP. Com a ajuda do Google Tradutor, entendi
sobre o que falava o artigo.

A primeira coisa que pensei foi: com certeza alguém aqui


no Brasil conhece e usa esse indicador! Então, pesquisei
no Google e no Youtube, por vídeos ou conteúdos em
português que me dessem mais informações operacionais
e confiança para usar a VWAP. Só que, para minha surpresa,
não encontrei nada.

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Então fui pelo caminho do “faça você mesmo’’. Inseri o
indicador no gráfico e comecei a observar como o preço se
comportava em relação ao indicador e comecei a enxergar
um padrão de comportamento dos preços ali.

Porém, naquela época, eu não acreditava que após ter


tentado replicar vários operacionais de gurus do mercado,
sem sucesso, eu fosse capaz de criar um operacional próprio
que funcionasse. Parecia uma utopia desvairada, mas decidi
tentar assim mesmo!

Com muito medo por nunca ter ouvido falar de ninguém que
usava esse indicador, comecei a colocar o meu operacional
baseado nele em prática. Após muitas análises, tentativas e
erros, nascia ali O Lendário Trade da VWAP, que muitos
tentaram copiar e vender depois.

E foi assim, após uma decisão quase que totalmente


desconfiada, que tive em mãos um primeiro operacional
lucrativo e confiável, que me possibilitou sobreviver no meu
início e estar aqui hoje, atuando como trader profissional.

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O Indicador
Volume Weighted Average Price (VWAP) em português
significa uma média do preço ponderada pelo volume.

Esse indicador é calculado a partir do primeiro candle do dia,


e vai sendo alterado a cada negócio feito.

Costuma ter bastante relevância pois, como indica o nome,


é uma região onde muitos traders, sejam eles pessoas físicas
ou institucionais usam para entrar ou sair de suas posições,
por considerar que houve uma boa quantidade de volume
naquele preço.

A fórmula usada pelas plataformas para calcular esse


indicador é:

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Ou seja, a VWAP para um dado período é apurada
pegando-se o preço de cada negócio realizado naquele
período, multiplicando-se esse preço pelo volume
transacionado naquele negócio, somando todos os
resultados dessas multiplicações para, finalmente, dividir
tudo pela soma de todo o volume transacionado naquele
período.

Diferentemente de outros indicadores, ele não possui base


em tempo e sim em volume. Por isso, independentemente de
ser um gráfico de 5 minutos ou de 30 minutos ou qualquer
outro tempo, o valor da VWAP será sempre o mesmo.

Vale dizer que a VWAP pode ser calculada também a


partir do início da semana, mês ou até de um ponto
específico, mas, no nosso caso, usaremos a diária que é
a padrão das principais plataformas.

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Inserindo o indicador na plataforma
Entre as diversas plataformas que existem no mercado,
algumas mais amigáveis, outras nem tanto, algumas se
destacam por algumas razões específicas. E a que uso
atualmente é o MetaTrader que se destacou para mim como
a plataforma mais estável que conheço, apesar de não
muito amigável. Ela também é gratuita, o que ajuda quem
ainda não está tendo lucros no mercado.

Para inserir a VWAP no MetaTrader:

No canto superior esquerdo do seu MetaTrader, clique na


sacolinha de mercado, coloque na barra de pesquisa a
palavra “SST”, clique em Grátis e selecione o indicador SST
VWAP.

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Marque a caixa de permissão e vá para os parâmetros de
entrada.

Nos parâmetros de entrada configure como no exemplo


abaixo, colocando a VWAP Diária.

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Caso não tenha muita familiaridade com o MetaTrader, não
se preocupe, você vai receber um tutorial explicando passo
a passo como usar a plataforma.

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Entendendo o operacional
Como falei anteriormente, e você verá inevitavelmente, a
VWAP é um ponto onde há interesse de compradores e
vendedores ao longo do dia, portanto, existe uma boa
probabilidade de quando o preço voltar na VWAP, ter briga.
Essa briga normalmente era o suficiente para me dar a
entrada e a saída do trade, seja com lucro ou prejuízo.

Mas isso não ocorria a todo momento… Você vai perceber


que em mercados consolidados, por exemplo, a VWAP
costuma navegar na região de 50% do range, e o preço
cruza a VWAP para cima e para baixo, sem se importar com
a existência dela. De fato, nestes casos, para aquele
operacional, ela não tinha utilidade alguma. Neste tipo de
caso, digo que a VWAP está flat, ou seja, não está em
ascendência ou descendência forte o bastante para este
operacional.

A forma que pensei esse operacional teve como princípio


inicial um retorno à média após uma “tendência”, o que você
provavelmente já ouviu falar.

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Pois é, eu também já tinha ouvido falar, estudado e tentado
colocar em prática e não funcionou da forma esperada,
então com o tempo observando o comportamento do preço
na VWAP, decidi operacionalizar isso, de uma forma como
não vemos nos livros.

Tudo começava com um movimento de força, seja para cima


ou para baixo. “Mas João, como identificar um movimento
forte?” Para um movimento ser forte, é preciso ter um candle,
ou uma sequência de candles, que se afaste da VWAP
trazendo a ela uma inclinação, para cima ou para baixo,
desde o início do dia.

Quando acontecia esse afastamento e a inclinação da


VWAP, o preço tendia a corrigir até a VWAP, possibilitando
uma entrada no sentido do movimento anterior, ou seja, se
foi um movimento de alta, esperava com uma compra na
VWAP.

Assim, a briga que costumava ocorrer neste ponto gerava o


resultado da operação.

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“Ok, entrei no trade, mas e o risco? Onde devo colocar
meu stop? E o alvo? Quanto busco nessa operação?”

Tanto o alvo quanto o stop são pontos extremamente


importantes nesse operacional, como você verá ao longo
deste material, pois podem ser medidos de diferentes formas,
e você poderá usar da maneira que se sentir mais
confortável.

Para ficar claro, vou trazer alguns exemplos. O primeiro


exemplo é do dia 10/02/2022:

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Agora um outro exemplo que ocorreu no dia 18/01/2022:

O dia começou com um gap de baixa de aproximadamente


700 pontos, porém as primeiras barras do dia se mostraram
sem direção, com as barras 1 a 5 se desenvolvendo
lateralmente em um range de 320 pontos.

A barra 6 se mostrou a barra mais forte do dia, fechando


praticamente sem sombras acima e abaixo, tendo
continuidade nas barras seguintes, o que resultou em um
movimento de 370 pontos de alta.

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Entre a barra 6 e a barra 12, o movimento de alta se desen-
volveu com barras compradoras e gerando um afastamento
da VWAP (linha laranja) que, conforme os negócios são
feitos, tomou uma tendência ascendente, acompanhando o
preço.

A partir desse movimento, colocamos uma ordem de compra


limit, ou seja, definimos o preço exato que queremos entrar e,
caso o mercado chegue lá, seremos executados e entramos
no trade. Caso não chegue no ponto que definimos, ficamos
de fora.

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Ajustamos o valor da ordem conforme a VWAP se movimen-
ta. Até esse momento, não tinha ocorrido nenhuma correção.
Foi só quando a barra 13 fechou e a barra 14 abriu, que foi
testar a VWAP.

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Assim que o preço testou a VWAP, houve uma briga
suficiente para atingir nosso alvo.

Agora um exemplo do dia 25/01/2022, onde tivemos alguns


trades da VWAP:

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O dia começa com um gap de baixa de aproximadamente
0,5%, seguido de uma barra forte com mais de 300 pontos
de amplitude, fechando praticamente na mínima. O segundo
candle é um candle vendedor pequeno e que não deslocou
o preço. Até que o terceiro candle do dia realiza um teste na
VWAP e volta a cair.

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As barras 4 e 5 criam um forte movimento de queda,
gerando afastamento da VWAP e, nas barras seguintes,
temos uma sequência de barras que não nos trazem
nenhuma informação relevante de força compradora. Ou
seja, a predominância ainda é vendedora, tendo a VWAP
fortemente inclinada e levando o preço a testar novamente a
VWAP na barra 11, nos dando mais uma oportunidade. Após
esses 2 trades lucrativos, tivemos uma consolidação, até
que as barras 16 e 17 romperam a consolidação e viraram a
VWAP para cima, indicando um início de um possível
movimento comprador, que aconteceu nas barras seguintes
também mostrando força e afastamento da VWAP até o
preço retornar e testá-la na barra 37, dessa vez resultando
em um stop.

A seguir, outros exemplos para os quais eu quero que você


faça a sua própria análise.

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“O dinheiro está sempre lá, mas
os bolsos mudam.”

Gertrude Stein

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Os 3 pilares do trade

risco retorno probabilidade


Nesse momento, muitos já penduraram uma ordem naVWAP
ou pularam para a parte de alvo e stop, mas antes de colocar
em prática qualquer operacional, você precisa conhecer a
equação do trade. Calma, isso não significa ter que ser um
matemático ou lembrar a fórmula de Delta e Bhaskara.

A equação do trader é simples e se resume em 3 pilares:


Risco, Retorno e Probabilidade.

A relação entre eles costuma ser inversamente correlaciona-


da, ou seja, quando o risco é baixo e o retorno alto, na
grande maioria das vezes, a probabilidade não será alta.

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Anote isso aí: Não existe uma técnica que lhe dê uma grande
taxa de acerto, com um retorno maior (ou bem maior) que o
risco.

Vamos detalhar cada um desses pilares nas próximas


páginas, deixando bem claro a importância de cada um e
como eles se aplicam ao nosso operacional da VWAP tanto
no trade quanto na gestão. Porém, quero lembrar aqui da
importância de entender bem esses 3 pilares.

95% dos aspirantes a traders procuram incansavelmente por


uma técnica que os ajude a acertar mais. É um erro fatal!

Este meu trade da VWAP, por exemplo, tinha taxa de


acerto entre 35 e 40%, e mesmo assim foi esse operacional
que garantiu a minha sobrevivência por muitos meses.

A técnica tange apenas o pilar da probabilidade e você não


precisa da técnica que mais acerta no mercado, para ganhar
dinheiro. Você precisa apenas ter os 3 pilares bem
equilibrados, e claro, a disciplina para seguir o plano.

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O que esperar do indicador

É comum, no começo da jornada de um trader, ler livros e


ver pessoas utilizando indicadores em seus gráficos, e a
primeira coisa que fazem é procurar um indicador, aquele
indicador, sabe? Que te indique onde comprar e onde vender
e que funciona sempre, em todos os tipos de mercado. Isso
se não colocar 20 indicadores e cada um indicar uma coisa,
gerando uma confusão sem tamanho.

Se você passou por isso, fique tranquilo, faz parte do


aprendizado. Mas muitos acabam parando por aí, seja por
terem quebrado ou por simplesmente desistir.

Caso sobreviva, o trader vai perceber que esse tipo de coisa


não existe: um indicador perfeito. Até por isso existem
diversos! Cada um traz uma interpretação e um resultado,
para um tipo ou outro de operacional e também de mercado.
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Nada no mercado consegue prever o futuro
Os indicadores, como o nome sugere, indicam, ou seja, a
partir de um cálculo e com base em dados do passado,
geram um número, que deve ser interpretado por você e
milhares de outros traders, cada um à sua maneira.

Por isso, é importante que o indicador seja trabalhado


juntamente com o preço, confirmando ou não o que você
interpretou dele. Em outras palavras, um indicador sozinho
não irá te salvar ou te transformar em um trader sobreviven-
te, mas com a leitura do gráfico pode te ajudar a obter
resultados.

Em minha opinião, indicadores que definem pontos onde


ocorrem brigas, ou seja, muita troca de lotes, vendedores e
compradores defendendo suas posições, são indicadores
que servem como pontos de referência para suas operações,
definindo-os como possíveis entradas ou alvos.

Ah! Eles servem como suporte psicológico também, para


quem precisa se agarrar em algo para acreditar no trade.
Porém, por favor, não morra agarrado ao seu indicador
favorito.

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Time frame e ativo

Existem diversos tipos de traders no mercado. Alguns


preferem operar múltiplos ativos, outros dão preferência
para se tornarem especialistas em um ativo. Conhecendo
um pouco da minha história, você já percebeu como sou
focado e no trade decidi também focar e me especializar
em um único ativo que eu conseguisse dominar e que me
rendesse o resultado que queria. Com isso, escolhi um ativo
para “chamar de meu’’, o mini índice futuro (de vez em
quando o “Índice Cheio” também).

Queria aprender quais os melhores horários, o que pode


movimentá-lo, qual a importância de um dado movimento ou
de uma notícia, entender como ele se comporta em dias de
baixa liquidez, e muitos outros detalhes para que assim me
sentisse mais confortável com o sobe e desce do ativo.

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Vale dizer que isso não significa que um operacional como
esse não funcione em outros ativos, mas que recomendo se
especializar em um ativo para isso, ao invés de tentar aplicar
em vários. E acredite, é suficiente.

Atualmente, com vários operacionais já bem amadurecidos,


estou partindo cada vez mais para descobrir outros ativos
que apresentem oportunidades para estes operacionais. Vou
aos poucos ampliando os horizontes e tentando multiplicar o
que deu certo no Índice Futuro.

Da mesma forma que escolhi um ativo, precisava escolher


também em qual tempo gráfico (time frame) iria operar.
Dentre as inúmeras possibilidades existentes na plataforma,
escolhi o 5 minutos. Por que o 5 minutos? Da mesma forma
que existe briga na VWAP pelo grande interesse de diversos
operadores, o 5 minutos é o tempo gráfico mais utilizado e
difundido no Brasil e no mundo, por todos os tipos de traders.
Com isso, os padrões e movimentos que ocorrem nesse
tempo gráfico tendem a ser mais confiáveis que os demais,
uma vez que a grande maioria das pessoas está vendo o
mesmo movimento com a mesma formação. Isso foi o que
me fez escolhê-lo, mas depois de um tempo operando,
percebi que nas operações intraday o gráfico de 5 minutos
era o que representava o melhor equilíbrio para a aplicação
dos 3 pilares com as minhas técnicas.
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Quanto maior o tempo gráfico, mais confiável o padrão,
porém, se usasse os gráficos de 15, 30 ou 60 minutos para
operar day trade, eu poderia ganhar em probabilidade, mas
perderia em risco. Por quê? Quanto mais tempo você fica
posicionado no intraday, mais suscetível você está aos
balanços gerados por indicadores econômicos, breaking
news, ou simplesmente briga, que não deixam o preço nem
chegar no seu alvo e muito menos no seu stop.

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“Eu me perguntava como minha
pesquisa sobre a teoria matemática
de um jogo poderia mudar minha
vida. Em abstrato, a vida é uma
mistura de acaso e escolha. O
acaso pode ser pensado como as
cartas que você recebe na vida. A
escolha é como você as joga.”

Edward Thorp

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O primeiro pilar

A partir de agora, vou detalhar os 3 pilares do trade que são


essenciais para o resultado final, e que mudaram a minha
forma de olhar e entender o day trade. Quero passar para
você toda a minha experiência desenvolvendo esse
operacional lá em 2016 e te mostrar, com a experiência que
desenvolvi ao longo dos anos, outras formas que você
poderá desenvolver. Para que você possa aprender, entender
e aplicar com a segurança que eu não tive, quando comecei
a colocar em prática o operacional.

O primeiro pilar é a parte que dói, o risco. O quanto você


está disposto a perder caso a sua premissa inicial se mostre
errada. É aqui que muitos ficam pelo caminho, não aceitando
o preço do ingresso, como eu costumo dizer.

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Uma pequena analogia antes de entrar propriamente no
tema. Quando você vai ao cinema, ou a um show, você
compra um ingresso e efetivamente faz um pagamento, para
depois ver o que acontece. O filme pode ser ruim, a cadeira
desconfortável, o show pode ser em playback, o cantor não
lembrar a letra, dentre diversas coisas que podem acontecer.
E você aceitou tudo isso ao pagar o preço do ingresso. No
trade, não pode ser diferente.

Recado dado, vamos lá!

Quando eu comecei a colocar em prática, foi muito na


tentativa e erro, então comecei a observar como os trades
se comportavam após a entrada, e para me ajudar nisso eu
tomava como base o MEN (máxima exposição negativa) do
meu relatório de performance.

Vou começar explicando o que é esse indicador do relatório


de performance. Ao entrar em uma operação de compra, por
exemplo, o preço se movimenta podendo ir a favor ou contra
o seu preço de entrada, até o momento que encerra sua
posição.

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Nesse momento a plataforma calcula o MEN, ou seja, a partir
do seu ponto de entrada, até onde o preço foi contra a sua
posição. Para ficar mais claro, caso você tenha comprado um
ativo a R$10,00 e durante a operação o preço
chegou a R$9,00, o seu MEN foi de 100 ticks dado que um
tick equivale a R$0,01.

No meu caso, observei o MEN no relatório de performance


ao longo de diversas operações, e observei que a partir de
um dado valor não valia a pena segurar o trade.

Assim, cheguei à conclusão de que os trades que andassem


30 pontos contra a minha entrada deveriam ser stopados,
pois a maior parte dos trades que mostravam uma exposição
negativa maior que essa, normalmente rompiam a VWAP
e continuavam na direção contrária ao do meu trade.

Nos grupos de discussões onde eu jogava essa ideia na


mesa, era unanimidade a opinião de que um trade desses
não daria certo. Porém, eu tinha certeza que ninguém
naqueles grupos pregou os olhos na tela do gráfico mais
que eu, para analisar esse trade.

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Assim sendo, comecei a colocar o trade em prática,
inicialmente com stop de 30 pontos no mini índice futuro
para, mais tarde, baixar para 25 pontos.

Agora, você já sabe como eu defini o meu preço do ingresso


lá em 2016, com a experiência e conhecimento que tinha
naquele momento. Hoje, você pode fazer da mesma forma
que fiz, conseguindo assim, definir e aplicar o seu stop ideal.
Mas com a bagagem que agreguei ao longo desses 8 anos
de day trade, posso sugerir algumas formas um pouco dife-
rentes da que fiz e até mais fáceis de aplicar.

Entre as diversas formas existentes, acredito que medir a


volatilidade é uma das mais eficientes. Como fazer isso? Vou
trazer alguns exemplos para você.

Você pode se basear no ATR que é o Average True Range


ou média do intervalo verdadeiro, em tradução livre. A sua
base é o True Range, um indicador que procura calcular a
volatilidade do mercado analisando 3 fatores e considerando
o que for maior:

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A partir desse cálculo é possível calcular uma média e ter
uma base da volatilidade média dos candles no período
escolhido.

Outra opção é usar os candles do próprio dia como


referência. Entendendo as sombras como rejeição ou briga,
você pode calcular uma média aproximada das sombras dos
candles mais próximos da entrada ou até mesmo considerar
a sombra maior.

Uma outra opção é o indicador Stop ATR que tem base no


indicador do ATR que vimos anteriormente, mas esse
indicador é plotado no gráfico a partir de uma média,
normalmente de 20 períodos, e um desvio escolhido. A
plataforma calcula o preço indicado para encerrar a posição.
Basicamente é a média escolhida multiplicada pela
quantidade de desvios escolhida.

Além dessas, você pode optar pelo Averan, que é bastante


próximo do ATR mas desconsidera os gaps em seu cálculo.
Ou seja, em momentos como a abertura do dia, o ATR irá
fazer o cálculo considerando o que for maior, enquanto
Averan não irá considerar o gap.

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Como você percebeu, existem inúmeras formas. Deixei aqui
alguns exemplos para que possa entender e enxergar da
melhor forma possível. E, como última possibilidade, adotar
a regra rígida de 25 pontos que eu tinha no passado, quando
o mercado tinha uma volatilidade bem menor, e adaptar para
50 pontos no mercado atual, mantendo sempre a calibragem
de acordo com o momento de mercado.

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O segundo pilar

Nesse pilar vamos falar sobre o retorno procurado em cada


operação.

O retorno teve como base o mesmo princípio do risco. No


começo, tentativa e erro. Observando o comportamento do
preço após a entrada, percebi que atingia um certo patamar e
depois poderia retornar muitas vezes voltando até o stop.

Para calcular esse patamar, eu usava o MEP (máxima


exposição positiva) do meu relatório de performance. Assim
como o MEN, o seu relatório de performance mostra o MEP,
que é basicamente o quanto a operação andou a seu favor
desde a sua entrada.

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Para ficar mais claro, caso você tenha comprado
um ativo a R$10,00 e durante a operação o preço chegou a
R$10,20, o seu MEP foi de 20 ticks dado que um tick
equivale a R$0,01. Com o cálculo do MEP, cheguei a
conclusão, naquela época, de que era comum o índice
retornar 100 pontos após chegar na VWAP.

Lembrem-se que este trade, era de defesa da VWAP. Eu


esperava que houvesse, pelo menos, uma briga na VWAP
que proporcionasse 100 pontos de retorno do preço após
tocar a VWAP.

Hoje, com o conhecimento que tenho e com o mercado


atual, você tem nas mãos algumas outras opções. A primeira
delas é fazer da mesma forma que eu fiz: observar os trades
e testar, calibrando com o MEP até encontrar um valor
adequado. Você pode também utilizar alguma medida de
volatilidade complementar à usada no risco. Caso decida
usar o stop de 50 pontos, pode buscar um alvo de 200
pontos. Foi esse o risco:retorno utilizado em exemplo anterior
do dia 18/01/2022. Caso não tenha percebido a relação
recomendada pelos números que comentei, o ideal é que
busque em torno de 4 vezes o que arriscou.

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O terceiro pilar

No começo dos estudos de análise técnica, ouvimos muito


falar que o trader precisa se atentar ao risco:retorno, que é
isso que te torna um trader vencedor. Enfim, existe todo um
foco nesse tema, mas eu discordo e por isso tenho o meu
terceiro pilar, a probabilidade.

Agora que você já está mais familiarizado com a VWAP e


com os movimentos em torno dela e está começando a
compreender a minha linha de raciocínio no desenvolvimento
desse operacional, consegue entender que a minha ideia era
encontrar um movimento que tivesse uma boa probabilidade
de acontecer, de fazer sentido dentro do mercado.

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E quando o mercado toma direção se afastando da VWAP
e tendo interesse dos operadores nesse ponto, como já
falamos anteriormente, existe sim uma boa probabilidade de
ter briga nesse ponto, sendo favorável ao nosso operacional.

Note que aqui estou falando de probabilidade subjetiva,


aquela adquirida pela experiência em campo, e não por um
cálculo matemático. Nada impede que você use a
probabilidade empírica, via backtests, mas eu ainda acho
que a vida real é bem diferente dos backtests. Eu
simplesmente queria uma probabilidade onde pudesse
encaixar o meu risco/ganho. Naquele momento eu tinha 50%
como minha variável de probabilidade, mas depois de um
tempo fazendo esse trade, concluí que ficava abaixo de 40%.

Daí não precisei ser um matemático pra ver que, mesmo se


a probabilidade fosse de apenas 30%, eu ainda assim sairia
vencedor.

Complementar à probabilidade, existe um outro ponto, esse


sim é um tema adorado pelos traders, principalmente os
iniciantes, a taxa de acerto. Assim como eu, você também
deve ter começado no mercado buscando um operacional,
um padrão, qualquer coisa que tivesse uma alta taxa de
acerto, afinal não quero perder, odeio perder.

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Depois de um bom tempo analisando e desenvolvendo o
operacional da VWAP, percebi que estava batendo cabeça e
perdendo dinheiro querendo acertar “sempre”, porque querer
uma alta taxa de acerto naquele momento não era uma
questão que deveria importar muito. O que eu precisava
mesmo, era ganhar dinheiro.

E para isso era preciso “apenas” uma equação adequada.

Assim comecei a conseguir rentabilizar e crescer meu


patrimônio, com esse operacional que no final das contas
tem uma baixa taxa de acerto, e é por isso que precisamos
ter a relação risco:retorno que falamos no tópico anterior.

Assim desconstruí uma verdade que tinha na minha cabeça


e comecei a construir meu capital.

Concluímos o tripé de risco, retorno e probabilidade, em


uma análise detalhada e profunda de cada um dos temas,
trazendo para você possibilidades e formas de enxergar
e operar o nosso trade da VWAP.

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A gestão simples a cada trade

Esse operacional, como você já sabe, tem uma taxa de


acerto baixa, porém te recompensa muito bem em relação ao
risco assumido. Portanto, saber fazer a gestão do seu dia de
trade é importante para conseguir obter os resultados
desejados.

Durante o dia de trade, caso tome dois stops seguidos, a


operação seguinte deve ser muito bem selecionada. Neste
caso, você pode, caso o trade não desenvolva bem mas já
esteja pagando os dois stops anteriores, realizar lucro, a fim
de reiniciar o seu dia.

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E claro, haverá dias em que a VWAP estará flat, com
longas sombras traçando pra cima e pra baixo. Nesses dias,
após você ver que foi pego em uma armadilha, seja humilde
e pare o quanto antes.

Sempre digo que o intraday é um lugar meio outlaw. Se você


estiver mais preocupado em ser certinho, do que em ficar
vivo, provavelmente morrerá antes da hora. Sei que muitos
teóricos vão discordar, da mesma forma que discordo
deles opinarem sobre uma terra hostil, apenas vendo um
mapa. Sobrevivência em primeiro lugar! Trate de ficar vivo
para o próximo trade.

Operar contratos futuros permite que você obtenha


alavancagem, que é uma das maravilhas do mercado
financeiro, porém é também o que leva muitos traders à
falência.

A alavancagem nada mais é do que trabalhar com um


dinheiro “emprestado”. Para dar um exemplo, um mini
contrato de índice equivale a mais ou menos R$20.000 e as
corretoras exigem de margem em torno de R$100,00 para
cada mini contrato, ou seja, com apenas R$100,00 você está
trabalhando com R$20.000 tanto para lucro quanto para o
prejuízo.

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A alavancagem é o que permite que você, mesmo sem ter
muito dinheiro, consiga ter um retorno financeiro atraente.

Mas lembre-se que você estará comprando um risco bastante


elevado ao fazer isso, portanto é importante que ao longo da
sua trajetória você comece a desalavancar para que no futuro
você possa ter um capital que cubra seus prejuízos quando
necessário, sem impactar sua programação financeira. Pelo
menos foi isso que eu fiz e creio que essa foi a decisão mais
inteligente que tomei no mercado.

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“...os mercados financeiros operam
segundo um princípio que é, de
algum modo, semelhante ao
científico. Nos investimentos,
tomar uma decisão é como
formular uma hipótese científica
e submetê-la ao teste prático...”

George Soros

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Nada disso será suficiente

Agora, você já aprendeu o lendário trade da VWAP , que


pode ser para você, assim como foi para mim, o que te tira
da famosa estatística dos 95% que falham. Porém, não se
engane! Este livro te ensinou mais que um setup que
salvou minha vida no mercado financeiro.

Eu te mostrei aqui
como funciona o jogo!

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Você não precisa replicar este operacional, que hoje em dia
não uso mais. Você poderá melhorá-lo ou desenvolver o
seu! Te dei as ferramentas para fazer isso!

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Mas por que você não usa mais o Trade da VWAP?

Na época, eu o desenvolvi porque tinha pouco dinheiro


disponível pra operar e por isso precisava ter stops tão
curtos quanto eu conseguisse, sabendo que isso influencia-
ria diretamente minha taxa de acerto. Sendo assim, calibrei
o operacional de tal forma, que ficou muito rígido para minha
proteção. Hoje em dia, posso ter operacionais mais flexíveis,
tomando mais risco em prol de retornos maiores.

E por favor, não estou dizendo que nunca mais usei este
operacional. Sempre que vejo acontecendo, já preparo uns
lotes ali na VWAP, mas na grande maioria das vezes, o trade
deriva para outro operacional meu, que pode trazer um
resultado melhor, como A Clássica, o Trade de Segunda
Barra, Os Meninos na Porteira, o Pedala Robinho, e algumas
outras invenções minhas.

Lembre-se também que na prática, a teoria é outra. Você vai


precisar se dedicar a observar o comportamento do mini
índice dia a dia, tick a tick, quando se afasta da VWAP e
quando se aproxima, e se acostumar com essa observação e
comportamento.

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Isso é o básico, como já falei diversas vezes em vídeos e
palestras. Se dedicar 110% é requisito mínimo para
prosperar no mercado.

O buraco é bem mais embaixo, ao enxergar a operação e


clicar. Sem isso você não vai a lugar algum, mas só com isso
também não. Saber fazer a correta gestão dos trades e do
seu capital, controlando a alavancagem também, são
pontos essenciais e que já falamos por aqui. Agora quero
falar com você, sobre você.

Isso não é papo de coach, é apenas para te dizer que se não


tiver humildade, pé no chão, dedicação e cabeça no lugar, a
técnica não será suficiente.

Antes de operar, eu sempre me analiso. Dormi bem na noite


passada? Briguei com a esposa? Onde está minha cabeça
agora? Consigo me concentrar no mercado?

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Outra coisa que faço é visualizar. Eu, após traçar meu
cenário matinal dos mercados, fecho os olhos, respirando
fundo e imaginando o mercado abrindo, me pergunto quais
os tipos de abertura poderemos ter naquele dia, visualizo os
trades acontecendo, como eu reagiria se começasse
ganhando, perdendo, questiono sobre como eu reagiria a um
mercado chato, volátil sem volume ou simplesmente
desconfiado… Enfim, visualizo meu comportamento em
diversas situações.

Hoje, eu sei quais são as coisas que mais me impactam,


como reagir a elas e como faço minhas visualizações. Com o
tempo, você vai descobrir quais são as coisas que mais
podem te impactar, e o que é melhor para você.

Muitas pessoas, quando têm um trade stopado, mesmo


dentro das premissas do trade, tendem a querer recuperar o
dinheiro perdido. Isso significa que não aceitaram de fato o
preço do ingresso (o stop calculado) e isso pode ser por
algum evento externo, como pressão ou distrações.

É melhor não operar em um dia que não esteja 100%, do que


entregar todo seu dinheiro pro mercado por algum fato que te
impactou.

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Lembre-se sempre: o mercado não te deve nada, se não
aceitar isso é você que vai ficar devendo para a corretora,
não ele.

Não se impressione ou se empolgue com grandes ganhos


também. Se sobreviver, você os terá, mas verá que ganhos
extraordinários servirão apenas para cobrir perdas
extraordinárias. Dê valor aos ganhos médios, aos dias
normais, aos 50 reais a mais na sua conta.

Torço para que este livro tenha te ajudado a dar os primeiros


passos no Mundo Real do Day Trade ou, pelo menos, tenha
aberto sua cabeça, ampliando sua percepção de mercado e
te fazendo entender como funciona o jogo.

Dê valor aos ensinamentos contidos neste simples e humilde


guia. Eles foram construídos pela experiência real, com muito
suor e lágrimas. Cuidado com a pompa ofertada no mercado
financeiro.

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Mesmo com um conteúdo de qualidade e que de fato
funciona, a jornada do trader, até conseguir enxergar, operar
e ter resultados sozinho, é árdua, gera dúvidas e abre
margem para erros, onde a grande maioria termina. Por isso,
não vamos deixar você sozinho nessa!

Você terá acesso ao nosso grupo exclusivo do Discord, onde


colocarei informações de mercado e trades da VWAP do dia,
para que assim cresçamos juntos.

Tenha humildade, paciência e fome nessa jornada, para


se tornar um bom trader.

Clique aqui para ter acesso ao grupo do discord

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Venenum in auro bibitur
Veneno ingere-se em taças de ouro

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