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Como criar personagens inesquecíveis – Exercício 1

Pra começar, é preciso deixar uma coisa bem clara: na criação de um


personagem, QUERER é mais importante do que SER. Sem um QUERER não
há história. Portanto, a primeira decisão a tomar antes de desenvolver o
personagem com mais profundidade é definir o que o personagem quer, quais
são suas motivações, quais são os conflitos internos que o impedem de
conseguir o que quer, e por aí vai.

Como criar personagens inesquecíveis – Exercício 2


Bons personagens geralmente são maiores do que a história em que estão
inseridos. O que isso quer dizer? Que você não deve dar ao personagem
apenas as características que vão aparecer na trama. Pra ele parecer real e
verdadeiro, ele precisa ter um passado, mesmo que você nunca mostre um
flashback. Isso dá consistência ao personagem, dando a impressão de que ele
poderia ser uma pessoa real.

Pra isso você pode usar um formulário bem completo que abrange diversas
áreas da vida. Características físicas, psicológicas, passado amoroso, nível de
educação, enfim… é como fazer um grande entrevista de censo de alguém que
não existe.

Como criar personagens inesquecíveis – Exercício 3


A expressão “vencer pelo cansaço” é o que guia este exercício. A proposta é
que você escreva uma lista de 100 fatos sobre seu personagem. Parece
exagerado? É pra ser mesmo! Com certeza você vai começar pelas grandes
questões, aquelas informações que a gente divide quando está descrevendo
ou apresentando alguém. Mas depois de um tempo, batendo a cabeça na
parede porque não sabe mais o que escrever, você vai começar a pensar nos
detalhes do personagem. As manias, os apelidos de infância, os pequenos
traumas, as aflições irracionais, as frescurinhas… aquele tipo de detalhe que a
gente só aprende quando convive muito com alguém.

Não desista, não pare no meio e de preferência, faça a lista inteira de uma vez.
Porque o fato de você se cansar durante o exercício é importante, pra você
entrar numa espécie de brainstorm interno. Enquanto o formulário é todo
organizado e rígido, este exercício não tem muitas regras. É uma maneira mais
orgânica de compor um personagem. Ele ganha vida, ganha movimento. Vai
ser mais fácil visualizar seu jeitão depois disso.

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