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Revisão Turbo | 35° Exame da Ordem
Direito Tributário
Queridos alunos,
Com carinho,
@prof.guilhermepedrozo
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Revisão Turbo | 36° Exame da Ordem
Direito Tributário
1. Conceito de Tributo
Art. 3º, do CTN. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Prevista em lei
Tributo não é pena, não poderá ser exigido como forma de punição (sanção política).
Igualmente não se poderá tributar atividade ilícita, entretanto sobre os frutos decorrentes
da atividade ilícita, poderá ocorrer a incidência tributária. Trata-se do princípio da pecunia non
olet.
O tributo sempre deverá ser criado por meio de lei. Via de regra, será criado por lei
ordinária, através do Poder Legislativo. Excepcionalmente, apenas 4 (quatro) tributos, deverá ser
criado por meio de Lei Complementar.
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Direito Tributário
Exceção:
Lembre-se que a Medida provisória não pode atuar em matéria reservada à lei
complementar, logo não poderá criar estes 4 tributos e muito menos editar normas gerais de
direito tributário, como por exemplo: regrais gerais sobre prescrição e decadência (art. 146, III, B
da CF).
2. Competência Tributária
A Constituição Federal não cria tributos, mas outorga poderes aos entes (União, Distrito
Federal, Estados e Municípios) para que estes criem.
Somente a União pode criar novo imposto (residual) e nova fonte de custeio para
seguridade social (residual).
Assim, lembre-se que poderá ser delegada a capacidade ativa tributária para outra pessoa
jurídica de direito público. Tal delegação consiste na delegação das funções administrativas de:
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Direito Tributário
→ Arrecadação;
→ Fiscalização;
A competência para criar, majorar, excluir e/ou reduzir, esta será indelegável.
A criação, majoração, redução ou extinção de tributo deverá ser feita através de lei.
Mitigações/exceções:
* Para todos verem: esquema
STF: Alterar prazo de pagamento também poderá ser feito por ato do poder executivo.
O valor cobrado de tributo não pode ter significativa quantia que impeça a propriedade.
Exemplo: o valor do IPVA ser maior que o do veículo.
Segundo decisões do Supremo: o princípio do não confisco também será estendido
para as multas tributárias.
A norma tributária não poderá retroagir, ou seja, não poderá atingir fatos geradores que
ocorreram antes de sua vigência. Sendo assim, aplica-se a lei vigente, alíquota e base de cálculo
que estiverem em vigor quando da ocorrência do fato gerador.
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Logo, conclui-se: a norma tributária, via de regra, não poderá retroagir justamente para
preservar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a proporcionar para todos uma segurança
jurídica.
Entretanto, o CTN leciona algumas exceções à irretroatividade:
A norma nova que venha deixar de tratar ato como infração (extinguir multa) ou reduzir a
infração (reduzir o percentual da multa), poderá retroagir para fatos geradores já ocorridos, desde
que não exista coisa julgada.
Vale ressaltar: trata-se de retroatividade mais benéfica somente e tão exclusivamente no
campo das infrações (jamais no tocante às alíquotas ou base de cálculo).
Princípio da Irretroatividade
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4. Imunidades
Imunidade Isenção
Apenas admite
interpretação literal
4.1 Específicas
Podem ser de qualquer espécie tributária (caso concreto/caso certo). Estão espalhadas
por toda a CF.
Exemplo: as entidades de assistência social sem fins lucrativos (por exemplo, Sistema S)
não irão pagar contribuição de seguridade social (Contribuição Patronal, PIS/COFINS).
4.2 Genéricas
Somente de impostos. Estão apenas no artigo abaixo citado e estarão de forma genérica
em nossa Constituição.
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - Instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidadessindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
4.2.1 Templos
Não haverá incidência de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços que estejam em
nome do templo e que sejam revertidos ao cumprimento de sua finalidade essencial na forma do
artigo 150, §4º da CF.
Atenção: § 1º-A O imposto previsto no inciso I (IPTU) do caput deste artigo não incide
sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata
a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem
imóvel.
Não haverá a incidência de impostos sobre livros, jornais, revistas, periódicos e dos papéis
destinados à impressão destes, desde que transmitam pensamento e não possuam cunho
publicitário.
STF: livros eletrônicos (e-books) e seus readers (suportes de leitura) também tem
imunidade na forma da SV 57 do STF.
Mas é importante que se diga: aqui a imunidade será apenas no tocante ao objeto e não
sobre eventual renda auferida com a venda do objeto ou imóvel pertencente à fábrica do jornal.
E para gozarem da imunidade quais são os requisitos necessários que devem ser
observados: transmitir um pensamento e ter uma ideia formalmente orientada
independentemente do conteúdo. Portanto, inclusive as revistas com apelo sexual gozarão desta
imunidade.
E as revistas com finalidade de marketing, que desejam prioritariamente vender produtos?
Estas revistas não gozarão de imunidade, muito menos o papel destinado à impressão destas
revistas publicitárias.
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5. Obrigação Tributária
Sujeito passivo
Terceiro. Porém terá
vínculo com fato gerador e
Responsável sua responsabilidade
deverá estar em lei
expressa
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Contrato particular relativo à responsabilidade pelo pagamento de tributos não poderá ser
oposto contra à Fazenda Pública, bem como não poderá servir para modificar a definição legal
do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Duas ou mais pessoas poderão ser solidariamente obrigadas ao pagamento de um único
tributo? Sim, desde que haja vínculo/interesse comum na situação que constitua o fato gerador
(solidários).
E se uma destas pessoas gozar de isenção tributária em razão de condição especial? Os
demais continuarão devedores pelo saldo devedor de forma solidária.
6. Domicílio Tributário
Local dos
atos/fatos que
Pessoa física Residência Trabalho deram origem
ao fato gerador
Pode o domicílio fiscal eleito pelo sujeito passivo ser recusado pelo fisco, desde que o
local escolhido dificulte ou impeça a arrecadação ou fiscalização
7. Compensação
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada
caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários
com
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Direito Tributário
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os
efeitosdeste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução
maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer
entre a data da compensação e a do vencimento.
Ocorrerá o direito a compensar quando duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e
devedor uma da outra. Agora, não bastará para ocorrer a compensação ter crédito e débito, mas
também faz-se necessário a existência de norma específica do ente competente que estipule as
condições e garantias, observando o teor do artigo 170 do CTN.
Cuidado com a Súmula 212 do STJ que foi revogada em razão de decisão do STF. Logo,
poderá ocorrer liminarmente a concessão do direito de compensação.
8. Remissão
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I - À situação econômica do sujeito passivo;
II - Ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III - À diminuta importância do crédito tributário;
IV - A considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do
caso;
V - A condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-
se,quando cabível, o disposto no artigo 155.
9. Anistia
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I - Aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por
terceiroem benefício daquele;
II - Salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas
naturais ou jurídicas.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
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Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas
de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do
ato:
§ 1° O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Incluído
pela LCP nº 118, de 2005)
I – Em processo de falência; (Incluído pela LCP nº 118, de 2005)
II – De filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. (Incluído pela
LCP nº 118, de 2005)
§ 2° Não se aplica o disposto no § 1° deste artigo quando o adquirente for: (Incluído pela LCP
nº118, de 2005)
I – Sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo
devedorfalido ou em recuperação judicial; (Incluído pela LCP nº 118, de 2005)
II – Parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (Incluído pela LCP nº 118,
de 2005)
III – Identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária. (Incluído pela LCP nº 118, de 2005)
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A denúncia espontânea é o famoso instituto que imita a delação premiada no direito penal.
Ela ocorrerá quando o contribuinte e/ou responsável realizar um fato gerador e, posteriormente
a sua ocorrência, o realizador do fato gerador vem realizar tal comunicação junto a autoridade
fazendária.
E qual benefício gozará o contribuinte/responsável que delatar-se para o fisco? Ele, na
forma do artigo 138 do CTN, estará livre do pagamento da multa, devendo pagar apenas o tributo
devido, este acrescido de juros.
Mas lembre-se da condição disposta na norma: tal fato gerador deverá ser totalmente
desconhecido da autoridade fazendária, sob pena de ser impossível utilizar-se do referido
instituto.
Por fim, e não menos importante: aplica-se o instituto da denúncia espontânea aos tributos
sujeitos ao lançamento por homologação, desde que estes não venham a ser declarados. Acaso
declarados, por mais que não sejam pagos e/ou cobrados, não poderá mais o sujeito passivo
utilizar-se de tal benefício na forma da súmula 360 do STJ.
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Reza o artigo 184 do CTN que sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados
bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos
bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa
falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláu-sula de inalienabilidade ou impenhorabilidade,
seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetua-dos unicamente os bens e
rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Mas tenha cuidado, visto que na própria lei 8.009/1990 (art. 3º, IV) temos uma exceção à
impenhorabilida-de por dívida fiscal, visto que quando o crédito tributário for oriundo do bem imóvel,
ele poderá ser penhorado para pagamento destes débitos (exemplo: IPTU, Taxa, Contribuição de
Melhoria).
Ainda, quanto as disposições legais sobre a garantia, é importante referir o artigo 185 do
CTN: que presu-me-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo,
por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente
inscrito como dívida ativa.
Reza o artigo acima que será presumida fraude toda vez que ocorrer alienação (venda) de
bens com a fina-lidade de não pagar tributo. O lapso temporal para definição da referida fraude é a
inscrição em dívida ativa. Ainda, afirma o parágrafo único do referido artigo que apenas não será
considerado fraude se o devedor conservar bens suficientes para à satisfação do crédito tributário.
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Caderno de Questões – Direito Tributário
Guilherme Pedrozo
Caderno de Questões – Direito Tributário
Guilherme Pedrozo
1) FGV – 2022 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q22
O Município X, desejando fomentar os pequenos negócios de tinturaria e lavanderia na cidade (item 14.10 da lista
anexa à Lei Complementar 116/2003), editou, em 2018, Lei Ordinária que fixou a alíquota do Imposto sobre Serviços
(ISS) em 1,5% sobre o preço desses serviços. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. Diante desse
cenário, assinale a afirmativa correta.
A) A referida alíquota de ISS não poderia ser fixada por lei ordinária, mas sim por lei complementar municipal.
B) A referida alíquota de ISS foi fixada sobre base de cálculo equivocada, pois não deveria incidir sobre o preço do
serviço.
C) A referida alíquota de ISS não viola a alíquota mínima geral de ISS estabelecida em lei complementar federal,
pois os serviços de tinturaria e lavanderia constituem uma das hipóteses de exceção à regra geral de alíquota
mínima.
D) A referida alíquota de ISS viola a alíquota mínima geral de ISS estabelecida em lei complementar federal.
2) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q26
José e João eram sócios da Sociedade Empresária XYZ Ltda. entre os anos de 2017 e 2019, cada um com 50% do
capital social e poderes de administração. Em janeiro de 2020, João se retira regularmente da sociedade, alienando
suas cotas sociais para Joaquim, passando este a exercer a gestão juntamente com José. Em novembro de 2021
é ajuizada uma ação de execução fiscal contra a Sociedade Empresarial XYZ Ltda. para a cobrança de um crédito
tributário relativo a fato gerador ocorrido no ano de 2018. No momento da citação, verifica-se que a empresa havia
sido dissolvida irregularmente poucos meses antes, não possuindo mais bens. O procurador responsável pela ação
decide requerer o redirecionamento da execução fiscal. Diante deste cenário e à Luz do CTN, assinale a afirmativa
correta.
A) Apenas José e João respondem solidariamente em caso de redirecionamento da execução fiscal por dissolução
irregular da sociedade.
B) Apenas José responderá pessoalmente em caso de redirecionamento da execução fiscal por dissolução irregular
da sociedade.
C) Apenas a Sociedade Empresária XYZ Ltda. responderá pela dívida tributária, não sendo possível o
redirecionamento da execução fiscal por dissolução irregular da socidade.
D) Apenas José e Joaquim respondem pessoalmente em caso de redirecionamento da execução fiscal por
dissolução irregular.
3) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q24
Maria dos Santos, querendo constituir hipoteca sobre imóvel de sua propriedade em garantia de empréstimo bancário
a ser por ela contraído, vai a um tabelionato para lavrar a escritura pública da referida garantia real. Ali, é informada
que o Município Z, onde se situa o bem, cobra o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) sobre a constituição
de direitos reais de garantia. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
A) É possível tal cobrança, pois a constituição de direito real de garantia sobre bens imóveis, por ato inter vivos, é
uma das hipóteses de incidência do ITBI.
B) O contribuinte do ITBI, nesse caso, não seria Maria dos Santos, mas sim a instituição bancária em favor de quem
a garantia real será constituída.
C) O tabelião atua como responsável por substituição tributária, recolhendo, no lugar do contribuinte, o ITBI devido
em favor do Município Z nessa constituição de direitos reais de garantia.
D) Não é possível exigir ITBI sobre direitos reais de garantia sobre imóveis.
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Caderno de Questões – Direito Tributário
Guilherme Pedrozo
4) FGV – 2019 - OAB - XXIX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q23
Um carregamento de computadores foi abandonado no porto pelo importador, que não chegou a realizar o
desembaraço aduaneiro dentro do prazo previsto na legislação tributária. Por isso, a autoridade tributária, após o
devido processo legal, aplicou a pena de perdimento e realizou leilão para alienação dos computadores. Diante dessa
situação, a base de cálculo do imposto sobre a importação incidente na hipótese será o valor
A) de mercado dos bens.
B) da arrematação.
C) arbitrado pela autoridade tributária.
D) estimado dos bens, deduzindo-se os custos com armazenagem e as comissões do leiloeiro público.
5) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q25
Pequenos produtores rurais do interior do Estado Alfa vendem sua produção de leite para uma indústria de laticínios
localizada no Município Beta, no mesmo Estado. Por determinação em lei do Estado Alfa, fica atribuída a tal indústria
a responsabilidade tributária pelo pagamento do ICMS vinculado ao fato gerador da etapa de circulação da mercadoria
dos pequenos produtores rurais para a indústria (excluindo-se a responsabilidade dos contribuintes produtores rurais).
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
A) A indústria é substituta tributária no âmbito de uma substituição tributária regressiva (substituição “para trás”).
B) A indústria é substituta tributária no âmbito de uma substituição tributária progressiva (substituição “para frente”).
C) A indústria realiza um fato gerador presumido.
D) A indústria realiza um fato gerador fictício.
6) FGV – 2018 - OAB - XXV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q22
A Fazenda Pública apurou que fato gerador, ocorrido em 12/10/2007, referente a um imposto sujeito a lançamento
por declaração, não havia sido comunicado pelo contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o lançamento de ofício do
tributo em 05/11/2012, tendo sido o contribuinte notificado desse lançamento em 09/11/2012, para pagamento em 30
dias. Não sendo a dívida paga, nem tendo o contribuinte impugnado o lançamento, a Fazenda Pública inscreveu, em
05/10/2017, o débito em dívida ativa, tendo ajuizado a ação de execução fiscal em 08/01/2018. Diante desse cenário,
assinale a afirmativa correta.
A) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso do prazo decadencial.
B) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para propor a ação de execução fiscal.
C) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito tributário, em 05/10/2017, suspendeu, por 180
dias, a contagem do prazo prescricional para propositura da ação de execução fiscal.
D) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a ocorrência do fato gerador (12/10/2007) e a
inscrição em dívida ativa do crédito tributário (05/10/2017).
7) FGV – 2017 - OAB - XXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q26
A pessoa jurídica Sigma teve lavrado contra si um auto de infração. A autuação fiscal lhe impôs multa pela falta de
exibição de notas fiscais durante um determinado período. Após ser citada em sede de execução fiscal, a pessoa
jurídica Sigma alegou, em embargos à execução, que não apresentou as notas fiscais porque elas haviam sido
furtadas por seu antigo gerente geral, que, com elas, praticara ilícito criminal, tendo sido, por isso, condenado na
esfera penal por sonegação fiscal e furto daquelas notas. Com base nessa narrativa, no que tange ao pagamento da
multa tributária, assinale a afirmativa correta.
A) A responsabilidade é pessoal do antigo gerente por ter cometido infração conceituada na lei como crime.
B) A empresa deve arcar com o pagamento da multa, sendo possível, posteriormente, uma ação de regresso em face
do antigo gerente geral.
C) O antigo gerente não pode ser responsabilizado na esfera cível/tributária, por já ter sido condenado na esfera
penal.
D) O caso é de responsabilidade solidária, por ter a empresa nomeado o antigo gerente para cargo de tamanha
confiança.
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Caderno de Questões – Direito Tributário
Guilherme Pedrozo
10) FGV – 2013 - OAB - XI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q24
O Estado A ajuizou execução fiscal em face da pessoa jurídica B, com o objetivo de cobrar crédito referente ao
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Nesse sentido, requereu, em sua petição
inicial, que, após a citação, fosse determinada a imediata indisponibilidade de bens e direitos da contribuinte. Nesse
caso, o juiz deve indeferir o pedido, porque a decretação da indisponibilidade de bens e direitos
A) ocorre somente após o insucesso do pedido de constrição sobre ativos financeiros, embora desnecessária qualquer
outra providência.
B) ocorre somente após a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, embora
desnecessária qualquer outra providência.
C) ocorre somente após o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis.
D) é impossível durante a execução fiscal.
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Caderno de Questões – Direito Tributário
Guilherme Pedrozo
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