Você está na página 1de 5

Carlos Eduardo da Silva Junior n°6

João Vitor Mattos Oliveira n°21

Trabalho de itinerário:

Tema: Acidentes Ambientais

Conceitua-se Acidente Ambiental como o evento não previsível, capaz de direta ou


indiretamente causar danos aos ecossistemas e à saúde humana, como vazamento ou
lançamento de substâncias (gases, líquidos ou sólidos) para atmosfera, para o solo ou para os
corpos d'água, além dos incêndios florestais ou em instalações.

Grande parte dos desastres ambientais está relacionado ao uso irresponsável dos recursos
naturais e também por falhas ou inexistência de medidas de segurança em atividades de risco.

Os desastres ambientais podem causar efeitos na saúde humana, na biodiversidade, na


produção de alimentos e na qualidade da água. Além disso, esses eventos causam enormes
prejuízos financeiros às pessoas atingidas e aos governos.

Causas e consequências dos acidentes ambientais

A maior parte dos desastres ambientais são causados pela ação do homem e muitos deles
estão relacionados ao modo de vida e produção atual.

A poluição, a degradação do meio ambiente, a elevada produção de lixo e o desmatamento das


florestas, por exemplo, são fatores que podem contribuir para a ocorrência dessas catástrofes.

Muitos desastres ambientais também são causados por negligência ou erro humano, como foi
o caso de alguns acidentes nucleares que deixaram consequências devastadoras.

Os prejuízos dos desastres ambientais podem acompanhar gerações ou podem até mesmo ser
irreparáveis. Algumas das consequências dessas tragédias são:

● Elevado número de pessoas mortas, feridas e desabrigadas;


● Desequilíbrio nos ecossistemas, morte e extinção de animais, destruição de
vegetações;
● Proliferação de doenças e incapacidade de resposta do poder público;
● Prejuízos financeiros e destruição da economia local;
● Contaminação dos mares, rios, solos e lençóis freáticos.

Maiores casos
01. Seveso – Itália (1976)

A cidade de Seveso, na Itália, tornou-se mundialmente famosa quando em 10 de julho de 1976.


Tanques de armazenagem na indústria química ICMESA romperam, liberando vários
quilogramas da dioxina TCDD (2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina) na atmosfera e o produto
espalhou-se por grande área na planície Lombarda, entre Milão e o lago de Como. Devido à
contaminação, 3000 animais morreram e outros 70000 animais tiveram que ser sacrificados
para evitar a entrada da dioxina na cadeia alimentar.

Acredita-se que não tenha havido mortes de seres humanos diretamente vinculadas ao
acidente, mas 193 pessoas nas áreas afetadas sofreram de cloracne e outros sintomas. O
acidente ocorreu durante a produção de 2,4,5-triclorofenol, um herbicida, fungicida, e produtos
químicos intermediários, A ocorrência de reação química foi particularmente interessante já que
ocorreu num sábado às 12h30, quando a instalação estava realmente fechada para o fim de
semana e nenhum processo estava em andamento.

De alguma maneira a mistura de produtos químicos que tinham sido deixados na caldeira
espontaneamente reagiram gerando suficiente calor e energia para posteriormente causar uma
reação plena. Não se sabe ao certo como isto chegou a ocorrer, mas tem havido
questionamentos sobre por que a instalação foi paralisada com a produção no meio de um
ciclo.

Consequências:

-3000 animais mortos e 70000 sacrificados

-193 pessoas nas áreas afetadas sofreram de cloracne e outros sintomas.

02. Three Mile Island – Pensilvânia – Estados Unidos (1979)

O acidente ocorrido em 28 de março de 1979, na usina nuclear de Three Mile Island, estado da
Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi causado por falha do equipamento devido ao mau estado
do sistema técnico e erro operacional. Houve corte de custos que afetam economicamente a
manutenção e uso de materiais inferiores. Mas, principalmente apontaram-se erros humanos,
com decisões e ações erradas tomadas por pessoas despreparadas. O acidente desencadeou-
se pelos problemas mecânico e elétrico que ocasionaram a parada de uma bomba de água que
alimentava o gerador de vapor, que acionou certas bombas de emergência que tinham sido
deixadas fechadas. O núcleo do reator começou a se aquecer e parou e a pressão aumentou.
Uma válvula abriu-se para reduzir a pressão que voltou ao normal. Mas a válvula permaneceu
aberta, ao contrário do que o indicador do painel de controle assinalava.

Então, a pressão continuou a cair e seguiu-se uma perda de líquido refrigerante ou água
radioativa: 1,5 milhão de litros de água foram lançados no rio Susquehanna. Gases radioativos
escaparam e atingiram a atmosfera. Outros elementos radioativos atravessaram as paredes.
Um dia depois foi medido a radioatividade em volta da usina que alcançava até 16 quilômetros
com intensidade de até 8 vezes maior que a letal. Apesar disso,o governador do estado da
Pensilvânia iniciou a retirada só dois dias depois do acidente. O governador Dick Thornburgh
aconselhou o chefe da NRC, Joseph Hendrie, a iniciar a evacuação "pelas mulheres grávidas e
crianças em idade pré-escolar em um raio de 5 milhas ao redor das intalações". Em poucos
dias, 140.000 pessoas haviam deixado a área voluntariamente.

Consequências:

-Um dia depois foi medido a radioatividade em volta da usina que alcançava até 16 quilômetros
com intensidade de até 8 vezes maior que a letal.

-Foi evacuado uma área de até 5 milhas todas as mulheres grávidas e crianças em idade pré-
escolar.

03. Vila Socó – Cubatão – Brasil (1984)

Por volta das 22h30 do dia 24/02/1984 moradores da Vila Socó (atual Vila São José),
Cubatão/SP, perceberam o vazamento de gasolina em um dos oleodutos da Petrobrás que
ligava a Refinaria Presidente Bernardes ao Terminal de Alemoa. A tubulação passava em
região alagadiça, em frente à vila constituída por palafitas. Na noite do dia 24, um operador
alinhou inadequadamente e iniciou a transferência de gasolina para uma tubulação (falha
operacional) que se encontrava fechada, gerando sobrepressão e ruptura da mesma,
espalhando cerca de 700 mil litros de gasolina pelo mangue. Muitos moradores visando
conseguir algum dinheiro com a venda de combustível, coletaram e armazenaram parte do
produto vazado em suas residências.
Com a movimentação das marés o produto inflamável espalhou-se pela região alagada e cerca
de 2 horas após o vazamento, aconteceu a ignição seguida de incêndio. O fogo se alastrou por
toda a área alagadiça superficialmente coberta pela gasolina, incendiando as palafitas. O
número oficial de mortos é de 93, porém algumas fontes citam um número extra oficial superior
a 500 vítimas fatais (baseado no número de alunos que deixou de comparecer à escola e a
morte de famílias inteiras sem que ninguém reclamasse os corpos), dezenas de feridos e a
destruição parcial da vila.

Consequências:

-93 pessoas mortas (oficial)

- mais de 500 mortes (número extra oficial)

Áreas mais afetadas

Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na


evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas. Um estudo feito em 2005
(quase 20 anos depois) aponta que morreram de câncer entre 30.000 e 60.000 pessoas vítimas
do vazamento de Chernobyl.

Bibliografia :

https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Acidentes-Ambientais#:~:text=Conceitua%2Dse%20Acidente
%20Ambiental%20como,inc%C3%AAndios%20florestais%20ou%20em%20instala
%C3%A7%C3%B5es

https://www.paranaambiental.com.br/noticia/1/os-09-maiores-acidentes-ambientais-da-
historia#:~:text=Grandes%20%C3%A1reas%20da%20Ucr%C3%A2nia%2C%20Bielorr
%C3%BAssia,de%20aproximadamente%20200%20mil%20pessoas.&text=%2D%20Um
%20estudo%20feito%20em%202005,v%C3%ADtimas%20do%20vazamento%20de
%20Chernobyl.

Você também pode gostar