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Movimentos de Resistências

Os movimentos de resistência nos países europeus durante a segunda guerra mundial


constituem-se em um episódio marcante de afirmação de patriotismo e defesa nacional
contra a ocupação nazista de suas nações.
Esses movimentos se organizaram em todas as nações conquistadas pelo nazismo. Na
Itália, governada por Mussolini com seu regime fascista, houve também uma heroica
resistência contra as autoridades políticas e policiais fascistas e contra o nazismo que,
em razão do fracasso militar fascista ocupou parcialmente a Itália para evitar o avanço
dos aliados.
Como movimento armado, baseado em uma estratégia de guerrilhas, a resistência surge
quando a Itália é invadida pela Alemanha, em 1943. Os membros do movimento eram
chamados de partigiani isto é um combatente armado que não pertence a um exército
regular, mas sim a um movimento de resistência ao invasor. Seu campo de ação é a
retaguarda do inimigo e sua ação militar é tanto o combate, como ações de sabotagem
dos recursos usados pelos ocupantes: linhas férreas, rede elétrica, comunicações,
atentados, roubar cargas, libertar prisioneiros.
Como regra esses movimentos compunham-se de combatentes de qualquer corrente de
ideia, religião ou ideologia. Havia, pois combatentes católicos, comunistas, liberais,
socialistas, monarquistas, anarquistas. O que importava era a disposição para lutar
contra o inimigo. Os principais movimentos de resistência ao nazismo durante a
segunda guerra mundial foram: Resistência Francesa, Italiana, Soviética, Iugoslava,
Polonesa, Tcheca, Austríaca, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Holanda, Luxemburgo,
Grécia, Hungria, Alemã, Judaica.
O oposto da resistência era a colaboração com o invasor, o colaboracionismo; situação
em que o país derrotado, entrega-se ao vencedor e com ele colabora tornando-se inimigo
e perseguidor de seus compatriotas. Colaboracionistas depois da derrota do nazismo
eram usualmente executados, enquanto que colaboracionistas mulheres, sobretudo
aquelas que tinham relações afetivas e familiares com alemães, tinham seus cabelos
raspados e eram expostas à uma raivosa execração social.
Nos países do leste europeu onde o nazismo foi derrotado pelo exército soviético e que,
após a guerra deram origem ao bloco comunista comandado pela União Soviética e
unificados em torno do Pacto de Varsóvia, os líderes dos movimentos de resistência na
sua maioria foram perseguidos pelo governo stalinista que preferia colocar no poder os
que haviam permanecido na URSS durante a guerra, já devidamente treinados para
jamais contestar o poder soviético.
Nenhum caso foi mais típico da hostilidade que se desenvolveu contra o movimento de
resistência da Iugoslávia, comandado por Josip Broz Tito que tornou-se, ao fim da
guerra, herói nacional, por ter liderado o único movimento de resistência que não
recorreu à ajuda externa para derrotar o nazismo. O conflito com a URSS foi tão intenso
que Stalin patrocinou diversas tentativas de assassinar Tito e, não conseguindo expulsou
a Iugoslávia do bloco comunista, não a reconhecendo como país socialista.
Curioso também é o fato de que a Itália, de tantos fracassos militares do seu exército
fascista, teve nos seus movimentos de resistência exemplos heroicos maiúsculos como
os dos outros movimentos de resistência.
Uma expressão da força simbólica da resistência italiana é a música que veio a ser o
hino da resistência, não apenas italiana mas de todos os países: a canção Bella Ciao.

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