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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 13541-2
Quarta edição
10.11.2017
Exemplar para uso exclusivo - RAPHAEL AUGUSTO PEREIRA DIAS - 013.810.036-56 RNP:1415550247 (Pedido 675367 Impresso: 13/08/2018)

Linga de cabo de aço


Parte 2: Utilização e inspeção
Wire rope slings
Part 2: Use and inspection

ICS 53.020.30 ISBN 978-85-07-07277-5

Número de referência
ABNT NBR 13541-2:2017
30 páginas

© ABNT 2017
ABNT NBR 13541-2:2017
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ABNT NBR 13541-2:2017

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Restrições para utilização das terminações de lingas....................................................2
4.1 Olhal trançado flamengo com presilha de aço (tipo 1)....................................................2
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4.2 Olhal trançado flamengo com presilha de alumínio (tipo 2)...........................................2


4.3 Olhal trançado manualmente (tipo 3)................................................................................2
4.4 Olhal dobrado com presilha de alumínio (tipo 4).............................................................2
5 Métodos de utilização de lingas........................................................................................2
5.1 Fixação direta......................................................................................................................3
5.2 Método forca........................................................................................................................4
5.3 Método cesta.......................................................................................................................5
6 Utilização de lingas de cabo de aço..................................................................................5
6.1 Antes do içamento da carga..............................................................................................6
6.2 Durante a fixação da linga..................................................................................................8
6.2.1 Método forca........................................................................................................................9
6.2.2 Método cesta.....................................................................................................................10
6.3 Durante a movimentação da carga..................................................................................11
6.4 Descarregamento da carga..............................................................................................12
6.5 Precauções........................................................................................................................12
6.6 Estabilidade e simetria de carregamento.......................................................................13
6.6.1 Generalidades....................................................................................................................13
6.6.2 Efeitos resultantes da carga fora de equilíbrio..............................................................13
6.6.3 Içamento com centro de gravidade abaixo do ponto de fixação..................................14
6.6.4 Efeito de centro de gravidade alto...................................................................................15
6.6.5 Carregamento assimétrico...............................................................................................15
6.7 Lingas com várias pernas com algumas pernas sem carregamento..........................16
6.8 Armazenamento da linga..................................................................................................17
7 Inspeção.............................................................................................................................17
7.1 Generalidades....................................................................................................................17
7.2 Inspeção visual pelo sinaleiro/amarrador de carga.......................................................17
7.3 Inspeção completa............................................................................................................18
7.4 Critério de inspeção e descarte.......................................................................................19
7.4.1 Marcação............................................................................................................................19
7.4.2 Arames rompidos..............................................................................................................19
7.4.3 Redução no diâmetro do cabo.........................................................................................20
7.4.4 Corrosão............................................................................................................................20
7.4.5 Deformação do cabo.........................................................................................................20
7.4.6 Danos por calor.................................................................................................................20
7.4.7 Acessórios, presilhas ou trançados................................................................................20
Bibliografia..........................................................................................................................................30

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ABNT NBR 13541-2:2017

Anexos
Anexo A (informativo) Periodicidade e abrangência da inspeção...................................................23
Anexo B (informativo) Determinação da massa da carga................................................................24
Anexo C (informativo) Exemplo de formulário de inspeção............................................................28
C.1 Formulário para inspeção por lote de linga....................................................................28
C.2 Formulário para inspeção individual da linga................................................................29
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Figuras
Figura 1 – Exemplos de método forca................................................................................................4
Figura 2 – Forca dupla.........................................................................................................................5
Figura 3 – Exemplos de método cesta...............................................................................................5
Figura 4 – Utilização de vara de manobra ou cabo-guia..................................................................6
Figura 5 – Lingas com várias pernas – Distribuição de carregamento...........................................7
Figura 6 – Variação de carregamento da linga em função do ângulo de perna para uma carga.....7
Figura 7 – Dobramento do cabo de aço.............................................................................................8
Figura 8 – Laço sem fim tipo Grommet..............................................................................................9
Figura 9 – Exemplo de ângulo no método forca................................................................................9
Figura 10 – Utilização de sapatilho no método forca......................................................................10
Figura 11 – Exemplo de balancim.....................................................................................................10
Figura 12 – Transporte com lingas de múltiplas pernas com pernas não utilizadas...................11
Figura 13 – Dobramento severo nas presilhas e sapatilhos..........................................................12
Figura 14 – Alinhamento do centro de gravidade...........................................................................13
Figura 15 – Exemplo do efeito do desalinhamento do centro de gravidade................................14
Figura 16 – Exemplo de carga estável..............................................................................................14
Figura 17 – Exemplo de centro de gravidade alto em relação aos pontos de fixação................15
Figura 18 – Carregamento assimétrico............................................................................................16
Figura 19 – Gancho............................................................................................................................21

Tabelas
Tabela 1 – Método de utilização das lingas.......................................................................................3
Tabela 2 – Fatores de redução de carga máxima de trabalho (CMT).............................................17
Tabela 3 – Critérios para substituição da linga em função de rupturas localizadas de arames...19
Tabela A.1 – Periodicidade do exame e dos ensaios do conjunto de lingas................................23
Tabela B.1 – Volumes de corpos fundamentais...............................................................................24
Tabela B.2 – Densidades dos materiais mais comumente usados................................................27

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ABNT NBR 13541-2:2017

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR 13541-2 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Cabos de Aço e Acessórios
(ABNT/CEE-113). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05, de 10.05.2012
a 09.07.2012, com o número de Projeto 113:000.00-002/2. O seu projeto de Emenda 1 de 2015
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 30.01.2015 a 30.03.2015. O seu projeto de
Emenda 1 de 2017 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 28.07.2017 a 27.08.2017.

Esta Norma é baseada nas ISO 8792:1986, EN 13414-2:2003 e EN 13414-2:2003/Emenda 2:2008.

Esta quarta edição da ABNT NBR 13541-2 equivale ao conjunto ABNT NBR 13541-2:2015 e
Emenda 1, de 10.11.2017, que cancela e substitui a edição anterior ABNT NBR 13541-2:2015.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard provides guidelines for the use and inspection in operation of wire rope slings for
general purposes.

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Linga de cabo de aço


Parte 2: Utilização e inspeção

1 Escopo
Esta Norma fornece orientações para utilização e inspeção em operação de linga de cabo de aço
para uso geral.
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 11436, Sinalização manual para movimentação de carga por meio de equipamento
mecânico de elevação – Procedimento

ABNT NBR 11900-3, Terminal para cabo de aço – Parte 3: Olhal com presilha

ABNT NBR 13541-1, Linga de cabo de aço – Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio

3 Termos e definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 13541, aplicam-se os termos e definições da
ABNT NBR 13541-1 e os seguintes.

3.1
inspeção visual
verificação visual da condição da linga de cabo de aço para identificar danos óbvios ou deterioração
que possam comprometer a sua adequação ao uso

3.2
inspeção completa
inspeção visual realizada por pessoa qualificada e, se necessário, complementada por outros meios,
como verificação dimensional e ensaios não destrutivos, a fim de detectar danos ou deterioração
e avaliar sua importância em relação à utilização segura da linga de cabo de aço

3.3
pessoa qualificada
pessoa habilitada por órgão de competência profissional e treinamento formal em inspeção em cabos
de aço e acessórios conduzidos por organizações competentes

NOTA Organização competente pode ser o fabricante de cabos de aço, fabricante da lingas de cabos
de aço ou centros de formação profissional.

3.4
sinaleiro
amarrador de cargas
profissional capacitado que realiza e verifica a amarração da carga, emitindo os sinais necessários
ao operador do equipamento durante a movimentação

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ABNT NBR 13541-2:2017

4 Restrições para utilização das terminações de lingas


4.1 Olhal trançado flamengo com presilha de aço (tipo 1)

O olhal trançado flamengo com presilha de aço não pode ser utilizado em temperaturas superiores
a 80 °C para cabo com alma de fibra e 100 °C para cabo com alma de aço. Para temperaturas de
operação entre 100 °C e 200 °C com cabo com alma de aço, é permitida a utilização considerando
uma redução de 10 % na carga máxima de trabalho (ver ISO 16625:2013, B 10.1).
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4.2 Olhal trançado flamengo com presilha de alumínio (tipo 2)

O olhal trançado flamengo com presilha de alumínio não pode ser utilizado nas seguintes condições:

 a) em temperaturas superiores a 80 °C para cabo com alma de fibra e 100 °C para cabo com alma
de aço;

 b) em contato com águas salgadas;

 c) em contato com superfícies abrasivas.

4.3 Olhal trançado manualmente (tipo 3)

O olhal trançado manualmente não pode ser utilizado em temperaturas superiores a 80 °C para cabo
com alma de fibra e 100 °C para cabo com alma de aço.

4.4 Olhal dobrado com presilha de alumínio (tipo 4)

O olhal dobrado com presilha de alumínio não pode ser utilizado nas seguintes condições:

 a) em cargas suspensas;

 b) em temperaturas superiores a 80 °C para cabo com alma de fibra e 100 °C para cabo com alma
de aço;

 c) em contato com águas salgadas;

 d) em contato com superfícies abrasivas.

5 Métodos de utilização de lingas


Os métodos recomendados para utilização das lingas (lingas de uma perna e conjunto de duas pernas)
de cabos de aço são apresentados na Tabela 1.

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ABNT NBR 13541-2:2017

Tabela 1 – Método de utilização das lingas

Tipos de lingas
Método de
utilização de Linga de uma perna Laço sem fim
Linga de duas
lingas Dois laços sem
Com uma linga Com duas lingas pernas a Um laço sem fim
fim
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Fixação direta Não aplicável

Método forca

Método forca
com duas voltas

Método cesta

Método cesta
com duas voltas

a
As ilustrações e designações das lingas de duas pernas se aplicam também a lingas de três e quatro pernas.

As pernas das lingas podem estar associadas à carga de várias maneiras: fixação direta, método forca
e método cesta.

5.1 Fixação direta

Neste caso os terminais inferiores são conectados diretamente aos pontos de fixação. A seleção
de ganchos e pontos de fixação deve permitir que a carga seja transportada no assento do gancho,
evitando a carga na ponta.

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ABNT NBR 13541-2:2017

5.2 Método forca

Neste caso as pernas da linga são passadas através ou sob a carga e a extremidade inferior com ou
sem acessório é conectada ao corpo da linga (ver Figura 1). A linga de uma perna também pode ser
utilizada em uma forca com duas voltas [ver Tabela 1 e Figura 1 b)], ou com forca dupla (ver Figura 2).
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b) Método forca com


a) Método forca com c) Método forca com um
duas voltas e uma
uma linga laço sem fim
linga de duas pernas

d) Utilização incorreta causa torça de e) Utilização incorreta causa torça de


carga carga
Figura 1 – Exemplos de método forca

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Figura 2 – Forca dupla

5.3 Método cesta

Existem dois modos de utilizar o método cesta: passando uma linga simples através de uma carga
[ver Figura 3 a)] ou envolver duas lingas em torno da carga [ver Figura 3 b)]. O segundo método não é
adequado onde as lingas são capazes de se mover uma em direção à outra, quando a carga é içada,
ou quando são içadas cargas que não são mantidas em conjunto, como pacotes soltos; o método forca
é o preferido.

50°
45° máxim
máxim o
o

a) Utilização de uma linga b) Utilização de duas lingas

Figura 3 – Exemplos de método cesta

6 Utilização de lingas de cabo de aço


Levando em consideração o apresentado em 5.1 a 5.8 e os efeitos cumulativos de diminuição da
resistência, o método de utilização da linga deve ser decidido e uma linga ou lingas de múltiplas
pernas selecionadas para que a massa a ser içada não exceda a CMT.

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6.1 Antes do içamento da carga

6.1.1 Antes do início do içamento da carga recomenda-se verificar que a mesma esteja segura para
ser movimentada de maneira que não haja nenhuma obstrução, partes soltas e que a carga esteja devi-
damente fixada. Deve ser tomado cuidado para que a carga não seja danificada pela linga ou vice-versa.
Quando a linga for fixada à carga, os pontos utilizados para a fixação (por exemplo, olhais) devem ser
adequados ao içamento da carga.

6.1.2 Para evitar balanços perigosos e posicionar a carga, a utilização de um cabo-guia ou vara
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de manobra é recomendada (ver a Figura 4).

Figura 4 – Utilização de vara de manobra ou cabo-guia

6.1.3 Quando as cargas são aceleradas ou desaceleradas subitamente, ocorrem forças dinâmicas
que aumentam as tensões na linga. Estas situações devem ser evitadas e ocorrem, por exemplo,
quando não se retira a folga da linga antes de começar o içamento.

6.1.4 É essencial que a massa da carga a ser içada seja conhecida (ver Anexo B).

6.1.5 Após a escolha do método de içamento, deve-se escolher a linga adequada, compatível com
a carga a ser içada. O tipo de linga e o método de içamento utilizado devem assegurar que a carga
não escorregue.

6.1.6 A pessoa responsável pelo içamento deve assegurar que as lingas estejam em boas condições.
Lingas danificadas ou deterioradas, a tal ponto que não sejam consideradas seguras para o uso,
(conforme a Seção 6) devem ser descartadas imediatamente.

6.1.7 A pessoa responsável pelo içamento deve assegurar-se de que a carga fique balanceada
quando içada. As lingas devem ser fixadas nos pontos projetados para o içamento da carga. Se estes
pontos não estiverem marcados na carga, deve-se utilizar a posição do centro de gravidade para
definir os pontos de fixação (Ver Figura 5).

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=
= =
= = =

Figura 5 – Lingas com várias pernas – Distribuição de carregamento

6.1.8 Ao utilizar lingas de cabo de aço com duas, três ou quatro pernas, recomenda-se que o ângulo
entre as pernas da linga e a vertical esteja entre 15° e 60° (ângulo β na Figura 6).

NOTA Ângulos com a vertical menores que 15° apresentam risco de desequilíbrio da carga.

β = 45° 0,7 Q 0,7 Q 1

60°
1,0 Q 1,0 Q

75°
2
2,0 Q 2,0 Q
80°
3,0 Q 3,0 Q

Legenda

1 carregamento da perna
2 componente horizontal da força
Área hachurada: ângulos não abrangidos pela plaqueta
A área hachurada indica ângulos superiores a 60° com a vertical para os quais as lingas não podem ser utilizadas.

Figura 6 – Variação de carregamento da linga em função do ângulo de perna para uma carga

6.1.9 Recomenda-se que todos os ângulos com a vertical sejam iguais.

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6.1.10 Todas as lingas de múltiplas pernas geram uma componente horizontal da força (ver Figura 6),
que é elevada à medida que o ângulo entre as pernas da linga é aumentado. Cuidados devem ser tomados
para garantir que a carga a ser movimentada seja capaz de resistir à componente horizontal da força
sem ser danificada.

6.1.11 A pessoa responsável pelo içamento deve assegurar-se de que a carga a ser içada não
contenha elementos soltos. Se a carga for composta por várias peças (por exemplo: um lote de
tubos), deve-se selecionar um método adequado de utilização de lingas para amarrar todas as peças
(ver Figura 1, b).
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6.1.12 A linga não pode ser fixada no elemento de amarração de carga, exceto quando o elemento
for projetado para este fim.

6.1.13 No caso de cargas que possam sofrer rotações, não podem ser utilizadas lingas com trança-
dos manuais (tipo 3, conforme a ABNT NBR 11900-3).

6.2 Durante a fixação da linga

Para a fixação da linga, é necessário assegurar que:

 e) os acessórios dos terminais inferiores e superiores estejam posicionados, com liberdade de movi-
mento, de forma a garantir o alinhamento com a direção da força na linga.

 f) os terminais estejam propriamente assentados. Nunca forçar com martelo ou cunha a linga
na posição;

 g) o ângulo entre as pernas nas lingas de múltiplas pernas não exceda aquele para o qual a linga
foi projetada e identificada;

 h) a linga não seja dobrada através de cantos vivos que possam danificá-la ou reduzir a sua resistência.
Quando necessário, devem ser utilizadas calhas ou outros acessórios para arredondar os cantos
vivos (ver Figura 7);

Figura 7 – Dobramento do cabo de aço

NOTA 1 Considera-se canto vivo um raio de curvatura menor que o diâmetro do cabo de aço.

NOTA 2 Quando o cabo é dobrado sobre seu próprio diâmetro, ele pode perder 50 % da sua resistência
nominal.

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 i) quando laços sem fim forem usados, eles sejam devem ser colocadas de modo que as presilhas
ou o trançado estejam no comprimento livre da linga (Figura 8);

 j) quando o olhal da linga não dispuser de sapatilho e tiver dimensões padronizadas o pino do
acessório do terminal deve ter diâmetro máximo conforme a ABNT NBR 13541-1:2012, Tabela 1
dimensão C.
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Não apoiar cargas sobre a


região marcada com
pintura amarela

NOTA Estes laços apresentam emenda invisível sem alteração no diâmetro em todo perímetro. A região
de fechamento da emenda é identificada com pintura amarela para evitar apoiar cargas sobre ela.
Figura 8 – Laço sem fim tipo Grommet

6.2.1 Método forca

Quando uma linga é utilizada em um método forca deve ser permitido à perna assumir o seu ângulo
natural, sem ser forçada (ver Figura 9). Proteções nos cantos devem ser usadas para prevenir danos.

Utilização correta Utilização incorreta

Forçando o olhal para baixo


provoca-se uma sobrecarga
nas lingas por causa da
formação de maior ângulo α

45°

Ângulo formado naturalmente


(aproximadamente 45° ou maior)
α

Figura 9 – Exemplo de ângulo no método forca

Um sapatilho deve ser utilizado no olhal para reduzir danos ao cabo, conforme a Figura 10.

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a) Utilização b) Utilização
correta incorreta

Figura 10 – Utilização de sapatilho no método forca

No caso de linga com mais de uma perna, a ponta do gancho da linga deve ser direcionada para fora.

Esse método pode ser utilizado quando não existirem pontos de fixação adequados disponíveis.

Quando o método forca é empregado, o limite de carga de trabalho da linga não pode ser maior que
80 % do indicado na marcação.

Uma linga com método forca não pode ser utilizada para girar ou arrastar uma carga, a menos que
sejam tomados cuidados especiais que evitem a danificação da linga ou da carga. Estas precauções
podem ser, por exemplo, uma redução da carga de trabalho da linga.

6.2.2 Método cesta

Quando for necessário usar o método cesta, devido ao perigo da inclinação de carga, utilizar mais
de uma linga, preferencialmente em conjunto com um balancim (ver Figura 11) com dois terminais
superiores com ou sem acessórios fixados ao gancho do equipamento de movimentação de carga.

Figura 11 – Exemplo de balancim

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6.3 Durante a movimentação da carga

Ao içar ou abaixar a carga, é necessário assegurar que:

 a) seja utilizado um código de sinais reconhecido e entendido por todos os envolvidos,
ver ABNT NBR 11436;

 b) não haja nada que impeça o livre movimento da carga (por exemplo, parafusos ou juntas segu-
rando a carga);
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 c) não haja obstáculos, como cabos ou tubos, que possam ser abalroados, e haja altura suficiente
para o içamento;

 d) todas as pessoas envolvidas na operação possam se comunicar e sempre que possível se ver;

 e) todo pessoal esteja afastado da carga; caso contrário, cuidados especiais devem ser tomados
quando se der início ao içamento e ao controle dos movimentos da carga;

 f) a carga esteja balanceada (ver 5.6);

 g) a carga seja içada ou abaixada uniformemente;

 h) a linga não fique presa sob a carga (se necessário, deve-se colocar calços, evitando-se que
a carga ou as lingas sejam danificadas);

 i) sempre que possível, em lingas de múltiplas pernas, não haja nenhuma perna balançando livremente,
pois mesmo quando as lingas não utilizadas são fixadas no anel de carga ou no olhal, conforme
a Figura 12, elas podem ainda ser perigosas. Neste caso recomendam-se cuidados especiais.

a) Utilização incorreta b) Utilização correta


Figura 12 – Transporte com lingas de múltiplas pernas com pernas não utilizadas

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6.4 Descarregamento da carga

Recomenda-se que a área de carga seja preparada. Recomenda-se assegurar que o solo ou piso seja
de resistência adequada para suportar a carga, tendo em conta eventuais vazios, dutos, tubulações
etc., que podem ser danificados ou colapsados. Também se recomenda assegurar que haja acesso
adequado ao local e que este esteja livre de quaisquer obstáculos desnecessários e pessoas. É pre-
ferível utilizar paletes de madeira ou material similar, para evitar que a linga fique presa, para proteger
o piso ou a carga, ou para assegurar a estabilidade da carga, quando descarregada.
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Recomenda-se que a carga seja posicionada com cuidado assegurando que as mãos e os pés sejam
mantidos afastados. Convém que cuidados sejam tomados para evitar que a linga fique presa sob
a carga, pois isso pode danificá-la. Antes de deixar a linga folgada, recomenda-se que seja verificada
a carga para garantir que ela esteja devidamente apoiada e estável. Isto é especialmente importante
quando vários objetos soltos estão fixados no método cesta e forca. Quando a carga estiver segura,
convém que a linga seja cuidadosamente removida para evitar danos, chicoteamento ou tombamento
da carga. Recomenda-se que a carga não seja rolada fora da linga, pois isso pode danificá-la.

6.5 Precauções

As seguintes precauções devem ser tomadas:

 a) não são permitidas movimentações com pessoas sobre a carga;

 b) a carga não pode ser suspensa sobre pessoas;

 c) uma carga suspensa não pode ser deixada desassistida;

 d) as lingas não podem ser arrastadas pelo chão;

 e) as lingas não podem ser expostas desnecessariamente a elementos corrosivos;

 f) se a linga for utilizada em um ambiente onde a temperatura exceda 80 °C para cabo com alma
de fibra e 100 °C para cabo com alma de aço, deve-se procurar orientação do fabricante;

 g) a linga não pode ser dobrada perto da presilha ou da região trançada, conforme a Figura 13.

Dobramento
severo

Figura 13 – Dobramento severo nas presilhas e sapatilhos

NOTA A ISO 12480-1 traz recomendações para o planejamento e gestão da operação de içamento e a ado-
ção de sistemas seguros de trabalho.

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6.6 Estabilidade e simetria de carregamento

6.6.1 Generalidades

Antes de içar a carga com as lingas, é importante assegurar que ela ficará estável ao ser afastada
do solo. Deve-se atentar para o perigo de uma carga inclinar-se ou movimentar-se de maneira des-
controlada ou tombar.

Uma carga não ficará inclinada, se, antes do içamento, a(s) linga(s) for(em) disposta(s) de tal forma
que a carga seja suspensa com seu centro de gravidade alinhado diretamente abaixo do principal
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ponto de fixação do gancho (ver Figura 14).

NOTA O centro de gravidade é o ponto em torno do qual as peças de um corpo, quando deixadas livres,
se equilibram exatamente entre si.

Figura 14 – Alinhamento do centro de gravidade

6.6.2 Efeitos resultantes da carga fora de equilíbrio

Se uma carga estiver fora de equilíbrio ao ser içada, ela se inclinará e se movimentará em direção
à posição de equilíbrio, até que o centro de gravidade se situe diretamente abaixo do ponto principal
de fixação (ver Figura 15).

Tal movimento pode gerar situações de perigo, como:

 a) a carga em movimento pode atingir pessoas ou obstáculos;

 b) as pernas das lingas podem sobrecarregar-se;

 c) a carga pode movimentar-se na linga;

 d) em casos severos, a carga pode tombar ou ser deslocada da linga com danos consequentes.

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Figura 15 – Exemplo do efeito do desalinhamento do centro de gravidade

Se houver incertezas em relação ao equilíbrio de uma carga, pode ser necessário realizar uma série
de içamentos preliminares antes que se possa determinar a posição de equilíbrio. A carga deve ser
içada apenas o suficiente para que o ângulo e o sentido de qualquer inclinação e oscilação sejam
determinados. A tendência de inclinação e oscilação deve ser corrigida movendo-se os pontos de
fixação das lingas e o gancho de suporte um pouco de cada vez, realizando-se cada vez um içamento
preliminar até que a posição de equilíbrio seja obtida.

6.6.3 Içamento com centro de gravidade abaixo do ponto de fixação

Para içar a carga cujo centro de gravidade esteja abaixo do ponto de fixação, as seguintes condições
devem ser atendidas:

 a) para linga de uma perna ou laço sem fim, o ponto de fixação deve estar verticalmente acima
do centro de gravidade;

 b) para linga de duas pernas, recomenda-se que os pontos de fixação sejam de ambos os lados
e acima do centro de gravidade, ver Figura 16;

 c) para lingas de três e quatro pernas, os pontos de fixação devem ser distribuídos no plano em torno
do centro de gravidade. É preferível que a distribuição seja igual, ver Figura 5, e que os pontos
de fixação estejam acima do centro de gravidade.

Figura 16 – Exemplo de carga estável

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6.6.4 Efeito de centro de gravidade alto

Para minimizar o risco de tombamento, os pontos de fixação devem, quando possível, situar-se acima
do centro de gravidade da carga, ver Figura 16.

Quando o centro de gravidade da carga encontra-se acima do ponto de fixação, ocorre uma maior
estabilidade quando o ângulo α1 entre a horizontal e a linga é substancialmente maior que o ângulo α2
formado entre a horizontal e uma linha entre o centro de gravidade e o ponto de fixação, ver Figura 17.

Em nenhuma situação é permitido que o ângulo α2 seja igual ou maior que o ângulo α1.
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α1 α 2

Figura 17 – Exemplo de centro de gravidade alto em relação aos pontos de fixação

6.6.5 Carregamento assimétrico

Na ABNT NBR 13541-1, cargas máximas de trabalho são dadas para lingas em uma variedade de
tamanhos e configurações diferentes. Esses valores para carga máxima de trabalho foram determinados
para que os carregamentos das pernas sejam equivalentes. Isto significa que, quando a carga é içada,
as pernas da linga são dispostas simetricamente em um plano e assumem os mesmos ângulos em
relação à vertical (ver Figura 5).

No caso de lingas com três pernas, se as pernas não estiverem simetricamente dispostas no plano,
a maior tração será na perna onde a soma dos ângulos no plano para as pernas adjacentes for maior.
O mesmo efeito ocorrerá em lingas com quatro pernas, recomendando-se que a rigidez da carga
também seja considerada. Com uma carga rígida presume-se que a massa esteja suportada por
apenas três ou mesmo duas pernas, com a perna ou pernas restantes servindo apenas para equilibrar
a carga (ver Figura 5).

No caso de lingas de duas, três e quatro pernas, se as pernas assumirem diferentes ângulos com
a vertical, a maior tração será na perna com o menor ângulo com a vertical, ver Figura 18. No caso
extremo, se uma perna for vertical, ela vai carregar toda a carga.

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3
1

Legenda

1 centro de gravidade
2 maior tração nesta perna
3 carga P

Figura 18 – Carregamento assimétrico

Se houver falta de simetria no plano e ângulos desiguais em relação à vertical, os dois efeitos irão se
combinar e tanto podem ser cumulativos como tender a se anular; mas se todas as condições a seguir
se confirmarem, o carregamento pode ser presumido como simétrico, desde que a carga a ser içada
não exceda 80 % da carga máxima de trabalho marcada:

 a) os ângulos das pernas com a vertical não sejam menores que 15°;

 b) os ângulos das pernas com a vertical estejam todos dentro de 15° entre si;

 c) no caso de lingas de três e quatro pernas, a soma dos ângulos no plano para as pernas adjacen-
tes esteja dentro de 15° um do outro.

Se nem todas as condições citadas em a), b) e c) forem satisfeitas, o carregamento deve ser conside-
rado assimétrico e uma pessoa qualificada deve estabelecer a carga de trabalho segura para a linga.
Alternativamente, no caso de carga assimétrica ser içada por linga de duas pernas, a linga deve ser
usada na metade da CMT indicada na marcação, ver Figura 18.

Se durante um ensaio de carregamento (ver 5.6.2) a carga for instável, esta deve ser baixada e
o arranjo alterado.

6.7 Lingas com várias pernas com algumas pernas sem carregamento

Como princípio geral, as lingas devem ser usadas somente para a finalidade para a qual foram conce-
bidas. Na prática, porém, ocasiões podem surgir em que um içamento necessita ser feito utilizando um
número menor de pernas que o número de pernas da linga. Nestes casos, a CMT deve ser reduzida
em relação à CMT que está marcada na linga, aplicando o fator de redução dado na Tabela 2.

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As pernas que não estão em uso devem ser fixadas no anel de carga ou no olhal (ver Figura 12), para
reduzir o risco de balançarem livremente, chicotearem, prenderem ou esbarrarem em algum obstáculo
quando a carga é movida.

Tabela 2 – Fatores de redução de carga máxima de trabalho (CMT)

Número de pernas Fator de redução a ser aplicado


Tipos de linga
usadas à CMT marcada na linga
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Duas pernas 1 1/2


Três e quatro pernas 2 2/3
Três e quatro pernas 1 1/3

6.8 Armazenamento da linga

Quando não estiver em uso, recomenda-se que a linga seja mantida em um palete ou suporte adequado.
A linga não pode ficar em contato com o solo ou exposta ao tempo, visto que ela pode ser danificada.

Se a linga estiver suspensa a partir de um gancho do equipamento de movimentação de carga, convém


que os ganchos da linga sejam engatados no anel de carga para reduzir o risco das pernas da linga
balançarem livremente ou chicotearem, prenderem ou esbarrarem em algum obstáculo.

Caso a linga venha a ficar fora de utilização por algum tempo, recomenda-se que ela seja limpa, seca e
protegida contra a corrosão, utilizando produto de fácil remoção que não prejudique a inspeção posterior.

7 Inspeção
7.1 Generalidades

Durante o serviço, as lingas de cabo de aço estão sujeitas a condições que afetam sua segurança.
Portanto é necessário assegurar que a linga esteja segura para uso.

As lingas devem ser inspecionadas visualmente pelo sinaleiro/amarrador de carga quanto a defeitos
ou deteriorações, antes de cada série de movimentações e, a intervalos adequados, durante cada
série, ver 6.2. Havendo dúvidas quanto às condições de segurança da linga, esta deve ser colocada
fora de serviço e submetida à inspeção completa.

Se a identificação completa da linga não estiver presente, o sinaleiro/amarrador de carga deve retirar
a linga de serviço e enviar para reclassificação e inspeção completa.

A inspeção completa deve ser efetuada por pessoa qualificada, ver 6.3.

7.2 Inspeção visual pelo sinaleiro/amarrador de carga

Na inspeção visual, se qualquer uma das seguintes condições abaixo for identificada, a linga deve
ser retirada de serviço e enviada para inspeção completa por pessoa qualificada:

 a) identificação e/ou carga máxima de trabalho ilegíveis;

 b) arames rompidos;

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 c) deformação severa do cabo: alma ou perna saltada/deformada, amassamento ou nó;

 d) danos no trançamento, nas presilhas ou acessórios;

 e) desgaste excessivo;

 f) danos por calor;

 g) corrosão.
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7.3 Inspeção completa

A inspeção completa deve ser feita a intervalos não excedendo 12 meses. Este intervalo deve ser
reduzido, quando necessário, em função das condições de serviço.

Recomenda-se que em períodos não superiores a 48 meses sejam feitos ensaios de carga de prova
e ensaios não destrutivos conforme o Anexo A.

A pessoa qualificada deve verificar se a linga está marcada conforme a ABNT NBR 13541-1.

Quando o ensaio de carga de prova é requerido,o ensaio não destrutivo e a inspeção visual devem ser
efetuados após o ensaio da carga de prova.

Para facilitar a inspeção, pode ser necessária a limpeza da linga para que esteja livre de óleos, sujeira,
e oxidação.

Recomenda-se utilizar uma escova de aço. Outros métodos podem ser utilizados desde que o metal
de base do arame não seja danificado. Os métodos a serem evitados são aqueles que utilizam ácido,
superaquecimento ou remoção de metal.

O registro (rastreável) das inspeções deve ser mantido, contendo no mínimo as informações seguintes:

 a) dados do cliente;

 b) identificação das lingas (lote com mesma especificação);

 c) fabricante;

 d) número de série;

 e) não conformidades, se houver;

 f) laudo;

 g) recomendações (preservação, troca de pernas ou descarte da linga);

 h) data, nome, assinatura e registro do inspetor.

O Anexo C apresenta exemplos de formulários de inspeção completa por lote ou individual.

A linga deve ser retirada de serviço se quaisquer das condições de 6.4.1 a 6.4.8 estiverem presentes
ou forem alcançadas ou excedidas.

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7.4 Critério de inspeção e descarte


7.4.1 Marcação

A marcação da linga deve estar legível e conter pelo menos a identificação do fabricante, o código de
rastreabilidade e a carga máxima de trabalho para os ângulos aplicados, conforme a ABNT NBR 13541-1.

NOTA Quando a linga apresentar marcação ilegível e não havendo como demonstrar que ela foi fabricada
de um grau diferente de 1 770 MPa, recomenda-se que a pessoa qualificada assuma que o grau do cabo seja
de 1 770 MPa, ao determinar nova carga máxima de trabalho.
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7.4.2 Arames rompidos

7.4.2.1 Generalidades

Arames rompidos podem causar ferimentos ao usuário, como também reduzir a resistência do cabo.
Normalmente surgem por danos mecânicos, embora possam surgir por corrosão.

Arames rompidos, distribuídos uniformemente, podem não ter efeitos marcantes na resistência
da linga, mas podem indicar a existência de corrosão ou danos mecânicos. Geralmente, a perda
de resistência causada por corrosão ou danos mecânicos em todo o cabo é mais crítica que a perda
da resistência resultante de arames rompidos.

Para evitar ferimentos nos usuários, os arames expostos devem ser quebrados na base.

7.4.2.2 Rupturas distribuídas aleatoriamente

Após a inspeção completa, recomenda-se substituir a linga em serviço quando forem detectados
no minimo:

 a) seis arames rompidos distribuídos aleatoriamente em um comprimento de 6 d ou 15 arames


rompidos distribuídos aleatoriamente em um comprimento de 30 d, onde d é o diâmetro nominal
do cabo;

 b) três arames rompidos em uma mesma perna em qualquer comprimento de seis vezes o diâmetro
do cabo;

 c) dois arames rompidos no interior do cabo, em qualquer comprimento de seis vezes o diâmetro
do cabo.

7.4.2.3 Rupturas localizadas

As lingas devem ser descartadas quando:

 a) houver três ou mais arames adjacentes rompidos;

 b) a quantidade de arames rompidos na união do cabo de aço com a presilha ultrapassar o estabe-
lecido na Tabela 3.

Tabela 3 – Critérios para substituição da linga em função de rupturas localizadas de arames

Classificação do cabo de aço 6 × 19 6 × 36 8 × 19 8 × 36


Quantidade máxima permitida de arames rompidos 1 2 1 2

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7.4.3 Redução no diâmetro do cabo

A linga deve ser substituída quando ocorrer uma redução de 7,5 % no valor do diâmetro nominal
do cabo.

7.4.4 Corrosão

A corrosão pode ocorrer quando as lingas forem armazenadas inadequadamente ou utilizadas em


condições especialmente corrosivas, como na movimentação de cargas dentro e fora de banhos áci-
dos e alcalinos. Embora uma leve corrosão superficial não afete a resistência da linga, ela pode ser
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uma indicação de corrosão interna de efeitos imprevisíveis.

A corrosão pode ser identificada através dos seguintes indicadores:

 a) perda de flexibilidade da linga;

 b) aumento da rugosidade dos arames;

 c) aumento do diâmetro nominal;

 d) perda do afastamento entre as pernas;

 e) sinal de resíduo de óxido de ferro (pó avermelhado).

Caso seja confirmada uma corrosão interna grave, a linga deve ser descartada.

7.4.5 Deformação do cabo

7.4.5.1 A linga deve ser descartada quando ocorrer dobra, amassamento e colapso da alma.
Entretanto, em certas circunstâncias, deformações permanentes podem ocorrer sem necessariamente
afetar a resistência da linga, como, por exemplo, quando o cabo é dobrado sob o efeito de uma carga
pesada sobre um diâmetro pequeno.

7.4.5.2 No caso de dúvidas quanto à aceitação da deformação, o cabo deve ser sujeito a uma ins-
peção por pessoa qualificada.

7.4.6 Danos por calor

7.4.6.1 Quando exposta à temperatura excessiva durante muito tempo, a linga pode ter a sua resis-
tência significativamente reduzida.

7.4.6.2 Evidências de sobreaquecimento podem ser a descoloração dos arames, perda de lubrifica-
ção ou vestígio de arco elétrico. Quando estas condições forem identificadas, a linga deve ser retirada
de serviço e sujeita à inspeção por pessoa qualificada. Vestígio de reparo por solda em qualquer aces-
sório deve ser critério para descarte.

7.4.7 Acessórios, presilhas ou trançados

Na inspeção dos acessórios, presilhas ou trançados, deve-se observar o seguinte e descartá-los


quando forem encontrados:

 a) gancho (ver Figura 19):

 1) torção maior que 10°;

 2) abertura da garganta 15 % maior que a abertura original “d”;

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 3) trincas detectáveis por inspeção visual ou por ensaios não destrutivos (ver 6.4.8);

 4) desgaste maior que 10 % de “e”;

 5) desgaste maior que 10 % do diâmetro do olhal do gancho;


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Carga

Figura 19 – Gancho

 b) anel de carga:

 1) deformação;

 2) desgaste acima de 10 % de sua dimensão original;

 3) trincas detectáveis por inspeção visual ou por ensaios não destrutivos (ver 6.4.8);

 c) sapatilho:

 1) sapatilho mordendo o cabo;

 2) diâmetro interno do sapatilho reduzido em mais de 15 %. Na ausência da dimensão original,


deve ser considerado o diâmetro mínimo C, da Tabela 1, da ABNT NBR 11900-1, reduzido
em mais de 15 %;;

 3) desgaste, em algum ponto da coroa do sapatilho, superior a 10 %;

 4) trincas detectáveis por inspeção visual (ver 6.4.8);

 d) presilha:

 1) trincas detectáveis por inspeção visual ou por ensaios não destrutivos (ver 6.4.8);

 2) abrasão ou amassamento severo;

 3) presilha ou trançado se soltando;

 e) olhal:

 1) rompimento da base do olhal devido ao uso de pino de diâmetro excessivo ou de sapatilho
incorreto;

 2) arames rompidos na união do cabo de aço com a presilha (ver Tabela 3);

 3) deformação permanente da coroa do olhal que possa comprometer a resistência da linga;

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 f) manilha:

 1) corrosão uniforme, desgaste e mossas no pino e/ou no corpo acima de 10 % do diâmetro
nominal;

 2) deformação do corpo e do pino;

 3) trincas detectáveis por inspeção visual ou por ensaios não destrutivos (ver 6.4.8);

 4) danos nas roscas do pino e do corpo.


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7.4.8 Danos menores como entalhes, dobras e indicações lineares podem ser removidos por
esmerilhamento. Recomenda-se que a superfície recuperada apresente contorno suave, sem mudança
abrupta de seção. A remoção completa dos danos não pode reduzir a espessura da seção para menos
que as dimensões mínimas especificadas pelo fabricante ou mais de 10 % da espessura nominal
da seção, o que for menor.

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Anexo A
(informativo)

Periodicidade e abrangência da inspeção

Tabela A.1 – Periodicidade do exame e dos ensaios do conjunto de lingas


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Tipo de inspeção

Tempo ou Sufixo a ser


Aplicável a Ensaio de Ensaio não Inspeção marcado na
intervalo
carga de prova destrutivo visual identificação
da linga
Intervalo
Conjunto de
não superior Não aplicável Não aplicável Sim V
içamento completo
a 12 meses
Componentes da Ensaio de carga de prova ou
linga, excluindo ensaio não destrutivo (ensaio de Sim VN ou T
Intervalo as pernas acordo com a norma aplicável)
não superior
Pernas de linga
a 48 meses Não aplicável Não aplicável Sim Não aplicável
de cabo de aço
Manilhas Não aplicável Não aplicável Sim V
Sufixo T: para indicar ensaio de carga de prova, ensaio não destrutivo e inspeção visual.
Sufixo VN: para indicar ensaio não destrutivo e inspeção visual.
Sufixo V: para indicar inspeção visual somente.

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Tabela B.1 (continuação)

Anexo B
(informativo)

Determinação da massa da carga


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A massa de uma carga, m, em quilogramas, é determinada usando-se a seguinte equação:

m=Vϱ

onde

V é o volume da carga, expresso em decímetros cúbicos ou litros;

ϱ é a densidade do material, expressa em quilogramas por decímetro cúbico ou em quilogramas


por litro.

Pode-se determinar o volume de uma carga dividindo-a em elementos simples (corpos fundamentais),
para os quais os volumes podem ser calculados usando-se uma das equações indicadas na Tabela B.1,
e totalizando os volumes dos elementos.

Tabela B.1 – Volumes de corpos fundamentais

Corpos fundamentais Volume


Chapa (retangular) V = lwt
t

w
l

Chapa (circular)

d
d 2
V =   πt
 2
t

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Tabela B.1 (continuação)

Corpos fundamentais Volume


Chapa (triangular)

b
b
V= ht
h
2
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Prisma, barra ou perfil

V = Al
l
l
l

A A A

A é a área de superfície da base.


Cilindro

d 2
V =   πl
 2
d
l

Tubo - Parede fina

V = dp/t
t
l

Parede espessa

D
 D 2  d  2 
V = πl   −   
 2   2 

l

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Corpos fundamentais Volume


Esfera

3
3 d
V = π 
4  2

d
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Segmento esférico

d
1  d 2 
V= πh 3   + h 2 
6   2  
h

Segmento de chapa esférica


d
π 2
V=
4
( d + 4h 2 ) t
t
h

Toro (anel cilíndrico)


d

1 2
D V= π Dd 2
4

Cone

d 2 h
V =   π
h

 2 3

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Corpos fundamentais Volume


Tronco de cone
d

πh 2
V=
4
(
D + Dd + 4d 2 )
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Nos casos de volumes complexos ou materiais heterogêneos ou em outros casos em que seja difícil
calcular a massa da carga, recomenda-se que se determine a massa através de um dispositivo
de medição, como um dinamômetro, que é colocado entre o gancho do equipamento de movimentação
de carga e a carga.

As densidades dos materiais mais comumente usados estão relacionadas na Tabela B.2.

Tabela B.2 – Densidades dos materiais mais comumente usados

Densidade
Material
kg/dm3
Alumínio 2,7
Latão 8,5
Bronze 8,4 a 9,2
Ferro fundido 7,4
Cobre 8,96
Aço carbono 7,85
Madeira 0,4 a 0,8
Vidro 2,4 a 2,6
Tijolo 1,4 a 2.0
Concreto 1,6 a 2,4
Mármore 2,8
Pedra 2,7
Cimento (a granel ou endurecido) 1,5 a 3,0
Solo seco 1,3 a 1,9
Solo molhado 2,0
Areia seca 1,5
Areia molhada 1,65
Carvão 1,2 a 1,35

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Anexo C
(informativo)

Exemplo de formulário de inspeção

C.1 Formulário para inspeção por lote de linga


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C.2 Formulário para inspeção individual da linga

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Bibliografia

[1]  ISO 12480-1, Cranes — Safe use — Part 1: General

[2]  ISO 16625:2013, Cranes and hoists – Selection of wire ropes, drums and sheaves
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