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CURSO DE PSICOLOGIA
CLÍNICA ESCOLA DE PSICOLOGIA- 2021/2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................03
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................03
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS.......................................11
3.1 Paciente B.......................................................................................................... 11
4. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES.........................................................17
5. REFERÊNCIAS ...............................................................................................19
6. ANEXOS………………………………………………………………………20
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1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
natureza e, junto com o mundo, constitui uma unidade de sentido, uma gestalt plena,
uma totalidade organizada, indivisível e articulada”. (Ribeiro, 2009 apud BILIBIO,
2018).
[...] cultivo de plantas, de horta, estufa, pomar e jardim, que visam proporcionar
benefícios para a saúde e bem-estar humano a partir do contato com a natureza, da
interação social, da ocupação útil do tempo e da valorização pessoal, além da
consciência ambiental e social.
Atividades Assistidas por Animais (AAA) são usadas para um serviço menos
controlado, que pode ter um efeito terapêutico, mas que não é uma terapia verdadeira
em sentido estrito. Tanto pessoas da área da saúde quanto pessoas comuns podem estar
envolvidas nessas atividades. O papel terapêutico dos animais de companhia está bem
estabelecido para pessoas fisicamente doentes, pessoas com transtornos psicológicos,
pessoas emocionalmente abaladas, prisioneiros, usuários de drogas, idosos e crianças.
O contato com animais de companhia está associado a mudanças positivas na função
cardiovascular e na concentração de vários neurotransmissores, na redução de distúrbios
psicossomáticos e aflições, e a um número menor de visitas por ano de idosos ao
médico. O apoio social de animais de estimação, por exemplo, pode ser um substituto
para a falta de apoio humano, fornecendo uma facilitação das obrigações de
relacionamento, reforçando a reorganização, restabelecendo rotinas e
“complementando” o suporte humano existente. Este e outros estudos demonstraram a
robustez dos efeitos dos animais de companhia como catalisadores da interação social
entre as pessoas.
Constata-se que animais podem afetar positivamente a saúde física/fisiológica humana
em duas direções, ambas envolvendo componentes psicológicos:
1) Estimulando o exercício e a condição física, resultando também em redução do
estresse e em aumento do bem-estar mental
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Por que não estender a terapia para o nosso meio íntimo? Com esse pensamento, neste
segundo vídeo, a estagiária Rita da Rosa faz apresentação de uma horta utilizada em
casa, trazendo uma possibilidade de construir em um espaço pequeno, uma horta para
consumo doméstico. Algumas observações na fala pessoal, ressoa com os estudos
pesquisados de como o contato com as plantas, o processo de criação, planejamento,
aguardar e perseverar nos resultados, execução e persistência no projeto, como exemplo,
a horta. Outros processos como a criatividade, foco, calma entre outros encontrando
espaço no nosso mundo interno.
Até o presente momento, foram realizados 10 encontros com o paciente “B”, além do
total de momentos para a preparação e supervisão dos atendimentos. Todos os 10
atendimentos realizados serão descritos e especificados a seguir.
1º Encontro
No primeiro encontro com B, decidi ter manter um diálogo aberto sem seguir
necessariamente o preenchimento do roteiro de triagem, questionando o motivo dele
estar ali e o que era para ele fazer psicoterapia. B me disse que tinha sido conduzido
pela tia e segundo ele não sabia muito bem o que fazia ali na clínica escola. Discorri
para B um conceito do que é a psicoterapia, que além do desabafo contempla a
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2º Encontro
Devido ao feriado não houve sessão, também não conseguimos remarcar por
impossibilidade de um responsável acompanhar B a clínica escola já que ele é menor de
idade.
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Utilizei o tempo disponível para pesquisar como jogos de tabuleiro pode ser utilizados
para criar vínculo e agir como uma ferramenta estratégica de aprendizagem ativa, ao
mesmo tempo que esse bem estar proporcionado terá sua hora e local determinado, a
ferramenta da gamificação mostrou-se um interessante motivador de novos encontros e
observação de comportamentos frente a situações de expectativa, vitória, derrota. A
busca pela ênfase de como uma derrota incrível pode ser igualmente admirável e
apreciada.
3º Encontro
Se faz sentido é porque faz sentir, porque mobiliza o outro. Muitas vezes dizer sim para
o outro é dizer não para si. Utilizei o jogo de tabuleiro damas e lancei um desafio a B,
mesclar o ambiente da natureza, comum a ecopsicologia, a uma partida de damas. Na
busca por uma clínica ampliada que proporcionasse a B, aprendizagem e bem estar,
fomos jogar damas em um dos bancos no bosque da faculdade, localizado ao lado da
clínica escola. B aceitou o desafio, saímos do ambiente fechado tão comum na rotina de
B, para um espaço aberto e natural. Árvores, grama, passarinhos, o vento balançando os
galhos,, convidei B a perceber todos os elementos e praticar um pouco de contemplação
antes da partida de damas, já que ele havia me relatado que passa longos períodos
dentro do quarto jogando e muitas vezes só se estressa mais do que convivendo com a
família e os problemas de conflitos vigentes. A contemplação é a maneira mais simples
de meditação, trabalha a percepção do ambiente, e trás uma sensação de integração,
leveza e presentificação. Durante a partida de damas B me trouxe o desejo de fazer um
teste psicológico chamado Eneagrama através de um aplicativo de celular, este é
reconhecido pelo CFP e é de cunho privativo trazendo informações sobre a
personalidade, porém como são muitas perguntas sugeri que B aguardasse minha
supervisão pois como a intenção com o teste seria orientação profissional muito
provavelmente as informações apenas sobre a personalidade poderiam ser insuficientes
para trabalharmos.
Ainda no ambiente de natureza após 3 partidas muito leves em que B acabou perdendo
duas, ele já não parecia ligar muito para o jogo, estava mais inebriado pelo ambiente, os
passarinhos que pareciam brincar se jogando dos galhos das árvores, pousando
suavemente nas folhas pelo chão, queria saber que fruta era de uma árvore, e de repente
aquele menino que não saia de dentro do quarto estava correndo pela grama pegando
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um galho no chão para tentar tirar uma fruta da árvore, pelo google lens descobri que se
tratava de uma maçã de elefante, B ficou encantado com a fruta exótica consumida
cozida nos países asiáticos, também usada em remédios para dor muscular, pensei
comigo mesmo que nesse dia a maçã de elefante também estava sendo curativa para as
dores da alma de B.
4º Encontro
5º Encontro
Devido ao feriado não houve sessão, também não conseguimos remarcar por
impossibilidade de um responsável acompanhar B a clínica escola já que ele é menor de
idade.
Após conversar com minha supervisora, recebi a oportunidade de aplicar o teste AIP,
utilizei o tempo disponível para ler o livro do teste AIP - Avaliação dos Interesses
Profissionais (Levenfus, Rosane Schotgues; Levenfus, Denise Ruschel Bandeira;) e
preparar a aplicação.
6º Encontro
Iniciamos a sessão falando sobre os acontecimentos com os familiares de B, que em
certo momento se sente responsável e gostaria de poder resolver tudo, e ao mesmo
tempo só gostaria de estar bem longe de toda aquela situação envolvendo o pai e o tio.
B aparentemente estava muito bem e tratando do assunto como algo passado, por isso
decidi continuar com o programado e aplicar o teste AIP (documento anexo).
APLICAÇÃO: Individual ou coletiva, sem limite de tempo, sendo que a maioria das
aplicações leva em média de 50 minutos.
DESCRIÇÃO: O teste é composto por 200 frases, divididas em 100 pares de
atividades, que estão relacionadas aos 10 campos de interesses descritos pelas autoras:
Campo Físico/Matemático (CFM); Campo Físico/Químico (CFQ); Campo
Cálculos/Finanças (CCF); Campo Organizacional/Administrativo (COA); Campo
Jurídico/Social (CJS); Campo Comunicação/Persuasão (CCP); Campo
Simbólico/Linguístico (CSL); Campo Manual/Artístico (CMA); Campo
Comportamental/Educacional (CCE); Campo Biológico/Saúde (CBS). O jovem
seleciona a atividade que mais lhe desperta interesse e registra sua escolha na folha
apropriada. A correção é realizada pela classificação das respostas dadas, por meio da
avaliação quantitativa e qualitativa. Existem estudos de precisão, validade e tabelas em
percentis para o público-alvo de acordo com seu sexo.
7º Encontro
Falta justificada conflitos familiares.
Utilizei o tempo livre na correção do livro de exercícios folha teste, confecção do
protocolo de levantamento AIP, preenchimento do gráfico masculino segundo o
levantamento do percentil do resultado de cada área analisada. Segui preparando o
laudo psicológico com a devolutiva do AIP, recebi o acompanhamento da supervisora.
8° Encontro
Esse encontro teve o roteiro focado na aprendizagem das ferramentas de bem estar
disponíveis de forma simples na natureza e no cotidiano de B: a possibilidade de ter
uma horta em casa; seus momentos de contato de qualidade com os animais de
estimação da casa, ampliando com a possibilidade de uma passeio com seu cão pela
praça arborizada próxima a sua casa; nessa mesma praça contemplar a natureza, relaxar
e se perceber, respiração, visão, olfato, tato.
Apesar de o roteiro ser o norte mas nunca ser a lei, do desenrolar da sessão se mostrou
ser o momento exato de propor tais temas. Percebi que B estava um tanto fragilizado
com as brigas frequentes na família, entre pai e o tio. A seguinte frase me tocou quando
eu perguntei a B como ele se sentia frente a toda situação: - eu sinto que aqui na terapia
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é o único lugar onde eu posso falar o que eu penso sem me mandarem calar a boca;
Segundo B apesar dele fazer tudo que a mãe pede, ainda assim ela o reprova a todo
momento, o que ele não considera justo. Sugeri a B que em momento oportuno
conversasse com ela sobre a própria história de vida dela, sua criação e refletissem
juntos se tudo que serviu para ela serve para ele também nesse momento, nesse contexto
histórico.
B me mostrou alguns desenhos, como ele tinha comentado comigo que desenhava após
eu citar que toda forma de arte seria uma boa forma de se expressar o que ele sente sem
precisar necessariamente de palavras, já que sua demanda muitas vezes tratou da
dificuldade em se comunicar, os desenhos são sempre em preto e branco, sempre
monstros e espirais com traços fortes e desconexos, revelando toda a confusão de
pensamentos e violência que muitas vezes se faz presente no ambiente em que B vive.
Citei a B uma fala sua incial do primeiro encontro sobre as vezes só querer um abraço, e
iniciei com ele o processo de aprendizagem do Abraço de Borboleta, técnica muito
simples de estimulação bilateral, percepção da respiração e relaxamento, desenvolvida
pela psicóloga Luciona Artigas para tratar vítimas de desastres naturais, onde se coloca
das duas mãos como que fazendo a imagem de uma borboleta em um teatro de sombras,
pousando então essa borboleta sobre o coração e batendo suas asas levemente. Meu
intuito é que B desenvolva uma maior percepção sobre si mesmo, se cuidando, se
acolhendo em um gesto de amor próprio como é um auto abraço.
9° Encontro
10° Encontro
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A meu convite recebemos a mãe de B para que ela nos relatasse sobre sua trajetória de
vida, a infância, sua criação. Esse encontro teve objetivo de trabalhar a relação mãe e
filho, buscando restaurar esse diálogo que se encontra tão ruidoso, motivo de queixas
recorrentes durantes as sessões de terapia, ainda, levar ambos a reflexões,
principalmente a mãe acerca do que foi positivo durante a criação dela que valha a pena
ser passado para B, e o que foi negativo e acaba por se reproduzir em um presente onde
já não cabe mais. Ela nos relatou sobre a vida sofrida que teve na infância, sobre ser
mãe muito jovem aos 17 anos, ter que parar os estudos para cuidar de B, viver em
situação de vulnerabilidade, passar fome, receber uma educação rígida e praticamente
ser tratada como um pequeno adulto. Foi um desabafo que chegou a narrativa dos dias
atuais, sobre ela mesma não ter seus esforços reconhecidos pela família, fazendo o
trabalho de casa. Nesse momento pude questionar sobre, na concepção dela, o que valia
a pena ser passado para as próximas gerações. Ela inferiu uma fala sobre moralidade,
dignidade e autonomia. Para finalizar a sua participação agradeci o fato dela ter aceitado
o convite e perguntei se ela estava bem para deixar a sala naquele momento. Nos
despedimos da mãe de B e tratamos das práticas de bem estar, reforçando para B as
ferramentas que agora ele tem disponíveis, que podem ser acessadas nesses dois meses
em que a clínica escola estará fechada, ações como dedicar todos os dias momentos com
a natureza, seja de contemplação, atividades físicas, contato com animais de estimação,
horticultura, procurar manter um diálogo de qualidade com a mãe recorrendo a
reflexões sobre as vivências de ambos, sobre a possibilidade de B recorrer a serviços de
plantão psicológico se julgar necessário (forneci a B uma lista de ongs psi e psicólogos
que oferecem gratuitamente esse serviço),
4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5 REFERÊNCIAS
J.B. Silva, M.H. Andrade, R.R. Oliveira, G.L. Sales e F.R.V. Alves, Revista Thema 15,
780 (2018).
Perls, F. S. (1977). Gestalt-terapia explicada. (G. Schlesinger, Trad.). São Paulo, SP:
Summus. (Originalmente publicado em 1969).
Silverstein, S. (2006). A árvore generosa. (F. Sabino, Trad). São Paulo, SP: Cosac
Naify. (Originalmente publicado em 1964).
Coimbra, Portugal: Quarteto. Valore, L. A. (2003). “O que você vai ser quando
crescer?” O psicólogo, a escola e a orientação profissional: Articulações possíveis.
PsicoUTPonline, 2, 1-5. Recuperado em 15 novembro de 2021, de
http://www.utp.br/psico.utp.online.
6 ANEXOS
I. IDENTIFICAÇÃO:
Autores(as): João Maria de Augustinho Ferreira; Supervisão de Campo:
Juliana Gomes Fiorott
Avaliada(o): Bernardo Henrique de Souza Passos
Idade: 14 anos Escolaridade: Ensino Fundamental Incompleto Início da
orientação: Outubro de 2021; Término da orientação: Dezembro de 2021;
III. PROCEDIMENTOS:
O processo de orientação vocacional surgiu como demanda em confluência
com a psicoterapia, foi realizado através de encontros semanais, com
duração média de 50 minutos, ocorridos entre os meses de outubro,
novembro e dezembro de 2021. Os métodos e técnicas utilizadas durante o
processo foram: Questionários de Triagem da Clínica Escola; Observação
clínica; Entrevistas psicológicas; Teste psicológico AIP, complementando
com atividades de pesquisas, leituras sobre as profissões. O teste psicológico
utilizado na intervenção psicológica foi o teste AIP - Avaliação dos
Interesses Profissionais (Levenfus, Rosane Schotgues; Levenfus, Denise
Ruschel Bandeira;). As entrevistas psicológicas foram divididas em :
entrevista inicial; entrevista de levantamento de interesses profissionais;
entrevistas de pré e pós testagem; e a entrevista devolutiva. Os questionários
de triagem são instrumentos elaborados pela Clínica Escola da Faculdade
Anhanguera com o objetivo de realizar uma triagem sobre o perfil do
orientando, suas expectativas para o processo e a participação da família no
processo de escolha da profissão. O AIP é o teste de Avaliação dos
Interesses Profissionais, da editora Vetor. O instrumento para avaliação dos
Critérios para a Escolha Profissional; As atividades de pesquisas e leituras
sobre as profissões eram realizadas entre os atendimentos e objetivavam
maior contato do orientando com a realidade socioprofissional de profissões
e/ou áreas de interesse.
IV. ANÁLISE:
Durante o processo o orientando se mostrou implicado, buscando colaborar e
se empenhar nas atividades propostas. Participativo e interessado em
aprofundar as discussões sobre os campos profissionais, as profissões de
interesse. Demonstrou inicialmente ter um bom nível de conhecimento sobre
o mercado e a realidade socioprofissional das profissões de interesse
relatadas no início do processo.
VI. CONCLUSÃO
De acordo com a demanda inicial do processo de orientação profissional, o
orientando Bernardo Henrique de Souza Passos se mostrou interessado nos
cursos da área de Cálculo/Finanças, Organizacional Administrativo, Jurídico
Social, Comportamental/Educacional.. No decorrer do processo demandou
forte inclinação para o curso de Exatas e Jurídico. A partir da aplicação dos
procedimentos adotados, verifica-se que o mesmo apresenta habilidades
sociais, cognitivas e comportamentais importantes para uma boa adaptação
aos cursos de interesse. Compreende-se que, no momento, profissões que
atendem de forma mais satisfatória os critérios e interesses profissionais, que
foram sua identidade ocupacional, são aquelas do campo
Comportamental/Educacional. Por fim, sugere-se que o orientando procure
ter maior contato com as realidades sócio profissionais destas profissões, por
exemplo, através de pesquisas, conversando com estudantes e profissionais
da área.
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Levenfius, Roseane Schotgues. Avaliação dos Interesses Profissionais (AIP).-
São Paulo: Vetor: 2009-(coleção AIP; v,1)
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Supervisão de Campo Aluno