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SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA
PSYCHIATRIC SEMIOLOGY
Docentes do Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universida-
de de São Paulo
CORRESPONDÊNCIA : Antonio Waldo Zuardi - Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto - Campus Universitário - CEP: 14.048-900 - Ribeirão Preto - SP.
ZUARDI AW & LOUREIRO SR. Semiologia psiquiátrica. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 44-53, jan./mar. 1996.
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Semiologia psiquiátrica.
Variáveis do ambiente onde o exame é condu- forma, procura, ativamente, obter dados que lhe per-
zido, também interferem com o mesmo, por exemplo mitam preencher uma história clínica e elaborar um
o local, a duração, a disposição espacial dos partici- exame das funções mentais, seguindo algum roteiro,
pantes e as condições de privacidade. mesmo que não claramente explicitado. Assim, é im-
O conhecimento dessas variáveis e o preparo portante que o psiquiatra tenha sempre presente uma
técnico do entrevistador, contribuem para que ele esti- estrutura de história clínica e exame do estado men-
mule a comunicação do entrevistado com um mínimo tal, que lhe permita dirigir a entrevista, sem perder a
de interferência, permitindo que o campo da entre- dimensão do todo a ser explorado. Um roteiro de ana-
vista seja configurado, fundamentalmente, pela per- mnese e exame psicológico é apresentado na Tabela I.
sonalidade e psicopatologia do entrevistado.
Existem diferentes tipos de entrevistas que, de
uma maneira bastante ampla, poderiam ser agrupadas Tabela I - Tópicos a serem avaliados e registra-
em: abertas, estruturadas e semi-estruturadas. dos na Anamnese Psiquiátrica
Na entrevista aberta, o entrevistador não segue 1. Identificação.
um roteiro rígido e pré-determinado, permitindo que 2. Queixa Principal
o entrevistado fale o mais livremente possível, de tal 3. História da Moléstia Atual.
forma que o curso da entrevista seja por ele determi- 4. Antecedentes - História Médica e Psiquiátrica.
nado2. Este tipo de entrevista permitiria um acesso mais 5. Antecedentes - História Pessoal:
fácil ao material inconsciente, através da observação da a) História Pré-Natal / Nascimento.
ordem em que os assuntos são comunicados, da asso- b) Infância - desenvolvimento.
ciação entre os mesmos, das interrupções, das respos- c) Adolescência.
tas emocionais, etc. Suas principais limitações são: a d) Idade Adulta.
pequena possibilidade de concordância entre diferentes 6. Antecedentes - História Familiar
entrevistadores; a dificuldade para formulação de diag- 7. Personalidade Pré-Mórbida.
nósticos consistentes, em razão da investigação assiste- 8. Exame Físico.
mática dos sintomas; o tempo imprevisível e, muitas 9. Exame Psiquiátrico
Apresentação
vezes, longo para a obtenção de informações.
– Aparência
Nas entrevistas estruturadas, a forma pela qual se – Psicomotricidade
obtém as informações, a seqüência das perguntas e os – Situação da entrevista
registros dos resultados são pré-determinados. Geral- Linguagem e Pensamento
mente, os formulários dessas entrevistas contém glos- – Característica da fala
– Progressão da fala
sários, que procuram descrever, acuradamente, os ter- – Forma do pensamento
mos empregados. A principal vantagem desse tipo de – Conteúdo do pensamento
entrevista é aumentar a confiabilidade do diagnóstico – Capacidade de abstração
psiquiátrico, facilitando a concordância entre diferentes Senso-Percepção
profissionais. Em razão disso, as entrevistas estrutura- Afetividade e Humor
das tem se constituído em importante instrumento para – Tonalidade emocional
– Modulação
as atividades de pesquisa clínica e estudos epidemioló- – Associação pensamento/afeto
gicos5. Pode-se questionar a pequena flexibilidade des- – Equivalentes orgânicos
se tipo de entrevista, o que, em determinadas circuns- Atenção e Concentração
tâncias, poderia prejudicar a colaboração do paciente. – Manutenção
– Focalização
As entrevistas semi-estruturadas, tem um ní- – Desatenção seletiva
vel de estruturação maior ou menor, dependendo da Memória
entrevista, mas permitem sempre uma certa flexibi- – Remota
lidade na seqüência e/ou forma de formular as per- – Recente
guntas. Várias entrevistas semi-estruturadas são pa- – Imediata
dronizadas, estabelecendo os limites dessa flexibili- Orientação
– Autopsíquica
dade. Estas entrevistas, em geral, mantém níveis ele- – Alopsíquica
vados de confiabilidade. Consciência
As entrevistas psiquiátricas habituais, embora Capacidade intelectual
não padronizadas, podem ser consideradas do tipo Juízo Crítico da Realidade
semi-estruturada, porque o entrevistador, de alguma
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A avaliação psiquiátrica começa antes mesmo 2. Queixa principal - origem e motivo do enca-
do início da entrevista, com a observação da expres- minhamento
são facial do paciente, seus trajes, movimentos, ma- Utilizando-se a terminologia do paciente, de-
neira de se apresentar, etc. Como a colaboração do ve-se fazer uma breve descrição sobre o problema atual
paciente é fundamental para a obtenção dos dados, o para o qual ele está buscando ajuda profissional, ou
esforço inicial do entrevistador deve ser no sentido de para o qual foi trazido por outros para o tratamento. É
estabelecer um contacto que permita ao paciente sen- importante observar quem encaminhou, de quem foi a
tir-se à vontade para expor suas dificuldades. O início iniciativa de buscar ajuda e com que objetivo.
da entrevista deve ser pouco diretiva, permitindo a li-
vre expressão do paciente, com interferência mínima 3. História da Moléstia Atual:
do entrevistador e apenas com o objetivo de esclare-
Neste tópico, deve-se avaliar como a doença
cer pontos obscuros do relato. Após a exposição inicial
começou, se existiram fatores precipitantes, como evo-
do paciente, o entrevistador deve adotar um papel mais luiu, qual a gravidade e o impacto da doença sobre a
ativo, conduzindo a entrevista, com tato, para cobrir
vida da pessoa.
todos os aspectos da anamnese. É importante salien-
É importante considerar a descrição detalhada
tar que o entrevistador deve adaptar sua entrevista ao dos sintomas, a freqüência, duração e flutuações dos
paciente e não forçar o paciente a adaptar-se à entre-
mesmos. Ainda, deve-se observar a seqüência crono-
vista6. No decorrer da entrevista, é importante aten-
lógica dos sintomas e eventos relacionados desde as
tar-se não apenas ao que o paciente diz, mas também primeiras manifestações até a situação atual.
à forma como se expressa e ao que faz enquanto fala.
Igualmente importante é a auto-observação do entre-
4. Antecedentes - História Médica e
vistador para suas próprias reações diante do paciente. Psiquiátrica
Na parte final da entrevista, o entrevistador pode fa-
zer perguntas mais diretas para esclarecer os pontos Descrever, em ordem cronológica, as doenças,
que faltem para completar a história psiquiátrica ou o cirurgias e internações hospitalares. Observar o estado
exame do estado mental. Antes de finalizar a entre- atual de saúde, as mudanças recentes de peso, de sono,
vista, o entrevistador deve abrir um espaço para co- hábitos intestinais e problemas menstruais.
mentários adicionais do paciente, esclarecer suas dú- Colher informações sobre medicamentos em uso
vidas e, em seguida, formular sua impressão até aquele e, habitualmente, consumidos verificando dosagem e
momento. Quando necessário, devem ser conduzidas quem prescreveu. Verificar abuso de medicamentos,
entrevistas adicionais e consultas a outras fontes de de drogas e álcool.
informação, tais como, parentes ou conhecidos, sempre Quanto aos antecedentes psiquiátricos levantar
com o prévio conhecimento e anuência do paciente. informações sobre os tratamentos prévios, especifi-
cando há quanto tempo ocorreram, o tipo e a duração
dos mesmos. Verificar a utilização prévia de psicofár-
HISTÓRIA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA macos, especificando tipo e dosagem.
A História Clínica Psiquiátrica ou Anamnese Deve-se incluir, quando for o caso, dados sobre
Psiquiátrica objetiva fornecer elementos para a for- a situação atual de atendimento psiquiátrico, infor-
mulação diagnóstica, incluindo a descrição detalhada mando sobre o tipo de tratamento, duração e a utili-
dos sintomas e a identificação dos fatores predispo- zação de psicofármacos.
nentes, precipitantes e perpetuantes da doença6. Con- É importante estar atento ao significado e aos
siste, ainda, em uma caracterização da personalidade, sentimentos do paciente frente a sua história de doen-
incluindo aspectos relativos ao desenvolvimento, aos ça, o impacto sobre a sua vida, os sistemas de apoio
potenciais e fraquezas1,7. com que conta e as expectativas de recuperação.
Apresentamos, a seguir, uma descrição breve
dos tópicos a serem avaliados e registrados com rela- 5. Antecedentes - História Pessoal:
ção à história. a) História pré-natal/nascimento
1. Identificação: Informações sobre a gestação, o parto e as con-
Nome, sexo, idade, estado civil, grupo étnico, pro- dições do nascimento, incluindo: peso, anoxia, icterí-
cedência, religião, profissão. cia, distúrbio metabólico.
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Os sentimentos despertados no avaliador du- ser avaliada, também, através de testes específicos,
rante a entrevista, podem também ser um recurso útil alguns deles bastante simples, e que podem ser intro-
na avaliação do afeto, para tal é necessário que o en- duzidos numa entrevista psiquiátrica habitual. A in-
trevistador seja mais experiente e capaz de perceber vestigação da memória é, particularmente, impor-
os elementos transferenciais. tante quando se suspeita de quadros de etiologia or-
gânica. Habitualmente, divide-se a avaliação da me-
mória em três tipos:
ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO - Memória Remota: avalia a capacidade de recor-
dar-se de eventos do passado, podendo ser avaliada
Na avaliação é considerada a capacidade de durante o relato feito pelo paciente, de sua própria
focalizar e manter a atenção em uma atividade, envol- história.
vendo a atenção/distração, frente aos estímulos exter- - Memória Recente: avalia a capacidade de recor-
nos ou internos. Esta função quando prejudicada in- dar-se de eventos que ocorreram nos últimos dias,
terfere, diretamente, no curso da entrevista, requeren- que precederam a avaliação. Para esta avaliação o
do que o entrevistador repita as perguntas feitas. A examinador pode perguntar sobre eventos verificá-
avaliação pode envolver, além da observação da pró- veis dos últimos dias, tais como: o que o paciente
pria situação de entrevista, a proposição de tarefas/ comeu numa das refeições anteriores, o que viu na
testes simples como: TV na noite anterior, etc.
a) dizer os dias da semana e os meses do ano em uma - Memória Imediata: avalia a capacidade de recor-
dada ordem proposta pelo entrevistador, e dar-se do que ocorreu nos minutos precedentes. Pode
b) realizar cálculos simples. A complexidade das ta- ser testada, pedindo-se ao paciente que memorize
refas deve levar em conta o nível sócio-cultural do os nomes de três objetos não relacionados e depois
paciente avaliado. É importante observar o quanto de 5 minutos, durante os quais se retomou a entre-
a dificuldade está associada à atenção ou relacio- vista normal, solicitando-se que o paciente repita
nada a um distúrbio de ansiedade, do humor ou da esses três nomes.
consciência
- Manutenção prejudicada: dificuldade de manter Ao observar-se uma deficiência de memória é
a atenção focalizada sobre os estímulos mais rele- importante, para alguns diagnósticos diferenciais, ve-
vantes do meio, desviando a atenção para os estí- rificar-se como o paciente lida com ela, ou seja: tem
mulos irrelevantes e exigindo intervenções do en- uma reação catastrófica, diante da deficiência; nega
trevistador para manter a atenção focalizada nos es- ou tenta não valorizar o déficit de memória; preenche
tímulos principais. lacunas de memória com recordações falsas
(confabulação).
- Focalização prejudicada: dificuldade de focali-
zar a atenção sobre os estímulos mais relevantes
do meio, não atendendo às intervenções do entre- ORIENTAÇÃO
vistador.
- Desatenção Seletiva: desatenção frente a temas A avaliação envolve aspectos auto e alopsíquicos.
que geram ansiedade. - Autopsíquica: Os aspectos autopsíquicos se ca-
racterizam pelo reconhecimento de si envolvendo:
a) saber o próprio nome;
MEMÓRIA
b) reconhecer as pessoas do seu meio imediato, atra-
vés de seu nome ou de seu papel social e
A memória começa ser avaliada durante a ob-
tenção da história clínica do paciente, com a verifica- c) saber quem é o entrevistador.
ção de como ele se recorda de situações da vida pre- - Alopsíquica: Com relação aos aspectos alopsiquícos
gressa, tais como, onde estudou, seu primeiro empre- são avaliados:
go, perguntas sobre pessoas significativas de sua vida a) a orientação no tempo, englobando saber infor-
passada, tratamentos anteriores, etc. A memória pode mar - o ano, o mês, o dia da semana, o período do
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dia, ou ainda a estação do ano, ou marcos tempo- ções como pensamento, atenção - concentração, ou
rais como Natal/ Carnaval/ Páscoa; ainda a não aquisição de habilidades, em função de
b) a orientação no espaço envolve saber informar baixa escolaridade ou de experiência em um meio só-
onde se encontra no momento, nomeando o lu- cio-cultural pobre.
gar, a cidade e o estado. Na situação de entrevista deve ser observado:
o vocabulário, sua propriedade e nível de complexi-
dade, e a capacidade de articular conceitos, de abs-
CONSCIÊNCIA trair e generalizar.
Neste item, deve ser registrado o nível de cons- - Prejuízo intelectual: Para a avaliação deste item,
ciência do paciente, dentro do contínuo que vai desde a observação da situação de entrevista, pode ser
o estado de consciência plena (percebe o que ocorre complementada com a proposição de atividades
a sua volta e responde à essa percepção) até o coma como:
(não responde à estimulação em diferentes graus). Esta a) perguntas que avaliam as informações sobre as-
avaliação decorre do contacto com o paciente durante suntos ou temas gerais (por exemplo, quem é o
a entrevista. Algumas alterações de consciência são Presidente da República);
descritas abaixo: b) a resolução de problemas aritméticos (por exem-
- Sonolência: lentificação geral dos processos idea- plo, quanto receber de troco em uma situação de
cionais, com predisposição para dormir, na ausên- compra e venda);
cia de estimulação. c) a leitura de textos escritos comentando a com-
- Obnubilação da consciência: diminuição do ní- preensão dos mesmos. É importante observar o
vel de vigília, acompanhado de dificuldade em fo- nível sócio-cultural do paciente na seleção das
calizar a atenção e manter um pensamento ou com- atividades e na complexidade das mesmas.
portamento objetivo.
- Deterioração: Deve-se estar atento à presença de
- Estupor: permanece em mutismo e sem movimen- uma deterioração global, com prejuízo no funciona-
tos, com preservação relativa da consciência. mento intelectual, sem obnubilação da consciência
- Delirium: quadro agudo caracterizado por diminui- no caso de demência (disfunção cerebral orgânica)
ção do nível de vigília, acompanhado de alterações ou pseudodemência (depressão).
cognitivas (desorientação, déficits de memória) ou A avaliação psicodiagnóstica, através dos tes-
perceptuais (ilusões e alucinações). tes específicos de inteligência, deve ser solicitada
- Estado crepuscular: estreitamento da consciên- quando foi observado na entrevista a presença de
cia, podendo manter comportamentos motores rela- déficits específicos.
tivamente organizados, na ausência de um estado
de consciência plena. Ocorre, predominantemente,
em estados epilépticos. JUÍZO CRÍTICO DA REALIDADE
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ZUARDI AW & LOUREIRO SR. Psychiatric semiology. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 44-53, jan./mar. 1996.
ABSTRACT: The main objective of this article is to introduce undergraduate students, especially
of medicine, in the practice of psychiatric semiology. The authors discuss the psychiatric interview as
the essential way for assessment of the psychiatric patient. The article provides an outline of a psychiatric
history and of the component parts of the mental status examination, including: appearance; speech
and thought; perceptual disturbances; affect and mood; attention and concentration; memory;
orientation; consciousness; intelligence; and reality judgment.
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