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Reta Final Descomplica • Geografia

Treinar os
top conteúdos
dÁ jogo no enem
Nosso time de craques analisou mais de
900 questões do Enem e descobriu quais são
os assuntos que mais caíram nos últimos cinco
anos de prova. E para te ajudar a focar neles,
montamos esse material com as questões
mais quentes de cada disciplina e gabarito
comentado.

Agora é hora de calçar a chuteira e começar


a aquecer porque o jogo tá chegando, viu?

Bom treino!

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Geografia

1º Questão Ambiental,
Impactos e Sustentabilidade
(13 questões na aplicação regular
do ENEM nos últimos 5 anos)

Dos assuntos mais importantes, devemos pontuar a relação


da sociedade com a natureza, antes e depois do advento
industrial. Os impactos ambientais a nível global, e também
a nível local levando em conta os biomas brasileiros.

2º Espaço Agrário e a agricultura brasileira

(10 questões na aplicação regular


do ENEM nos últimos 5 anos)

Dos assuntos mais importantes, devemos considerar


a distribuição de terras brasileira, seu uso, o avanço da
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Revolução Verde (modernização agrícola), os conflitos por
terra e impactos ambientais consequentes.

3º Espaço Urbano
e a urbanização brasileira

(9 questões na aplicação regular


do ENEM nos últimos 5 anos)

Do recorte que mais cai, devemos pontuar o processo de


urbanização brasileira, a hierarquia urbana e os diferentes
usos do espaço público (da apropriação do grande capital
como empreiteiras, aos usos mais populares da cidade).
Os conceitos urbanos devem ser estudados.

4º Indústria e industrialização do Brasil

(9 questões na aplicação regular


do ENEM nos últimos 5 anos)

Tem caído sobretudo o Toyotismo, na terceira revolução


industrial, a distribuição da indústria e o processo de
industrialização brasileiro, levando em consideração o
período neoliberal e ditadura militar.

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5º Geologia, geomorfologia e solos

(9 questões na aplicação regular


do ENEM nos últimos 5 anos)

Tem caído o funcionamento dos processos internos


(endógenos) da terra, como a deriva continental, vulcanismo
e terremotos. É preciso saber a diferença dos fatores internos
e dos externos, levando em conta o ciclo sedimentar, a
erosão, intemperismo e os solos. Saber as morfologias
de relevo, como as chapadas e serras, e suas localizações
brasileiras também é muito importante.

1) Questão Ambiental, Impactos e Sustentabilidade

(13 questões na aplicação regular


do ENEM nos últimos 5 anos)

A necessidade de ações de sustentabilidade – ou


seja, exploração do meio ambiente sem extingui-lo –,
possibilitando a sua renovação, é um tema recorrente
nas discussões internacionais. Isso é fruto dos impactos
ambientais severos que, por exemplo, são consequência
do aumento da produtividade e utilização de materiais cada
vez mais tóxicos pela indústria. A relação entre homem
e natureza se alterou muito ao longo do tempo.
Considerando o advento das Revoluções Industriais,
a escala de interferência e impacto se ampliou muito.
Com isso, a escala dos impactos ambientais também
cresceu, se tornando até mesmo global.

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É nesse contexto, da relação do homem com o ambiente;
de explorar para retirar os recursos necessários para
a vida e, ao mesmo tempo, ter que preservar para não
comprometer o próprio futuro, que a sociedade passou
a perceber a necessidade de encontros internacionais entre
as lideranças mundiais, para a discussão acerca do caminho
que deve seguir o modo de produção da sociedade.

Foi nos fóruns e conferências internacionais que conceitos


como sustentabilidade e desenvolvimento sustentável
passaram a ganhar destaque diante de impactos
ambientais cada vez mais significativos, fossem eles
acerca de desmatamentos, emissão de gases poluentes,
contaminação da água e ocupação urbana irregular.

Sustentabilidade

O termo sustentabilidade surgiu como um conceito na


década de 1980 por Lester Brown, que foi o fundador do
Wordwatch Institute. Um termo que está muito atrelado à
sustentabilidade é o de desenvolvimento sustentável, que
foi disseminado e utilizado pela primeira vez em 1983, por
ocasião da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento, criada pela ONU.

Esse termo, desenvolvimento sustentável, tem a seguinte


definição: atender às necessidades da atual geração,
sem comprometer a capacidade das futuras gerações
de prover suas próprias demandas. Já a sustentabilidade
seria a capacidade que um indivíduo, grupo de indivíduos,
empresas ou aglomerados produtivos em geral têm de se
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manter inserido num determinado ambiente sem, contudo,
impactar violentamente esse meio. Assim, pode-se entender
como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma
forma, devolvê-los ao planeta por meio de práticas
ou técnicas desenvolvidas para este fim.

É possível entender os impactos ambientais como qualquer


impacto produzido pelo homem sobre o meio no qual ele
vive. Ações de reflorestamento, por exemplo, seriam um
impacto ambiental positivo. Mas, na maior parte das vezes,
dada nossa relação de exploração com o meio,
os impactos são negativos. Esses impactos são resultantes
das transformações antrópicas nos processos naturais.
Atualmente, significativo a queima de combustíveis fósseis
é o impacto ambiental mais. A indústria, os transportes e
a geração de energia são os principais causadores dessa
emissão de poluentes que podem agravar o efeito
estufa, que gera o aquecimento global, além de provocar
chuvas ácidas e as ilhas de calor. O meio urbano também
deve ser destacado, por ser construído sem considerar
dinâmicas ambientais básicas, como o ciclo hidrológico.
A pavimentação do solo gera sua impermeabilização,
aumentando o escoamento superficial e causando
enchentes. Existem muitos impactos ambientais a nível
urbano e também no ambiente rural. De todo modo, cerca
de 72% dos impactos do mundo são originados a partir
das atividades que envolvem a queima de combustíveis
fósseis, a nível industrial produtivo mas também no setor de
transportes, e diversos outros impactos estão associados
a essa prática.

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Efeito estufa

Fenômeno natural responsável por reter parte da radiação


solar, mantendo a temperatura média do planeta e
sustentando a vida como é conhecida. Contudo, devido
à emissão de gases do efeito estufa (dióxido de carbono,
metano) oriundos da queima de combustíveis fósseis, esse
fenômeno está sendo intensificado, contribuindo, assim, para
o aquecimento global.

Fonte: LUCCI, E. A. Território e sociedade no mundo globalizado.

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Aquecimento global
Nesse sentido, o aquecimento global consiste no aumento
da temperatura média do planeta devido à maior retenção da
radiação solar por causa da intensificação do efeito estufa.

A razão principal para isso é a queima de combustíveis


fósseis, provocada pela atividade industrial, pelos
transportes e pela geração de energia.
Os principais acordos para a diminuição das emissões
desses gases são o Protocolo de Kyoto e seu substituto,
o Acordo de Paris, que já está em vigor.
Eles buscam, a partir de metas específicas para cada país,
a redução da emissão desses gases do efeito estufa.

As principais consequências do aquecimento global são:

• Elevação da média de temperatura do planeta:


determinadas áreas podem sofrer mais ou menos
com essa mudança, mas ela deve alterar o regime
climático de diversas regiões do mundo.

• Derretimento das calotas polares: devido ao


aumento da temperatura. No Ártico, esse degelo
irá despertar questões geopolíticas, como
novas rotas marítimas e a exploração de recursos
minerais. Na Antártida, que possui 90% de todas
as calotas polares do mundo, o seu derretimento
irá adicionar um enorme volume de água doce
nos oceanos, aumentando o nível desses,
alterando a salinidade e, consecutivamente,
a dinâmica das correntes marítimas.
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• Intensificação de eventos extremos, como
chuvas torrenciais, tempestades tropicais, furacões
e eventos de seca prolongada.

• Aumento do risco de desertificação,


arenização e salinização, uma vez que irá
alterar os regimes de precipitação e evaporação.

• Diminuição do permafrost
(solo permanentemente congelado) localizado
nas regiões continentais próximas ao polo.
Devido à sua lenta intemperização, esse solo
acumula grande quantidade de matéria orgânica
e gases. À medida que descongela, libera
gases como metano e dióxido de carbono,
retroalimentando o aquecimento global.

Todas essas informações são fundamentadas


nos estudos do Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas, que foi criado em 1988,
com o objetivo de estudar as influências das ações
humanas sobre o meio ambiente. O IPCC é ligado
à Organização Meteorológica Mundial (OMM)
e ao Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma). Os cientistas são de diversos
lugares do mundo e avaliam constantemente
as mudanças climáticas globais. A partir de
seus estudos independentes publicam diversos
relatórios a respeito, destacando as causas
e consequências das mudanças climáticas.

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Destruição da camada de ozônio
A função da camada de ozônio (O3) é proteger a superfície
terrestre dos raios ultravioletas incidentes. A diminuição
dessa camada ocorre a partir de reações do ozônio com o
cloro e o bromo. Ela é mais intensa no Polo Sul, sobre
a Antártida. Historicamente, a redução dessa camada
está associada ao composto clorofluorcarbono (CFCs),
presente nos refrigeradores e desodorantes spray.

Nesse sentido, para impedir o agravamento da situação,


em 1987, diversos países assinaram o Protocolo de
Montreal. O principal objetivo desse protocolo é a redução
da utilização de compostos que agridam a camada de
ozônio. Em 2010, foi proibida a importação e produção de
CFC pelos países membros. Um dos compostos escolhidos
para substituir o CFC é o hidroclorofluorcarbono (HCFC),
que também será banido em 2030. Outros compostos que
agridem a camada de ozônio e possuem seu uso controlado
são: halon (bromo flúor carboneto), utilizado em extintores
de incêndio, e o brometo de metila, empregado na
agricultura como pesticida.

Com a substituição progressiva desses compostos e seu


uso controlado em determinadas situações, o aumento do
buraco na camada de ozônio tem sido controlado. Ainda
assim, é uma forte preocupação e deve ser constantemente
monitorada. Uma boa notícia veio em 2019, quando se
observou o menor buraco desde o início da série histórica
sobre esse impacto, na década de 1980.

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Espaço Agrário e a agricultura brasileira
(10 questões na aplicação regular do
ENEM nos últimos 5 anos)

A estrutura fundiária corresponde à forma que a terra


está distribuída. No Brasil, é possível observar uma enorme
concentração nessa distribuição, o que chamamos de
concentração fundiária. Segundo dados do IBGE,
aproximadamente 1% dos proprietários agrícolas detém
aproximadamente 46% das terras usadas para produção
agropecuária no País. Somado a isso é possível observar
também a participação do Estado na criação de políticas
públicas que beneficiam os latifundiários, para manter
rendimento na produção de monoculturas para exportação
o que agrava mais ainda a situação.

Agricultura familiar
Esse modelo de agricultura se caracteriza por uma gestão
familiar da propriedade e da atividade produtiva
agropecuária, que é a principal fonte de renda.
Essa definição é dada pelo Decreto nº9.064,
de 31 de maio de 2017. É um modelo tradicional que não
conta com técnicas modernas e grande volume de capital,
desenvolvendo-se em pequenas e médias propriedades.

Esse modelo pode adotar métodos produtivos modernos


e obter uma maior produtividade, porém, o vínculo familiar
com a terra ainda existe. A policultura faz parte desse
núcleo produtivo e corresponde ao cultivo de diferentes

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produtos agrícolas. A agricultura familiar pode ser entendida
como um pequeno ou médio negócio, voltado para
abastecer os mercados regionais.

Esse tipo de agricultura também é denominado por alguns


agricultura familiar consolidada, quando possui uma base
em estudos do solo, alimentos mais saudáveis e erradicação
de defensivos agrícolas.

A agricultura familiar também está relacionada ao conceito


de agricultura de subsistência (plantio e consumo próprios)
e é marcada pelo predomínio de técnicas tradicionais, como
as queimadas localizadas para abrir espaços para as roças e
o pousio da terra. Na agricultura de subsistência, o que
sobrar, o agricultor pode trocar com os vizinhos ou vender
na cidadezinha próxima.

É comum que esses agricultores adotem técnicas menos


impactantes ao meio ambiente, sobretudo quando
comparamos as práticas do agronegócio.
O pequeno produtor pode plantar, por exemplo, realizando
a rotação de culturas no solo, de modo a respeitar
o seu tempo de resiliência, e não sobrecarregá-lo com
monoculturas intensivas do sistema mecanizado,
por exemplo.

A agricultura familiar também está relacionada ao conceito


de agricultura de subsistência (plantio e consumo próprios)
e é marcada pelo predomínio de técnicas tradicionais, como
as queimadas localizadas para abrir espaços para as roças
e o pousio da terra.
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Agricultura de subsistência - O que sobrar, o agricultor
pode trocar com os vizinhos ou vender na
cidadezinha próxima

Foto: José Victor Castro. Disponível em: <https://www.pragmatismopolitico.com.


br/2018/06/diferenca-produto-organico-e-o-agroecologico.html >.
Acessado em: 16/09/2021

Outro conceito vinculado à agricultura familiar é o de


agricultura itinerante. Geralmente esse tipo de agricultura
é caracterizada pelas seguintes etapas: derrubada da
vegetação existente, queima das raízes (coivara) e aí sim
o cultivo tradicional. Essa queimada pode ser consciente
e, se corretamente realizada, não resulta em grandes
impactos. Todavia, com o passar do tempo e redução
da fertilidade do solo, o agricultor migra para novas
terras realizando essas mesmas etapas. Alguns livros
agrupam a agricultura itinerante e de subsistência
como único tipo de agricultura.
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Rotação de cultura, pousio e plantio direto
A rotação de culturas é uma técnica agrícola tradicional
de cultivo associada ao continente europeu, porém
foi difundida com a colonização. A terra é dividida
em unidades e em cada uma delas é produzida uma
determinada cultura. A alternância de cultivo pode ocorrer
em uma escala anual. A cada safra, as unidades rodam,
o que permite que os nutrientes do solo tenham tempo
para se recuperar e não se esgotem. Além disso, uma
unidade de terra pode ser deixada sem cultivo, condição
denominada “pousio”. Seu objetivo é recuperar os
nutrientes do solo.

Rotação de culturas

Disponível em: <https://cultivosdacaseiro.pt/jardinagem-ecologica/rotacao-de-


culturas-na-horta-como-fazer/ >. Acessado em: 16/09/20

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Ainda nesse sentido, existe o plantio direto. Essa técnica de
manejo do solo consiste em aproveitar os restos do cultivo
anterior, deixando sobre o solo e plantando imediatamente
acima desse. Assim, a decomposição desse resto repõe
alguns nutrientes do solo e ainda diminui o processo erosivo
causado pelas máquinas ou pela chuva. Na imagem abaixo é
possível observar um exemplo dessa técnica.

Plantio direto

Disponível em: <https://ohioline.osu.edu/factsheet/anr-57 >.


Acessado em: 16/09/2021

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Jardinagem asiática
Corresponde à agricultura de jardinagem, modelo agrícola
comum no Sudeste Asiático, voltado predominantemente
para a produção de arroz. Utiliza-se o terraceamento
para diminuir a erosão superficial laminar causada pelas
intensas chuvas da região. Lembre-se de que o clima, aqui,
é controlado pelo regime das monções (ventos periódicos
que, no verão, trazem intensa umidade do oceano
para o continente).

O terraceamento ajuda a evitar esse processo erosivo


e possibilita criar terraços alagados, propícios à rizicultura
(cultivo de arroz). Utiliza grande quantidade de mão de obra,
devido às altas taxas populacionais da região e por ser pouco
mecanizada.

Terraceamento e o cultivo de arroz – rizicultura

Os terraços (degraus) possibilitam o alagamento e o cultivo de arroz. Disponível em:


<http://www.manyanu.com/new/65cce296d24045d885bec32f349bb9ea>.
Acessado em: 25/09/2021
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Pecuária
A pecuária é uma atividade extremamente ligada
à agricultura. Nesse sentido, também é possível falar
da pecuária a partir de seu nível de produtividade.
A pecuária extensiva seria o equivalente à agricultura
tradicional. É comum no Norte, Nordeste e Sul do Brasil.
Não há aplicação de tecnologia e, geralmente, o gado
é criado solto, necessitando-se de amplas áreas para
a pastagem, o que implica, por sua vez, o desmatamento
da cobertura vegetal para a abertura desses campos
de pastagens.

A pecuária intensiva é caracterizada pela aplicação


intensiva de tecnologia e capital, obtendo-se maior
produtividade, tal como a agricultura moderna.
Assim é possível observar um grande uso de biotecnologia,
engenharia, cuidados e veterinária com essa população
de animais.

No Brasil, o gado leiteiro do sul de Minas Gerais é um


grande exemplo desse tipo de pecuária. Na Europa também
se observa esse tipo de pecuária com o gado leiteiro, mas
também no de corte, por conta do espaço reduzido
(gado confinado) e condições climáticas (frio).

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Pecuária extensiva, à esquerda,
e pecuária intensiva, à direita

Adaptado de: < https://cienciadoleite.com.br/noticia/4916/o-futuro-maior-exportador-


de-leite-do-mundo-sera-o-brasil>. Acessado em: 25/09/2021

Soja e a evolução espacial


A soja é um grão de clima frio, cujo cultivo era praticado
principalmente na região Sul do Brasil. A partir de inúmeras
pesquisas, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) adaptou o cultivo da soja para áreas de
clima tropical.

Somada a essa adaptação, surgiram alguns métodos


(calagem) que permitem a correção dos solos ácidos do
Cerrado. Tais condições possibilitam a expansão da soja para
Centro-Oeste, ocupando áreas nos estados do Mato Grosso
do Sul, Mato Grosso e Goiás, além de outros estados do
Brasil, como São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão,
Piauí e Bahia.

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Agricultura brasileira
Com o avanço do agronegócio, que produz para exportação
e obtém maior lucratividade é possível observar um aumento
da concentração fundiária, uma vez que exige uma maior
área para a produção. Por outro, lado a agricultura familiar
caracterizada por pequenos e médios produtores e que
produz para o mercado interno enfrenta dificuldades.
Assim, é possível observar um aumento dos conflitos
no campo, principalmente nas regiões do MAPITOBA
(acrônimo de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) e do Bico
do Papagaio (região no norte de Tocantins) No Sudeste
também é possível encontrar esses conflitos por terra
principalmente na região do Pontal do Paranapanema,
em São Paulo.

Cabe destacar que o agronegócio é muito importante para


a economia brasileira e está organizado, principalmente,
em torno do complexo agroindustrial (agricultura mais
indústria). Esse complexo pode ser dividido em três etapas:
a indústria de insumos (tratores, adubos e fertilizantes),
a agricultura e pecuária e a indústria de beneficiamento
(transformação do produto).

Essa expansão da produção agrícola no País gera diversos


impactos. O principal deles é o desmatamento na região
Norte. Esse processo é denominado expansão da fronteira
agrícola, e tem sido o principal fator no desmatamento
da Amazônia. A remoção dessa vegetação passa a expor
os solos aos processos erosivos, o que pode afetar os
recursos hídricos, diminuindo a capacidade de infiltração
das águas no solo.
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Técnicas agrícolas e seus impactos ambientais

Outros impactos significativos, no País, que podem ser


associados ao avanço do agronegócio são:

A utilização de agrotóxicos, que podem contaminar os solos


e os recursos hídricos (rios, lençol freático e aquíferos), além
de afetar a flora e fauna. Muitos agrotóxicos são responsáveis
por eliminar insetos, inclusive as abelhas, que possuem uma
importância gigantesca na polinização. Esse processo põe em
risco a biodiversidade, afetando, também, a cadeia alimentar
da região;

Disponível em: <https://www.facebook.com/arvoresertecnologico/photos/a.501991


869943424/1373455246130411/?type=3&source=48>. Acessado em: 25/09/2021

O maior consumo de água, voltado para a irrigação,


pode gerar uma crise hídrica em determinadas
regiões, além de outros impactos, como a lixiviação
(empobrecimento dos minerais do solo) e a salinização.
Esse último processo é resultado da concentração de sais
na camada superior do solo e está associado a projetos
incorretos de irrigação em locais com intensa evaporação.
Essa concentração de sais na superfície impede a
produção agrícola, tornando o solo infértil,
tal como o processo de lixiviação.
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As queimadas no meio agrícola

Sobre as queimadas, é importante pontuar que podem


ser uma importante técnica de fertilizar e enriquecer
a parte mais superficial do solo com matéria orgânica,
além de facilitar a limpeza da região para uma nova
produção. Porém, se realizada por muito tempo,
pode causar a desidratação do solo, diminuindo sua
fertilidade.

Outro agravante dessa situação é quando esse


fogo sai de controle, podendo atingir outros corpos
vegetais, como florestas. As queimadas, geralmente,
são mais intensas no inverno, devido ao período mais
seco, que facilita o alastramento do fogo
pela vegetação mais seca.

3) Espaço Urbano e a urbanização brasileira


(9 questões na aplicação regular
do ENEM nos últimos 5 anos)

Urbanização é o processo no qual a população urbana


cresce em um ritmo mais acelerado que a população rural.
A urbanização deve ser entendida como um conceito
demográfico. O marco para esse processo é a Revolução
Industrial, pois com essa transformação na forma de
produzir, pela primeira vez, passa a existir uma maior
oferta de emprego na cidade do que no campo.

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A partir dessa capacidade de atração da indústria
observa-se um grande fluxo migratório, do campo para
a cidade, denominado êxodo rural. É por esse mesmo
motivo, que antes do século XVIII, não existiam tantas
cidades no mundo, mas com a industrialização o número
de cidades cresceu consideravelmente. Importante destacar
que a cidade é um fenômeno antigo, ela existe muito tempo
antes da indústria. Porém, é a urbanização um fenômeno
recente, e começa com a modernização e industrialização
das cidades.

A partir deste contexto, é possível observar


o crescimento urbano, isto é, o crescimento das cidades,
com a implementação e ampliação das infraestruturas
urbanas como asfalto, construções e saneamento básico.
Ser um país urbano significa apresentar 51% ou mais de sua
população vivendo nas cidades. Porém o crescimento urbano
nos países desenvolvidos e em desenvolvimento ocorreu
de forma diferente, gerando processos distintos. Isso ocorre
devido ao diferente grau de modernização das atividades
econômicas nos respectivos países.

É importante destacar que, no processo de urbanização,


alguns conceitos são importantes para a compreensão dos
desdobramentos desse fenômeno.

Vamos lá:

Cidade
É um termo bem amplo. Alguns países adotam
um critério demográfico, isto é, cidades são aquelas regiões
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que apresentam a partir de um determinado número de
habitantes. Outros países adotam um critério funcional.
No Brasil, a cidade é a sede administrativa do município,
onde está localizada a prefeitura.

Metrópoles
São centros urbanos de grandes dimensões. Cidades
que dispõem dos melhores equipamentos urbanos
do país (metrópole nacional) ou de uma região
(metrópole regional), denominadas também de
cidade-mãe e possuem grande capacidade de polarização
social, econômica e cultural, abrigando centros de comandos
e gestão das grandes empresas, inclusive de transnacionais.
Por isso, exercem grande influência nas cidades menores
que estão ao seu redor. Exemplos de metrópoles nacionais:
Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires; exemplos de
metrópoles regionais: Recife, Belém, Vancouver.

Região metropolitana
Definição político-administrativa brasileira.
Corresponde ao conjunto de municípios limítrofes e
integrados a uma metrópole, com serviços públicos e
infraestrutura comuns. A Constituição Federal de 1988
permitiu aos governos estaduais o reconhecimento
legal de regiões metropolitanas, com o intuito de atribuir
planejamento, integração e execução de atividades públicas
de interesse comum às cidades que integram essa região.
Geralmente, a área de influência de uma metrópole
é medida também em função da migração pendular
existente entre a metrópole e os municípios vizinhos.

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Conurbação
É a junção física de duas ou mais cidades próximas
em razão de seu crescimento horizontal. Isso ocorre
principalmente em regiões mais desenvolvidas, onde
geralmente há uma grande rodovia que expande
continuamente a área física das cidades. Exemplos:
Juazeiro e Petrolina, no Rio São Francisco; região do ABC,
em São Paulo.

Rede urbana
Conjunto de trocas que existem entre as cidades,
podendo ser trocas materiais (mercadorias, fluxo de
pessoas etc.) e imateriais (fluxo de informações) entre
as cidades de tamanhos distintos, desde metrópoles até
cidades de pequeno porte.

Hierarquia urbana
É a ordem de importância das cidades com base
na capacidade de polarização no espaço regional.
A hierarquia urbana é estabelecida na capacidade de
alguns centros urbanos de liderar e influenciar outros
por meio da oferta de bens e serviços à população.

Relações entre cidades em uma rede urbana

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SOUZA, M. L. ABC do desenvolvimento urbano. 6 ed.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011

Região polarizada: corresponde a área de influência de


uma cidade além dos limites de sua região metropolitana.
É um conceito associado à capacidade de uma cidade em
atrair investimentos ou produção de lugares mais afastados
do que sua área urbana.

Cidade global
O termo “cidade global” é recente no estudo das cidades.
Ele é utilizado para fazer uma análise qualitativa das cidades,
destacando a influência delas, em partes distintas do mundo,
sobre os demais centros urbanos.

Uma cidade global, portanto, caracteriza-se como uma


metrópole, porém sua área de influência não é apenas uma
região ou um país, mas parte considerável de nosso planeta.
É por isso que as cidades globais também são denominadas
“metrópoles mundiais”.

As características para se considerar uma cidade como


global são: sedes de empresas transnacionais, existência de
uma Bolsa de Valores, tamanho do setor de comunicações,
importância tecnológica, presença de portos e aeroportos
modernos. Assim, elas podem ser classificadas em um
ranking, onde são analisadas com base em seis categorias
(economia, pesquisa e desenvolvimento, interação cultural,
habitabilidade, meio ambiente e acessibilidade).

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• Segregação socioespacial: ou segregação urbana,
é a fragmentação do espaço a partir da renda.
Corresponde a um reflexo das desigualdades sociais
(divisão de classes) na paisagem urbana. A população mais
pobre está localizada nas áreas com infraestrutura precária
ou ausência de serviços públicos, enquanto observa-se a
concentração da população rica nas áreas centrais com
maior disponibilidade de infraestrutura, como serviços de
saúde, lazer, cultura e segurança.

• Especulação imobiliária: é a compra ou aquisição de


bens imóveis com o objetivo de vendê-los ou alugá-los
posteriormente, na expectativa de que seu valor de mercado
aumente durante o decorrer do tempo. Se relaciona com
a diferenciação do preço do solo urbano com base nas
amenidades do entorno, de modo que a habitação se torna
um investimento financeiro, com a função de gerar renda
e não de garantir o direito à moradia.

• Autossegregação: processo atual, associado a grandes


empreendimentos imobiliários (condomínios ou também
denominados enclaves fortificados), em que certos grupos
sociais com elevado poder de compra se isolam ou se
concentram em determinadas áreas. Difere-se da segregação
socioespacial, pois é algo planejado, construído com esse
intuito, como condomínios fechados.

• Gentrificação: fenômeno que afeta uma região ou bairro,


transformando sua dinâmica social a partir de grandes
investimentos. Depois dessas melhorias, o custo do solo
valoriza, o que acaba por expulsar a população mais pobre
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que residia naquele local.

Aspectos atuais da urbanização brasileira

Atualmente, sobre a dinâmica urbana brasileira,


devem-se destacar:

• O crescimento das cidades médias, em função


da desconcentração industrial e da expansão
do agronegócio no país;

• O crescimento do setor terciário nas grandes cidades,


como consequência da fuga das grandes indústrias
(desconcentração industrial) para outras regiões ou
países, em busca de vantagens competitivas, como
imóveis e mão de obra mais barata, além das isenções
de impostos.

• Déficit habitacional: Segundo dados divulgados


pelo IBGE, em 2010, cerca de 11 milhões de habitantes
no Brasil vivem em moradias inadequadas, como
favelas e invasões, o que equivale a aproximadamente
6% da população. Mas não é por falta de imóveis
construídos, o problema é o acesso. Como a
desigualdade no Brasil é muito grande, nem todos
conseguem pagar os aluguéis e, com isso, recorrem
a moradias mais precárias. A economista Ana Maria
Castelo (Fundação Getúlio Vargas), em entrevista para o
Valor Econômico, destaca que “todos os componentes
do déficit habitacional estão em queda, exceto o ônus
excessivo com aluguel. O grande desafio são as famílias
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carentes e de baixa renda, essencialmente dos centros
urbanos.” Adiciona, também, que o mercado imobiliário
não é capaz de solucionar esse problema, pois vive
da venda de imóveis. Nesse sentido, esse problema
dependerá da ação do governo.

4) Indústria e industrialização do Brasil

(9 questões na aplicação regular


do ENEM nos últimos 5 anos)

O início do processo de industrialização brasileiro

Aqui é importante destacar que quando o processo de


industrialização começou na Inglaterra e se expandiu para
outros países, como os europeus, os Estados Unidos e o
Japão, o Brasil tinha uma lei que proibia o desenvolvimento
da atividade industrial. Tal questão só foi superada de fato
com a Tarifa Alves Branco, em 1844.

Uma medida protecionista adotada pelo Brasil Império


taxando diversos produtos industrializados ingleses e
de outros países. Essa condição acabou criando uma
possibilidade da indústria nacional se desenvolver, mas que
aconteceu de forma limitada no que é denominado surtos
industriais, com o Barão de Mauá e Delmiro Gouveia.

Reta Final Descomplica • Geografia


Mesmo assim, isso não significou uma política de Estado
voltada para a industrialização. Nesse sentido, o Brasil apenas
começou a se industrializar, de fato, na década de 1930.

A herança do café

O ciclo do café foi o motor inicial


para esse processo.
O espaço geográfico brasileiro
foi estruturado exclusivamente
ao redor do modelo primário-
exportador. A partir do
crescimento da economia
cafeeira, o processo de urbanização se intensificou,
principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Resultando na construção de uma infraestrutura (ferrovias)
para escoar essa produção. Com o fim da escravidão e a
chegada dos imigrantes, o mercado consumidor cresceu
consideravelmente, o que possibilitou a produção para
o mercado interno e o desenvolvimento das indústrias.
Tais condições criaram o cenário ideal para o processo de
industrialização no eixo Rio-são Paulo. Dentre os fatores que
beneficiaram a concentração industrial na região Sudeste
podemos destacar:

• Concentração de infraestrutura de energia,


comunicação e transportes;
• Concentração de mão de obra (livre e explorada);
• Concentração de mercado consumidor;
Rede bancária desenvolvida, por conta da
presença de centros de produção de café.
Reta Final Descomplica • Geografia
Getúlio Vargas e o processo
de industrialização

Antes de Getúlio Vargas assumir


o poder em 1930, o mundo
passava pela Crise de 1929
que afetou a economia global.
Diversos países após a crise
entenderam que a dependência
econômica com os Estados
Unidos gerou um grande
impacto nas suas economias.
E com isso buscaram, no
mercado interno, uma
https://pt.wikipedia.org/wiki/ saída para esse problema.
Get%C3%BAlio_Vargas#/media/
Ficheiro:Getulio_Vargas_(1930).jpg A ideia era que com o
desenvolvimento interno
de suas economias, eles não estariam sujeitos a futuras
crises econômicas. Na Europa, isso se manifestou com
o crescimento do nacionalismo e ditaduras em diversos
países, na América Latina, não foi tão diferente, mas
significou também uma vontade de romper ou diminuir
a dependência do modelo agroexportador. É assim,
que países como Argentina, Chile e Brasil buscaram
na industrialização uma saída para crise.

Iniciou-se, então, no Brasil, a política de substituição


de importações, ou seja, passou-se a produzir, aqui,
o que se importava de outros países anteriormente.
A partir de Getúlio Vargas, pela primeira vez na história
brasileira o governo passa a investir massivamente na
Reta Final Descomplica • Geografia
indústria nacional, principalmente por meio da criação
das indústrias de base, fundamentais para fornecer
insumos para outras indústrias, entre as quais podemos
destacar a Companhia Siderúrgica Nacional,
a Companhia Vale do Rio Doce e a Petrobrás.

Devido a essa característica de industrializar o país a partir


do próprio esforço da economia nacional que o período
é denominado de nacional desenvolvimentista. Isto é,
busca-se o desenvolvimento da economia com base nos
recursos da nossa nação.

Esse período iniciado com Vargas marca a instauração


de novos princípios de organização do território, pautados
na integração nacional, a partir de políticas que levam
à uniformização, unificação, hierarquização, subordinação
e concentração espacial no Sudeste. Por fim, outra
questão muito importante em Vargas e fundamental
em uma sociedade urbana e industrial foi a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), em 1º de maio de 1943,
introduzindo novos direitos aos trabalhadores, como
regulamentação de férias remuneradas, horários de
trabalho, condições de segurança, salário-mínimo
e a relação entre patrões e empregados.

Tal ação evidencia essa política de Estado regulador,


presente também na exploração dos recursos naturais,
que seriam a base para o crescimento de uma indústria
de base nacional.

Reta Final Descomplica • Geografia


JK e o Desenvolvimentismo

Juscelino Kubitschek
foi eleito nas eleições
presidenciais de 1955,
após o suicídio de Getúlio
Vargas, tendo João Goulart
como vice. Durante o
governo de JK (1956-1961)
a economia brasileira se
abriu para os investimentos
internacionais – momento
este em que entraram no
Brasil grandes montadoras
como a Ford e a Volkswagen.
https://pt.wikipedia.org/wiki/ Atendendo assim a proposta
Juscelino_Kubitschek#/media/
Ficheiro:Juscelino.jpg desenvolvimentista que
visava a “decolagem” (“take
off”) da industrialização
brasileira. Essas indústrias instalaram suas filiais na região
Sudeste, principalmente, nas cidades de São Paulo, Rio de
Janeiro e ABC paulista (Santo André, São Caetano e São
Bernardo). As oportunidades de empregos aumentaram
muito nesta região, atraindo assim muitos trabalhadores
de todo Brasil. Este fato fez aumentar o êxodo rural e
a migração de nordestinos e nortistas para as grandes
cidades do Sudeste.

O lema “50 anos em 5” demonstrou o objetivo audacioso


de JK de desenvolver a economia brasileira rapidamente.
A expressão sintetizava a promessa de obter cinquenta
Reta Final Descomplica • Geografia
anos de progresso em cinco anos de governo. Para
isso elaborou o Plano ou Programa de Metas com 31
metas distribuídas em cinco grandes grupos: energia,
transportes, alimentação, educação e indústrias de base.
A construção de Brasília, nova capital, foi apresentada
como a síntese de todas as metas. Com a transferência
da capital do Rio de Janeiro para Brasília, JK pretendia
desenvolver a região central do país e afastar o centro das
decisões políticas de uma região densamente povoada.
Com capital oriundo de empréstimos internacionais,
Brasília foi finalizada e inaugurada, em 1960.

O projeto de industrialização baseava-se em


um tripé econômico formado por: capital estatal em
infraestrutura e indústria de base, capital privado nacional
em indústrias de bens de consumo não duráveis, e pelo
capital privado estrangeiro responsável pelo investimento
em indústrias de bens de consumo com investimento
tecnológico.

Reta Final Descomplica • Geografia


Durante o governo de JK, o Brasil recebeu mais de
2 bilhões de dólares destinados ao Programa de Metas
e o valor da produção industrial cresceu 80%.

O PIB crescia ao ritmo de 7,9% ao ano, o que representava


uma alta taxa de crescimento. No entanto, com os
elevados gastos públicos o Programa começou a entrar
em déficit, promovendo o endividamento do Estado.
De um lado a entrada de multinacionais gerou empregos,
porém, por outro lado deixou o país mais dependente do
capital externo.

A migração e o êxodo rural descontrolados fizeram


aumentar a pobreza, a miséria
e a violência nas grandes capitais do Sudeste do país.

A industrialização na Ditadura Militar

O período dos governos militares (1964-1985)


apresentou diversos aspectos que foram importantes
para o desenvolvimento da industrialização brasileira.
É marcado por ser uma continuidade no processo
de industrialização, iniciado com Vargas
e Juscelino Kubitschek.

Aproveitando a centralização do poder político, foi


possível a atração de grandes remessas de empréstimos
internacionais e o posterior crescimento industrial,
embora o custo de endividamento econômico seja
sentido até hoje.

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O primeiro presidente militar, Humberto Castelo
Branco, instituiu o Programa de Ação Econômica
do Governo (PAEG), dirigido por Roberto Campos,
ministro do Planejamento, e Otávio Gouveia de Bulhões,
ministro da Fazenda. O ponto principal desse programa
era conter a inflação do período JK e preparar o país
para o crescimento. Para tal, foram adotadas medidas,
como restrições ao crédito e redução dos salários, que
resultaram, posteriormente, na concentração de renda
e aumento da desigualdade. Muitos sofreram intervenções
e, juntamente com os trabalhadores e sindicatos foram
reprimidos nas suas tentativas de protestos.

O “Milagre” brasileiro – de 1967/68 até 1973

A partir de 1968, o país experimentou uma nova fase


da sua economia e do seu processo de industrialização.
A recuperação financeira, fruto da reforma tributária
e da criação de fundos de poupança compulsória (PIS,
PASEP, FGTS – reinvestidos na economia pelo governo),
bem como o crescimento da economia mundial,
o abundante crédito externo e subsídios para
empresas multinacionais, se instalou no país, possibilitou a
diversificação e o crescimento das exportações brasileiras.

O grande investimento em obras de transporte


e energia, como a Usina Hidrelétrica Binacional de
Itaipu (Brasil-Paraguai) e a construção de rodovias
(Transamazônica), com a ampliação da malha viária,
possibilitou o crescimento do país e a capacidade de
Reta Final Descomplica • Geografia
controle sobre o território. Todas essas medidas fizeram
a indústria registrar uma alta de 12,7%. O Produto Interno
Bruto (PIB) cresceu uma média de 10% ao ano entre 1967
e 1973, e o Brasil passou a ser a 8ª economia mundial.

Todavia, a primeira crise do petróleo (1973) – decorrente


do aumento no preço do petróleo provocado pela
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP),
em resposta à Guerra do Yom Kippur, envolvendo Israel
e a Palestina – fez com que a disponibilidade de crédito
barato diminuísse. A partir desse momento, observou-se
uma escalada autoritária, com diversos atos institucionais.

Marcha forçada – de 1973 até 1979

Em períodos de crise, há necessidade de formação


de reservas de dinheiro. Sendo assim, os países que
emprestavam ao Brasil a juros baixos reduziram os
empréstimos concedidos. Todos os países resolveram
frear o crescimento, exceto o Brasil, que viu esse
momento como uma oportunidade de despontar.

Foi como se o Brasil ignorasse as altas do petróleo


e a recessão mundial para forçar um ritmo de
crescimento insustentável a longo prazo.

A meta era crescer a qualquer custo – a exemplo


da compra de empresas que estavam prestes a falir
(estatizações) e por meio do II Plano Nacional do
Desenvolvimento –, com o objetivo de estimular a
construção civil a partir das famosas obras faraônicas.
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Crise da “década perdida” – de 1979 até 1989

O crescimento forçado não se sustentou e, com


a segunda crise do petróleo (1979), decorrente de uma
crise geopolítica envolvendo o Irã, iniciou-se o período
denominado “década perdida”.

Mas essa dificuldade econômica não foi um problema


brasileiro; o mundo enfrentou uma crise econômica.
Porém, devido às políticas anteriores do regime militar,
essa situação se agravou, resultando em um grande
processo inflacionário, desemprego gigantesco e uma
explosão da dívida externa.

• Inflação: o processo inflacionário consiste em


um aumento generalizado dos preços dos produtos,
que pode acontecer por alta demanda ou incapacidade
produtiva de um país. No caso brasileiro, isso ocorreu
devido ao sucateamento da indústria. Nesse período
de elevada inflação os mais prejudicados eram
os trabalhadores, pois à medida que o preço
aumentava e seus salários se mantinham iguais,
o poder de compra caía.

• Desemprego: devido à crise econômica e ao


sucateamento da indústria, milhares de pessoas
perderam seus empregos. A situação era tão grave
que, em 1983, diversas lojas e supermercados
foram saqueados.

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• Dívida externa: a situação era tão grave que o país
necessitava de novos empréstimos para quitar os
anteriores. Assim, o Fundo Monetário Internacional
e outros países credores definiram o ajuste da
economia como condição para esses novos
empréstimos, o que dificultou mais ainda a saúde
econômica do país.

O mundo também passava por uma série de


transformações, e a indústria sofreu com a falta
de investimentos e consequente sucateamento.

Por outro lado, observa-se um processo de


desconcentração industrial e a busca por vantagens
competitivas em outros países, como mão de obra barata,
legislação mais flexível e infraestrutura moderna.

No caso do Brasil, algumas indústrias saíram do país,


outras foram para regiões mais baratas, como o Sul
e o Nordeste. Assim, o quadro final foi uma forte
retração econômica e industrial, além do aumento
da concentração de renda.

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5) Geologia, geomorfologia e solos

(9 questões na aplicação regular


do ENEM nos últimos 5 anos)

Geologia ou geomorfologia?

Ambas as denominações correspondem a uma ciência,


sendo o objeto de estudos da geologia a composição e
formação da Terra, enquanto a geomorfologia possui como
objeto de estudo as formas de relevo e os processos que
constroem e modelam essas formas. Nesse sentido, os
agentes geomorfológicos correspondem às forças que dão
forma à Terra (relevo) e podem ser divido em dois principais
agentes:

• Agentes internos ou endógenos:


são aqueles responsáveis por construir as formas
de relevo, como o vulcanismo, o tectonismo e a
sismicidade. Eles dão origem às montanhas, vulcões,
oceanos...

• Agentes externos ou exógenos:


são aqueles responsáveis por modelar as formas de
relevo. Atuam especialmente a partir de erosão e
intemperismo, dando origem a formas como planícies,
planaltos, serras, falésias, vales...

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Teoria das placas tectônicas

Essa teoria é a comprovação científica que Wegener não


conseguiu alcançar. Em 1960, os geólogos americanos Harry
Hess e Robert Dietz resgataram a teoria de Wegener, para
fundamentar sua teoria da expansão do fundo oceânico.
Juntando os pontos, criou-se a base para teoria das placas
tectônicas. Essas placas correspondem a pedaços da
litosfera que se movimentam pela diferença de temperatura
e pressão do centro da Terra. A imagem abaixo ilustra todas
as placas tectônicas e a direção de seus movimentos.

Placas tectônicas

Disponível em: < https://www.wikiwand.com/pt/Litosfera>. Acessado em: 22/12/2021

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Esses pedaços da litosfera podem ser formados tanto pela
crosta continental quanto pela crosta oceânica. Esses blocos
flutuam sobre a astenosfera, camada de rocha em estado de
semifusão (mais flexível), que possibilita o movimento dessas
placas devido às correntes de convecção, como na imagem
abaixo.

Disponível em:
<https://pt.slideshare.
net/elessarhyarmen/
estrutura-interna-
da-terra-34270626>.
Acessado em:
22/12/2021

Vulcanismo e sismicidade: existe relação?

O vulcanismo e a sismicidade são processos que têm origem


na dinâmica interna da Terra e mantêm estreita relação
entre si. Esta relação existe porque a atividade vulcânica
pode gerar sismos quando o magma é expelido por uma alta
pressão, assim como os tremores podem gerar fraturas na
Terra, levando à ocorrência de atividade vulcânica.

Reta Final Descomplica • Geografia


Ou seja, sismicidade e vulcanismo esculpem e/ou formam
o relevo da Terra. Esses fenômenos são mais frequentes em
áreas de limites de placas tectônicas, pela interação com
o interior da Terra se dar de maneira mais ativa, podendo
liberar para a superfície esse material ou causar tremores
a partir do alívio de tensão geológica.

O que é vulcanismo?

Vulcanismo é o nome dado ao processo natural geológico


que ocorre no interior da Terra e que alcança a superfície
terrestre. Neste processo, há o extravasamento do magma
do manto, por uma abertura na superfície terrestre, chamada
de vulcão, essa estrutura geralmente é cônica e montanhosa.
Cabe destacar que o magma, ao entrar em contato com
a superfície terrestre, é chamado de lava.

A maioria dos vulcões surgem nos limites entre placas


tectônicas, já que ocorre uma movimentação causada pelas
correntes de convecção do magma nos limites entre placas.
Isso possibilita que, nesta área de instabilidade tectônica,
seja possível o extravasamento do magma.

Um exemplo claro disso é o Círculo de Fogo do Pacífico,


destacado na imagem abaixo, também conhecido como
Anel de Fogo do Pacífico, uma área muito conhecida pelas
ocorrências de tremores de terra e atividade vulcânica.

Reta Final Descomplica • Geografia


Disponível em: https://cdn.britannica.com/.
Acessado em: 22/12/2021

Outra área que mais


recentemente tem
enfrentado problemas com
os movimentos de placas
tectônicas e, portanto, com
vulcanismo e terremotos
é o Rift Valley Africano.
É uma parte no leste da
África, precisamente na região
denominada Chifre da África,
em que se observa a expansão
de uma gigantesca falha na
placa Africana. Futuramente
essa falha irá dividir a placa
Africana em duas originando
uma nova denominada de Placa Somali,
conforme é possível observar na imagem ao lado.
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O que é sismicidade?

Os sismos, também chamados de tremores de terra,


abalos sísmicos ou terremotos, são fortes tremores de terra
originados pela liberação da energia acumulada no interior
da Terra, gerando ondas sísmicas. Isso ocorre porque o
material que está no interior da Terra está submetido a altos
índices de temperatura
e pressão, portanto essa energia tenta sempre sair.

Estrutura Geológica

A estrutura geológica refere-se à composição interna de


uma determinada área, sua distribuição, idade e o processo
geológico que a formou, enquanto o relevo refere-se à
forma que a superfície terrestre assume. Nesse sentido,
a estrutura geológica pode conter diferentes formas de
relevo; em uma bacia sedimentar (estrutura) é possível
observar a formação de uma planície ou de planaltos
escarpados denominados chapadas.
As estruturas do relevo, também chamadas de províncias
geológicas, são importantes para se compreender a
composição de um relevo de uma determinada localidade,
mesmo de uma área que pouco se conhece. São três
as estruturas geológicas conhecidas: os dobramentos
modernos, os maciços antigos e as bacias sedimentares.
(Disponível em: <https://slideplayer.com.br/>. Acessado em: 10/09/2021.)

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Exercícios
Enem

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1. (ENEM 2021) Foram esses cientistas Xavante que
esclareceram os mistérios da germinação de cada uma
das sementes. Eles tinham o conhecimento para quebrar a
dormência. O fogo era fundamental para muitas; para outras,
o caminho para despertar passava pelo sistema digestivo dos
animais silvestres. “Essa planta nasce depois que fazemos a
caçada com fogo, diziam eles, esta outra quando a anta caga
a semente, aquela precisa ser comida pelo lobo”. Aliando
os conhecimentos dos cientistas da aldeia e da cidade, essa
área do Cerrado foi recuperada totalmente.

PAPPIANI, A. Tecnologias indígenas: esplendor e captura. Disponível m: https://


outraspalavras.net. Acesso em: 10 out. 2019 (adaptado).

No texto, a relação socioespacial dos indígenas


evidencia a importância do(a)

a) prática agrícola para a logística nacional.


b) cultivo de hortaliças para o consumo urbano.
c) saber tradicional para a conservação ambiental.
d) criação de gado para o aprimoramento genético.
e) reflorestamento comercial para a produção orgânica.

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2. (ENEM 2020)

Texto I

Texto II

O Rio Tietê está morto. Ao menos uma parte dele:


137 quilômetros, para ser mais preciso. Uma pesquisa da
Fundação SOS Mata Atlântica mostra que, em 2016, o trecho
do rio com qualidade de água classificada como ruim ou
péssima começa em Itaquaquecetuba, passa por toda a
Região Metropolitana de São Paulo e chega até Cabreúva,
já no interior de São Paulo. Nesse trecho, a água não tem
oxigênio suficiente para abrigar vida. Disponível em: http://epoca.
globo.com. Acesso em: 7 dez. 2017 (adaptado).

Considerando a análise dos textos, a condição


atual desse rio tem como origem a
a) valorização do sítio urbano.
b) extinção na vegetação nativa.
c) recepção de densa carga de dejetos.
d) captação desordenada do regime pluvial.
e) expansão do uso de defensivos químicos.
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3. (ENEM 2021) Atualmente, o Programa de Melhoramento
“Uvas do Brasil” utiliza métodos clássicos de melhoramento,
como seleção massal, seleção clonal e hibridações. Ações
de ajuste de manejo de seleções avançadas vêm sendo
desenvolvidas paralelamente a Programa de Melhoramento,
no sentido de viabilização desses materiais. Ao longo dos
seus 40 anos, uma grande equipe técnica trabalhou para
executar projetos de pesquisa para atender às necessidades
e às demandas de diferentes atores da vitivinicultura
nacional, incluindo produtores de uvas de mesa para
exportação do semiárido nordestino, viticultores interessados
em produzir sucos em regiões tropicais ou pequenos
produtores familiares da região da Serra Gaúcha, interessados
em melhorar a qualidade do vinho artesanal que produzem.

Programa de Melhoramento Genético “Uvas do Brasil”.


Disponível em: www.embrapa.br. Acesso em: 24 nov. 2018 (adaptado).

Para melhorar a produção agrícola nas regiões mencionadas,


as técnicas referidas no texto buscaram adaptar
o cultivo aos(às)

a) espécies nativas ameaçadas.


b) cadeias econômicas autônomas.
c) estruturas fundiárias tradicionais.
d) elementos ambientais singulares.
e) mercados consumidores internos.

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4. (ENEM 2020) As estatísticas mais recentes do Brasil rural
revelam um paradoxo que interessa a toda sociedade: o
emprego de natureza agrícola definha em praticamente
todo o país, mas a população residente no campo voltou a
crescer; ou pelo menos parou de cair. Esses sinais trocados
sugerem que a dinâmica agrícola, embora fundamental,
já não determina sozinha os rumos da demografia no
campo. Esse novo cenário é explicado em parte pelo
incremento do emprego não agrícola no campo. Ao mesmo
tempo, aumentou a massa de desempregados, inativos e
aposentados que mantêm residência rural.

SILVA, J. G. Velhos e novos mitos do rural brasileiro.


Estudos Avançados, n. 43, dez. 2001.

Sobre o espaço brasileiro, o texto apresenta


argumentos que refletem a

a) heterogeneidade do modo de vida agrário.


b) redução do fluxo populacional nas cidades.
c) correlação entre força de trabalho e migração sazonal.
d) indissociabilidade entre local de
moradia e acesso à renda.
e) desregulamentação das propriedades
nas zonas de fronteira.

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5. (ENEM 2021) Desde 2009, a área portuária carioca vem
sofrendo grandes transformações realizadas no escopo
da operação urbana consorciada conhecida como Porto
Maravilha. Parte importante na tentativa de tomar o Rio de
Janeiro um polo de serviços internacional, a “revitalização”
urbana deveria deixar para trás uma paisagem geográfica
que ainda recordava a cidade do início do século passado
para abrir espaço, em seu lugar, à instalação de modernas
torres comerciais, espaços de consumo e lazer inéditos e
cerca de cem mil novos moradores, uma nova configuração
socioespacial capaz de alçar a área portuária do Rio de
Janeiro ao patamar dos waterfronts de Baltimore, Barcelona
e Buenos Aires.

LACERDA, L; WERNECK. M; RIBEIRO, N. Cortiços de hoje na cidade do amanhã.


E-metropolis, n. 30, set; 2017.

As intervenções urbanas descritas derivam


de um processo socioespacial que busca a

a) intensificação da participação na competividade global.


b) contenção da especulação no mercado imobiliário.
c) democratização da habitação popular.
d) valorização das funções tradicionais.
e) priorização da gestão participativa

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6. (ENEM 2021) A participação social no planejamento e
na gestão urbanos ganhou impulso a partir do Estatuto da
Cidade (Lei n. 10.257/2001), que estabeleceu condições para
elaboração de planos diretores participativos, instrumentos
esses indutores da expansão urbana e do ordenamento
territorial que, a princípio, devem buscar representar os
interesses dos diversos segmentos da sociedade. No
entanto, é notório o limite à representação dos interesses
das camadas sociais menos favorecidas nesse processo.
Este rumo deve ser corrigido e deve-se continuar buscando
mecanismos de inclusão dos interesses de toda a sociedade.

Caderno Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS n. 11: tornar as cidades


e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Brasília: Ipea, 2019.

Qual medida promove a participação social descrita no


texto?

a) Redução dos impostos municipais.


b) Privatização dos espaços públicos.
c) Adensamento das áreas de comércio.
d) Valorização dos condomínios fechados.
e) Fortalecimento das associações de bairro.

Reta Final Descomplica • Geografia


7. (ENEM 2021) O uso de novas tecnologias envolve a
assimilação de uma cultura empresarial na qual haja a
integração entre as propostas de modernização tecnológica
e a racionalização. Nem sempre o uso de novas tecnologias
é apenas um processo técnico na medida em que pressupõe
uma nova orientação no controle do capital, no processo
produtivo e na qualificação da mão de obra. Dos diversos
efeitos que derivaram dessa orientação, a terceirização, a
precarização e a flexibilização aparecem com constância
como características do paradigma flexível, em substituição
a modelo taylorista-fordista.

HERÉDIA, V. Novas tecnologias nos processos de trabalho: efeitos da reestruturação


produtiva. Scripta Nova, n. 170, ago. 2004 (adaptado).

O uso de novas tecnologias relacionado a controle


empresarial é criticado no texto em razão da

a) operacionalização da tarefa laboral.


b) capacitação de profissionais liberais.
c) fragilização das relações de trabalho.
d) hierarquização dos cargos executivos.
e) aplicação dos conhecimentos da ciência.

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8. (ENEM 2020) Embora inegáveis os benefícios que
ambas as economias têm auferido do intercâmbio
comercial, o Brasil tem reiterado seu objetivo de
desenvolver com a China uma relação comercial
menos assimétrica. Os números revelam com clareza
a assimetria. As exportações brasileiras de produtos
básicos, especialmente soja, minério de ferro e
petróleo, compõem, dependendo do ano, algo entre
75% e 80% da pauta, ao passo que as importações
brasileiras consistem, aproximadamente, em 95% de
produtos industrializados chineses, que vão desde
os mais variados bens de consumo até máquinas e
equipamentos de alto valor.
LEÃO, V. C. Prefácio. In: CINTRA, M. A. M.; SILVA FILHO, E. B.; PINTO, E. C.
(Org.). China em transformação: dimensões econômicas e geopolíticas do
desenvolvimento. Rio de Janeiro: Ipea, 2015.

Uma ação estatal de longo prazo capaz de reduzir a


assimetria na balança comercial brasileira, conforme
exposto no texto, é o(a)

a) expansão do setor extrativista.


b) incremento da atividade agrícola.
c) diversificação da matriz energética.
d) fortalecimento da pesquisa científica.
e) monitoramento do fluxo alfandegário.

Reta Final Descomplica • Geografia


9. (ENEM 2021) Desde os primórdios da formação da crosta
terrestre até os dias de hoje, as rochas formadas vêm sendo
continuamente destruídas. Os produtos resultantes da
destruição das rochas são transportados pela água, vento
e gelo a toda superfície terrestre, acionados pelo calor
e pela gravidade. Cessada a energia transportadora, são
depositados nas regiões mais baixas da crosta, podendo
formar pacotes rochosos.

LEINZ, V. Geologia geral. São Paulo: Editora Nacional, 1989.

As transformações na superfície terrestre, conforme


descritas no texto, compõem o seguinte processo
geomorfológico:

a) Ciclo sedimentar.
b) Instabilidade sísmica.
c) Intemperismo biológico.
d) Derramamento basáltico.
e) Compactação superficial.

Reta Final Descomplica • Geografia


10. (ENEM 2020) Escudos antigos ou maciços cristalinos
são blocos imensos de rochas antigas. Estes escudos
são constituídos por rochas cristalinas (magmático-
plutônicas), formadas em eras pré-cambrianas, ou por
rochas metamórficas (material sedimentar) do Paleozoico.
São resistentes, estáveis, porém bastante desgastadas.
Correspondem a 36% da área territorial e dividem-se em
duas grandes porções: o Escudo das Guianas (norte da
Planície Amazônica) e o Escudo Brasileiro (porção centro-
oriental brasileira).
Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br. Acesso em: 25 jun. 2015.

As estruturas geológicas indicadas no texto são importantes


economicamente para o Brasil por concentrarem

a) fontes de águas termais.


b) afloramentos de sal-gema.
c) jazidas de minerais metálicos.
d) depósitos de calcário agrícola.
e) reservas de combustível fóssil.

Reta Final Descomplica • Geografia


gabaritos
1. C) O texto mostra a importância dos saberes locais para recuperação de uma
área do Cerrado; ressaltando, portanto, a importância do saber tradicional para
conservação ambiental.

2. C) A intensa ocupação do solo no entorno do rio Tietê sobrecarrega-o de


dejetos urbanos como lixo e esgoto, o que reduz a quantidade de oxigênio
disponível no rio.

3. D) O texto destaca um programa de melhoramento genético das uvas no país,


buscando adaptá-las às necessidades climatológicas e pedológicas do Semiárido
nordestino até a Serra Gaúcha. Nesse sentido, as técnicas buscaram adaptar
o cultivo aos elementos singulares de cada região.

4. A) O texto se refere a questão das novas ruralidades, das novas práticas do


campo moderno, que por um lado exigem menos mão de obra, o que pode gerar
desemprego no campo, ao mesmo tempo que se observa um fluxo de pessoas
para essa região exercendo novas atividades econômicas, como ecoturismo,
hotel fazenda entre outras. Assim, a heterogeneidade do modo de vida no campo
marca esses sinais trocados.

5. A) O As transformações urbanas citadas no texto referente a área portuária da


cidade do Rio de Janeiro revela uma intenção de adaptação e melhor inserção
desse lugar na economia global, por isso todo esse processo de modernização
tal ação deriva de uma concepção de cidade empresa que deve competir com
outras na economia global em busca de oferecer melhores vantagens.

6. E) O texto comenta a inclusão legal de planos políticos que objetivam


aumentar a participação popular nas decisões urbanas. Para isso, é necessário
que hajam espaços nos quais os interesses sociais sejam colocados, para serem
representados. Deste modo, associações de bairro são espaços que podem fazer
valer essa representação.

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gabaritos
7. C) O texto destaca a introdução de novas tecnologias nos processos de
trabalho e transformações associadas a isso, como a terceirização, precarização
e flexibilização das relações de trabalho nesse contexto de reestruturação
produtiva.

8. D) A balança comercial se refere à diferença entre a quantidade de produtos


exportados e importados na relação entre os dois países. Para o Brasil reduzir a
necessidade de compra e aumentar a venda, obtendo melhores resultados na
balança comercial é preciso investimento interno no setor de educação para
produzir e desenvolver novas tecnologias.

9. A) O texto descreve a erosão, o transporte e a deposição dos sedimentos, ou


seja, o ciclo sedimentar. A instabilidade sísmica se refere a atividades do interior
da terra, gerando terremotos ou maremotos. Derrame basáltico é ascensão
do magma à superfície. Compactação do solo é a compressão sobre o solo
reduzindo a porosidade.

10. C) Os escudos antigos ou maciços cristalinos compõem 36% do território


nacional. Trata-se de relevos antigos bastante desgastados formados por rochas
resistentes ricas em minerais metálicos. Sua formação remete aos processos
endógenos antigos. As reservas de combustíveis fósseis são encontradas em
áreas de bacia sedimentar.

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Agora é só
chutar pro gol
e comemorar
a aprovação

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