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MOTOR

PROFESSOR: CAIO PICKCIUS


Todas as informações e especificações Sumário
desta apostila são as mais recentes
disponiveis na ocasião de sua impressão. Introdução e História...............................3

O professor se reserva o direito de efetuar Motor 2 Tempos......................................4


alterações nesta apostila a qualquer
momento e sem prévio aviso, não Motor 4 Tempos......................................5
incorrendo por isso em obrigações de
qualquer espécie. Vela Ignição.............................................6

Nenhuma parte desta apostila pode ser Ajuste e Regulagem Das Válvulas.........10
reproduzida sem autorização por escrito.
Régua Rígida..........................................13

Seleção de Pastilhas...............................14

Óleo do Motor.......................................18

Filtro de Óleo........................................19

Tipos de Fumaça...................................21

Sistema de Arrefecimento....................22

Cabeçote/Válvulas ................................34

Cilindro, Pistão e Aneis.........................55

Alternador, Embreagem de Partida......65

Embreagem, seletor de marchas e


bomba de oleo.....................................75

Transmissão..........................................89

Arvore de Manivelas/Balanceiro.........100

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Um motor é um dispositivo que converte outras formas de energia em energia mecânica, de


forma a impelir movimento a uma máquina ou veículo. Em contraste, existem os
chamados geradores.

O termo motor, no contexto da fisiologia, pode se referir aos músculos e


a habilidade de movimento muscular, como em Coordenação Motora.

HISTÓRIA

A teoria fundamental do motor de dois tempos foi estabelecida por Nicolas Diogo Léonard Sadi
Carnot (França, 1824), enquanto a patente pelo primeiro motor à combustão interna foi
desenvolvida por Samuel Morey (Estados Unidos, 1826).

Em 1867, Nicolaus Otto desenvolveu o primeiro motor atmosférico. Logo após, unindo
esforços com Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, desenvolveram o primeiro motor quatro
tempos. Em 1896, Karl Benz patenteara o primeiro motor boxer actualmente utilizado
nos porsche esubaru, com cilindros opostos horizontalmente.

O engenheiro alemão Rudolf Diesel patenteou um motor à combustão de elevada eficiência,


demonstrando em 1900. Era um motor movido a óleo de amendoim, cuja tecnologia leva seu
nome até hoje, o motor diesel.

Os motores à combustão interna foram convencionados a ser utilizada em automóveis devido


as suas ótimas características, como a flexibilidade para rodar em diversas velocidades,
potência satisfatória para propulsão de diversos tipos de veículos, e poderia ter seus custos
reduzidos para produção em massa.

Na primeira metade do século XX, como forma de elevar a potência e o desempenho dos
veículos, houve muitos aprimoramentos em relação ao desenho, número e disposição dos
cilindros. Logo surgiram motores de 4 a 12 cilindros (ou até mais), sendo motores com
cilindros em linha ou em V, de diferentes capacidades.

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO

Motores de combustão interna se baseiam em modelos termodinâmicos ideais, como ciclo de


Otto ou ciclo Diesel, o que se refere a forma como ocorre cada fase de funcionamento do
motor. Estas denominações não se referem ao combustível ou mecanismo do motor, mas, sim
aos processos pelos quais passam os gases no interior do motor.

Máquinas inspiradas no ciclo de Otto são chamadas motores de ignição por faísca, as
inspiradas em ciclo Diesel são motores de ignição por compressão. Ambos os tipos podem ser

construídos para operar em dois ou quatro tempos, o que significa que cada ciclo de
funcionamento pode ocorrer em uma ou duas voltas do eixo de manivelas.

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MOTOR DOIS TEMPOS

MOTOR DOIS TEMPOS

É um tipo de motor de combustão interna de mecanismo simples. Ou seja, ocorre um ciclo de


admissão, compressão, expansão e exaustão de gases a cada volta do eixo. Diferente
dos motor de quatro tempos, as etapas de funcionamento não ocorrem de forma bem
demarcada, havendo admissão e exaustão de gases simultaneamente, por exemplo.

Um tempo de funcionamento do motor é percurso do ponto morto inferior ao ponto morto


superior da trajetória do pistão. Assim, um tempo equivale a meia volta do eixo de manivelas.
No caso, chama-se o primeiro tempo de compressão e admissão, o segundo, de escape
e transferência de calor.

Em motos 2 tempos,existe a necessidade de ter alguma lubrificação,e essa é feita pela mistura
de óleo misturado com a gasolina que entra no motor e promove a lubrificação de áreas
criticas sujeitas a altas temperaturas,pressões e,principalmente sujeitas a altos índices de
emissão de resíduos,como fuligem e carvão.

Para motores 2 tempos,não somente de motocicletas mas também de ciclo motores, Kart,
moto serras e similares, a classificação da API abrange três níveis de desempenho: API TA,TB e
TC, onde o TC é a mais avançada no momento.

Para motores de 2 tempos à gasolina,existe ainda uma classificação da indústria japonesa


chamada JASO, que define outros três níveis de desempenho: JASO FA,FB e FC,que de forma
análoga à API,tem o nível JASO FC como o mais atual.

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MOTOR QUATRO TEMPOS

MOTOR QUATRO TEMPOS

As motocicletas à combustão interna do tipo Otto e Diesel, inventadas no final do século XIX,
são compostas de no mínimo um cilindro, contendo um êmbolo móvel (pistão) e diversas
peças móveis.

A seguir está descrito detalhadamente o funcionamento de um motor tipo Otto para cada ciclo
de funcionamento. Esse ciclo descreve como funcionam os motores mais comumente usados
com os combustíveis de gasolina e álcool.

A primeira etapa, também denominada de primeiro tempo, é denominada admissão. Nessa


etapa a válvula de admissão permite a entrada, na câmara de combustão, de uma mistura de
ar e combustível enquanto o pistão se move de forma a aumentar o espaço no interior da
câmara.

A segunda etapa é a compressão. Nesta o pistão se move de forma a comprimir a mistura,


fazendo seu volume diminuir. Aqui ocorre uma compressão adiabática e em seguida a
máquina térmica recebe calor numa transformação isocórica.

A terceira etapa denomina-se explosão. No término da compressão um dispositivo elétrico


gera uma centelha que ocasiona a explosão da mistura ocasionando sua expansão.

Após isto ocorre então o quarto tempo quando a válvula de saída abre e permite
a exaustão do gás queimado na explosão. A expansão adiabática leva a máquina ao próximo
estado, onde ela perde calor e retorna ao seu estado inicial, onde o ciclo se reinicia.

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VELA IGNIÇÃO

Para que a mistura de combustível + ar se queime no interior do cilindro do motor, produzindo


assim a força mecânica que o movimenta, é preciso um ponto de partida. Este ponto de partida
é uma faísca que inflama a mistura, e que é produzida por uma série de dispositivos que
formam o sistema de ignição.

A finalidade do sistema de ignição é gerar uma faísca nas velas, para que o combustível seja
inflamado. Os sistemas de ignição utilizam diversos componentes que vêm passando por
alterações no decorrer dos tempos. A bateria, nesse sistema, é a fonte primária de energia,
fornecendo uma tensão em torno de 12V.

Para que ocorra uma faísca ou centelha é preciso que a eletricidade rompa a rigidez dielétrica
do ar.

Explicamos o que é isso: o ar, em condições normais é um isolante, mas se a tensão elétrica
subir muito, ele não consegue mais isolá-la e uma centelha é produzida. Esta centelha consiste
na passagem da eletricidade pelo próprio ar, que momentaneamente se torna condutor.

Para o ar seco, em condições normais, a rigidez dielétrica é da ordem de 10.0 volts por
centímetros. Isso significa que para produzir uma faísca de um centímetro precisamos de
10.000v, e para 2 centímetros precisamos de 20.000v e assim por diante.

Para o caso das velas da motocicleta uma faísca com menos de 0,5 cm é suficiente para
inflamar a mistura, de modo que uma tensão da ordem de 4000 a 5000 volts é mais que
suficiente.

Ora, existe uma boa diferença entre os 12v da bateria e os 5000 volts que precisamos para
produzir a faísca. Para elevar a tensão da bateria usamos então dois componentes básicos: o
retificador e a bobina.

A bobina de ignição é na realidade um transformador que possui dois enrolamentos de fio de


cobre num núcleo de ferro. O primeiro enrolamento, denominado "primário", consiste em
poucas voltas de fio grosso, já que nele vai circular uma corrente intensa sob o regime de baixa
tensão (os 12v da bateria). A corrente normal para um veículo de passeio está em torno de 3
ampères. A bobina possui como função elevar os 12 volts da bateria para uma tensão em torno
de 20.0 volts, que são transmitidos para as velas.

6
VELA IGNIÇÃO

TIPOS DE DEFEITOS MAIS COMUNS

Normal: A base do isolador fica com uma coloração


amarelo-cinza ou marrom claro e o desgaste do
eletrodo central seja pequeno. Isto indica que o
motor esta em bom funcionamento e que a vela de
ignição esta dentro das especificações do
fabricante.

Desgaste Natural : Mesmo em condições corretas de


uso a vela de ignição vai ter um desgaste natural
provocando a erosão do eletrodo central. Esta erosão
ocasiona o aumento da distancia entre os eletrodos e
conseqüentemente ha uma dificuldade maior para a
formação da centelha.

Sintomas: falhas na aceleração, principalmente em


subidas e retomadas e dificuldade na partida do
motor.

Leve Resíduo de Chumbo: A o surgimento de


manchas amareladas com aspecto fosco e brilhante
entorno do isolamento do eletrodo. Quando a
temperatura da câmara de combustão aumenta estes
resíduos de chumbo tendem a virar condutores
elétricos prejudicando o funcionamento da vela.
Este tipo de resíduo é causado por aditivos
antidetonantes no combustível e obviamente isto
indica um combustível de péssima qualidade.

Sintomas: falhas em alta rotação.

Carbonização Seca ou fuliginosa: A cabeça da vela de


ignição fica coberta por uma camada fuligem preta e
seca. As Causas para este problema são varias:
combustível de má qualidade, ponto de ignição
atrasado, velas de ignição incorreta, filtro de ar sujo
ou obstruído, excesso de combustível.

Sintomas: Dificuldade na partida do motor quando


frio, falhas no motor em marcha lenta.

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VELA IGNIÇÃO

Desgaste excessivo dos eletrodos: Este defeito é


causado pela presença de de aditivos corrosivos no
combustível e no óleo lubrificante. Geralmente este
problema é decorrente do uso de combustível
adulterado.

Sintomas: Falhas na aceleração e dificuldade na


partida.

Superaquecimento: A fundição parcial do eletrodo


central pode ser provocada por diversos fatores. A
causa mais comum é o uso de velas de ignição
incorretas, fazendo com que a câmara de combustão
chegue a temperatura extremamente elevadas,
ocasionando combustão por incandescência.

Sintomas: Falhas no motor, baixa potencia e em


alguns casos pode ocorrer danos graves ao motor.

Impurezas ou Resíduos: O surgimento de um camada


cinza e grossa na base do isolador e no eletrodo-
massa. Este problema é causado por aditivos no óleo
lubrificante e combustível adulterado.

Sintomas: Ignição por incandescência, danos ao


catalizador, baixa potencia e danos ao motor.

Eletrodo Central e Eletrodo-massa Fundidos: A


fundição dos eletrodos é provocada por uma alta
temperatura na câmara de combustão e este
problema é decorrente do uso de vela de ignição
incorreta (muito quente) e combustíveis adulterados.

Sintomas: Falhas no motor, potencia abaixo do


normal, sérios danos ao motor. Quando a vela chega a
este estado dificilmente o motor não foi prejudicado.

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VELA IGNIÇÃO

Manutenção vela ignição

Desacople o supressor de ruídos da vela de ignição.

Antes de remover a vela de ignição, limpe ao redor


da sua base com ar comprimido e certifique-se de
que não entre materiais estranhos na câmara de
combustão.

Remova a vela de ignição, utilizando uma chave de


velas ou ferramenta equivalente.

Inspecione ou substitua a vela de ignição conforme


plano de manutenção de cada motocicleta.

Inspecione o isolante quanto a trincas ou danos.


Inspecione os eletrodos quanto a desgaste,
existência de fuligem ou descoloração.

Limpe os eletrodos com uma escova de aço ou um


dispositivo especial para limpeza de velas.

Verifique a folga entre os eletrodos central e lateral


da vela, utilizando um calibre de laminas. Se
necessário, ajuste a folga entre os eletrodos,
dobrando cuidadosamente o eletrodo lateral.

Folga padrão entre os eletrodos: 0,8 – 0,9 mm.

Instale os componentes removidos na ordem inversa


da remoção.

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INSPEÇÃO, AJUSTE E REGULAGEM DAS VALVULAS

É necessária uma folga adequada entre as válvulas de admissão e escape e os mecanismos de


abertura e fechamento das válvulas em todos os motores. Essa folga tolera a alteração de
tamanho da válvula e também mantém o espaço correto para o filme de óleo.

Folga excessiva pode resultar em ruídos no motor.

Folga insuficiente empurrará a válvula durante o período em que o motor estiver com a
temperatura elevada, provocando a queda de pressão de compressão e resultando em marcha
lenta irregular, ou eventual queima das válvulas. Pode também ocasionar um retorno de
chama e incêndio da motocicleta no caso da folga insuficiente ser na válvula de admissão.
A folga insuficiente também gera falta de lubrificação nos componentes e desgaste prematuro
das peças.

Os sistemas para inspeção e ajuste de folga de válvulas podem ser classificados em três tipos:
parafuso de ajuste no balancim, seleção de pastilhas e ajuste hidráulico.

Vamos analisá-los:

Sistema de parafusos de ajuste no balancim.

A inspeção deve ser realizada com o motor


freio, abaixo de 35 °C, Pistão no ponto morto
superior, no final da fase de compressão. Rotor
do alternador com a referencia ´´T`` alinhada
com a marca de referencia da tampa lateral
esquerda da carcaça do motor, os balancins
devem estar soltos, se estiverem presos é
porque o motor esta no final da fase de
escapamento, gire o motor um volta completa
e alinhe novamente a marca ´´T``.
O ajuste esta correto quando o calibre de
espessura especificada penetra entre o
parafuso de ajuste e a haste da válvula e outras
laminas maiores não penetram.

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INSPEÇÃO, AJUSTE E REGULAGEM DAS VALVULAS

Se necessitar de ajuste:

Solte a contra porca e o parafuso de ajuste, introduza o calibre de laminas com a espessura
especificada, gire o parafuso de ajuste ate sentir uma pequena pressão sobre o calibre de
laminas.
Aperte a contra porca com o torque especificado, tomando cuidado para não girar o parafuso
de ajuste.
Uma contra porca apertada incorretamente pode soltar-se ocasionando danos ao motor.
Durante o aperto da contra porca, poderá haver alterações na folga das válvulas. Deve-se
verificar novamente a folga após o aperto da contra porca.

11
INSPEÇÃO, AJUSTE E REGULAGEM DAS VALVULAS

Calibre de folgas

São feixes de laminas calibradas de varias espessuras com as respectivas dimensões gravadas
em uma de suas faces.
São usadas para medir folgas em geral.
Normalmente apresentados em espessuras que variam de 0,02 mm á 1,0 mm. Podem ser
encontradas avulsas, em rolos ou em jogos. Os calibres podem ter também o formato de
arame.

CUIDADOS

 Não exercer pressão excessiva sobre as laminas;


 Não dobrar;
 Não amassar;
 Manter limpo e lubrificado com vaselina liquida para não haver oxidação das laminas.

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RÉGUA RÍGIDA

Régua rígida

Coloque a régua rígida na superfície do material a ser medido e insira o calibre de laminas
entre elas para medir o valor do empenamento.

Meça ao longo das extremidades e cruzando diagonalmente pelo centro como mostrado.

NOTAS

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SELEÇÃO DE PASTILHAS

REGULAGEM DE VÁLVULAS POR SELEÇÃO DE PASTILHAS

Muito utilizada nos motores DOHC, a pastilha que também pode ser chamada de rotor de
válvula, é montada sobre a haste de válvula.
A Honda fornece 69 tipos de pastilhas, com espessuras que variam de 1,200 mm até 2,900
mm.
Os códigos gravados nas pastilhas indicam sua espessura. São compostos se 3 dígitos e
terminam sempre em 0,2,5 e 8.

Exemplos:

1,800 mm 1,825 mm 1,850 mm 1,875 mm

Em alguns casos as pastilhas não tem marcação do seu diâmetro devido ao desgaste, quando
isso ocorrer deve-se usar um micrometro para descobrir sua medida.

PASSO A PASSO DE COMO EFETUAR A SELEÇÃO DE PASTILHAS

Coloque o motor no ponto PMS (Ponto Morto


Superior).
Gire a arvore de manivelas em sentido anti-horário e
alinhe a marca ´´T`` do volante do motor com a marca
de referencia da tampa esquerda da carcaça do
motor.

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SELEÇÃO DE PASTILHAS

Verifique as folgas das válvulas de admissão e


escape, inserindo um calibre de laminas entre cada
acionador de válvula e o ressalto da arvore de
comando e anote em um papel.

NOTA
Verifique qual a folga padrão e a lamina a ser usada
no manual de serviços de cada modelo.

Remova o bujão e o anel de vedação do acionador do


tensor da corrente de comando.

Gire o eixo do acionador do tensor da corrente em


sentido horário ate o final do seu curso e fixe-o
utilizando a ferramenta especial ou remova-o.

Remova o parafuso de fixação da guia da corrente.

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SELEÇÃO DE PASTILHAS

Solte os parafusos dos suportes das arvores de


comando em ordem cruzada e em duas ou três
etapas. Em seguida, remova os parafusos e a guia da
corrente.

Remova os suportes das arvores de comando.

Fixe a corrente com um pedaço de arame para evitar


que a corrente caia no interior da carcaça do motor.

Remova as arvores de comando.

Remova os acionadores e calços das válvulas .

NOTA
 Tenha cuidado para não danificar as cavidades
dos acionadores das válvulas.
 Os calços podem ficar presos. Não permita que os
calços caiam na carcaça do motor.
 Marque todos os calços e acionadores para que
sejam instalados na mesma posição.
 Os acionadores e os calços podem ser removidos
facilmente com um imã.

Limpe a região de contato do calço da válvula no


acionador utilizando ar comprimido.

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SELEÇÃO DE PASTILHAS

Meça e anote a espessura do calço.

Calcule a espessura do novo calço utilizando a


equação a seguir:

A=(B-C) + D

A: Espessura do novo calço (Pastilha)


B: Folga da válvula anotada. (Página 14)
C: Folga da válvula especificada.
D: Espessura do calço (Pastilha) antigo.

NOTA
 Estão disponíveis sessenta e nove calços com
diferentes espessuras, variando do mais fino (1,200
mm) de espessura ao mais grosso (2,900 mm), em
intervalos de 0,025 mm.
 Retifique a sede de válvula casa haja deposito de
carvão.

Instale os novos calços no retentor da mola da


válvula.
Aplique óleo na superfície extrema de cada
acionador de válvula e instale-os nas cavidades dos
acionadores.

NOTA
 Instale os acionadores das válvulas nas suas
posições originais.

A instalação é efetuada na ordem inversa da


desmontagem.

Rotacione as arvores de comando, girando a arvore de manivelas em sentido anti-horário por


diversas vezes. Inspecione novamente a folga das válvulas.

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ÓLEO DO MOTOR

INSPEÇÃO DO NIVEL DE ÓLEO NO MOTOR

Dê partida no motor e mantenha-o funcionando


em marcha lenta de 3 a 5 minutos.
Desligue o motor e aguarde de 2 a 3 minutos.
Apóie a motocicleta em posição vertical, sobre uma
superfície plana.

Remova a tampa de abastecimento de óleo/vareta


de medição e limpe-a completamente.
Insira novamente a tampa em seu lugar SEM
ROSQUEÁ-LA, remova-a em seguida e inspecione o
nível de óleo.

Se o nível de óleo estiver próximo ou abaixo da linha de nível inferior da vareta de medição,
adicione o óleo recomendado para o motor através do orifício do gargalo de abastecimento,
ate que o nível atinja a linha de nível superior.

Certifique-se de que os anéis de vedação estejam


em boas condições. Substitua-o se necessário.

Reinstale a tampa de abastecimento de óleo/vareta


de medição e aperte-a seguramente.

TROCA DE ÓLEO

Dê a partida no motor, espere-o aquecer até atingir


a temperatura normal de funcionamento e
desligue-o em seguida.
Apóie a motocicleta em seu cavalete lateral em
uma superfície plana.

Remova a tampa de abastecimento de óleo/vareta


de medição.Posicione um recipiente adequado sob
o motor a fim de coletar óleo. Em seguida remova o
parafuso de drenagem, juntamente com a arruela
de vedação.
Drene completamente o óleo do motor.

Instale e aperte o parafuso de drenagem no torque


especificado.
Abasteça o motor com o óleo recomendado pelo fabricante.
NOTA
Verifique na tabela de manutenção de cada motocicleta quanto o prazo para troca de óleo e
quanto há quantidade.
A quantidade de óleo a ser colocado na troca é diferente na desmontagem e na troca com
filtro de óleo.

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FILTRO DE ÓLEO

TROCA DO FILTRO DE ÓLEO DO MOTOR

Existem vários tipos de filtros de óleo nas motocicletas, vejamos a seguir os modelos:

Drene o óleo do motor (Página 18).


Remova os parafusos e a tampa do filtro de óleo.

Remova o filtro de óleo.

Instale um novo filtro de óleo.


NOTA
 Instale o filtro de óleo sempre com a marca OUT
SIDE para fora.

Instale a tampa do filtro de óleo, juntamente com


seus dois parafusos.
Abasteça óleo no motor.
NOTA
 Alinhe o orifício da tampa com o orifício da
tampa lateral direita do motor.
 Esse modelo de filtro de óleo geralmente é
aplicado a motocicletas até 400 cilindradas.

19
FILTRO DE ÓLEO

TROCA DO FILTRO DE ÓLEO PARA MOTOCICLETAS DE ALTA CILINDRADA

Drene o óleo do motor (Página 18).


Remova e descarte o cartucho do filtro de óleo,
usando uma ferramenta especial.

Aplique óleo de motor na rosca e no anel de vedação


do filtro de óleo.

Instale o novo filtro de óleo e aperte-o no torque


especificado.

Abasteça óleo no motor.


Instale a tampa de abastecimento de óleo.
NOTA
 Sempre verifique no manual de serviços quanto a
quantidade de óleo que deve ser abastecido no
motor, lembrando sempre que a quantidade de óleo
é diferente em alguns modelos de motocicletas
quando é efetuado a troca do filtro de óleo.

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TIPOS DE FUMAÇA

Dicas quanto aos tipos de Fumaça nos Motores:

FUMAÇA BRANCA

A fumaça branca encontrada com motor aquecido pode ser resultado da presença de liquido
do radiador. Esse sintoma geralmente é provocado pela passagem de água através da junta do
cabeçote defeituosa, que acaba atingindo a câmara de combustão e finalmente sai pelo
escape. Uma falha do motor, pois em algum momento o vazamento poderá atrapalhar a
combustão, devido a temperatura baixa e mistura pobre de ar combustível. Nota-se também a
diminuição do nível do reservatório do radiador. É importante que se resolva essa
contaminação, pois caso a câmara de combustão venha se encher de liquido, um calço
hidráulico pode acontecer e isso pode causar um grave dano ao motor ou até mesmo esse tipo
de fumaça é devido a impurezas no combustível.

FUMAÇA PRETA

A mistura rica de combustível conhecida como “excesso” é a culpada pela fumaça preta, pois o
combustível acaba sendo queimado no escapamento aquecido. Essa fumaça é acompanhada
por um forte cheiro, e pode ser resolvida com uma revisão no sistema de alimentação de
combustível.

FUMAÇA AZULADA

A fumaça azulada é a mais preocupante, pois indica a queima de óleo lubrificante, e o


consumo de óleo pode ser tão grande que o seu nível pode baixar muito rápido e provocar a
falta de lubrificação do motor. Essa queima ocorre por desgaste em anéis, retentores de
válvulas, defeitos em cabeçote dentre outros.

Atenção – A fumaça azul geralmente é acompanhada de alto consumo de óleo e nunca


confunda fumaça Azul com a Branca pois são bem parecidas!

Segue algumas dicas para fumaça Azul/óleo:

A primeira dica e o excesso de óleo lubrificante, onde acaba se mantendo em contato direto
com anéis e pistões e acabam contaminando a câmara de combustão.

A segunda dica e o excesso de pressão dentro da câmera de combustão do motor por causa
da obstrução do respiro do motor devido a falta de manutenção.

A terceira dica são os retentores dos guias de válvulas com o passar do tempo acabam
deixando passar óleo. Esse óleo acaba escorrendo pelas válvulas e contamina a câmara de
combustão.

A quarta dica fica por conta de algum defeito na junta do cabeçote do motor, também causa
queima de óleo.

A quinta dica são os anéis de seguimento defeituosos, seja por desgaste ou quebra.

21
SISTEMA DE ARREFECIMENTO

Existem três tipos de sistema de arrefecimento nas motocicletas (Arrefecimento a AR, Auxiliar
de óleo, Liquido), vejamos a seguir detalhadamente cada um.

SISTEMA DE ARREFECIMENTO A AR

Esse é o sistema mais simples e é usado em quase todas as motocicletas.

O cilindro e o cabeçote possuem aletas, geralmente de alumínio, que recebem o calor gerado
pelo funcionamento do motor e transferem para o ar. A troca do calor com o ar se dá pelo
movimento da motocicleta. O ar (que está mais frio que o motor) passa pelas aletas resfria-as,
e então o motor resfria. Esse sistema é o menos eficiente dos três. Ele só pode ser usado
sozinho em motores de desempenho mais baixo justamente pela baixa eficiência. Estes
motores já não esquentam tanto por natureza, então o cuidado com a refrigeração não precisa
ser tão grande. Nesse caso, a própria mistura do ar / combustível também ajuda seu
resfriamento, esse sistema não possui manutenção.

SISTEMA DE ARREFECIMENTO AUXILIAR DE ÓLEO

Esse sistema geralmente é encontrado em motocicletas de 200cc á 400cc.

No arrefecimento auxiliar de óleo as carcaças do motor possuem pequenas tubulações em


suas paredes, e por estas tubulações o óleo do motor circula, tal qual nos motores refrigerados
a liquido. Com o motor quente, o óleo passa por estes espaços e esquenta, e então ele é
bombeado para o radiador, onde é resfriado (pelo ar). Este tipo de refrigeração é mais
eficiente do que a refrigeração a ar, mas possui o inconveniente de exigir atenção redobrada
com o nível de óleo, pois é comum que ele baixe. A falta de óleo, além de prejudicar a
lubrificação do motor, o aquece além do normal, o que pode comprometer muito sua vida útil.

22
SISTEMA DE ARREFECIMENTO

SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO

Motores refrigerados a liquido são vulgarmente conhecidos como refrigerados a água. Na


verdade, o liquido refrigerante é uma mistura de água destilada e desmineralizada com
aditivos que aumentam o ponto de ebulição e reduzem a temperatura de congelamento. O
que significa que essa água pode suportar temperaturas de até 150ºC sem ferver, e de -30ºC
sem congelar. É o tipo de refrigeração mais eficiente atualmente. As carcaças do motor
possuem pequenos dutos internos, por onde a água circula e esquenta, e então ela é
bombeada para o radiador, onde esfria (pois troca o calor com o ar). Esse tipo de refrigeração
é mais usado em motores de alto desempenho, pois estes esquentam muito e precisam de um
sistema de refrigeração mais eficiente. Esse sistema possui um pouco mais de cuidado com o
nível do liquido de arrefecimento que deve ser cuidadosamente acompanhado conforme
indicação do fabricante.

NOTAS

23
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

MANUTENÇÃO

FLUXOGRAMA DO SISTEMA

24
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

Utilizaremos uma CB 600F Hornet como modelo para aprendermos a manutenção do sistema
de arrefecimento, lembrando que se deve consultar sempre o manual de serviços para cada
modelo de motocicleta.

INFORMAÇÕES GERAIS

 Cuidado
 Não remova a tampa do radiador enquanto o motor estiver quente. O liquido de
arrefecimento esta sob pressão e pode causar queimaduras graves.
 Deixe o motor e o radiador esfriar antes de remover a tampa do radiador e efetuar a
manutenção.

 Adicione o liquido de arrefecimento no reservatório. Não remova a tampa do radiador,


exceto para reabastecer ou drenar o sistema.
 Os serviços de manutenção do sistema de arrefecimento podem ser efetuados com o motor
no chassi da motocicleta.
 Evite derramar liquido de arrefecimento nas superfícies pintadas.
 Após efetuar os serviços, verifique se há vazamentos.

DIAGNOSE DE DEFEITOS

25
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

TESTE DO SISTEMA

LIQUIDO DE ARREFECIMENTO
(TESTE DO DENSÍMETRO)

Levante o tanque de combustível.


Remova a tampa do radiador.

Desacople o supressor de ruído da vela de ignição nº 4.


Remova o parafuso e retire o gargalo de
abastecimento.

Teste a densidade especifica do liquido do


arrefecimento, usando um densímetro (veja abaixo a
tabela de densidade especifica do liquido de
arrefecimento).

Para proteção máxima contra corrosão,


recomendamos que seja utilizada um solução de 50-
50% de etileno glicol e água destilada.

Verifique se o liquido de arrefecimento esta


contaminado e troque-o se necessário.

26
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

INSPEÇÃO DA PRESSÃO DA TAMPA DO SISTEMA DO RADIADOR

Remova a tampa do radiador.


Pressurize a tampa do radiador para testá-la.
Substitua a tampa do radiador se ela não tiver
pressão, ou se a pressão de alivio for muito alta ou
baixa.
A tampa deve manter a pressão especifica pelo
menos por 6 segundos.

Pressurize o radiador, o motor e as mangueiras, e


verifique se há vazamentos.

 Cuidado
 Uma pressão excessiva pode danificar os
componentes do sistema de arrefecimento,
verifique sempre o limite de pressão no manual de
serviços.

Repare e substitua os componentes se o sistema


não retiver a pressão especificada pelo menos por 6
segundos.

TROCA DO LÍQUIDO DE ARREFECIEMENTO

PREPARAÇÃO
A eficácia do liquido de arrefecimento diminui com o acúmulo de ferrugem, ou quando há uma
variação na proporção da mistura durante o uso. Assim para obter o melhor desempenho,
troque o liquido de arrefecimento regularmente, conforme especificado na tabela de
manutenção.

TROCA/SANGRIA DE AR

NOTA
 Ao abastecer o sistema ou o reservatório com
liquido de arrefecimento, ou quando verificar o
nível do liquido de arrefecimento, mantenha a
motocicleta na posição vertical sobre uma
superfície nivelada.

Levante e apóie o tanque de combustível.

27
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

 Cuidado
 Sempre deixe o motor e o radiador esfriarem antes de remover a tampa do radiador.

Remova a tampa do radiador.


Remova o parafuso de drenagem da bomba d´água
e a arruela de vedação, e drene o liquido de
arrefecimento.
Remova o parafuso de drenagem do cilindro e a
arruela de vedação, e drene o liquido de
arrefecimento do cilindro.
Reinstale os parafusos de drenagem com novas
arruelas de vedação. Aperte firmemente os
parafusos de drenagem.

Remova a rabeta.
Desconecte a mangueira sifão do reservatório e
drene o liquido de arrefecimento.
Drene totalmente o liquido de arrefecimento e
enxágüe o interior do reservatório com água.
Conecte a mangueira sifão no reservatório.

Abasteça o sistema adicionando o liquido de


arrefecimento recomendado através da abertura
do gargalo de abastecimento ate atingir a base do
gargalo.

Remova a tampa do reservatório do radiador e


abasteça o reservatório com o liquido de
arrefecimento recomendado ate atingir a marca de
nível superior.

28
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

Sangre o ar do sistema da seguinte maneira:

1. Coloque a transmissão em ponto morto, Ligue o motor e deixe-o em marcha lenta por
2 a 3 minutos.
2. Abra o acelerador de 3 a 4 vezes para sangrar o ar do sistema.
3. Desligue o motor e adicione o liquido de arrefecimento ate atingir a marca do nível
correto, se necessário. Reinstale a tampa do radiador.
4. Verifique se o nível do liquido de arrefecimento no reservatório e adicione ate atingir a
marca de nível superior, se o nível estiver baixo.

Instale a tampa do reservatório do radiador.


Instale a rabeta.
Abaixe o tanque de combustível e instale os parafusos de montagem dianteiros.

TERMOSTATO

REMOÇÃO

Drene o liquido de arrefecimento.


Levante e apóie o tanque de combustível.
Desacople o supressor de ruído da vela de ignição
nº 4.
Remova o parafuso e retire o gargalo de
abastecimento.

Desaperte o parafuso da braçadeira da mangueira


e desconecte a mangueira de água do gargalo de
abastecimento.

Desacople o conector 3P (Preto) do sensor ECT


(Temperatura do liquido de arrefecimento do
motor).
Desaperte o parafuso da braçadeira da mangueira
e desconecte a mangueira de derivação do
alojamento do termostato.
Remova os parafusos, o alojamento do termostato
e o anel de vedação.

29
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

Remova os parafusos da tampa do alojamento do


termostato.

Remova o termostato do alojamento.

INSPEÇÃO

Inspecione visualmente o termostato e verifique se


há danos.
Verifique se o anel de vedação esta danificado.

NOTA
 Não deixe o termômetro e o termostato tocarem
o recipiente,caso contrario, as leituras não serão
exatas.

Aqueça a água com a resistência ate a temperatura


de funcionamento por 5 minutos.
Mantenha o termostato suspenso na água aquecida
para verificar o seu funcionamento.
Substitua o termostato caso a válvula permaneça
aberta na temperatura ambiente, ou caso se abra
em temperaturas diferentes da especificadas.
No caso da CB600F Hornet as medidas são:
INICIO DA ABERTURA DO TERMOSTATO: 80 – 84 °C.
ABERTURA MINIMA DA VALVULA: 8 mm a 95 °C.

30
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

INSTALAÇÃO

Alinhe a direção da marca do termostato com o


ressalto do alojamento.
Instale o termostato no alojamento, alinhando o
corpo do termostato com a ranhura do alojamento.

Instale a tampa do alojamento do termostato no


alojamento, alinhando os ressaltos do alojamento e
da tampa.

Instale o alojamento do termostato no cabeçote e


aperte firmemente os parafusos.
Conecte a mangueira de derivação no alojamento do
termostato e aperte firmemente o parafuso da
braçadeira da mangueira.
Acople o conector 3P (Preto) do sensor ECT.

Instale o gargalo de abastecimento e aperte


firmemente o parafuso.
Acople firmemente o supressor de ruído da vela de
ignição nº4.
Abaixe o tanque de combustível e instale os
parafusos de montagem dianteiros.
Abasteça o sistema com liquido de arrefecimento
recomendado e sangre o ar.

31
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

RADIADOR

RESERVATORIO DO RADIADOR

REMOÇÃO/INSTALAÇÃO

Remova a rabeta.
Desconecte a mangueira sifão e a mangueira do
ladrão do reservatório do radiador.
Remova o parafuso e o reservatório do radiador.

A instalação é efetuada na ordem inversa da


remoção.
Abasteça o reservatório com o liquido de
arrefecimento recomendado.

32
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A LIQUIDO MANUTENCAO

BOMBA D´ÁGUA

INSPEÇÃO DO SELO MECÂNICO

Verifique quanto a sinais de vazamento de liquido


de arrefecimento. É normal um pequeno
gotejamento no orifício de sangria.

NOTAS

33
CABECOTE / VALVULAS

Utilizaremos três modelos de motocicletas para aprendermos a manutenção do cabeçote, CG


150 TITAN (Baixa cilindrada), CB 300 (Media cilindrada) E uma CB 1000 (Alta cilindrada), existe
uma grande semelhança na manutenção no cabeçote das motocicletas independente do seu
porte. Lembrando que se deve consultar sempre o manual de serviços para cada modelo de
motocicleta.

CG 150 TITAN/ COMPONENTES DO SISTEMA

34
CABECOTE / VALVULAS

CB 300/COMPONENTES DO SISTEMA

35
CABECOTE / VALVULAS

CB 1000/COMPONENTES DO SISTEMA

36
CABECOTE / VALVULAS

DIAGNOSE DE DEFEITOS

 Problemas na parte superior do motor geralmente afetam seu desempenho. Esses


problemas podem ser diagnosticados através de um teste de compressão ou pela detecção de
ruídos, utilizando-se um estetoscópio.
 Se o desempenho for inadequado em baixas rotações, verifique quanto a presença de
fumaça branca mangueira do respiro do motor. Caso haja fumaça na mangueira, verifique se
os anéis do pistão estão travados.

Compressão muito baixa, partida difícil ou desempenho inadequado em baixas rotações:

 Válvulas:
 Ajuste incorreto das válvulas.
 Válvula queimada ou empenada.
 Sincronização incorreta das válvulas.
 Mola da válvula fraca.
 Assentamento irregular da válvula.
 Válvula engripada na posição aberta.
 Cabeçote:
 Junta do cabeçote com vazamento ou danificada.
 Cabeçote empenado ou trincado.
 Vela de ignição solta.
 Problemas no Cilindro pistão e anéis:
 Será visto na Pagina 57.
Compressão muito alta:
 Depósitos excessivos de carvão na cabeça do pistão ou na câmara de combustão.
Fumaça excessiva:
 Haste ou guia da válvula desgastada.
 Retentor de óleo da haste da válvula danificado.
 Problema no cilindro pistão e anéis (Pagina 57).
Ruído excessivo:
 Ajuste incorreto da válvula.
 Válvula engripando ou mola da válvula quebrada.
 Sede da válvula com desgaste excessivo.
 Arvore de comando desgastada ou danificada.
 Eixo e/ou balancim desgastado.
 Extremidade da haste da válvula desgastada.
 Dentes da engrenagem de comando desgastados.
 Corrente de comando/ Varetas desgastados.
 Tensor da corrente de comando desgastado ou danificado.
 Problema no cilindro pistão e anéis(Pagina 57).
Marcha lenta irregular:
 Baixa compressão do cilindro.
 Entrada falsa de ar de admissão.

37
CABECOTE / VALVULAS

COMPRESSAO DO CILINDRO

Aqueça o motor ate a temperatura normal de


funcionamento.
Desligue o motor e desconecte o supressor de ruído
da vela de ignição.
Remova a vela de ignição.

Instale o medidor de compressão no orifício da vela


de ignição.
Coloque a transmissão em ponto morto.
Abra completamente o acelerador e acione o motor
com o pedal de partida ou com a partida elétrica ate
que a leitura do medidor se estabilize.
A leitura máxima é normalmente obtida entre 4 e 7
segundos.
Verifique o valor da leitura no manual de serviços.

Se a compressão estiver alta, isto significa que existem depósitos de carvão na câmara de
combustão e/ou cabeça do pistão.

Se a compressão estiver baixa, coloque de 3 a 5 ml de óleo de motor novo no orifício da vela


de ignição e verifique novamente a compressão.

Se a compressão aumentar em relação ao valor anterior, verifique o cilindro,pistão e anéis.


 Vazamento na junta do cabeçote.
 Anéis do pistão desgastados.
 Cilindro e pistão desgastados.

Se a compressão for a mesma Da medição anterior, verifique as válvulas quanto a vazamento.

O teste é efetuado da mesma maneira em todas as motocicletas, mas sempre verifique o


manual de serviços antes de realizar o teste.

NOTAS

38
CABECOTE / VALVULAS

SUPORTE DA ARVORE DE COMANDO

Certifique-se de que o pistão esta no PMS (Ponto


Morto Superior) da fase de compressão (Página
14).
Remova o bujão do acionador de tensor da
corrente de comando.

Instale o fixador do tensor da corrente de comando


no acionador do tensor.

Gire o acionador do tensor no sentido horário com


o fixador do tensor da corrente de comando ou
ferramenta limitadora, a fim de retrair o eixo do
acionador. Em seguida, insira completamente o
fixador ou a ferramenta limitadora para manter o
eixo do acionador na posição totalmente retraída.

 CUIDADO
Tome cuidado para não deixar os parafusos da
engrenagem de comando caírem na carcaça do
motor.

Remova os parafusos da engrenagem de comando.

39
CABECOTE / VALVULAS

Remova a engrenagem de comando do flange da


arvore de comando.
Remova a engrenagem de comando da corrente de
comando.
Prenda um pedaço de arame na corrente de
comando para evitar que ela caia na carcaça do
motor.

Remova as porcas especiais, arruelas e suporte da


arvore de comando.
NOTA
 Desaperte os parafusos em ordem cruzada.

DESMONTAGEM

Remova os parafusos da placa de retenção da


arvore de comando.
Remova a arvore de comando do suporte da arvore
de comando.

Remova os parafusos dos eixos dos balancins.

40
CABECOTE / VALVULAS

Remova os eixos dos balancins e os balancins do


suporte.

INSPEÇAO

Gire a pista externa de cada rolamento com o dedo.


Os rolamentos devem girar suave e silenciosamente.
Verifique também se a pista interna do rolamento se
encaixa firmemente na arvore de comando.

ALTURA DO RESSALTO DE COMANDO

Meça a altura de cada ressalto da arvore de


comando (Verifique as medidas no manual de
serviços).
Se o ressalto da arvore de comando estiver
desgastado, inspecione as passagens de óleo quanto
a obstruções e os balancins quanto a desgaste ou
danos.

EIXO DO BALANCIM

Meça o diâmetro externo do eixo do balancim


comando (Verifique as medidas no manual de
serviços).

41
CABECOTE / VALVULAS

BALANCIM

Gire rolete do balancim com o dedo.


O rolete deve girar suave e silenciosamente.
Meça o diâmetro interno do balancim.
utilizaremos as medidas da cg 150 Titan como
exemplo:

Calcule a folga entre o balancim e o eixo.

MONTAGEM

Posicione o balancim no suporte da arvore de


comando e, em seguida, instale o eixo do balancim
no suporte da arvore de comando (lado da
engrenagem de comando), passando-o através do
balancim.

Alinhe o orifício do eixo do balancim com o orifício


do suporte da arvore de comando.
Instale os parafusos dos eixos dos balancins.

Lubrifique os rolamentos da arvore de comando


com óleo de motor novo.

42
CABECOTE / VALVULAS

Certifique-se de que a lingüeta da arvore de


comando esteja virada para cima.
Instale a arvore de comando no suporte da arvore
de comando.

Instale a placa de retenção da arvore de comando e


aperte firmemente o parafuso.

Lubrifique as roscas e as superfícies de


assentamento das porcas especiais do suporte da
arvore de comando com óleo de motor novo.
Instale as arruelas nas porcas especiais do suporte
da arvore de comando.
Instale e aperte as porcas especiais no torque
especificado.
Certifique-se de que a lingüeta da arvore de
comando esteja virada para cima.

Gire a arvore de manivelas no sentido anti-horário e


alinhe a marca ´´T`` no rotor do alternador com a
marca de referencia na tampa esquerda da carcaça
do motor.
Certifique-se de que o pistão esteja no PMS (Ponto
Morto Superior).

43
CABECOTE / VALVULAS

Lubrifique a corrente de comando com óleo de


motor novo.
Encaixe a engrenagem de comando na corrente de
comando com a linha de referencia voltada para
fora.

NOTA
A marca ´´o`` deve ficar virada para frente.

Alinhe temporariamente as linhas de referencia da


engrenagem de comando com a superfície superior
do cabeçote, sem mover a corrente de comando.

Instale a engrenagem de comando no flange da


arvore de comando.
Certifique-se de que as linhas de referencia na
engrenagem de comando fiquem alinhadas com a
superfície superior do cabeçote, quando a marca
´´T`` no rotor do alternador estiver alinhada com a
marca de referencia na tampa da carcaça do motor.

 CUIDADO
Tome cuidado para não deixar os parafusos da
engrenagem de comando caírem na carcaça do
motor.

Instale e aperte os parafusos da engrenagem de comando no torque especificado.

Remova o fixador do tensor da corrente de


comando ou ferramenta limitadora do acionador do
tensor da corrente de comando.

Aplique óleo de motor novo no anel de vedação e


instale-o na ranhura do acionador.
Instale e aperte o bujão no torque especificado.
Instale a tampa do cabeçote.

44
CABECOTE / VALVULAS

CABEÇOTE

Remova os seguintes itens:


 Tampa do cabeçote.
 Suporte da arvore de comando.
 Supressor de ruído da vela de ignição.
 Conector 2P (Preto) do sensor EOT.
 Tudo de escapamento.
 Conector 2P (Preto) do sensor de Oxigeno.
 Corpo do acelerador/Carburador.
Remova os parafusos do cabeçote.
Remova o cabeçote.

Remova a junta e os pinos-guias.

Enquanto comprime a mola da válvula com o


compressor, remova as chavetas.

45
CABECOTE / VALVULAS

Desaperte o compressor da mola da válvula e


remova os seguintes itens:
 Retentores das molas.
 Mola das válvulas.
 Válvulas de admissão e escapamento.
 Retentores de óleo das hastes das válvulas de
admissão e escapamento.
 Assentos das molas.

Remova os depósitos de carvão da câmara de


combustão.
Limpe todos os resíduos de junta da superfície do
cabeçote.

INSPEÇÃO

MOLA DA VÁLVULA

Meça o comprimento livre da mola da válvula.

CABEÇOTE

 CUIDADO
Tome cuidado para não danificar a superfície da
junta.

Verifique o orifício da vela de ignição e a área da


válvula quanto a trincas.
Verifique o cabeçote quanto a empenamento,
usando uma régua de precisão e um calibre de
laminas.

46
CABECOTE / VALVULAS

VÁLVULA

Inspecione cada válvula quanto a empenamento,


queima riscos ou desgaste anormal da haste. Meça
o diâmetro externo da haste da válvula.
Insira cada válvula no guia da válvula e verifique o
movimento da válvula no seu interior.

GUIA DA VÁLVULA

SUBSTITUIÇÃO DA GUIA DE VÁLVULA

Coloque as guias de reposição na geladeira por aproximadamente uma hora.


Aqueça o cabeçote a 130 – 140°C em uma chapa quente ou estufa. Não aqueça o cabeçote
acima de 150°C. Use bastões indicadores de temperatura, disponíveis em lojas de materiais
para soldagem, para certificar-se de que o cabeçote seja aquecido na temperatura adequada.

NOTA
 Para evitar queimaduras, use luvas térmicas
isolantes durante o manuseio do cabeçote aquecido.
 O uso de maçarico para aquecer o cabeçote pode
causar empenamento.
 Tome cuidado para não danificar a superfície de
contato.

Apóie o cabeçote e remova as guias das válvulas e as


presilhas do cabeçote pelo lado da câmara de
combustão.

Com o cabeçote ainda aquecido, retire as guias das


válvulas novas do congelador e instale as presilhas
nas novas guias.
Instale as novas guias das válvulas no cabeçote pelo
lado da arvore de comando.
Meça a altura da guia da válvula em relação ao
cabeçote (Verifique a distancia no manual de
serviços).
Deixe o cabeçote esfriar ate a temperatura
ambiente.

47
CABECOTE / VALVULAS

Recondicione as novas guias das válvulas.

NOTA
 Tome cuidado para não inclinar o alargador na
guia durante o recondicionamento. Caso contrario, a
válvula será instalada inclinada, o que causara
vazamentos de óleo através do retentor de óleo da
haste da válvula e contato incorreto com a sede da
válvula, impossibilitando a retifica da sede.
 Insira o alargador no cabeçote pelo lado da
câmara de combustão, e gire-o sempre no sentido
horário.
 Use óleo de corte no alargador durante esta
operação.

Após o recondicionamento, limpe completamente o


cabeçote para remover todas as partículas
metálicas. Inspecione e retifique a sede de válvula.

INSPEÇÃO DA SEDE DA VÁLVULA

Limpe completamente as válvulas de admissão e


escapamento para remover todos os depósitos de
carvão.
Aplique uma leve camada de azul da Prússia nas
sedes das válvulas.
Bata as válvulas contra as sedes usando uma
mangueira de borracha ou um cabo de ventosa.
Remova a válvula e inspecione a largura da sede de
cada válvula.
O contato da sede da deve estar dentro da largura
especificada e ser uniforme em toda a
circunferência.
Se a largura exceder o limite de uso retifique a sede
da válvula.

Inspecione a face da sede da válvula quanto a:


 Face danificada.
 Substitua a válvula e retifique a sede da válvula.
 Largura irregular da sede:
 Haste da válvula empenada ou deformada;
Substitua a válvula e retifique a sede da válvula.

48
CABECOTE / VALVULAS

NOTA
 A válvula não pode ser retificada. Se a face da
válvula estiver queimada ou desgastada, ou se o
contato com a sede for irregular, substitua a válvula.

 Área de contato (muito alta ou muito baixa).


 Retifique a sede da válvula.

RETIFICA DA SEDE DA VÁLVULA

NOTA
 Siga as instruções de operação do fabricante do
equipamento de retifica.

Recomendamos o uso de fresas e de um retificador


ou equipamento de retifica equivalente para corrigir
o desgaste das sedes das válvulas.

Se a área de contato estiver muito alta na válvula, a


sede deve ser abaixada usando uma fresa plana de
32°.
Se a área de contato estiver muito baixa na válvula,
a sede deve ser levantada usando uma fresa interna
de 60°.

NOTA
 Retifique a sede com uma fresa de 45° sempre
que a guia da válvula for substituída.

Use uma fresa de 45° para remover toda a aspereza


ou irregularidade da sede.

49
CABECOTE / VALVULAS

Use uma fresa de 32° para remover ¼ do material


existente da sede da válvula.

Use uma fresa de 60° para remover ¼ do material


existente na parte inferior da sede antiga da válvula.
Remova a fresa e inspecione a área que acabou de
ser removida.

Instale uma fresa de acabamento de 45° e retifique


a sede ate a largura especificada.
Certifique-se de remover toda a corrosão e
irregularidades.
Se necessário, efetue novamente o acabamento.
Verifique a largura padrão da sede da válvula no
manual de serviços de cada modelo de motocicleta.

Após retificar as sedes das válvulas, aplique pasta


abrasiva na face da válvula e faça um polimento da
válvula com uma leve pressão.
 Uma pressão de polimento excessiva pode
deformar ou danificar a sede.
 Mude freqüentemente o ângulo do cabo da
ventosa para evitar o desgaste desigual da sede.
 Não permita que a pasta abrasiva penetre entre as
guias e as hastes das válvulas. Caso contrario, elas
serão danificadas.
Após o polimento, remova todos os resíduos de
pasta abrasiva do cabeçote e da válvula.
Verifique novamente o contato da sede após o polimento.

50
CABECOTE / VALVULAS

MONTAGEM

Limpe o conjunto do cabeçote com solvente e


aplique ar comprimido em todas as passagens de
óleo.
Instale as sedes das válvulas e os novos retentores
de óleo das hastes das válvulas.
Lubrifique as hastes das válvulas com solução de
óleo a base de molibdênio.

NOTA
 Ao inserir a válvula, gire-a para evitar danos ao
retentor de óleo da haste da válvula.

Insira as válvulas nas guias das válvulas.


Instale as molas das válvulas nas guias das válvulas.
As espiras mais próximas das molas devem ficar
viradas para a câmara de combustão.

51
CABECOTE / VALVULAS

NOTA
 Lubrifique as chavetas com graxa para facilitar a
instalação. Para evitar perda da tensão, não
comprima as molas das válvulas mais do que o
necessário.

Comprima a mola da válvula e instale as chavetas


da válvula.

NOTA
 Apóie o cabeçote sobre um suporte acima da
bancada de modo a evitar possíveis danos as
válvulas.

Bata nas válvulas suavemente, utilizando um


martelo plástico e um instalador de pino, conforme
mostrado, para assentar as chavetas firmemente.

INSTALAÇÃO

NOTA
 Não permita a entrada de sujeira e poeira no
motor.

Limpe todos os resíduos de junta das superfícies de


contato do cilindro.
Instale os pinos guia e a nova junta.

Encaminhe a corrente de comando através do


cabeçote e instale o cabeçote sobre o cilindro.

52
CABECOTE / VALVULAS

Instale firmemente os parafusos do cabeçote.


Instale o suporte da arvore de comando (Pagina 43).
Instale os seguintes itens:
 Suporte da arvore de comando (Pagina 43).
 Tampa do cabeçote.
 Supressor de ruído da vela de ignição.
 Conector 2P (Preto) do sensor EOT.
 Tubo de escapamento.
 Conector 2P (Preto) do sensor de O2.
 Corpo do acelerador.

ACIONADOR DO TENSOR DA CORRENTE DE


COMANDO

Remova o bujão do acionador do tensor da corrente


de comando.

Gire totalmente o eixo do tensor (no interior do


corpo do tensor) no sentido horário com o fixador
do tensor da corrente de comando ou ferramenta
limitadora.
Remova os parafusos de montagem.
Remova o acionador do tensor da corrente de
comando e a junta.

INSPEÇÃO

Verifique o funcionamento do acionador:


 O eixo do acionador do tensor não deve entrar no
corpo do acionador quando empurrado.
 Ao girar o eixo do acionador no sentido horário
com o fixador do tensor da corrente de comando ou
ferramenta limitadora, o eixo devera se retrair para
dentro do corpo do acionador.
O eixo deve saltar par fora do corpo do acionador
assim que soltar a ferramenta.

53
CABECOTE / VALVULAS

INSTALAÇÃO

Gire o eixo do acionador do tensor no sentido


horário com o fixador do tensor da corrente de
comando ou ferramenta limitadora, a fim de retraí-
lo. Em seguida, insira completamente o fixador ou
ferramenta limitadora para manter o eixo do
acionador do tensor da corrente de comando na
posição totalmente retraída.

Instale uma nova junta no acionador do tensor da


corrente de comando.

Instale o acionador do tensor da corrente de


comando no cilindro.
Instale e aperte os parafusos de montagem
firmemente.
Remova o fixador do tensor da corrente de comando
ou ferramenta limitadora do acionador.

Aplique óleo de motor novo no anel de vedação e


instale-o na ranhura do acionador do tensor.

54
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

COMPONENTES DO SISTEMA

55
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

INSTRUÇOES GERAIS

 Os serviços do cilindro e pistão podem ser realizados com o motor instalado no chassi.
 Tome cuidado para não danificar a parede do cilindro e o pistão.
 Tome cuidado para não danificar as superfícies de contato ao remover o cilindro. Não golpeie
com força excessiva durante a remoção.
 O óleo para lubrificação da arvore de comando e balancins é alimentado através da
passagem de óleo do cilindro. Limpe a passagem de óleo antes de instalar o cilindro.

DIAGNOSE DE DEFEITOS

Compressão muito baixa, partida difícil ou desempenho inadequado em baixas rotações:


 Vazamento na junta do cabeçote.
 Anéis do pistão desgastados, engripados ou quebrados.
 Cilindro e pistão danificados ou desgastados.
Compressão muito alta, superaquecimento ou detonação:
 Depósitos excessivos de carvão no pistão ou na câmara de combustão.
Fumaça excessiva:
 Desgaste do cilindro, pistão ou anéis do pistão.
 Instalação incorreta dos anéis do pistão.
 Riscos ou arranhões no pistão ou na parede do cilindro.
Ruído anormal (pistão)
 Pino ou cavidade do pino do pistão desgastado.
 Desgaste do cilindro, pistão ou anéis do pistão.
 Pé da biela desgastada.

NOTAS

56
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

CILINDRO/PISTÃO

REMOÇÃO DO CILINDRO

Remova o cabeçote (Pagina 45).


Remova o acionador do tensor da corrente de
comando (Pagina 53).
Remova o guia da corrente de comando.

NOTA
 Evite danificar a superfície da junta.

Levante o cilindro e remova-o, tomando cuidado


para não danificar o pistão.

Remova os pinos guias e a junta.

SUBSTITUICAO DO PRISIONEIRO

Remova os prisioneiros da carcaça do motor.


Instale os novos prisioneiros na carcaça do motor de
forma que sua rosca fique exposta.

Após instalar os prisioneiros, verifique se o


comprimento da cabeça em relação a superfície da
carcaça do motor esta dentro da especificação,
conforme mostrado.

57
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

INSPEÇÃO DO CILINDRO

Inspecione a parede do cilindro quanto a riscos e


desgaste.
Meça e anote o diâmetro interno do cilindro em três
níveis nas direções X e Y. Considere a leitura
máxima para determinar o desgaste do cilindro.
utilizaremos as medidas da cg 150 Titan como
exemplo:
Calcule a folga entre o pistão e o cilindro (Pagina ).

Calcule a conicidade e a ovalização do cilindro em


três níveis nas direções X e Y. Considere a leitura
máxima para determinar a conicidade e a
ovalização.

O cilindro deve ser retificado ou trocado e um pistão sobre medida deve ser utilizado, caso os
limites de uso sejam excedidos.

Limpe completamente o topo do cilindro.


Verifique quanto a empenamento, colocando uma
régua de precisão e um calibre de laminas ao longo
dos orifícios dos prisioneiros, conforme mostrado.

INSPEÇÃO DA GUIA DA CORRENTE DE COMANDO

Inspecione a guia da corrente de comando quanto a


desgaste excessivo ou danos e substitua-o se
necessário.

58
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

NOTA
 Coloque um pano limpo sobre a carcaça do
motor para evitar que a presilha caia em seu
interior.

Remova a presilha do pino do pistão, utilizando um


alicate.

Remova o pino do pistão e então o pistão.

Inspecione o movimento dos anéis do pistão,


pressionando os anéis. Os anéis devem se mover em
suas canaletas sem prender.
Abra cada anel do pistão e remova-o levantando-o
pelo lado oposto a abertura de suas extremidades.

NOTA
 Não abra as extremidades dos anéis do pistão
com excesso para evitar danos.
 Tome cuidado para não danificar o pistão
durante a remoção dos anéis.

NOTA
 Nunca utilize uma escova de aço. Elas podem
danificar as canaletas.

Limpe os depósitos de carvão das canaletas dos


anéis, utilizando um anel que será descartado.

59
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

INSPEÇÃO DO PISTAO

Verifique o pistão quanto a trincas ou danos.


Inspecione as canaletas dos anéis quanto a desgaste
excessivo e depósitos de carvão.
Meça o diâmetro externo do pistão a 10 mm da base
e a 90° em relação a cavidade do pino do pistão.
LEMBRETE: utilizaremos as medidas da cg 150 Titan
como exemplo, sempre deve-se verificar o manual de
serviços para cada modelo de motocicleta.

Calcule a folga entre o pistão e o cilindro. Considere


a leitura máxima para determinar a folga (Diâmetro
interno do cilindro: (Pagina 58).

Meça o diâmetro interno da cavidade do pino do


pistão nas direções X e Y. Considere a leitura
máxima para determinar o diâmetro interno.

Meça o diâmetro externo do pino do pistão em três


pontos.

Calcule a folga entre o pino do pistão.

Meça o diâmetro interno do pé da biela.

Calcule a folga entre o pino do pistão e a biela.

60
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

NOTA
 Pressione o anel no interior do cilindro com a
cabeça do pistão para assegurar que o anel esteja
em esquadro com o cilindro.

Insira cada anel do pistão no cilindro e meça a folga


das extremidades dos anéis do pistão.

NOTA
 Sempre substitua o jogo de anéis do pistão em
conjunto.

Inspecione os anéis do pistão e substitua-os, se


estiverem desgastados.
Reinstale os anéis do pistão nas canaletas do pistão.
Pressione o anel ate que sua superfície externa fique
praticamente nivelada com o pistão e meça a folga
usando um calibre de laminas.

NOTAS

61
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

INSTALAÇÃO DO PISTÃO

Limpe a cabeça, as canaletas e a saia do pistão. Instale cuidadosamente os anéis no pistão com
as marcas voltadas para cima.

NOTA
 Não abra as extremidades dos anéis do pistão em excesso para evitar danos.
 Tome cuidado para não danificar o pistão durante a instalação dos anéis.
 Não confunda o 1° e o 2° anéis.
 Após instalar os anéis certifique-se de que eles girem livremente nas canaletas, sem
prender.
 Separe as aberturas das extremidades 120° uma da outra.

NOTA
 Quando limpar a superfície de contato do
cilindro, coloque um pano sobre a abertura do
cilindro para evitar a entrada de poeira e sujeira no
motor.

Limpe todos os resíduos de material de junta da


superfície de contato da carcaça do motor.

62
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

Instale o pistão com a marca ´´IN`` virada para o


lado de admissão.
Instale o pino do pistão.

Instale a presilha no pino do pistão.

NOTA
 Coloque um pano limpo sobre a abertura da
carcaça do motor para evitar que a presilha do pino
do pistão caia em seu interior.
 Encaixe firmemente a presilha no pino do pistão
na ranhura do pistão.
 Não alinhe a abertura das extremidades da
presilha com o recorte do pistão.

INSTALAÇÃO DO CILINDRO

Instale os dois pinos guias e a junta nova.

NOTA
 Tome cuidado para não danificar os anéis do
pistão e a parede do cilindro.

Aplique óleo de motor novo na parede do cilindro,


na superfície externa do pistão e nos anéis do
pistão.
Encaminhe a corrente de comando através do
cilindro e instale o cilindro sobre o pistão,
comprimindo os anéis do pistão com os dedos.
Insira a guia da corrente de comando nas ranhuras
do cilindro e da carcaça do motor.
Instale o acionador do tensor da corrente de
comando (Pagina 53).
Instale o cabeçote (Pagina 45).

63
CILINDRO, PISTAO E ANEIS

NOTAS

64
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES

65
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

INFORMAÇÕES GERAIS

 Este capítulo abrange os reparos no alternador no volante do motor e na embreagem de


partida. Reparos nestes componentes podem ser executados com o motor instalado no chassi.
 Usaremos como modelo uma CB 300R HONDA para ilustrarmos a manutenção, lembrando
que a manutenção é semelhante para todos os modelos de motocicletas e é indispensável à
utilização do manual de serviços para realizar a manutenção.

DIAGNOSE DE DEFEITOS

O motor de partida é acionado, mas o motor não:


 Embreagem de partida defeituosa.
 Engrenagem intermediária de partida e/ou
engrenagem redutor de partida danificada.

REMOÇÃO DA TAMPA ESQUERDA DA CARCAÇA DO


MOTOR

Desacople os conectores 3P do alternador e 3P do


sensor CKP/ interruptor do ponto morto.

Remova os parafusos, a tampa do pinhão e a guia da


corrente de transmissão.

Desacople o conector do interruptor de ponto morto


e solte a fiação das guias da tampa esquerda da
carcaça do motor.

66
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

Remova os parafusos e a tampa da engrenagem


redutora de partida.

Remova a engrenagem redutora de partida e o eixo


da tampa esquerda da carcaça do motor.

Solte os parafusos da tampa esquerda do motor em


ordem cruzada e em duas ou três etapas. Em
seguida, remova os parafusos e a tampa esquerda
da carcaça do motor.

NOTA
 A tampa esquerda da carcaça do motor é
magneticamente fixada ao volante do motor.
Portanto, tenha cuidado durante sua remoção.

Remova a engrenagem intermediaria de partida e


arruelas da carcaça esquerda do motor.

67
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

INSPEÇÃO

Inspecione a engrenagem intermediaria de partida


quanto a desgastes ou danos.

Inspecione a engrenagem redutora de partida e o


eixo quanto a desgaste ou danos.

ESTATOR /SENSOR CKP

REMOÇÃO

Remova o parafuso Allen e a presilha da fiação do


estator.
Remova a borracha da fixação da tampa esquerda da
carcaça do motor.

Remova os parafusos Allen do estator e do sensor


CKP.
Remova a presilha da fiação do sensor. Em seguida,
remova o estator/sensor CKP da tampa esquerda da
carcaça do motor.

68
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

INSTALAÇÃO

Aplique junta liquida na superfície de assentamento


da borracha da fiação. Em seguida, instale
seguramente a borracha na ranhura da tampa
esquerda da carcaça do motor.
Instale a presilha da fiação do estator e o parafuso
no torque especificado.
Instale a tampa esquerda na carcaça do motor.

VOLANTE DO MOTOR/EMBREAGEM DE PARTIDA

REMOÇÃO

Remova a tampa esquerda da carcaça do motor.


Remova o parafuso e a arruela do volante do
motor, enquanto mantém o volante fixado,
utilizando as ferramentas especiais.

69
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

Remova o volante do motor utilizando as


ferramentas especiais.

Remova o rolamento de agulhas, a arruela e a


chaveta meia-lua.

NOTA
 Tenha cuidado para não danificar a região cônica
da arvore de manivelas ao remover a chaveta meia-
lua.

REMOCAO DA ENGRENAGEM MOVIDA DE PARTIDA/EMBREAGEM DE PARTIDA

Inspecione o funcionamento da embreagem


unidirecional, girando a engrenagem movida de
partida.
A engrenagem deve girar suavemente em sentido
anti-horário. No entanto, não deve ser possível
girar a engrenagem no sentido horário.
Remova a engrenagem movida de partida, girando-
a em sentido anti-horário.

Remova os parafusos Torx da carcaça da


embreagem de partida, enquanto mantém fixado o
volante do motor, utilizando ferramentas especiais.

70
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

Remova a carcaça da embreagem de


partida/embreagem unidirecional do volante do
motor.

INSPEÇÃO DA EMBREAGEM DE PARTIDA

Inspecione o rolamento de agulhas quanto a


desgaste anormal ou danos.
Substitua o rolamento de agulhas se necessário.

Remova a embreagem unidirecional da carcaça da


embreagem.
Inspecione a embreagem unidirecional quanto a
desgaste, danos ou movimento irregular.
Substitua a embreagem unidirecional se necessário.
Inspecione a superfície de contato dos roletes da
embreagem de partida quanto a desgaste ou danos.
Substitua a carcaça da embreagem de partida se
necessário.

Inspecione os dentes da engrenagem movida de


partida quanto a desgaste ou danos.
Meça o D.E. (Diâmetro Externo) da guia da
engrenagem movida de partida.

71
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

INSTALÇÃO DA ENGRENAGEM MOVIDA DE PARTIDA/EMBREAGEM DE PARTIDA

Instale o volante do motor na arvore de manivelas,


alinhando o recorte do volante com a chaveta meia-
lua.

Aplique óleo para motor nas roscas e superfície de


assentamento do parafuso do volante do motor.
fixe o volante do motor, utilizando a ferramenta
especial, e aperte o parafuso no torque
especificado.

72
ALTERNADOR, EMBREAGEM DE PARTIDA

ISTALAÇÃO DA TAMPA ESQUERDA DO MOTOR

Instale a tampa esquerda da carcaça do motor,


juntamente com seus parafusos. Em seguida, aperte
os parafusos em ordem cruzada e em duas ou três
etapas.

Instale o eixo da engrenagem redutora de partida.


Instale a engrenagem redutora de partida,
alinhando os dentes da engrenagem intermediaria
de partida e da engrenagem do motor de partida.

Instale os pinos guias e a nova junta.


Instale a tampa da engrenagem redutora de partida
e aperte seguramente os parafusos.

Instale a guia da corrente de transmissão, a trava do


pinhão de transmissão e aperte seguramente os
parafusos.
Passe adequadamente a fiação do alternador.
Acople os conectores 3P do alternador e 3P do
sensor CKP/interruptor de ponto morto.

73
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES

74
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

INFORMAÇÕES GERAIS

 Usaremos como modelo uma SHADOW 750 HONDA para ilustrarmos a manutenção,
lembrando que a manutenção é semelhante para todos os modelos de motocicletas e é
indispensável à utilização do manual de serviços para realizar a manutenção.

DIAGNOSE DE DEFEITOS

Dificuldade em acionar a alavanca da embreagem:


 Cabo de embreagem danificado, emperrado ou sujo.
 Cabo de embreagem instalado inadequadamente.
 Mecanismo de acionamento da embreagem danificado.
 Rolamento de acionamento da embreagem defeituoso.

A embreagem não desengata ou a motocicleta trepida com a embreagem desengatada:


 Folga excessiva da alavanca de embreagem.
 Discos de embreagem desgastados.
 Molas da embreagem enfraquecidas.
 Acionador da embreagem emperrado.
 Nível do óleo muito baixo ou utilização de aditivos no óleo.

Dificuldade no engate de marchas:


 Funcionamento inadequado das marchas.
 Viscosidade inadequado do óleo.
 Ajuste inadequado da embreagem.
 Eixo seletor de marchas empenado ou danificado.
 Excêntrico seletor de marchas danificado.
 Eixo do garfo seletor empenado ou garfos seletores e tambor seletor danificados.

As marchas escapam:
 Posicionador do tambor seletor quebrado.
 Molas de retorno do eixo do seletor de marchas enfraquecidas ou quebradas.
 Excêntrico seletor de marchas desgastado ou danificado.
 Eixo do garfo seletor empenado ou garfos seletores e tambor seletor desgastados.
 Recortes ou orifícios das engrenagens desgastados.

75
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

REMOÇÃO DA TAMPA DIREITA DA CARCAÇA DO


MOTOR

Drene o óleo do motor.


Remova os parafusos, a tampa da embreagem e a
borracha de vedação de óleo.

Remova os parafusos em ordem cruzada e em


diversas etapas.
Remova o fixador do cabo e desconecte o cabo de
embreagem.
Remova a tampa direita da carcaça do motor.

DESMONTAGEM

Remova o acionador da embreagem, girando o


braço de acionamento da embreagem em sentido
horário.

Remova o anel elástico e a mola de retorno do


braço de acionamento da embreagem.

76
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Remova o braço de acionamento da embreagem da


tampa direita da carcaça do motor.

INSPEÇÃO

Inspecione o retentor de óleo quanto a fadiga ou


danos.
Inspecione a superfície deslizante da tampa direita
da carcaça do motor, na região de contato com o
braço de acionamento da embreagem, quanto a
desgaste, danos ou encaixe inadequado.
Substitua esses componentes se necessário.

Inspecione o braço de acionamento da embreagem


quanto a desgaste, danos ou empenamento.
Inspecione a mola quanto a fadiga ou danos.
Substitua esses componentes se necessário.

REMOÇÃO DA EMBREAGEM

Se engrenagem movida da bomba de óleo for


removida, solte o parafuso da engrenagem movida
enquanto a embreagem ainda estiver instalada.

77
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Solte os parafusos da placa de acionamento da


embreagem em ordem cruzada e em diversas
etapas. Remova-os em seguida.
Remova a placa de acionamento/rolamento e as
molas da embreagem.

Destrave a contraporca do cubo da embreagem.

Remova a contraporta do cubo da embreagem,


enquanto mantém o cubo da embreagem fixado,
utilizando a ferramenta especial.

Remova a arruela da mola e a arruela de encosto.

78
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Remova os seguintes componentes:


 Cubo da embreagem
 Platô
 Disco final da embreagem
 Separadores da embreagem
 Discos de embreagem
 Mola judder
 Sede da mola

Remova a arruela de encosto e a carcaça da


embreagem.

Remova o parafuso da engrenagem movida da


bomba de óleo e a arruela.

Remova as engrenagens motora e movida da bomba


de óleo, juntamente com a corrente de
acionamento.

79
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Remova a guia da carcaça da embreagem.

INSPEÇÃO

Rolamento de acionamento da embreagem

Gire manualmente a pista interna do rolamento.


O rolamento deve girar suave e silenciosamente.
Inspecione também se a pista externa do
rolamento encaixa-se sem folga na placa de
acionamento.

Mola da embreagem

Verifique o comprimento livre da mola da


embreagem.

Discos de embreagem

Substitua os discos de embreagem caso


apresentem sinais de escoriações ou descoloração.

NOTA
 Substitua os discos e separadores da
embreagem em conjunto.

Meça a espessura do disco de embreagem.

80
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Separador da embreagem

Inspecione os separadores quanto a descoloração.

NOTA
 Substitua os discos e separadores da
embreagem em conjunto.

Inspecione o empenamento do separador em sua


superfície, utilizando um calibre de laminas.

Cubo da Embreagem

Inspecionando o cubo da embreagem quanto a


trincas, entalhes ou desgaste anormal provocado
pelos separadores da embreagem.

Carcaça da Embreagem

Inspecione os dentes da engrenagem movida


primaria quanto a desgastes ou danos.
Inspecione os recortes da carcaça da embreagem
quanto a trincas, entalhes ou desgaste anormal
provocado pelos discos da embreagem.

Meça o D.I. (Diâmetro Interno) da carcaça da


embreagem.

Seletor de Marchas

Remoção

Remova o parafuso de fixação e o braço seletor


instalado no eixo seletor de marchas.
Limpe a região serrilhada do eixo seletor de
marchas.

81
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Remova os seguintes componentes:


 Parafuso
 Arruela
 Posicionador de marchas
 Espaçador
 Mola de retorno

Remova o eixo seletor de marchas da carcaça do


motor, desencaixando o braço seletor da placa do
excêntrico posicionador de marchas.

Inspecione o retentor de óleo do eixo quanto a


deterioração ou danos. Substitua-o se necessário.

Inspecione o eixo seletor de marchas quanto a


empenamento, desgaste ou danos.

82
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

INSTALAÇÃO

Instale o eixo seletor de marchas, alinhando as


extremidades da mola de retorno com o pino da
mola do eixo da carcaça do motor.
Encaixe o braço seletor na placa do excêntrico
seletor de marchas.

Instale os seguintes componentes:


 Espaçador
 Mola de retorno
 Posicionador de marchas
 Arruela
 Parafuso

Fixe o posicionador de machas, utilizando uma


chave de fenda, e aperte seguramente o parafuso,
como mostra a ilustração.

INSTALAÇÃO DA EMBREAGEM

Aplique soluções de óleo na superfície externa da


guia da carcaça da embreagem.
Instale a guia da carcaça na arvore primaria.

83
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Instale a corrente de acionamento da bomba de


óleo, a engrenagem movida da bomba de óleo em
conjunto.

Aplique trava química nas roscas do parafuso da


engrenagem movida da bomba de óleo. Em
seguida, instale a arruela e o parafuso.

Instale a carcaça da embreagem na arvore primaria.


Alinhe as ranhuras da carcaça da embreagem, com
as guias da engrenagem motora da bomba de óleo,
girando a engrenagem por meio da corrente de
acionamento e pressionando a carcaça da
embreagem na arvore primaria.

Instale a arruela de encosto na arvore primaria.

84
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Cubra os discos e separadores de embreagem com


óleo para motor novo.
Instale a sede da mola e a mola judder no cubo da
embreagem, como mostra a ilustração.
Instale o disco final da embreagem.
Instale os sete separadores e os sete discos A da
embreagem.
Iniciando por um separador.
Instale o platô da embreagem.

Instale o conjunto da embreagem na carcaça da


embreagem.

Instale o disco final da embreagem na ranhura mais


rasa da carcaça da embreagem.

85
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Instale a arruela de encosto .


Instale a arruela da mola, mantendo sua marca
´´OUT SIDE`` voltada para fora.

Aplique óleo para motor nas roscas e superfícies de


assentamento de uma nova contraporca do cubo da
embreagem. Em seguida, instale a contraporca na
arvore primaria.
Aperte a contraporca do cubo da embreagem no
torque especificado, enquanto mantém o cubo
fixado, utilizando uma ferramenta especial.

Trave a contraporca do cubo da embreagem na


ranhura da arvore primaria.

Instale as molas da embreagem, a placa de


acionamento/rolamento e os parafusos.
Aperte os parafusos em ordem cruzada, em
diversas etapas e no torque especificado.

86
EMBREAGEM, SELETOR DE MARCHAS E BOMBA DE OLEO

Caso a engrenagem da bomba de óleo tenha sido


removida, aperte no torque especificado.

INSTALAÇÃO DA TAMPA DA CARCAÇA DIREITA DO


MOTOR

Substitua a junta.
Instale o cabo de embreagem.
Instale a tampa direita da carcaça direita do motor e
o fixador do cabo da embreagem. Em seguida,
aperte os parafusos em ordem cruzada e em
diversas etapas.

NOTAS

87
TRANSMISSAO

LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES

88
TRANSMISSAO

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

INFORMAÇÕES GERAIS

 Usaremos como modelo uma NX4-FALCON HONDA para ilustrarmos a manutenção,


lembrando que a manutenção é semelhante para todos os modelos de motocicletas e é
indispensável à utilização do manual de serviços para realizar a manutenção.
 Este capitulo descreve os procedimentos de serviço da transmissão (incluindo o garfo
seletor,o tambor seletor e o eixo de mudanças).
 A carcaça do motor deve ser separada para efetuar os reparos da transmissão. O motor
deve ser removido do chassi para efetuar os reparos da transmissão.
 Os seguintes componentes devem ser removidos, antes da separação da carcaça do motor:
 Cabeçote
 Embreagem
 Bomba de óleo
 Estator
 Tome cuidado para não danificar as superfícies de contato das carcaças do motor, ao
efetuar os reparos e a manutenção.

DIAGNOSE DE DEFEITOS

Ruído excessivo no motor:


 Engrenagens da transmissão danificadas ou desgastadas.
 Rolamentos da transmissão danificados ou desgastados.

Dificuldades para mudar as marchas:


 Garfos seletores empenados.
 Eixo dos garfos seletores empenado.
 Ranhuras do excêntrico do tambor seletor danificadas.
 Pino guia do garfo seletor danificado.

As marchas escapam:
 Ressaltos da engrenagem desgastados.
 Ranhura do tambor seletor de marchas desgastada.
 Pino-guia do garfo seletor desgastado.
 Ranhura do garfo seletor desgastado na engrenagem.

89
TRANSMISSAO

SEPARAÇÃO DA CARCAÇA DO MOTOR

Remova a corrente de comando e o pinhão de


transmissão.
Remova o parafuso/arruela e a guia do tensor da
corrente de comando.

Remova os parafusos juntamente com a presilha


da carcaça esquerda do motor.

Remova os parafusos da carcaça direita do motor.

Coloque o motor com o lado esquerdo voltado


para baixo.
Separe cuidadosamente a carcaça direita da
carcaça esquerda batendo cuidadosamente nas
regiões rígidas com um martelo de plástico ou
borracha.
Não incline as carcaças durante a remoção.

90
TRANSMISSAO

Remova a junta ou a cola.

DESMONTAGEM DA TRANSMISSÃO

REMOÇÃO

Puxe a placa do tambor seletor e remova o eixo


seletor de marchas.

Remova o eixo e os garfos seletores.


Remova o tambor seletor e os garfos seletores.

Remova a arvore primaria e a secundaria em


conjunto.

91
TRANSMISSAO

Desmonte o conjunto da arvore primaria e da


arvore secundaria.

INSPEÇÃO

ENGRENAGENS
Verifique os ressaltos e os dentes da engrenagem
quanto a desgaste anormal ou danos.

Meça o D.I. (Diâmetro Interno) de cada


engrenagem.

Meça o D.E. (Diâmetro Externo) de cada bucha da


engrenagem.

ARVORE PRIMARIA/ARVORE SECUNDARIA

Verifique as ranhuras das arvores e superfícies


deslizantes quanto a desgaste anormal ou danos.
Meca o D.E. (Diâmetro Externo) da arvore primaria
e da arvore secundaria nas superfícies deslizantes
das buchas e das engrenagens.

92
TRANSMISSAO

TAMBOR SELETOR/MANCAIS DO TAMBOR


SELETOR

Verifique a extremidade do tambor seletor quanto


a ranhuras, riscos ou evidencias de lubrificação
deficiente.
Verifique a ranhura do tambor seletor de marchas
quanto a desgaste anormal ou danos.
Meça o D.E. do tambor seletor na extremidade
direita.

Verifique o mancal do tambor seletor de marchas


na carcaça direita do motor quanto a desgaste
anormal ou danos.
Meça o D.I. do mancal do tambor seletor.

GARFO SELETOR

Verifique os garfos seletores quanto a deformação


ou desgaste anormal.
Meça a espessura da garra de cada garfo seletor.

EIXO DO GARFO SELETOR

Verifique o eixo dos garfos seletores quanto a


danos ou deformação.
Meça o D.E. do eixo dos garfos seletores.

93
TRANSMISSAO

ROLAMENTO DA TRANSMISSÃO

Gire a pista interna do rolamento de esferas com o


dedo.
Os rolamentos devem girar suavemente e sem
ruídos.
Verifique também se a pista externa do rolamento
se encaixa firmemente nas carcaças.

Verifique se os vedadores de óleo estão danificados


e substitua-os se necessário.

Aplique trava química nas roscas dos parafusos da


placa de fixação caso tenha removido. Instale a placa
de fixação do rolamento da arvore primaria e aperte
os parafusos no torque especificado.
Lubrifique todos os rolamentos com óleo do motor.

MONTAGEM DA TRANSMISSÃO

Limpe todas as peças com solvente.


Aplique óleo de motor novo para proporcional uma
lubrificação inicial nos dentes das engrenagens, na
superfície deslizante, nas ranhuras do seletor de
marchas e nas buchas.
Monte todas as peças desmontadas na posição
original.

94
TRANSMISSAO

NOTA
 Verifique se as engrenagens apresentam movimento livre e rotação no eixo.
 Sempre instale a arruela de encosto e o anel elástico com a borda chanfrada (laminada)
virada na direção contraria da carga axial.
 Instale o anel elástico de maneira que a folga de sua extremidade alinhe-se com a ranhura
das estrias.

ARVORE PRIMARIA

95
TRANSMISSAO

ARVORE SECUNDARIA

96
TRANSMISSAO

Se houver remoção da arvore de manivelas


reinstale junto com o balanceiro.
Aplique óleo de motor nos lábios do vedador de
óleo da arvore secundaria.
Instale o conjunto da arvore primaria e a arvore
secundaria na carcaça esquerda do motor.
Certifique-se de instalar todas as arruelas das
extremidades.

Os garfos seletores possuem as seguintes marcas de


identificação:

R: Garfo seletor direito.


C: Garfo seleto central.
L: Garfo seletor esquerdo.

Instale os garfos seletores na ranhura da guia do


tambor seletor, com as marcas de identificação
viradas para o lado direito do motor.

Aplique óleo nas ranhuras da guia do tambor


seletor e instale-o alinhando os pinos do garfo
seletor com as ranhuras da guia.

Aplique óleo de motor no eixo e insira-o


completamente nos garfos seletores e na carcaça
esquerda do motor.

97
TRANSMISSAO

MONTAGEM DA CARCAÇA DO MOTOR

Limpe completamente as superfícies de


assentamento das carcaças direita e esquerda.
Cuidado para não danificar as superfícies de
assentamento e verifique se apresenta danos.
Instale os pinos guia e uma nova junta ou vedante
na carcaça esquerda do motor.

Certifique-se de que todas as peças desmontadas


foram reinstaladas nas carcaças direita e esquerda.
Instale a carcaça direita sobre a carcaça esquerda.

Certifique-se de que as superfícies de assentamento


das carcaças estão completamente niveladas.
Instale os parafusos da carcaça esquerda
juntamente com a presilha e aperte os parafusos de
maneira cruzada em 2 ou 3 etapas.

Instale e aperte os parafusos da carcaça direita do


motor.

98
TRANSMISSAO

Instale a engrenagem motora da corrente de


comando alinhando a ranhura larga com os dentes
maiores.

Aplique trava química na rosca do parafuso da guia


do tensor da corrente do comando.
Instale a guia do tensor da corrente do comando
juntamente com a arruela (entre a carcaça e a guia
do tensor), o parafuso e o espaçador. Aperte
firmemente o parafuso.
Passe a corrente de comando através da carcaça do
motor.
Instale as peças remanescentes.

NOTAS

99
ARVORE DE MANIVELAS/BALANCEIRO

LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES

100
ARVORE DE MANIVELAS/BALANCEIRO

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

INFORMAÇÕES GERAIS

 Usaremos como modelo uma NX4-FALCON HONDA para ilustrarmos a manutenção,


lembrando que a manutenção é semelhante para todos os modelos de motocicletas e é
indispensável à utilização do manual de serviços para realizar a manutenção.
 Este capitulo descreve os procedimentos de serviço para arvore de manivelas e balanceiro.
 A carcaça do motor deve ser separada para efetuar os reparos da arvore de
manivelas/balanceiro. O motor deve ser removido do chassi para efetuar os reparos da
manivela/balanceiro.

DIAGNOSE DE DEFEITOS

Ruído excessivo:
 Mancais principais da arvore de manivela desgastados.
 Rolamentos da biela gastos ou danificados.
 Cabeça da biela desgastada.
 Rolamentos do balanceiro desgastados.
 Instalação incorreta dos balanceiros.

Vibração anormal:
 Balanceamento incorreto dos balanceiros

101
ARVORE DE MANIVELAS/BALANCEIRO

REMOÇÃO DA ARVORE DE MANIVELAS

Separe as duas metades da carcaça do motor e


remova a transmissão.
Fixe e remova a arvore de manivelas e o balanceiro
da carcaça esquerda do motor utilizando uma
prensa hidráulica.

Remova o rolamento esquerdo da arvore de


manivelas utilizando um extrator universal de
rolamentos juntamente com um protetor
apropriado.

INSPEÇÃO

Empenamento da arvore de manivelas

Fixe as extremidades da arvore de manivelas.


Posicione um relógio comparador nos mancais da
arvore de manivelas.
Gire a arvore de manivelas duas voltas e faça a
leitura do empenamento.

Folga lateral do colo da biela

Meça a folga lateral do colo da biela

102
ARVORE DE MANIVELAS/BALANCEIRO

Folga radial do colo da biela

Meça a folga radial do colo da biela.

Engrenagem do balanceiro

Verifique se a engrenagem do balanceiro


apresenta desgaste ou danos.

Rolamento da arvore de manivelas/rolamento do


balanceiro

Gire a pista externa do rolamento de esferas com o


dedo.
O rolamento deve girar suavemente e sem ruídos.
Verifique também se a pista externa do rolamento
se encaixa firmemente na carcaça do motor.

REMOÇÃO DO ROLAMENTO DA ARVORE DE MANIVELAS/ROLAMENTO DO BALANCEIRO

Retire os rolamentos da arvore de manivelas da


carcaça do motor.

103
ARVORE DE MANIVELAS/BALANCEIRO

INSTALAÇÃO DA ARVORE DE MANIVELAS

Monte o balanceiro e a arvore de manivelas


alinhando as marcas de referencia da engrenagem
movida do balanceiro com as engrenagens
motoras como mostra a ilustração.
Instale o conjunto da arvore de manivelas e
balanceiro na carcaça esquerda do motor.

Após a instalação da arvore de manivelas,


certifique-se de que as marcas de referencia dos
contrapesos da arvore de manivelas e dos
balanceiros estão alinhados.
Instale a transmissão e monte as carcaças do
motor (Pagina 94).

Instale o motor no chassi.

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NOTAS

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