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FINANÇAS PÚBLICAS
31 de Março de 2022 | Edição nrº 1 | Distribuição Gratuita | www. cipmoz.org
1. Introdução
Em Março de 2020, o Governo, através do Ministério da Economia e Finanças (MEF), veio a público solicitar aos par-
ceiros de cooperação internacional um apoio financeiro no montante de cerca de USD 700,00 milhões para fazer face à
pandemia da Covid-19. Do valor solicitado, houve compromisso de USD 808,4 milhões por parte dos parceiros. As ne-
cessidades foram avaliadas e subdivididas por sectores, nomeadamente: USD 100 milhões para a prevenção e tratamento
da COVID-19; USD 200 milhões para apoio ao Orçamento do Estado; USD 240 milhões para transferência às famílias e
USD 160 milhões para o financiamento de micro-negócios1.
Do total de USD 700,00 milhões, os parceiros desembolsaram, até Janeiro de 2021, USD 668,74 milhões, o corresponden-
te a 95,5% dos USD 700,00 milhões. Estes dados são reportados pelo MEF no 6º Relatório do uso de fundos no Âmbito
da Covid-192.
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Gráfico 1: Execução do Financiamento para Gráfico 2: Execução do Financiamento
Prevenção e tratamento da COVID (Milhões USD) de apoio ao orçamento do Estado (Milhões USD)
Segundo refere o MEF, no seu 6º Relatório de Uso de Fundos no âmbito da Covid-19, esta fecha o ciclo de relatórios
que vinham sendo publicados mensalmente na sua página web sobre esta matéria. Contudo, ainda existem informações
importantes que o MEF deve tornar públicos por forma a permitir a avaliação pública do uso destes fundos em resposta
às necessidades apresentadas pelo Governo. Alguns dos principais aspectos são:
· Como foram executados os cerca de USD 294,99 milhões remanescentes dos USD 668,74 milhões desembolsados
pelos parceiros?
· Qual é o balaço (impacto) do uso dos fundos disponibilizados, global e sectorial?
Neste sentido, o Ministério da Economia e Finanças deve elaborar e publicar o Relatório Balanço do uso dos fundos da
COVID-19, apresentando informação detalhada sobre os montantes desembolsados e a sua execução (especificando os
sectores e os locais de aplicação). Este relatório deve ainda incluir informações sobre o impacto das acções e o alcance
de metas sectoriais).
Adicionalmente, insta-se ao Tribunal Administrativo, como auditor das contas do Estado, a auditar as contas e os
sectores receptores dos desembolsos dos parceiros, especificamente em relação ao Plano de Resposta à pandemia da
COVID, e publicar o respectivo relatório.
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CENTRO DE INTEGRIDADE PÚBLICA
Anticorrupção - Transparência - Integridade
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