SUPERDOTAÇÃO E O
DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES
PSICOLÓGICAS SUPERIORES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Conhecer os princípios da Teoria Histórico-Cultural quanto ao desenvolvi-
mento e aprendizagem de pessoas com altas habilidades/superdotação.
•• Compreender como se constituem e desenvolvem as funções psicológi-
cas superiores.
•• Reconhecer a importância da mediação e da educação escolar para o de-
senvolvimento das funções complexas do pensamento.
PLANO DE ESTUDO
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A Teoria Histórico-Cultural foi elaborada por psicólogos soviéticos, e Lev Seminovich
Vygotski (1896-1934) é o principal representante, que desenvolveu várias pesquisas
com a colaboração de Alexander Romanovich Luria (1902-1977) e Alexis Leontiev
(1903-1979), entre outros a partir de 1924 no Instituto de Psicologia de Moscou. Tais
pesquisadores tinham por característica desse momento, a busca pelo entendimento
da gênese dos processos psicológicos que deram origem ao comportamento cons-
ciente do homem, permitindo considerá-lo como um ser social e histórico.
Para tal compreensão foram enfatizadas a relevância do fator cultural, das relações
sociais e do modo de produção da vida, com seus códigos linguísticos e instrumen-
tos físicos, como mediadores no processo de formação e desenvolvimento da mente
humana, cujo referencial epistemológico é a filosofia marxista.
Esses autores não desconsideram o biológico, mas afirmaram que a partir de certo
momento da evolução da espécie começou a existir o trabalho, a história social, que
passou a promover o desenvolvimento do ser humano.
Leontiev (1978, p. 257) afirma que “as propriedades biologicamente herdadas
do homem não determinam as suas aptidões psíquicas”, apenas lhe conferem as
condições para a formação destas. O que fornece ao homem o que ele tem de ver-
dadeiramente humano é, segundo esse autor, o mundo dos objetos e fenômenos
que o rodeiam, criado pelo trabalho. Em suas palavras:
““
O processo de apropriação do mundo dos objetos e dos fenômenos criados
pelos homens no decurso do desenvolvimento histórico da sociedade é o
processo durante o qual teve lugar a formação, no indivíduo, de faculdades e
de funções especificamente humanas. [...] O processo de apropriação efetua-
-se no desenvolvimento de relações reais do sujeito com o mundo. Relações
que não dependem nem do sujeito nem da sua consciência, mas são deter-
minadas pelas condições históricas concretas, sociais, nas quais ele vive e pela
maneira como a sua vida se forma nestas condições (LEONTIEV, 1978, p. 257).
10 Pós-Universo
reflita
Toda grande descoberta, invento ou qualquer manifestação de criação
genial é preparada por todo o curso prévio do desenvolvimento, condicio-
nada pelo nível cultural da época, suas necessidades e imposições.
L. S. Vygotski
““
Diferentemente do animal, cujo comportamento tem apenas duas fontes: 1)
os programas hereditários de comportamento, subjacentes no genótipo e
2) os resultados da experiência individual, a atividade consciente do homem
possui ainda uma terceira fonte: a grande maioria dos conhecimentos e habi-
lidades do homem se forma por meio da assimilação da experiência de toda
a humanidade, acumulada no processo da história social e transmissível no
processo de aprendizagem. [...] A grande maioria de conhecimentos, habi-
lidades e procedimentos do comportamento de que dispõe o homem não
são o resultado de sua experiência própria, mas adquiridos pela assimilação
da experiência histórico-social de gerações. Este traço diferencia radicalmen-
te a atividade consciente do homem do comportamento animal.
Pós-Universo 11
saiba mais
A INTELIGÊNCIA,
APRENDIZAGEM E
DESENVOLVIMENTO
A inteligência em si, tem sido foco de estudos a bastante tempo tendo-se identifi-
cado como algo complexo de se conceituar, devido a sua amplitude e importância.
Os primeiros registros sobre a inteligência são de períodos como o da Grécia antiga,
nesse sentido para Virgolim (2016, p. 23)
““
A ideia de que as pessoas variam grandemente na medida daquilo que cha-
mamos inteligência é bastante antiga. Platão, Aristóteles, Descartes, Locke
e Kant, por exemplo, estão entre os filósofos que deram grandes contribui-
ções ao nosso entendimento do que é inteligência.
É possível verificar que a inteligência para tais pesquisadores era considerada como
algo essencial tidos como uma virtude, como fundamental para o desenvolvimento,
embora por questões religiosas e sociais por muito tempo as pessoas mais hábeis e
inteligentes eram vistas com preconceito pelos demais.
Do que se tem registro os primeiros testes de inteligência ocorreram na China,
ainda no século V, no entanto,
““
[...] eles somente começaram ser sistematizados e aplicados cientificamente a
França, no século XX. Curiosamente o que influenciou as primeiras pesquisas
sobre o assunto foi o livro a origem das espécies, de Charles Darwin. A teoria
de que o processo evolutivo decorria de uma seleção natural foi suficiente para
que o cientista britânico Sir Francis Galton, primo de Darwin e um dos pionei-
ros da avaliação psicológica moderna, começasse a investigar a inteligência
e as diferenças de habilidade mental dos indivíduos (SABATELLA, 2013, p. 47).
14 Pós-Universo
Ainda segundo a autora (2013), em 1905 o francês Alfred Binet, desenvolveu o pri-
meiro teste de inteligência, juntamente com Theodore Simon, elaboraram a escala
Benet-Simon, os testes de inteligência desse período verificava principalmente a
memória e o raciocínio numérico e verbal para a solução de problemas cotidianos.
Em 1912 Wilhelm Stein, um psicólogo alemão elaborou o quociente de inteli-
gência (QI) como forma de avaliar o nível de inteligência (mental) dos indivíduos em
detrimento da idade cronológica, esse teste em 1916 foi revisto por Madison Terman
que propôs a eliminação do valor decimal ao multiplicar o resultado por cem. Nos
Estados Unidos o teste de Binet foi adaptado pela Universidade de Standford e passou
a ser conhecido como Escala de Inteligência de Stanford-Binet.
Pesquisadores como Vygotski e Piaget contribuíram significativamente para a
concepção da inteligência, assim, segundo Virgolim, (2016, p.41) Piaget “[...] procu-
rou explicar o desenvolvimento intelectual pelas mudanças no desenvolvimento
do funcionamento cognitivo [...] Segundo ele, todo o desenvolvimento cognitivo
depende tanto da contribuição genética quanto da qualidade do ambiente em que
se desenvolve”. Já Vygotski “[...] acreditava que a aquisição do conhecimento (as ha-
bilidades necessárias para raciocinar, compreender e memorizar) é um processo que
se dá pela experiência [...]” (VIRGOLIM, 2016, p.42).
Para Vygotski e Luria (1996), os testes revelam o nível de desenvolvimento de
funções mentais diferentes em áreas diferentes, tais como: memória, visão, audição,
velocidade de movimentos, reflexos entre outros,de modo que o conhecimento que
o indivíduo possui é reflexo de suas experiências com o ambiente que está inserido.
Sobre os testes, de acordo com Vygotski (2004a), que avaliam a idade mental,
vale considerar que preocupam-se tão somente com o nível de desenvolvimento real
ou atual e não caracterizam o desenvolvimento mental como um todo. Acrescenta,
ainda, que o que interessa mais na escola não é o que ela já sabe, mas o que é capaz
de aprender e quais as possibilidades para que aprenda o que ainda não domina,
sob orientação, com ajuda, por indicação, em colaboração.
No que tange a aprendizagem, Vygotski (2004a, p. 476) afirma que “a aprendi-
zagem da criança começa muito antes da aprendizagem escolar”, ao referir-se ao
período anterior ao ingresso na instituição, que chama de pré-história escolar. Para
o pesquisador, a criança já tem certa noção de quantidades muito antes de entrar
em contato com a aritmética na escola, devido a suas experiências de vida.
Pós-Universo 15
A maioria das crianças que chega à escola com inteligência elevada são aquelas
que “cresceram em um ambiente com condições favoráveis” de desenvolvimento
cultural (VYGOTSKI, 2004a, p. 514). Vygotski (2004), observou que a criança ingressa
na escola com um nível alto de inteligência e que, em sua maioria, tende a reduzir
nos primeiros quatro anos da escolarização.
O decréscimo observado no rendimento da criança considerada com alto nível de
inteligência ao chegar à escola deve-se, de acordo com o autor, as estratégias que os
professores costumam adotar reduzindo o ritmo das atividades, pois os professores
orientam as crianças de modo que todas sigam um mesmo ritmo de aprendizagem,
quando na verdade cada uma possui suas particularidades. Para as crianças que
possuem um aprendizado mais rápido, tal estratégia acaba sendo desmotivadora.
Assim, a educação escolar possui um papel de extrema importância na promo-
ção e incentivo ao desenvolvimento da criança com altas habilidades/superdotação.
Entretanto, também pode influenciar de modo a paralisar ou impossibilitar avanços
ao dar ênfase ao ritmo da maioria e não proporcionar situações enriquecedoras e
desafiadoras.
Nessa perspectiva, destaca a importância das relações histórico-sociais e da edu-
cação escolar, com sua função mediadora no processo ensino-aprendizagem, que
pode a partir de suas práticas pedagógicas, contribuir para o desenvolvimento de
potenciais superiores e a expressão de altas habilidades em seu contexto.
Na elaboração dos construtos teóricos desenvolvidos pelos pesquisadores da
Teoria Histórico Cultural, foram estabelecidas as bases da origem e do processo de
formação do comportamento humano, a composição das principais habilidades
e funções de sua estrutura psicológica e a formação dos processos psicológicos
superiores, isto é, especificamente humanos, ao longo da vida e no decurso do de-
senvolvimento da sua espécie.
As operações psicológicas internas vão tomando contornos mais definidos à
medida que a execução de atos e o desenvolvimento da linguagem tornam-se mais
eficientes, produtivos e organizadores das ações. Um exemplo disso seria, em vez de
visualizar grandes quantidades, utiliza-se o sistema auxiliar de contagem, no lugar
de memorizar muitas informações, passa a anotá-las por escrito, salvar em arquivos
com determinados critérios de organização que facilitem a evocação (lembrança)
quando necessário. A utilização de objetos, e estratégias auxiliares. Nas palavras de
Vygotski, Luria e Leontiev (2001, p. 146):
16 Pós-Universo
““
A escrita é uma dessas técnicas auxiliares usadas para fins psicológicos; a
escrita constitui o uso funcional de linhas, pontos e outros signos para recor-
dar e transmitir ideias e conceitos. Exemplos de escritas floreadas, enfeitadas,
pictográficas mostram quão variados podem ser os itens arrolados como au-
xílios para a retenção e transmissão de ideias, conceitos e relações.
reflita
AS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS
SUPERIORES
As funções psicológicas superiores se originam e se desenvolvem por meio das re-
lações entre as pessoas e com os objetos, desde o início da vida, no processo de
internalização de formas culturais de comportamento e convivência social.
Estudaremos aspectos do desenvolvimento da atenção voluntária, percepção,
memória, linguagem, pensamento, aquisição de conceitos científicos, criatividade e
imaginação. As emoções, o ritmo de execução de atividades e a motivação também
estarão presentes em nossas reflexões.
Os processos de atenção voluntária, percepção e memorização, são mediados pela
fala da criança e sua e interação (manipulação) com objetos físicos. Inicialmente surge
o balbucio, sons diversificados são emitidos com intencionalidade, posteriormente
observa-se a fala egocêntrica (em voz alta) e os recessos atencionais, perceptivos e
de memorização são expressos na atividade prática. A fala egocêntrica cumpre sua
função organizadora da ação e diminui gradativamente, ao longo do tempo. Isso
acontece devido a internalização e configuração do pensamento verbal que passa
a assegurar as ideias com planejamento, regulação e controle do comportamento.
No que diz respeito à memória, o armazenamento e fixação de impressões e
informações recebidas, tem como base a plasticidade do aparelho neuropsicológi-
co do ser humano, tanto no aspecto quantitativo quanto qualitativo. Ao longo do
desenvolvimento, desde a infância até a idade adulta, ocorre a transição de formas
naturais para formas culturais de memorização, isto é, formas artificiais, aprendidas.
De acordo com Virgolim (2016, p.42), para Vygotski [...] a obtenção das funções
mentais superiores está enraizada no uso de instrumentos físicos e simbólicos com
os quais a criança entra em contato no curso do seu desenvolvimento e que ela
aprende a dominar no processo de socialização”. No caso da criança com sinais de
altas habilidades, já em tenra idade, observa-se a capacidade para imitar, dissociar,
associar e combinar elementos com significados, de modo reprodutivo e até criativo.
Essas crianças mostram-se atenciosas, observadoras e conseguem solucionar
o conflito dos diversos estímulos, de modo a discernir as informações aprendidas
com mais facilidade e rapidez. Os pais dessas crianças revelam, com frequência,
18 Pós-Universo
““
Vemos que a criança é bem sucedida ao usar as figuras como dispositivos
auxiliares. Querendo lembrar de uma palavra, na maioria das vezes escolhe
a figura que representa o tema que cai dentro da mesma categoria que a
palavra dada (jantar-faca, roupa-escova, reunião-campainha). Além disso,
constrói às vezes uma ligação extremamente artificial e complexa; de modo
algum reproduz (mecanicamente) a experiência anterior, mas combina inten-
cionalmente cada elemento. (Verdade combina com carta: como ninguém
pode abri-la, pode-se escrever a verdade; cavalo combina com botas; etc.).
Uma criança bem dotada mostra-se capaz de usar ativamente sua experiência
anterior pondo em uso inúmeros métodos que aperfeiçoam seus processos
psicológicos (VYGOTSKI; LURIA, 1996, p. 231-232).
““
Os alunos de nível superior ou o adulto, que fazem operações complexas
de codificação lógica do material suscetível de memorização, executam um
complexo trabalho intelectual e o processo de memória começa, assim, a
aproximar-se do processo de pensamento discursivo (LURIA, 1991, p. 96).
Pós-Universo 19
A redução de ligações diretas com os estímulos sensoriais percebidos faz com que o
processo de memorização adquira novas, importantes e decisivas correlações com
os processos de pensamento abstrato, raciocínio lógico, imaginação e criatividade.
Sobre os aspectos relacionados ao pensamento e aquisição de conceitos cientí-
ficos é importante considerarmos que a linguagem é o instrumento essencial para
a sistematização e formulação do pensamento, visto que são as palavras que estru-
turam as ideias e tornam possíveis a transição do pensamento concreto (advindo
comumente de situações cotidianas), para o pensamento racional abstrato (ou cate-
gorial, onde independe as características físicas e funcionais, tornando-o mais flexível),
com dimensões cada vez mais complexas, graças à compreensão dos significados,
associação e memorização.
Os conceitos espontâneos são aprendidos de modo assistemático no cotidiano.
O processo de escolarização promove a aprendizagem de conceitos científicos, por
meio da interação da criança com o adulto que ensina. O aprendiz, ao apropriar-se
conscientemente de determinados saberes, utiliza suas funções psicológicas supe-
riores, abstrai, generaliza e organiza seu pensamento.
De acordo com Luria (1990), os processos utilizados para realizar abstrações e
generalizações são variáveis e refletem o acesso aos mediadores culturais e ao desen-
volvimento socioeconômico. A transição para o estágio de formação de conceitos é
produzida pela mudança gradual que ocorre em toda a esfera de atividade da criança
quando entra na escola.
Alunos com AH/SD possuem maior facilidade e análise prática os novos saberes
científicos, de modo que seus interesses e curiosidades possibilitam acionar a cadeia
de funções psíquicas superiores. Isso decorre do aprendizado de conteúdos científi-
cos quando o aluno consegue expressar seu pensamento a respeito deles de modo
generalizado, por meio da linguagem (oralmente ou por escrito) ou de outras formas
como o desenho, por exemplo, expressando assim além da compreensão do conhe-
cimento o seu pensamento criativo.
A expressão de vocabulário amplo, comunicação expressiva correta de acordo
com a norma culta da língua e produção escrita superior ao esperado também são
aspectos verificados no desempenho da pessoa com altas habilidades/superdotação.
Com frequência nos deparamos com alunos que revelam habilidades na produção
literária, por meio da poesia, contos, poemas e elaboração de livros. Alguns trabalhos
nas escolas derivam na confecção de livros ou outro tipo de material escrito, como o
20 Pós-Universo
““
A atividade criativa, para Vygotsky, é originária da função da imaginação, é
uma ação relacionada com a interpretação da realidade feita pelos sujeitos
e depende, diretamente, das experiências do homem em contato com sua
realidade cultural objetiva e subjetiva. A imaginação está ligada à emoção.
Ela retira fragmentos da realidade e, por meio de novas significações destes
fragmentos, devolve à cultura, em forma de um produto criativo, leituras re-
novadas desta mesma realidade.
atenção
Embora não seja uma regra, podemos observar algumas características que
identificam sinais de altas habilidades/superdotação, são eles:
• capacidade intelectual;
• aprendizado de alguma matéria específica;
• criatividade;
• liderança;
• artes;
• esportes ou atividades psicomotoras.
Características a depender da área de destaque
• curiosidade;
• envolvimento;
• iniciativa persistência em interesses pessoais;
• originalidade na forma de expressão oral e escrita;
• respostas diferentes e ideias inusitadas;
• destaque em artes, como música, dança, teatro, desenho e outras;
• habilidade em propor soluções e flexibilidade de pensamento;
atividades de estudo
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
atividades de estudo
3. As funções psicológicas superiores têm origem e se desenvolvem por meio das re-
lações entre as pessoas e com os objetos, desde o início da vida. Com base no que
foi estudado leia as asserções abaixo e assinale a alternativa correta:
No primeiro momento do desenvolvimento cultural, para Vygotski e Luria (1996), a criança pequena
começa a utilizar funcionalmente os objetos como ferramentas. A seguir, surgem processos media-
dos de comportamento, por meio do uso de signos (sons e palavras) como estímulos. As aquisições
decorrentes da experiência cultural reconstroem as funções psicológicas básicas, estabelecendo
novas conexões neurais e equipando a criança com novos recursos na via do desenvolvimento.
Para os autores, a cultura funciona como um ampliador das potencialidades humanas, entre-
tanto, cada sociedade possibilita o desenvolvimento e o acesso aos mediadores culturais de um
modo específico a depender da sua organização. Assim, o desenvolvimento humano se processa
de fora para dentro (internalização), devido à influência da cultura, por meio e a partir das inte-
rações e da aprendizagem.
A oportunidade de reconhecer estes alunos e proporcionar um espaço com condições para de-
senvolver atividades que atendam às suas singularidades, com um professor que irá ensiná-los e
acompanhá-los, indica uma educação que pratica a inclusão.
A escola não pode mais ignorar estes alunos. É necessário identificá-los e oferecer-lhes possibili-
dades de acesso aos saberes e às tecnologias mais avançadas existentes na sociedade atual.
material complementar
Editora: Ática
Ano: 2009
NA WEB
FLEITH, Denise de Souza (Org.) A construção de práticas educacionais para alunos com altas ha-
bilidades/superdotação: volume 3: o aluno e a família. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria
de Educação Especial, 2007.
Link: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/altashab4.pdf
Tese de doutorado de sobre o processo de construção da identidade na pessoa com altas habi-
lidades/superdotação adulta, de Susana Graciela Pérez Barrera Pérez, Porto Alegre, 2008.
Link: <http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/3567/1/405524.pdf>
referências
LURIA. A atividade consciente do homem e suas raízes histórico-sociais. In:______. Curso de psi-
cologia geral. V. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991. pp. 71-84.
cognitivos na pessoa com altas habilidades/superdotação: uma visão histórica. In. VIRGOLIM,
Angela M. Rodrigues; KONKIEWITZ, Elisabete Castelon (Orgs.). Altas Habilidades/superdotação, in-
teligência e criatividade: uma visão multidisciplinar. Campinas, SP: Papirus, 2016. p. 23 - 64
1. d) I, II e III, apenas.
2. e) VVVF