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Esta palavra tem como objetivo, desafiá-lo a sair do ambiente de

admiração, de conhecimento, de familiaridade e principalmente


de incredulidade que tanto nos afasta da presença do Senhor, e
que assim possamos orar por uma vida direcionada por uma fé
verdadeira e prática.

QUATRO FATORES QUE PODEM IMPEDIR QUE


JESUS REALIZE MARAVILHAS EM NOSSO MEIO

Texto: Mateus 13:53 – 58

INTRODUÇÃO
Em nosso relacionamento com Deus, há alguns mistérios
que não nos é dado conhecer.
Por isso, as escrituras afirma: “As coisas encobertas pertencem
ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas pertencem a nós e a
nossos filhos para sempre”. (Dt 29:29).

O salmista afirmou no Salmos 131 que não se exercitava em


assuntos elevados demais para ele.

Assim é que temos que aprender a conviver com os mistérios de


Deus em toda nossa vida espiritual.

E um dos mistérios é esse:


 Se Deus é soberano, e faz aquilo que lhe apraz, porque em
alguns momentos ele precisa da nossa fé para realizar seus
milagres, suas maravilhas?
 Ele não podia a despeito da nossa condição espiritual, do
nosso relacionamento com ele, em sua soberania e poder,
operar seus milagres?
 Isso significa que Deus só opera quando encontra fé?

Creio que não! Se não ele não seria Deus, e estaria confinado
à condição espiritual do ser humano.
Agora uma coisa é certa na maioria das vezes o milagre
acontece num ambiente de fé. Por isso, está escrito:
 Tudo é possível ao que crê, e se crermos veremos a glória
de Deus;
 É necessário que aqueles que se aproximam de Deus,
creiam que ele existe e que é galardoador daqueles que o
buscam.
 Sem fé é impossível agradar a Deus.

Por isso quero meditar com os irmãos nesta noite sobre.


Quatro fatores que podem impedir que Jesus faça
maravilhas em nós e em nosso meio.

1) A ADIMIRAÇÃO DESTITUIDA DE FÉ CONSTITUI UM


IMPEDIMENTO A QUE JESUS FAÇA MARAVILHAS EM
NÓS E EM NOSSO MEIO. V54

Jesus já tinha sido expulso da sinagoga de Nazaré no início do


seu ministério (Lc 4:16-30). Naquela ocasião, quiseram matá-lo;
então, Jesus mudou-se para Cafarnaum.
Agora, Jesus vai outra vez a Nazaré, dando ao povo mais
uma nova oportunidade.

Percebam os irmãos que todos ali estavam admirados,


impressionados com a sabedoria revelada no ensino de
Jesus, bem como com o seu poder de realizar milagres. No
entanto, toda essa admiração não era suficiente para fazê-los
receber tudo isso com gratidão, com fé, com aceitação.
Ironicamente Nazaré foi a cidade que mais conviveu com
Jesus.
Nazaré, era uma cidade privilegiada, pois ali, o filho de Deus
havia passado sua infância e juventude.
Por trinta anos, Jesus andou pelas ruas de Nazaré e o povo
contemplou sua vida irrepreensível, mas, quando lhes anunciou
o evangelho eles rejeitaram tanto a mensagem quanto o
mensageiro.
Eles admiraram sua sabedoria e o seu poder, mas rejeitaram
sua mensagem.

Hoje em dia muitos admiram a vida de Jesus, admiram seus


feitos, sua ética, seus ensinos.
Mas não se abrem para concebê-lo como:
 Filho de Deus.
 O próprio Deus encarnado.
 O Senhor e Salvador de suas vidas.

Estes eram admiradores de Jesus, mas não queriam se


tornar seus discípulos.

O grande desafio da igreja hoje é o de transformar um auditório


de admiradores em discípulos, seguidores de Jesus.

Não basta ter admiração por Jesus, é necessário, concebê-lo


como o Filho de Deus encarnado, o Messias prometido, aquele
que morreu em nosso lugar, derramando seu sangue por nós,
tornando-nos aceitáveis a Deus.

Precisamos sair do estágio da admiração, para o estágio da


fé, recebendo-o como Senhor e salvador de nossas vidas, e a
partir daí segui-lo para sempre como seus verdadeiros
discípulos.

Se Jesus encontra numa pessoa somente admiração e


não fé, ele não vai poder fazer o que deseja na vida desta
pessoa, da mesma forma que não pôde fazer em Nazaré.

Pergunta: Você é um admirador ou um discípulo de Jesus?

2) O CONHECIMENTO DESTITUIDO DE FÉ CONSTITUI


OUTRO IMPEDIMENTO A QUE JESUS FAÇA MARAVILHAS
EM NÓS E EM NOSSO MEIO. V55
Num certo sentido eles conheciam Jesus. Sabiam da sua origem
humana, conheciam seus familiares, seus pais, irmãos, irmãs,
mas não conseguiam conciliar o conhecimento que tinham Dele
com a sabedoria e o poder revelados por Ele.
Eles conheciam o Jesus histórico, mas ainda não
conheciam o Cristo, o Messias. Era um conhecimento
meramente humano, por isso destituído de fé.
O povo de Nazaré reconhecia que Jesus fazia coisas
extraordinárias e tinha uma sabedoria sobre-humana.

V56 – Eles tinham a cabeça cheia de perguntas, e o coração


vazio de fé.
Porque não puderam explicá-lo dentro da lógica humana, o
rejeitaram.
O contraste entre o humilde carpinteiro e o profeta
sobrenatural foi muito grande para eles compreenderem. Então
escolheram a descrença, o que causou perplexidade em Jesus.
(Mc 6.6) Jesus estava admirado da incredulidade deles.

Hoje em dia muitos tem um conhecimento intelectivo das


coisas de Deus, dissociado da experiência e da fé.
E isso leva uma pessoa a um autoengano. Ela fica com a
sensação de que conhece, mas lhe falta o conhecimento
experimental das coisas de Deus. Assim como disse Jó, antes de
ter tido sua experiência com Deus. “Eu te conhecia de ouvir
falar, mas hoje os meus olhos te veem.” Jó 42.5

Quantos são aqueles que sabem muitas coisas a


respeito de Deus, de Jesus, sem terem uma experiência
pessoal com o próprio Deus, com o próprio Jesus. Eles
pensavam que o conheciam, mas seus olhos estavam cegos
pela incredulidade.

Todo conhecimento destituído de fé só serve para


produzir orgulho no coração, e constitui mais um impedimento
a que Jesus realize maravilhas na vida.
3) FAMILIARIDADE COM AS COISAS DE DEUS CONSTITUI
UM IMPEDIMENTO A QUE JESUS FAÇA MARAVILHAS EM
NÓS E EM NOSSO MEIO. V55 – 56
Ali Ele passou sua infância e juventude. Ali ele foi
carpinteiro. Dali ele saiu para iniciar seu ministério. No entanto a
cidade de Jesus não o reconheceu como Messias.

Para eles Jesus era apenas mais um jovem Nazareno,


filho da dona Maria e do seu José, o carpinteiro, cujos irmãos e
irmãos eram bem conhecidos na cidade. Além do mais, Jesus
não tinha estudado em escolas rabínicas, como era costume
de então, por isso não conseguem explicar nem seu
conhecimento nem seu poder.
A familiaridade que o povo de Nazaré tinha com Jesus
constituía um impedimento para que o concebessem como o
filho de Deus, o Messias, o enviado de Deus, o Deus encarnado,
o Salvador deste mundo. Tal familiaridade produziu
preconceito ao invés de fé.

Muitas vezes, estamos demasiadamente próximos das


pessoas para ver sua grandeza. V57
Esse é um fenômeno psicológico e social:
 Os irmãos de Jesus não creram nele.
 Sua cidade não creu nele.
 Os líderes religiosos não creram nele.
A familiaridade, paradoxalmente em vez de gerar fé,
produziu preconceito e incredulidade.

Isso é possível de acontecer com cada um de nós,


especialmente aqueles que nasceram num lar evangélico,
onde desde a tenra idade ouvem falar de Deus, de Jesus, da
Palavra de Deus. Aquilo tudo vai ficando muito familiar, as
pessoas vão ficando mal-acostumadas com as coisas santas.
Talvez, quando Jesus falou daqueles que perderam o primeiro
amor, estivesse se referindo a essa familiaridade com as coisas
santas.

Importante: Queridos, nada é mais perigoso para a alma do


que se acostumar com as coisas santas.

Quando se perde o anelo, a avidez, o entusiasmo, a reverência,


o respeito, com as coisas de Deus. E quando isso ocorre Jesus
fica impedido de fazer sinais e maravilhas em nós e em nosso
meio.

4) A INCREDULIDADE CONSTITUI OUTRO IMPEDIMENTO A


QUE JESUS FAÇA MARAVILHAS EM NÓS E EM NOSSO
MEIO. V58

Na esteira dessa admiração destituída de fé, desse


conhecimento igualmente destituído de fé e dessa familiaridade
que esvazia o respeito, o prestígio, a honra do profeta, está a
incredulidade.

O texto está repleto de dúvidas e senões com relação a Jesus e


ao seu ministério.

“Como pode um jovem de nossa cidade, filho de uma família


humilde, parente dos nossos conhecidos, ser tão
importante? Onde ele obteve toda essa sabedoria? Com que
poder Ele faz o que faz?”

Assim começam a avaliá-lo do ponto de vista meramente


humano, racional, circunstancial, e não demoram muito para
avaliar Jesus com o espírito crítico, com desrespeito, com
desprezo, a ponto de se escandalizarem dele.
Na verdade, toda essa avaliação humana era destituída de fé,
porque não conseguiam discernir a divindade de Jesus, a
messianidade de Jesus. Por isso o evangelista registra que
Jesus não pode fazer muitos milagres em Nazaré, lugar onde
cresceu, por causa da falta de fé, da incredulidade, da
indiferença e da hostilidade deles.

Porém esse povo não tinha razão para tanta incredulidade.


Porque nesse tempo Jesus já havia se manifestado plenamente
ao mundo e operado muitos milagres em Cafarnaum cidade
vizinha de Nazaré.

Vejam que coisa triste aconteceu ali, em razão da incredulidade


deles Jesus foi embora da cidade, e enfermos deixaram de ser
curados, e pecadores deixaram de ser perdoados. Porque Jesus
não estava disposto a fazer milagres onde as pessoas o
rejeitavam por preconceito e incredulidade.

Portanto, precisamos crescer na fé. Confinados na lógica


humana, presos naquilo que os sentidos e as circunstâncias
atestam, não vamos poder experimentar a ação sobrenatural, ou
seja algo acima do natural.

A fé genuína, transcende nossa razão, apesar de ser razoável,


ela é suprarracional. Ela é ultra circunstancial. Ela é ultra
sentimental.

Quando Jesus encontra essa qualidade de fé em nosso espírito,


ele realiza as maravilhas que quer realizar.

Na maioria das vezes, Jesus operou maravilhas em resposta


e em cooperação com a fé. Jesus poderia fazer os milagres
mesmo que não houvesse fé naquele lugar, mas as pessoas
alvo do milagre não receberiam a revelação de quem era
Jesus. Isso nos faz lembra dos 10 leprosos. Quantos foram
curados? 10 e Quantos voltaram e ouviram de Jesus a tua fé te
salvou? Somente um. O milagre só revelou Jesus para aquele
que voltou.
CONCLUSÃO
 Que Deus nos livre de todo conhecimento destituído de
fé, que somente incha de soberba, mas que não realiza o
bem de Deus em nossa vida.
 Que Deus nos livre de toda admiração destituída de fé,
que gera em nós uma fé discursiva, inoperante, que pode
nos transformar em religiosos, cujo discurso é destituído de
fé.
 Que Deus nos livre de toda familiaridade com as coisas
de Deus, no sentido de estarmos mal-acostumados com as
coisas santas. Que não percamos a reverência, o respeito, o
entusiasmo com as coisas de Deus, a ponto de
abandonarmos o primeiro amor.
 Que Deus nos livre de toda incredulidade, que constitui
o grande impedimento a ação sobrenatural e
extraordinária de Deus em nossa vida. Somos filhos de
Abraão, filhos da fé, portanto não deveríamos ter parte com
a incredulidade.
 Talvez estejamos precisando orar como os discípulos
oraram diante do grande desafio de perdoar: Senhor
aumenta-nos a fé, livra-nos da dúvida, do racionalismo e
da incredulidade.
 Que cada se sinta desafiado a clamar a Deus por um
livramento de toda incredulidade.

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