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O diabetes mellitus tipo 1, assim como o tipo 2, é caracterizado pelo excesso de glicose
(açúcar) no sangue, o que desencadeia uma série de complicações no organismo. Mas, nesse
caso, a doença surge em geral na infância e na adolescência, traz sintomas como vontade
urinar e perda de peso e tem origem autoimune. Ou seja, as próprias unidades de defesa do
corpo passam a destruir o pâncreas, responsável pela produção de insulina. O tratamento,
portanto, sempre envolve a reposição desse hormônio.
A insulina tem a função de abrir as portas das células para a entrada da glicose, que será
convertida em energia. Esse processo nos mantém vivos. A consequência do diabetes tipo 1 é
um acúmulo permanente de glicose na corrente sanguínea, o que causa uma porção de danos.
Lesões e placas nos vasos sanguíneos, que comprometem a oxigenação dos órgãos e elevam o
risco de infartos e AVCs
Retinopatia diabética (danos à retina, o tecido no fundo do globo ocular, que levam à cegueira)
Falência renal
Amputações devido a feridas não perceptíveis na pele, que são capazes de evoluir para
gangrena
O diabetes tipo 1 é menos comum que o tipo 2. Estima-se que cerca de 10% de todos os casos
da doença correspondam a essa versão do problema.
Sede constante
Boca seca
Perda de peso
Fatores de risco
Predisposição genética
Casos na família
Infecções na infância
A prevenção
Sendo uma doença causada por fatores genéticos e cujos gatilhos ainda não são totalmente
conhecidos pela ciência (especula-se, por exemplo, a influência de infecções na infância), não
há medidas de prevenção capazes de evitar o diabetes tipo 1.
O diagnóstico
O especialista pede um exame de sangue que mede a glicemia, o nível de açúcar no sangue. O
teste é feito em jejum. Se o resultado dá igual ou acima de 126 mg/dl duas vezes seguidas, a
pessoa é considerada diabética.
Para acabar com as dúvidas, o especialista pode solicitar o teste oral de tolerância à glicose,
também conhecido como curva glicêmica. Ele é parecido com o anterior, mas, duas horas
antes da retirada da amostra sanguínea, o paciente toma um copo de água com uma solução
açucarada.
Depois, a cada trinta minutos, o método é refeito, sempre com a ingestão de glicose nos
intervalos. Isso serve para ver como o organismo se comporta com doses extras de açúcar. Se
a análise indicar o valor de 200 mg/dl, a doença está comprovada. Há ainda um método
conhecido como hemoglobina glicada que estima a concentração de açúcar nos vasos nos
últimos três meses.
O tratamento
Tudo começa com um controle estrito dos níveis de açúcar na alimentação e a recomendação
para o diabético manter estilo de vida saudável, com exercícios físicos incluídos.
Fumantes são estimulados a deixar o vício, que amplia o prejuízo às artérias. As bebidas
alcoólicas devem ser ingeridas com moderação, porque desregulam as taxas de glicose e
chegam a ocasionar episódios de hipoglicemia, que explicaremos mais adiante.
Na dieta, uma ótima medida é priorizar os alimentos integrais, ricos em fibra, em detrimento
daqueles com carboidratos simples (pão e massa branca, por exemplo). Eles ajudam a diminuir
a velocidade com que a glicose é liberada no sangue.
O ideal é fazer cinco ou seis refeições ao longo do dia e não ficar sem comer por muito tempo.
A supervisão de um nutricionista auxilia a evitar equívocos.
Atenção: os doces não são proibidos, porém vale a máxima da moderação e do
acompanhamento próximo das taxas de glicose no sangue após sua ingestão. Aliás, substituir o
açúcar das receitas por adoçantes ajuda.
Só tenha cuidado ao comprar alimentos diet. É preciso ter certeza de que o nutriente retirado
desses produtos foi mesmo o açúcar (e não a gordura, por exemplo). O acompanhamento
médico e os exames laboratoriais mostrarão se as escolhas certas na hora de se alimentar, a
prática de exercício e o tratamento indicado pelo especialista estão conseguindo conter a
doença ou se não há complicações à vista.
A insulina injetável
Pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de doses diárias de insulina. O médico orientará como
guardar e transportar o medicamento (ele precisa ser mantido entre 2 e 8º C de temperatura)
e quais os cuidados na hora de aplicar. As consultas servirão para fazer o ajuste das doses e
montar um esquema para o uso combinado de diferentes tipos de insulina.
Pois é: há as versões do hormônios com ação rápida, ultrarrápida, intermediária ou basal. Cada
uma tem suas vantagens e limitações.
Mensurar a concentração da glicose também faz parte da rotina do paciente com diabetes tipo
1. Esse controle pode ser por um aparelhinho chamado glicosímetro. Um furinho no dedo,
uma gota de sangue numa fita e, cinco segundos depois, o resultado aparece no visor.
É ele que orienta a quantidade de insulina a ser injetada ou quanto de carboidrato se pode
cose pode comer em determinado momento. Com isso, evitam-se os picos glicêmicos e
também a hipoglicemia.
Os limites recomendados são: abaixo de 110 mg/dl em jejum e de 140 mg/dl duas horas
depois das refeições, com tolerância de até 180 mg/dl. Entretanto é fundamental discutir o seu
caso com um médico.
Nos últimos anos, também surgiram aparelhos que conseguem medir a glicemia sem picadas.
Exemplo: você instala um dispositivo pequeno no braço e, aí, passa um aparelho ou mesmo o
seu celular na frente dele. Pronto! Já dá para ver sua glicemia.
Leia mais em: https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-diabetes-tipo-1-sintomas-
tratamento-exames-e-complicacoes/