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com
Editorial
PREÇO precisa ser atualizado,
devemos chamar a POLÍCIA?
CM Bleakley,1,3P Glasgow,2,3DC MacAuley4
O acrônimo PRICE (proteção, descanso,
gelo, compressão e elevação) tem sido
central para o tratamento de lesões
agudas de tecidos moles por muitos anos,
apesar da escassez de dados empíricos de
alta qualidade.
evidências para apoiar os vários componentes ou
como um pacote de tratamento coletivo.
Paradigmas de tratamento em medicina
esportiva devem ser atualizados com base em
evidências de pesquisas contemporâneas. Como
exemplo recente, o uso generalizado de drogas
antiinflamatórias não esteroidais no tratamento
de lesões agudas de tecidos moles tem sido
desafiado, particularmente com lesões
ligamentares e musculares.1
A compressão e elevação do gelo (ICE) é o
princípio básico do tratamento precoce. A
maioria das pesquisas se concentrou no efeito
analgésico do gelo ou na pele associada ou
nas mudanças de temperatura intramuscular;
um recente estudo controlado randomizado
por Prins e colegas,2que examinou a eficácia
do gelo na recuperação de uma lesão
muscular aguda, é o primeiro de seu tipo.
Também faltam estudos clínicos sobre
compressão, e muito de seu raciocínio é
extrapolado de pesquisas relacionadas à
profilaxia de trombose venosa profunda e
manejo de linfedema; há pouca pesquisa
clínica sobre elevação.3
A proteção e o descanso após a lesão são
apoiados por intervenções que protegem,
descarregam e/ou impedem o movimento articular
por vários períodos. Modelos animais recentes4–6
mostram que curtos períodos de descarga são
necessários após lesão aguda de tecidos moles e
que a deambulação ou exercício agressivos
devem ser evitados. Mas, o descanso deve ser de
duração limitada e restrito ao imediatamente
após o trauma. Períodos mais longos de descarga
são prejudiciais e produzem
1Instituto de Pesquisa em Ciências da Saúde e Reabilitação,
Universidade de Ulster, Jordanstown, Newtownabbey, Reino Unido
2Instituto de Esportes da Irlanda do Norte, Universidade de Ulster,
Jordanstown, Newtownabbey, Reino Unido
3Association of Physiotherapists in Sports and Exercise Medicine,
Londres, Reino Unido
4UKCRC Centre of Excellence for Public Health (NI),
Queens University Belfast, Royal Victoria Hospital,
Belfast, Reino Unido
Correspondência paraCM Bleakley, Instituto de Pesquisa em
Ciências da Saúde e Reabilitação, Universidade de Ulster,
Jordanstown, Newtownabbey, Condado de Antrim BT370QB, Reino
Unido; chrisbleakley@hotmail.com
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alterações adversas na biomecânica e
morfologia dos tecidos. A carga mecânica
progressiva é mais provável de restaurar a
força e as características morfológicas do
tecido colagenoso.4 5De fato, a mobilização
precoce com reabilitação acelerada é eficaz
após a distensão aguda do tornozelo.7
A reabilitação funcional da entorse do tornozelo,
que envolve a sustentação de peso precoce
geralmente com um suporte externo, é superior
à imobilização com gesso para a maioria dos
tipos de entorse.8 9
A reabilitação funcional alinha-se bem com os
princípios da mecanoterapia, em que a carga
mecânica provoca respostas celulares que
promovem a mudança estrutural do tecido.10
Existem descobertas consistentes de modelos
animais que demonstram como o carregamento
mecânico regula a expressão de mRNA para
proteínas-chave associadas à cicatrização de
tecidos moles.4–6O difícil desafio clínico é
encontrar o equilíbrio entre carga e descarga
durante a cicatrização tecidual. Se os tecidos
forem estressados de forma muito agressiva
após a lesão, o insulto mecânico pode causar
ressangramento ou danos adicionais. A proteção
dos tecidos vulneráveis continua, portanto, a ser
um princípio importante. Mas, muita ênfase cria
uma mentalidade padrão de que o carregamento
não tem lugar no gerenciamento agudo. O
descanso pode ser prejudicial e inibe a
recuperação. O segredo é encontrar o
'carregamento ideal'.
A carga ideal significa substituir o descanso
por um programa de reabilitação equilibrado e
incremental, onde a atividade precoce incentiva a
recuperação precoce. As lesões variam, portanto,
não há um tamanho único para todas as
estratégias ou doses. Uma estratégia de carga
deve refletir as tensões mecânicas únicas
colocadas sobre o tecido lesionado durante as
atividades funcionais, que variam de acordo com
o tipo de tecido e região anatômica. Por exemplo,
uma lesão muscular no membro inferior tem
carga cíclica através da deambulação normal. O
membro superior pode exigir que uma carga
cíclica adicional seja considerada no programa de
reabilitação para maximizar o estímulo mecânico.
POLICE, um novo acrônimo, que representa
proteção, carga ideal, compressão de gelo e
elevação, não é simplesmente uma fórmula,
mas um lembrete para os médicos pensarem
de maneira diferente e buscarem estratégias
novas e inovadoras para
Br J Sports Med: publicado pela primeira vez como 10.1136/bjsports-2011-090297 em 7 de setembro de 2011.http://bjsm.bmj.com/em 17 de março de 2021 por convidado. Protegido por direitos autorais.
carga no manejo de lesões agudas de tecidos
moles. A carga ótima é um termo genérico
para qualquer intervenção mecanoterapia e
inclui uma ampla gama de técnicas manuais
atualmente disponíveis; na verdade, o termo
pode incluir técnicas manuais, como
massagem refinada para maximizar o efeito
mecânico. Paradoxalmente, muletas, órteses e
suportes, tradicionalmente associados ao
repouso, podem ter um papel maior no ajuste
e regulação da carga ideal nos estágios iniciais
da reabilitação.
A POLÍCIA deve nos fazer pensar mais
sobre a pesquisa para projetar estratégias de
reabilitação que sejam apropriadas à natureza
e gravidade da lesão em diferentes esportes e
atividades. Se o princípio primário do
tratamento é restaurar as propriedades
histológicas e mecânicas do tecido mole
lesionado, a carga ideal pode de fato ser
específica do esporte. O desafio é determinar
o que é “ideal” em termos de dosagem,
natureza e tempo.
POLÍCIA não é apenas um acrônimo para
orientar a gestão, mas um estímulo para um
novo campo de pesquisa. É importante que
esta pesquisa inclua um exame mais rigoroso
do papel do ICE no tratamento de lesões
agudas. Atualmente, a analgesia induzida pelo
frio e a garantia e suporte proporcionados
pela compressão e elevação são suficientes
para reter o ICE dentro da sigla.
Interesses competitivosNenhum.
Proveniência e revisão por paresNão comissionado; revisada
externamente por pares.
Aceito em 3 de agosto de 2011
Publicado on-line primeiro 7 de setembro de 2011
Br J Sports Med2012;46:220–221.
doi:10.1136/bjsports-2011-090297
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