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Fármacos que são usados para o tratamento das doenças psiquiátricas (psicotrópicas)
Sedativos e tranquilizantes
Antidepressivos
Fármacos que alteram o humor
Antipsicóticos
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
Efeitos benéficos no tratamento de doenças – EFEITOS TERAPÊUTICOS
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Efeitos que não contribuem para a melhoria da doença – EFEITOS LATERAIS (SECUNDÁRIOS OU
ADVERSOS)
EFEITOS LATERAIS são aqueles que acompanham o efeito terapêutico e podem ser TÓXICOS ou NÃO
TÓXICOS. São geralmente previsíveis e comuns e devem ser conhecidos. É diferente de um efeito
alérgico que não são comuns a todos os doentes não sendo assim tão previsíveis.
MEDICAMENTO GENÉRICO (MG) principio ativo comercializado por outras empresas após ter
caducado a patente, é um medicamento igual ao medicamento de referência
É a demonstração de equivalência terapêutica (bioequivalência) que é baseada em estudos de
biodisponibilidade de acordo com as recomendações da EMA:
Mesma composição qualitativa em substâncias ativa e quantitativa
Mesma forma farmacêutica
Equivalência terapêutica
VANTAGENS:
Vantagem económica – apresentam preços mais baixo
Garantia de eficácia e segurança – substancias ativas que se encontram no mercado há vários
anos
CONDIÇÕES DE COMERCIALIZAÇÃO
Ter caducado os direitos de propriedade industrial (patente)
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Ter as mesma indicações terapêuticas que o medicamento de referência
(o medicamento de referência é um medicamento inovador cuja substância ativa foi
comercializada com base em documentação completa que inclui resultados de ensaios químicos,
biológicos, farmacêuticos, farmacológicos e clínicos)
SEMIVIDA é o intervalo de tempo requerido para que a concentração do fármaco no sangue caia
para 50%. O seu conhecimento é importante para o planeamento do esquema terapêutico.
MONITORIZAÇÃO DA TERAPÊUTICA
Avalização do efeito terapêutico
Avaliação dos efeitos laterais
Monitorização das concentrações sanguíneas
(indicações: fármacos com margem terapêutica estreita e bem definida. Presença de
insuficiência cardíaca, renal, desnutrição. Administração simultânea de vários fármacos que
interagem uns com os outros.
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FARMACOLOGIA
FARMACOCINÉTICA é o estudo dos fenómenos que acontecem ao fármaco após a sua administração.
Ciclo geral.
FARMACODINAMIA é o estudo das ações farmacológicas e dos seus mecanismos celulares,
bioquímicos e moleculares.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Epitélio gastrintestinal – via oral
Paredes capilares – via intramuscular e subcutânea
Alvéolos pulmonares – via inalatória
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Intensidade de irrigação sanguínea da área de absorção (quanto mais irrigação maior a
absorção)
Espessura da área de absorção (quanto mais espessa menor a absorção)
BIODISPONIBILIDADE é a proporção de fármaco que atinge a circulação sanguínea após a sua
administração e que é absorvida por uma determinada via.
A preparação farmacêutica e a via de administração vão interferir com a biodisponibilidade
DISTRIBUIÇÃO após ter absorvido ou ter sido introduzida diretamente no sangue o fármaco vai
chegar pela circulação sanguínea a todo o organismo incluindo aos seus locais de ação, é a isto que
se chama processo de distribuição.
FATORES QUE INFLUENCIAM A DISTRIBUIÇÃO
Fluxo sanguíneo
Tipo de barreira a atravessar (barreira placentária – é de fácil travessia; barreira hemato-
encefálica – difícil travessia)
Caraterísticas físico químicas do fármaco
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METABOLIZAÇÃO ou biotransformação é a alteração da estrutura química dos fármacos por ação de
enzimas, formando-se compostos com diferentes caraterísticas físico químicas e farmacológicas – os
metabolitos.
A metabolização pode ser responsável por:
Transformar os fármacos em compostos inativos (perda de efeito)
Transformar os fármacos em produtos hidrossolúveis (mais facilmente excretados pelo rim)
Formar metabolitos que são farmacologicamente ativos (ex: benzodiazepinas)
Formar metabolitos com uma toxidade elevada (ex: paracetamol)
O principal local de metabolização é o fígado (enzimas microssomáticas localizadas no retículo
endoplasmático liso dos hepatócitos) embora existam outros locais envolvidos (rim, pulmão,
intestino, plasma)
A metabolização envolve vários tipos de reações químicas: oxidação, redução, hirdrólise e
conjugação.
Alguns fármacos não são metabolizados, sendo excretados na forma original ativa
(benzilpenicilina, gentamicina).
Alguns fármacos são administrados sob a forma inativa e só se tornam ativos após a metabolização –
PRÓ-FÁRMACOS.
Justificação para a utilização dos PRÓ-FÁRMACOS:
Melhor absorção
Não são destruídos pelo suco gástrico
Não são destruídos pelas enzimas intestinais
Produção seletiva de metabolitos ativos em alvos específicos
A síntese das enzimas hepáticas responsáveis pela metabolização dos fármacos pode ser estimulada
ou inibida:
Fenómeno de indução enzimática
Fenómeno de inibição enzimática
INDUÇÃO ENZIMÁTICA processo pelo qual uma substancia aumenta a metabolização dos fármacos. A
estimulação por enzimas por outros fármacos pode acelerar a metabolização, diminuindo a duração
de ação do fármaco.
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA processo pelo qual uma substancia diminui a metabolização dos fármacos. A
inibição da síntese das enzimas por outros fármacos pode diminuir a metabolização de alguns
fármacos, provocando aumento de níveis circulantes e aumento da duração de ação.
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EXCREÇÃO é a eliminação dos fármacos e dos seus metabolitos do organismo, sendo que o principal
órgão de eliminação de fármacos é o Rim, pode ser ainda eliminado por outras vias (fezes, suor,
respiração)
EXCREÇÃO RENAL
Os fármacos lipossolúveis difundem rapidamente do fluido tubular para o plasma –
REABSORÇÃO TUBULAR
A eliminação dos fármacos (ácidos/bases fracas) depende do PH urinário (5-8)
Outras vias:
EXCREÇÃO PULMONAR é a principal via para a excreção de gases e compostos voláteis.
Os fármacos podem ser parcialmente excretados por várias secreções: salivar, gástrica, pancreática,
intestinal, láctea, sudorípera, lacrimal, genital.
A passagem dos fármacos para a secreção láctea pode representar alguns ricos para o lactente.
FARMACOLOGIA GERAL
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o OCULAR
o NASAL
o AURICULAR
o VAGINAL
o INTRA-TECAL
o TRANSDÉRMICA
1. VIAS SISTÉMICAS
As vias de administração sistémica também podem ser usadas para obter efeitos tópicos:
via oral - efeitos na mucosa bucal e dentes
• Via retal- efeitos na mucosa retal
• Via pulmonar- efeitos a nível dos brônquios
ENTÉRITAS
VIA ORAL é uma via cómoda, segura e económica, permite a auto-administração, a absorção faz-se
através da mucosa gástrica e da mucosa do intestino delgado, pode ser influencia por:
Presença de alimentos no estômago;
Esvaziamento gástrico;
Motilidade intestinal;
Ph do estômago e intestino;
Velocidade de desintegração;
Dissolução do fármaco no conteúdo gástrico;
Fluxo sanguíneo;
Natureza do fármaco (pequenas moléculas lipossolúveis são mais rapidamente
absorvidas, são absorvidas por difusão passiva)
Limitações:
Grande tempo de latência entre o momento de administração e o início de efeitos;
(via não útil em situações de urgência)
Não pode ser utilizada em doentes em coma;
Não pode ser utilizada em doentes com vómitos;
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Possibilidade de irritação da mucosa gástrica: os fármacos irritantes devem ser administrados
com as refeições de modo a diminuir efeitos.
Possibilidade de inativação pelos fermentos digestivos: a administração deve ser feita entre
refeições ou de estômago vazio.
Possibilidade de inativação rápida no fígado antes de exercer o seu efeito
Comprimidos/ cápsulas – Não devem ser cortados (exceto se tiver uma marca de corte (risco de dose
incorreta, irritação gástrica)
Cápsulas de libertação lenta ou comprimidos revestidos – não devem ser manipulados, mastigados,
triturados ou abertos.
Emulsões – podem ser diluídas com água
Suspensões – devem ser bem agitadas, até que não haja material sólido visível
Elixir – não deve ser diluído - o diluente pode causar precipitação do fármaco
VIA SUBLINGUAL o comprimido é colocado debaixo da língua e retido até ser dissolvido ou absorvido
Vantagens:
Absorção rápida por : pequena espessura da mucosa e uma rica vascularização
Útil em situações de urgência (dor da angina no peito, alivio de crises hipertensivas)
Permite a autoadministração
Limitações:
Uso em casos raros pois são fármacos irritantes e com sabor desagradável;
VIA RETAL supositórios Ex: Paracetamol (controlo da febre); Diazepam (controlo das crises convulsivas)
Enema de retenção Ex: resina permutadora de iões (controlo da hipercaliemia nos insuficientes renais)
Vantagens:
É útil em crianças, doentes com vómitos, alterações do estado da consciência;
Permite a autoadministração;
Permite a administração de fármacos irritantes da mucosa gástrica
Limitações:
Pode provocar irritação da mucosa retal
Não deve ser utilizada em doentes com diarreia
Absorção muito irregular por:
o Presença de fezes na ampola retal;
o Desperta rapidamente o reflexo da defecação;
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Deficiente absorção nos Idosos por:
o Menor irrigação sanguínea
o Menor temperatura corporal,
o Incontinência fecal (por perda de controlo esfincteriano)
o
PARENTÉRITAS
VIA ENDOVENOSA/ INTRAVENOSA é uma injeção intravenosa direta/ infusão continua
Vantagens:
Útil em situações de urgência: efeito rápido
Permite a utilização de fármacos que não são absorvidos por via oral
Permite a administração de grandes quantidades de líquidos em pouco tempo (desidratação)
Permite a administração de substâncias irritantes (a parede vascular é muito resistente) Ex:
citostáticos
Permite controlar a administração de fármacos c/ pequena margem de segurança (concentrações
sanguíneas terapêuticas próximas das tóxicas), c/ visualização rápida do efeito. Ex: controlo de
arritmias, controlo de crises convulsivas.
Permite a administração de substâncias irritantes (a parede vascular é muito resistente)Ex:
citostáticos
Permite controlar a administração de fármacos c/ pequena margem de segurança (concentrações
sanguíneas terapêuticas próximas das tóxicas), c/ visualização rápida do efeito. Ex: controlo de
arritmias, controlo de crises convulsivas.
Permite a administração da dose exacta em função do efeito obtido:Ex: administração de anti-
arrítmicos, anti-convulsivantes
Limitações:
Só se podem administrar soluções aquosas
É necessário pessoal treinado para a sua utilização
É necessário material esterilizado (uso em meio hospitalar; via dispendiosa)
Provoca reacções alérgicas mais graves
Possibilidade de efeitos cardiovasculares:
o Queda brusca da pressão arterial
o Arritmias cardíacas
Risco de tromboflebite: dor, rubor e tumefação no trajeto venoso
Risco de embolia
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Risco de infeção (CVC)
VIA SUBCUTÂNEA
Vantagens:
Permite a autoadministração. Ex: Insulina nos doentes diabéticos, Heparina
Limitações:
Só permite a administração de fármacos não irritantes
Só permite a administração de pequenos volumes (0,5-1ml) de soluções aquosas
Administrações repetidas:
o Possibilidade de formação de abcessos estéreis
o Possibilidade de necrose tecidular
VIA INTRAMUSCULAR
Vantagens:
Permite a administração de maiores volumes
Permite a administração de substâncias mais irritantes
Leva a uma resposta sistémica mais rápida do que a via subcutânea (maior irrigação sanguínea do
músculo)
Limitações:
O doente tem que ter um razoável estado de nutrição com massa muscular razoável
Não permite a auto-administração
Implica o uso de material esterilizado
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• hormonas, calcitonina e estrogénios: administração por via nasal
• analgésicos para controlo da dor crónica:
administração por via transdérmica (Fentanil, Buprenorfina)
VIA TRANSDÉRMICA forma de administração contínua de um fármaco para o organismo através da pele
Concentrações sanguíneas constantes. Ex: Buprenorfina, Fentanil, Estradiol
VIA INTRADÉRMICA/ INTRACUTÂNEA as injeções são feitas na camada externa da pele (derme) para produzir
efeitos locais.
Uso:
Anestesia local
Teste de sensibilidade
VIA INTRA-ARTICULAR são usados para o alívio da dor articular, aplicação local de medicação (corticoteroides,
anestésicos locais.
VIA INTRA-TECAL/ INTRA-ESPINHAL/SUBDORAL permite a administração direta da medicação ( anestésicos,
citoestáticos) no espaço subaracnoídeo da medula espinhal.
MECANISMOS DE AÇÃO
Os fármacos que se usam na clínica podem:
• Ter as mesmas ações das substâncias endógenas
• Inibir as ações das substâncias endógenas
LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS A CANAIS IÓNICOS há fármacos que se ligam a um canal iónico - Bloqueio do
movimento de iões através do canal iónico.
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o Anestésicos locais: ligação aos canais de sódio c/bloqueio -- bloqueio da permeabilidade ao sódio da
membrana das células nervosas -- bloqueio da condução nervosa
o Vasodilatadores : bloqueio dos canais de cálcio -- bloqueio da entrada de cálcio na célula do músculo
liso vascular -- relaxamento muscular (vasodilatação)
o
LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS A ENZIMAS há fármacos que exercem os seus efeitos porque inibem enzimas:
• Inibição Reversível: inibição da enzima de conversão da angiotensina Ex: (IECAs-Captopril)
• Inibição Irreversível: inibição da cicloxigenase Ex: (AINEs- Ácido acetilsalicílico)
ATIVAÇÃO DE RECETORES a interação do fármaco com o recetor vai ativar o recetor que vai dar uma resposta
da célula.
Há no organismo recetores próprio para cada substância endógena que tem funções fisiológicas
As substâncias exógenas (fármacos) têm uma estrutura molecular semelhante à substância endógena
e podem ativar estes recetores.
ANTAGONISTA é um fármaco que se liga ao recetor, mas é incapaz de iniciar uma resposta.
Atua de forma competitiva impedindo a ligação da substância endógena ou de outra substância exógena ao
recetor.
AFINIDADE – liga-se ao recetor
SEM EFICÁCIA: não há resposta após a ligação. A presença do antagonista impede a Acão do agonista
porque há competição para os mesmos recetores
Recetor- A estimulação contínua de um recetor por um agonista leva a uma diminuição da resposta mediada
pelo recetor: DESSENSIBILIZAÇÃO DO RECETOR
DESSENSIBILIZAÇÃO o efeito dos fármacos pode diminuir gradualmente quando é administrado de forma
contínua ou de forma repetida surgindo o fenómeno de TOLERÂNCIA
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TOLERÂNCIA é a necessidade de aumentar a dose do fármaco para se obter o mesmo efeito
Pode resultar de: diminuição do nº recetores; Inativação aumentada.
DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE RECETORES a administração prolongada de fármacos agonistas leva a
uma diminuição gradual do número de recetores
RECETORES
Para a HISTAMINA (Histaminérgicos)
o Agonista: Histamina
o Antagonista: Loratadina
Receptores da MORFINA E HEROÍNA (Opiáceos)
o Agonista: Morfina
o Antagonista: Naloxona
Receptores das BENZODIAZEPINAS
o Agonista: Zoldipem, zaleplom, zopiclones
o Antagonista: flumazenil
FÁRMACOS COM AÇÃO NO SNC
ESTIMULANTES
Xantinas
Anfetaminas
Cocaína
DEPRESSORES
Barbitúricos
Benzodiazepinas
Etanol
Opióides
TRANSMISSORES SNC a transmissão nervosa faz-se pela libertação de numerosos mediadores que podem ser
excitatórios e inibitórios.
MEDIADORES INIBITÓRIOS
o GABA (ácido gama-aminobutírico)
o PURINAS (ADENOSINA)
MEDIADORES EXCITATÓRIOS
o ÁCIDO GLUTÂMICO
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o ÁCIDO ASPÁRTICO
ESTIMULANTES são fármacos que têm ação estimulante sobre a disposição, fatigabilidade, vigília
XANTINAS – existem nas bebidas:
Cafeina- café;
Teofilina- chá;
Teobromina- cacau
o Ações CENTRAIS
Estimulação do SNC (dependente da concentração):
Aumento de estado de vigília, redução da fadiga, aumento da
atenção, melhoria da atividade intelectual, estimulação da respiração
Ansiedade, insónias, tremores, convulsões
o Ações PERIFÉRICAS
No musculo liso:
Relaxamento do músculo liso brônquico - efeito broncodilatador importante
no tratamento da Bronco constrição (na asma, na bronquite crónica)
Ação a nível do músculo-esquelético: trabalho muscular
Ação a nível do aparelho cardiovascular: frequência cardiovascular – força de
contração cardíaca – pressão venosa.
Efeitos diuréticos.
Estimulação da secreção gástrica: risco de agravamento da úlcera péptica –
ácidos gordos.
o Efeitos ADVERSOS
Ansiedade, nervosismo, inquietação
Taquicardia e extrassístoles
Irritação gástrica, efeito ulcerogéneo
Leva a dependência psíquica
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Provocam facilmente efeito de tolerância
o CONTRA-INDICAÇÕES
Crianças e indivíduos com insónias
Doentes hipertensos
Doentes com patologia cardíaca
Doentes com gastrite/ úlcera péptica
o USOS TERAPÊUTICOS
A xantina com interesse terapêutico é a teofilina: usada no tratamento de
bronconstrição: asma brônquica aguda/ crónica
O seu interesse terapêutico é muito pequeno (margem terapêutica estreita e
efeitos adversos graves)
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Semivida variável 5-20h
Excreção aumentada pela acidificação da urina (as anfetaminas são bases:
ionização fácil em meio ácido)
o VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Oral
I-V
Nasal
o EFEITOS ADVERSOS
Efeitos simpaticomiméticos periféricos: taquicardíaca, arritmias cardíacas, HTA,
inibição da mortalidade intestinal
Desenvolvimento de tolerância para efeitos simpaticomiméticos e para efeito
anorexiante
Risco de hipertensão pulmonar
Forte capacidade de dar dependência psíquica
Se administração for repetida: estado de psicose semelhante á esquizofrenia com
alucinações, sintomas paranoides e comportamento agressivo
o USOS CLÍNICOS
Tratamento da narcolepsia
Tratamento da hipercinesia da criança – meltifenidato
Como anorexiantes- provocam inibição marcada do apetite por estimulação do
centro de saciedade, eficácia de curta duração pelo desenvolvimento de
tolerância.
COCAÍNA é o principal alcaloide das folhas do Erythroxylon coca (arbusto da América do Sul, onde o
mascar das folhas de coca era uma prática comum para diminuição da fadiga)
Disponível como: base livre (crack) para ser fumada – como doridrato na forma de pó solúvel em
água (uso intranasal ou I-V)
o MECANISMO DE AÇÃO
Inibição da recaptação das catecolaminas no SNC com aumento dos efeitos da atividade
nervosa simpática no SNC.
Inibição da recaptação das catecolaminas a nível periférico com aumento dos efeitos da
atividade nervosa simpática a nível periférico.
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o EFEITOS FARMACOLÓGICOS
Potente estimulante psicomotor
Euforia, sensação de prazer
Aumento da atividade motora, melhoria do desempenho em tarefas de vigilância
e alerta
Sensação de auto-confiança e de bem-estar, sensação de maior competência e
aumento da atividade sexual.
Administração repetida
Atividade motora involuntária e comportamento estereotipado
Irritabilidade e violência
o FARMACOCINÉTICA
Absorção rápida
Cloridrato: inalado, via I-V
Crack: inalado após aquecimento – pode ser fumada com absorção rápida com efeitos
rápidos e intensos.
Metabolização rápida: metabolitos com deteção fácil na urina ou no cabelo (metabolito
que se deposita no cabelo)
o EFEITOS ADVERSOS
Uso crónico
Dentes com cáries em meia-lua
Necrose do septo nasal
Necrose do palato
Cefaleias
Perda de peso
Efeitos cardiovasculares: HTA e taquiarritmias
Uso na gravidez
Risco de aborto
Descolamento prematuro da placenta
Malformações fetais
Baixo peso
Desenvolvimento de tolerância
Desenvolvimento de dependência psíquica (complicação mais comum)
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Alguns utilizadores não se tornam dependentes podendo manter o uso intermitente
durante anos
Hiperdosagem
Convulsões
Alucinações
Taquicardia
Depressão respiratória
Morte
DEPRESSORES
BARBITÚRICOS – BENZODIAZEPINAS (sedativos, hipnóticos, tranquilizantes)
o Pode apresentar graus de intensidade crescente:
Sedação – diminuição de excitabilidade
Hipnose – indução do sono
Anestesia geral
Coma
o BARBITÚRICOS
Longa duração de ação – FENOBARBITAL
Curta duração de ação – TIOPENTAL (uso por I-V como indutor da anestesia geral
o MECANISMO DE AÇÃO facilitação da ação do GABA (mediador inibitório do SNC) por ligação á
estrutura que contém o recetor do GABA – abertura prolongada do canal de cloretos (não
exige a presença de GABA)
o AÇÕES FARMACOLÓGICAS
A nível do SNC
Sedação – diminuição da excitabilidade
Hipnose – semelhante ao sono normal; anestesia geral de curta duração
Anticonvulsivante ( atividade seletiva de fenobartial)
Depressão respiratória
Indução de enzimas hepáticas – acelaração da inativação de outros fármacos
e acelaração da sua própria inativação com diminuição da duração do efeito =
desenvolvimento de tolerância
o INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
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Os anti-histamínicos, etanol, benzodiazepinas.
o FARMACOCINÉTICA
Absorção lenta (oral / I-M): Fenobarbital
Metabolização hepática
Distribuição preferencial para o tecido nervoso e tecido adiposo
Excreção renal: aumentada com a alcalinização da urina
Semi-vida: 2-6 dias
o USOS CLINICOS
TIOPENTAL
Indução da anestesia geral
FENOBARBITAL
Na Epilepsia- por via oral, no tratamento crónico
No Estado de mal epiléptico- em perfusão I-V e porvia I-M
Nas Convulsões dos estados febris- por via I-M
(Não é usado como sedativo ou hipnótico)
EFEITOS ADVERSOS
Sonolência
Ressaca matinal: mal-estar, visão turva, lentificação do pensamento e dos
reflexos
Dependência psíquica, dependência física
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Metabolização: a maioria das benzodiazepinas sofrem conjugação com formação
de metabolitos intermediários ativos: duração de ação prolongada.
Têm semi-vida variável.
Benzodiazepinas que atravessam mais rapidamente para o SNC (mais
lipossolúveis) Midazolam; Diazepam; Clonazepam.
Benzodiazepinas que não têm metabolitos ativos (duração de ação mais curta)
Alprazolam; Lorazepam; Oxazepam. (uso em idosos em em doentes com
alteração da função hepática)
o CLASSIFICAÇÃO classificam-se segundo a semi-vida:
Longa duração de ação: Diazepam
Duração de ação intermédia: Bromazepam; Lorazepam.
Duração de ação curta: Alprazolam, Oxazepam, Zopiclone.
Duração de ação muito curta: Triazolam; midazolam; zolpidem; zaleplom.
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Sintomas psicológicos: tensão, medo, dificuldade de concentração e preocupação.
Sintomas físicos: taquicardia, palpitações, tremor, sudação, perturbações
gastrintestinais.
o USOS CLÍNICOS
Como ansiolíticos (tranquilizantes): Diazepam; Bromazepam; Lorazepam; Alprazom;
Oxazepam. Provocam redução da ansiedade.
Como hipnóticos: midazolam; triazolam; zolpedem; zaleplom; zopiclom. Provocam
sono profundo e reparador, devem ser usados durante curtos períodos de tempo.
Como anticonvulsivantes: diazepam, clonazepam. No controlo das crises convulsivas.
(o diazepam é usado no pré operatório, como sedação pré-anestesia antes de
procedimentos)
Como pré-anestésicos: diazepam; midazolam;
Como antiepiléticos: clonazepam; diazepam; Lorazepam; nitrazepam.
Na Indução de anestesia: Útil uma Benzodiazepina com: início de ação muito rápido,
curta duração, grande grau de amnésia (anterógrada)Benzodiazepina de eleição:
Midazolam
Tratamento de espamos musculares, tétano: Diazepam
Ansiedade associada à privação alcoólica: Oxazepam, Lorazepam, Diazepam
o EFEITOS LATERAIS
Pouco intensos: sonolência, sensação de cansaço, moleza muscular, indiferença,
letargia.
Nos idosos podem provocar confusão, incontinência, deterioração da memória
hipotensão e em doses elevadas podem provocar agitação: efeito paradoxal
Em tratamentos prolongados e em doses altas: Tolerância, dependência psíquica,
dependência física - Síndrome de abstinência: ansiedade, trémulo, insónias, ilusões.
o INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Potenciação dos efeitos dos depressores do SNC: Etanol, barbitúricos (depressão
aumentada)
o A INTOXICAÇÃO não é grave e raramente leva á morte: uso de antagonista- flumazenil
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O uso de hipnóticos deve ser moderado e descontinuo.
A depressão residual com risco de quedas durante a manhã – ressaca (hangover) é
frequente com o uso das benzodiazepinas de longa duração, ou se o hipnótico for
tomado tardiamente.
o OUTROS SEDATIVOS
Zolpidem: indutor do sono no tratamento da insónia – efeito rápido e semivida curta
Valeriana: uso como sedativo e como indutor do sono (se ansiedade)
Buspirona: mecanismo de ação é agonista parcial da serotonina, tem menor atividade
sedativa- é usado no tratamento da perturbação de ansiedade (efeitos laterais:
vertigens, insónias, sonolência.
Hidroxizina: é um anti-histaminico- uso como ansiolítico, antiprutiginoso antiemético.
(efeitos laterais: visão turva, secura de boca, sonolência.
ETANOL – ÁLCOOL ETÍLICO
o Tem interesse médico superior ao interesse terapêutico.
o Alcoolismo: problema médico e social (morte e incapacidade precoce: cirrose hepática,
atrofia cortical, acidentes de viação)
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