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Disciplina: Genética aplicada à Psicologia - UFCSPA

Professora: Júlia Pasqualini Genro


Aluno: Victória Machado de Albuquerque

1. Quais as duas principais características das doenças complexas?


As principais características das doenças complexas é que elas são poligênicas, ou seja, há
mais de um gene atuando e são multifatoriais (genética e ambiente).

2. Pensando no exemplo da altura, por que precisamos assumir que muitos genes (teoria
poligênica) influenciam as características quantitativas (contínuas)?
É necessário assumir que muitos genes influenciam as caracteristicas quantitativas, pois
existe diversos fenótipos diferentes, havendo poligenes. Nesse sentido, cada gene age como
um pequeno efeito de modo aditivo, sendo cumilativos gerando inumeras variações fenótipas,
assumindo variações contínuas. Se fosse só um gene envolvido não teria tanta variedade de
valores de alturas restringindo as possibilidades de altura de acordo com os alelos do gene
específiico. Interagem de forma complexa sem dominancia ou recessividade, agindo de forma
aditiva.

3. Já para as características qualitativas (descontínuas) podemos assumir a teoria poligênica? Pra


que serve a teoria do limiar? Explique.
As características qualitativas não apresentam tantas variações quanto as quantitativas, sendo
as descontínuas definidas pela presença ou ausência da característica. Nesse sentindo, é
necessário assumir o modelo limiar, o qual baseia-se no mesmo modelo de distribuição
Gaussiana, mas não de forma contínua apresentando diversas variações como nas
quantitativas. O modelo limiar adota que a partir de um ponto determido de limiar assume-se
o sujeito como afetado, ou seja, ao cruzar o limiar o individuo apresenta a característica
qualitativa, enquanto os indivíduos antes do limiar não apresentam, assumindo variação
descontínua. Se assume a teoria poligenica, mas se assume o modelo limiar (uma maneira de
explicar os fenotipos qualitativos e descontínuos) – tem uma distribuição normal por tras,
mas se assume a limiaridade para patogenico ou não ( tem ou não tem aquela característica)

4. Analise os gráficos abaixo e as frases correspondentes, analisando se são verdadeiras ou


falsas:
a) As características quantitativas geralmente seguem um modelo de distribuição Gaussiana
ou distribuição normal. VERDADEIRA
b) As características qualitativas também seguem um modelo de distribuição normal, mas os
indivíduos afetados cruzam um limiar (Modelo do Limiar). VERDADEIRA

c) As características complexas quantitativas, há como saber o número de fatores


importantes (genéticos e ambientais) pela forma de distribuição da curva. FALSO

5. Analise as afirmações e coloque V (verdadeiro) ou F (falso). Justifique


Os estudos classicos só vao inferir o papel da genetica (se influencia ou não) – o que incomoda
é o ambiente para estes estudos
a) ( F ) Agregacã̧ o familiar garante que a genética tenha importância para um determinado
fenótipo. (Agregação familar = a doença é mais frequente na família) forma de controle =
conjuge (compartilham o mesmo ambiente, mas não a genética)
b) ( V ) Para uma doença com alta herdabilidade (contribução genética) esperamos alta taxa de
concordância entre gêmeos monozigóticos.
c) ( F ) Se uma determinada doença tem alta taxa de concordância entre gêmeos
monozigóticos, isto significa que a doenc tem alta herdabilidade.
d) ( V ) Para uma doença com alta herdabilidade esperamos encontrar agregação familiar para
doença.
6. Qual a melhor maneira de estimar herdabilidade para características qualitativas? Explique.
A melhor forma de estimar herdabilidade é por meio de estudos com gêmeos, comparando
taxas de concordância entre gêmeos monozigóticos e dizigóticos. Entende-se que em gêmeos
há uma maior tendência a ter o mesmo ambiente (ou próximo), havendo a possibilidade de ao
comparar taxas de concordância entre gemeos monozigoticos, que apresentam de modo geral
o mesmo DNA e gemêos dizigóticos com menor/baixa semelhança genética de estimar o
papel genético, visto a tentativa de neutralização da influência do ambiente.
Herdabilidade (dada em porcentagem) é o primeiro que busca se conhecer de uma doença
complexa Ex: 80% da variação do fenótipo do autismo corresponde aos genes

7. Analise o gráfico abaixo que mostra a taxa de concordância para gêmeos monizigóticos (MZ)
e dizigóticos de duas doenças complexas. Baseado nestes dados, indique qual doença tem maior
herdabilidade. Justifique sua resposta.

Cálculo Biliar MZ
DZ
Alergias MZ
DZ
0 0,5 1,0
Concordância de duas características em gêmeos monozigpoticos (MZ) e dizigótico (DZ)

A partir dos dados, a doença com maior herdabilidade é a alergia, visto que a diferença entre a taxa de
concordância entre gemêos dizigóticos e gemêos mozozigóticos é maior do que na doença de cálculo biliar.
Entende-se, portanto, que na alergia há uma influência da genética, visto que ao tentar controlar o efeito
ambiental, a diferença entre os gemêos DZ e MZ continua altas, podendo inferir o papel da genética visto
que há diferente entre os genes em comum, atigindo em maior quantidade aqueles que compartilham 100%
dos genes.

8. Qual a contribuição dos estudos genéticos clássicos para o entendimento da genética das
doenças complexas? E qual a principal dificuldade destes estudos?

Os estudos geneticos clássicos contribuem para as doenças complexas por fornecerem


evidências da existência de componentes genéticos em tais doenças, assim como buscam medir
a influência genética e sua herdabilidade. Entrentanto, por serem doenças multifatoriais é dificil
compreender qual é o efeito da genética e qual é o efeito do ambiente em cada uma dessas
doenças.

9. Quais as abordagens possíveis nos estudos clássicos, e como contornar a dificuldade citada
acima?
As abordagens possíveis nos estudos classicos são estudos de população (pouco utilizados),
estudo de família, estudo com gemêos e estudo com adotados. Nestes estudos busca-se
contornar a dificuldade acima, a partir de tentativas de neutralizar o efeito do ambiente.
Como exemplo estudos com gemeos utiliza-se de comparações entre gemeos monozigóticos e
dizigóticos a partir da compreensão que os gemeos compartilham o mesmo ambiente, mas
diferem em genes em comum.

10. Para que servem os estudos moleculares? E o que precisamos para realizar estes estudos?

Os estudos moleculares são importantes para entender onde a genética (quais genes ou
variantes) influência em uma doença complexa a partir do reconhecimento da influência da
genética pelos estudos clássicos. Procurar em genes que variam (polimorfismo) – buscar
variações genéticas. Para fazer estes estudos é preciso de pessoa afetada e seu dna (amostra
biológica) e o grupo controle – acessar o dna dos indivíduos para identificar os fenótipos.

11. Explique as três principais abordagens dos estudos moleculares, citando vantagens e
desvantagens de cada uma.

 Associação – A associação parte de uma hipotese biológica a priori para escolher os


genes a serem investigados no estudo de associação. A mais classica é a a associação
populacional, entendendo como caso/controle oservando a frequência entre sujeitos com
a doença e a população ao analisar o gene definido. Algumas dificuldades para tal
estudo são é a necessidade de escolher variantes para o estudo e a extratificação
populacional (viés). – SNPS (polimorfismo mais comum) – escolhe snps a partir de
funcionalidade, frequencia, literatura – PCR genotipagem

 Ligação – Não precisa de hipotese biológica a priori, procura regiões cromossômicas


que possam estar associadas a doença, sendo estudos amplos baseados na ideia de
ligação genética. Tal busca se dá também pela ideia de caso/controle populacional,
entretanto ao longo dos anos poucos estudos evidenciaram ligações genéticas, sendo
portanto um estudo pouco usado atualmente sendo um estudo mais amplo para captar
efeitos pequenos de cada gene em doenças complexas .

 GWAS - É um estudo de genoma amplo (inteiro), com a mesma base estatística de


estudos de associação, mas sem a necessidade de hipótese a priori. Assim, percebe-se a
vantagens de não ser necessário estudos a priori e por “varrer” o genoma por inteiro
permite o descobrimento de genes novos. Entretanto, para que o GWAS seja realizado é
preciso de uma amostra gigantesca e ter uma diferença muito grande para ser relevante
para o estudo e o custo.

12. Na opinião de vocês, qual a importância de identificar as variantes genéticas envolvidas nas
doenças complexas?

Acredito que a principal importância em identificar a variantes genéticas é para o


tratamento, sendo a partir do conhecimento da doença possível pensar em estratégias para
intergir nas rotas afetadas pela doença. Ainda, acredito na importância de identificar
individuos com maior predisposição e pensar em formas de previnir, em buscar de tentar
diminuir o número de afetas pela doença e sua mortalidade. Entender a etiologia completa, é
preciso entender de genética

13. Cite 5 doenças comuns que tem herança complexa, onde o acompanhamento psicológico é
importante.
 Autismo
 Esquizofrenia
 TDAH
 Alzheimer
 Obesidade

14. Qual a importância de entender a base genética dos transtornos psiquiátricos?

Acredito que é importante entender a base genética dos transtornos psiquiátricos a fim de
auxiliar no tratamento, trazendo novas perpectivas de elaboração de fármacos que atuem nas
rotas que são afetadas pelo transtorno a fim de melhorar o prognósticos dos indivíduos.
Ainda, na prática clínica, entendo importante compreender a base genética para trabalhar
com os estigmas e desmistificar preconceitos e mitos sobre a doença, podendo informar
sobre a condição clínica de forma completa, levando em consideração todos os fatores que
lhe envolvem. Ademais, conhecendo os limites e as possibilidades diante do transtorno
multifatorial é possível realizar ima melhor trabalho em prol de pensar em técnicas,
tratamentos e recomendações.

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