CONCURSO DE ADMISSÃO
FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO DE SARGENTOS 2021-2022
Expansão Ultramarina
As primeiras grandes navegações permitiram a superação das barreiras
comerciais da Idade Média, o desenvolvimento da economia mercantil e o
fortalecimento da burguesia.
Outra rota disponível era pelo Mar Mediterrâneo monopolizada por Veneza. Por
isso, era necessário encontrar um caminho alternativo, mais rápido, seguro e,
principalmente, econômico.
Brasil Colônia
O Brasil Colônia, na História do Brasil, é a época que compreende o período
de 1530 a 1822.
Este período começou quando o governo português enviou ao Brasil a primeira
expedição colonizadora chefiada por Martim Afonso de Souza.
Período Pré-Colonial
Logo após a chegada dos portugueses à sua nova colônia, a primeira atividade
econômica girava em torno da exploração do pau-brasil, existente em grande
quantidade na costa brasileira, principalmente no nordeste do País. Esse
período ficou conhecido como Ciclo do Pau-Brasil.
O Início da Colonização
Mapa do Brasil no Período
Colonial
Várias expedições foram enviadas por Portugal, visando reconhecer toda costa
brasileira e combater os piratas e comerciantes franceses.
Foi no nordeste do país que a atividade açucareira atingiu seu maior grau de
desenvolvimento, principalmente nas capitanias de Pernambuco e da Bahia.
Nos séculos XVI e XVII, o Nordeste tornou-se o centro dinâmico da vida social,
política e econômica do Brasil.
O Governo Geral
O sistema de Governo Geral foi criado em 1548, pela Coroa, com o objetivo de
organizar a administração colonial.
O primeiro governador foi Tomé de Souza (1549 a 1553), que recebeu do
governo português, um conjunto de leis. Estas determinavam as funções
administrativas, judicial, militar e tributária do Governo Geral.
Em 1640, Portugal contava apenas com as rendas do Brasil. Por isso passou a
exercer um controle mais rígido sobre a arrecadação de impostos e as
atividades econômicas, chegando a proibir o comércio com estrangeiros.
Em fins do século XVIII, teve início os movimentos que tinham como objetivo
libertar a colônia do domínio português, entre elas:
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Índice [esconder]
Invasões francesas
Invasões holandesas
Invasões inglesas
Invasões francesas
As invasões francesas se iniciaram no ano de 1555, comandadas pelo
almirante francês Nicolas Villegaignon. Nesse período, foi fundada
a França Antártica, no Rio de Janeiro. Mas, os invasores foram
expulsos da região pelos portugueses e povos indígenas em 1567.
Invasões holandesas
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Invasões inglesas
Aos comandos do corsário inglês Thomas Cavendish, os ingleses
invadiram e ocuparam as cidades de São Vicente e Santos. Isso foi no
ano de 1951 e permaneceram por menos de três meses.
Reformas Pombalinas
HISTÓRIA DO BRASIL
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Revoltas Coloniais
Ainda hoje, muitos historiadores pensam sobre como o Brasil conseguiu
dar fim a dominação colonial exercida pelos portugueses. O interesse
pelo assunto promove uma discussão complexa que interliga as
transformações intelectuais e políticas que tomaram conta do continente
europeu e o comportamento das ideias que sustentaram a luta pelo fim
da ingerência lusitana. Por fim, tivemos que alcançar nossa autonomia
graças ao interesse de sujeitos diretamente ligados ao poder
metropolitano.
Tiradentes (esq.) e Cipriano Barata (dir.): personagens marcantes das revoltas coloniais brasileiras
Período Joanino
O período joanino corresponde a uma fase da história do Brasil que ocorreu
entre os anos de 1808 e 1821. Recebe esse nome em referência ao rei D. João
VI que transferiu seu governo para o Brasil.
Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei europeu transferiu
seu reino para um país do continente americano.
Resumo
Em janeiro de 1808 e com o apoio da Inglaterra, a família real portuguesa
chegou ao Brasil. Cerca de 15 mil pessoas vieram com eles, o que totalizou
cerca de 2% da população portuguesa da época. Eles se instalaram na capital
do Rio de Janeiro e permaneceram durante 12 anos ali.
Portugal, que apoiava a Inglaterra e tinha grande relação comercial com esse
país, não se submeteu ao bloqueio. Isso levou a invasão de Napoleão às terras
lusitanas.
Foi dessa maneira que em 1808 o Pacto Colonial, um acordo comercial entre a
colônia e a metrópole, chega ao fim. Nesse ano, Dom João instituiu a “Carta
Régia”, a qual permitia a abertura dos portos a outras nações amigas, inclusive
a Inglaterra.
Além da economia, o país, e sobretudo a capital, que até então era o Rio de
Janeiro, sofreram diversas mudanças.
Muitas obras de caráter público foram erigidas nesse período, por exemplo, a
casa da moeda, o banco do Brasil, o jardim botânico, dentre outras.
Quando Portugal exigiu seu retorno, ele se recusou a voltar para a metrópole.
Sendo assim, no dia 07 de setembro de 1822, ele declara a Independência do
Brasil.
Leia mais:
- Convenção de Saragoça - 1529. Escritura da venda feita pelo Rei da Espanha ao de Portugal
da região onde se encontravam as ilhas Molucas. (Estabelecido também na base de um
meridiano localizado à Leste dessas ilhas, passando pelas ilhas denominadas "las Velas e de
Santo Thome").
- Primeiro Tratado de Utrecht - 1713. Firmado entre Portugal e a França para estabelecer os
limites entre os dois paises na costa norte do Brasil. Estas disposições serviram, quase dois
séculos após, para defender a posição brasileira na questão do Amapa.
- Tratado de Madri - 1750. Também entre Portugal e a Espanha, esbabeleceu os limites entre
as colônias dos dois, na America do Sul, respeitando a ocupação realmente exercida nos
territórios e abandonando inteiramente a "linha de Tordesilhas". (A Colônia de Sacramento
passaría para o domínio da Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil próximo
ao de que dispõe hoje.
- Tratado de Santo Ildefonso - 1777. Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em linhas gerais
os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuizo para Portugal no
extremo sul do Brasil.
O partido português – formado por comerciantes que queriam manter Portugal no controle
do comércio, por pessoas que trabalhavam para o Império (como são hoje os funcionários
públicos) e militares que não queriam a independência do Brasil. Eles torciam pela
recolonização.
O partido brasileiro – formado pelos grandes proprietários rurais (os ricos), alguns
comerciantes portugueses, brasileiros e estrangeiros, que achavam que o comércio livre era
a melhor opção. Eles não queriam a independência e nem a recolonização. Defendiam a
criação de uma monarquia dual. Monarquia dual? Uma monarquia que dividisse os
poderes entre o Brasil e Portugal e garantisse a liberdade de comércio.
Partido Liberal Radical – composto por pessoas da classe média da época. Eles defendiam
a implantação de uma república democrática, sistema que o Brasil vive hoje.
Agora que você já sabe sobre os partidos do Brasil Colônia, vamos aos partidos da fase
do Brasil império.
Partidos do Império
Na época do Brasil Império (período entre 1822 e 1889, quando o nosso país deixa
de ser colônia portuguesa, mas ainda não é uma república), o regime adotado aqui
era a monarquia.
Após o “grito de independência”, o primeiro governante do Brasil foi Dom Pedro I.
Ele ficou no poder até o ano de 1831, período chamado de Primeiro Império. Logo
depois, ele foi forçado a deixar o cargo em favor de seu filho, Dom Pedro II, que
tinha apenas 5 anos. E até Dom Pedro II completar 15 anos – idade em que
poderia começar a governar – o Brasil foi administrado por regentes, que eram
representantes do Poder Executivo.
Vamos saber agora sobre os partidos das três etapas: primeiro império; regência e
segundo império.
A diferença entre esses dois partidos era a visão que cada um deles tinha sobre
a monarquia. Os conservadores queriam sempre um regime forte, com a
autoridade do imperador e pouca liberdade para as províncias (as províncias eram
como são hoje os Estados brasileiros). Já os liberais queriam que as províncias
tivessem mais poder.
Partidos na República
República Velha (1889-1930)
O império acabou quando a República foi proclamada em 15 de novembro de
1889. Foi aí que o Brasil deixou de ser governado por uma monarquia e passou a
ser comandado por presidentes, como é até hoje.
O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Neste
período, quem dominava a política eram os grandes donos de terras de Minas
Gerais e de São Paulo. Época em que o Brasil cresceu muito e tornou-se
exportador de café.
Em 1922, surgiu o Partido Comunista do Brasil (PCB), que décadas mais tarde
mudou seu nome para Partido Comunista Brasileiro. Pregava os ideais marxistas e
atuou na clandestinidade durante muito tempo.
Para quem não sabe ou não se lembra, Getúlio foi presidente do Brasil por um
tempão. Primeiro como chefe do governo provisório depois da Revolução de 30,
depois como presidente eleito em 1934. E não parou por aí. Em 1937, ele
implantou a ditadura do Estado Novo, até que foi deposto (tirado do cargo) em
1945. Pensa que acabou? Nada disso, Getúlio voltou à presidência em 1951, por
meio do voto popular. Ficou mais três anos no poder. Ele suicidou-se em 24 de
agosto de 1954 com um tiro no coração.
Muita mudança, não? E teve mais! Nas eleições indiretas para presidente
da República de 1984, o PDS ficou na maior dúvida porque tinha dois candidatos a
lançar – Mário Andreazza e Paulo Maluf – e isso acabou causando um “racha”
no partido. Daí a criação de um outro partido para apoiar Paulo Maluf, o Partido da
Frente Liberal (PFL). E como o PFL, surgiram também outros: o Partido Popular
Brasileiro (PPB), formado por pessoas insatisfeitas com o PDS; e o Partido Social-
Democrático Brasileiro (PSDB), que foi formado com parte de insatisfeitos do
PMDB.
E assim, a Nova República ou República redemocratizada ficou marcada pela
grande quantidade de partidos que tinha. Alguns deles existem até hoje.
Revoltas coloniais
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colônia várias revoltas,
geralmente provocadas por interesses econômicos contrariados. Em 1684, a
revolta dos Beckman, no Maranhão, voltou-se contra o monopólio exercido pela
Companhia de Comércio do Estado do Maranhão.
A partir de 1821, com a volta do rei e da corte para Portugal, o Brasil passou a
ser governado pelo príncipe regente D. Pedro. Atendendo principalmente aos
interesses dos grandes proprietários rurais, contrários à política das Cortes
portuguesas, que desejavam recolonizar o Brasil, bem como pretendendo
libertar-se da tutela da metrópole, que visava diminuir-lhe a autoridade, D. Pedro
proclamou a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, às margens
do riacho do Ipiranga, na província de São Paulo. É importante destacar o papel
de José Bonifácio de Andrada e Silva, à frente do chamado Ministério da
Independência, na articulação do movimento separatista.
Resumo
Durante o Período Joanino, medidas modernizadoras foram
implantadas no Brasil.
Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido e, assim, o
Brasil deixou de ser colônia.
Em 1820, a Revolução Liberal do Porto foi iniciada em Portugal e
reivindicava o retorno do rei português.
Com o retorno de D. João VI para Portugal, D. Pedro foi colocado como
regente do Brasil.
As cortes portuguesas exigiam a revogação das medidas implantadas
no Brasil e o retorno do príncipe regente.
Durante o “Dia do Fico”, D. Pedro declarou que permaneceria no
Brasil.
No “Cumpra-se”, determinou-se que as ordens portuguesas só seriam
cumpridas no Brasil com o aval de D. Pedro.
O grito da independência – se de fato tiver acontecido – ocorreu nas
margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822.
Em 12 de outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado imperador e no dia
1º de dezembro de 1822 ele foi coroado D. Pedro I.
Houve conflitos após a declaração de independência, na Bahia, no Pará,
no Maranhão e na Cisplatina.
Causas da independência
Em 1808, D. João VI e a família real portuguesa mudaram-se para o Rio de Janeiro.**
A independência do Brasil foi declarada em 1822 e esse
acontecimento está diretamente relacionado com eventos que foram
iniciados em 1808, ano em que a família real portuguesa, fugindo das
tropas francesas que invadiram Portugal, mudou-se para o Brasil.
A chegada da família real no Brasil ocasionou uma série de
mudanças que contribuiu para o desenvolvimento
comercial, econômico e, em última instância, possibilitou a
independência do Brasil.
Com a chegada da família real, o Brasil experimentou, em seus grandes
centros, um grande desenvolvimento resultado de uma série de medidas
implementadas por D. João VI, rei de Portugal. Instalado no Rio de
Janeiro, o rei português autorizou a abertura dos portos brasileiros às
nações amigas, permitiu o comércio entre os brasileiros e os ingleses
como medidas de destaque no âmbito econômico.
Outras medidas de destaque são destacadas pelo jornalista Chico
Castro:
Tomou providências, um ano após a sua chegada, para que houvesse
interesse pela educação e literatura brasileiras no ensino público, abrindo
vagas para professores. Instalou na Bahia uma loteria para arrecadar fundos
em favor da conclusão das obras do teatro da cidade; mandou estabelecer
em Pernambuco a cadeira de Cálculo Integral, Mecânica e Hidromecânica
e um curso de Matemática para os estudantes de Artilharia e Engenharia da
capitania; isentou do pagamento de direitos de entrada em alfândegas
brasileiras de matérias-primas a serem manufaturadas em qualquer
província e criou, pela primeira vez no país, um curso regular de língua
inglesa na Academia Militar do Rio de Janeiro|1|.
Essas e outras medidas que foram tomadas pelo rei português
demonstravam uma clara intenção de modernizar o país como parte de
uma proposta que fizesse o Brasil deixar de ser apenas uma colônia
portuguesa, tornando-se de fato parte integrante do Reino de Portugal.
Isso foi confirmado quando, em 16 de dezembro de 1815, D. João VI
decretou a elevação do Brasil para parte do Reino Unido.
Isso, na prática, significou que o Brasil deixava de ser uma colônia e
transformava-se em parte integrante do Reino português, que agora
passava a ser chamado de Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves. Essa medida era importante para o Brasil e, segundo as
historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, a medida tinha como
objetivo principal evitar que o Brasil seguisse pelo caminho da
fragmentação revolucionária – como havia acontecido na relação entre
EUA e Inglaterra|2|.
A presença da família real no Brasil havia proporcionado grandes
avanços, mas, ainda assim, demonstrações de insatisfação aconteceram
por meio da Revolução Pernambucana de 1817. A mudança da família
real para o Brasil havia resultado em grande aumento de impostos e
interferido diretamente na administração da capitania.
A Revolução Pernambucana de 1817 foi reprimida violentamente. Três
anos depois de lidarem com ela, o rei D. João VI teve de lidar com
insatisfações em Portugal que se manifestaram em Revolução Liberal
do Porto de 1820. Esse foi o ponto de partida do processo de
independência do Brasil.
Portugal vivia uma forte crise, tanto política quanto econômica, em
consequência da invasão francesa. Além disso, havia uma forte
insatisfação em Portugal por conta das transformações que estavam
acontecendo no Brasil, sobretudo com a liberdade econômica que o
Brasil havia conquistado com as medidas de D. João VI.
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A Revolução Liberal do Porto eclodiu em 1820 e foi organizada pela
burguesia portuguesa inspirada em ideais liberais. Um dos grandes
objetivos dos portugueses era o retorno do rei para Portugal. Na visão
da burguesia portuguesa, Portugal deveria ser a sede do Império
português.
Outra reivindicação importante dos portugueses foi a exigência de
restabelecimento do monopólio comercial sobre o Brasil. Essa
exigência causou grande insatisfação no Brasil, uma vez que
demonstrava a intenção dos portugueses em permanecer os laços
coloniais em relação ao Brasil. O rei português, pressionado pelos
acontecimentos em seu país, resolveu retornar para Portugal em 26 de
abril de 1821.
Na viagem de D. João VI, cerca de quatro mil pessoas retornaram para
Portugal. O rei português, além disso, levou para Portugal uma grande
quantidade de ouro e diamantes que estavam nos cofres do Banco do
Brasil. Com o retorno de D. João VI, Pedro de Alcântara foi
transformado em regente do Brasil.
Processo de independência do Brasil
Guerras de independência
Diferentemente do que muitos acreditam, a independência do
Brasil não foi pacífica. Houve províncias que permaneceram leais aos
portugueses, por isso, foi necessário travar guerra a fim de garantir a
unidade territorial do país. Um nome de destaque nessa luta contra os
portugueses e seus aliados no Brasil foi lorde Cochrane, comandante
contratado por D. Pedro I.
Entre as regiões que se rebelaram contra a independência, podemos
citar as províncias do Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina. Em meados
de 1823, os conflitos contra a independência do país estavam sob
controle, e os apoiadores de Portugal já estavam derrotados.
Constituição de 1824
Após a independência, a nova nação precisava de uma Constituição.
Para essa tarefa, era necessário formar uma Assembleia Constituinte,
que deveria ser escolhida por meio de eleições. Os trabalhos da
Constituinte iniciaram-se em maio de 1823 e foram marcados pelo
atrito entre D. Pedro I e as elites econômicas e políticas do Brasil.
As discordâncias entre os parlamentares e D. Pedro I ocorreram em
decorrência da arbitrariedade e da autoridade do imperador nas tomadas
de decisões. No caso da Constituição, os parlamentares defendiam a
existência de maiores liberdades individuais e a limitação do poder real.
Em contrapartida, D. Pedro I queria poderes ilimitados para governar o
Brasil.
Como não concordava com os termos da Constituição elaborada pelos
parlamentares, D. Pedro I decidiu vetar o documento, que ficou
conhecido como Constituição da Mandioca. Essa ação aconteceu em
12 de novembro de 1823 e foi acompanhada de um evento
chamado Noite da Agonia. Nessa ocasião, D. Pedro I ordenou que
tropas cercassem e dissolvessem a Assembleia Nacional Constituinte.
Nesse dia, vários parlamentares foram presos.
Após esse episódio, uma nova Constituição começou a ser elaborada
por uma comissão formada pelo imperador. Essa Constituição ficou
pronta em 1824 e foi outorgada por ordem do imperador. O documento
reafirmava que o Brasil seria uma monarquia e instituía ao imperador
poderes absolutos sobre a nação. Para isso, foi criado o Poder
Moderador, representado exclusivamente por D. Pedro I. Foi
determinada também nessa Constituição a imposição do voto
censitário. Assim, só poderiam votar aqueles tivessem renda anual
acima de 100 mil réis.
Acesse também: Veja seis fatos sobre a neta de D. Pedro I.
Como terminou o Primeiro Reinado?
Os desgastes na relação de D. Pedro I com grande parte da sociedade,
em especial com certa elite política e econômica, fizeram com que o
imperador renunciasse o trono em favor de seu filho, Pedro de
Alcântara. Dessa forma, em 1831, o Primeiro Reinado chegou ao fim.
Entre os eventos que contribuíram para fragilizar a posição do
imperador, podemos citar como os de maior destaque:
1. Dissolução da Assembleia Constituinte
2. Confederação do Equador
3. Guerra da Cisplatina
4. Noite das Garrafadas
O governo de D. Pedro I não era muito popular no Nordeste brasileiro,
principalmente por causa do autoritarismo do imperador. Por isso, a
região tornou-se foco de críticas ao Império. Nesse contexto, dois
nomes destacaram-se: Cipriano Barata e Joaquim do Amor
Divino (frei Caneca), que veiculavam suas críticas em jornais de
circulação local.
O principal foco de insatisfação era a província de Pernambuco, local
historicamente marcado por tensões. A insatisfação da região na década
de 1820 era, em grande parte, herdada da Revolução Pernambucana,
movimento separatista de viés republicano que aconteceu em 1817. Os
ideais republicanos, associados com a insatisfação com o imperador,
levaram a uma nova rebelião: a Confederação do Equador.
Essa revolta teve como estopim a dissolução da Assembleia
Constituinte e a nomeação de um governador que não era desejado pela
elite local. Na época, havia também uma forte especulação de que a
região seria invadida pelos portugueses. A junção de todos esses
fatores, associados à memória viva da Revolução Pernambucana,
fizeram a província rebelar-se.
A Confederação do Equador iniciou-se em 2 de julho de 1824 em
Recife, Pernambuco. Sob a liderança de frei Caneca e Manoel de
Carvalho Paes de Andrade, o movimento logo se espalhou pelo
Nordeste, alcançando o Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Piauí e
Maranhão. A reação do imperador foi violenta: foi ordenada uma série
de execuções em Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro. Em setembro,
os rebeldes já tinham sido derrotados.
A crise do Primeiro Reinado também está associada com a Guerra da
Cisplatina, travada entre 1825 e 1828. Nesse conflito, o Brasil lutou
pela manutenção da província Cisplatina a fim de evitar que ela fosse
anexada pelas Províncias Unidas (atual Argentina). Essa guerra foi
extremamente impopular no Brasil.
Tudo começou quando habitantes locais da Cisplatina iniciaram uma
rebelião, declarando a separação da província do Brasil e sua vinculação
com as Províncias Unidas. A reação brasileira ocorreu com a declaração
de guerra contra os rebeldes e contra as Províncias Unidas. Ao longo
dos três anos de conflito, o Brasil amargou uma série de derrotas, que
destruiu o moral do exército e arruinou a economia do país.
O fim da guerra ocorreu com a assinatura de um acordo entre o Brasil
e as Províncias Unidas. Ambas as partes concordaram em abrir mão da
Cisplatina, fato que levou à queda da popularidade do imperador.
Assim, em 1828, foi reconhecida a independência da República
Oriental do Uruguai.
Além do autoritarismo, da violência e da economia arruinada, o jogo
político também contribuiu para minar a posição do imperador. Durante
o Primeiro Reinado, foram formados, gradativamente, dois blocos entre
os políticos: o partido brasileiro e o partido português. Enquanto o
primeiro representava a oposição ao imperador, o segundo oferecia-lhe
apoio.
Esses desentendimentos entre brasileiros e portugueses fizeram com
que um confronto aberto acontecesse. Esse episódio ficou conhecido
como Noite das Garrafadas e durou dias nas ruas da cidade do Rio de
Janeiro. Como resultado, D. Pedro I renunciou ao trono.
Ao deixar sua posição, o imperador ofereceu o trono ao seu filho, Pedro
de Alcântara. Como o príncipe só poderia assumir o poder quando
tivesse 18 anos de idade, iniciou-se no país uma fase de transição,
conhecida como Período Regencial.
Primeiro Reinado
O Primeiro Reinado corresponde ao período de 7 de setembro de 1822 a 7 de
abril de 1831, em que o Brasil foi governado por D. Pedro I, primeiro imperador
do Brasil.
Esta época tem início com a declaração da Independência do Brasil e termina
com a abdicação de Dom Pedro I a favor do seu filho e herdeiro.
Principais acontecimentos
A primeira constituição do Brasil foi elaborada em 1823, mas como ela
limitava os poderes do imperador, D. Pedro I mandou fazer uma nova
constituição, a qual foi outorgada em 1824. Nesta, o centralizador e autoritário
imperador detinha os poderes legislativo, executivo e judiciário nas suas mãos.
Em 1824, declara guerra ao governo a Confederação do Equador, movimento
formado por algumas províncias do Nordeste, que estavam descontentes com
a instabilidade política do país. O objetivo era alcançar a autonomia, se
separando do Brasil, mas as províncias fracassaram nessa tentativa.
Proclamação da República
A proclamação do regime republicano brasileiro aconteceu em decorrência
da crise do poder imperial, ascensão de novas correntes de pensamento
político e interesse de determinados grupos sociais. Aos fins do Segundo
Reinado, o governo de Dom Pedro II enfrentou esse quadro de tensões
responsável pela queda da monarquia.
Nos fins de 1889, sob fortes suspeitas que Dom Pedro II iria retaliar os
militares, o marechal Deodoro da Fonseca mobilizou suas tropas, que
promoveram um cerco aos ministros imperiais e exigiram a deposição do
rei. Em 15 de novembro daquele ano, o republicano José do Patrocínio
oficializou a proclamação da República.
Somente mais tarde, com Deodoro já de volta a sua casa, vários políticos
insistem para que ele assine um documento declarando a extinção da
monarquia. Alegavam que o imperador iria nomear o político Silveira Martins
(1835-1901) no lugar do Visconde de Ouro Preto.
Primeira República
A República Velha, ou Primeira República, é o primeiro período dessa
história, compreendida entre a Proclamação da República em 1889 e a
Revolução de 1930. Inicialmente ela foi caracterizada pela presidência
de dois marechais do exército, o que lhe garantiu o nome de República
da Espada. Após esses dois mandatos, a elite rural paulista e mineira
passaram a deter o poder do governo federal, garantindo o poder da
oligarquia agrária, o que deu fundamento aos historiadores para
chamarem esse período de República Oligárquica.
Foi nesse período que o país conheceu uma série de revoltas urbanas e
rurais decorrente das mudanças sociais e políticas pelas quais passaram
o país. É de se destacar a Guerra de Canudos, de 1896-1897, e a Revolta
da Vacina, de 1904. Foi nesse período que o Brasil iniciou sua
industrialização, alterando a paisagem urbana de algumas cidades e
criando as condições para a formação da classe operária em território
nacional.
Essas mudanças resultaram em novas pressões políticas e sociais, que
as oligarquias paulistas e mineiras não poderiam mais controlar. A
Revolução de 1930 foi o ápice desse processo, o que resultou no período
conhecido como Era Vargas.
Era Vargas
A Revolução de 1930 elevou Getúlio Vargas ao poder, permanecendo
como presidente até 1945. Durante seu Governo Provisório (1930-
1934), o novo presidente conseguiu contornar os conflitos entre as elites
nacionais, principalmente com a vitória sobre a oligarquia e burguesia
industrial paulista durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
A promulgação da Constituição em 1934 e a abertura de um processo
democrático selaram o acordo entre as várias frações da classe
dominante nacional. Porém, não puderam conter a insatisfação dos
setores populares. É nesse sentido que se pode entender o surgimento
do Partido Comunista Brasileiro e a tentativa de derrubar o governo de
Vargas, através do que ficou conhecido como Intentona Comunista de
1935.
A tentativa do PCB serviu de pretexto para Vargas dar um golpe de
Estado em 1937, pondo fim ao período constitucional e inaugurando o
Estado Novo. Mesmo contendo as forças do integralismo, o Estado
Novo marcou mais um período de extremo autoritarismo do Estado
Brasileiro.
Uma nova Constituição foi adotada e o Congresso foi fechado. Como
forma de conter a insatisfação popular e conseguir aumentar o poder de
consumo do mercado interno, Vargas promulgou uma série de leis que
garantia alguns direitos à classe trabalhadora urbana, além de
proporcionar um nível de renda que impulsionasse o esforço de
industrialização.
A industrialização somada a medidas de racionalização da
administração pública caracterizou o esforço de modernizar o Estado
brasileiro, garantindo as condições de fortalecimento tanto da burguesia
industrial quando da tecnocracia das empresas estatais e da
administração pública.
Quarta República
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Vargas estava
enfraquecido. Um golpe comandado pelo general Eurico Gaspar Dutra
o retirou do poder. Uma nova Constituição foi adotada em 1946,
garantindo a realização de eleições diretas para presidente da República
e para os governos dos estados. O Congresso Nacional voltou a
funcionar e houve alternância no poder.
Entretanto, foi um período de forte instabilidade política. As mudanças
sociais decorrentes da urbanização e da industrialização projetavam
novas forças políticas que pretendiam aprofundar o processo de
modernização da sociedade e do Estado brasileiro, o que desagrava as
elites conservadoras. O período foi marcado por várias tentativas de
golpe de Estado, levando inclusive ao suicídio de Getúlio Vargas, em
1954.
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O governo de JK conseguiu imprimir um acelerado desenvolvimento
industrial em algumas áreas, mas não pôde resolver o problema da
exclusão social na cidade e no campo. Essas medidas de mudança social
iriam compor a base das propostas do Governo de João Goulart. O
estado brasileiro estava caminhando para resolver demandas há muito
reprimidas, como a reforma agrária. Frente ao perigo que representava
aos seus interesses econômicos e políticos, as classes dominantes mais
uma vez orquestraram um golpe de Estado, com a deposição pelo
exército de João Goulart, em 1964.
Ditadura Militar
Iniciada em 01 de abril de 1964, a Ditadura Militar foi um dos períodos
mais repressivos da História da República. Inúmeros grupos políticos
foram cassados, e seus membros torturados e mortos. O que diferenciou
o período foi a sistematização da repressão estatal aliada ao incentivo
ao desenvolvimento econômico.
A estrutura estatal repressiva, de impedimento do exercício da oposição
política através de instituições policiais, garantiu a estabilidade social
necessária aos investimentos estrangeiros. Foi o período do milagre
econômico brasileiro e da tentativa de transformação do país em uma
potência mundial.
A ditadura existiu até 1985 quando as pressões populares por abertura
política tomaram as ruas do país, principalmente na campanha das
Diretas Já. Mesmo com milhares de pessoas nas ruas, a reforma do
Estado foi feita de forma “lenta e gradual”, como queriam os militares.
No lado da classe trabalhadora, surgiu um vigoroso movimento sindical
na década de 1970, principalmente depois das greves no ABC paulista,
entre 1978 e 1980. Esse movimento sindical tornar-se-ia uma das
características do período posterior.
A Nova República
A Nova República iniciou-se com o governo de José Sarney e
permanece até os dias atuais, com o primeiro mandato da presidente
Dilma Rousseff. Sarney foi eleito através do voto indireto e durante seu
governo foi elaborada uma nova Constituição, promulgada em 1988,
que garantia eleições diretas e livres a todos os cargos eletivos. A
divisão dos poderes foi mantida e uma nova perspectiva democrática
liberal se abriu no país.
O primeiro presidente eleito diretamente desde 1960 foi Fernando
Collor de Melo, em 1989. Porém, os escândalos de corrupção o fizeram
renunciar em 1992. A partir dessa renúncia, marcaram a história política
da República os mandatos de dois governantes. O primeiro foi Fernando
Henrique Cardoso que com o Plano Real pôde garantir a estabilidade
econômica necessária aos investimentos estrangeiros. Esses
investimentos foram possíveis em decorrência das privatizações
realizadas em setores específicos da econômica, como
telecomunicações, mineração e siderurgia. Por outro lado, tais medidas
representaram o enxugamento das funções do Estado brasileiro,
marcando o período do neoliberalismo no Brasil.
FHC governou até 2002, quando foi substituído por Luiz Inácio Lula
da Silva. O primeiro presidente de origem operária da República buscou
caracterizar seu governo pela distribuição de renda, possibilitada pela
estabilidade econômica do período anterior. A distribuição de renda
ocorreu através de políticas como Bolsa Família, que além de uma
renda mínima, garantiu a obrigatoriedade de um nível educacional
mínimo à quase toda a população em idade escolar, uma uniformização
federal de procedimentos administrativos e o estímulo econômico a
regiões extremamente pobres do território nacional.
Apesar da estabilidade política dos dois governos acima mencionados,
os casos de corrupção também se fizeram presentes, como as acusações
de compra de votos para a reeleição durante o governo FHC, em 1998,
e o escândalo do mensalão, no governo Lula, em 2005.
A alternância do poder garantiu ainda a eleição da primeira mulher para
a presidência da República, em 2010. Esse é um dos mais marcantes
fatos da recente história republicana brasileira.
LEIA MAIS Churchill na Segunda Guerra: não foi bem assim que
aconteceu
Embora a história dos pracinhas - diminutivo de praça, que é soldado - seja ainda
pouco comentada no Brasil, Marcus Firmino Santiago da Silva, coordenador do
curso de Direito da Escola Superior Professor Paulo Martins, do Distrito Federal,
e estudioso sobre a Segunda Guerra, afirma que a participação brasileira foi
muito importante. "O apoio do Brasil foi disputado na Segunda Guerra. De forma
um pouco velada por parte dos países do eixo (Alemanha, Itália e Japão) e de
maneira clara pelos aliados, especialmente os norte-americanos, além da
Inglaterra e da França", afirma.
"Além disso, foi fundamental para o esforço de guerra a cessão de bases navais e
aéreas no território brasileiro. Um desses locais que teve participação decisiva foi
Natal, no Rio Grande do Norte", afirma o professor. A capital potiguar serviu
como local para abastecimento dos aviões de guerra americanos e base naval
antissubmarinos. Com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, a FEB foi
desfeita em 1946.
As fronteiras do Brasil
Ao todo, o Brasil apresenta 23.102 km de fronteiras, sendo que 15.735
km são compostos por fronteiras terrestres e 7.367 km são fronteiras
marítimas. Na América do Sul, o Brasil faz fronteira com quase todos
os países do continente, com exceção apenas do Chile e também do
Equador, o que representa toda a faixa de limitações terrestres do
nosso país.
O Brasil faz fronteira com quase todos os países da América do Sul
Já nas áreas oceânicas, as fronteiras brasileiras estendem-se durante
todo o Oceano Atlântico e são formadas quase que totalmente por
praias e regiões completamente habitáveis, elevando o potencial
turístico brasileiro. Vale lembrar que, além do espaço terrestre, o
Brasil detém soberania sobre 12 milhas além do litoral (Mar
Territorial), sem falar nas zonas contíguas e zonas econômicas
exclusivas, que foram estabelecidas em tratados internacionais.
Em geral, quando falamos em território brasileiro, falamos em um
espaço muito amplo e privilegiado, pois, além de ser um dos maiores
países do mundo, o Brasil também é um dos que possuem as maiores
áreas habitáveis e produtivas. Isso acontece porque os países maiores
do que o nosso apresentam, em geral, muitas áreas inóspitas, como
regiões polares, montanhosas ou desérticas, o que praticamente
inexiste no Brasil. Portanto, em termos naturais, podemos dizer que o
Brasil é um espaço dotado de inúmeras riquezas e importâncias.
Conceito de Estado-nação
O conceito de Estado-nação refere-se à forma de organização dos governos
dos Estados Modernos e às organizações sociais que se estabeleceram em
torno deles.
Fronteiras do Brasil
GEOGRAFIA DO BRASIL
Acordos e tratados entre os países envolvidos delimitam as fronteiras de cada
território.
Mapa com os fusos horários brasileiros. As linhas representam a hora real, e as cores indicam a horal legal.
Relevo Brasileiro
O relevo brasileiro é caraterizado por baixas e médias altitudes. As formas de
relevo predominantes são os planaltos e as depressões (formações de
origem cristalina e sedimentar).
Ambos ocupam cerca de 95% do território, enquanto as planícies, de origem
sedimentar, ocupam aproximadamente 5%.
Assim, cerca de 60 % do território é formado por bacias sedimentares,
enquanto cerca 40% por escudos cristalinos.
História
Primeiramente, lembre-se que o relevo constitui as formas da superfície
terrestre, formados pela movimentação das placas tectônicas, vulcanismo. São
estruturas decorrentes de fatores internos e externos à crosta terrestre.
Por conseguinte, no final dos anos 50, Aziz Nacib Ab'Saber (1924-2012)
enfocou nos processos de erosão e sedimentação que classificam as planícies
e os planaltos do Brasil.
Classificação do Relevo
As três formas de relevo predominantes no Brasil são:
Planalto
Também chamados de platôs, os planaltos são terrenos elevados e planos
marcados por altitude acima de 300 metros e que predominam o desgaste
erosivo.
O local possui grande potencial elétrico com presença de muitos rios, donde se
destacam os rios São Francisco, Araguaia e Tocantins.
Seu ponto mais alto é Serra Geral do Paraná presente nos estados do Rio
Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
É dividido em: planalto arenito-basáltico, os quais formam as serras (cuestas) e
a depressão periférica, caracterizada por altitudes menos elevadas.
Planalto Nordestino
Localizado na região nordeste do país, esse planalto possuem a presença de
chapadas e serras cristalinas, donde destaca-se a Serra da Borborema.
Ela está localizada nos Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio
Grande do Norte, com altitude máxima de 1260 m.
Os picos mais elevados na Serra ou Planalto da Borborema é o Pico do
Papagaio (1260 m) e o Pico do Jabre (1200 m).
Um dos pontos mais altos é o Cerro do Sandin, com 510 metros de altitude.
Planícies do Brasil
Planície do Pantanal
As planícies do Brasil ocupam cerca de 3.000.000 km2 de todo o território,
sendo as principais:
Planície Amazônica
Localizada no estado de Rondônia, esse tipo de relevo caracteriza a maior área
de terras baixas no Brasil. As formas mais recorrentes são a região de várzeas,
terraços fluviais (tesos) e baixo planalto.
Planície do Pantanal
Situada nos estados no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a planície do
pantanal é um terreno propenso às inundações. Portanto, ele é marcado por
diversas regiões pantanosas.
Planície Litorânea
Também chamada de planície costeira, a planície litorânea é uma faixa de terra
situada na região costeira do litoral brasileiro, que possui aproximadamente
600 km.
Climas do Brasil
A maior parte do território brasileiro encontra-se nas áreas de baixas latitudes,
entre o Equador e o Trópico de Capricórnio. Por essa razão, predominam os
climas quentes e úmidos.
Clima Tropical
O clima tropical é encontrado na região central do Brasil, com maior
predominância na Região Centro-Oeste.
Esse clima apresenta duas estações bem definidas: inverno com temperaturas
amenas e seco, e verão quente e chuvoso.
Clima Subtropical
O clima subtropical ocorre na Região Sul do país, abaixo do Trópico de
Capricórnio, e daí seu nome Subtropical.
Curiosidades
Manaus, a capital do estado do Amazonas, apresenta clima equatorial. Chove
quase todos os dias na cidade, no final da tarde.
A cidade de São Joaquim, em Santa Catarina, com clima subtropical, é o
município mais frio do país, com médias anuais de 13 ºC. No inverno ocorre
temperatura de -9 ºC, com geada e precipitação de neve.
Campos do Jordão é uma cidade do estado de São Paulo, situada na Serra da
Mantiqueira, com altitude de 1.7000 metros. Apesar de se localizar na zona
tropical, tem médias térmicas anuais baixas, inferiores às de áreas localizadas
na mesma latitude.
A cidade do Rio de Janeiro situa-se no litoral, portanto tem baixa altitude.
Apesar de localizada em latitudes semelhantes à de Campos do Jordão,
apresenta média térmica bem superior à da cidade paulista. É um exemplo de
como a altitude influi na temperatura, ou nas médias térmicas.
Vegetação do Brasil
A vegetação do Brasil compreende as várias manifestações de formações
vegetais existentes no país e que surgem conforme o tipo de clima e de relevo.
O grupo florestal é constituído por mata atlântica, mata das araucárias, mata
dos cocais, amazônia e mangue. Enquanto isso, o grupo campestre é
constituído por cerrado, caatinga, pampa e pantanal.
Pampa
Cerrado
Amazônia
A Amazônia abrange toda a região Norte, além de partes dos estados do Mato
Grosso e do Maranhão e alguns países que fazem fronteira com o Brasil.
Mangue
Caatinga
A caatinga ocupa o sertão nordestino, onde o clima é semiárido e chove pouco.
Em decorrência disso, nela surgem as plantas que se mantém com pouca
água, as quais são chamadas de xerófilas, que tem como exemplo os cactos.
Pantanal
Há espécies da floresta tropical, por sua vez, que crescem nas áreas onde não
há alagamentos.
Mata Atlântica
Localizada principalmente na costa do Brasil, o clima da Mata Atlântica é
tropical quente e úmido. É esse clima e as chuvas que propiciam a sua grande
biodiversidade, a maior do mundo considerando cada hectare.
Hidrografia do Brasil
A Hidrografia do Brasil reúne um dos mais extensos e diversificados recursos
hídricos do planeta. Possui 15% do total da água doce existente em todo o
mundo.
Cada rio ou curso d'água brasileiro possui características próprias e complexas
que resultam da combinação de vários aspectos geográficos da região onde
estão localizados, entre eles, o clima, o relevo, a cobertura vegetal, como
também da ação do homem na natureza.
Resumo da hidrografia brasileira
Regiões Hidrográficas do Brasil
Entre seus afluentes estão o Javari, Juruá, Jutaí, Purus, Madeira, Tapajós e
Xingu, na sua margem direita; e os rios Iça, Japurá, Negro, Trombetas e Jari,
na sua margem esquerda.
O rio Paraná, com uma extensão de 2.750 km, até sua foz, nasce entre os
estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul e corre na fronteira
do Brasil e Paraguai, até o rio Iguaçu.
Entre seus 158 afluentes 90 são perenes e 68 são temporários. Entre eles
estão o rio Das Velhas, Abaeté, Correntes, Jequitaí, Rio Verde Grande,
Paracatu.
Marca a divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e também
entre o Brasil e a Argentina.
Seus principais afluentes são o rio Chapecó, Passo Fundo, Peixe e Várzea.
Tem início na divisa dos Estados de São Paulo e Paraná e se estende até o
Arroio Chuí no extremo sul do país.
Com exceção para os rios Itajaí e Capivari em Santa Catarina que apresentam
maior volume de água. São encontrados rios de grande porte como Taquari-
Antas, Jacuí, Vacacaí e Camaquã.
No Brasil, são encontrados quatro tipos de solo, são eles: terra roxa,
massapé, salmorão e aluviais.
A industrialização brasileira
O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento.
Apesar disso, está quase um século atrasado industrialmente e
tecnologicamente em relação às nações que ingressaram no processo
de industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial
entrou em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos,
Japão e outros.
• Primeira etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808, quando o país ainda
era colônia. Dessa forma, a metrópole não aceitava a implantação de
indústrias (salvo em casos especiais, como os engenhos) e a produção
tinha regime artesanal.
• Segunda etapa: corresponde a uma fase que se desenvolveu entre
1808 a 1930, que ficou marcada pela chegada da família real portuguesa
em 1808. Nesse período foi concedida a permissão para a implantação
de indústria no país a partir de vários requisitos, dentre muitos, a criação,
em 1828, de um tributo com taxas de 15% para mercadorias importadas
e, em 1844, a taxa tributária foi para 60%, denominada de tarifa Alves
Branco. Outro fator determinante nesse sentido foi o declínio do café,
momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do campo
e, com seus recursos, entraram no setor industrial, que prometia grandes
perspectivas de prosperidade. As primeiras empresas limitavam-se à
produção de alimentos, de tecidos, além de velas e sabão. Em suma,
tratava-se de produtos sem grandes tecnologias empregadas.
• Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa
fase foi promovida inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek, que
promoveu a abertura da economia e das fronteiras produtivas, permitindo
a entrada de recursos em forma de empréstimos e também em
investimentos com a instalação de empresas multinacionais. Com o
ingresso dos militares no governo do país, no ano de 1964, as medidas
produtivas tiveram novos rumos, como a intensificação da entrada de
empresas e capitais de origem estrangeira comprometendo o
crescimento autônomo do país, que resultou no incremento da
dependência econômica, industrial e tecnológica em relação aos países
de economias consolidadas. No fim do século XX houve um razoável
crescimento econômico no país, promovendo uma melhoria na qualidade
de vida da população brasileira, além de maior acesso ao consumo.
Houve também a estabilidade da moeda, além de outros fatores que
foram determinantes para o progresso gradativo do país.
O tema energético está estritamente relacionado com o meio ambiente, visto que toda
energia produzida no planeta é resultado da utilização e transformação dos recursos
naturais.
As sociedades mais antigas, assim como a atual, usou a natureza para gerar a energia
necessária ao seu cotidiano. Em épocas mais remotas, por exemplo, o homem primitivo
queimava troncos e galhos de árvores para produzir fogo; durante a Idade Média a
energia de cursos d"água e dos ventos foram também utilizadas para atender às
necessidades da época. Em todos esses períodos a intervenção do homem na natureza
não causava grandes impactos capazes de alterar o ciclo natural da Terra. No entanto,
com a Revolução Industrial e o surgimento das máquinas a vapor, teve início um novo
processo de apropriação predatória do meio ambiente. À partir de então, as sociedades
passaram a consumir mais, o que levava ao surgimento de novas fontes energéticas,
bem como sua intensa exploração junto com matrizes tradicionais. Assim, cada vez
mais, foram geradas energia proveniente da água, carvão, petróleo, gás natural, entre
outras.
Diante desse cenário, o Brasil, comparado aos demais países, apresenta condições
favoráveis a mudanças no modelo atual de produção e consumo de energia. A título de
exemplo, em 2003 enquanto as energias renováveis representavam apenas 14,4% da
produção energética mundial, no Brasil esse percentual era de 41,3%, ou seja, quase
metade da produção energética brasileira provinha de fontes como a biomassa (etanol,
carvão vegetal, etc.), solar, eólica e, principalmente, a hidráulica.
Complexos Industriais
Evolução histórica
Os complexos industriais remontam à primeira Revolução Industrial. O próprio conceito de
indústria, como conhecemos, surgiu no período. No fim do século XVIII a descoberta do
vapor, carvão e ferro possibilitaram a invenção de grandes maquinários capazes de
intensificar em várias vezes o trabalho que era exclusivamente manual.
Na segunda Revolução Industrial, no século XIX, a força motriz era a energia elétrica, o aço
e produtos químicos. A partir daí os complexos industriais já eram potentes e já produziam
em grande escala, podendo, inclusive, serem importados.
População Brasileira
O Brasil está no quinto lugar entre os países mais populosos, sobrepujado
apenas pela China (1,3 bilhão), Índia (1,1 bilhão), Estados Unidos (314
milhões) e Indonésia (229 milhões).
A pirâmide etária brasileira, que possuía uma base larga e o topo estreito,
apregoando a superioridade de crianças e jovens, recentemente apresenta
características de equilíbrio.
Curiosidades
Há muita diferença entre a expectativa de vida dos sulistas e dos nordestinos,
de forma que no sul do pais, as pessoas vivem mais do que no nordeste.
A capital menos populosa do Brasil é Palmas, no estado do Tocantins, com
uma população de 228,2 mil habitantes.
A cidade mais populosa do Brasil é São Paulo, no Estado de São Paulo, com
população de 11,2 milhões de habitantes.
Harmonia entre os sexos: 48,92% de homens e 51,08% de mulheres.
160,8 milhões de habitantes habitam a Zona Urbana, enquanto 29,8 milhões
vivem Zona Rural.
De acordo com as Etnias no Brasil (cor ou raça) temos: Pardos: 43,1%;
Brancos: 47,7%; Negros: 7,6%; Indígenas: 0,4% e Amarelos: 1,1%.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho é um conceito utilizado para explicar a procura e a
oferta das atividades remuneradas oferecidas pelas pessoas ao setor público e
ao privado.
Brasil
O mercado de trabalho acompanhou a expansão da economia e as taxas de
desemprego chegaram a registrar somente 4% de desocupação.
Cada vez mais, exige-se o ensino médio para as profissões mais elementares,
conhecimento básico de inglês e informática. Devido a desigualdade social do
país, nem sempre esses requisitos serão cumpridos durante a vida escolar.
Por isso, é preciso abandonar de vez a ideia de trabalho infantil e lembrar que
uma criança que não estudou durante a infância será um adulto com menos
chances de conseguir um bom emprego.
Atual
O mercado de trabalho nunca foi tão competitivo. A economia de
mercado globalizada fez com que as empresas possam contratar pessoas em
todos os cantos do planeta. Com o crescimento do trabalho remoto esta
tendência só tende a aumentar.
Dessa maneira, nem sempre aqueles que são considerados como população
economicamente ativa, tem suficiente formação para ingressar no mercado de
trabalho.
Tendências
As principais tendências para o aperfeiçoamento do trabalhador, em 2017,
segundo uma consultoria brasileira seriam:
Capacidade de Negociação
Execução de planejamento estratégico e projetos
Assumir equipes de sucesso herdadas
Domínio do idioma inglês
Mulher
Embora a mulher ocupe uma fatia expressiva do mercado de trabalho, vários
problemas persistem como a remuneração inferior ao homem e a dupla jornada
de trabalho.
Nos países desenvolvidos a mulher ocupa 51,6% dos postos de trabalho frente
aos 68% dos homens. No Brasil, essa diferença é de 22 pontos percentuais,
aumentando a brecha salarial.
Divisão
do mercado de trabalho entre mulheres e homens
Leia mais em Divisão Social do Trabalho
Jovens
Para os jovens da chamada geração Y ou os millennials – que nasceram após
1995 – o mercado de trabalho pode ser um desafio complexo.
Os millennials se caracterizam por ter um domínio das tecnologias mais
recentes, redes sociais e até programação. Possuem bom nível de inglês e um
segundo idioma, fizeram pós-graduação e quem pode, viajou para o exterior.
Por outro lado, têm dificuldades em aceitar hierarquias e, por conta de sua
formação, desejam começar logo em postos de comando. São menos
propensos a serem fiéis à empresa e preferem empreender seu próprio
negócio que buscar um emprego tradicional.
Marketing digital
Estatística
Analista de dados
Médico
Biotecnologia e Nanotecnologia
Economia Agroindustrial
Administração de Empresas
Comércio Exterior
Turismo
Geriatria
Design com foco em inovação
A ocupação histórica
A partir do descobrimento, em 1500, até 1822, as terras
brasileiras foram controladas pela Coroa Portuguesa, que repassava o
direito de uso da terra de acordo com a confiança, conveniência e
interesse. A distribuição de terras era utilizada como meio de ocupar as
áreas desabitadas e principalmente para facilitar o controle do território,
além de visar à produção de produtos tropicais apreciados na Europa.
Foi nesse período que foram introduzidas as plantations (grandes
propriedades rurais que utilizavam mão de obra escrava e nas quais se
cultivava uma única cultura com destino à exportação).
A distribuição de terras no período colonial produziu terras devolutas,
que correspondem às terras que a Coroa cedeu às pessoas, mas que não
foram cultivadas e, dessa forma, foram devolvidas. Hoje essa expressão
não é mais usada, pois são denominadas terras inexploradas.
De 1822 a 1850, ocorreu no Brasil a posse livre das terras devolutas,
uma vez que não havia leis que regulamentassem o direito do uso da
terra. Naquele momento não existia valor de troca para as terras, ou seja,
de compra e venda, ela somente era utilizada para o cultivo.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Muitos
imigrantes europeus vieram para o Brasil com promessas de
adquirirem terras
Exclusão Social
A Exclusão Social designa um processo de afastamento e privação de
determinados indivíduos ou de grupos sociais em diversos âmbitos da estrutura
da sociedade.
Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja,
esse problema social foi impulsionado pela estrutura desse sistema econômico
e político.
Por outro lado, podemos comemorar alguns progressos nessa área. Como
exemplos, temos o desenvolvimento de projetos sociais e ainda, a inclusão de
disciplinas com temas transversais nas escolas: pluralidade cultural, orientação
sexual e ética.
Com isso, essas pessoas somam suas vozes às outras, tendo, portanto, a
oportunidade de mostrar sua história e opiniões sobre determinados temas.
Para os toxicodependentes, podemos citar a cracolândia, situada no centro da
cidade de São Paulo. Nesse local, diversos dependentes de crack andam pelas
ruas em busca de droga. Eles vivem em condições precárias de higiene.
Nesse caso, podemos citar o descaso do sistema público para lidar com essas
pessoas. Assim, elas são completamente excluídas da sociedade e tratadas de
maneira hostil.
Inclusão Social
A Inclusão Social é um conceito contrário à exclusão social. Ou seja, ele trata
das diversas maneiras de incluir os seres humanos que, por algum motivo,
estão excluídos da sociedade.
Ainda que a desigualdade social no Brasil tenha diminuído nos últimos anos, o
problema da exclusão social é notório em diversos locais do país.
Tipos de Exclusão Social
Há diversos tipos de exclusão social, das quais se destacam:
Outras regiões passaram a atrair mais que as regiões metropolitanas, havendo também
desconcentração populacional.
Existe hoje uma integração entre o Brasil urbano e o agrário, um absolvendo aspectos
do outro. A produção rural incorporou inovações tecnológicas produzidas nas cidades.
O Brasil rural tradicional está desaparecendo e sobrevive apenas nas regiões mais
pobres.
Tanto os Estados como os blocos de integração, formados por estes, são considerados
instâncias de poder, exercido através de várias ferramentas. No caso do Mercosul, o
exercício do poder pode ser analisado através das políticas regionais, constituindo a
mobilidade territorial um exemplo delas. O tratamento multilateral do fenômeno da
mobilidade territorial é novo para a região. Sendo tradicionalmente associado à política
interna dos Estados, está hoje se tornando um assunto de decisão coletiva. A lógica da
integração exige uma abertura política de migração seletiva regional, que contrasta com
a política restritiva para os cidadãos de terceiros países. Como consequência, surge a
distinção entre os cidadãos mercosulinos e os não mercosulinos, tendendo-se para o
aprofundamento do processo de integração regional. Esta política regional se encontra
em constante construção e debate.
América do Sul
Com extensão territorial de 17,8 milhões de quilômetros quadrados, a
América do Sul consiste numa subdivisão do continente americano. Os
países que integram essa porção continental são: Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname,
Uruguai e Venezuela, além do território da Guiana Francesa.
Bibliografia sugerida
a) COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral – Volume Único. 10ª edição. São
Paulo: Saraiva, 2012.
c) MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São
Paulo: Atual, 2012.